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semi contabilidade custos tema 01

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Contabilidade de Custos
Autor: Dirceu Carneiro de Araujo
Tema 01
Introdução à Contabilidade de 
Custos
seç
ões
Tema 01
Introdução à Contabilidade de Custos
ARAUJO, Dirceu Carneiro de. Contabilidade de 
Custos: Introdução à Contabilidade de Custos. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2017.
SeçõesSeções
LEITURAOBRIGATÓRIA
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
GABARITO
CONTEÚDOSEHABILIDADES
AGORAÉASUAVEZ
GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES
4
Tema 01
Introdução à Contabilidade de Custos
5
Neste tema você vai tomar conhecimento dos passos iniciais que um contador ou um 
administrador deve seguir para traçar o plano de controle de custos numa organização. 
Sendo que o controle de custos é fundamental para o sucesso financeiro da empresa, dessa 
forma as administrações estão cada vez mais preocupadas com a gestão dos recursos 
disponíveis para a geração do resultado da empresa. Estudar a origem da Contabilidade de 
Custos, seu desenvolvimento, a diferenciação entre a Contabilidade Geral e Contabilidade 
de Custos, Contabilidade Gerencial em confronto com a Contabilidade Geral e Contabilidade 
de Custos, saber identificar as terminologias utilizadas pela área de custos, separando os 
gastos em despesas, custos, investimentos ou perdas. Ao final desta aula você terá a 
noção clara de como se classificam os diversos fatos contábeis, identificar os custos, as 
despesas, os investimentos e perdas, se houve desembolso ou não e, por fim, terá uma 
visão de como se deve gerenciar os custos de uma empresa. 
CONTEÚDOSEHABILIDADES
6
1. Introdução
Antes de se iniciar um estudo de qualquer disciplina é essencial que você entenda que cada 
ramo do conhecimento possui uma linguagem própria e que, por muitas vezes, os termos 
utilizados são socializados ou vieram de outros ramos do conhecimento. Dessa forma, 
existem muitas palavras usadas no dia a dia das pessoas que, no estudo da Contabilidade de 
Custos, vão assumir significados próprios e diferentes dos usuais, é a chamada terminologia 
contábil, e é essencial que você fique atento às nuances dos significados.
2. Origem da Contabilidade de Custos
Como e quando surgiu a Contabilidade de Custos? Possivelmente, a Contabilidade de 
Custos tenha surgido com o advento da passagem da produção dos ofícios artesanais, na 
Idade Média, para o surgimento das indústrias no período chamado de Revolução Industrial, 
que se deu por volta do século XVIII. 
Temos notícias de que até o surgimento da Contabilidade de Custos a apuração dos custos 
se dava com base no valor dos estoques, pela aplicação da famosa fórmula: EI + C – EF 
= Custo, como se dá isso? A Contabilidade Financeira ou Geral não se preocupava com o 
controle dos estoques, item por item, mantinha um controle das compras (C), contava-se e 
valorava os estoques finais, no famoso período, “fechado para balanço ou inventário”, que 
servia como o valor do estoque inicial do próximo período, porque no primeiro período não 
existia o estoque.
Com o advento da fabricação de produtos em larga escala, houve a necessidade de 
maiores informações a respeito de outros valores agregados aos produtos, que se 
denomina de “custos de produção”, daí surge a Contabilidade de Custos, um ramo dentro 
da Contabilidade Financeira, criada inicialmente para avaliar estoques, passando na 
sequência para um importante instrumento de controle e geração de informações para a 
tomada de decisão empresarial.
Segundo Ribeiro (2013, p. 13), na década de 1950, surge a Contabilidade Gerencial, como 
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
um aprimoramento da Contabilidade de Custos, para auxiliar os gestores nas tomadas de 
decisões e planejamento e controle.
Decorrem dessa pequena introdução para seu estudo a Contabilidade Financeira ou Geral, 
a Contabilidade de Custo e a Contabilidade Gerencial, suas conceituações e diferenças.
3. Diferença entre Contabilidade Geral, Contabilidade de 
Custos e Contabilidade Gerencial
A Contabilidade Geral ou Financeira nasceu para o registro dos fatos contábeis relativos 
a qualquer patrimônio, notadamente para o ramo comercial, de compra e venda de 
mercadorias. Com o passar dos anos e evolução dos negócios, sofreu especializações em 
seus ramos.
Decorre disso o surgimento da Contabilidade de Custos, que, partindo dos registros contábeis 
costumeiros, se preocupou com a correta valoração dos custos de produção, estando 
muito vinculada à fabricação ou à indústria. Modernamente, a Contabilidade de Custos, 
ou simplesmente a demonstração do Custo, é aplicada a qualquer ramo de atividade: à 
indústria, aos serviços, ao comércio, ao setor público e até aos setores sem fins lucrativos. 
E seu perfil não é somente a preocupação da valoração dos estoques, mas prover os 
gestores de informações a respeito dos custos envolvidos nas diversas áreas de qualquer 
atividade humana. Para Martins (2010), a Contabilidade de Custos possui duas funções 
relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda às tomadas de decisões. Você pode conceituar a 
Contabilidade de Custos como o ramo especializado da Contabilidade Geral, que identifica 
os gastos em uma atividade específica (na indústria, os custos de produção, transformação 
dos produtos), apropriando aos produtos ou serviços, utilizando-se de critérios próprios. 
Por fim, a Contabilidade Gerencial, que parte dos trabalhos dos diversos ramos da 
contabilidade, partindo da Contabilidade Geral ou Financeira, depois do resultado da 
Contabilidade de Custos, com o objetivo principal de auxiliar os administradores/gestores 
em suas tomadas de decisões. E é bom que se diga: aplicando todas as ferramentas 
da moderna administração, para a maximização dos lucros e minimizações dos custos, 
melhorando a eficiência empresarial.
Enquanto a Contabilidade Geral ou Financeira e a Contabilidade de Custos estão sujeitas 
às Normas Brasileiras de Contabilidade e regulamentos fiscais, a Contabilidade Gerencial 
é mais flexível, partindo da Contabilidade Geral, decompõe os dados em relatórios mais 
analíticos e com viés mais administrativo, dando maiores subsídios para a tomada de 
8
LEITURAOBRIGATÓRIA
decisão. Por exemplo: incluindo o custo do capital/custo financeiro, na formação do custo 
do produto, para apresentar resultados, o que não seria permitido na Contabilidade Geral, 
que só pode classificar custo financeiro como despesas financeiras.
Para que você integre corretamente os conceitos das diversas contabilidades em seus 
estudos, cabe destacar que não existe hierarquia em contabilidade e nem uma é melhor 
do que a outra, são ferramentas distintas, que se bem aplicadas ajudam os gestores no 
controle e tomada de decisão em qualquer setor empresarial ou da gestão financeira de 
qualquer pessoa. 
Você pode notar que, levando em consideração o tamanho da organização, o grau de 
controle necessário para cada empreendimento, o(s) gestor(es) fará(ão) sua opção gerencial 
por utilizar somente a Contabilidade Financeira, ou a Contabilidade de Custos para melhor 
detalhamento dos custos, ou, ainda, num nível bem mais sofisticado, necessitando do uso 
de técnicas especiais que levem ao uso da Contabilidade Gerencial. 
O uso de outras especializações da Ciência da Contabilidade (Custos, Gerencial, Tributária, 
Auditoria, Análises Financeiras), com combinações de técnicas da Administração, Economia, 
Qualidade, Orçamento, etc., colabora com a produção de melhores informações para a 
tomada de decisões.
É fato que hoje não tratamos mais a Contabilidade de Custos somente vinculada à 
indústria ou somente aos custos de produção. Aplica-se a Contabilidade de Custos a todos 
os segmentos empresariais, ao comércio, à indústria, aos serviços, entidades sem fins 
lucrativos ou mesmo ao setor público, com o forte apoio das ferramentas da tecnologia 
da informação, notadamente planilhas eletrônicas ou softwaresespecíficos para a correta 
acumulação de custos.
4. Definições e Conceitos
Antes de iniciarmos propriamente o estudo da Contabilidade de custos, faz-se necessário 
entendermos as terminologias próprias aplicadas a custos.
4.1 Gasto (s)
Para Martins (2010, p. 24), gastos representam a “compra de um produto ou serviço qualquer, 
que gera sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado 
por entrega de ativos”.
Esse é o conceito genérico de tudo que uma entidade (jurídica ou física) compra, utiliza em 
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
suas operações, não sendo necessário saber sua destinação, área da empresa.
O seu destino final será classificado como custos, despesas, investimentos ou perdas, 
dependendo da destinação que se dá aos produtos ou serviços adquiridos.
Você já notou que dentro do conceito de gastos existe a divisão em: custo, despesa, 
investimento ou perdas.
4.2 Custo(s)
Martins (2010, p. 24) refere-se a custos como: “gasto relativo a bem ou serviço utilizado na 
produção de outros bens ou serviços”.
O custo, você já viu, é um gasto, mas que é reconhecido como custo no momento de sua 
utilização, ou seja, sua aplicação na fabricação, transformações de bens ou na prestação 
de serviços. 
Por exemplo: a matéria-prima, no momento de sua aquisição a Contabilidade Financeira 
classifica como Ativo, Estoques de Matéria-Prima, logo, enquanto não for consumida é 
um investimento. No momento em que ela for utilizada na fabricação de outro bem, passa 
a ser um custo de fabricação ou transformação. O produto ficando pronto para a venda, 
volta para Estoque, classificado como: Produtos acabados, portanto, novamente volta para 
investimentos, até sua venda e entrega. Na saída, pela venda, promessa de venda, passa a 
ser classificado como custo de produtos vendidos, na Demonstração de Resultados (DRE). 
4.3 Despesa(s)
Segundo Martins (2010, p. 25), as despesas são: “Bens ou serviços consumidos direta ou 
indiretamente para a obtenção de receitas”.
Você compreende que estes gastos não estão relacionados à produção de bens ou nas 
prestações de serviços, ou seja, são gastos nas áreas administrativas ou comercial.
Por exemplo: Os honorários da diretoria, o pagamento dos salários dos vendedores, 
secretárias, propagandas, etc., são os gastos que não são utilizados para fabricar produtos 
ou prestar serviços.
Fique atento que despesas (conceito clássico) é o sacrifício financeiro na obtenção de 
receitas e não na produção de bens ou prestações de serviços.
10
LEITURAOBRIGATÓRIA
4.4 Investimento(s)
Tem-se o conceito de investimento como: “gasto ativado em função de sua vida útil ou de 
benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s). ” (MARTINS, 2010).
Para seu entendimento, vamos usar as contas do Ativo como exemplos de investimentos, 
todas as contas do Ativo são investimentos. 
Por exemplo: A compra de matéria-prima para produção é um investimento; o resultado 
da produção de bens são investimentos, que, além das matérias-primas, agregam outros 
custos, como mão de obra, e outros custos indiretos; os bens utilizados para a realização 
das atividades da empresa (imóveis, móveis, veículos, equipamentos, marcas, etc.).
4.5 Perda(s)
São bens ou serviços consumidos pela empresa de forma involuntária e anormal (MARTINS, 
2010).
Você deve identificar que a geração de valores classificados como perda(s) é decorrente 
de atos involuntários e anormais, não pode ser confundida com despesas (que são gastos 
para geração de receita/vendas) ou custos (que são gastos para produzir bens ou prestar 
serviços) de forma intencional e normal.
Por exemplo: As horas paradas dos funcionários no período de greve; pequenos acidentes 
na produção ou na prestação de serviços; despesas com incêndios não ressarcidas pelo 
seguro; roubos e furtos; estragos com intempéries da natureza (vendavais, inundações, 
terremotos, etc.).
4.6 Desembolso(s)
São os pagamentos dos gastos que resultaram da aquisição dos bens ou dos serviços 
adquiridos pela empresa (MARTINS, 2010).
Você sabe que o pagamento pode ocorrer antes, durante ou após a aquisição dos bens ou 
dos serviços contratados. Dessa forma, você pode visualizar que este é a saída do dinheiro 
da empresa na troca pelos bens utilizados ou pela remuneração dos serviços prestados 
para a empresa.
Não é necessário o pagamento formal dos gastos para termos os desembolsos, podemos 
pensar como exemplo na troca de produtos e serviços entre empresas, onde a empresa 
11
LEITURAOBRIGATÓRIA
compra produtos de alguém e ao mesmo tempo vende produtos para a outra empresa ou 
pessoa.
4.7 Problemas da Classificação Contábil entre Custos e 
Despesas
Quando se inicia o estudo de “Custos”, a grande dificuldade é visualizar a distinção entre os 
diferentes gastos. Para o estudo de Contabilidade de Custos, é primordial que se distinga 
com precisão custos e despesas.
Pode-se entender como custos os gastos ocorridos na produção de bens e na prestação 
de serviços. Já as despesas são os gastos decorrentes dos esforços para gerar a receita, 
normalmente, são os gastos administrativos, comerciais, financeiros.
Os custos são ativados (estocados, vão para a prateleira), somente deduzindo da receita 
quando de sua venda, pelo confronto da receita com o custo do produto ou serviços 
prestados.
Por fim, é de grande importância que você entenda que a classificação de custo ou despesa 
vai depender da opção gerencial de cada gestor, pois sua correta classificação depende 
de um sistema de informação gerencial bem organizado e definido, pois alguns gastos 
de valores insignificantes não têm a chamada “materialidade do gasto”, e seria mais caro 
controlar o gasto do que contabilizar diretamente em um ou outro. Lógico que você está 
aprendendo, e deve primar pela classificação correta: custos é utilizado na produção e 
despesas na parte administrativa, comercial e financeira da empresa.
4.8 A Importância dos Gastos Financeiros (Custos ou 
Despesas)
Esta é uma grande discussão e não vamos aprofundar este tema, mas para seu conhecimento 
é ideal que você se familiarize com o assunto. 
No Brasil, os encargos financeiros não são custos de produção, mesmo que se tenha 
conhecimento de juros pagos sobre matérias-primas ou outros fatores de produção. E o 
porquê deste entendimento? Alguns estudiosos acreditam que estes gastos não decorrem 
exatamente da atividade produtiva da empresa e sim da falta de capital de giro da empresa. 
Exceção: Admite-se, para a produção de bens de longo prazo, que se incorpore o custo 
financeiro ao custo do produto. Exemplo: Grandes navios, aeronaves, construção de 
hidrelétrica, etc. 
12
LEITURAOBRIGATÓRIA
Uma opção para retratar os custos financeiros aos resultados, para o Controller/gestor da 
empresa, é utilizar as ferramentas da Contabilidade Gerencial, ou seja, depois de apurados 
os custos e resultados da empresa da forma normal e legal, poderá agregar os valores 
financeiros aos estoques, custos ou as despesas e refazer os relatórios analíticos, que 
servirá para análise gerencial.
4.9 Onde Começam e Onde Terminam os Custos de 
Produção?
Teoricamente, toda vez que os gastos forem realizados para a produção e para a prestação 
de serviços serão classificados como custos, mas nem sempre isso ocorre de maneira fácil, 
pode ocorrer uma série de fatores neste processo, que dificultam a separação de forma 
clara e objetiva dos custos e das despesas (MARTINS, 2010).
De maneira geral, deixamos de agregar valores a título de custos aos produtos quando eles 
estão prontos e disponíveis para venda e os serviços concluídos. 
A partir do momento em que os produtos estão no estoque para venda, os valores serão 
agregados nas contas de despesas diretamente.
Mas outros problemas podem surgir, tais como:
E os gastos com pesquisas e desenvolvimento de novos produtos ou aperfeiçoamentodos 
produtos existentes? Estes gastos são: investimentos, custos, despesas ou perdas? Pode-
se dar vários tratamentos, mas vamos utilizar o entendimento mais aceito por uma ampla 
maioria dos auditores e até de alguns países que já regulamentaram o assunto, dentre eles 
o EUA, os gastos vão para despesas diretamente, independentemente do resultado da 
pesquisa. Mas o bom senso deve prevalecer, se o valor for substancialmente relevante e o 
grau de certeza de geração de fluxo de caixa futuro for positivo, o contador, juntamente com 
os gestores, poderão lavrar uma ata para justificar a sua contabilização no ativo. Ou, ainda, 
pode-se lançar mão novamente da Contabilidade Gerencial, apurar os resultados como 
despesas e ter relatórios gerenciais sem os valores das despesas envolvidas, distribuindo 
num fluxo de caixa futuro.
Outro problema são os gastos do departamento de produção que não são custos, o 
que fazer? Esses problemas são mais gerenciais, derivam da utilização de recursos do 
departamento de produção em outras áreas da empresa, por exemplo, o mecânico que 
presta serviços nos veículos da administração, nas instalações do refeitório, ou o inverso, 
auxiliar da administração que é requisitado para apontamentos de produção e qualidade 
13
LEITURAOBRIGATÓRIA
realizando serviços na produção. Isto deve ser evitado, mas você pode perceber que isso 
ocorre de forma comum.
4.10 Como e Quando Separar os Gastos?
Você já deve ter percebido que a atividade dos gestores, contadores e todos os envolvidos 
no processo produtivo e administrativo da empresa, dia a dia, é comprar, transformar, 
produzir, vender, entregar produtos, e isso traz o volume de documentos para as compras, 
os consumos e vendas.
É normal o uso de planos de contas, que é a relação das contas utilizadas para classificar 
os fatos administrativos ou contábeis das empresas. No plano de contas você já sabe que 
vêm, na ordem, o ativo, o passivo, com o patrimônio líquido, receitas e despesas. 
Imagine o seguinte fluxo:
Figura 1 – Fluxo de recursos pela empresa
1º: o recurso 
está no Caixa. 
Ativo.
2º Compra 
estoque de 
matéria-prima 
ou outro insumo. 
Ativo.
5º Venda dos 
produtos. 
Obtém-se 
receitas e volta 
para o caixa. 
Ativo.
4º Produto pronto 
retorna para o 
Ativo, Estoques 
Produtos 
acabados.
3º Consumo das 
matérias-primas e 
insumos. Contas 
de Custos. 
Transitórias.
Fonte: elaborada pelo autor.
Este motor girando é que gera os resultados da empresa e dele espera-se lucro. 
Compra→ transforma, produz, vende → Lucro.
14
LEITURAOBRIGATÓRIA
Item Descrição D I C P Desembolso
S N
1 Compra de matéria-prima, a prazo X X
2 Pagamento de salários da secretária X X
3 Compra à vista de combustível para veículo da 
diretoria
X
X
4 Consumo da matéria-prima na produção X X
5 Pagamento do Fornecedor da matéria-prima X
6 Compra à vista de um veículo X X
7 Parte da matéria-prima estragou porque inundou 
o depósito
X
8 Depreciação do veículo da administração X
9 Material de escritório para a produção pago à 
vista
X
X
10 Provisionamento da conta de telefone do depto 
de vendas
X
X
Tabela 1 – Matriz de separação de Gastos
 Fonte: Adaptada de Neto (2009, p. 15)
Para a Contabilidade de Custos é necessário um grupo especial de contas, no Plano de 
Contas, para acumular os custos. Este grupo de contas é chamado de transitório ou contas 
acumuladoras, porque em todo período, que geralmente é um mês, estas contas são 
encerradas e transferidas para estoques.
Por que separar os custos das despesas? Você responderia a esta questão com a seguinte 
afirmação: Os custos são acumulados em contas transitórias, à medida que vão sendo 
consumidos na produção, encerra-se o período, zerando as contas transitórias de custos 
e transferindo para estoques de produtos acabados ou produtos em elaboração. Enquanto 
as despesas são contabilizadas contra as contas de resultado na (DRE) Demonstração de 
Resultados “do Exercício”.
Vamos exemplificar para ficar claro para você, utilizando uma matriz para que você possa 
visualizar: (D) despesas, (I) investimentos, (C) custos, (P) perdas, e vamos classificar pelo 
momento de pagamento, se houve desembolso:
15
LEITURAOBRIGATÓRIA
Você já pode concluir que existem vários exemplos, ou seja, todos os fatos contábeis 
deverão ser classificados e separados, entre as várias formas de gastos.
Você pode se perguntar como isto se realiza na prática, temos outro exemplo, agora com 
valor. 
Você recebe um balancete de um período com os seguintes dados:
Fonte: Adaptado de Martins (2010, p. 53) 
Tabela 2 – Balancete de Gastos
A ideia é separar os gastos em: custos e despesas, com as devidas valorações, note que 
já não se fala em desembolso, este fica no departamento financeiro: 
Gastos atribuíveis a custos:
16
LEITURAOBRIGATÓRIA
Tabela 3 – Separação de custos
Tabela 4 – Separação de despesas
Fonte: Adaptado de Martins (2010, p. 53) 
Fonte: Adaptado de Martins (2010, p. 53) 
Gastos atribuíveis a despesas:
Os custos vão ser agregados aos produtos produzidos ou serviços prestados e vão ser 
ativados, ou seja, vão para o estoque até a sua venda. Os custos e as despesas vão 
diretamente para o resultado do período (DRE).
17
A importância dos custos. Juliana Fachi Vieira. 30/07/2014. Disponível em: <http://www. 
administradores.com.br/artigos/academico/a-importancia-dos-custos/79380>. Acesso em: 
13 set. 2017.
Neste artigo a autora busca trazer uma visão mercadológica da importância dos Custos 
para as organizações, sua leitura vai desenvolver um olhar mais otimista para o valor da 
profissão de analista de custo.
Gastos, custos, despesas e investimentos: você sabe como diferenciar? Cezinha Anjos. 
Disponível em: <http://www.asseinfo.com.br/blog/gastos-custos-despesas-investimentos>. 
Acesso em: 17 ago. 2017.
O autor analisa as diferenças entre as terminologias que a Contabilidade de Custo apresenta 
ao iniciante nos seus estudos. Uma leitura fácil e bem resumida.
Patrícia Melo, Contabilidade de Custo. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/
ABAAAAkp4AD/contabilidade-custo>. Acesso em: 23 ago. 217. 
A autora faz um bom resumo da introdução ao estudo da Contabilidade Custo, separando 
com coerência os conceitos que todo iniciante deve aprender. Traz exercícios de exemplos.
Assista a este vídeo em que Fabiola Barrella, no canal Gestão que funciona, traz um bom 
exemplo de classificação de custos e despesas aplicadas a um produto simples. Custos 
e despesas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J0SwnVgvP7c>. Acesso 
em: 17 ago. 2017.
O contador Vicente Sevilha Junior produz vários vídeos instrutivos para os iniciantes do 
estudo de Contabilidade e para a comunidade em geral, no canal Sevilha Contabilidade, 
no tema Gastos, Custos e Despesas ele nos apresenta em detalhes como funciona a 
classificação destes gastos. 
LINKSIMPORTANTES
18
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cfUx3br_8Fk>. Acesso em: 17 ago. 
2017.
No canal Fabricando resultados, Naiara Facarolli contribui com boas explicações a respeito 
de Gastos, Custos e Despesas, vale a pena assistir. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=7_U4FNJRaIo>. Acesso em: 17 ago. 2017.
No canal Café Contabilidade, o prof. Me. Antônio Ricardo Catânio e Me. Eric Ferreira dos 
Santos trazem uma abordagem interessante a respeito de nosso tema. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=KwQc2HSpg88>. Acesso em: 17 ago. 2017.
LINKSIMPORTANTES
19
Instruções: 
Agora chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo 
pedido. Bom estudo! 
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
A RevoluçãoIndustrial ocorreu na Inglaterra, 
em meados do século XVIII, dando início à 
era chamada de Revolução Industrial. Houve 
uma transição do artesanato, da manufatura 
para as máquinas e indústrias, acelerando a 
produção e retirando pessoalidade do arte-
são. Qual o impacto desta transformação na 
Contabilidade Geral?
Questão 2:
Como parte de seu trabalho na empresa 
está a correta classificação de gastos ocor-
ridos. Em determinado período lhe é apre-
sentada a seguinte relação de contas:
Relação de contas Valor (Mil)
Compra de matéria-prima 300
Salários de vendedores 100
Matéria-prima consumida 150
Salários da produção 95
Depreciação da fábrica 70
Seguros da administração 15
Despesas financeiras 14
Honorários da diretoria 40
Materiais diversos – fábrica 20
Energia elétrica – fábrica 78
Manutenção – fábrica 65
Fretes para entrega 36
Correios, telefone e internet 8
Material de escritório 9
Total dos Gastos 1.000
20
AGORAÉASUAVEZ
Questão 5:
Cite três tipos de gastos que ocorrem dentro 
de uma empresa, com sua definição, e des-
taque qual a importância do conhecimento 
das terminologias da Contabilidade de Cus-
tos. 
Questão 3:
A classificação dos gastos é de fundamen-
tal importância para o Contador de Custos. 
Sabe-se que os gastos são divididos em: 
custo, despesa, investimento e perdas.
Qual a alternativa que define custo?
a) Os gastos destinados aos esforços 
de vendas da empresa, para geração de 
receita.
b) Os gastos anormais e involuntários 
que podem decorrer de intempéries 
climáticas.
c) Todos os gastos que são ativados para 
gerarem benefícios futuros para empresa.
Questão 4:
Quais diferenças pode-se elencar entre a 
Contabilidade Geral e a Contabilidade de 
Custos?
Com base nestes dados pode-se afirmar 
que:
a) Os custos totalizam R$ 222 e os 
investimentos R$ 300.
b) As despesas totalizam R$ 478.
c) Os custos totalizam R$ 222.
d) Os custos e as despesas totalizam R$ 
1.000.
e) Os custos totalizam R$ 478 e as 
despesas R$ 222.
d) Os gastos utilizados na produção de 
produtos, na prestação de serviços e até 
na comercialização de bens adquiridos 
de terceiros.
e) Os gastos financeiros que a empresa 
tem para gerar a sua produção ou sua 
prestação de serviços.
21
FINALIZANDO
Neste tema você tomou conhecimento da evolução da Contabilidade Geral para atender 
aos modernos processos de produção, surgindo a Contabilidade de Custos. Pôde tomar 
conhecimento de diferenças entre a Contabilidade Geral e a Contabilidade de Custos 
e dessas duas com a Contabilidade Gerencial. Tomou conhecimento das terminologias 
utilizadas para classificação dos gastos, que se dividem em custos, despesas, investimentos 
e perdas, que podem ter desembolsos pelo pagamento ou lançamentos no passivo para 
posterior pagamento. Por fim, aprendeu como classificar corretamente os gastos dentro de 
uma empresa, em custos e despesas.
22
GLOSSÁRIO
Controller/gestor da empresa: Profissional com larga vivência em finanças empresariais e 
uma particular habilidade no relacionamento com os responsáveis pela gestão das diversas 
áreas funcionais da organização que conduz o setor de controladoria ou a empresa. 
(MORANTE; JORGE, 2008).
Entidades sem fins lucrativos: é uma entidade de direito privado, dotada de personalidade 
jurídica e caracterizada pelo agrupamento de pessoas para a realização e consecução de 
objetivos e ideais comuns, sem finalidade lucrativa.
Fabricação de produtos: É o ato de industrializar. Caracteriza industrialização qualquer 
operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a 
finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo. Pode ser transformando, modificando, 
aperfeiçoando, embalando, classificando.
Inventário: É um documento contabilístico que consiste na relação de bens de uma 
entidade (pessoa jurídica ou pessoa física). No Dicionário Aurélio encontramos a seguinte 
definição: “sm, 1 - Relação dos bens, móveis e imóveis, de alguém. 2 - Descrição minuciosa. 
3 - Menção ou enumeração de coisas. 4 - Descrição dos bens ativos e passivos de uma 
empresa ou sociedade comercial.”. (AURÉLIO, 2017, n.p.).
Matéria-prima: A principal substância que é utilizada na fabricação de alguma coisa; o que 
é essencial para o desenvolvimento ou produção de algo. Para o Dicionário Aurélio é: sf, 
1 – Substância essencial à fabricação de um produto. (AURÉLIO, 2017).
 
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Questão 1
Resposta: 
A Contabilidade Geral que estava preparada para controlar uma empresa comercial, 
própria do Mercantilismo vigente até aquele momento, teve que evoluir dividindo-se 
em diversos ramos, dentre eles, teve o surgimento da Contabilidade de Custos, que 
veio atender a uma nova necessidade, que foi a de atribuir custos aos estoques de 
produtos fabricados em larga escala pelas empresas industriais em surgimento. 
Questão 2
Resposta: 
Neste exercício você deve separar os custos, despesas e investimentos da seguinte 
forma:
GABARITO
Tudo que está ligado à produção de produtos.
Despesas:
Tudo que está ligado à área administrativa, de vendas e financeira da empresa.
Custos VLR
Matéria-prima consumida 150
Salários da produção 95
Depreciação da fábrica 70
Materiais diversos – fábrica 20
Energia elétrica – fábrica 78
Manutenção – fábrica 65
Total 478
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GABARITO
Despesas VLR
Salários de vendedores 100
Seguros da administração 15
Despesas financeiras 14
Honorários da diretoria 40
Fretes para entrega 36
Correios, telefone e internet 8
Material de escritório 9
Total 222
E, por fim, o investimento Compra de matéria-prima R$ 300.
Logo, a alternativa correta será a: letra E. Custos 478 e despesas 222.
Questão 3
Resposta: Logo, a alternativa correta será a: letra D. Usando os conceitos do item 4.2 – 
Custo(s). Martins (2010, p. 24) refere-se a custos como: “gasto relativo a bem ou serviço 
utilizado na produção de outros bens ou serviços”.
Questão 4
Resposta: As diferenças podem ser elencadas em colunas ou num texto explicativo, da 
seguinte forma:
A Contabilidade Geral atribui valor aos estoques somente pelos documentos de compra; 
para a Contabilidade de Custos, além do preço pago pela matéria-prima, agrega-se os 
custos de mão de obra, custos indiretos; A Contabilidade Geral está preocupada com o 
resultado econômico, enquanto a Contabilidade de Custos está preocupada em destacar a 
formação dos valores envolvidos na produção ou na prestação de serviços.
Questão 5
Resposta: Temos as despesas, que são os gastos relacionados com os esforços de vendas 
e geração de receita; os custos, que são os gastos atribuídos à produção dos produtos e à 
prestação de serviços; e as perdas, que são os gastos anormais e involuntários ocorridos 
na empresa. É de fundamental importância, porque assim a distribuição dos valores aos 
setores responsáveis pela empresa ocorre de forma correta e auxilia os gestores na tomada 
de decisão.
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REFERÊNCIAS
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-despesas-investimentos/>. Acesso em: 23 ago. 2017.
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Disponível em: <https://dicionariodoaurelio.com/>. Acesso em: 23 ago. 2017.
BARRELLA, F. Gestão que Funciona: custos e despesas. Youtube, 23 ago. 2017. Dispo-
nível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J0SwnVgvP7c>. Acesso em: 23 ago. 2017.
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2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=KwQc2HSpg88>. Acesso em: 
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<http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-importancia-dos-custos/79380>. 
REFERÊNCIAS
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