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mae social

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A “Mãe Social” foi um programa idealizado por austríaco em 1949, cujo objetivo era acolher crianças órfãs, vítimas da segunda guerra mundial. Inicialmente as mães sociais eram mulheres que tiveram seus laços sanguíneos e afetivos rompidos pela guerra. Nessa época, ainda não se tratava de uma profissão, mas de um trabalho voluntário de acolhimento a todos aqueles que perderam seus vínculos familiares.
No Brasil, acredita-se que o programa tenha surgido por volta do ano de 1966. A condição financeira de miserabilidade de grande parte da população, o uso de drogas, a violência doméstica, os abusos de toda espécie e os maus tratos cometidos por adultos contra crianças fizeram com que o Estado brasileiro se encontrasse compelido a apresentar uma resposta efetiva aos seus cidadãos. Resposta que veio, em parte, através da edição da Lei nº 7.644, em 18 de dezembro de 1987, pelo então Presidente da República, José Sarney.
A definição sobre a atividade de mãe social está disposta, de modo geral, no art. 2º da Lei nº 7.644/87, que traz o conceito de quem é a mãe social: “Considera-se mãe social, para efeito desta Lei, aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares”.
A profissão exige que essas mulheres convivam diariamente com a diversidade de um grupo que pode ter, ao mesmo tempo, uma criança de poucos anos de vida e um adolescente de dezessete anos, beirando a maioridade, por exemplo. São histórias, vivências, comportamentos e atitudes que podem ir de um extremo ao outro.
As candidatas ao exercício da profissão de mãe social serão contratadas nos termos do art. 8º da Lei nº 7.644/8731: “A candidata ao exercício da profissão de mãe social deverá submeter-se à seleção e treinamento específicos, a cujo término será verificada sua habilitação”, gozando de vínculo empregatício, nos termos do artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho: “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. 
As candidatas serão submetidas a seleções, que poderão ocorrer por intermédio de agências privadas de recrutamento, geralmente nos casos das instituições privadas e Ongs, ou, por meio de provas de concursos públicos, quando a seleção visa ao preenchimento de vagas ofertadas por instituições públicas.
 São oferecidos treinamentos específicos compostos de conteúdo teórico e de aplicação prática, está sob a forma de estágio, que não excederão de 60 (sessenta) dias, nem criarão vínculo empregatício de qualquer natureza, conforme determina a Lei.
 No período de estágio as candidatas à vaga de emprego deverão estar asseguradas contra acidentes pessoais, receberão alimentação, habitação e ajuda de custo para despesas pessoais, nos termos do artigo 8º, parágrafo 3º: “A estagiária deverá estar segurada contra acidentes pessoais e receberá alimentação, habitação e bolsa de ajuda para vestuário e despesas pessoais”.
CONTRATO DA MÃE SOCIAL
Na esteira do que dispõe a Lei n. 7.644/87, "as instituições sem finalidade lucrativa, ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, e que funcionem pelo sistema de casas-lares, utilizarão mães sociais visando a propiciar ao menor, as condições familiares ideais ao seu desenvolvimento e reintegração social" (art. 1º).
Consoante ressai do artigo 2º, da predita Lei, considera-se mãe social "aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares".
Prevê a norma mencionada a existência de relação empregatícia entre a mãe social e a instituição assistencial, a qual, por seu turno, possui regramento especial ali estatuído. Neste dispositivo legal encontram-se elencados, em seu artigo 5º, os direitos trabalhistas e previdenciários outorgados à mãe social, a saber:  I - anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social; II - remuneração, em valor não inferior ao salário mínimo; III - repouso semanal remunerado de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas; IV - apoio técnico, administrativo e financeiro no desempenho de suas funções; V - 30 (trinta) dias de férias anuais remuneradas nos termos do que dispõe o Capítulo IV, da Consolidação das Leis do Trabalho; VI - benefícios e serviços previdenciários, inclusive, em caso de acidente do trabalho, na qualidade de segurada obrigatória; VII - gratificação de Natal (13º salário); VIII - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou indenização, nos termos da legislação pertinente.
TRABALHADOR TEMPORARIO
Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.
O funcionamento da empresa de trabalho temporário está condicionado a prévio registro no órgão específico do Ministério do Trabalho.
O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá:
I - Qualificação das partes;
II - Motivo justificador da demanda de trabalho temporário;
III - prazo da prestação de serviços;
IV - Valor da prestação de serviços;
V - Disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, independentemente do local de realização do trabalho
FINALIDADE, PRAZO E PRORROGAÇÃO
O Contrato de Trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços.
Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.
O Contrato de Trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não.
O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.
Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943

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