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historia da enfermagem obstetrica

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Sumário
 
 
 Introdução 2
 Desenvolvimento 3
 1.1 - O DESENVOLVIEMNTO HISTORICO DAS PRAICAS DE SAÚDE3
 1.2 - HISTORIA DA ENFERMAGEM OBSTETRICA 3
 1.3 - FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO OBSTETRA 5
 1.4 - O QUE FAZ UM ENFERMEIRO OBSTETRA 5
 1.5 - PROPOSTAS DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NO RJ6
1.6 OS PROCESSOS DA CESSARIANS
1.7 A CASA DE PARTO
 Conclusão 8
 Bibliografia 9
Introdução
 O desenvolvimento das praticas de saude esta intimamente associado as estruturas sociais das diferentes nações em epocas diversas.
 Cada periodo historico é determinado uma formção social especifica, trazendo consigo toda uma caracterização própria que engloba sua filosofia, uma politica, sua economia, suas leis e sua ideologia.
 No Brasil, no século XIX, a educação formal de parteiras iniciou-se junto às escolas médicas, que controlaram sua formação até meados do século XX. O primeiro documento legal sobre o ensino de parteiras data de 1832, quando as Academias Médico-Cirúrgicas do Rio de Janeiro e da Bahia foram transformadas em Faculdades de Medicina e, entre os cursos oferecidos, foi incluído o Curso de Partos. Até então, as mulheres que se dedicavam a partejar deveriam possuir uma ‘carta de examinação’, concedida pelo Físico-Mor ou Cirurgião-Mor do Império, e uma licença da Chancelaria. Mesmo que essa lei não fosse obedecida, representou um princípio de controle sobre o exercício da atividade das parteiras pelos médicos. De 1832 até 1949, toda a legislação do ensino de parteiras esteve contida na legislação do ensino da medicina. No período, a legislação sobre o ensino de parteiras foi objeto de diversos decretos que determinaram a denominação dos cursos, as exigências para admissão de candidatas, o currículo a ser seguido e o título conferido – parteira, enfermeira parteira, enfermeira especializada, obstetriz e enfermeira obstétrica. A denominação de enfermeira especializada para a parteira começou a ser usada nos anos de 1920 e a de obstetriz apareceu pela primeira vez como o título conferido às formadas no Curso de Obstetrícia da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, entre 1922 e 1925. Em 1955, reapareceu em texto legal que regulamentava o exercício da enfermagem profissional e distinguia a obstetriz das demais categorias, ou seja, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, parteira, enfermeiro prático ou prático de enfermagem e parteira prática.
 A associação do trabalho da parteira e da enfermeira foi sendo cogitada já no final do século XIX, quando médicos brasileiros passaram a propor a formação profissional de parteiras que fossem também enfermeiras. Com essa perspectiva, buscavam-se mudanças na atuação das parteiras, limitando sua prática independente, restringindo e controlando seu espaço na assistência ao parto e impondo a hierarquia estabelecida para as enfermeiras, especialmente no hospital.
Desenvolvimento
 Por um longo período, partejar foi uma tradição exclusiva de mulheres que eram de confiança da gestante ou de experiência reconhecida pela comunidade, pois, em sua dedicação à atividade como um sacerdócio, eram familiarizadas com as manobras externas para facilitar o parto, conheciam a gravidez e o puerpério por experiência própria e eram encarregadas de confortar a parturiente com alimentos, bebidas e palavras agradáveis. Sendo assim, as mulheres preferiam a companhia das parteiras por razões psicológicas, humanitárias e devido ao tabu de mostrar os genitais. Neste período, o atendimento ao nascimento era considerado atividade desvalorizada e, portanto, poderia ser deixado aos cuidados femininos.
 1.1 - O DESENVOLVIEMNTO HISTORICO DAS PRAICAS DE SAÚDE 
 O desenvolvimento das praticas de saude esta intimamente associado as estruturas sociais das diferentes nações em epocas diversas.
 Cada periodo historico é determinado uma formção social especifica, trazendo consigo toda uma caracterização própria que engloba sua filosofia, uma politica, sua economia, suas leis e sua ideologia.
 Os periodos transitorios de desenvolvimento das nações, as relações de poder e a articulaçao da questão saúde, dentro da pespectiva socio-econômica e politica, são os fatores que caeacterizam a evolução e a trajetoria das praticas de saúde, na qual a enfermagem esta inserida.
 1.2 - HISTORIA DA ENFERMAGEM OBSTETRICA
 As principais modificações na legislação do ensino de parteiras, no início do século XX, relacionam-se à extinção dos cursos de parteiras e à criação de cursos de enfermeiras de maternidades anexos às faculdades de medicina. Assim, em 1925, o curso de parteiras da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro foi encerrado. Em 1927, o currículo da Escola de Parteiras de São Paulo sofreu alterações e a disciplina Enfermagem Geral foi incluída no programa. Em 1931, a escola passou a denominar-se Escola de Obstetrícia e Enfermagem Especializada, o currículo foi direcionado ao ensino da enfermagem e o curso passou a ter a duração de três anos; ao seu final, as alunas obtinham, além do título de Parteira, o de Enfermeira Especializada.
 Em 1939, em São Paulo, foi fundado o Curso de Enfermagem Obstétrica anexo à Clínica Obstétrica da Escola Paulista de Medicina, tendo formado apenas uma turma. A exigência legal para admissão das candidatas ao curso limitava-se ao ensino primário e era de curta duração, com dois anos. O médico Álvaro Guimarães Filho, professor responsável pelo curso, observou que essa formação era precária e propôs a criação da especialização em Obstetrícia. Assim, as alunas deveriam iniciar o curso com formação em enfermagem geral e, nos últimos três semestres, cursar as cadeiras especializadas em Obstetrícia.
 A partir de 1949, as modificações, que já vinham ocorrendo na prática, acabaram sendo incorporadas à legislação. As escolas de enfermagem passaram, oficialmente, a formar enfermeiras obstétricas. A portadora de diploma de enfermeira podia frequentar o Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica e, ao final de um ano, receber o certificado de enfermeira obstétrica.
 Na década de 1960, o Conselho Federal de Educação estabeleceu uma solução conciliatória ao fixar um novo currículo, com duração de três anos para os cursos de obstetrícia, estabelecendo a articulação com o curso de enfermagem por meio de um tronco profissional comum de dois anos e um terceiro ano diversificado. Essa proposta representou a possibilidade de complementação, com mais um ano de curso em Enfermagem ou em Obstetrícia para obstetrizes e enfermeiras, respectivamente.
 No início da década de 1970, foi introduzida outra modificação decorrente da reformulação das universidades brasileiras, que propunha “vedar a duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes”. Em função da similaridade entre os currículos de enfermagem e de obstetrícia, os cursos foram fundidos em três fases sucessivas: 
 1. A pré-profissional; 
 2. O tronco profissional comum que levava à graduação do enfermeiro; 
 E as habilitações que levavam à formação da enfermeira obstétrica ou obstetriz, do enfermeiro médico-cirúrgico e do enfermeiro de saúde pública. 
 3. E as habilitações que levavam à formação da enfermeira obstétrica ou obstetriz, do enfermeiro médico-cirúrgico e do enfermeiro de saúde pública. 
 As duas primeiras etapas tinham duração mínima prevista de 2.500 horas, integralizadas entre três e cinco anos, e o ciclo completo, com a habilitação em uma das áreas, de no mínimo 500 horas, passava para o total de 3.000 horas, cursadas no período de quatro a seis anos.
 A partir de 1972, coube exclusivamente às escolas de enfermagem a formação profissional da enfermeira obstétrica ou obstetriz, como única via para a capacitação formal de não-médicos para assistência ao nascimento e ao parto normal.
 Em 1994, o currículo mínimo de enfermagem foi modificado e as habilitações foram extintas. Na atualidade, o único curso previsto para formação específica de profissionais não-médicos na área obstétrica consiste na especialização emenfermagem, nível de pós-graduação.
 1.3 - FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO OBSTETRA
 Obstetriz (Midwife): pessoa que, tendo sido regularmente admitida em programa educacional de obstetrícia, legalmente reconhecido no respectivo país, concluiu e foi aprovada no programa de estudos de obstetrícia e adquiriu os requisitos de qualificação para ser registrada ou legalmente licenciada para exercer a obstetrícia. A definição corresponde à adotada pela ICM e pela Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), considerada uma das mais amplamente aceitas em nível internacional.
 Enfermeira obstétrica (Nurse Midwife): pessoa que é legalmente licenciada ou registrada para exercer todas as atribuições de enfermeira e de obstetriz em seu país. A qualificação em obstetrícia pode ser obtida prévia ou posteriormente à qualificação em enfermagem ou como uma combinação dos ensinos de enfermagem e obstetrícia. Essa é a definição seguida pelo ICN.
 Auxiliar de obstetriz (Auxiliary Midwife): pessoa que recebeu algum treinamento formal em obstetrícia e atua sob critérios e supervisão direta ou indireta da obstetriz. O período de formação pode variar de um a dois anos. Em alguns casos, a pessoa pode ter recebido qualificação como auxiliar de enfermagem; em outros, ensino que combina enfermagem e obstetrícia. Auxiliares de obstetrícia podem ou não ser licenciadas. Elas podem receber o título de obstetriz rural, assistente de obstetriz, etc.
 Parteira tradicional (Traditional Birth Attendant): pessoa que assiste a mãe durante o parto e que, inicialmente, adquiriu habilidades no atendimento solitário da parturiente ou como aprendiz de outra parteira tradicional. A parteira tradicional recebe um breve curso de treinamento em algum serviço de saúde atualizado para aprimorar seus conhecimentos. O período de treinamento costuma não se estender além de um mês, embora possa se alongar por mais tempo. Podem ser conhecidas como parteiras leigas, etc.
 1.4 - O QUE FAZ UM ENFERMEIRO OBSTETRA
 Esta área da enfermagem é responsável pelo diagnóstico e tratamento de problemas com a parte fisiológica e psicossocial das famílias com relação à procriação. Vai desde o planejamento da gravidez até os três primeiros meses após o parto. Alguns princípios que orientam a profissão são a valorização do humano, mais que o tecnológico, o peso das decisões racionais relacionadas ao estado de gravidez da mulher e à chegada da crianças, a saúde materno-infantil, etc. 
 O enfermeiro obstetra é habilitado para conduzir um parto quando acontece de forma natural, examinar a gestante, verificar contrações, dilatações e demais alterações no funcionamento do organismo feminino no momento do parto, e discernir quaisquer alterações patológicas que possam requerer um atendimento médico especializado.
 A busca por um parto sem intervenções vem sendo, em parte, facilitada pelos movimentos sociais de usuárias, como apresentam Rattner (2009) e Diniz, Bastos e Riesco (2007). A organização das usuárias em listas de discussão na internet e em grupos de apoio vêm fomentando uma nova consciência e possibilitando às mulheres a busca por um atendimento humanizado e voltado para o parto natural.
 1.5 - PROPOSTAS DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NO RJ
A partir da implementação da Rede Cegonha, em 2011, várias ações foram estimuladas para a redução da morbimortalidade materna e perinatal, dentre elas a criação do Fórum Perinatal da Região Metropolitana I do Estado do Rio de Janeiro (RJ), espaço de discussão com diversos atores entre as instituições públicas, privadas e sociedade civil. Como membro deste Fórum, a enfermagem obstétrica identificou a necessidade de criar o Grupo de Trabalho da Enfermagem Obstétrica (GTEO) com o objetivo de discutir a práxis na redução da morbimortalidade materna e perinatal. A partir daí emergiu a necessidade de aproximação com os agentes das esferas executiva e legislativa do Governo, visando apresentar proposta de ações práticas para impactar os resultados perinatais e maternos, que seguem abaixo.
 Criar o cargo de enfermeira (o) obstétrica(o) no Estado e municípios do Rio de Janeiro;
 Promover Concurso público para enfermeira (o) obstétrica (o) no Estado e municípios do Rio de Janeiro;
 Implementar a Autorização de Internação Hospitalar – AIH - pela enfermagem obstétrica nas maternidades onde há a atuação da enfermagem obstétrica. 
 Garantir a autonomia do cuidado pela enfermeira obstétrica que assiste a mulher no processo de parto e nascimento nas Maternidades, através da consolidação da linha de cuidado à gestante de risco habitual;
 Garantir a continuidade do cuidado pela enfermeira obstétrica e de neonatologia que assiste a mulher e o recém-nascido, respectivamente, no parto domiciliar planejado, na necessidade de transferência às Unidade Hospitalares, pública e privada, através da autorização de entrada e permanência nos serviços de atenção ao parto e nascimento de referência. 
 Garantia da presença de enfermeira obstétrica nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF – contribuindo para qualificação da assistência perinatal das Clínicas da Família.
1.6 -OS PROCESSOS DA CESSARIANA
Ao longo de muitos séculos, o trabalho de parto era o último grande mistério a marcar o processo de gestação de uma mulher. Desde o início da gravidez, tanto a futura mãe como sua família torcia para que o trabalho de parto pudesse se transcorrer da melhor forma possível. Caso contrário, o nascimento da criança poderia se transformar em uma dolorosa experiência capaz de oferecer diversos riscos tanto para a gestante como para a nova vida que estava por vir.
Durante muito tempo, a situação de parto foi resolvida de modo caseiro com a atuação das mulheres da casa auxiliadas por uma parteira mais experiente. Nos casos mais complicados, a falta de técnicas, aparelhos e medicamentos transformavam o nascimento em um terrível fator de risco para o bebê e para a mãe. Sendo assim, passaram-se muitas décadas até que os estudos médicos desenvolvessem alternativas seguras aos nascimentos de difícil execução.
No final do século XVI, Peter Chamberlen inventou o primeiro fórceps utilizado na retirada do recém-nascido. Nos primeiros procedimentos, a engenhoca era acoplada à cabeça da criança e puxada até que fosse integralmente retirada da mãe. Quando se realizava a remoção de um natimorto, alguns médicos utilizavam a craniotomia, um terrível procedimento médico em que se realizava a perfuração do crânio fetal até que a extração fosse possível.
No século XX, os partos passaram por uma nova revolução quando as técnicas da cesariana avançaram de modo significativo. A aplicação de anestesias, os novos procedimentos de esterilização e o emprego da incisão baixa possibilitaram que partos antes considerados fatais fossem executados com grande êxito. No entanto, em meio a tantas benesses, existem equívocos históricos e culturais quando nos reportamos a essa forma de nascimento.
O erro histórico consiste em acreditar que a cesariana foi criada graças ao famoso ditador romano Júlio César, que teria nascido desse modo. Na Roma Antiga, a incisão na barriga da mulher só acontecia quando esta já havia morrido ou quando nenhum dos dois resistia às complicações do parto normal. No caso de Júlio César, registros diversos apontam que sua mãe, Aurélia, ainda viveu depois de dar à luz ao seu ilustre filho. Sendo assim, era impossível que ela tivesse feito uma cesárea.
Do ponto de vista cultural, vemos que a popularização da cesariana nos últimos quarenta anos marginalizou outras formas de parto seguras e mais saudáveis. O medo de sentir dor ou não resistir ao trabalho de parto fez com que diversas mulheres e médicos transformassem esse processo natural em um simples procedimento técnico. Nos últimos anos, pesquisas indicam que a opção pelo parto normal reduz o risco de uma série de complicações e produz um impacto psicológico positivo na mãe e na criança.
Com isso, podemos ver que o processo de modernização dos procedimentos médicos não implicanecessariamente no controle intenso dos processos fisiológicos naturais que envolvem tal situação. Não por acaso, vemos que diversos programas de saúde pública hoje incentivam a participação das tradicionais parteiras que, durante séculos, tiveram um papel fundamental para que várias vidas ganhassem o mundo. Enfim, a cesariana não pode ser mais vista como um avanço irrefutável da medicina.
1.7- CASA DE PARTO
As Casas de Parto são locais destinados a prestar um atendimento humanizado e de qualidade, exclusivamente ao parto normal, e que funcionam integradas a um hospital, porém, fora dele, e de acordo com as novas recomendações do Ministério da Saúde, com no máximo 200 metros de distância deste local.
Lá são desenvolvidas atividades educativas e de humanização relacionadas à gravidez e à chegada do bebê, o acolhimento de gestantes e do seu acompanhante, a avaliação das condições de saúde maternas e fetais, e a garantia de uma assistência segura ao recém-nascido e à mulher em todo seu ciclo: pré-natal, intraparto e pós-parto. Estes locais também devem garantir a remoção segura das mulheres e de seus bebês nos casos de urgência e emergência até o hospital mais próximo.
A diminuição das intervenções que costumeiramente ocorrem no processo natural do parto e a utilização adequada da tecnologia são alguns dos conceitos norteadores das Casas de Parto, incorporando assim a filosofia da humanização na assistência prestada à mãe e seu bebê.
A gestação e o parto de baixo risco são pré-requisitos essenciais para que a mulher possa ser acompanhada em um destes locais.
Nas Casas de Parto são desenvolvidos: consultas de pré-natal, avaliação do bem-estar materno e do bebê, atividades de orientação para a gestação e parto, auxílio à amamentação, atividades de estímulo ao parto normal, acolhimento e cuidado às mulheres, além do parto em si.
As Casas de Parto surgiram no Brasil ano de 1999 e foram apoiadas pelo Ministério da Saúde através de uma legislação própria. Atualmente, fazem parte das ações desenvolvidas com a Rede Cegonha, programa governamental de assistência à saúde materna e neonatal.
No Brasil, existem, atualmente, 14 casas de parto que atendem pelo SUS em nove estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Bahia, Alagoas, Paraná, Ceará, Paraíba e Sergipe.
Os Estados Unidos possuem, hoje, cerca de duzentos e quarenta Centros de Parto, seguindo uma legislação própria onde cada estado regulamenta esses estabelecimentos de saúde, e que devem seguir programas de controle da qualidade do serviço proposto. Todo este movimento se iniciou a partir da década de 70 com o movimento para o resgate da normalidade no processo de nascimento e do protagonismo e autonomia da mulher em suas escolhas.
E, dentro de todos estes conceitos, quais são as vantagens ou benefícios que o parto normal realizado em uma casa de parto pode oferecer á mulher e seu bebê?
• Respeito pelo processo normal ou fisiológico do parto;
• Menor risco de infecção;
• Menos intervenção e procedimentos = menos complicações;
• Melhor adaptação ao aleitamento materno;
• Respeito ao ritmo de cada mulher e ao processo do nascimento; “empoderamento” da mulher;
• Participação mais efetiva da família e acompanhantes no momento do parto e do trabalho de parto;
• Melhor adaptação pós-parto, possibilitando melhores cuidados ao bebê e retorno às suas atividades básicas e cuidados com o próprio corpo;
• Possibilidade de movimentação e alimentação durante o trabalho de parto;
• Escolha da posição para o parto pela mulher;
• Liberação de hormônios que dão prazer, favorecem a amamentação e oferecem maior segurança no pós-parto
CONCLUÇÃO
Após a análise do percurso da enfermagem no campo da obstetrícia, observa-se um avanço considerável nessa área de atuação do enfermeiro no Brasil, sendo confirmado principalmente pela criação da lei do exercício profissional e pelos programas nacionais que incentivam a inserção de enfermeiros obstetras em várias áreas da saúde.
Bibliografia 
 Telma Geovanini; Almerinda Moreira; Soraia Dornelles; Wiliam C. A. Machado "História da Enfermagem - versões e interpretações"
 Sandra de Carvalho Maria Frediano "DA PARTEIRA Á ENFERMAGEM OBSTÉTRICA" 
 MARIA LUIZA GONZALEZ RIESCO; MARIA ALICE TSUNECHIRO "FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE OBSTETRIZES E ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS: VELHOS PROBLEMAS OU NOVAS POSSIBILIDADES?" 
pág.

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