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TCC completo Enfermagem

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16
 
UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ
POLO DE GURUPI-TO
CURSO DE ENFERMAGEM
ANATTANAEL ALENCAR CARVALHO
TRABALHO DE PARTO: A RELEVANCIA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO OBSTETRA 
Gurupi-TO
2021
ANATTANAEL ALENCAR CARVALHO
TRABALHO DE PARTO: A RELEVANCIA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO OBSTETRA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção de média suficiente para aquisição de êxito na disciplina de trabalho de conclusão de curso.
Gurupi-To
2021
ANATTANAEL ALENCAR CARVALHO
TRABALHO DE PARTO: A RELEVANCIA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO OBSTETRA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção de média suficiente para aquisição de êxito na disciplina de trabalho de conclusão de curso, da universidade do norte do paraná, UNOPAR.
:
	
_______________________________
Prof. Dr. 
______________________________
Prof. Dr. 
TRABALHO DE PARTO: A RELEVANCIA DA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO OBSTETRA 
RESUMO
Introdução: o trabalho de parto é um período de grandes dificuldades para as gestantes devido às complicações voltadas aos procedimentos e principalmente o acompanhamento adequado por parte de uma assistência de nível multiprofissional. Sendo assim as equipes de saúde se desempenham com muita competência e destrezas voltadas para a preparação para o nascimento de uma criança, buscando amenizar quaisquer riscos que possam desencadear complicações para mãe e filho Objetivos: o objetivo geral foi Compreender as vantagens de se acompanhar o trabalho de parto da maneira correta segundo a enfermagem obstétrica e apresentar seus benefícios. Metodologia: No que se refere a métodos, o artigo se encaminhou por fontes seguras de autores renomados no que se refere a assistência da enfermagem e condutas voltadas a área da obstetrícia e cuidados com gestantes, na atuação dos profissionais da enfermagem, desmembrando as características deste trabalho multiprofissional bastante utilizado para amenizar os números de mortalidades e complicações futuras. Resultados: a equipe de Enfermagem é muita das vezes os profissionais mais próximos dessa mulher que além de viver o momento mais importante de sua vida, ainda fica repleta de dúvidas e receios. A importância e participação da família ativamente neste processo ficam claras, dessa forma quando houver a abordagem da Enfermagem no pré-parto e no pós-parto todos devem estar envolvidos prestando apoio, confiança a esta mãe para que este momento seja o mais tranquilo e satisfatório possível
Palavras-chave: enfermagem 1. Trabalho de Parto 2. Assistência 3. 
ABSTRACT
Introduction: labor is a period of great difficulties for pregnant women due to complications related to procedures and especially the adequate monitoring by multi-professional assistance. As well as health teams perform with great competence and skills aimed at preparing for the birth of a child, seeking to alleviate any difficulties that trigger complications for mother and child. Objectives: the general objective was to understand the advantages of monitoring labor in the correct way according to obstetric nursing and to present its benefits. Methodology: With regard to methods, the article referred to reliable sources from renowned authors with regard to nursing care and conduct aimed at the area of ​​obstetrics and care for pregnant women, in the performance of nursing professionals, dismembering as characteristics of this multiprofessional work widely used to reduce the number of mortality and future complications. Results: the Nursing team is often the professionals closest to this woman who, in addition to living the most important moment of her life, is still full of doubts and receipts. The importance and participation of the family actively in this process are clear, so when there is a nursing approach in the prepartum and postpartum period, everyone should be providing support, trust to this mother so that this moment is as peaceful and satisfactory as possible
Keywords: nursing 1. Childbirth 2. Assistance 3.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................06
2 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................................................07
2.1 A ENFERMAGEM............................................................................................................................07
2.2 O TRABALHO DE PARTO.............................................................................................................08
2.3 A A ENFERMAGEM OBSTETRICA...............................................................................................10
2.4 A ENFERMAGEM OBSTETRICA NO ACOMPANHAMENTO DO PARTO....................................11
3 METODOLOGIAS..............................................................................................................................14
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................................................15
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................................19
6 REFERENCIAS..................................................................................................................................20
1 INTRODUÇÃO
Com muita clareza é notório que o trabalho de parto é um período de grandes dificuldades para as gestantes devido às complicações voltadas aos procedimentos e principalmente o acompanhamento adequado por parte de uma assistência de nível multiprofissional. Sendo assim as equipes de saúde se desempenham com muita competência e destrezas voltadas para a preparação para o nascimento de uma criança, buscando amenizar quaisquer riscos que possam desencadear complicações para mãe e filho.
Em relação à equipe multiprofissional, a enfermagem será a abordada durante o trabalho, pois a mesma abrange uma nova especialização laboral, a enfermagem obstetrícia, que possui o papel de agir em período de partos, realizando acompanhamentos de gestantes durante o trabalho de parto até a realização do nascimento da criança. É importante ressaltar que o enfermeiro obstetra possui uma significância bastante relevada durante todo o processo de parto, pois este profissional visa garantir a segurança e propiciar um parto saudável seja ele cesariana ou natural, proporcionando a garantia de saúde da mão e do bebê, ou seja, o enfermeiro obstetra é habilitado para conduzir um parto quando acontece de forma natural, examinar a gestante, verificar contrações, dilatações e demais alterações no funcionamento do organismo feminino no momento do parto, e discernir quaisquer alterações patológicas que possam requerer um atendimento médico.
Entre os trabalhadores da saúde, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem representam maioria nos serviços públicos e privados, sendo essenciais e considerados nucleares na estrutura das profissões da saúde. Portanto a justificativa do artigo se deu por enaltecer a importância do papel desses profissionais no acompanhamento correto de RN. O fato de esta sabendo que esse processo tem uma importância muito grande para a saúde da criança se tratando de saúde ente mãe e filho. 
Sendo Assim o problema do artigo foi: Porque se faz presente a importância dos profissionais de enfermagem obstétrica durante o trabalho de parto? O objetivo geral da pesquisa foi Compreender as vantagens de se acompanhar o trabalho de parto da maneira correta segundo a enfermagem obstétrica e apresentar seus benefícios.
No que se refere a métodos, o artigo se encaminhou por fontes seguras de autores renomados no que se refere à assistência da enfermagem e condutas voltadas a área do processo de parto, na atuação dos profissionais da enfermagem, desmembrando as características deste trabalhomultiprofissional bastante utilizado para amenizar e melhorar a saúde de mãe e filho durante essa fase essencial na vida de ambos.
2 REVISÃO DE LITERÁTURA
2.1 A ENFERMAGEM
O processo de enfermagem envolve a utilização de uma abordagem organizada para alcançar seu propósito e requer do enfermeiro interesse em conhecer o paciente como indivíduo, utilizando para isto seus conhecimentos e habilidades, além da orientação e treinamento da equipe de enfermagem para a implantação das ações sistematizadas (DANIEL, 1987). No entanto, o profissional de Enfermagem, em vista das características da sua atuação profissional, também se depara constantemente com a realidade da morte.
A Enfermagem é uma dimensão de estudo muito importante nas Ciências da Saúde, uma vez que seus procedimentos, normas e ações destinam-se a prover suporte às medidas terapêuticas e de cura dos pacientes.
Telma Garcia e Maria Miriam Nóbrega apresentam uma definição sobre o papel da profissão:
`Pode-se definir o Processo de Enfermagem como (...) um modelo metodológico que nos possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e/ou predizer as necessidades humanas de indivíduos, famílias e coletividades, em face de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde, reais ou potenciais, e determinar que aspectos dessas necessidades exigem uma intervenção profissional de enfermagem (GARCIA; NÓBREGA, 2009, p.189).
	
Ainda que o óbito seja uma realidade difícil de ser encarada por qualquer profissional de saúde, para o enfermeiro esta realidade se impõe de maneira ainda mais ampla: Como ele está na ‘ponta’ da teia de cuidados realizados pela equipe multiprofissional, cabe a este profissional gerar os cuidados e apoios necessários ao paciente nos seus instantes finais, e demonstrar, nas ações contínuas de cuidado ao paciente, uma mensagem de alívio e conforto à família. O processo de enfermagem consiste “em promoção de cuidados e proteção aos trabalhadores, torná-los conscientes dos riscos a que estão expostos e fazer com que participem do seu autocuidado. Com isso pretende-se minimizar os riscos ocupacionais” (BULHÔES, 1986 p. 204).
A atividade da Enfermagem é uma habilitação laboral que tem se consolidado como importante nicho na área das Ciências da Saúde ao longo das últimas décadas. Suas relações com a sociedade, por vezes, são permeadas por concepções equivocadas, estabelecidas ao longo do próprio desenvolvimento da Enfermagem enquanto habilidade técnica.
Mesmo a enfermagem tendo como objeto cuidar da vida, o resultado do seu trabalho, algumas vezes, pode resultar em danos irreversíveis que determinam sequelas graves e/ou óbitos. Cuidar da vida em sofrimento e morte nos permite afirmar que o trabalho da enfermagem é gerador de sofrimento psíquico, sendo identificado como um trabalho penoso e insalubre para toda a equipe envolvida (DUARTE; GLANZNER e PEREIRA, 2018 ).
2.2 O TRABALHO DE PARTO 
Após o período da Segunda Guerra Mundial o parto foi incorporado às instituições de saúde, justificados pelos novos conhecimentos e habilidades práticas por parte dos profissionais, adquiridas nos campos de assepsia, cirurgia, anestesia, hemoterapia e antibioticoterapia, minimizando significativamente a morbimortalidade materna e infantil. Embora a institucionalização do parto e os avanços tecnológicos tenham proporcionado melhor controle dos riscos para mãe e filho, houve incorporação de grande número de intervenções desnecessárias, resultando consequentemente no aumento progressivo de cesarianas (FERREIRA; VIANA; MESQUITA, 2014).
Parto é o nome dado ao momento em que o bebê deixa o útero da mulher, finalizando o período de gestação. Trata-se, portanto, do nascimento da criança. O parto pode ocorrer de diferentes formas, sendo classificado basicamente em parto normal e cesárea.
A caracterização de uma gestação como sendo de riscou não, não é um procedimento simples. Requer o conhecimento de toda a fisiologia obstétrica, das condições sócio demográficas das mulheres e também dos processos patológicos, tanto próprios, quando intercorrentes na gravidez, para que a conceituação seja clara e objetiva.
A tendência mundial de avanço tecnológico e científico mostra uma enorme fragilidade no que se refere ao cuidado e conforto, principalmente, ao que diz respeito a esta vivência. O que se esperava era que os avanços tecnológicos auxiliassem no trabalho dos profissionais, contribuindo assim para que os cuidadores tivessem mais condições para ser e estar junto ao ser humano por eles cuidado (CARRARO, 2005).
Nas últimas semanas de sua gravidez, antes que seu bebê esteja pronto para nascerem, os hormônios ativarão seu corpo para que você comece a se preparar para dar à luz. As experiências de parto e pré-parto serão diferentes para cada mulher, no entanto, aqui estão alguns sinais de que o parto pode começar nos próximos dias ou nas próximas semanas. Esses sinais podem ocorrer em qualquer ordem por algumas semanas, dias ou até horas, então você pode não as perceber.
Nas maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) a parturiente pode ser acompanhada por diferentes profissionais de uma mesma equipe de plantão ou mesmo por mais de uma equipe, dependendo do tempo entre sua internação e o nascimento do bebê. O registro em prontuário possibilita o monitoramento da assistência quando há mudança de equipe de plantão. Estudos anteriores sobre a qualidade da assistência ao trabalho de parto baseados em consulta a prontuário apontam a precariedade da atenção prestada ao trabalho de parto. (LANSKY; FRANÇA E LEA, 2002).
É importante considerar que a gestante de risos ou não deverá ter uma abordagem diferenciada pela equipe profissional, pela maior probabilidade de que ocorram complicações, tanto para ela como para o feto/recém-nascido. Também há a necessidade de apoiar e tranquilizar a família e a mulher, uma vez que a situação geralmente traz um maior nível de ansiedade e o medo, sobretudo.
2.3 A ENFERMAGEM OBSTETRICA 
O Decreto n. 94.406, de 8 de Junho de 1987, regulamenta a Lei n. 7.498, de 25 de Junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, no que diz respeito às atribuições do Enfermeiro Obstetra (COREN – Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal, 2004). Segundo ZIEGEL (1985), a prática da enfermagem obstétrica, da mesma maneira que qualquer outra profissão é substancialmente influenciada por numerosos fatores dentro da própria profissão e na sociedade em geral, fato este evidenciado no decorrer da história da obstetrícia.
O parto e a assistência ao parto passaram por diversas transformações no decorrer dos tempos. Passou da residência ao hospital, de um evento que envolvia parteiras a um evento médico, da não-medicalização a medicalização, do natural a um evento regrado. Devido a tantas transformações que foram desenvolvidas para melhor atender a equipe de saúde e a gestante, a parturiente passou de sujeito a objeto, ou seja, uma pessoa que pouco ou nada decide a respeito de como o parto será conduzido. Por isso, há um movimento de humanização do parto, preconizado pelo Ministério da Saúde, solicitando assistência integral e humanizada à mulher, como uma tentativa de empoderamento da mulher neste momento (BRASIL, 2001; DONELLI, 2003; HELMAN, 2003; MALDONADO, 2002; MOTT, 2002; NAGAHAMA; SANTIAGO, 2005; TORNQUIST, 2002). 
A clareza a respeito do que a Enfermagem Perinatal seleciona e que ela exclui, como valorizar mais o humano ou o tecnológico, o peso do intuitivo e do racional nas decisões, significa reconhecer os paradigmas que orientam a profissão, ajudando a compreender que tipo de desfecho a enfermagem obstétrica vem seguindo enquanto profissão.
A obstetrícia, enquanto conjunto de práticas tocologicas teve sua origem no conhecimento acumulado pelas parteiras, sendo a participação desta predominantemente feminina. Desconhecem-se registros na literatura feitos pelas parteiras em relação aos primórdios da sua prática. Um dos paradigmas que existiam na assistência ao parto era que a parturição se devia a um processo natural, fazendocom que, por muito tempo, a prática médico-cirúrgica permanecesse latente, bem como a participação masculina no parto (OSAVA & TANAKA, 1997).
O nascimento da obstetrícia sob a tutela cirúrgica direcionou um saber mais voltado para a técnica, como a sutura e a drenagem, deixando de lado as particularidades da gestação e do parto. O fórcipe obstétrico foi o evento influenciador na aceitação da obstetrícia como uma área técnica e científica, onde foi incorporado o conceito de que o parto era perigoso e a presença de um médico era imprescindível, inaugurando o estopim da disputa profissional entre médicos e parteiras. No imaginário do homem comum, instalava-se a noção de que é possível "comandar o nascimento" (OSAVA &MAMEDE, 1995).
Segundo ZIEGEL (1985), a Enfermagem Perinatal em substituição a Enfermagem Obstétrica representa o termo mais recente e é atualmente empregado pela American Nurse’s Association para designar uma área especializada de enfermagem materno-infantil. Esta área de enfermagem se concentra no diagnóstico e no tratamento das respostas, tanto fisiológicas como psicossociais, de todas as famílias à procriação: desde o planejamento da gravidez até os três primeiros meses após o nascimento da criança.
2.4 A ENFERMAGEM OBSTETRICA NO ACOMPANHAMENTO DO PARTO
O conceito de humanização ao parto inclui diversos aspectos, e está diretamente relacionado com a mudança na cultura hospitalar, sendo necessária a organização de uma assistência realmente voltada para as necessidades das mulheres e suas famílias. Mudanças na estrutura física também são importantes, transformando o espaço hospitalar em um ambiente mais acolhedor e favorável à implantação de práticas humanizadas da assistência. Contudo, a humanização da assistência ao parto implica também e, principalmente, que a atuação do profissional respeite os aspectos de sua fisiologia, não intervenha desnecessariamente, reconheça os aspectos sociais e culturais do parto e nascimento, e ofereça o necessário suporte emocional a mulher e sua família, facilitando a formação dos laços afetivos familiares e o vínculo mãe-bebê. (DIAS; DOMINGUES, 2005)
Sendo assim a atenção humanizada envolve um conjunto de conhecimentos, atitudes e práticas que visam a promoção do parto e do nascimento saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e infantil. Inicia-se no pré-natal e procura garantir que a equipe de saúde realize procedimentos comprovadamente benéficos para a mulher e o bebê, que evite as intervenções desnecessárias e que preserve sua privacidade e autonomia. (DIAS, 2006)
No entanto, o modelo brasileiro de assistência ao parto e nascimento ainda é predominantemente intervencionista, penalizando a mulher e sua família por ignorar a fisiologia e os aspectos sociais e culturais do parto, e acarretando como consequência taxas de morbimortalidade materna e perinatal incompatíveis com os avanços tecnológicas disponíveis. Dessa forma, a proposta de humanização da assistência ao parto focaliza grandes demandas. 
O enfermeiro, principalmente o especialista enfermeiro obstetra, ocupa um lugar importante na assistência ao parto, sendo capaz de direcional e sensibilizar a equipe multiprofissional para um olhar mais humanizado e assim mudar o atual cenário da obstetrícia. (CARVALHO et al., 2008). A humanização como um processo que requer a articulação de diferentes níveis de administração do sistema de saúde, boas condições de infraestrutura, habilidades técnicas científicas e ética profissional. (MOURA, 2017). O enfermeiro deve estar atento as queixas e outras manifestações que possam indicar alguma irregularidade, assim como, ir orientando a gestante sobre a evolução da dilatação e do trabalho de parto, ensinando condutas a serem tomadas, como as técnicas respiratórias a cada contração e relaxamento nos intervalos. (MARQUES et al., 2006)
Assim, fica claro ser imprescindível na assistência de enfermagem o embasamento teórico-prático, sendo de suma importância o estreitamento de laços afetivos entre profissional e parturiente, demonstrando que as ações de enfermagem vão além do saber técnico e constituem a humanização do cuidado. (CARVALHO et al., 2008).
Por esses motivos fica claro que atuação da enfermeira na assistência a mulher no processo de parturição é considerada como uma possibilidade de redução da morbimortalidade materna e perinatal. Com ações que poderão diminuir intervenções desnecessárias, além de privilegiar a parturiente como ser ativo no processo do parto e assim conduzindo uma assistência mais humanizada. (BARROS, 2004). Segundo autores encontrados na literatura, a assistência ao parto é definida como um resgate do acompanhamento do trabalho de parto respeitando a fisiologia destes momentos, oferendo suporte emocional não só para a mulher, mas englobando a família ou outras pessoas que a parturiente escolheu para estarem ao seu lado. 
Também faz parte desse processo respeitar o desejo da mulher, levando esse momento a ser vivido em sua plenitude e apesar de preconizar uma menor intervenção médica, o conceito de humanização prevê que toda a tecnologia perinatal existente atualmente possa ser utilizada para a garantia de maior segurança não só para as mães como também para os bebês. (DIAS, 2006)
Sendo assim é papel do enfermeiro e da equipe multidisciplinar orientar a mulher sobre as vantagens de um parto natural e humanizado para ela e para o bebê, assim como as orientações para que a mesma possa assumir o protagonismo e autonomia pré-parto e pós-parto, sendo que para isso, essa forma de cuidar humanizado deve ser iniciada desde a atenção básica até o momento do parto.
3 METODOLOGIAS
O estudo foi desenvolvido por meio de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, com busca em bases de dados tais como Scielo, Science Direct, Web Sciencee PubMed, além de bancos de dados de universidades, livros e manuais técnicos que tratam do tema, abrangendo publicações feitas de 1997 a 2021, disponíveis na íntegra em português. Foram considerados como descritores: Parto, Obstetrícia, Enfermagem Obstétrica.
Foram estabelecidos como critérios de inclusão: artigos com textos completos, que tenham como foco o tema da pesquisa e que aborde o conceito a ser analisado, no idioma português e tenham sido publicados na literatura nacional e internacional. Os critérios de exclusão deste estudo foram: a escolha de teses, monografias e dissertações, além de textos que fugissem da temática proposta.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Perante o percurso do artigo ficou bastante claro que a enfermagem e seu papel no ato de cuidar são de bastante importância RN e mãe durante o processo de parto, e sua atuação no tratamento assistencial correto.
Os quadros a seguir mostram algumas palavras chaves que será complementada com algumas falas de autores que enaltecem o trabalho e a importância do profissional de enfermagem e seu papel no acompanhamento na maternidade durante o trabalho de parto.
 (Quadros com palavras-chaves)
No quadro verde o (a enfermagem no pré e pós-parto), É notório que a enfermagem é responsável pela consulta dos encontros de pré-natais, portanto os autores MARQUES e PRADO 2004 complementam dizendo: “Essa atividade, por ser privativa do (a) enfermeiro (a), fornece subsídios para a determinação do diagnóstico de enfermagem e elaboração do plano assistencial, servindo, como meio para melhor assistir o paciente/cliente e documentar sua prática. O enfermeiro é responsável pelo conjunto das ações assistenciais que competem à enfermagem”.
Durante os encontros das consultas pré-natais, os mesmos autores citados acima reafirma a função da enfermagem durante esse período, definindo: “Na consulta de enfermagem às gestantes, deve acontecer à participação de forma ativa da cliente de modo que interaja com o profissional Enfermeiro, em que ambos troquem saberes e informações tendo como objetivo à promoção do autocuidado. Nessa expectativa, através da consulta de enfermagem como um momento de diálogo, entreenfermeiro e cliente podem-se estabelecer objetivos e metas a serem alcançados tendo em vista a melhor condição de saúde dos binômios mãe e filho”.
Uma equipe de enfermagem treinada e muito bem preparada no processo de lactação pode ter grande contribuição para a ocorrência da mesma na comunidade onde atua, dessa forma é imprescindível o investimento no preparo e aperfeiçoamento destes profissionais,
MOURA e RODRIGUES, estica a conversa complementando que: “O enfermeiro presta assistência em nível grupal ou individual, orientando sempre sobre a preparação para o parto, promover os cuidados necessários com as mamas para o aleitamento materno, informar sobre a necessidade da utilização de vestuários adequados, a importância do combate ao tabagismo, a utilização de medicamentos, alimentação e cuidados com a criança, sobre a vacinação e higiene, exames laboratoriais, atividades física regulares, contato e afeto com o bebê no útero, entre outros”.
Durante o pós-natal o ministério da saúde do Brasil diz que: “No período pós-parto, os profissionais de saúde devem estar preparados para acompanhar o processo da amamentação e o crescimento e desenvolvimento da criança, tanto em atendimentos individuais quanto em visitas domiciliares [...]“Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. É um período de intenso aprendizado para a mãe e o bebê [...] É fundamental lembrar à mãe que cada bebê é único, agindo e se comportando de maneiras diferentes às diversas experiências. “Comparações com filhos anteriores ou com outras crianças podem causar dificuldades na interação entre a mãe e o bebê”.
CARVALHO 2002 ainda complementa dizendo: “É de grande valia que o profissional de enfermagem tenha estabelecido um vínculo de confiança com a mãe, para que ajude a aumentar sua auto-estima própria e a confiança no ato de amamentar, tornando-se finalmente independente no cuidado com o bebê. Aconselha-se manter um clima de aprendizado, envolvendo a mãe de forma ativa no cuidado com o recém-nascido, ensinando de que forma resolver os problemas que possam surgir com a amamentação e como tomar a decisão certa”.
Em relação ao quadro amarelo, (a assistência da enfermagem durante o parto), aqui irá demonstrar a real significância do papel da enfermagem mediante ao cenário processo de parto, Conselho Regional d Enfermagem COREN 2005, explana em relação ao papel da profissão que: “Cabe ao Enfermeiro, a participação no planejamento, avaliação execução da programação de saúde, como integrante de equipe de saúde; prestar assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido; participar nos programas e nas atividades de assistência integral a saúde individual, de grupos específicos e privativamente daqueles prioritários e de alto risco”.
O autor SILVA 2015, ainda complementa dizendo: “Nesse contexto, é necessário que os profissionais de Enfermagem, além de possuir competência técnica, estejam envolvidos com os aspectos psicológicos e sejam capazes de compreendê-los, oferecendo assim, necessário suporte emocional à mulher, respeitando sua autonomia, direito de um acompanhante de escolha e garantia de que serão informadas sobre todos os procedimentos a que serão submetidas”
No entanto, o modelo brasileiro de assistência ao parto e nascimento ainda é predominantemente intervencionista, penalizando a mulher e sua família por ignorar a fisiologia e os aspectos sociais e culturais do parto, e acarretando como consequência taxas de morbimortalidade materna e perinatal incompatíveis com os avanços tecnológicas disponíveis. Dessa forma, a proposta de humanização da assistência ao parto focaliza grandes demandas. .
“O autor PADILHA 2013, complementa dizendo: A humanização do parto é uma das diferentes ações que integram a Política Nacional da Humanização (PNH), desenvolvida pela OMS, cuja premissa é o atendimento humanizado aos usuários do Sistema Único de Saúde, reduzindo as taxas de cesáreas e de mortalidade materna, e garantir maior participação da parturiente nas decisões sobre sua saúde, assegurando, assim, o máximo bem-estar da mulher e do bebê entre outros”.
Deste modo, fica claro que a equipe de Enfermagem é muita das vezes os profissionais mais próximos dessa mulher que além de viver o momento mais importante de sua vida, ainda fica repleta de dúvidas e receios. A importância e participação da família ativamente neste processo ficam claras, dessa forma quando houver a abordagem da Enfermagem no pré-parto e no pós-parto todos devem estar envolvidos prestando apoio, confiança a esta mãe para que este momento seja o mais tranquilo e satisfatório possível.
Os autores CASTRO e ARAÚJO 2006, Complementaram dizendo: “O profissional precisa estar preparado para prestar uma assistência eficaz, solidária, integral e contextualizada, que respeite o saber e a história de vida de cada mulher e que a ajude a superar, desmistifica medos, dificuldades e inseguranças no processo do trabalho de parto”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ficou evidenciado nesta pesquisa como a utilização do enfermeiro obstetra é importante e benéfico não só para a criança em seu desenvolvimento físico e psicológico, mas também para a mãe em sua recuperação pós-parto e prevenção de diversas doenças e problemas correlacionados a amamentação, pois o acompanhamento se é dado desde a concepção durante as consultas de pré-natal. Ainda, ressalta-se que foi descrito que a importância da assistência do profissional capacitado em obstetrícia, é importante e essencial quando o trabalho é executado com profissionalismo e conhecimento dessa especialização da profissão.
Diante da atual situação dos partos naturais e das altas taxas de cirurgias cesarianas é de extrema importância discutir como a presença da Enfermagem facilita o processo do parto fazendo com que a gestante sinta-se confortável com o objetivo de que o parto não se torne um evento doloroso. Com isso, é primordial demonstrar quais as principais barreiras que a Enfermagem enfrenta no processo de humanização no parto normal, e por fim, elencar de que forma a atuação da Enfermagem pode contribuir com a humanização no parto.
A relevância desta pesquisa contribuiu para o entendimento de como a humanização é fundamental no momento do parto e a importância da equipe de Enfermagem diante esse caso. A pesquisa foi desenvolvida em formato de revisão literária, onde foi realizada uma busca nos últimos 10 anos, nas bases de dados.
Deste modo, ficaram claro que a equipe de Enfermagem é muita das vezes os profissionais mais próximos dessa mulher que além de viver o momento mais importante de sua vida, ainda fica repleta de dúvidas e receios. A importância e participação da família ativamente neste processo ficam claras, dessa forma quando houver a abordagem da Enfermagem no pré-parto e no pós-parto todos devem estar envolvidos prestando apoio, confiança a esta mãe para que este momento seja o mais tranquilo e satisfatório possível.
6 REFERÊNCIAS
. BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. Ministério da Saúde, 2004. Disponível em < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/folder/pacto_reducao_mortalidade_materna_neonatal.pdf > Acesso em: 28 de outubro 2020.
. MARQUES, F. C; DIAS, I. M. V; AZEVEDO, L. A percepção da equipe de enfermagem sobre humanização do parto e nascimento. Rev. Enferm. 2006; 10(3): 439-47.
BARROS, L.M, SILVA, R.M. Atuação da enfermeira na assistência à mulher no processo de parturição. Texto Contexto Enfermagem. 2004 Jul-Set; 13(3):376-82. Disponível em: Acesso: Acesso em: 28 de outubro 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar / Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde. 2001 Disponível em Acesso: Acesso em: 28 de outubro 2020
CARRARO TE. Editorial. Texto Contexto Enferm. 2005 Abr-Jun; 14 (2): 153-4.
CARVALHO, G. M. et al., Enfermagem obstétrica: descobrindo as facilidadese dificuldades do especialista nesta área. Novo mundo. 3ª ed. São Paulo: 2008. 
DANIEL, LILIANA FELCHER. São Paulo; EPU; 1987. 117 p. Monografia em Português | LILACS, EMS-Acervo | ID: lil-642375 Biblioteca responsável: BR59.2
DIAS, M.A.B. Humanização da assistência ao parto: conceitos, lógicas e práticas no cotidiano de uma maternidade pública. 2006. Tese (Doutorado) - Instituto Fernandes Figueira, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2006. 
DIAS, Marcos Augusto Bastos; DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira. Desafios na implantação de uma política de humanização da assistência hospitalar ao parto. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, p. 699-705, 2005.
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A ENFERMAGEM NO PRÉ E PÓS-PARTO
A ASSISTENCIA DA ENFERMAGEM DURANTE O PARTO

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