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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO Unidade Universitária de Mafra Curso: Direito Disciplina: Direito Internacional Público Professor: Andhielita Graciela Valiati Turma: 9ª Fase AULA 06 - 02 - DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL Os Domínios Públicos Internacionais, são locais ou regiões, podem não ser bens materiais, eles pertencem a toda comunidade internacional. Não existe um dono, são de interesse de toda sociedade internacional, podendo utilizar e se beneficiar destes locais, são regulamentados por um tratado internacional. A característica é o interesse de toda a sociedade. Ex. Polo Norte; Noruega, Rússia e EUA sempre estão em conflito para obter o controle desta região devido a descoberta da grande quantidade de petróleo existente. Porém é de interesse de todos e, portanto, de domínio público internacional. O Ártico, não era explorável, mas com o avanço tecnológico e o derretimento do gelo a exploração vem sendo facilitanda. Assim os Estados começam a se interessar em promover conferências internacionais para decidir disciplinas jurídicas para a região. Por ser puro gelo não despertava outro interesse além de servir de corredor marítimo e aéreo. Mas, como são águas de alto mar, o sobrevoo é livre, então não precisa de um tratado, uma disciplina jurídica particular. Por isso não havia, até pouco tempo atrás, grande interesse sobre essa área. Ao contrário da Antártica. O Polo Sul, possui um tratado específico, o tratado da Antártica, que disciplina a utilização do Polo, priorizando a pesquisa cientifica, o Brasil tem uma estação de pesquisa neste polo. Não pode ser usado para fins bélicos, (porém os militares podem ir até lá, não com fins militares mas para pesquisa) ou armas nucleares. A área do Ártico foi ocupada pelas soberanias de perto de acordo com a teoria dos setores. Esta teoria justifica a ocupação de certas ilhas desocupadas (nullius) com base da teoria de uma projeção. Sobre a Antártica, temos algumas teorias que buscaram definir seu domínio vejamos: Teoria de setores: se fosse seria proporcional à área do território do Estado. A solução seria fatiar o polo entre os diversos Estados do planeta o que não é possível. Teoria da descoberta: o primeiro a chegar o detentor da primazia do domínio, no caso, a Noruega com os vikings; Teoria do ponto de apoio: que confere o direito de soberania a quem marca presença mais forte lá. EUA nunca pleitearam em relação a Antártica Teoria da contiguidade da massa geológica: defendida pelo Chile e Argentina, diz ela que, se o nível do mar baixasse um pouco, haveria contigüidade das terras. O que deixaram de considerar é que, dessa forma, todo o mundo estaria emendado à Antártica. Por fim, espaço dos mares, espaço aéreo, espaço sideral, planetas são domínios públicos internacionais, possuindo tratados que os regulamentam. Os rios internacionais também são de domínio público internacional. Há pensadores defendem que a internet é de domínio público internacional por ser de interesse da sociedade internacional, assim como as ondas de telecomunicações. Passaremos a seguir para a análise destes elementos que compõe o domínio público internacional. 2.1. DIREITO DO MAR: É necessário diferenciar direito marítimo, que regulamenta a navegação privada, do direito do mar que esta dentro do domínio público. O direito do mar é o que delimita as extensões, a jurisdição dos Estados. Está previsto na Convenção das Nações Unidas sobre direito do mar (Montego Bay) de 1982, tendo sido ratificada pelo Brasil. Há também um tribunal interacional do direito do mar que tem a função de solucionar os conflitos do direito do mar. Temos então o mar territorial (solo), e o Mar interno (rios, logos etc.). Mar territorial: 12 milhas – pleno exercício da soberania. (continuação do próprio solo). Com relação as ilhas que ficam distantes da costa, devem ter seu próprio mar territorial e sua própria linha de base. Zona Contigua: 24 milhas – poder de polícia/fiscalização, a zona contígua existe com um propósito securitário, no que se refere à alfândega, imigração, saúde, e ainda à disciplina regulamentar dos portos e do trânsito pelas águas territoriais. Zona Econômica Exclusiva: 200 milhas poder de exploração econômica e comercial. (do solo do mar para cima). Na década de 40, Chile e Equador fixaram unilateralmente seu mar territorial em 200 milhas marítimas. Isso passou a ser um novo costume internacional e , até os países nórdicos passaram a adotar. Plataforma continental: pode ter no máximo 200 milhas – recursos naturais (solo e subsolo), em casos excepcionais pode ter mais 150 milhas. Sobre ela podem estar águas do mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva e vai até o limite natural. Apenas os direitos do Estado costeiro se limitam a 350 milhas marítimas que ultrapassadas o Estado não exerce mais os direitos de soberania sobre a plataforma continental. O Estado costeiro tem o direito exclusivo de exploração de seus recursos, sejam eles minerais, vivos ou o que for. Os Estados podem até dispor dessa área quando ela estiver fora do mar territorial. Os Estados podem colocar cabos, dutos submarinos, e os outros Estados não podem concorrer com o costeiro no aproveitamento dos recursos minerais. O Pré-Sal está localizado na Zona Econômica Exclusiva vai do Espirito Santo até Santa Catarina, com petróleo de média e alta qualidade. (o Brasil produzia 14 bilhões de barris de petróleo, depois da descoberta passou a 33 bilhões) alguns pesquisadores dizem que a área atinge o Estado do Pará. Por conta do Pré-Sal o Brasil adquiriu 5 submarinos sendo um de propulsão nuclear, (que funciona com base energia nuclear comprado da França) há apenas 5 países que tem este tipo de submarino sendo os 5 que possuem cadeira permanente no conselho de segurança da ONU (EUA, França, Reino Unido e China) agora Brasil também sendo 6º, foi gasto 20bilhoes. O Brasil preferiu adquirir da França e não da Alemanha, pois a França que tem a cadeira fixa no conselho de segurança, tudo por estratégia política. I - PASSAGEM INOFENSIVA OU PASSAGEM INOCENTE, uma embarcação estrangeira pode passar pelo mar territorial brasileiro sem necessidade de autorização desde que seja uma passagem pacífica, sem fins militares, que não haja parada. Quanto aos aviões é diferente é necessário autorização. O direito de passagem inocente não há imposição de uma rota e no direito de trânsito há uma rota previamente fixada. Com o término do mar territorial, acaba a soberania terrestre e marítima do Estado. Retira-se o caráter inocente da passagem em situações como: manobra militar, propaganda, colocação de redes para pesca, uso de instrumentos de pesquisa, etc. II - DIREITO DE ANCORAR refere-se a uma situação emergencial, (direito de trânsito) não podendo ancorar para explorar os recursos naturais, este será reconhecido apenas nos canais e nos estreitos, podendo haver cobrança pela prestação. 2.1.2 - FUNDOS MARINHOS Entende-se por área o leito do mar que fica embaixo da água de alto mar. Não está dentro dos limites da jurisdição nacional. Sobre a área estão as águas de do alto mar e o espaço aéreo correspondente. Caracteriza-se pelos recursos minerais. Sobre essa área, a Convenção de Montego Bay instituiu uma autoridade internacional dos fundos marinhos para administrar esses recursos, uma organização da comunidade dos Estados que aderiram à convenção. Comunidade internacional dos fundos marinhos. A razão pela qual os Estados Unidos não ratificaram a Convenção é para que a essa área ficasse livre à exploração, permanecendo como era antes, em condição de res nullius, para que aquele que tivesse a tecnologia apropriada pudesse explorar. Após a plataforma, chega-seaos fundos marinhos (porção de terra), patrimônio comum da humanidade, que pode ser explorado por qualquer Estado. Entretanto, essa exploração não pode inviabilizar a exploração por parte dos demais Estados. OBS: nenhum país possui, hoje, tecnologia para explorar a mais de 2 mil metros de profundidade. 2.1.3 - MAR INTERNO: As águas interiores estão aquém da linha de base do mar territorial. De acordo com o regime jurídico das águas interiores na Convenção de Montego Bay, de o Estado exerce sua soberania ilimitada nelas. Nenhuma embarcação pode ali entrar sem autorização do Estado costeiro. 2.1.4 - OS RIOS INTERNACIONAIS. I - Contíguos: quando correm entre dois estados. II - Sucessivos: quando correm entre dois ou mais estados. 2.1.4.1 -Rios de divisa I – Pertence a ambos os Estados ou a somente um deles, não utilizado atualmente; II - Aguas em condomínio são dos dois Estados países e aí formam a fronteira em condomínio. III - Talvegue – hipótese mais aceita Eixo do canal mais profundo, ou eixo mediano, para rios navegáveis e para não navegáveis eixo mediano. Quando apresenta transformações naturais acompanha o eixo mediano ou o talvegue, se houver mudança brusca irá se delimitar pela linha anteriormente adotada. Rio Amazonas e rio Prata com afluentes Paraná, Uruguai e Paraguai.. Em 7866 Brasil abriu a navegação para navios mercantes, mas não perde soberania e poder de policia (rio Amazonas ate a fronteira do Peru. Direito a pesca em tese ao pais de domínio Preservação do meio ambiente. Limites para definir é 24milhas em golfos ou baias 2.1.5 - LAGOS E MARES INTERNOS Salvo disposição contraria seguem a linha de meia distância entre as margens. (para margens estreitas) para margens superiores 24 milhas observa o limite de soberania de 12 milhas. 2.1.6 - ILHAS Pertencem em regra ao estado em que encontrem seu limite. Talvegue muda o curso o domínio das ilhas serão definidos por tratados, alguns estudiosos afirmam que não mudam, mas a problemática é que os tratados não definem se a mudança do talvegue, mesmo a ilha ficando em outro território vai mudar a linha divisória. Já se as ilhas se unem a outro Estado então passarão o território deste. Já duas ilhas que se unem vão então pertencer ao território respeitando o talvegue. O mesmo ocorre com rios, por ação gradual e natural, se duas ilhas se juntam passam a fazer parte do Estado que pertencem. Surgimento de novas ilhas obedecerão a linha limítrofe adotada. No caso de pontes adota-se a linha media transversal que quase sempre corresponde a linha mediana do rio. 2.1.7 - O NAVIO Trata-se de toda embarcação flutuante, que, de forma obrigatória deve hastear bandeira para determinar a sua nacionalidade. Por esse motivo, toda embarcação deve ser registrada internamente. Os Estados determinam de forma livre sobre os requisitos exigidos para o registro exercendo sua soberania. Para obter nacionalidade brasileira, deve atender aos seguintes requisitos: - Tenha sido construído no país; - Seja de propriedade brasileira (tem que manter vínculo real). A convenção das nações Unidas sobre o direito do Mar, divide o Navio em 4 classes: I - Navios de Guerra; II - Navios de estado utilizados para fins não comerciais; III - Navios de estado utilizados para fins comerciais e; IV - Navios mercantes. Navios públicos (de guerra) pertencem ao Estado, podem destinar-se ao transporte comercial ou não. Se forem empregados para transporte comercial serão considerados para todos os efeitos como particulares. Gozam de imunidade de jurisdição, onde quer que estejam. Eles só estão sujeitos à jurisdição de seu próprio Estado de origem. Navios mercantes: são os navios comerciais. Não gozam de imunidade de jurisdição. Não se deve interferir no que acontece dentro da embarcação alheia a menos ela esteja perturbando a paz territorial. OBS: Matrículas de conveniência: Cada navio tem um registro perante determinada Estado. A Convenção de Montego Bay pede que os Estados evitem as chamadas matrículas de conveniência, que são Estados que não têm nenhuma ligação e permitem que tais embarcações sejam registradas em seus portos. Não correspondem à verdadeira nacionalidade da embarcação. A “nacionalidade” dos navios é fixada de acordo com o seu porto de matrícula. Ele tem o direito de arvorar uma bandeira quando é registrada no porto de determinado Estado. Alguns Estados facilitam esses registros com o propósito simplesmente de criar uma espécie de evasão às normas internacionais relativas ao Direito do Mar. Então alguns Estados, que não são parte nos acordos, facilitam as matrículas de conveniência de forma que essas embarcações contornam normas que, de outra forma, seriam incontornáveis. Ex: se o Estado A está em clima de tensão com o Estado B, tendo ambos, portanto, proibido o trânsito de embarcações um do outro em seu mar territorial, o Estado B entra em contato com o Estado C para e deixe seu navio ser registrado num porto deste último, obtendo o navio do Estado B matrícula do Estado C, e assim poder usar a bandeira de C e não ter problemas na passagem nos arredores de A A imunidade de jurisdição é extensível a outros navios que pertençam ao Estado e que não tenham finalidade comercial. Um navio que tem finalidade comercial, ainda que pertença a um Estado, não tem imunidade de jurisdição. A imunidade é dada mais pela finalidade do que pela propriedade da embarcação. 2.2 - ESPAÇO AÉREO Trata-se do espaço determinado entre a superfície terrestre ou hídrica sobrejacente até o limite da camada atmosférica, exercendo o Estado soberania plena sobre seu espaço territorial ou marítimo. Para Paulo Henrique Gonçalves Portela, o Direito Internacional Aeronáutico é uma disciplina autônoma, apesar de demonstrar alguns pontos em comum com a navegação marítima. Qualquer aeronave deve solicitar autorização de passagem para rede de comunicação aeronáutica, concedida caso a caso ou a partir de tratado do qual façam parte o Estado de nacionalidade da aeronave e o Estado de sobrevoo. Não havendo autorização de passagem o Estado soberano tem prerrogativa, por regra internacionalmente imposta, para abater a aeronave. Não á o que se falar em passagem inocente, eis que o Estado é senhor possuidor absoluto deste espaço, tratados e permissões avulsas devem franquear por outros países, toda aeronave deve possuir uma única nacionalidade determinada por seu registro ou matricula ressalvadas as disposições da OACI. Portanto, todo sobrevoo em território de outro Estado, deve ser objeto de devida autorização, contudo, ressalta-se que existem doutrinadores, a exemplo de Francisco Resek, que afirmam a possibilidade de passagem inocente no espaço aéreo de um Estado, sem a devida autorização. O pensamento de Resek, de certa forma é preconizado na Convenção sobre Aviação Civil Internacional, Decreto 21.713, de 27/08/1946, Convenção de Chicago, pois esta permite que aeronaves de seus Estados-partes, desde que em voos não-regulares, sobrevoem outros Estados-partes sem fazer escalas, ou fazendo escalas apenas para fins não-comerciais, sem necessidade de obter licença prévia. O trafego aéreo é preocupação de toda a sociedade internacional, por este motivo as seguintes Convenções são de extrema importância: I - Convenção de Tóquio de 1963: dispõe sobre infrações praticadas a bordo de aeronaves; qualquer atentado praticado na aeronave brasileira será a justiça federal brasileira será competente para julgamento. II - Convenção de Haia de 1970: para repressão do apoderamento ilícito de aeronaves, sequestro de aeronaves. III - Convenção de Montreal 1971: para repressão dos atos ilícitos contra a aviação civil. IV - Protocolo de Montrealde 1984; contra os abusos de Estado na preservação de segurança internacional. A Convenção de Chicago regula o sobrevoo de aeronaves civis, sendo que àquelas de propriedade do Governo e empregadas em serviços militares, alfandegários ou policiais não são reguladas por esta convenção. Salienta que a regra de autorização prévia valerá para todos os tipos de aeronaves, inclusive àquelas de propriedade do Governo e empregadas em serviços militares, alfandegários ou policiais. As aeronaves de propriedade do Governo só poderão sobrevoar livremente os territórios dos Estados aos quais pertençam e áreas internacionais. Já as aeronaves civis, poderão sobrevoar livremente os territórios dos Estados aos quais pertençam, àqueles Estados das quais possuam tratado que verse sobre a matéria e áreas internacionais. Os principais aspectos da navegação internacional são regulados pela Convenção de Chicago. Já a responsabilidade civil do transportador quando da ocorrência de sinistro ou descumprimento de qualquer cláusula do contrato de transporte aéreo, são reguladas pelas Convenções de Varsóvia de 1.929, e de Montreal de 1.999. A Jurisprudência Brasileira tem desconsiderado esta convenção para fins de reparação civil ou direito do consumidor Segundo as regras determinadas na Convenção de Chicago, toda aeronave utilizada em tráfego internacional deve possuir uma nacionalidade, que é definida pelo registro ou matrícula da aeronave em um Estado. Frisa-se que cada aeronave deverá ter apenas uma nacionalidade, portanto, apenas uma matrícula, mesmo que pertença a uma companhia multinacional. Assim, conforme determinado na Convenção de Chicago, fica proibido o registro da aeronave em mais de um Estado. Serão as normas internas de cada Estado que regulamentaram a forma do registro, ou a transferência do registro de uma aeronave. A importância da nacionalidade da aeronave implica na responsabilização estatal quando do acontecimento de fatos envolvendo o equipamento aeronáutico, ou até mesmo a eventual possibilidade de proteção no exterior e os direitos referentes às cinco liberdades da aviação. 2.3 - O ESPAÇO EXTRA-ATMOSFÉRICO Também chamado de espaço cósmico, exterior ou sideral, é sempre alvo de discussões jurídica, devidos as atividades humanas neste local. As discussões geram a criação de normas internacionais, visando a ordem na sociedade internacional. Segundo Rezek, dois acontecimentos históricos impulsionaram a elaboração de normas sobre o espaço extra-atmosférico, sendo a colocação em órbita do primeiro satélite artificial (04 de outubro de 1957) e o primeiro pouso de nave espacial na Lua (20 de julho de 1969). Em 1967 foi negociado o Tratado sobre o espaço exterior, ficou estabelecido que o espaço extra-atmosférico e os corpos celestes não são alvo de apropriação pelos Estados, sendo que sua investigação e exploração deve ser feito em beneficio de toda sociedade internacional, devendo se abster de qualquer ato lesivo, oferecendo proteção de astronautas em dificuldade; adotar medidas de precaução com o fulcro de evitar contaminações. No que tange às incursões no espaço sideral, são privilégios dos Estados soberanos ou das entidades não governamentais autorizadas por um ou mais Estados, sob a responsabilidade deste(s). A colocação em orbita de satélite artificial, Sputnik pela URSS em 1957, e a chegada do homem na Lua em 1969 é que deram inicio as tratativas sobre a utilização deste espaço. Em 1967 houve o tratado da ONU sobre espaço exterior, que prescreve a liberdade do espaço extra-atmosférico e dos corpos celestes. É de uso de toda comunidade internacional. Após o Tratado de 1967, outros foram criados, vejamos: Convenção sobre recolhimento de astronautas na ONU em 1968. Convenção sobre a responsabilidade de danos causados por engenhos espaciais em 1972. Convenção internacional sobre registro de objetos sobre objetos lançados no espaço exterior de 1975 na ONU.. Convenção sobre as atividades dos estados na Lua e outros corpos terrestres (Tratado da Lua) 1979; As duas últimas convenções estabelecem que a lua pode ser utilizada apenas para fins pacíficos vedando a armamentos nucleares ou destruição em massa; buscando evitar uma terceira guerra mundial. 2.3.1 - Comercialização de Corpos Celestes Ouve-se falar sobre a venda, por pessoas naturais, de corpos celeste, ou uma parte deles, os curiosos terrenos na Lua. Isso ocorre devido à omissão contida nos acordos internacionais, pois vedam apenas a apropriação por parte dos Estados. A argumentação sobre a “omissão” não prevalece eis, que não é possível aplicar direitos privados e, consequentemente não pode ser vendido o que lhe pertence. Neste sentido, afirma o professor José Monserrat Filho que não é de competência dos tribunais nacionais julgar pedidos de propriedade em corpos celestes, inclusive a Lua, e nem aos Estados Unidos atribuição do direito de conferir títulos de propriedade nos caminhos do universo. O Direito Internacional Espacial, é que regula as atividades ali desenvolvidas e determina seu regime jurídico. Subentende-se que, apesar de o Tratado do Espaço Exterior e demais acordos serem omissos em relação à apropriação dos corpos celestes, eles igualmente não conferiram tal direito. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO Unidade Universitária de Mafra Curso: Direito
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