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As bases do dimensionamento: Estados limites, ações e critérios de segurança 1 Disciplina: Concreto Estrutural I Prof. Daniel de Lima Araújo Escola de Engenharia Civil - UFG ESTADOS LIMITES 2 Estados Limites � Qual o objetivo do dimensionamento de uma estrutura em concreto armado ? � Garantir uma adequada segurança contra ruptura provocada pelas solicitações, limitar as deformações de forma a não se comprometer o deformações de forma a não se comprometer o uso a que a construção de destina e garantir a durabilidade da mesma adotando-se providências necessárias para se evitar corrosão da armadura. � Que informações são necessárias para o dimensionamento? 3 ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS � São estados relacionados ao colapso da estrutura ou a qualquer outra forma de ruína estrutural (local ou global): � perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo rígido: tombamento; ruptura de fundação...corpo rígido: tombamento; ruptura de fundação... � transformação da estrutura, no todo ou em parte, em sistema hipostático por plastificação; exemplos � ruptura de seções da estrutura por solicitação normal ou tangencial (real ou convencional) 4 ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS � São estados relacionados ao colapso da estrutura ou a qualquer outra forma de ruína estrutural (local ou global): � esgotamento da capacidade resistente da estrutura como um todo ou de parte, estrutura como um todo ou de parte, considerando-se os efeitos de segunda ordem (instabilidade por deformação ou flambagem); exemplo � estado limite último provocado por solicitações dinâmicas (fadiga); 5 ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS � Nas verificações relativas ao estado limite de esgotamento da capacidade resistente, pode-se admitir redistribuição de esforços internos, desde que seja respeitada a capacidade de adaptação plástica da estrutura.plástica da estrutura. 6 ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO � Os estados limites de serviço ou de utilização caracterizam a impossibilidade de utilização da estrutura, mesmo que não tenha sido esgotada a capacidade resistente da mesma, tanto em relação aos usuários quanto em relação às máquinas e aos aos usuários quanto em relação às máquinas e aos equipamentos utilizados. � aparecimento de deformações excessivas para uma utilização normal da estrutura (ELS-DEF); � fissuração excessiva nas mesmas condições (ELS-F e ELS-W); � existência de danos indesejáveis como corrosão etc.; � vibração excessiva (ELS-VE); 7 AÇÕES 8 1. DEFINIÇÃO � As ações F que determinam as solicitações S podem ser classificadas em: � Diretas � Indiretas Permanente� Permanente � Variável � Excepcional 9 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS PERMANENTES � peso próprio da estrutura � sobrecargas fixas � empuxos permanentes de terra e de outros materiais granulososmateriais granulosos � massa específica do concreto normal: 2.000 kg/m3 a 2.800 kg/m3. NBR 6118: 2.400 kg/m3 para concreto simples e de 2.500 kg/m3 para concreto armado. � As massas específicas dos materiais de construção correntes podem ser avaliadas com base nos valores indicados na NBR 6120. 10 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS PERMANENTES 11 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS PERMANENTES 12 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS PERMANENTES � Os pesos de instalações permanentes devem são considerados com os valores nominais indicados pelos respectivos fornecedores 13 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS ACIDENTAIS � As cargas acidentais são prescritas pela NBR 6120 no caso de edificações usuais e pelas NBR 7188 e NBR 7189 no caso de estruturas sujeitas a carregamento móvel e devem ser dispostas nas carregamento móvel e devem ser dispostas nas posições mais desfavoráveis para o elemento estudado. São exemplos de cargas acidentais: � as cargas verticais de uso da construção; � as cargas móveis, com a consideração do impacto vertical; � as forças resultantes de impacto lateral; � a força longitudinal devida à frenagem ou à aceleração; 14 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS ACIDENTAIS - NBR 6120 15 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS ACIDENTAIS - NBR 6120 16 1.1 AÇÕES DIRETAS � CARGAS ACIDENTAIS - NBR 6120 17 1.1 AÇÕES DIRETAS � AÇÃO DO VENTO � A NBR 6118:2003 determina a obrigatoriedade de se considerar a ação do vento. Os esforços devidos a essa ação devem ser determinados de acordo com o prescrito pela NBR 6123, sendo acordo com o prescrito pela NBR 6123, sendo permitido o emprego de regras simplificadoras previstas em normas brasileiras específicas. 18 1.1 AÇÕES DIRETAS � AÇÃO DA ÁGUA � A ação da água deve ser considerada no dimensionamento de estruturas como reservatórios, tanques ou decantadores, ou ainda em estruturas em que a água da chuva possa em estruturas em que a água da chuva possa ficar retida devido a deficiências de caimento ou de deformações da própria estrutura. 19 1.1 AÇÕES DIRETAS � AÇÕES VARIÁVEIS DURANTE A CONSTRUÇÃO � Em algumas estruturas, a verificação da segurança da estrutura para a etapa relativa à obra acabada não garante a segurança durante a obra acabada não garante a segurança durante a execução da mesma. 20 1.2 AÇÕES INDIRETAS � São ações que redundam em deformações impostas à estrutura e são oriundas de efeitos de variação de temperatura, retração do concreto, fluência do concreto, recalques de apoio, imperfeições geométricas ou protensão. imperfeições geométricas ou protensão. 21 1.3 AÇÕES EXCEPCIONAIS � São ações decorrentes de catástrofes como terremotos, incêndios, explosões etc., e por isso mesmo de ocorrência muito pouco provável. 22 AÇÕES NO MÉTODO DOS ESTADOS LIMITES 23 Introdução � Permanentes: diretas e indiretas � Variáveis: normais (grande probabilidade de ocorrência) e especiais (pequena probabilidade de ocorrência) Excepcionais� Excepcionais 24 1. Valores representativos para estados limites últimos � Valores característicos � no caso de ação variável, probabilidade de 25% a 35% de serem ultrapassadas no sentido desfavorável durante um período de 50 anos exemplo: vento.exemplo: vento. � Ações permanentes: desfavorável usar valor característico superior; favorável usar valor característico inferior. � Valores característicos nominais: são aqueles que não possuem função de distribuição de probabilidade. Ex: sobrecarga em edifícios, carga móvel em ponte 25 1. Valores representativos para estados limites últimos � Valores reduzidos de combinação: leva em conta que é muito baixa a probabilidade de ocorrência simultânea dos valores característicos de duas ou mais ações variáveis. � Valores convencionais excepcionais: arbitrados � Valores convencionais excepcionais: arbitrados por consenso entre proprietário e autoridades governamentais 26 2. Valores representativos para estados limites de serviço � Valores reduzidos de utilização: ações que se repetem muitas vezes e ações de longa duração � Valores raros de utilização: ações que podem acarretar estados limites de serviço mesmo que atuem com duração muito curtaatuem com duração muito curta 27 3. Valores de cálculo � Obtidos pela multiplicação dos valores representativos pelos coeficientes de ponderação 28 4. Coeficientes de ponderação � γf 1, :variabilidade das ações; � γf 2, probabilidade de ocorrência simultânea das 321 ffff γγγγ = � γf 2, probabilidade de ocorrência simultânea das ações; � γf 3, desvios gerados nas construções e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das solicitações. 29 4. Coeficientes de ponderação � Para combinações relativas aos estados limites de utilização, adota-se γf 1 γf 3 = 1 � Estado limiteúltimo: � ação principal: γf 2 = 1 γ ψ� cargas secundárias γf 2 = ψ0 � Estado limite de serviço: � γf 2 = 1, para as combinações raras; � γf 2 = ψ1, para as combinações frequentes; � γf 2 = ψ2, para as combinações quase permanentes. 30 4. Coeficientes de ponderação Parcela ( γf 1 γf 3 ) do coeficiente γf para combinações no estado limite último. Permanentes (g) Variáveis (q) Protensão (p) Recalque de apoio e retração Desf. Fav. Geral Tempo Desf. Fav. Desf. Fav. 31 Desf. Fav. Geral Tempo rária Desf. Fav. Desf. Fav. Normais 1,4 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0,0 Especiais ou de construção 1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0,0 Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0,0 1,2 0,9 0,0 0,0 4. Coeficientes de ponderação Coeficiente γf 2 para ponderação das ações variáveis. Ações ψ0 ψ1(1) ψ2 Cargas acidentais de edifícios Locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permaneçam fixos por longos períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas 0,5 0,4 0,3 32 Locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permaneçam fixos por longos períodos de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas 0,7 0,6 0,4 Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6 Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0,0 Temperatura Variações uniformes de temperatura em relação à média anual local 0,6 0,5 0,3 (1) Nos casos de pontes e principalmente de problemas de fadiga, consultar o capítulo 23 da NBR6118:2003 4. Coeficientes de ponderação a) combinação última normal ∑ ∑ = = Ψ+γ+γ= m 1i n 2j k,qj0k,1qqk,gigid FFFF - edifício residencial ( ) gkk2qk1qgkgkd F6,02,1F5,0F4,1F2,1F4,1F εε ++++= combinação 1: Fgk – cargas permanentes 33 combinação 1: Fgk – cargas permanentes Fεgk – recalque de apoio Fq1k – vento Fq2k – carga acidental Fεqk – efeito da temperatura combinação 2: Fgk – cargas permanentes Fεgk – recalque de apoio Fq1k – carga acidental Fq2k – vento Fεqk – efeito da temperatura 4. Coeficientes de ponderação a) combinação última normal ∑ ∑ = = Ψ+γ+γ= m 1i n 2j k,qj0k,1qqk,gigid FFFF - bibliotecas, arquivos, oficinas e estacionamentos: combinação 1 34 combinação 1 ( ) qkk2qk1qgkgkd F6,02,1F8,0F4,1F2,1F4,1F εε ++++= Fq1k – vento Fq2k – carga acidental combinação 2 ( ) qkk2qk1qgkgkd F6,02,1F6,0F4,1F2,1F4,1F εε ++++= Fq1k – carga acidental Fq2k – vento 4. Coeficientes de ponderação b) combinação quase permanente: ELS deformação excessiva ∑ ∑ = = Ψ+= m 1i n 1j k,qjj2k,gid FFF - edifício residencial 35 - edifício residencial qkk1qgkgkd F3,0F3,0FFF εε +++= c) combinação frequente: ELS abertura de fissuras ∑ ∑ = = Ψ+Ψ+= m 1i n 2j k,qjj2k,1qj1k,gid FFFF - edifício residencial acidental carga F ,F3,0F4,0FFF q1qkk1qgkgkd =+++= εε vento F , F3,0F3,0F3,0FFF q1qkk1qk2qgkgkd =++++= εε 5. Resistência m k d ff γ = Valores dos coeficientes de minoração de resistência previstos pela NBR 6118:2003 Combinações Concreto Aço � Nas verificações relativas aos estados limites de serviço não é necessário minorar a resistência dos materiais, ou seja, γm = 1 36 Combinações ( γγγγc ) ( γγγγs ) Normais 1,4 1,15 Especiais ou de construção 1,2 1,15 Excepcionais 1,2 1,00 6. Condições de segurança nos Estados Limites � Rd – são os valores de cálculo dos esforços resistentes dd SR ≥ � Sd – são os valores de cálculo dos esforços solicitantes 37 CRITÉRIOS DE SEGURANÇA 38 1. Definição � É a capacidade da estrutura de suportar as diversas ações que vierem a solicitá-la durante sua vida útil sem apresentar falhas que prejudiquem a sua utilização ou sem atingir o colapso.colapso. 39 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Método das tensões admissíveis: � coeficiente de segurança interno γi: e γ σ σ ≤max 40 iγ max P=? l = 600 cm σe=18 kN/cm2 γi = 2 b = 20 cm h = 60 cm 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Método das tensões admissíveis: � Resolução: bh P 2 3 2 h bh 1 4 Py I M 23max ===σ ll kN 720 2 18 600 60 20 3 2bh 3 2P bh22 12 bh4I 2 i e 2 23max == γ σ = l 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Método do coeficiente de segurança externo (γe) e rupturaqq γ ≤ 42 P=? l = 600 cm σe=18 kN/cm2 γi = 2 b = 20 cm h = 60 cm eγ 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Método do coeficiente de segurança externo (γe) � Resolução: 2 etc bhhbhhRM 2 hbRR σ=σ== σ==Rc Rt σe h/4 0,3 720 2160 kN 216018 600 60 20bhP 4 bhM 4 PM e 2 e 2 e 2 plast ==γ ==σ= σ=== l l eecplast 4 bh 2 h 2 bh 2 hRM σ=σ== σe 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Métodos Probabilísticos: � os parâmetros mecânicos e geométricos são aleatórios. Ex: duas estruturas projetadas com o mesmo γe , mas com σe apresentando dispersões diferentes, são diferentes, sendo menor a diferentes, são diferentes, sendo menor a segurança da estrutura que tiver σe com maior dispersão (Ex: estruturas de madeira e de aço) � O comportamento estrutural é determinístico? 44 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Métodos Probabilísticos � A medida de segurança é tomada como a probabilidade de ruína: Pruína = P { R ≤ S} � Não existe segurança absoluta, logo as estruturas devem possuir baixa probabilidade de ruína, por exemplo, entre 10-3 e 10–6. � Morrer em acidente de estrada = 0,7% ; � morrer quem voa 10 horas por ano ou quem faz 300 viagens de trem por ano = 0,2%; � morrer no fim do dia uma pessoa sadia = 10-5 45 Pruína = P { R ≤ S} 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Métodos Probabilísticos � Aspecto ético: o engenheiro deve definir as probabilidades de ruína aceitáveis em cada situação, levando em conta não só os riscos humanos e materiais envolvidos, mas levando em humanos e materiais envolvidos, mas levando em conta o fato que o riso é inevitável. Distinguir no caso de acidentes, aqueles devidos a erros de projeto ou de execução, daqueles devidos à aleatoriedade inevitável dos fatores de que a segurança depende. 46 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Métodos Probabilísticos � Aspecto econômico: fixar a probabilidade de ruína levando em conta os custos da construção e o montante dos danos decorrentes de uma eventual ruína da mesma.ruína da mesma. � Dificuldade: imperfeito conhecimento estatístico dos fatores que influem na segurança das estruturas (ações, solicitações, resistências, geometria da estrutura). São pesquisas recentes e ainda não podem determinar com precisão a probabilidade de ruína. 47 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Métodos Probabilísticos Probabilidades de falha implicitamente aceitas (CEB/78) Número de pessoas atingidas Consequências econômicas pequenas Consequências econômicas graves Consequências econômicas muito graves 48 pequenas graves Pequeno 10-3 10-4 10-5 Médio 10-4 10-5 10-6 Grande 10-5 10-6 10-7 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Exemplo de aplicação dos Métodos Probabilísticos Seja um pilar, de seção transversal constante, submetido auma força P = 3000 kN. Admitindo σe = 30 kN/cm2 e E = 2 x 104 kN/cm2, calcular: 49 a) coeficiente de segurança interno (γi) b) coeficiente de segurança externo (γe) c) probabilidade de ruína admitindo que apenas E seja uma variável aleatória com coeficiente de variação de 15% (adotar curva de distribuição normal) 40 cm 10 cm l = 2 m 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso a) coeficiente de segurança interno (γi) 2 max cm/kN5,74010 3000 A P = × ==σ 4 5,7 30 max e i == σ σ =γ 50 5,7maxσ 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso b) coeficiente de segurança externo (γe) Se a estrutura mantivesse resposta linear até a ruptura, γe = γi = 4. No entanto, ao atingir a carga de flambagem, as tensões internas crescem muito mais que o carregamento, sendo a ruptura atingida 51 crescem muito mais que o carregamento, sendo a ruptura atingida pouco superior à carga de flambagem (Pf) kN4112 200412 1040102 4 EIP 2 342 2 2 f = ×× ××××pi = pi = l 37,1 3000 4112 P Pf e ===γ 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso c) probabilidade de ruína admitindo que apenas E seja uma variável aleatória A probabilidade de ruína será a probabilidade de se Ter P = P{ Pf < P}, uma vez que como σe é determinado, e como já foi verificado no item b, a ruptura deverá ocorrer por flambagem. 52 P = Pf ⇒ 242 2 2 2 cm/kN1046,13000 I 4E 4 EI3000 ×= pi =⇒ pi = l l Logo, basta P{ E < 1,46x104 kN/cm2} ξ ξ1 f(ξ) 1-F(ξ) Curva normal reduzida: s F)x(F m− =ξ 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso 244 m mm cm/kN103,010215,0Es E s x s ×=××=δ=⇒==δ O valor de ξ correspondente a E = 1,46x104 é: 8,11021046,1EE 4 44 m 1 −= × ×−× = − =ξ 53 8,1 103,0s 41 −= × ==ξ De uma tabela de áreas da distribuição normal retira-se: 1-F(ξ1) = 1 - 0,9641 = 0,0359 que é a probabilidade de E tornar-se menor ou igual a 1,46x104 kN/cm2, o que faria Pf = 3000 kN. ∴ Probabilidade de ruína do pilar = 3,59% 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso d) Qual o valor da força que pode ser aplicada ao pilar admitindo-se uma probabilidade de ruína de 10-3 (0,1%)? Para P = 10-3 ⇒ A = 0,5 – 0,001 = 0,499 ⇒ ξ1 = -3,09 54 Para P = 10 ⇒ A = 0,5 – 0,001 = 0,499 ⇒ ξ1 = -3,09 Logo: E = Em + ξ1s = 2x104 – 3,09 x 0,3x104 = 1,07x104 kN/cm2 kN2206 200412 10401007,1P 2 342 = ×× ××××pi = (γe= 1,86 e γi= 5,44) 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Método semi-probabilístico: � É um método híbrido (valores empíricos associados a dados estatísticos e conceitos Probabilísticos) � Princípios:� Princípios: � Majoram-se as ações (probabilísticas) e as solicitações por γf; � Reduzem-se os valores das resistências (probabilísticas) por γm; � A situação de ruína é aquela onde a solicitação de cálculo é igual à resistência de cálculo (determinístico) 55 2. Métodos de quantificação da segurança quanto ao colapso � Método semi-probabilístico: γf γm � Dificuldade: não é possível determinar um coeficiente global de segurança e nem conhecer a probabilidade de ruína 56 Sm Sk Rm Rk Sd=Rd 3. Índice de Confiabilidade (β) Leva em conta todas as variáveis aleatórias envolvidas e, principalmente, a maneira como a estrutura se comporta fente às ações. Está associado a uma determinada probabilidade de falha. Probabilidade de falha: pf = P(Ps > Pu), 57 Onde Pu = Pu(Xi), i = 1,..., n é a capacidade de carga da estrutura e Ps são as ações impostas à estrutura, ambas variáveis aleatórias. Confiabilidade: c = P(Pu > Ps) = 1 – pf Margem de segurança: M = Pu – Ps . A falha existirirá se M < 0 3. Índice de Confiabilidade (β) Dessa forma, define-se prababilidade de falha por: ∫ ∞− = 0 M dm)m(ffp , onde fM(m) representa a distribuição de probabilidade de M. Pode-se escrever: ∫ β− ∞− = dss)s(f MMfp , com s = (m – µM)/sM 58 Pode-se escrever: ∫ ∞− = dss)s(f MMfp , com s = (m – µM)/sM µM: média da margem de segurança sM: desvio padrão da margem de segurança índice de confiabilidade (β) = µM / sM 3. Índice de Confiabilidade (β) Exemplo de cálculo do índice de confiabilidade Determinar o nível de segurança do item d) do exemplo anterior 59 40 cm 10 cm l = 2 m Em = 2 x 104 kN/cm2 Pm = 2206 kN δE = 15% 3. Índice de Confiabilidade (β) Resolução: Segurança contra a flambagem admitindo todas as variáveis aleatórias (Pk e Ek) com função de distribuição de probabilidade normal. 2 IEpi 60 Carga de flambagem (Pf): 2k 2 4 IE l pi Margem de segurança (M): Pf – Pk = k2k 2 P 4 IE − pi l Admitindo EK e Pk independentes e com distribuição normal, então mm2 2 M PE4 I − pi =µ l 3. Índice de Confiabilidade (β) O desvio padrão da margem de segurança pode ser escrito como: 2 P 2 E2 2 M Ss4 I s + pi = l onde sE é o desvio padrão do módulo de elasticidade e sP é o desvio padrão 61 onde sE é o desvio padrão do módulo de elasticidade e sP é o desvio padrão da força normal. Logo: 244mEE m E E cm/kN103,010215,0EsE s ×=××=δ=⇒=δ Admitindo que a força normal possua distribuição normal com coeficiente de variação de 10%, tem-se: kN6,22022061,0Ps P s mPP m P P =×=δ=⇒=δ 3. Índice de Confiabilidade (β) Logo, o índice de confiabilidade vale: kN 19062206102 200412 1040PE 4 I 4 2 32 mm2 2 M =−×× ×× ××pi =− pi =µ l 62 kN 6556,220103,0 200412 1040Ss 4 I s 2 2 4 2 32 2 P 2 E2 2 M =+ ×× ×× ××pi =+ pi = l 3. Índice de Confiabilidade (β) Usando uma tábua de função de distribuição normal, têm-se a probabilidade de ruína: A=0,49819 P = 0,5 – 0,49819 = 0,00181 f(β) 63 ββ=2,91 ? A=0,49819 Pf = 0,5 – 0,49819 = 0,00181 Pf = 1,81 x 10-3 Dificuldade: determinar a margem de segurança e as funções de distribuição. 3. Índice de Confiabilidade (β) Influência dos coeficientes de variação sobre o índice de confiabilidade 7 8 9 Í n d i c e d e c o n f i a b i l i d a d e Delta=0,05 Delta=0,1 Delta=0,2 64 0 1 2 3 4 5 6 7 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 Coeficiente de variação do módulo de elasticidade Í n d i c e d e c o n f i a b i l i d a d e Delta=0,2 Delta=0,3 Pf = 0,00001 3. Índice de Confiabilidade (β) Influência dos coeficientes de ponderação (γf e γm) na segurança da estrutura Admitindo combinação normal (γf = γm = 1,4) e trabalhando com valores característicos para o módulo de elasticidade e para a força normal, 65 redimensionar a seção transversal do pilar do exemplo anterior e verificar o seu nível de segurança. 40 cm b = ? l = 2 m Ek = 2 x 104 kN/cm2 Pk = 2206 kN δE = 15% e δP = 10% 3. Índice de Confiabilidade (β) Resolução: Neste caso, a inércia para evitar a ruptura por flambagem vale: 2 2 d E 4PI pi = l , com Pd = γfPk e Ed = Ek / γm 66 d 2d Epi 4 42 2 d 2 2 d cm 3505 4,1 102 200422064,1 E 4PI = ××pi × ××= pi = l ⇒ b = 10,2 cm Margemde segurança (M): Pf – Pd = d2d 2 P 4 IE − pi l 3. Índice de Confiabilidade (β) A média µM vale: mm2 2 M PE4 I − pi =µ l O desvio padrão vale: 2P 2 E2 2 M Ss4 I s + pi = l Admitindo variação normal para o módulo de elasticidade e para a força 67 normal, têm-se: Pm Pk Em Ek Pd=Rd γf γm 3. Índice de Confiabilidade (β) Ek = Em – 1,645 sE (quantil de 5%) Ek = Em – 1,645 δE Em 24 4 E k m cm/kN1065,215,0645,11 102 645,11 EE ×= ×− × = δ− = 68 E 15,0645,11645,11 ×−δ− Pk = Pm + 1,645 sP (quantil de 95%) Pk = Pm + 1,645 δP Pm kN 1894 1,0645,11 2206 645,11 PP P k m = ×+ = δ+ = 3. Índice de Confiabilidade (β) sE = δE Em = 0,15 x 2,65 x 104 = 0,4 x 104 kN/cm2 sP = δP Pm = 0,1 x 1894 = 189,4 kN Logo, o índice de confiabilidade vale: 69 kN 383518941065,2 2004 3505PE 4 I 4 2 2 mm2 2 M =−×× × ×pi =− pi =µ l kN 8854,189104,0 2004 3505Ss 4 I s 2 2 4 2 2 2 P 2 E2 2 M =+ ×× × ×pi =+ pi = l 5 M M 10233,4 885 3835 s −×<⇒== µ =β fp 3. Índice de Confiabilidade (β) Influência dos coeficientes de ponderação sobre o índice de confiabilidade 8 9 10 Í n d i c e d e c o n f i a b i l i d a d e Gama=1,4 Gama=1,3 Gama=1,2 Gama=1,1 70 0 1 2 3 4 5 6 7 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 Coeficiente de variação do módulo de elasticidade Í n d i c e d e c o n f i a b i l i d a d e Gama=1,1 Pf = 0,00001 β = 4,5
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