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O controvertido conceito de gene

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O controvertido conceito de gene
	O termo gene foi criado em 1909 pelo pesquisador dinamarquês Wilhekm Ludvig Johannsen e logo adotado pelos geneticistas, em substituição ao termo “fator hereditário”, introduzido por Mendel. Durante décadas , o conceito de gene foi se atualizando de acordo com os conhecimentos da epóca, mas com o vasto conhecimento adiquirido pelo estudo da Genética Molecular, tem sido cada vez mais dificil adequar o conceito de gene aos novos tempos.
	Na história da genética, nunca o termo gene teve tanto destaque como atualmente. Uma definição que permite incorporar dados moleculares de gene é: um segmento de DNA com informação para síntese de um polipeptídio ou de um RNA.
Os limites de um gene
	Cada cromossomo é constituido por uma única molécula de DNA, com milhões de informações genéticas (genes). A expressão de cada um desses genes ocorre por meio de transcrição gênica, que conciste em transcrever a sequência de bases nitrogenadas de um segmento definido da molécula de DNA em uma molécula de RNA.
	A transcrição é definida por uma sequência especial de pares de bases nitrogenadas de dupla-hélice de DNA conhecida como região promotora de gene, essa sequência determina o local em que se encaixa a polimerase do RNA, para inciar a síntese de RNA.
	A polimerase vai se separando da dupla-hélice do DNA e utilizando uma das cadeias como molde para a formação do RNA. O processo continua até que a polimerase do RNA encontra uma sequência específica de bases nitrogenadas, a chamada sequência de término de transcrições, que marca o fim do processo. Portanto, todo gene tem um inicio, a região promotora, e um fim, a sequência de término da transcrição.
Diferença entre genes bacterianos e genes eucarióticos
	Apesar de a maior parte das formas de vida compartilhar o mesmo código genético, a maneira como as informações genéticas estão estruturadas nos cromossomos e o modo como elas são transcritas e traduzidas diferem entre bactécias e seres eucarióticos.
	Uma das diferenças mais marcantes refere-se à organização da informação genética. Em bactérias, a sequência de aminoácidos de um polipeptidio corresponde exatamente à sequência de bases do DNA que foi transcrito para o RNAm, ou seja, há colinearidade entre as cadeias polipeptidicas e os segmentos de DNA que as codificam. Nos genes eucarióticos, a sequência de bases de DNA que codifica os aminoácidos está intercalada com sequências que não participam da codificação. É como se introduzissemos palavras, frases ou paragráfos sem sentido em determinados pontos de um texto.
	Os trechos de um gene eucariótico que contém informação para aminoácidos são denominados éxons (região expressa); os trechos intercalares, que não codificam aminoácidos, são denominados íntrons (região intergênica).
Splicing genético: corte e emenda do RNA
	As informações genéticas dos organismos eucarióticos são interrompidas , com isso criu-se um novo desafio para os cientistas; explicar, como a partir de um DNA contendo íntrons, é produzido um RNAm colinear com a sequência de aminoácidos de polipeptidio.
	No processo de transcrição o segmento de DNA de um eucarionte corresponde a um gene que é lido de ponta a ponta, de modo que o RNA produzido, denominado pré-RNA mensageiro, contém tanto éxons quanto íntrons. Os íntrons são degradados e os éxons são unidos em sequência para constituir o RNA mensageiro. O processo de “edição” do RNA por meio de cortes, eliminação dos íntrons e emenda dos éxons é chamado splicing, termo da língua inglesa que significa “corte e emenda”.
	Dependendo do tipo de célula, um mesmo pré-RNA mensageiro pode sofrer vários tipos de splicing, é o splicing alternativo do RNA.

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