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Questionário Empresarial

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questionário! 
Empresarial 
Provas 4.0 
L. Luçardo 
 
Sumário 
1) Diferencie comércio em sentido lato x estrito. ....................................... 4 
2) Por que se diz que o Direito Comercial é internacionalista e inovador? Qual 
a diferença para o Direito Civil? .......................................................................... 4 
3) Explique a dicotomia do direito privado e qual a sua importância para o 
direito empresarial. ........................................................................................... 4 
4) Por que o Direito Empresarial é considerado fragmentário? ..................... 4 
5) Quais as fases do direito empresarial? Conceitue cada uma delas. ........... 4 
6) Quais as características primordiais da 1ª fase? + Dificuldades ............... 4 
7) Quais as características primordiais da 2ª fase? + Dificuldades ............... 5 
8) Quais as características primordiais da 3ª fase? + Crítica. ...................... 5 
9) O que é jurisdição consular? ............................................................... 5 
10) Quais as características do Direito Empresarial? Cite cada uma delas! ... 5 
11) Por que a teoria dos atos de comércio é considerada complexa? ........... 6 
12) Conceitue a teoria da empresa.......................................................... 6 
13) Quais os perfis da empresa? ............................................................. 6 
14) Conceitue o empresário ................................................................... 6 
15) Quais as qualificações necessárias do empresário? .............................. 7 
16) Qual a diferença entre empresa e Pessoa Jurídica? .............................. 7 
17) Por que o profissional liberal não é considerado empresário? ................ 7 
18) Todos são obrigados a registrar a sua empresa? Quais os efeitos do 
registro/não registro? ........................................................................................ 8 
19) Qual o efeito do registro para o produtor rural? .................................. 8 
20) Qual a estrutura e organização do Registro de Empresas. ................... 8 
21) Quais são os atos registrais? ............................................................ 9 
22) Como funciona o processo decisório no registro de empresa? Quais são 
os recursos e quem julgará? ............................................................................... 9 
23) O que constitui o nome da empresa e quais os seus princípios? ............ 9 
24) Qual a diferença entre firma e denominação? ................................... 10 
25) O que é o nome fantasia? .............................................................. 10 
26) Qual a diferença entre nome, marca e título do estabelecimento? ....... 10 
27) Como é constituída a Firma? .......................................................... 10 
28) Qual a diferença entre comanditados e comanditários? ...................... 11 
29) Como se constitui o nome da sociedade por cotas limitada? ............... 11 
30) Como se constitui o nome da sociedade S. A.? .................................. 11 
31) Quando é possível alterar o nome da empresa? ................................ 11 
32) Como se dá a proteção jurídica ao nome empresarial? ....................... 11 
33) Conceitue estabelecimento e sua natureza jurídica. ........................... 11 
34) Todos os bens da empresa compõem o estabelecimento? .................. 12 
35) O que significa o sobrevalor do estabelecimento empresarial? ............ 12 
36) Diferencie trespasse de cessão por quotas. ...................................... 12 
37) Como se dá a proteção ao estabelecimento empresarial? E ao ponto? .. 13 
38) Quais são os requisitos para o direito de inerência? ........................... 13 
39) Quais são as hipóteses de não renovação do ponto comercial? ........... 13 
40) Como funcionam os prepostos? ....................................................... 14 
41) O que é preposição mercantil? ........................................................ 16 
42) Como se dá o processo revisional no Registro de Empresas? .............. 16 
43) A favor de quem é prestado o aval em branco?..................................... 16 
44) O que é saque?................................................................................. 16 
45) Diferencie abstração parcial de abstração total. .................................... 16 
46) Diferencie abstração total de abstração parcial? .................................... 16 
47) Explique os títulos de credito quanto a classificação em relação a 
circulação? ..................................................................................................... 16 
48) O que é endosso impróprio? exemplifique: ........................................... 16 
49)Qual é sob o ponto de vista econômico a vantagem do titulo de credito? .. 16 
50) O que é literalidade interna?.............................................................. 16 
51) Classifique títulos de crédito quanto a estrutura .................................... 17 
52) Quais os efeitos da recusa do aceite? .................................................. 17 
53) Quais os elementos do crédito sob o ponto de vista econômico e jurídico? 17 
54) O que é cláusula cambiária? ............................................................... 17 
55) Conceitue estabelecimento empresarial? Explique sua natureza jurídica. .. 17 
56) O que é a preposição empresarial? ...................................................... 17 
57) Explique o princípio da literalidade ...................................................... 17 
58) Quais são os requisitos do direito de inerência? .................................... 17 
59) No que consiste o sobrevalor que é agregado ao estabelecimento? ......... 17 
60) Quais são os efeitos dos títulos vinculados a contratos? ......................... 17 
 
 
1) Diferencie comércio em sentido lato x estrito. 
 
Em sentido estrito/econômico é a compra para revenda com intuito de lucro de 
coisas móveis. A base do direito comercial. 
Em sentido lato ou jurídico, significava a incorporação de outras atividades, 
como o transporte de mercadorias, a indústria de manufatura e as atividades 
bancárias. Essa incorporação aconteceu provavelmente pela conexão com as 
atividades de comércio em sentido estrito. 
2) Por que se diz que o Direito Comercial é internacionalista e inovador? 
Qual a diferença para o Direito Civil? 
O Direito Comercial desde a sua gênese, não se vinculando ao Estado, mas 
surgindo da convenção e atividade dos próprios mercadores, tem uma característica 
de transcender as fronteiras, através da busca de acordos, tratados e outros 
mecanismos internacionais. Fato é, que hoje temos a OMC e blocos econômicos, 
provando o caráter internacionalista do Direito Comercial. 
O direito comercial é internacionalista, oneroso, dinâmico, fragmentado e 
informal. 
O direito Civil, por outro lado, é nacionalista, estático, completo e formal. 
3) Explique a dicotomia do direito privado e qual a sua importância para o 
direito empresarial. 
Esta dicotomia é importante na definição nas fontes. O direito civil é 
considerado norma geral do Direito Empresarial, enquanto este é considerado normal 
especial daquele. 
Esta dicotomia é importante na definição do regime jurídico que regerá a 
atividade empresarial, definindo quem estará sob sua égide e quem não. Aqueles que 
não se encaixarem no conceito de empresário, automaticamente estarão regidos pelo 
diploma civil. 
4) Por que o Direito Empresarial é considerado fragmentário? 
Pois ele apresenta diversas lacunas, omissões, imperfeições doutrinárias, 
ideológicas, científicas, em função de ser pragmático. 
É baseado nas praxescomerciais, mercantis, e por isso os comercialistas não 
seriam aptos nas teorizações e se vinculam através da prática negocial, que é 
regulamentada em lei. 
5) Quais as fases do direito empresarial? Conceitue cada uma delas. 
Subjetiva 
Objetiva 
Funcional/Teoria da Empresa 
6) Quais as características primordiais da 1ª fase? + Dificuldades 
a) Existência das chamadas Corporações de Ofício; 
-Vinham desde a antiguidade, mas aqui eram muito poderosas/ricas 
-Direito baseado na praxe comercial, nos usos e costumes aceitos entre eles 
(comerciantes). 
-Só exercia seu direito se fosse matriculado na corporação de ofício. 
 
b) Direito Estatutário: pois o direito era o próprio estatuto da Corporação de 
Ofício, reconhecido uniformemente pelos pares comerciantes, por eles 
votados na forma de lei escrita. 
- Criaram a concordata, falência, letra de câmbio 
 
c) Direito Formal Adjetivo e Tribunais Próprios – Juízos corporativos – 
Juízo Consular (Cônsul) (Consulados) 
7) Quais as características primordiais da 2ª fase? + Dificuldades 
Aqui a conceituação de comerciante passa de quem faz para o que é feito. Logo, 
influenciado pela ideologia iluminista da igualdade formal, qualquer um poderia ser 
comerciante, desde que praticasse determinados atos. 
Aqui surge a teoria dos atos de comércio, com o Código Comercial Francês, 
determinando o que era e o que não era ato de comércio. 
Algumas das dificuldades aqui surgidas foi a imprecisão do que era ato de 
comércio e também a dicotomia gerada entre direito civil e comercial, abrindo um 
precedente sobre quem estava sob a égide de qual, como, por exemplo, o civil que 
fazia negócios com um comerciante. 
8) Quais as características primordiais da 3ª fase? + Crítica. 
 
 
9) O que é jurisdição consular? 
Determinados comerciantes eram escolhidos para resolver as questões 
conflituosas referentes à pratica mercantil, aplicando as normas do Direito Estatutário 
emitido pelas Corporações de Ofício. 
 
10) Quais as características do Direito Empresarial? Cite cada uma delas! 
Internacionalista: OMC, além as fronteiras, Blocos Econômicos. 
Onerosidade: visa vantagem econômica nas relações comerciais. 
Dinâmico: em constante inovação para acompanhar a velocidade do mercado. 
Fragmentado: Pois ele apresenta diversas lacunas, omissões, imperfeições 
doutrinárias, ideológicas, científicas, em função de ser pragmático. 
É baseado nas praxes comerciais, mercantis, e por isso os comercialistas não 
seriam aptos nas teorizações e se vinculam através da prática negocial, que é 
regulamentada em lei. 
 
Informal: se baseia na praxe comercial, devido a necessidade de celeridade nas 
relações comerciais. 
 
 
 
 
11) Por que a teoria dos atos de comércio é considerada complexa? 
Na mudança da teoria subjetiva para a teoria objetiva, surgiram os atos de 
comércio. O fato de serem considerados complexos são 3 a) dificuldade de 
conceituação; b) não haver consenso doutrinário; c) dicotomia do direito privado. 
a) A dificuldade de sua conceituação provém que a lei determinava que todos 
os que praticavam ato de comércio enquadravam-se no conceito de 
comerciante. 
O problema é simples: o que é ato de comércio? Aqui já surge um problema 
de conceituação. 
b) Nesta problemática de conceituação, não houve consenso doutrinário. Uns 
consideraram os atos de comércio por seus fatores comuns, como lucro, a 
atividade de intermediação comercial e a produção em massa. Nenhum 
desses conceitos agradou. 
c) Por fim, através dos atos de comércio ficou explícita a dicotomia do direito 
privado. Uma vez que, com a teoria dos atos de comércio, o direito privado 
ficou divido em relações civis e comerciais. A lei geral, comercial, necessitava 
de complemento legal ou infralegal determinando o que era atos de 
comércio. Aqui no Brasil isso foi feito pelo Regulamento 747. 
A complexidade fica explícita na hora em que algumas atividades ficaram de 
fora do conceito, como inicialmente, o transporte e os bancos. 
Posteriormente, foram inseridos. Outro problema foi nas litispendências 
entre comerciantes e civis. 
12) Conceitue a teoria da empresa 
A teoria da empresa, codificada em 1942 no Código Civil Italiano, unificou as 
relações de direito comercial e civil. A partir dela, não mais é considerado 
comerciante quem está cadastrado numa determinada Corporação de Ofício e quem 
pratica determinado ato. A partir daqui o perfil funcional, ou seja, a organização dos 
fatores de produção tomam proeminência no conceito, não mais de comerciante 
apenas, mas de empresário. 
A teoria da empresa faz com que o direito comercial não se ocupe com apenas 
alguns atos, mas com uma forma específica de exercer uma atividade econômica: a 
atividade empresarial. 
13) Quais os perfis da empresa? 
Os perfis da empresa, atualmente, são 3: subjetivo, objetivo e funcional. 
O perfil subjetivo vê a empresa como uma pessoa, ou seja, o empresário, ou 
seja, o exercente de prestação de serviço autônomo de caráter organizativo e com 
assunção dos riscos inerentes ao mercado. 
O perfil objetivo confunde a empresa com o seu patrimônio ou estabelecimento. 
O perfil funcional é a empresa como atividade, como está descrito no art. 966 
do CC. 
Por fim, o perfil corporativo, já está extinto, segundo a doutrina, mas consistia 
na confusão entre a empresa e a instituição, na medida em que reunia pessoas, o 
empresário e seus empregados, com propósitos comuns. 
14) Conceitue o empresário 
O empresário é aquele que exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
É profissional no sentido de habitualidade pra prática dos atos de empresa. 
Exerce uma atividade econômica organizada no sentido de que organiza os 
fatores de produção, sejam estes urbanos ou rurais, ou a circulação de bens, móveis 
ou imóveis, e de serviços. 
15) Quais as qualificações necessárias do empresário? 
Para ser empresário e exercer legamente a sua empresa é necessário cumprir 
os seguintes requisitos: a) capacidade civil; b) não haver impedimento legal; c) 
manter uma ordem uniforme de produção ou circulação e bens e/ou serviços; e d) 
registro no órgão competente. 
a) Capacidade: Para instituir uma empresa é necessário estar no pleno gozo 
das sua capacidade civil. Após a instituição, se no decorrer do exercício, o 
empresário se tornar incapaz ou, em razão de sucessão, tornar-se 
empresário um incapaz, a empresa poderá ser exercida, temporariamente, 
pelo mesmo. 
b) Impedimento legal: estão impedidos, legalmente, de exercer a empresa os 
servidores públicos, agentes políticos, oficiais militares e os falidos. 
c) Manter uma ordem de circulação de bens e ou serviços: manter o exercício 
da empresa, pois a mesma é uma atividade econômica organizada voltada a 
este fim. 
d) Registro no órgão competente: para exercer, legalmente, a empresa é 
necessário o registro, sem o qual não poderá usufruir de uma série de 
benefícios legais voltados à categoria. 
16) Qual a diferença entre empresa e Pessoa Jurídica? 
A empresa é uma atividade econômica organizada enquanto que a pessoa 
jurídica é um ente especial criado para ser titular de obrigações e direitos. 
A empresa poderá ser exercida por pessoa física e jurídica, no caso, o 
empresário individual/eireli e a pessoa jurídica, respectivamente. 
17) Por que o profissional liberal não é considerado empresário? 
Ele não é considerado empresário pois se encontra na exceção legal do 
parágrafo único do art. 966 do CC, que excetua os exercentes de atividades de 
natureza científica, literária ou artística do conceito de empresário. 
Somente serão empresários se a organização dos fatores de produção se tornar 
mais proeminente que a própria atividade do profissional liberal.Qual a diferença 
entre o empresário individual, a sociedade empresária e a EIRELI? 
A grande diferença entre o empresário individual e a sociedade empresária é 
que esta, por ser uma pessoa jurídica, tem patrimônio próprio, distinto do patrimônio 
dos sócios que a integram. 
 
 
18) Todos são obrigados a registrar a sua empresa? Quais os efeitos do 
registro/não registro? 
Não. O empresário rural, cuja esta seja sua atividade principal, tem a faculdade 
de registrar-se. 
Os efeitos do não registro da empresa são: 
a) Perde o benefício da Recuperação de Empresas; 
b) Não poderá requerer a falência de outros empresários; 
c) Perde a eficácia probatória de seus livros empresariais; 
d) O empresário decretado falido e que não possui livros autenticados comete 
crime falimentar; 
e) Não obtém inscrição nos cadastros fiscais e previdenciários 
f) Não goza de proteção jurídica sobre o seu nome empresarial 
g) Refletem aos sócios, responsabilidades ilimitadas sobre as obrigações da 
sociedade. 
19) Qual o efeito do registro para o produtor rural? 
Terá efeito constitutivo quando este fizer a opção por registrar-se. Do contrário 
ficará regido pelo estatuto da terra. 
20) Qual a estrutura e organização do Registro de Empresas. 
A finalidade do Registro Público de Empresas Mercantis é dar garantia, 
publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicas das empresas 
mercantis. 
 
O registro de empresas é composto pelo SINREM. 
Este é composto de dois órgãos: 
a) DNRC – Departamento Nacional de Registro do Comércio: órgão federal, 
integrante do MDIC, e órgão central do SINREM. 
Terá função normativa, orientativa, coordenativa e supervisionativa na área 
técnica e supletiva na área administrativa. 
 
b) Juntas Comerciais: órgãos estaduais que possuem a função de administrar e 
executar os serviços e registro de empresas. 
 
Ressalte-se que o SINREM é um sistema híbrido, pois conjuga órgãos federais 
com estaduais. 
 
As juntas comerciais são compostas de 5 órgãos: 
a) Presidência; Representativo. 
b) Plenário; Deliberativo superior; 
c) Turmas: Deliberativo inferior; 
d) Secretaria geral: órgão administrativo; 
e) Procuradoria: órgão de fiscalização e consulta jurídica. 
 
Desburocratização: 
Delegacias – registros mais simples. 
Escritórios Regionais: não tem competência registral, mas servem para 
protocolar documentos registrais. 
21) Quais são os atos registrais? 
Matrícula: Dizem respeito a alguns profissionais cuja atividade é sujeita ao 
controle das Juntas. 
Arquivamento: atos constitutivos da sociedade empresária e do empresário 
individual na Junta. 
Autenticação: diz respeito aos instrumentos de escrituração contábil, ou seja, os 
livros empresariais, que devem ser autenticados pela junta. 
Assentamento: ao registro de usos e costumes mercantis. É competência do 
plenário. 
 
22) Como funciona o processo decisório no registro de empresa? Quais 
são os recursos e quem julgará? 
As decisões poderão ser singulares ou colegiadas. 
As singulares serão tomadas por um servidor/vogal no prazo de 3 dias. 
As colegiadas, sendo mais complexas, serão tomadas no prazo de 5 dias. 
Quanto as colegiadas: 
a) Turmas: qualquer ato registral de S.A. 
 Cisão, incorporação, fusão e transformação de sociedades; 
 Consócios e grupos de sociedades. 
b) Plenário: Julgar recursos; 
 Assentamentos. 
 
O registro por decurso de prazo serve para não deixar a mercê os empresários 
pela ausência de celeridade da junta. O empresário exige mediante requerimento o 
Registro por Decurso de Prazo. Detalhe é que o mesmo não gera direito adquirido, já 
que a procuradoria é que irá concluir definitivamente. 
 
Recursos: 
-Reconsideração: sempre referente a decisões não definitivas; 
 Cabe reconsideração realizada pela mesma turma. 
- Recurso ao Plenário 
- Recurso ao Ministro de Estado. 
 
23) O que constitui o nome da empresa e quais os seus princípios? 
O nome empresarial é aquele sob o qual o empresário e a sociedade empresária 
exercem suas atividades e se obrigam nos atos a ela pertinentes. 
Ele constitui-se por ser um elemento de IDENTIFICAÇÃO e INDIVIDUALIZAÇÃO 
do empresário. Função subjetiva. 
Objetiva: garantir fama, renome, reputação. 
Os princípios que norteiam a formação do nome empresarial são os da 
veracidade e novidade. Por veracidade entenda-se que o nome empresarial não 
poderá conter nenhuma informação falsa. Por novidade, entende a proibição de 
registrar nome empresarial igual ou muito parecido com outro já registrado. 
 
24) Qual a diferença entre firma e denominação? 
A firma, que pode ser individual ou social, é espécie de nome empresarial, 
formada por um nome civil, que pode ser do próprio empresário no caso da firma 
individual, ou de um dou mais sócios, no caso da firma social. 
A denominação, que só pode ser social, pode ser formada por qualquer 
expressão linguística. Ela deverá ser adotada obrigatoriamente pela sociedade 
anônima. 
Há duas grandes diferenças entre ambos os institutos: na firma é obrigatório 
vincular o nome civil de quem está por trás do empreendimento, tendo, portanto, 
caráter subjetivo; além do mais, a firma serve também como assinatura nos atos 
jurídicos. 
A denominação, por outro lado, não é obrigatório vincular o nome civil. Ela 
sempre termina por identificar a sociedade, tendo, portanto, caráter objetivo. Ela 
poderá ser constituída de qualquer expressão do vernáculo nacional ou estrangeiro, 
simples ou composta, comum ou incomum. Um detalhe, que ao contrário da firma, a 
denominação não serve como assinatura, isto é, o representante legal da sociedade 
deve assinar o seu nome civil. 
25) O que é o nome fantasia? 
É a expressão que identifica o título do estabelecimento. Grosso modo, está 
para o nome empresarial assim como o apelido está para o nome civil. 
O ordenamento jurídico-empresarial não reserva proteção específica ao nome 
de fantasia ou título de estabelecimento. 
 
26) Qual a diferença entre nome, marca e título do estabelecimento? 
O nome empresarial é o elemento de individualização e identificação do 
empresário. 
A marca é o elemento de identificação dos produtos. 
Título do estabelecimento é o elemento de identificação do ponto. 
 
27) Como é constituída a Firma? 
Para o empresário individual, vincula-se o nome civil ou parte deste. É facultado 
o uso de alguma expressão que identifique a atividade explorada. 
Quando for uma sociedade em nome coletivo, a firma vincula-se ao nome civil 
de todos ou parte dos sócios. Na ausência de algum dos nomes inclui-se a expressão 
“& Companhia” ou & Cia, etc. 
É facultado nesse caso a inclusão da atividade desempenhada. 
O detalhe dessa sociedade é que TODOS os sócios respondem ilimitadamente 
pelas obrigações sociais, mas esta poderá ser limitada por convenção. 
A sociedade em comandita simples, que se caracteriza por uns sócios 
responderem ilimitadamente e outros apenas limitadamente, vincula-se apenas o 
nome dos sócios ou parte deles que respondem ilimitadamente (comanditados), 
sendo obrigatório acrescenta-se a expressão “e Cia.” ou outra similar para identificar 
os sócios que respondem limitadamente e ilimitadamente. 
 
28) Qual a diferença entre comanditados e comanditários? 
Os comanditados são pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente 
pelas obrigações sociais. Os comanditários são responsáveis apenas pelo valor de sua 
quota. 
 
29) Como se constitui o nome da sociedade por cotas limitada? 
Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela 
palavra final Limitada ou LTDA. A firma será composta com o nome de um ou mais 
sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social. 
A denominação deve designar oobjeto da sociedade, sendo permitido nela 
figurar o nome de um ou mais sócios. 
A omissão da palavra LTDA determina a responsabilidade solidária e ilimitada 
dos administradores que assim empregarem firma ou a denominação da sociedade. 
30) Como se constitui o nome da sociedade S. A.? 
A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, 
integrada pelas expressões “sociedade anônima” ou “companhia”, por extenso ou 
abreviadamente. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista ou 
pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa. 
 
31) Quando é possível alterar o nome da empresa? 
— Quando ocorrer retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil figurava 
na firma social; 
— Quando ocorrer substituição da espécie societária; Ex.: Sociedade Ltda para 
S/A. 
— Quando ocorrer à substituição do objeto social (atividade explorada) que 
aparece no nome empresarial. 
— Quando ocorrer lesão de direito. Ex.: quando ofende o direito de 
exclusividade do nome empresarial. 
32) Como se dá a proteção jurídica ao nome empresarial? 
Através do registro na junta comercial e dos atos constitutivos do empresário 
que automaticamente decorre essa proteção jurídica, pois junto com os atos 
constitutivos também é registrado o nome empresarial, a firma ou a denominação 
que vai identificar e individualizar aquele empresário que está se registrando. 
A proteção jurídica ao nome empresarial se relaciona com o princípio da 
novidade e se inicia automaticamente a partir do registro e é restrita ao território do 
Estado da Junta Comercial em que o empresário se registrou. 
 
Uma observação útil: A sociedade em conta de participação não possui nome 
empresarial. 
33) Conceitue estabelecimento e sua natureza jurídica. 
Estabelecimento é o complexo de bens organizado para exercício da empresa, 
por empresário ou sociedade empresária. 
O estabelecimento é uma universalidade de fato, ou seja, a reunião dos bens 
que o compõem são determinados por um ato de vontade. 
Em miúdos: estabelecimento é o conjunto de bens, materiais ou imateriais 
adquiridos, reunidos e organizados racionalmente pelo empresário com a finalidade 
de explorar uma empresa. 
34) Todos os bens da empresa compõem o estabelecimento? 
Nem todos os bens que compõem o patrimônio da empresa, necessariamente, 
pertencerão ao estabelecimento da mesma, uma vez que, para tanto, será 
imprescindível que o bem, seja ele material ou imaterial, guarde um liame com o 
exercício da atividade-fim do empresário. 
 
35) O que significa o sobrevalor do estabelecimento empresarial? 
AVIAMENTO ou FUNDO DE EMPRESA é o sobrevalor, agregado aos bens do 
estabelecimento empresarial em razão da sua racional organização pelo empresário. 
CLIENTELA conjunto de pessoas que habitualmente consomem os produtos e 
serviços fornecidos por um empresário. A clientela é insuscetível de apropriação para 
o direito em vigor. 
 
 O estabelecimento empresarial é a organização racional que o empresário 
imprime sobre os bens. A partir do momento em que eles estão organizados desta 
maneira ao estabelecimento se agrega o sobrevalor, que é justamente a capacidade 
que ele tem de ao funcionar proporcionar lucro ao seu titular, o empresário, então ele 
vai ter esse valor a mais do que a soma dos bens individualmente considerados. 
36) Diferencie trespasse de cessão por quotas. 
O estabelecimento poderá ser objeto unitário de direitos de negócios jurídicos, 
translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza. 
Logo, o trespasse é o contrato de transferência do estabelecimento empresarial. 
Terá como condição de eficácia perante terceiros o registro na Junta Comercial e sua 
posterior publicação. 
 
São institutos jurídicos bastante distintos, pois a sucessão empresarial poderá 
ou não existir no trespasse, mas não existe na transferência de participação 
societária. Possuem efeitos econômicos idênticos, pois são meios de transferência da 
empresa. 
No TRESPASSE o estabelecimento empresarial deixa de integrar o patrimônio de 
um empresário (o alienante) e transfere-se para o de outro (o adquirente). 
O objeto de venda são os bens corpóreos e incorpóreos envolvidos com a 
exploração de uma atividade empresarial. 
Já na CESSÃO DE QUOTAS de sociedade limitada ou na alienação de controle de 
sociedade anônima o estabelecimento empresarial não muda de titular. Tanto antes 
como após a transação, ele pertencia e continua pertencendo à sociedade 
empresária. Essa terá sua composição de sócios alterada. 
Na cessão de quotas ou alienação de controle, o objeto de venda é a 
participação societária. 
 
Na cessão de quotas não há mudança de titularidade do estabelecimento. 
Mudam os sócios, mas não o titular do estabelecimento. Muda o quadro societário, 
mas não troca a titularidade; a responsabilidade pelo passivo continua com a 
sociedade. 
 
Quanto ao trespasse são dois requisitos: 
Os requisitos formais, são aqueles referentes à publicidade, deve averbar na 
junta comercial o contrato de trespasse e deve constar no Diário Oficial. 
Os requisitos materiais: Ao alienante só será eficaz a alienação quando o 
passivo for maior que o ativo, se pagar os credores ou receber autorização destes 
para fazê-lo. Esta anuência pode ser expresso ou tácito, o tácito é feito através de 
notificação judicial ou extrajudicial e após 30 dias o credor não se manifestar. Se 
houver bens suficientes para honrar suas d´vidas, o alienante não necessita de 
anuência dos credores. 
 
37) Como se dá a proteção ao estabelecimento empresarial? E ao ponto? 
PROTEÇÃO JURÍDICA 
Vias Indiretas: proteção dos bens individualizados que acaba, também, 
protegendo o estabelecimento(nome empresarial, marca, etc). 
Vias Diretas: leva em conta o estabelecimento, inclusive seu plus (sobrevalor). 
No caso de desapropriação, na indenização esse plus vai para o empresário quando 
inquilino( e não ao dono do prédio). 
38) Quais são os requisitos para o direito de inerência? 
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito 
a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: 
 
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo 
determinado; 
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos 
dos contratos escritos seja de cinco anos; 
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo 
mínimo e ininterrupto de três anos. 
 
 
39) Quais são as hipóteses de não renovação do ponto comercial? 
 
O locador não estará obrigado a renovar o contrato se: 
 
I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras que 
importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza 
que aumente o valor do negócio ou da propriedade; 
 
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo 
de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o 
locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente. 
 
1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do 
mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, 
com as instalações e pertences. 
 
2º Nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a 
renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo. 
 
3º O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos 
lucros cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização 
do fundo de comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, 
em melhores condições, ou se o locador, no prazo de 3 meses da entrega do imóvel,não der o destino alegado ou não iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou 
que declarou pretender realizar. 
 
 
Requisitos para impedir a RENOVAÇÃO DO VÍNCULO LOCATÍCIO: 
 
O locador deve preencher um dos seguintes requisitos: 
 
— Se pleitear o imóvel para uso próprio; 
 
— Se tiver que realizar no imóvel, reformas determinadas pelo Poder Público ou 
que valorizem o bem. 
 
— Se pretender transferir para o imóvel locado fundo de comércio próprio 
existente a mais de 1 ano, diferente do estabelecimento empresarial do locatário, 
salvo se na locação também incluía as instalações e pertences, denominada locação-
gerência. 
— Insuficiência da proposta apresentada pelo locatário na ação renovatória. 
Se o locador receber uma proposta de aluguel na ação renovatória incompatível 
com o mercado imobiliário de locações. Cabe salientar que a valorização de aluguel 
neste estabelecimento produzida pela atividade do locatário deve ser excluída. 
 
— Se receber proposta melhor de terceiros. Porém deverá pagar indenização ao 
locatário pela perda do ponto. 
 
 
40) Como funcionam os prepostos? 
PREPOSIÇÃO EMPRESARIAL 
 
AGENTES AUXILIARES DA EMPRESA 
 
 Noções gerais 
Leiloeiros; corretores de valores (atuam nas Bolsas de Valores); corretores de 
navios (zonas portuárias, aduaneiras); corretores de mercadorias; trapicheiros; 
tradutores e interpretes públicos. 
 
 Auxiliares Independentes 
São considerados independentes, pois NÃO EXISTE UMA RELAÇÃO DE 
DEPENDÊNCIA ou subordinação com o empresário que contrata seus serviços. Esta 
relação será firmada pelo Contrato de Prestação de Serviços. 
 
 
 7.2.1. Corretores 
 7.2.2. Leiloeiros 
 7.2.3. Representante comercial 
 
 
 Auxiliares dependentes 
São considerados dependentes, pois EXISTE UMA RELAÇÃO DE DEPENDÊNCIA 
ou subordinação com o empresário que os contrata. Esta relação será denominada 
Preposição Empresarial ou Preposição Mercantil. 
 
Preponente (empresário) e o preposto (agentes auxiliares ou colaboradores). 
Existe uma relação de emprego, regida pelo Direito do Trabalho. 
 
 Preposição 
A preposição empresarial ou mercantil revela a responsabilidade que o 
preponente assume pelos atos praticados pelos seus prepostos, em razão do exercício 
da empresa. 
 
Os prepostos poderão atuar no interior ou fora da casa de comércio: 
— O PREPOSTO que ATUA FORA da casa de comércio necessita de autorização 
por escrito detalhando os poderes que possui a praticar atos que venham a obrigar o 
preponente. 
 
— Entretanto, no INTERIOR da casa de comércio não há necessidade do 
preposto ter uma autorização por escrito. 
 
AUXILIARES DEPENDENTES – existe uma relação de dependência: 
 
DISTINÇÃO entre o GERENTE ADMINISTRATIVO (GERENTE GERAL) e o 
GERENTE ÓRGÃO (SÓCIO GERENTE): 
 
 
1) GERENTE GERAL – é a designação atribuída a uma pessoa a quem se 
competem as funções de gerenciar. Quando este cargo é decorrente mandato 
convencional o gerente será um preposto do comerciante ou um mandatário. 
— A pessoa que assumir o cargo de GERENTE GERAL atribuída pelo seu 
preponente (patrão), receberá por seu trabalho mensal um SALÁRIO. 
 
2) SÓCIO GERENTE – é a designação atribuída ao sócio, que é investido de 
mandato legal de administrador e representante legal da sociedade. 
 
— Quando se trata de SOCIEDADE, quem a representa legalmente a sociedade 
são os sócios. A relação do sócio gerente não é de preposição, ou seja, não é 
preposto nem preponente, já que é uma RELAÇÃO INSTITUCIONAL que ele 
desenvolve enquanto sócio. 
 
OBS.: O sócio nunca será considerado preponente, pois a sociedade é que será 
considerada preponente. 
 
— O sócio que exercer a função de SÓCIO GERENTE receberá mensalmente 
pelo seu labor mensal, o denominado “PRO LABORE”. 
 
 
AUXILIARES INDEPENDENTES – não existe uma relação de dependência: 
 
1) AGENTES AUXILIARES DA EMPRESA – Leiloeiros, corretores, tradutores 
públicos e interpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais. 
 
2) PRESTADORES DE SERVIÇOS – Representantes comerciais, auditores, 
contadores... 
 
DO GERENTE 
CC, art. 1.172 – Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da 
empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. 
 
Relação do empresário – preponente – com o preposto, para fins de 
representação, que pode ou não ser específica. O preposto pode ser qualquer pessoa. 
 
41) O que é preposição mercantil? 
42) Como se dá o processo revisional no Registro de Empresas? 
 
 
4ª Prova 
 
43) A favor de quem é prestado o aval em branco? 
44) O que é saque? 
45) Diferencie abstração parcial de abstração total. 
46) Diferencie abstração total de abstração parcial? 
 
47) Explique os títulos de credito quanto a classificação em relação a 
circulação? 
48) O que é endosso impróprio? exemplifique: 
49)Qual é sob o ponto de vista econômico a vantagem do titulo de credito? 
50) O que é literalidade interna? 
 
51) Classifique títulos de crédito quanto a estrutura 
52) Quais os efeitos da recusa do aceite? 
53) Quais os elementos do crédito sob o ponto de vista econômico e 
jurídico? 
54) O que é cláusula cambiária? 
55) Conceitue estabelecimento empresarial? Explique sua natureza 
jurídica. 
56) O que é a preposição empresarial? 
 
57) Explique o princípio da literalidade 
 
58) Quais são os requisitos do direito de inerência? 
 
59) No que consiste o sobrevalor que é agregado ao estabelecimento? 
 
60) Quais são os efeitos dos títulos vinculados a contratos?

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