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• Sistema nervoso periférico Nervos cranianos e espinhais • Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático, neurotransmissores e seus receptores, reflexos homeostáticos. FlorianOpolis/2018 Curso de Medicina Veterinária Constituído por nervos cranianos e espinhais com seus gânglios associados e as terminações nervosas • São os nervos que fazem conexão com o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). • Estes nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais dos sentidos. • São 12 pares de nervos cranianos. Imagem: AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. São Paulo, Ed. Moderna, 2001. vol. 2. FIBRAS EFERENTES SOMATICAS p/ fibras musculares em geral FIBRAS EFERENTES VISCERAIS gerais - p/ o sna (músculo liso e glândulas) especiais - p/ musc.da laringe e faringe FIBRAS AFERENTES SOMATICAS gerais - fibras p/ dor, pressão, frio especiais - p/ visão e audição FIBRAS AFERENTES VISCERAIS gerais - p/ sensibilidade visceral especiais - p/ gustação e olfação A maioria faz conexão com o tronco encefálico Exceções: Olfatório com telencéfalo e o óptico com o diencéfalo. Nervo craniano Função I-OLFATÓRIO sensitiva Percepção do olfato. II-ÓPTICO sensitiva Percepção visual. III-OCULOMOTOR motora Controle da movimentação do globo ocular, da pupila e do cristalino. IV-TROCLEAR motora Controle da movimentação do globo ocular. V-TRIGÊMEO mista Controle dos movimentos da mastigação (ramo motor); Percepções sensoriais da face, seios da face e dentes (ramo sensorial). VI-ABDUCENTE motora Controle da movimentação do globo ocular. VII-FACIAL mista Controle dos músculos faciais – mímica facial (ramo motor); Percepção gustativa no terço anterior da língua (ramo sensorial). VIII-VESTÍBULO-COCLEAR sensitiva Percepção postural originária do labirinto (ramo vestibular); Percepção auditiva (ramo coclear). IX-GLOSSOFARÍNGEO mista Percepção gustativa no terço posterior da língua, percepções sensoriais da faringe, laringe e palato. X-VAGO mista Percepções sensoriais da orelha, faringe, laringe, tórax e vísceras. Inervação das vísceras torácicas e abdominais. XI-ACESSÓRIO motora Controle motor da faringe, laringe, palato, dos músculos esternoclidomastóideo e trapézio. XII-HIPOGLOSSO motora Controle dos músculos da faringe, da laringe e da língua. http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso4.asp#medula Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20 Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21 Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23 • São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça. • Saem aos pares da medula, a cada espaço intervertebral. São formados pela união das raízes dorsal e ventral, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos anteriores e posteriores. FIBRAS EFERENTES SOMATICAS Para músculo estriado esquelético FIBRAS EFERENTES VISCERAIS Fibras autônomas para os músculos cardíaco, liso e glândulas. fibras aferentes somaticas Exteroceptivas: temperatura, pressão, dor e tato. Proprioceptivas: 1. conscientes; sensação de posição e movimento de uma parte do corpo. 2. inconsciente; regulação reflexa da atividade do cerebelo, reflexo miotático. FIBRAS AFERENTES VISCERAIS Impulsos sensitivos das vísceras FlorianOópolis/2018 Curso de Medicina Veterinária FUNÇÃO: Pressão sanguínea, batimentos cardíacos, digestão, motilidade intestinal, micção, transpiração, diâmetro pupilar, excitação sexual. DEFINIÇÃO AMPLA: vias aferentes sensoriais viscerais, hipotálamo e vias eferentes motores viscerais e glandulares. HOMEOSTASIA DE ÓRGÃOS VISCERAIS E GLÂNDULAS Manter estável o ambiente orgânico interno Involuntário, com certo grau de consciência CONTROLE CENTRAL: hipotálamo, tronco cerebral e Medula espinhal. REFLEXOS VISCERAIS: sinais sensoriais chegam dos órgãos viscerais até gânglios autônomos (tronco cerebral e hipotálamo). SINAIS AUTÔNOMOS EFERENTES: simpático e parassimpático Centro hipotalâmico de homeostase (diencéfalo) Tronco Cerebral Córtex Telencéfalo Informação Sensorial Visceral Função autonômica Função Endócrina Medula Espinhal núcleos simpático e parassimpático Neurônios autônomos pré ganglionares Formação reticular 1. Órgãos alvo músculo liso, cardíaco e glândulas 2. Número de neurônios no circuito periférico 2 neurônios pré e pós ganglionares 3. Natureza da sinapse no órgão alvo Excitatória ou inibitória Sistema nervoso autônomo Músculo liso, Músculo Cardíaco Glândulas Sistema motor somático Músculo esquelético Sistema motor somático 1 neurônio periférico corpo celular no SNC e axônio se estende até o músculo esquelético. Sistema nervoso autônomo 2 neurônios periféricos Neurônio pré ganglionar que faz sinapse com um neurônio pós ganglionar Neurônio pós ganglionar que faz sinapse com o órgão alvo. Gânglio corresponde a um conjunto de corpos celulares fora do SNC neurônio motor somático Estimulam o músculo esquelético através de uma fenda sináptica estreita (junção neuromuscular). Neurônio autônomo Podem estimular ou inibir órgãos alvo através de neurônios pós ganglionares que apresentam muitas ramificações com varicosidades. divisão simpática prepara o corpo para situações de emergência e é frequentemente considerado como sistema ”luta ou fuga” divisão parassimpática conserva e restaura as fontes de energia do corpo, é considerado o sistema de ”repouso e digestão” O SNA periférico é subdividido em duas classes principais com base na ORIGEM de seus neurônios pré ganglionares no SNC e nos TRANSMISSORES SINÁPTICOS utilizados no órgão alvo. As fibras simpáticas originam-se da medula espinal torácica (T1–T13) e lombar (L1–L3). As fibras parassimpáticas originam-se do tronco encefálico e de segmentos da medula sacral (S2–S3). O sistema nervoso simpático é composto por axônios pré ganglionares curtos e pós-ganglionares longos. O sistema nervoso parassimpático é composto por axônios pré ganglionares longos e pós-ganglionares curtos. A maioria dos órgãos viscerais são inervados tanto pelo SNA simpático quanto parassimpático que exercem ações opostas porém complementares para manter a homeostasia SE UM EXCERCE UMA AÇÃO EXCITATÓRIA O OUTRO EXERCE UMA AÇÃO INIBITÓRIA. Ex. Estimulação simpática provoca dilatação da pupila (midrísase) enquanto a estimulação parassimpática provoca constrição da pupila (miose). SIMPÁTICO (músculo liso vascular e glândulas sudoróparas) E PARASSIMPÁTICO (glândulas lacrimais) VISA ALCANÇAR UM OBJETIVO COMUM. Ex. ato sexual masculino parassimpático (ereção peniana) e simpático (ejaculação). Glândula sudoríparas Medula adrenal Vasos sanguíneos Músculo eretor do pelo Ilhotas pancreáticas Glândula Pineal Músculo dilatador da pupila Músculo esfíncter da íris Músculo ciliar Glândulas nasofaríngeas Simpático Parassimpático Posição do neurônio pré-ganglionar T1-L2 - porção tóraco-lombar (coluna lateral medular) tronco. encefálico e S2- S4 Posição do neurônio pós-ganglionar gânglios paravertebrais e pré-vertebrais gânglios (próximos ou dentro das vísceras) Tamanho da fibra pré-ganglionar curta longa Tamanho da fibra pós-ganglionar longa curta Ultra-estrutura da fibra pós-ganglionar vesículas sinápticas granulares pequenas além das grandes e das agranulares não possui as vesículas sinápticas granularespequenas Sistema toracolombar Curso de Medicina Veterinária Descarga em massa por distribuição ampla (muitas fibras pós- ganglionares) e endógena (adrenérgica pela supra-renal) Em situações de estresse físico ou emocional, apresenta efeitos generalizados para mobilizar recursos do organismo para o esforço extra em resposta a uma emergência. Aumento dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, dilatação da pupila, elevação dos níveis de glicose e de ácidos graxos livres 1. NERVOS PRÉ GANGLIONARES 2. GÂNGLIOS SIMPÁTICOS PARAVERTEBRAIS Ao lado da coluna vertebral e interconectados com os nervos espinhais. 3. GÂNGLIOS PRÉ VERTEBRAIS 4. NERVOS QUE SE ESTENDEM DOS GÂNGLIOS AOS DIFERENTES ÓRGÃOS INTERNOS As fibras nervosas simpáticas se originam na medula espinhal junto com os nervos espinhais projetando-se para a cadeia simpática e então para os tecidos e órgão estimulados pelo sistema simpático Cervicais craniais, médio e caudal: Fornecem fibras para órgãos como cabeça e pescoço Cervical e torácico: Fornecem fibras para órgãos torácicos como coração e pulmão Celíaco, mesentérico cranial, mesentérico caudal: Fornecem fibras para vísceras abdominais e pélvicas GLÂNGLIOS PRÉ VERTEBRAIS TÓRAX T3-T6 ABDOME T7-T11 MEMBROS T12 L1 e L2 CABEÇA E PESCOÇO T1 e T2 Distribuição segmentar das fibras nervosas: Axônios pré-ganglionares deixam a medula espinhal através das raízes ventrais Passam pelo ramo branco para então entrar no tronco simpático realizam sinapse com o neurônio pós ganglionar Destinos dos Neurônios Pós ganglionares: #1 Ramo cinza percorrem a parede do corpo ou extremidades #2 Gânglios da cadeia torácica e cervical para vísceras torácicas. #4 fibras esplâncnicas na medula adrenal #3 nervos esplâncnicos que fazem sinapse nos Gânglios pré vertebrais Corpos celulares dos neurônios pré ganglionares localizam-se na medula espinhal Gânglios cervicais craniais As fibras pós-ganglionares que deixam o gânglio cervical cranial continuam na forma de plexos ao longo das artérias da cabeça e região do pescoço Inervam: glândulas salivares músculos lisos (eretor do pelo, vasos) dilatador da pupila glândula tireoide nervo vago Gânglios cervicais craniais Essas estruturas não recebem inervação parassimpática, de modo que constituem uma exceção à inervação dupla. Inervam: Vasos sanguíneos músculos eretores do pelo glândulas sudoríparas Somente inervação simpática Gânglio cervicotorácico e gânglio cervical médio Essas fibras inervam a Vascularização e o músculo liso das vias respiratórias e do pulmão. Nervo cardíaco estrelado simpático (relaxamento do músculo liso das vias respiratórias e dos vasos sanguíneos) Nervo vago provoca contração do músculo liso. Nervo esplâncnicos torácico e lombar As fibras simpáticas para os órgãos viscerais abdominais e pélvicos são supridas pelos nervos esplâncnicos. As fibras simpáticas pré-ganglionares percorrem desde o corno intermediolateral da medula passando pelas cadeias simpáticas, nervo esplâncnico para fazer sinapse na medula adrenal. CÉLULAS CROMAFINS São células neuronais modificadas que secretam adrenalina e noradrenalina diretamente na corrente sanguínea (função neuroendócrina) Sistema craniossacral Curso de Medicina Veterinária Conserva e restaura as fontes de energia do corpo. Diminui FC e pressão arterial. Restaura fontes de energia por aumento da atividade digestiva Vasos sanguíneos são Inervados pelas fibras parassimpáticas Porém encontram-se em contração parcial pelo tônus simpático e podem sofrer dilatação ou constrição pela diminuição ou aumento da estimulação simpática. Ação nos órgãos alvo mais restrita/focal pois possui poucas fibras pós-ganglionares que são próximas aos órgãos Digestão e absorção de alimentos pelo aumento da secreção gástrica e aumento da motilidade intestinal Origem das fibras As fibras pré ganglionares craniais originam-se dos núcleos parassimpáticos dos nervos: Oculomotor (III) inervam a íris e o corpo ciliado do olho Facial (VII) glândulas salivares e lacrimais Glossofaríngeo (IX) glândulas parótida e zigomática Vago (X) vísceras torácicas e abdominais (suprem coração, pulmões, esôfago, estômago, intestino delgado, cólon, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rins e ureteres. Parte Sacral Deixam as raízes ventrais da medula espinhal sacral e formam o nervo pélvico (reto bexiga, ureter e genitália externa) Facial (VII) Glossofaríngeo (IX) Vago (X) Oculomotor (III) Nervos cranianos: Região Sacral Curso de Medicina Veterinária • As fibras nervosas simpática e parassimpática secretam principalmente um dos neurotransmissores: ACETILCOLINA e NOREPINEFRINA. • Todos os neurônios pré ganglionares tanto do sistema nervoso simpático quanto do parassimpático são COLINÉRGICOS. Acetilcolina Colinérgica Noradrenalina/adrenalina Adrenérgica SN simpático (divisão adrenérgica) Quase todos os neurônios pós ganglionares do SN simpático são adrenérgicos. SN parassimpático (divisão colinérgica) Quase todos os neurônios pós ganglionares do SN parassimpático são colinérgicos. NEUROTRANSMISSOR PRÉ GANGLIONAR DE FIBRAS SIMPÁTICAS E PARASSIMPÁTICAS Sintetizada nas terminações nervosas e nas varicosidades das fibras nervosas colinérgicas, onde fica armazenada em vesículas até sua liberação. Transportada de volta para a terminação nervosa Principal neurotransmissor PARASSIMPÁTICO Dopamina, Noradrenalina e Adrenalina NORADRENALINA é o neurotransmissor na maioria das junções neuroefetoras pós ganglionares SIMPÁTICAS. Representam um conjunto de neurotransmissores liberados pelo neurônio pós ganglionar SIMPÁTICO e células cromafins da medula adrenal. Hidroxilação Metilação Para que os neurotransmissores possam atuar nos seus órgãos efetores precisam se ligar à receptores. A molécula proteica alterada excita ou inibe a célula: 1. Alteração da permeabilidade da membrana celular a 1 ou mais íons 2. Ativar ou inativar enzimas na membrana do receptor 1. Nicotínicos Canais ligantes N1 gânglios N2 músculo esquelético 2. Muscarínicos Receptores acoplados à proteína G (M1-M2-M3) Canais iônicos ativados por ligante e de ação rápida. Aumento do influxo de Na+ e efluxo de K+, os neurônios são despolarizados gerando potenciais pós sinápticos excitatórios (PPSE) São encontrados em todas as sinapses pré ganglionares autônomas e nas sinapses neuromusculares São encontrados nas sinapses entre os tecidos alvo e as fibras de neurônios pós ganglionares parassimpáticos Estão acoplados à proteínas G ligadas a sistemas de segundos mensageiros, geram potenciais pós sinápticos excitatórios ou inibitórios (PPSE ou PPSI) • RECEPTORES ADRENÉRGICOS (1 e 2) São principalmente excitatórios exceto na musculatura lisa do intestino. Alfa α2 Localizados primariamente nas terminações nervosas pré-sinápticas e em outras células como células beta do pâncreas e algumas células musculares lisas Alfa α1 Induzem vasoconstrição na maioria dos vasos sanguíneos, elevação da pressão arterial, constrição dos esfíncters do trato gastrointestinal. • RECEPTORES ADRENÉRGICOS (1, 2, 3) Em geral causa resposta inibitória exceto no coração que sempre causam resposta excitatória. Beta 2 Predominante no músculo liso do trato gastrointestinal(onde causam relaxamento do músculo liso gastrointestinal) e na musculatura lisa vascular do coração e brônquios. Beta 1 Predominante no músculo cardíaco, causam aumento da frequência cardíaca e a força da contração.
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