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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE LAVRAS UNILAVRAS TRABALHO DE NEUROANATOMIA- 2ª ETAPA Júllia A. de Oliveira • CAPÍTULO 6 1- Conceituar sistema nervoso autônomo, tendo em vista suas funções e sua relação com a vida vegetativa. O SN somático, chamado de SN da vida de relação, tem a função de relacionar a vida com o meio, a parte aferente do SN somático conduz impulsos aos centros nervosos com informações sobre o meio ambiente, a parte eferente é responsável por levar comandos dos centros nervosos aos músculos esqueléticos. O SN visceral, também denominado de SN da vida vegetativa tem a função de integração e manutenção das atividades das vísceras, o componente aferente conduz impulsos nervosos das vísceras ao SN central e o componente eferente traz impulsos do SNC para as vísceras. 2- Citar a características gerais do sistema nervoso visceral aferente. As fibras viscerais aferentes conduzem impulso nervoso originado em receptores situados nas vísceras ao SNC. Em geral estas fibras integram nervos predominantes viscerais (aferentes) juntamente com as fibras do SN autônomo (eferentes) a maioria das fibras conduzem impulsos que não se tornam conscientes ao contrário da somática. 3- Citar as diferenças entre o sistema nervoso eferente somático e eferente visceral. O SN eferente somático é voluntário, enquanto o SN eferente visceral (autônomo) é involuntário. No SN somático há apenas um neurônio que liga o SN central ao órgão efetuador, chamado de neurônio motor somático, já no SN autônomo há dois desses neurônios, um deles tem o corpo dentro do SN central e outro no SN periférico. No SN somático eferente, as fibras terminam em estruturas nomeadas placas motoras, diferente das terminações das fibras do SN autônomo. 4- Descrever a organização geral do sistema nervoso autônomo. Os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares são os elementos básicos da parte periférica do nervo autônomo. O corpo dos neurônios pré-ganglionares está localizado na medula oblonga e no tronco cerebral. No tronco, eles se reúnem para formar o núcleo de origem do nervo craniano. Na medula espinhal, aparecem do primeiro ao décimo segundo segmento torácico, nas duas primeiras cinturas e na segunda. O terceiro e quarto segmento ósseo. O corpo do neurônio pós-ganglionar está localizado no gânglio SN do nervo autônomo. Eles são neurônios multipolares (têm apenas um axônio e alguns dendritos), o que os distingue dos neurônios pseudopolares sensíveis (que parecem ter apenas um dendrito e um axônio). Os axônios pós-ganglionares não são envolvidos por mielina, mas constituem fibras pós-ganglionares, portanto são diferentes das fibras pré-ganglionares por serem amielínicas. 5- Citar as diferenças entre o sistema nervoso simpático e o parassimpático, dos pontos de vista anatômico fisiológico e farmacológico. Diferenças anatômicas- No SN simpático os neurônios pré-ganglionares se encontram na medula torácica e lombar, os neurônios pós-ganglionares se localizam longe das vísceras e próximo da coluna vertebral, a fibra pré-ganglionar é curta e a pós-ganglionar é longa. No SN parassimpático, os neurônios pré-ganglionares se focalizam no tronco encefálico e na medula sacral, os neurônios pós- ganglionares se encontram próximos ou dentro das vísceras, a fibra pré-ganglionar é longa e a pós- ganglionar é curta. Diferenças fisiológicas- O SN simpático é responsável pelas alterações no organismo em situações de estresse ou emergência, aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, libera adrenalina, contrai e relaxa músculos, dilata os brônquios, dilata as pupilas, aumenta a transpiração. O SN parassimpático tem a função de fazer o organismo retornar ao estado de calma em que o indivíduo se encontrava antes da situação estressante, diminui a frequência cardíaca, diminui a pressão arterial, diminui a adrenalina, diminui a quantidade de açúcar no sangue, controla o tamanho das pupilas. Diferenças farmacológicas- A diferença farmacológica entre o sistema simpático e parassimpático é a disposição das fibras adrenérgicas e colinérgicas, as fibras pós-ganglionares para simpáticas são colinérgicas assim como as pré-ganglionares simpáticas e parassimpáticas e grande parte das fibras pós-ganglionares do sistema simpático é adrenérgica. 6- Definir síndrome de emergência de Cannon. A síndrome de emergência de Cannon é uma reação de alarme que ocorre durante manifestações emocionais em situações de emergência ou perigo, onde o sistema parassimpático é ativado produzindo uma descarga em massa a medula supra-renal é ativada lançando adrenalina no sangue que age em todo o organismo, alarmando fisiologicamente o indivíduo e o preparando para lutar ou fugir. 7- Citar as manifestações que ocorrem na síndrome de emergência de Cannon. Dilatação dos brônquios, aumento da frequência respiratória e do volume corrente, aumento da frequência cardíaca, vasodilatação arterial nos músculos esqueléticos, sudorese, diminuição do peristaltismo no tubo digestivo, dilatação das pupilas dos olhos, vasoconstrição nas vísceras digestivas. 8- Citar as ações do sistema nervoso simpático e parassimpático sobre íris, glândula lacrimal, glândulas salivares, glândulas sudoríparas, coração, brônquios, tubo digestivo, bexiga, genitais masculinos, glândula supra-renal, vasos sanguíneos do tronco e das extremidades. Íris: SN simpático- dilatação da pupila. SN parassimpático- constrição da pupila. Glândula lacrimal: SN simpático- vasoconstrição; pouco efeito sobre a secreção. SN parassimpático- secreção abundante. Glândulas salivares: SN simpático- vasoconstrição; secreção viscosa e pouco abundante. SN parassimpático- vasodilataçã;, secreção fluida e abundante. Glândulas sudoríparas: SN simpático- secreção copiosa. SN parassimpático- inervação ausente. Coração: SN simpático- aceleração do ritmo cardíaco, dilatação das coronárias. SN parassimpático- diminuição do ritmo cardíaco, dilatação das coronárias. Brônquios: SN simpático- dilatação. SN parassimpático- constrição. Tubo digestivo: SN simpático- diminuição do peristaltismo e fechamento dos esfíncteres. SN parassimpático- aumento do peristaltismo e abertura dos esfíncteres. Bexiga: SN simpático- pouca ou nenhuma ação. SN parassimpático- contração da parede. Genitais masculinos: SN simpático- vasoconstrição; ejaculação, SN parassimpático- vasodilatação; ereção. Glândula supra-renal: SN simpático- secreção de adrenalina. SN parassimpático- nenhuma ação. Vasos sanguíneos do tronco e das extremidades: SN simpático- vasoconstrição. SN parassimpático- nenhuma ação, inervação possivelmente ausente. • CAPÍTULO 7 1- Citar as principais formações anatômicas do sistema nervoso simpático e a localização topográfica das mesmas. Tronco simpático, se estende de cada lado da base do crânio até o cóccix onde termina unindo-se com o lado oposto. Nervos esplâncnicos se originam a partir da T5, atravessam o diafragma e penetram na cavidade abdominal e terminam nos gânglios pré-vertebrais que se localizam anteriormente à coluna vertebral e aorta abdominal. Ramos comunicantes unem o tronco simpático aos nervos espinhais. Os filetes vasculares saem do tronco simpático e fazem uma junção a adventícia das artérias e seguem com elas até as vísceras, os nervos cardíacos se destacam dos gânglios cervicais correspondentes e se dirigem ao coração. 2- Citar a localização dos neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso. O corpo neurônios pré--ganglionares se localizam na coluna lateral da medula de T1 a L2, podem estar em três posições: em um gânglio para-vertebral se situando no mesmo nível de onde a fibra pré- ganglionar saiu, em um gânglio para-vertebral se situando acima ou abaixo deste nível e em um gânglio pré-vertebral onde é a fibra pré-ganglionarchega por um nervo esplâncnico. 3- Descrever o trajeto e citar o destino das fibras pré-ganglionares do sistema nervoso simpático. As fibras pré-ganglionares saem das raízes ventrais elas obtêm o seu tronco do nervo espinhal correspondente E também o seu ramo ventral, passam ao tronco simpático pelos Ramos comunicantes branco e terminam fazendo sinapse com os neurônios pós-ganglionares. Em um gânglio para-vertebral as fibras pré-ganglionares chegam em gânglios situados acima de T1 ou abaixo de L2. 4- Citar a localização dos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático. Os neurônios pós-ganglionares se situam nos gânglios para e pré vertebrais, onde se originam as fibras pós-ganglionares. 5- Descrever o trajeto citar o destino das fibras pós-ganglionares do sistema nervoso simpático. O destino de uma fibra pós-ganglionar é sempre uma glândula, músculo liso ou cardíaco. Podendo seguir três trajetos: por um intermédio de um nervo espinhal, onde a fibras retornam a um nervo espinhal através de um ramo comunicante cinzento se distribuindo pelo território de inervação deste nervo; por intermédio de um nervo independente, onde o nervo liga diretamente o gânglio a víscera ou por intermédio de uma artéria, neste caso as fibras pós-ganglionares se alocam a uma artéria e a acompanham por seu território de vascularização. 6- Citar os nervos cranianos que possuem fibras eferentes parassimpáticas e as estruturas que inervam. O nervo oculomotor que inerva músculo esfíncter da pupila e músculo ciliar. O nervo facial inerva as glândulas submandibular e sublingual. O nervo glossofaríngeo inerva a glândula parótida. O nervo facial que inerva a glândula lacrimal. E o nervo vago que inerva as vísceras torácicas e abdominais. 7- Citar os gânglios associados a porção craniana do sistema nervoso parassimpático. Gânglio ciliar, gânglio submandibular, gânglio ótico e gânglio pterigopalatino. 8- Citar a localização dos neurônios pré-ganglionares da parte craniana do sistema nervoso parassimpático. Os neurônios pré-ganglionares da parte craniana se localizam no núcleo de Edinger-Westphal, no núcleo salivatório superior, no núcleo salivatório inferior no núcleo salivatório inferior, no núcleo lacrimal e no núcleo motor dorsal do vago. 9- Relacionar a localização dos neurônios pré ganglionares da parte craniana do sistema nervoso parassimpático com o nervo craniano, gânglio parassimpático e órgão inervado. O nervo oculomotor que inerva músculo esfíncter da pupila e músculo ciliar, neurônio pré-ganglionar se localiza no núcleo de Edinger-Westphal, e o pós-ganglionar no gânglio ciliar. O nervo facial inerva as glândulas submandibular e sublingual, neurônio pré-ganglionar se enconta no núcleo salivatório superior e o pós-ganglionar no submandibular. O nervo glossofaríngeo inerva a glândula parótida, neurônio pré-ganglionar localizado no núcleo salivatório inferior e o pós-ganglionar no gânglio ótico. O nervo facial que inerva a glândula lacrimal, neurônio pré-ganglionar localiza-se no núcleo lacrimal e o pós-ganglionar no gânglio pterigopalatino. E o nervo vago que inerva as vísceras torácicas e abdominais o neurônio pré-ganglionar se encontra no núcleo dorsal motor do vago e o pós-ganglionar nos gânglios nas vísceras torácicas e abdominais. 10- Citar a localização dos neurônios pré-ganglionares da parte sacral do sistema nervoso parassimpático. Os neurônios pré-ganglionares da parte sacral se encontram nos segmentos sacrais em S2, S3 e S4. 11- Citar as formações anatômicas da parte do sistema nervoso parassimpático. As formações anatômicas do sistema nervoso parassimpático são divididas em duas partes, a parte craniana que é composta por neurônios pré e pós ganglionares, pelos pares de nervos cranianos III, VII, IX e X e também pelos gânglios ciliar, ótico, pterigopalatino e submandibular. A parte sacral é dividida em plexos viscerais, sendo eles os plexos da cavidade torácica, plexos da cavidade abdominal e os plexos da cavidade pélvica. 12- Conceituar plexos viscerais. Os plexos viscerais são emaranhados de filetes nervosos e gânglios, contém elementos do SN simpático ou para simpático. São compostos por fibras simpáticas pré ganglionares e pós-ganglionares fibras parassimpáticas pré e pós-ganglionares, fibras viscerais aferentes, gânglios do parassimpático e também gânglios pré-vertebrais do simpático. 13- Citar os plexos viscerais da cavidade torácica. Os plexos viscerais da cavidade torácica são o cardíaco, o pulmonar e o esofágico. 14- Descrever a inervação autônoma do coração. Os nervos cardíacos convergem para a base do coração, ramificam-se e trocam amplas anastomoses, formando o plexo cardíaco, no qual se observam numerosos gânglios parassimpáticos. Todos os ramos do plexo terminam nos nodos sino-atrial e átrio-ventricular, onde promoverão a sua ação 15- Citar os plexos viscerais da cavidade abdominal e sua localização. Na cavidade abdominal está o plexo celíaco, localizado na parte profunda da região epigástrica, em frente a aorta abdominal e dos pilares do diafragma, na altura do tronco celíaco. 16- Citar os plexos viscerais secundários. Plexos secundários pares: renal, supra-renal e testicular ou útero-ovárico. Plexos secundários ímpares: hepático, esplênico, gástrico, pancreático, mesentérico superior, mesentérico inferior e aórtico- abdominal. 17- Citar os plexos viscerais da cavidade pélvica. A cavidade pélvica é inervada pelo plexo hipogástrico, que se distingue em plexo hipogástrico superior e plexo hipogástrico inferior também chamado de plexo pélvico. 18- Descrever a inervação da bexiga. A capa muscular da bexiga é composta por músculo liso que no colo vesical é espessada, formando o esfíncter vesical, a bexiga urinária possui uma inervação dupla, através do sistema nervoso autônomo e somático. A inervação simpática e parassimpática possui influência direta nas funções de armazenamento e de esvaziamento vesical. 19- Identificar, em peças Preparadas (no homem e no cão), o tronco simpático, nervos esplâncnicos e gânglios pré vertebrais. 20- Identificar em peças Preparadas (no homem e no cão) o nervo vago e as vísceras por ele inervadas. 21- Identificar em hemicabeças as glândulas lacrimal, submandibular, sublingual e parótida e sua inervação. 22- Identificar em hemicabeças os gânglios ciliar, ptérigopalatino, ótico e submandibular. 23- Identificar em peças Preparadas, os nervos esplâncnicos pélvicos, os plexos viscerais e os nervos cardíacos cervicais.
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