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APG 7 - SOI II

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APG 7 – A fuga e o medo
Compreender a organização e a atuação do SNC
Relaciona o organismo com o meio ambiente. Para isso, a parte aferente do sistema nervoso somático conduz aos centros nervosos impulsos originados em receptores periféricos, informando estes centros sobre o que se passa no meio ambiente. Por outro lado, a parte eferente do sistema nervoso somático leva aos músculos esqueléticos o comando dos centros nervosos, resultando movimentos que levam ao maior relacionamento ou integração com o meio externo. O sistema nervoso visceral é responsável pela inervação das estruturas viscerais e é muito importante para a integração da atividade das vísceras, no sentido da manutenção da constância do meio interno (homeostase).
 No SNA existirá um neurônio pré-ganglionar e um neurônio pós-ganglionar. Pré-ganglionar-> corpo celular localizado a nível do (SNC). Pós-ganglionar-> está após os gânglios autônomos. Gânglios-> atuam como integradores de atividades iniciadas no SNC e as distribuem em plexos de axônios interligados situados na parede de órgãos sólidos ou ocos.
Apenas fibras eferentes viscerais gerais integram esse sistema. 
Obs... Sistema nervoso visceral aferente: Viscerorreceptores → impulsos nervosos → gânglios sensitivos ou gânglios espinhais → SNC. Maioria desses impulsos é inconsciente, relacionados por exemplo ao controle da PA, PO2. Impulsos conscientes: fome, sede, dor, plenitude gástrica. É válido ressaltar que a dor visceral é uma dor difusa. Além disso, comumente tem-se a dor referida, ou seja, aquela em que a víscera está sendo lesada, mas o paciente sente essa dor na região cutânea: apendicite na fossa ilíaca direita, IAM no braço esquerdo. 
Diferenças entre o SN somático eferente e SNA
• Impulsos do SN somático eferente → músculo estriado esquelético; 
•Impulsos do SNA → músculo estriado cardíaco, músculo liso ou glândula.
• SN somático eferente: voluntário;
SNA: involuntário.
• Número de neurônios que ligam o SNC ao órgão efetuador: SN somático eferente= 1: neurônio motor somático (medula); SNA= 2: um deles tem o corpo dentro do SNC (neurônios préganglionares) e o outro no SNP (neurônios pós-ganglionares).
• SN: as fibras terminam em placas motoras;
SNA: terminações nervosas livres.
Organização geral do SNA
Neurônios pré-ganglionares: medula (T1 a T12, L1 e L2, S2 a S4) e tronco encefálico (núcleos, ex.: nervo vago); Coluna lateral: T1-L2, situada entre a coluna anterior e posterior da substância cinzenta. Fibra pré-ganglionar termina fazendo sinapse com o neurônio pós-ganglionar. Neurônios pós-ganglionares: gânglios do SNA. Seus corpos são envolvidos por anficitos. A fibra pós-ganglionar é amielínica, possuindo apenas neurilema e fazem sinapse com as glândulas, músculo liso e músculo cardíaco.
Convém lembrar que existem áreas no telencéfalo e no diencéfalo que regulam as funções viscerais, sendo a mais importante o hipotálamo. Estas áreas estão relacionadas também com certos tipos de comportamento, especialmente com o comportamento emocional.
Diferenças entre SNS e SNP 
• Diferenças anatômicas:
 Posição dos neurônios pré-ganglionares: 
SNS (toracolombar): medula torácica e lombar (T1 a L2); SNP (craniossacral): tronco encefálico e medula sacral (S2 a S4). 
Posição dos neurônios pós-ganglionares: 
SNS: longe das vísceras e próximo à coluna vertebral – gânglios paravertebral e pré-vertebral. 
SNP: próximo ou dentro das vísceras. Tamanho das fibras: 
SNS: fibra pré-ganglionar curta e pós-ganglionar longa; 
SNP: fibra pré-ganglionar longa e pós-ganglionar curta.
Estrutura da fibra pós-ganglionar: 
SNS: vesículas sinápticas granulares pequenas (noradrenalina);
 SNP: vesículas sinápticas agranulares (acetilcolina). 
• Diferenças farmacológicas: neurotransmissores 
Drogas simpaticomiméticas: imitam o efeito do SNS (aumento da pressão arterial, do ritmo cardíaco...). Ex.: noradrenalina e adrenalina – fibras adrenérgicas. Drogas parassimpáticomiméticas: imitam o efeito do SNP. Ex.: acetilcolina – fibras colinérgicas. As fibras pré-ganglionares, tanto simpáticas como parassimpáticas, e as fibras pós-ganglionares parassimpáticas são colinérgicas. Contudo, a grande maioria das fibras pós-ganglionares do sistema simpático é adrenérgica.
• Diferenças fisiológicas: Os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos, terem ações antagônicas, colaboram e trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral, adequando o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é submetido o organismo.
• Diferenças fisiológicas: Os dois sistemas, apesar de, na maioria dos casos, terem ações antagônicas, colaboram e trabalham harmonicamente na coordenação da atividade visceral, adequando o funcionamento de cada órgão às diversas situações a que é submetido o organismo.
Anatomia do SNS, SNP e Plexos Viscerais 
Sistema Nervoso Simpático
1- Aspectos anatômicos 
• Tronco simpático: duas cadeias de gânglios paravertebrais unidos através de ramos interganglionares, ambas saindo lateralmente do crânio e unindo-se no cóccix. 
Porção cervical: 3 (cervical superior, inferior e médio); Porção torácica: 10 a 12; Porção lombar: 3 a 5; Porção sacral: 4 a 5; Porção coccígea: 1 – gânglio ímpar.
• Nervos esplâncnicos e gânglios pré-vertebrais
Tronco simpático → a partir de T5 → nervos esplâncnicos (maior, menor e imo) → diafragma → cavidade abdominal → gânglios pré-vertebrais Nervo esplâncnico maior → gânglio celíaco; Nervo esplâncnico menor → gânglio aórtico-renal. 
Localização: anterior à coluna vertebral e à aorta abdominal. Constitui: gânglios celíacos, aórtico-renais, mesentéricos.
• Ramos comunicantes: Unem o tronco simpático aos nervos espinhais. 
 Brancos: ligam a medula ao tronco simpático – fibras préganglionares e fibras viscerais aferentes. Só existem na região torácica e lombar alta; 
 Cinzentos: ligam o tronco simpático a todos os nervos espinhais – fibras pós-ganglionares (amielínicas).
• Filetes vasculares e nervos cardíacos
 Tronco simpático → filetes nervosos → adventícia das artérias → vísceras: o Gânglio cervical superior → nervo carotídeo interno → plexo carotídeo interno; o Gânglio cervical superior → nervo cardíaco cervical superior; o Gânglio cervical médio → nervo cardíaco cervical médio; o Gânglio cervical inferior → nervo cardíaco cervical inferior; o Gânglios pré-vertebrais: filetes nervosos → aorta abdominal; (Independem de artérias os gânglios superior, médio e inferior)
2- Localização dos neurônios pré-ganglionares simpáticos, destino e trajeto das fibras pré-ganglionares 
Coluna lateral da medula → neurônio pré-ganglionar → raízes ventrais → tronco do nervo espinhal + ramo ventral → ramos comunicantes brancos → tronco simpático → sinapse → neurônios pós-ganglionares. (Gânglio paravertebral situado no mesmo nível de onde o ramo comunicante branco saiu; Gânglio paravertebral situado acima ou abaixo deste nível, as fibras chegam pelos ramos interganglionares Gânglio pré-vertebral, as fibras chegam pelos nervos esplâncnicos.)
3. Localização dos neurônios pós-ganglionares simpáticos, destino e trajeto das fibras pós-ganglionares 
Neurônios pós-ganglionares → gânglios para e pré-vertebrais → fibras pós-ganglionares → glândulas, músculos liso e cardíaco. 
Trajeto: 
• Nervo espinhal → ramo comunicante cinzento → se distribui no território do nervo → músculos eretores de pelos, glândulas sudoríparas e vasos cutâneos;
 • Nervo independente → gânglio → víscera. Ex.: nervos cardíacos cervicais; 
• Artéria → fibras pós-ganglionares → vísceras do abdome; o Gânglio cervical superior → fibras pós-ganglionares → nervo e plexo carotídeo interno → artéria carótida interna → vasos intracranianos, corpo pineal, hipófise e pupila. 
4. Inervação simpática da pupila Coluna lateral da medula torácica alta (T1 e T2) → fibras pré-ganglionares → raízes ventrais → nervos espinhais→ ramos comunicantes brancos → tronco simpático → neurônios pós-ganglionares → gânglio cervical superior → nervo e plexo carotídeo interno → artéria carótida interna → crânio → seio cavernoso → gânglio ciliar → nervos ciliares curtos → bulbo ocular → músculo dilatador da pupila.
 Sistema Nervoso Parassimpático
1.Parte craniana:
Constituição: núcleos do tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas em relação com algum nervo craniano.
Núcleos → neurônios pré-ganglionares → pares cranianos III, VII, IX e X → gânglios → fibras pós-ganglionares → glândulas, músculos liso e cardíaco
 2. Parte sacral: Segmentos sacrais S2-S4 → fibras pré-ganglionares → raízes ventrais dos nervos sacrais → tronco dos nervos → nervos esplâncnicos pélvicos → vísceras da cavidade pélvica → sinapse → gânglios 
3. Plexos viscerais: Não são puramente simpáticos ou parassimpáticos, mas que contêm elementos dos dois sistemas, além de fibras viscerais aferentes. 
• Cavidade torácica= Existem três plexos: cardíaco (3 nervos cardíacos cervicais e 2 nervos cardíacos cervicais do vago, além de nervos cardíacos, torácicos do vago e do simpático), pulmonar e esofágico (tronco vagal anterior e posterior), cujas fibras parassimpáticas se originam do vago, e as simpáticas, dos três gânglios cervicais e seis primeiros torácicos. 
• Cavidade abdominal: Plexo celíaco: localizado na parte profunda da região epigástrica, adiante da aorta abdominal e dos pilares do diafragma, na altura do tronco celíaco. Constituído pelos gânglios celíaco, mesentérico superior e aórtico-renal. Os plexos secundários pares são: renal, suprarrenal e testicular (ou uterovárico); e os plexos secundários ímpares são: hepático, lienal, gástrico, pancreático, mesentérico superior, mesentérico inferior e aórtico-abdominal. Plexos entéricos: Mioentérico (Auerbach) e submucoso (Meissner). Cavidade pélvica: plexo hipogástrico superior (nervo pré-sacral) e inferior.
4. Inervação da bexiga 
Fibras viscerais aferentes: Simpático -> Medula. Parassimpático -> Medula.
Simpático → nervos hipogástricos e plexo hipogástrico superior → medula (T10-L2)
 Parassimpático → nervos esplâncnicos pélvicos → medula sacral → arco reflexo da micção.
Neurotransmissores: Os nervos que liberam acetilcolina são denominados colinérgicos e os que liberam noradrenalina (ou norepinefrina) são os noradrenérgicos. 
➭ A acetilcolina liga-se a receptores chamados nicotínicos que geram um potencial pós-sináptico excitatório rápido e também se ligam receptores chamados muscarínicos e que geram potenciais pós-sinápticos tanto excitatórios como inibitórios muito lentos. (Geralmente deflagra um potencial de ação na célula pós-ganglionar). 
➭ Nos órgãos efetores, os neurônios pós-ganglionares simpáticos liberam, principalmente, noradrenalina, que se espalham até para o sangue. 
➭ A acetilcolina da divisão parassimpática tem efeito local em seus alvos e age totalmente por meio de receptores muscarínicos.
Papel do hipotálamo
As descargas dos neurônios autônomos pré-ganglionares são controladas por vias que fazem sinapses com eles incluindo: Reflexos espinais e do tronco e sistemas descendentes provenientes do hipotálamo. O hipotálamo é parte do diencéfalo e possui a maior quantidade de centros autônomos cerebrais que consistem em uma rede local de neurônios que respondem a estímulos provenientes de uma fonte em particular, influenciando neurônios distantes por via eferentes. No eixo rostrocaudal, o hipotálamo pode ser subdividido em três regiões: supraquiasmática, tuberal e mamilar. Trato importantes que cruzam o hipotálamo incluem o fórnix, o feixe medial do prosencéfalo e o trato mamilar, sendo que o fórnix é utilizado como ponto de referência que divide o hipotálamo em medial e lateral. Alguns exemplos da influência do hipotálamo no controle central do sistema nervoso autônomo são o controle da temperatura e a regulação da ingesta de água e alimentos. As informações da temperatura externa são fornecidas por termorreceptores na pele, a temperatura interna é monitorada por neurônios termorreceptivos centrais na parte anterior do hipotálamo, todas essas estruturas agem em conjunto através de um sistema de controle que usa o feedback negativo para operar outro sistema, o que é conhecido como servomecanismo. O resfriamento causa tremores, ereção de pelos, vasoconstrição cutânea dentre outros com o propósito de aumentar a quantidade de calor no corpo e evitar sua perda. Através de conexões difusas do hipotálamo para a região cortical é possível ainda influenciar um comportamento somático como o ato de vestir um casaco. Assim, é de se esperar que o aquecimento proporcione reações exatamente opostas. As respostas de perda de calor são organizadas pelo centro de perda de calor, formado por neurônios das regiões pré-óptica e anterior do hipotálamo, enquanto que as respostas de conservação de calor são organizadas pela parte posterior do hipotálamo, por neurônios que formam o centro de produção e conservação do calor. Já a privação de água por exemplo leva a um aumento na osmolaridade do líquido extracelular e por consequência, do intracelular. O aumento da pressão osmótica do líquido extracelular é percebido por receptores osmóticos que estão localizados nos órgãos circunventriculares no encéfalo, os quais irão desencadear a sensação de sede. A redução do volume intravascular desencadeia a ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona que em última análise leva a vasoconstrição, sede e estimula a liberação do hormônio antidiurético/vasopressina pela neurohipófise, responsável pela reabsorção de água nos rins. O hipotálamo é o centro suprassegmentar mais importante do sistema nervoso autônomo, exercendo essa função juntamente com outras áreas do cérebro, inclusive com o sistema límbico. De uma forma geral, quando estimulações são feitas no hipotálamo anterior, determinam aumento do peristaltismo gastrointestinal, contração da bexiga, diminuição do ritmo cardíaco e da pressão sanguínea, assim como a constrição da pupila. Já o hipotálamo posterior dá respostas opostas a essas, porque controla principalmente o simpático.
Entender o funcionamento do sistema límbico e o processamento do medo
O sistema límbico pode ser conceituado como um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e a memória.
Lobo límbico: giro do cíngulo, giro para-hipocampal e hipocampo. 
Circuito de Papez: lobo límbico + tálamo + hipotálamo: Hipocampo → fórnice → corpo mamilar → trato mamilotalâmico → núcleos anteriores do tálamo → cápsula interna → giro do cíngulo → giro parahipocampal → hipocampo. Hoje, sabe-se que o circuito de Papez está mais relacionado com a memória, enquanto que as emoções estão intimamente relacionadas com a amígdala.
Hipotálamo -> Raiva, medo, placidez; o Coordenador das manifestações periféricas das emoções. 
Área septal -> Estimulação: euforia, regulação de atividades viscerais; Lesão: raiva e reação anormal a estímulos sexuais. 
Núcleo accumbens -> Sistema de recompensa e prazer do cérebro.
 Habênula -> Regulação dos níveis de dopamina nos neurônios do sistema mesolímbico → sistema de prazer do cérebro; Estimulação → ação inibitória dos neurônios dopaminérgicos e serotoninérgico (núcleos de rafe) → depressão. Amígdala o 12 núcleos dispostos em 3 grupos: corticomedial (comportamentos sexuais), basolateral (conexões aferentes) e central (conexões eferentes). o Grande diversidade de neurotransmissores: acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P, encefalinas; o Principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora e comportamento emocional; o Estimulação do núcleo basolateral: medo e fuga; o Estimulação do grupo corticomedial: defesa e agressão; o Maior concentração de receptores sexuais do SNC, sendo que sua lesão provoca hipersexualidade; o Está envolvida principalmente do processo do medo; o Envolvida no reconhecimento de faces que expressam emoções,como medo e alegria; o A associação de dois estímulos é feita no núcleo lateral da amígdala e a resposta, a cargo principalmente do sistema nervoso simpático, é desencadeada pelo núcleo central.
Amígdala -> 12 núcleos dispostos em 3 grupos: corticomedial (comportamentos sexuais), basolateral (conexões aferentes) e central (conexões eferentes). 
- Grande diversidade de neurotransmissores: acetilcolina, GABA, serotonina, noradrenalina, substância P, encefalinas; 
- Principal responsável pelo processamento das emoções e desencadeadora e comportamento emocional; 
- Estimulação do núcleo basolateral: medo e fuga; 
- Estimulação do grupo corticomedial: defesa e agressão; 
- Maior concentração de receptores sexuais do SNC, sendo que sua lesão provoca hipersexualidade; 
- Está envolvida principalmente do processo do medo; - Envolvida no reconhecimento de faces que expressam emoções, como medo e alegria; 
- A associação de dois estímulos é feita no núcleo lateral da amígdala e a resposta, a cargo principalmente do sistema nervoso simpático, é desencadeada pelo núcleo central.
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