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1a Questão (Ref.:201601265378) Pontos: 0,1 / 0,1 ENADE 2006 Uma porta de dois batentes, então fechada, a separava da grande sala onde se instalara o tribunal. A escuridão era tamanha, que ele não receou dirigir-se ao primeiro advogado que encontrou. − Meu senhor , disse ,em que ponto estão? − Já acabaram , respondeu o advogado. − Acabaram! Esta palavra foi repetida com tal expressão, que o advogado se voltou. − Perdão; mas, por acaso, o senhor é algum parente do réu? − Não; não conheço ninguém por aqui. Mas houve alguma condenação? − Sem dúvida. Não podia ser de outro modo. − Trabalhos forçados? − Por toda a vida. Ele, então, replicou com voz tão fraca, que apenas se podia ouvir. − A identidade então foi provada? − Que identidade? perguntou o advogado. Não havia nenhuma identidade a constatar. O caso era muito simples. A mulher matou a própria filha, o infanticídio foi provado, o júri negou ter havido premeditação, e ela foi condenada por toda a vida. − Então, é uma mulher? disse ele. − Mas, é claro. Uma tal de Limosin. De que estava falando? − De nada; mas, já que tudo acabou, como é que a sala ainda está iluminada? − Ah! Esse é outro julgamento, que começou há, mais ou menos, duas horas. − Que julgamento? − É também um caso muito simples. Trata-se de uma espécie de vagabundo, um reincidente, um grilheta que praticou um roubo. Não sei mais como se chama. Afinal, tem mesmo cara de bandido. Só por aquela cara eu o mandaria para as galés. ........................................................................................................................................ ......................................................... Como havia muitas causas a julgar, o presidente havia marcado para o mesmo dia dois casos simples e breves. Começara pelo infanticídio [...] O homem havia roubado frutas, mas isso não estava bem provado: o que era certo era ter ele estado nas galés de Toulon. ........................................................................................................................................ ......................................................... Quem era aquele homem? Fez-se um inquérito, ouviram-se testemunhas; todas estavam unânimes, e durante os debates novos esclarecimentos vieram elucidar a questão. A acusação dizia [...] O defensor desempenhara-se admiravelmente, nesse linguajar de província... . (HUGO, Victor. Os miseráveis. Tradução de Frederico Pessoa de Barros. São Paulo: Editora das Américas, 1967. p. 141-142) QUESTÃO 19 Analisando o caso como se tivesse acontecido nos dias atuais no Brasil, verifique as seguintes afirmações: I Quem comete dois crimes e é condenado por eles é reincidente, ainda que o segundo seja praticado antes de ser condenado pelo primeiro. II - O infanticídio pode ser praticado pela mãe, ou pelo pai. III - O roubo, ainda que de coisa de menor valor, configura crime. Em relação às afirmações, SOMENTE I e II estão corretas. II está correta. II e III estão corretas. III está correta. I está correta. 2a Questão (Ref.:201601835532) Pontos: 0,0 / 0,1 No que se refere aos crimes dolosos contra a vida, especificamente ao suicídio, considerando que tal hipótese, isoladamente, constitui fato atípico, embora, na visão sociológica, seja classificado como fato social normal, assinale a opção INCORRETA: (Defensor Público AC). devem ser objeto de denúncia somente as hipóteses de instigação, induzimento ou auxílio ao suicídio. a hipótese de autodestruição na forma consumada deve ser sempre objeto de investigação em inquérito policial,visando-se apurar a participação de terceira pessoa; a autolesão é punível quando o iter criminis percorrido pelo agente se aproximar da hipótese de lesão grave ou gravíssima; devem ser objeto de denúncia somente as hipóteses de instigação e induzimento ao suicídio. a tentativa de suicídio é impunível, já que, do ponto de vista da política criminal, seria um estímulo punir o suicida nesta modalidade; 3a Questão (Ref.:201601835136) Pontos: 0,1 / 0,1 Quanto ao crime de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio, previsto no art. 122 do CP, assinale a opção correta: a mera instigação ao suicídio não é crime, é necessário que haja o auxílio o sujeito passivo deve ser capaz, pois, se incapaz, pode configurar o delito de homicídio configura-se o delito, mesmo que o agente participe dos atos executórios do suicídio o delito admite a modalidade culposa trata-se de crime formal e, segundo entendimento majoritário, consuma-se com a mera instigação 4a Questão (Ref.:201601835552) Pontos: 0,1 / 0,1 Se junta médica, por erro no diagnóstico, concluir pela necessidade de aborto (art. 128, I, do Código Penal) que se revela ao final absolutamente desnecessário, estar-se-á diante de uma situação de: (OAB/RS. ABR.2006. Modificada). erro de tipo (art. 20, do Código Penal). erro de proibição (art. 21, do Código Penal). erro sobre a pessoa (art. 20, §3º, do Código Penal). inexigibilidade de conduta diversa descriminante putativa (art. 20, §1º, do Código Penal). 5a Questão (Ref.:201601835534) Pontos: 0,1 / 0,1 Joana, jovem de 23 anos, inconformada por ter engravidado por acidente de um colega de faculdade, decide realizar o aborto e, para tanto, procura uma clínica abortiva clandestina situada em município próximo ao seu. Lá chegando, é prontamente atendida pela recepcionista da clínica que a esclarece sobre o procedimento cirúrgico, bem como exige que a mesma assine um termo eximindo o médico e sua equipe de qualquer responsabilidade em relação às possíveis consequências das manobras abortivas. Nervosa e ansiosa por resolver logo o problema, Joana assina a documentação, paga pelo procedimento e é encaminhada a uma sala na qual ingere uma droga para adormecer. No curso das manobras abortivas, Joana sofre grave lesão uterina da qual resulta intensa hemorragia, expulsão do feto vivo e, consequente perda do referido órgão reprodutor. Diante do caso concreto apresentado é correto afirmar que a conduta dos agentes que realizaram as manobras abortivas será tipificada como incursa: No delito previsto no art. 126 n/f do art 14, II c/c art. 129,§2°, III n/f do art 70, todos do CP. Nos delitos previstos nos art. 126 n/f do art 14, II c/c art. 129,§2°, III n/f do art 70, todos do CP. No delito previsto no art. 127 do CP. Nos delitos previstos nos art. 126 c/c 127c/c art. 129,§2°, III n/f do art 70, todos do CP. No delito previsto no art.129,§2º, V, do CP. 1a Questão (Ref.:201601758146) Pontos: 0,0 / 0,1 Em relação ao crime de furto (CP, art. 155), assinale a alternativa correta: No furto famélico, caracterizado o estado de necessidade, o agente ficará isento de pena pela exclusão da culpabilidade. em relação as energias, somente a elétrica pode ser objeto material do crime de furto, sendo que a subtração de outras formas de energia constitui-se em fato atípico. iniciada a execução, o crime de furto admite a forma tentada, mas nunca a desistência voluntária. aquele que furta bens de seu ascendente com 60 anos de idade, não poderá ser beneficiado por nenhuma das escusas absolutórias do art. 181do Código Penal. para aplicação do princípio da insignificância em relação ao crime de furto, basta valor irrisório do bem subtraído, mesmo que a conduta do agente seja grave e com periculosidade social. 2a Questão (Ref.:201601835516) Pontos: 0,1 / 0,1 Considerando a hipótese de um indivíduo ter sido denunciado e condenado pelo crime de homicídio, assinale a opção correta em relaçãoàs regras referentes à substituição da pena. (CESPE / TRE/GO Analista Judiciário / 2009. Modificada) O juiz, constatando a possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade, poderá substituí-la por duas penas restritivas de direito, não podendo a execução ter duração inferior à pena privativa de liberdade substituída. Se a pena não for superior a quatro anos de reclusão, o indivíduo terá direito à substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos, ainda que o crime tenha sido doloso e cometido com violência ou grave ameaça à pessoa. Se o crime for culposo, o réu terá direito à substituição da pena privativa de liberdade, ainda que o crime tenha sido cometido com violência à pessoa. Em hipótese alguma, se o réu for reincidente, será possível a substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos. Se o crime for culposo, o réu terá direito à substituição da pena privativa de liberdade, ainda que o crime tenha sido cometido com violência à pessoa, desde que a pena não seja superior a quatro anos de reclusão. 3a Questão (Ref.:201601249516) Pontos: 0,0 / 0,1 No crime de extorsão que envolve, como sujeitos ativos, um filho e um estranho da vítima, a legislação penal considera: ambos os agentes isentos de pena o filho isento de pena e o estranho só punível se houver representação da vítima ambos os agentes puníveis o filho isento de pena e o estranho punível 4a Questão (Ref.:201601835552) Pontos: 0,1 / 0,1 Se junta médica, por erro no diagnóstico, concluir pela necessidade de aborto (art. 128, I, do Código Penal) que se revela ao final absolutamente desnecessário, estar-se-á diante de uma situação de: (OAB/RS. ABR.2006. Modificada). descriminante putativa (art. 20, §1º, do Código Penal). erro sobre a pessoa (art. 20, §3º, do Código Penal). inexigibilidade de conduta diversa erro de tipo (art. 20, do Código Penal). erro de proibição (art. 21, do Código Penal). 5a Questão (Ref.:201601835562) Pontos: 0,1 / 0,1 Durante uma partida de futebol, que terminou num conflito entre jogadores, o torcedor Raimundo invade o campo e passa a distribuir socos e pontapés nos contendores, um dos quais vem a sofrer ferimentos graves, causados por outra pessoa envolvida no tumulto. A infração penal cometida por Raimundo caracteriza-se como: (Juiz de Direito/SP; 170° Concurso- 1ª Fase. Modificada) participação em rixa simples. participação em rixa qualificada; contravenção de vias de fatos; crime de lesão corporal leve; crime de lesão corporal grave; 1a Questão (Ref.:201601835493) Pontos: 0,1 / 0,1 (36° Exame OAB. Cesp/UnB.Modificada) Acerca dos crimes contra a honra, assinale a opção correta: O agente que preconceituosamente se refere a alguém como velho surdo, ciente da idade e deficiência da pessoa, comete uma das modalidades do crime de racismo. O agente que preconceituosamente se refere a alguém como velho surdo, ciente da idade e deficiência da pessoa, comete uma das modalidades de difamação qualificada pela discriminação. O agente que atribui a alguém a autoria de um estupro, ciente da falsidade da imputação, comete o crime de calúnia. O agente que imputa a alguém a conduta de mulherengo, no intuito de ofender sua reputação, comete o crime de injúria. O agente que designa alguém como ladrão, no intuito de ofender sua dignidade, comete o crime de difamação. 2a Questão (Ref.:201601311351) Pontos: 0,1 / 0,1 Pedro é sequestrado e os agentes exigem dinheiro de familiares dele como preço do resgate. Enquanto Pedro está privado da sua liberdade, é promulgada lei aumentando a pena cominada ao crime de extorsão mediante sequestro, previsto no art. 159, do Código Penal. Os agentes são presos em flagrante, e Pedro, libertado pela polícia, mas somente após a entrada em vigor da alteração legislativa. A pena a ser imposta aos agentes do sequestro, neste caso, será: (VUNESP. TJRJ/2011. JUIZ SUBSTITUTO) a pena anteriormente prevista, pois a extorsão mediante sequestro é crime instantâneo de efeitos permanentes. a pena anteriormente prevista, pelo princípio da ultratividade da lei penal benéfica. a pena prevista pela nova legislação, pois a extorsão mediante sequestro é crime permanente a pena prevista pela nova legislação, pelo princípio da retroatividade da lei penal. 3a Questão (Ref.:201601832025) Pontos: 0,1 / 0,1 Em uma discussão de futebol, Rubens e Enrico, em comunhão de ações e desígnios, chamaram Eduardo de ladrão e estelionatário, razão pela qual Eduardo formulou uma queixa-crime em face de ambos. No curso da ação penal, porém, Rubens procurou Eduardo para pedir desculpas pelos seus atos, razão pela qual Eduardo expressamente concedeu perdão do ofendido em seu favor, sendo esse prontamente aceito e, consequentemente, extinta a punibilidade de Rubens. Eduardo, contudo, se recusou a conceder o perdão para Enrico, pois disse que não era a primeira vez que o querelado tinha esse tipo de atitude. Considerando apenas as informações narradas,qual o crime praticado, em tese, por Rubens e Enrico? (XVI Exame de Ordem unificado adaptada pelo professor). Injúria, porém com extinção da punibilidade do perdão extensivo ao Enrico. Difamação, porém com extinção da punibilidade pelo perdão extensivo ao Enrico. Calúnia, sem extinção da punibilidade do perdão ao Enrico. Calúnia, porém com extinção da punibilidade do perdão extensivo ao Enrico. Injúria, sem extinção da punibilidade do perdão ao Enrico. 4a Questão (Ref.:201601923637) Pontos: 0,1 / 0,1 Dois indivíduos, previamente ajustados, saem de um supermercado, com mercadorias, sem passar pelo caixa, vindo um deles a ser preso em flagrante no estacionamento do supermercado, com parte das mercadorias, enquanto seu comparsa consegue fugir com o restante das mercadorias. Com relação à situação apresentada, é correto afirmar que o indivíduo preso em flagrante: não responderá por qualquer ilícito, pois a hipótese configura crime impossível. responderá por furto qualificado consumado. responderá por furto qualificado tentado. responderá por furto privilegiado. 5a Questão (Ref.:201601835568) Pontos: 0,1 / 0,1 O art.131, do Código Penal define como crime: Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio. Examinando esse artigo, assinale a alternativa correta:(Exame OAB/SP, 2005.1) por ser crime material somente se consuma se a vítima for contaminada. não pode ter como sujeito passivo quem já está enfermo pela mesma ou por outra moléstia. a transmissão da moléstia grave sempre é por meio de ato sexual. é crime próprio, material, de forma livre e comissivo. exige especial fim de agir ou elemento subjetivo do injusto.
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