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Camila Morais Marques de Lima – R.A.: 11024212 – Prof. Dr. Charles Morphy D. Santos 1 EVOLUÇÃO – mudança no tempo entre gerações (“descendência com modificação, a partir de um ancestral comum”) Responsável por toda a biodiversidade existente hoje no planeta. “A evolução tem como base um processo estocático – as modificações precedem a seleção das espécies no ambiente natural e são aleatórias, fruto da fusão de mutações genéticas e recombinações cromossômicas fortuitas.” (Representando a evolução: a árvore da vida) A iconografia clássica (fila indiana de hominídeos, liderada pelo Homo sapiens, tendo como maior retardatário um animal bípede de feições simiescas ou mesmo um chimpanzé) apesar de onipresente carrega incorreções. um contínuo linear de transformações que culminaria no homem como ápice do processo evolutivo, uma ideia de progresso! [lembra a Grande Cadeia dos Seres (tem como base elemental os elementos da natureza), na qual a fila representaria o mundo orgânico rumando para o aumento da perfeição e da complexidade, através dos tempos, até o surgimento do primeiro representante da espécie humana] VÍRUS constituído apenas por uma cápsula de proteína com ácido nucleico (DNA ou RNA) dentro. Não tem METABOLISMO, apenas compartimentalização e material genético Parasita intracelular obrigatório! É vivo? PRÍON agentes patogênicos baseados inteiramente em proteínas. Eles não se reproduzem no sentido convencional, uma vez que transmite informação aos descendentes, mas não tem material genético Proteína parasita! É vivo? BIOLOGIA – termo criado por Lamarck (uso/desuso e Hereditariedade tênue). PROPRIEDADES DOS SISTEMAS VIVOS (conhecidos): 1. Organização complexa e adaptativa; 2. Singularidade química (macromoléculas); 3. Qualidade (diferenças individuais, interações entre espécies e indivíduos); 4. Individualidade e variabilidade; 5. Presença de um programa genético; 6. Natureza histórica; 7. Possibilidade de atuação da seleção natural; 8. Indeterminação (surgimento de qualidades novas e imprevisíveis). Evolução é reconstrução de cenário HISTÓRIA Capacidade de reprodução; Herança de características; Variação em virtude de mutações genéticas; Chances de deixar descendentes determinadas pelo sucesso da combinação de propriedades (GENÓTIPO FENÓTIPO) nas circunstâncias ambientais nas quais vivem (seleção natural). MUTAÇÕES RECOMBINAÇÃO CROMOSSÔMICA MEIOSE DAWKINS (“genes egoístas”) Genes REPLICADORES (determinaria tudo que acontece na vida / unidade fundamental da evolução). Tudo que acontece é para manter os genes nos descendentes, nós somos apenas uma “casca”, dispersores. SELEÇÃO DE PARENTESCO (aptidão inclusiva) Haldane: como os indivíduos compartilham grande parte de seu genoma com parentes próximos, a sobrevivência de suas características genéticas também está atrelada à sobrevivência de seus familiares [o altruísmo não seria fruto de uma bondade, e sim apenas mais uma maneira de disseminarmos nossos genes]. EUSSOCIABILIDADE – forma extrema de altruísmo em que os indivíduos vivem juntos em grandes sociedades cooperativas. Exige uma longa série de pré- adaptações, a mais importante delas é a formação de um grupo coeso, o que em geral ocorre quando as filhas não deixam o ninho (grupos de fêmeas têm mais probabilidade de desenvolvê-las). Generosidade Humana pode ter evoluído como uma propriedade emergente não do indivíduo, mas sim do grupo! CONSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL DA NATUREZA: Pré-Socráticos: 4 elementos Terra, Água, Fogo e Ar; Hoje: Partículas Elementares. PLATÃO natureza como um reflexo do mundo perfeito (mundo das ideias). ARISTÓTELES acreditava em essências (platônico), mas não remetem ao mundo das ideias, as essências residem nas próprias coisas. Precursor do empiricismo e da Biologia comparada (entendimento é alcançável através da observação); “ESSENCIALISMO” (pensamento essencialista de que as coisas têm essências, e que estas são imutáveis! “pensamento fixista”...); Formulador da primeira teoria ‘científica’ de origem da vida: ABIOGÊNESE (Princípio ativo = essência). Pensamentos absorvidos pelo cristianismo: Mundo das ideias = CÉU; Essência = ALMA. ABIOGÊNESE – ideia de que a vida pode surgir da matéria inerte (matéria morta, matéria inorgânica) “vida a partir da não vida! [Princípio ativo existiria em certas porções da matéria inanimada]. HETEROGÊNESE – ideia de que a vida pode surgir a partir de matéria orgânica MACROMOLÉCULAS ORGÂNICAS (sua capacidade de fusão e organização para gerar vida, com possibilidade de mudar). BIOGÊNESE – ideia de que a vida só pode se originar a partir de outra vida (Harvey (séc. XVII) “Omne vivum ex ovo” Todo ser vivo vem do ovo, i.e. todo ser vivo vem de outro ser vivo). FRANCESCO REDI (1629-1697) propôs um experimento para refutar a ideia da Abiogênese [Não aceitava a teoria da abiogênese, mas sim a Heterogênese!]: Dispôs pedaços de carne em 6 potes de vidro; 2 dos vidros foram deixados abertos e descobertos surgimento de larvas sobre a carne (moscas pousavam livremente sobre a carne); 2 dos vidros foram tampados, de modo a ficarem completamente vedados não surgiram larvas em nenhum lugar; 2 dos vidros foram cobertos com uma gaze larvas surgiram sobre a gaze, mas não sobre a carne (o ar podia entrar e sair livremente do recipiente, mas as moscas não). CONCLUSÃO: larvas surgem das moscas!! Primeiros Microscópios 1683 Leeuwenhoek ‘descobre’ as bactérias OK! Os seres vivos não surgem da geração espontânea, mas as bactérias sim!! LAZZARO SAPALLANZANI (1768) ideia de que os microrganismos não surgem do caldo nutritivo, mas vêm do ar (esporos de fungos, etc): Fervura, em tubos de ensaio, de líquidos nutritivos com pedaços de alimento (caldo de carne); Parte do experimento foi mantida aberta, enquanto a outra metade foi fechada (vedada), de modo que impedisse a entrada de ar; Observação durante alguns dias; Os vidros abertos apesentaram microrganismos, enquanto os fechados não apresentaram qualquer sinal de vida. Os adeptos da geração espontânea argumentaram que o aquecimento do caldo teria eliminado o principio ativo da vida! Abiogênese havia se tornado um DOGMA. V id a MATERIAL GENÉTICO - reprodução -> sistema de transmição de informação de uma geração para outra (HEREDITÁRIO) ESTRUTURA CELULAR - delimitação do meio interno e externo METABOLISMO - transformação de energia VARIAÇÃO -> EVOLUÇÃO! - base importante nas mudanças Camila Morais Marques de Lima – R.A.: 11024212 – Prof. Dr. Charles Morphy D. Santos 2 LOUIS PASTEUR (1822-1872) fim à geração espontânea! A fervura mata todos os microrganismos que cresciam no meio de cultura; Uma longa cânula em forma de “pescoço de cisne” era mantida aberta durante a fervura, mas bloqueava as partículas que portavam os microrganismos vivos; Se a cânula é quebrada... ...as partículas de pó e os microrganismos vivos entram no frasco e crescem rapidamente no meio de cultura, rico em nutrientes. CHARLES DARWIN (1809-1882) “a warm little pond” – “caldo” nutritivo, contendo: amônia, sais de fósforo, luz, calor e eletricidade. Meio em que se originariam proteínas, que se transformariam em compostos mais complexos, até originarem os seres vivos. HIPÓTESE OPARIN-HALDANE (pretenderam entender a origem da vida como parte da evolução de reações bioquímicas, mediante a competição e seleção darwiniana, na terra pré-biótica): Reações químicas entre moléculassimples resultariam em moléculas mais complexas (aminoácidos, ácidos graxos, ácidos nucleicos, lipídeos, etc); em milhões de anos essas moléculas se combinariam formando biopolímeros (peptídeos, polissacarídeos, nucleotídeos, etc), que reagiriam entre si e formariam os “COACERVADOS” [aglomerados de moléculas proteicas envolvidas por moléculas de água se parecem superficialmente com células]. Dentro dessas estruturas e após milhões de anos, reações químicas começariam a ocorrer e seriam tão complexas que poderíamos considerar as estruturas coacervadas como vivas. STANLEY MILLER (1953): realizou um experimento para a síntese de aminoácidos a partir de gases, água, calor e eletricidade (condições semelhantes à Terra primitiva). 2 “Problemas”: A atmosfera utilizada no experimento era redutora (CH4, NH3, H2), e hoje dados apontam para uma atmosfera primitiva oxidante (CO2, N2, H2O), a qual é incapaz de sintetizar aminoácidos; Aminoácidos não são difíceis de serem obtidos, podem ser facilmente encontrados, por exemplo, em caudas de cometas. ALTAS TEMPERATURAS – reações químicas mais rápidas, mas decompõem ácidos nucleicos, desnaturam proteínas, etc. Acredita-se que seres EXTREMÓFILOS, como algumas bactérias ou archaeas, que são capazes de sobreviver em ambientes bastante hostis (altas concentrações de enxofre, alta pressão e temperatura elevadíssimas) sejam as mais próximas dos primeiros seres vivos... HIPÓTESE (Éon Hadeano – 4,6 ~ 3,8 bilhões de anos): Talvez a vida tenha surgido perto de fontes hidrotermais (FUMAROLAS), onde os elementos CHONPS podem ser encontrados em abundância; a água se infiltraria nas fraturas das rochas recém-formadas (elevando gradualmente sua temperatura), até que alcançariam uma profundidade na qual não haveria mais fraturas e retornariam, então, à superfície, onde o choque térmico mudaria novamente seu estado físico, retornando ao ciclo que isso originaria, carregando consigo elementos abundantes dessas rochas. A água que ficasse ‘empoçada’/acumulada em fraturas das rochas, que funcionariam como um agente de polimerização, daria origem à primeiras reações que se assemelhariam à um metabolismo transformações bioquímicas!! As fraturas nas rochas, ou rochas semelhantes à meios argilosos, poderiam funcionar como algo semelhante à estrutura celular, garantindo o fluxo de elementos e a manutenção das reações químicas (lembrar da massa folheada) METABOLISMO EXTERNO que utilizava a temperatura como fonte de energia. PANSPERMIA – alguns meteoros possuem compostos orgânicos. Impactos de meteoros podem ter trazido material necessário para a vida? ORIGEM DA VIDA: HIPÓTESES ATUAIS A vida começou com metabolismo, as moléculas genéticas foram incorporadas depois; A vida começou com moléculas genéticas auto-replicadoras, o metabolismo foi incorporado depois; A vida começou como um fenômeno químico cooperativo que surgiu entre o metabolismo e a genética. PRÉ-REQUISITOS PARA A EXISTÊNCIA DA VIDA: Água; Macromoléculas replicadoras; Metabolismo Fonte de energia. A ligação peptídica seria inviável em um meio com grande concentração de água, pois sua reação libera água... Existem PROTEINÓIDES que fazem ligações em situações ANIDRAS (meio argiloso ou lodo, que permitem a circulação de água e a coesão das moléculas, funcionando como algo semelhante às primeiras estruturas celulares parecido com os coacervados); Independe da origem das macromoléculas; Lipídeos presentes nas argilas poderiam ter absorvido tais macromoléculas, e o metabolismo externo seria “importado” por essas estruturas o que justificaria o metabolismo externo ter sido o primeiro a surgir a temperatura seria responsável por romper tais estruturas, o que seria um modo de replicação primitivo (surgimento do primeiro replicador?). MACROMOLÉCULAS – polímeros constituídos por moléculas menores (monômeros): POLÍMERO MONÔMERO Proteínas Aminiácidos Ácidos Nucleicos Nucleotídeo (pentose + fosfato + base nitrogenada) Carboidratos Monossacarídeo (ex: frutose, galactose, glicose, etc) PROTEÍNAS São as macromoléculas mais abundantes nas células, desempenham diferentes funções no organismo vivo, entre elas: enzimas (para relacionarmos à reprodução temos as DNA-helicases e DNA-polimerases, entre outras enzimas envolvidas no processo de replicação), hormônios, anticorpos, transportadores (hemoglobina), fibras musculares, função estrutural (colágeno), etc. Encontramos em organismos vivos proteínas constituídas apenas por L aminoácidos (talvez por causa de um processo de seleção atrás da evolução?). LIGAÇÃO PEPTÍDICA – ligação formada entre o grupo amina (R-NH-) de um aminoácido e o grupo carboxila (R-CO-) de outro aminoácido, com liberação de uma molécula de água. ESTRUTURA PRIMÁRIA – sequência linear de aminoácidos; ESTRUTURA SECUNDÁRIA – constituição dos domínios estruturais α- hélice ou folhas β pregueadas; ESTRUTURA TERCIÁRIA – enovelamento das subunidades da proteína; BIOMOLÉCULAS ORGÂNICAS (MACROMOLÉC ULAS) CARBOIDRATOS LIPÍDEOS PROTEÍNAS ÁCIDOS NUCLEICOS INORGÂNICAS ÁGUA SAIS MINERAIS GASES Camila Morais Marques de Lima – R.A.: 11024212 – Prof. Dr. Charles Morphy D. Santos 3 ESTRUTURA QUATERNÁRIA – proteína integralmente enovelada com todas as subunidades. CARBOIDRATOS Biomoléculas orgânicas mais abundantes na natureza; a glicose é a principal forma pela qual o carboidrato absorvido é apresentado às células do corpo Principal “combustível” do corpo Animais não são capazes de sintetizar carboidratos (aquisição através da alimentação). AMIDO (vegetais) e GLICOGÊNIO (animais) – armazenadores de carboidratos como fonte de energia para o organismo; QUITINA (artrópodes) e CELULOSE (plantas) – estruturais. LIPÍDEOS Não são caracterizados por um grupo funcional comum, mas pela alta solubilidade em solventes orgânicos (éter, clorofórmio, benzeno) e baixa solubilidade em água. Possui função: energética (reserva), estrutural, protetora, vitamínica e hormonal. AGRUPAMENTO DE LÍPIDEOS – Importante para o surgimento das membranas! (micelas, bicamada, lipossomo) ÁCIDOS NUCLEICOS Funções: armazenamento, transmissão e uso da informação genética. DNA RNA Ácido fosfórico Ácido fosfórico Desoxirribose Ribose Adenina, Timina, Guanina, Citosina Adenina, Uracil, Guanina, Citosina DNA RNA Proteínas TÁXON – grupo biológico. CATEGORIAS TAXONÔMICAS: Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie 5 REINOS (Whitaker) Animmalia Plantae “Fungi” “Protista” “Monera” 3 DOMÍNIOS (Wöese) Archaea Eubacteria Eukarya “SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA – principal ferramenta utilizada para sistematizar o conhecimento biológico em diagramas hierárquicos que refletem o processo de descendência com modificação a partir de um ancestral comum.” (Que os elos permaneçam perdidos!) OBJETIVO DA SISTEMÁTICA FILOGENÉTICA: criar um sistema geral de referência que refletisse o processo evolutivo. A relação de grupo-irmão é colateral, não de ancestral-descendente, uma vez que os ancestrais são SEMPRE hipotéticos. (relação mais clara quando disposta nos cladogramas!) GRUPOS MONOFILÉTICOS são os únicos grupos NATURAIS (conjunto total de descendentes de um ancestral hipotético comum, incluindo este, que compartilha as características exclusivas resultantes do processo evolutivo). Representaçãohierárquica da evolução. (são os únicos que carregam a informação da história evolutiva de uma dada linhagem) “Nesses diagramas ramificados, chamados árvores filogenéticas ou cladogramas, todos os grupos biológicos são posicionados como terminais – inclusive as espécies fósseis, já extintas. Como é impossível determina-los com precisão, os ancestrais são sempre considerados entidades hipotéticas, não diretamente reconhecíveis.” (Representando a evolução: a árvore da vida) LUCA last universal common ancestor (une Archaea, Eubacteria e Ekarya) – Atributos compartilhados (SINAPOMORFIA): Metabolismo; Material hereditário; Estrutura celular. Sendo LUCA o ancestral comum hipotético que através da união de todos seus descendentes forma um grupo monofilético composto por Archaea, Eubacteria e Eukarya, logo VIDA é um grupo monofilético! GRUPO PARAFILÉTICO – não envolve todos os seus descendentes [pode ou não conter o ancestral hipotético comum], por exemplo, o “Reino Monera”, que é composto pelos domínios Archaea e Eubacteria, mas exclui de seu domínio o descendente comum Eukarya. Apenas Plantae e Animmalia são grupos monofiléticos que possuem SINAPOMORFIA entre seus constituintes. SINAPOMORFIA – forma, caracteres derivados compartilhados. “[...] atributos são, necessariamente, homólogos entre os grupos taxonômicos considerados, ou seja, representam características que podem (ou não) ser morfologicamente semelhantes e que surgiram em um ancestral comum desses grupos, modificando-se com o passar nas gerações [...]” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) HOMOLOGIA – similaridade de origem evolutiva. ANALOGIA – similaridade de função. GENES HOMEÓTICOS – dizem onde casa coisa vai aparecer no organismo. “[...] as aves ancestrais dos pássaros que voam hoje são parte de um grupo de dinossauros de menor porte, leves e rápidos, os terópodes. Nas recentes classificações filogenéticas, o grupo das aves é considerado evolutivamente aparentado aos demais dinossauros. Juntos, constituem o grupo natural Dinosauria [...]” (Representando a evolução: a árvore da vida) “Somos um produto fortuito da evolução, não seu objetivo central.” (Representando a evolução: a árvore da vida) “Os cladogramas procuram reconstruir as relações de parentesco sem perder de vista a ideia de que o que fazemos é postular hipóteses, com base em evidencias, sobre como se deu a evolução desse ou daquele grupo.” (Que os elos permaneçam perdidos!) Archaeopteryx lithographica – em uma mesma espécie aparecem características típicas dos répteis tradicionais juntamente com atributos exclusivos das aves. Faz parte de um grupo-irmão das aves recentes e compartilha com elas um ancestral comum exclusivo. (Que os elos permaneçam perdidos!) “A sistemática filogenética de Hennig reconhecia as classificações como representações das afinidades genealógicas entre os organismos, baseando-se no conceito evolutivo da descendência com modificação a partir de um ancestral comum.” (Grupos monofiléticos, Bombons Paraenses e as belezas do Norte) Na biologia, a ciência da classificação é chamada “sistemática”, ela lida com a nomenclatura, descrição e organização da diversidade biológica em esquemas hierárquicos. “Incorporando à prática taxonômica de fundo aristotélico o sistema binominal de nomenclatura, Lennaeus elaborou uma extraordinária compilação sobre a informação biológica conhecida até então, seu Systema naturae.” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) Replicação Transcrição Tradução Camila Morais Marques de Lima – R.A.: 11024212 – Prof. Dr. Charles Morphy D. Santos 4 “Linnaeus ratificou a imutabilidade das espécies e, apesar de organizá-las segundo critérios de similaridade, nunca chegou a propor que as semelhanças observadas pudessem relacionar-se a qualquer tipo de afinidade que não aquela determinada por Deus no momento da criação.” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) “Para Lamarck, a vida nascia simples, espontaneamente, a partir de matéria não orgânica, e tornava-se mais complexa a partir das alterações que aconteciam com o passar das gerações. Ele argumentava que os organismos modificavam-se seguindo suas “necessidades internas”, surgidas a partir das mudanças que o ambiente natural também sofria, o que garantiria a manutenção do equilíbrio e da harmonia leibniziana.” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) “[...] os grupos biológicos reconhecidos como naturais seriam aqueles resultantes do processo evolutivo e não mais os que de alguma forma traduzissem os desígnios divinos ou essências impossíveis de serem alcançadas [...] grupos naturais refletiriam o processo de descendência com modificação [...]” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) “Para a taxonomia clássica, a teoria da evolução propunha uma hipótese explanatória para a hierarquia linneana. A representação gráfica dessas classificações é uma árvore evolutiva, na qual se pode incluir ancestrais diretos dos táxons terminais nos nós de cada ramo.” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) “[...] classificações da taxonomia clássica não são cientificas, visto que não configuram hipóteses testáveis ou falsáveis [...]” (Os dinossauros de Hennig: sobre a importância do monofiletismo para a sistemática biológica – Charles Morphy Dias dos Santos) “Por sermos egocentristas, tentamos e fortemente nos apegamos à iconografia de nossa imagem e da marcha do progresso (também simbolizando o progresso). Durante toda a história da humanidade foram utilizadas referências a tal iconografia, sendo amplamente utilizado na publicidade e de forma errônea em publicações cientificas. Ela deve ser radicalmente excluída de conceitos envolvendo evolução. A evolução não é uma série de transformações lineares, tendo como a melhor representação de evolução uma gigantesca árvore e suas imensas quantidades de ramos.” (A iconografia de uma expectativa) O que é vida: O conceito de vida não era um problema até o surgimento da ciência propriamente dita. Na época clássica (séculos 17 e 18) a pergunta "o que é vida?" ganha espaço. Três grandes respostas (ou tendência) dominaram os estudos sobre a origem da vida. O primeiro deles é a vida como um 'pacote' de predicados. Para alguns a vida pode ser definida como um conjunto de propriedades ou funções dos seres vivos. Logo, bastaria identificá-las para considerar vido um sistema ou organismo (Alguns típicos: Nascer, crescer, viver e morrer; metabolismo, reprodução, código genético, evolução). Além de estruturas ditas essenciais (ácidos nucléicos, células e outras). A segunda vertente dita a vida como um código. Baseada em dois princípios: que um gene deveria ser um tipo de cristal aperiódico, que armazenaria informação através de um código em sua estrutura e a segunda, que o ser vivo mantém sua ordem interna aumentando a desordem no meio externo. Outra pessoa define em três temas: Estruturas internas, capacidade de realizar tais estruturas e poder de reproduzir e transmitir. Por fim, a última tendência, a autopoiese. Todo ser vivo, ao interagir com o meio, é capaz de conhecer, ou exibir uma conduta adequada(um 'operar efetivo'), mas sua identidade (organização) não se altera nos limites ou domínios de sua existência (Sistema, organização e estrutura). SHAPIRO: A replicação do DNA não pode ocorrer sem a assistência de várias proteínas As proteínas usadas pelas células atuais são constituídas seguindo instruções codificadas no DNA O DNA guarda a receita para a construção de proteínas! Riboenzimas, substâncias parecidas com enzimas feitas de RNA. “É possível contemplar um mundo de RNA, contendo apenas moléculas de RNA que servem para catalisar a síntese de si mesmas. (...) O primeiro passo da evolução então prossegue com as moléculas de RNA realizando as atividades catalíticas necessárias para montarem a si mesmas a partir de uma sopa de nucleotídeos.” Ideia de que o RNA apareceu antes das proteínas e do DNA na evolução da vida! Os aminoácidos, como os produzidos em experiências como as de Miller, são bem menos complexos do que os nucleotídeos nenhum nucleotídeo de qualquer espécie foi apontado como produto das experiências com descargas elétricas ou em estudos de meteoritos. Alguns químicos sugeriram que uma molécula replicadora mais simples, semelhante (análoga) ao RNA, surgiu primeiro e governou a vida em um “mundo pré-RNA” uma natureza indiferente teoricamente combinaria unidades de forma aleatória, produzindo cadeias curtas limitadas, em vez de mais longas de geometria uniforme necessária para as funções replicadora e catalíticas. Só se for milagre! Uma região localizada que aumenta em ordem (decresce em entropia) por meio de ciclos movidos por um fluxo de energia seria considerada viva! 1. Uma barreira é necessária para separar vida de não-vida; 2. Uma fonte de energia é necessária para promover o processo de organização; 3. Precisa haver um mecanismo para acoplar a liberação de energia ao processo de organização que define e sustenta vida; 4. Deve se formar uma rede de compostos químicos para possibilitar a adaptação e a evolução; 5. A rede deve crescer e se reproduzir. GENOMA COMPOSITIVO (compositional genome) – hereditariedade armazenada em moléculas pequenas, em vez de uma lista como no DNA ou RNA. Podemos presumir que os nucleotídeos apareceram primeiro no metabolismo para servir a outro propósito, talvez como catalisadores ou como recipientes para armazenamento de energia química.
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