195799 Aula 02 Amostragem

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Professor Dra. Agna Rita 
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS 
 
Níveis de dano e Controle 
Amostragem 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO 
CONCEITOS IMPORTANTES 
• INJÚRIA 
• DANO 
• NDE/NC 
SEM PERDA 
SEM PERDA ECONÔMICA 
PERDA ECONÔMICA 
NC 
NDE 
TEMPO (DIAS) 
D
E
N
S
ID
A
D
E
 D
A
 P
R
A
G
A
 
 NDE = Ct.100/V 
 Onde, 
 Ct = custo do controle por 
 unidade de produção (R$/ha) 
 V = valor da produção por 
 unidade de produção (R$/ha). 
Níveis de controle 
Soja 
Milho 
Consequência do Ataque de Pragas 
Algodão 
Diagrama sobre o MIP análogo à construção de uma casa 
Gonzalez (1971) 
Silva T. Dennehy
Iniciais Intermediárias Tardias 
•I: Avaliação do ecossistema 
Dinâmica do Agrossistema 
JB Torres 
JB Torres 
JB Torres 
JB Torres JB Torres 
JB Torres 
•I: Avaliação do ecossistema 
Dinâmica do Agroecossistema 
Agrossistema 
Pós- 
colheita 
Antes 
do 
plantio 
Silva T. Dennehy
JB Torres 
JB Torres 
JB Torres 
JB Torres JB Torres 
JB Torres 
Lagartas (Anticarsia) 
Percevejos 
Percevejo castanho 
Mosca branca 
Lagarta rosca e elasmo ... 
•I: Avaliação do ecossistema 
Dinâmica do Agrossistema 
Cupins 
Saúvas 
Percevejo castanho 
Larvas de vaquinhas 
Lagartas elasmo 
Lag. do cartucho 
Lag. da espiga 
Caruncho 
•I: Avaliação do ecossistema 
Dinâmica do Agrossistema 
Tomada de Decisão 
 Amostragem 
 Índices de tomada de decisão 
 Baseado na praga e no inimigo natural 
Nível de dano 
econômico (NDE) 
Nível de não ação 
(NNA) 
Amostragem 
• Processo ou técnica de escolha de amostras para coletar 
informações sobre uma população 
 
• Amostra 
Subconjunto da população de interesse 
Observa-se a amostra, mas estuda-se a população 
 
• Unidade amostral 
Porção de espaço habitável onde se contabilizam espécimes 
1 m2, 5 folhas, 1 planta, 10-sweeps… 
 
• Tamanho da amostra 
Número de amostras por unidade de área (n) 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
O que amostrar? UNIDADE AMOSTRAL 
Raízes 
Coleto 
Colmo 
Folhas 
Inflorescência 
Espiga 
O que amostrar? UNIDADE AMOSTRAL 
Representatividade: acurácia 
 
Precisão 
Posições na face abaxial da folha de maracujá utilizadas na 
amostragem para percevejo de renda. 
O resultado tem significado biológico ? 
O que amostrar? UNIDADE AMOSTRAL 
• Seis trifólios: 3 superior e 3 mediana 
 
• Mosca branca: terço médio e superior 
...Amostragem 
• Técnica de amostragem 
o Método empregado para coletar informações de uma unidade 
amostral 
Foca o equipamento e/ou forma 
de contagem 
 
 
 
 
 
• Programa de amostragem 
o Processo que emprega a técnica de amostragem para obter 
uma amostra e estimar a densidade populacional 
Determina como a amostra será tomada 
fase da praga, no. de unidades amostrais, padrão de 
caminhamento, quando realizar a amostragem 
Enumerativa, binomial 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
Técnicas de amostragem 
• Avaliação direta 
o Contagem in situ 
Insetos permanecem no seu hábitat 
Acuidade visual 
Insetos ‘grandes’ 
Plantas pequenas 
Estratificação 
Fenologia 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
...Técnicas de amostragem 
...Técnicas de amostragem 
o Rede entomológica 
 Aérea, de arraste, a vácuo 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
...Técnicas de amostragem 
...Técnicas de amostragem 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
o Armadilhas 
Requisitos 
Os insetos devem se mover e a armadilha capturá-los 
- Coleta ativa 
Visual, olfativa (cairomônio, feromônio...) 
...Técnicas de amostragem 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
o Armadilhas 
- Coleta passiva 
Pitfall, Malaise 
...Técnicas de amostragem 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
o Extração a partir de amostras de solo 
> 90% das espécies de insetos passa parte do ciclo no solo 
...Técnicas de amostragem 
• Amostragem binomial 
Considera apenas presença/ausência da praga 
o Vantagens 
Praticidade (tamanho da amostra x tempo) 
↓ peso de outliers na estimativa da média 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Desvantagem 
Mínimo de indivíduos para caracterizar infestação 
...Técnicas de amostragem 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
• Avaliação indireta (índices populacionais) 
Não se aplica a pragas estéticas 
o Injúrias, sinais e sintomas 
...Técnicas de amostragem 
• Avaliação indireta 
o Sensoriamento remoto 
Baseia-se na absorbância e reflectância das plantas em 
resposta ao ‘ataque’ da praga 
Cuidados especiais 
• Tipo de caminhamento 
o Influenciado por 
Uniformidade da área 
Padrão de dispersão da praga 
 
- Mesma chance de qq ponto da área ser amostrado 
linha 12, metro 20; linha 18, metro 40... 
 
- Escolha subjetiva das unidades amostrais numa rota 
conhecida 
Pedigo, 2002; Norris et al., 2003 
PADRÃO ESPACIAL DE RETIRADA DAS AMOSTRAS: TIPO DE 
CAMINHAMENTO NA LAVOURA 
Distribuição 
Relação da Variância 
com a média (s2/m) 
Correspondente 
distribuição da 
frequência 
Parâmetros da 
distribuição 
Ao acaso = 1 Poisson μ = s2 ou m 
Agregada > 1 Binomial Negativa 
μ  m 
k =m2/(s2-m) 
Uniforme or 
regular 
<1 Binomial Positiva 
k = m2/(m-s2) 
p = m/k 
q=1-p 
2 
TIPO DE CAMINHAMENTO 
U C X Z 
Em pontos 
2 
2 
TIPO DE CAMINHAMENTO 
2 
• Depende do objetivo 
o Amostragem para tomada de decisão 
Empregada para definir se a abundância atual da praga se 
encontra abaixo ou acima de um limiar crítico que justifique 
adoção de medidas de controle 
 
• Requisitos 
o Limiar econômico bem definido (= NC) 
Densidade em que medidas de controle devem ser adotadas para 
evitar que a pop. atinja o nível de injúria econômica 
 
...Planos de amostragem 
Radcliffe et al., 2009 
• Depende do objetivo 
o Técnica adequada de amostragem 
 Amostragem convencional 
No. fixo de amostras/área 
Ȳ > NC conhecido: controla 
 
 Amostragem sequencial 
No. variável de amostras/área 
Não estima a Ȳ, mas indica necessidade de controle 
...Planos de amostragem 
Radcliffe et al., 2009 
• Amostragem sequencial 
Amostragens subsequentes no tempo: classificar a pop. atual 
Amostragens repetidas ao longo do tempo: crescimento da pop 
 
- Número de amostras a serem realizadas por unidade de área 
é variável para garantir precisão. 
 
o Requisitos 
Padrão de dispersão da praga 
Limiar econômico (NC) 
Nível de erro tolerado (geralmente = 0,10) 
α prob. de tratar erroneamente uma pop. não 
econômica 
β prob. de não tratar uma pop. econômica 
 
...Planos de amostragem 
Pedigo & Zeiss, 1996 
• Amostragem sequencial 
 
o Procedimento básico 
Define-se os limiares para tomada de decisão 
Linhas ou colunas de decisão 
...Planos de amostragem 
Pedigo & Zeiss, 1996 
d1 = (b * n) + h1 
d2 = (b * n) + h2 
Onde: d1 = valor máx. da < classe do no. de insetos acumulado 
 d2 = valor mín. da > classe do no. de insetos acumulado 
 n = no. unid. amostrais examinadas 
 h1 e h2 = interceptos-y das linhas de decisão 
 b = slope das linhas de decisão 
o Procedimento básico 
No. indivíduos plotado cumulativamente (Ni) 
 
Ni < que o menor valor de NC = interrompe e não trata 
Ni > que o menor valor de NC = interrompe e trata 
Ni intermediário = continua amostrando 
...Planos de amostragem 
Pedigo & Zeiss, 1996 
AMOSTRAGEM SEQÜENCIAL 
VANTAGENS 
 Maior rapidez na tomada de decisão 
 Maior confiabilidade e segurança 
 Menorcusto de amostragem 
 Maior freqüência nas inspeções 
 
DESVANTAGENS 
 Exige maior capacitação de pessoal para a compreensão e 
assimilação 
 
Principais diferenças entre amostragens convencional e 
sequencial 
 
Tipo de amostragem 
 Comum ou convencional 
 - Número fixo de amostras por unidade de área 
 - Normalmente usa o percentual de infestação 
 Sequencial 
 - Número variado de amostras por unidade de área 
 - Aplicação de uma situação previamente testada 
 - Evita amostragens excessivas 
 
Amostragem 
Amostragem 
 Amostra 
 Técnica amostral 
 Característica avaliada 
 Dividir a área em talhões 
 Tipo de caminhamento 
 Número de amostras 
 Época e freqüência de amostragem 
1 
2 
3 
4 
DIVIDIR A ÁREA EM TALHÕES 
NÚMERO DE AMOSTRAS 
Tamanho do Talhão (ha) Número de Amostras 
até 10 6 pontos 
10-30 8 pontos 
 31-100 10 pontos 
> 100 subdividir a área 
Soja 
ÉPOCA DE AMOSTRAGEM 
- Ocorrência praga: Época do ano 
Anthonomus 
grandis 
- Fenologia da cultura 
Helicoverpa 
zea 
Vegetativa Reprodutiva 
 Considerar: 
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
ÉPOCA DE AMOSTRAGEM 
- Ocorrência praga: Época do ano 
- Comportamento do 
inseto percevejo 
castanho 
Nov-Abril: 30 cm 
Set-Out: 40 cm 
Maio-Agosto: 50 cm 
 Considerar: 
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
FREQUÊNCIA DE AMOSTRAGEM 
 Na maioria das vezes é fixo: 
- semanal ou quinzenal 
1 3 6 9 
Controlar 
Tempo em dias 
Controlar Controlar Controlar 
 Pode não ser fixo: 
Não controlar: 
re-amostrar após 3 dias 
re-amostrar após 6 dias 
re-amostrar após 9 dias 
III: Escolha da(s) tática(s) de redução populacional 
NC 
Ação antrópica e clima 
ND 
Atingiu o N.C.!!! 
Uso criterioso dos agrotóxicos