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1. INTRODUÇÃO O processo de torneamento pode ser definido como um processo mecânico destinado a usinagem de peças cilíndricas, com dimensões e formas dedicadas, para tal, pode se utilizar uma ou mais ferramentas de corte. A peça a ser usinada gira em torno do eixo principal de rotação da máquina denominada torno e a ferramenta de corte se desloca simultaneamente seguindo esse mesmo eixo de forma longitudinal. O processo de usinagem é hoje em dia, muito utilizado no ramo industrial em diversas áreas de manufatura. Figura 1 – Torno mecânico 2. COMPOSIÇÃO DO TORNO 2.1 Barramento Constituído de trilhos paralelos para permitir o movimento longitudinal do carro. Também chamado de “banco do torno”, o barramento é uma peça de ferro fundido resistente que sustentam os elementos móveis e fixos do torno. Na parte superior do barramento estão as guias, que podem ser prismáticas ou planas que são responsáveis por ajudar a suportar pressões com uma alta resistência ao desgaste. 2.2 Cabeçote fixo Conjunto constituído de carcaça, engrenagens e eixo-árvore. O seu elemento principal é o próprio eixo-árvore, também chamado apenas por árvore ou eixo principal, onde se encontra montada a placa, responsável pelo movimento de rotação da peça a ser usinada, o eixo-árvore é vazado de ponta a ponta para permitir passagem de barras. 2.3 Cabeçote móvel É a parte do torno que se desloca pelo barramento, oposto ao cabeçote fixo. A contra ponta e o eixo principal estão situados na mesma altura. Também pode ser fixado quando desejado. A função da contra ponta é servir de apoio um dos extremos da peça em processo de usinagem. Também pode ser para fixar o mandril de haste cônica para fazer furos de broca. Os componentes da contra ponta são: corpo; base; mangote; trava do mangote e volante. 2.4 Carro principal Conjunto constituído por avental, mesa, carro transversal, carro superior e porta ferramentas. O avanço do carro principal pode ser manual ou automático. Para o avanço manual, o giro do volante movimenta uma roda dentada que engrena a uma cremalheira fixada no barramento, deslocando o carro na direção longitudinal. No avanço automático, a vara com uma rosca sem fim movimenta um conjunto de engrenagens ligadas à cremalheira. O avental transforma os movimentos giratórios do fuso ou da vara em movimentos retilíneos. A mesa desliza sobre as guias do barramento, suportando o carro transversal. Nela também estão montados o fuso e o volante com anel graduado. O carro transversal é responsável pelo movimento transversal da ferramenta, pode ser automático também. O porta ferramentas é onde a ferramenta é fixada presa por parafusos de aperto. 2.5 Caixa Norton Formada por carcaça, eixos e engrenagens. Serve para transmitir o movimento de recâmbio para a ferramenta. Também conhecido com caixa de engrenagem. O recâmbio é o responsável pela transmissão do movimento de rotação do cabeçote fixo. É montado numa grade e protegido com uma tampa para evitar acidentes. 3. FORMA DA TRAJETÓRIA Quanto a forma da trajetória, o torneamento pode ser retilíneo ou curvilíneo. 3.1 Torneamento Retilíneo: Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea. O torneamento retilíneo pode ser: • Cilíndrico; • Cônico; • Radial; • Perfilamento; • Torneamento Cilíndrico: Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória paralela ao eixo principal de rotação da máquina. Pode ser externo ou interno. • Torneamento Cônico: Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, inclinada em relação ao eixo principal de rotação da máquina. Pode ser externo ou interno. Torneamento Radial: Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, perpendicular ao eixo principal de rotação da máquina. Quando o torneamento radial visa a obtenção de uma superfície plana, o torneamento é denominado torneamento de faceamento. Quando o torneamento radial visa a obtenção de um entalhe circular, o torneamento é denominado sangramento radial. Perfilamento: Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea radial ou axial, visando a obtenção de uma forma definida, determinado pelo perfil da ferramenta. 3.2 Torneamento Curvilíneo. O torneamento curvilíneo é um processo onde a ferramenta se desloca segundo uma trajetória curvilínea. Quanto à finalidade, as operações de torneamento podem ser classificadas ainda em torneamento de desbaste e torneamento de acabamento. Entende-se por acabamento, a operação de usinagem destinada a obter na peça as dimensões finais, o acabamento superficial especificado, ou ambos. O desbaste é a operação de usinagem, que precede o acabamento, visando obter na peça a forma e dimensões próximas das finais.
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