Buscar

Leishmaniose (ზ Gεoѵɑnnɑ Antunes) (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE ENSINO DE MINAS GERAIS – FACEMG
FACULDADE DE FARMÁCIA
BIANCA RODRIGUES
GEOVANNA ANTUNES
KARINE DIAS
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS
LEISHMANIOSE
Belo Horizonte 
2017
BIANCA RODRIGUES
GEOVANNA ANTUNES
KARINE DIAS
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS – APS
LEISHMANIOSE
Trabalho apresentado à Faculdade de Ensino de Minas Gerais – FACEMG como parte das exigências das atividades práticas supervisionadas – APS.
Orientador (a): Aichele Texeira Lis
Belo Horizonte 
2017
RESUMO
A Leishmaniose é uma doença provocada por protozoários, sendo causada pela Leishmania spp. Este parasita transmitido pelo mosquito palha (Lutzomyia longipalpis), produz manifestações viscerais ou cutâneas. Os animais apresentam anorexia, perda de peso, linfoadenopatia e dermatite ulcerativa. O diagnóstico é feito por meio de citologia e histopatologia. Os organismos são encontrados na medula óssea, linfonodos, baço e fígado. Esta doença é uma zoonose e os cães infectados servem como reservatório para a infecção humana (SAITO, 2008).
Palavras-chave:Leishmaniose, Lutzomyia longipalpis.
ABSTRACT
Leishmaniasis is a disease caused by protozoa caused by Leishmania spp. This parasite transmitted by the straw mosquito (Lutzomyia longipalpis) produces visceral or cutaneous manifestations. The animals present anorexia, weight loss, lymphadenopathy and ulcerative dermatitis. The diagnosis is made through cytology and histopathology. The organisms are found in the bone marrow, lymph nodes, spleen and liver. This disease is a zoonosis and infected dogs serve as reservoir for human infection (SAITO, 2008)
Keywords:Leishmania, Lutzomyia longipalpis.
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 5
2.0 OBJETIVO.......................................................................................................................................6
2.1. Objetivos gerais ............................................................................................................................... 6
2.2. Objetivos específicos ...................................................................................................................... 6
3.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................................... 7
3.1. Histórico da doença.......................................................................................................................... 7
3.2. Leishmania ...................................................................................................................................... 7
3.3. Etiologia ........................................................................................................................................... 8
3.4. Morfologia do parasita ..................................................................................................................... 8
3.5. Ciclo biológico e transmissão .......................................................................................................... 8
3.6. Vetores e reservatórios .................................................................................................................. 10
3.7. Tipos ..............................................................................................................................................10
3.7.1. Leishmaniose visceral (Calazar) ................................................................................................10
3.7.2. Leishmaniose cutânea (Tegumentar) ........................................................................................ 11
3.7.3. Leishmaniose mucocutânea .......................................................................................................11
3.8. Manifestações clinicas .................................................................................................................. 12
3.9. Diagnóstico ....................................................................................................................................13
3.10. Tratamento ................................................................................................................................. 13
3.11. Prevenção ................................................................................................................................... 15
4.0 METODOLOGIA .............................................................................................................................17
CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 18
6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................................................19
	
1.INTRODUÇÃO
A causa da leishmaniose é um protozoário intracelular do gênero Leishmania. O protozoário apresenta duas formas morfológicas, a amastigota e a promastigota e, completa o seu ciclo biológico em dois hospedeiros. A forma amastigota do parasita ocorre no hospedeiro invertebrado, e a forma promastigota ocorre no hospedeiro invertebrado, que serve como vetor (SAITO, 2008).
O mosquito flebotomíneos da subfamília Phlebotomus, do gênero Lutzomyia são vetores primários. Os flebotomínes-fêmea alimentam-se no hospedeiro vertebrado e ingere as amastigotas que em seguida se transforma na forma promastigota flagelada no inseto. Estas formas são injetadas na pele do hospedeiro vertebrado durante a alimentação do inseto. Os promastigotas são fagocitados por macrófagos e se disseminam por todo o corpo. Quando ocorre a ruptura dessas células, os parasitos livres invadem outras células, ou são fagocitados. Após um período de incubação de 1 mês a sete anos, desenvolve-se formas amastigotas (não flagelados) e lesões cutâneas (SAITO, 2008).
As leishmanioses fazem parte de dois grandes grupos: o primeiro grupo causa a leishmaniose tegumentar (leishmaniose cutânea, muco-cutânea e cutânea difusa), e os protozoários envolvidos são Leishmania mexicana, L. brasiliensis e L. tropica. O segundo grupo, este de maior interesse caracteriza-se pela gravidade e fatalidade dos casos, causa a leishmaniose visceral ou popularmente chamada de “calazar”. Os protozoários pertencentes a este grupo são L. donovani e L. chagasi, sendo apenas está última encontrada no Brasil (FOGANHOLI, 2011). 
A leishmaniose é uma infecção zoonótica que afeta animais selvagens, animais domésticos e o homem. Os animais selvagens representam os verdadeiros reservatórios, enquanto que o homem é considerado um hospedeiro acidental (FOGANHOLI, 2011).
No Brasil, existe uma grande variedade de espécies do protozoário e a doença apresenta-se como uma zoonose em franca expansão geográfica, sendo uma das infecções dermatológicas mais importantes, não só pela frequência, mas principalmente pelas dificuldades terapêuticas, deformidades e sequelas que podem acarretar (FOGANHOLI, 2011).
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos gerais
O presente trabalho tem o objetivo aprimorar o aprendizado, obtido em sala de aula pelos discentes, relacionado às disciplinas do semestre.	Comment by Aichele teixeira: Não é necessário 	Comment by Aichele teixeira: Não é necessário
Demonstrar aspectos importantes relacionados à Leishmaniose. 
2.2. Objetivos específicos
- Aprender sobre a Leishmaniose de forma interdisciplinar, promovendo a integração curricular.	Comment by Aichele teixeira: Não é necessário	Comment by Aichele teixeira: Sugiro que reelabore 
- Pesquisar, em fontes científicas atualizadas, informações relacionadas à definição, importância, etiologia, patogenia, aspectos clínicos, sintomatologia, diagnóstico, tratamento e prevenção da Leishmaniose.	Comment by Aichele teixeira: Não é necessário3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Histórico da doença
Considera-se que Leishmaniosefoi descrita pela primeira vez na Grécia em 1835. O parasito foi identificado no início do século XX, quando William Leishman encontrou o protozoário no baço de um soldado indiano, e Donovan em 1903 foi responsável pela primeira publicação sobre o agente. Em 1904, Leonard Rogers conseguiu cultivá-lo e Patton observou diferentes formas morfológicas em 1907 (BASTOS, 2012).
O primeiro caso de LV autóctone do Brasil foi registrado em 1913 por Migone. Teorias indicam a possibilidade de o parasito ter desembarcado no Brasil através de cães infectados provenientes do continente europeu, trazidos por colonizadores no século XVI (BASTOS, 2012).
3.2. Leishmania
As leishmania são protozoários parasitas de células fagocitárias de mamíferos, especialmente de macrófagos. São capazes de resistir à destruição após a fagocitose. As formas promastigotas (infecciosas) são alongadas e possuem um flagelo locomotor anterior, que utilizam nas fases extracelulares do seu ciclo de vida. O amastigota (intracelular) não tem flagelo (FRASER, 2008).
Figura 1 – Forma promastigota Figura 2 – Forma amastigota
3.3. Etiologia
As espécies de parasitas responsáveis pela leishmaniose visceral estão divididas mundialmente em três gêneros: Leishmania (Leishmania) chagasi, Leishmania(Leishmania) donovani e a Leishmania (Leishmania) infantum. A L. infantum e a L.donovani são os agentes causadores da doença nas áreas do mar Mediterrâneo e do Oriente Médio e a L. chagasi é responsável pela forma clínica da leishmaniose visceral nas Américas Central e do Sul, incluindo o Brasil (FRASER, 2008).
3.4. Morfologia do parasita
A Leishmaniaapresenta semelhanças morfológicas com as diversas espécies existentes. A forma aflagelada ou amastigota está presente nos tecidos dos vertebrados, especialmente em macrófagos, medindo 3,7 x 2,1 μm. É arredondada ou ovóide com núcleo grande, oval e excêntrico sem flagelos; junto ao núcleo encontra-se uma estrutura denominada cinetoplasto (extensão da mitocôndria), rica em DNA mitocondrial, o kDNA. Nos canídeos (cães e raposas), estes protozoários são encontrados em grande quantidade na pele. A forma flagelada ou promastigota observada em cultura de células e no hospedeiro invertebrado, é alongada, com cinetoplasto localizado na extremidade do flagelo. O núcleo é central, formado de feixes paralelos de microtúbulos, envoltos em uma bainha citoplasmática (FRASER, 2008).
3.5. Ciclo biológico e transmissão
Os mosquitos flebótomideos são vetores biológicos mais comuns na transmissão da leishmaniose, dentre eles o Lutzomyia longipalpis. São mosquitos bastante comuns que vivem em locais ricos em matéria orgânica e baixa luminosidade, tais como galinheiros, chiqueiros e também residenciais. Ambos os sexos dos flebótomideos necessitam de carboidratos que sugam das plantas, mas apenas as fêmeas necessitam de sangue para o desenvolvimento dos ovos (FOGANHOLI, 2011).
As fêmeas flebótomineas infectadas contaminam o hospedeiro vertebrado ao realizarem seu repasto sanguíneo, liberando as formas promastigota metaciclíca do parasito juntamente com sua saliva. Na epiderme do hospedeiro, estas formas são fagocitadas por células do sistema mononuclear fagocitário. No interior dos macrófagos, no vacúolo parasitóforo, diferenciam-se em amastigotas e multiplicam-se intensamente até o rompimento dos mesmos, ocorrendo à liberação destas formas que serão fagocitadas por novos macrófagos num processo contínuo, ocorrendo à disseminação hematogênica para outros tecidos ricos em células do sistema mononuclear fagocitário, como linfonodos, fígado, baço e medula óssea (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003). 
A atividade máxima deste mosquito inicia-se aproximadamente ao entardecer indo até por volta das 23 horas. No interior das residências o L. longipalpis é encontrado em repouso, principalmente nas paredes dos dormitórios até o amanhecer. Fora das residências, sua atividade ocorre nos abrigos de animais domésticos, incluindo os canis(FOGANHOLI, 2011).
A infecção do vetor ocorre quando as fêmeas, ao sugarem o sangue de mamíferos infectados, ingerem macrófagos parasitados na forma de amastigotas da leishmania. No trato digestivo anterior ocorre o rompimento dos macrófagos liberando essas formas. Ocorre então, reprodução por divisão binária e diferencia-se rapidamente em formas flageladas denominadas de promastigotas, que também se reproduzem por processos sucessivos de divisão binária. As formas promastigotas transformam-se em paramastigotas as quais colonizam o esôfago e a faringe do vetor, onde permanecem aderidas ao epitélio pelo flagelo, diferenciando se a seguir em formas promastigotas metaciclícas infectantes. O ciclo do parasito no inseto se completa em torno de 72 horas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003). 
Figura 3 – Ciclo biológico
3.6. Vetores e Reservatórios
As várias formas da doença são transmitidas de animais silvestres ou domésticospara o homem por intermédio da picada de mosquitos hematófagos do gênero Lutzomyia (FRASER, 2008).
A Lutzomyia longipalpis, presente nos países da América Latina (excetono Chile), é considerado o principal vetor da L. chagasi. Estes mosquitos são dípteros dafamília Psychodidae, sub-família Phebotominae, conhecidas genericamente porflebotomíneos (FRASER, 2008).
Os flebótomos são pequenos mosquitos de aproximadamente 0,5 cm decomprimento, com pernas longas e delgadas, e o corpo densamente piloso. Têm comocaracterística o voo saltitante e a manutenção das asas eretas, mesmo em repouso, aocontrário dos outros dípteros. Geralmente é de cor parda (“mosquito palha”), sendo que asfêmeas é que são responsáveis pela transmissão pelo fato do aparelho bucal estar adaptadopara picar a pele de vertebrados e sugar o sangue (FRASER, 2008).
A Leishmania (Leishamnia) chagasi têm a capacidade de infectar e produzir doença em canídeos sejam eles domésticos ou silvestres, principalmente cães (Canis lupus familiaris) e raposas, onde são considerados os principais reservatórios da doença. Diversos grupos de animais silvestres além dos canídeos como felinos, roedores e marsupiais também já foram incriminados como reservatórios da leishmaniose visceral (FRASER, 2008).
3.7. Tipos
3.7.1. Leishmaniose visceral(Calazar)
A leishmaniose visceral (LV), ou calazar, é uma doença crônica grave, potencialmente fatal para o homem, cuja letalidade pode alcançar 10% quando não se institui o tratamento adequado. Trata-se da forma mais severa de leishmaniose. O parasita migra para os órgãos viscerais como fígado, baço e medula óssea e, se deixado sem tratamento, quase sempre resultará na morte do hospedeiro mamífero. Sinais e sintomas incluem febre, perda de peso, anemia e inchaço significativo do fígado e baço (MARKELL, 2003). 
Em hospedeiros humanos, a resposta da infecçãovaria bastante, não só pela força, mas também pelo tipo da reação imune do paciente. Pacientes cujos sistemas imunes produzem números grandes de células-T do tipo TH1 que fortalecem as defesas celulares, mas não encorajam a formação de anticorpos, frequentemente recuperam-se facilmente da infecção e depois são imunes a uma re-infecção. Pacientes cujos sistemas produzem mais células do tipo TH2, que precipita a formação de anticorpos, mas não faz nada para a saúde celular, é provável sucumbir depressa para leishmaniose. Tal ocorre porque as leishmanias escondem-se no interior dos leucócitos hospedeiros, ali permanecendo imunes à ação dos anticorpos. Embora fator importante no combate, a resposta humoral apenas não é suficiente para impedir ou deter a infecção.O erro no diagnóstico é perigoso, pois, sem tratamento, a taxa de mortalidade para kala-azar está perto de 100% (MARKELL, 2003).
3.7.2. Leishmaniose cutânea (Tegumentar)
A leishmaniose cutânea (LC) é umas das manifestações mais frequentes de infecção e representa 75 % de todos os casos registrados.Caracterizada pela presença de úlceras múltiplasou únicas na pele, com bordas infiltradas e eritematosas, de fundo granuloso, localizadas principalmente nas áreas expostas do corpo. A lesão provocada apresenta uma infiltração modesta na lesão com escassos macrófagos e parasitos. Imunologicamente a LC se caracteriza principalmente pela resposta imune através das células T CD4+ e CD8+ tanto em pacientes infectados por L. (V.)braziliensis quanto naqueles com L. (L.) amazonensis, porém a resposta imune provocada pela primeira espécie apresenta maior expressão de INF-γ e baixa ou nenhuma expressão de IL-4 nas lesões dos pacientes infectados (HAGE, 2008).
3.7.3. Leishmaniose mucocutânea
A leishmaniose mucocutânea (LMC) desenvolve-se a partir de uma complicação da LCL (leishmaniose cutânea localizada), na qual protozoários são disseminados pelo sistema linfático e parasitam o trato mucoso. É caracterizada por lesões ulceradas e infiltradas na mucosa oral, nasal, faríngea e laríngea, com comprometimento em torno da mucosa nasal. Está associada com a exacerbada resposta imune celular. Seu aspecto imunológico tem como característica a presença predominante de células T CD4+ nas lesões em detrimento das células T CD8+. De forma similar ao que acontece na LCL, os níveis de INF-γ e TNF-α nas lesões são bem elevados enquanto que os níveis de IL-4 e IL-10 permanecem baixos, o que contribui para a exacerbação da resposta imune inflamatória do hospedeiro (HAGE, 2008)
3.8. Manifestações clinicas
A manifestação clínica da leishmaniose é determinada por uma combinação de fatores, que relacionam o hospedeiro, ao parasito e ao vetor. A severidade na manifestação de sinais clínicos possui estreita relação com o grau de infecção do cão (BASTOS, 2012). Após quatro a seis meses de incubação o enfartamento do linfonodo, conjuntivite, dermatites e hipertermia são os primeiros sinais clínicos observados em cães com leishmaniose. Os outros sinais mais observados são: febre, perda de peso, anemia, lesões cutâneas (alopecia, eczema furfuráceo, lesões ulcerativas e hiperqueratose), onicogrifose, adenomegalia, esplenomegalia, hepatomegalia (BASTOS, 2012).
As manifestações clínicas da doença nos cães podem variar consideravelmente,dependendo da interação da espécie do parasita, da resposta de cada hospedeiro e da faseatual da doença (FRASER, 2008).
Os sinais clínicos da leishmaniose visceral (LV) surgem progressivamente e aslesões cutâneas podem estar presentes em combinação com a doença visceral. Nos cães, os sinais clínicos mais frequentes foram o emagrecimento, úlceras de pele, seguido de onicogrifose, conjuntivite,descamação, linfadenomegalia, esplenomegalia e hepatomegalia. Outras manifestaçõespodem estar incluídas como diarréia, envolvimento articular, fraqueza, redução dasatividades, anorexia, anemia, linfadenopatia local ou generalizada, atrofia muscular efalência renal onde normalmente esta é a principal causa de morte de cães infectados (FRASER, 2008).
Figura 4 e 6 – Manifestação clínica da doença
3.9. Diagnóstico
O diagnóstico laboratorial da leishmaniose se constitui fundamentalmente de três grupos de exames: Exames parasitológicos, imunológicos e moleculares.
O exame parasitológico consiste primeiramente na pesquisa microscópica das formas amastigotas em material obtido da borda da lesão, a posterior ocorre oisolamento em cultivo in vitro para confirmação do agente etiológico e posterior identificação da espécie de Leishmania spp envolvida e, por fim, o isolamento in vivo através da inoculação em animais (MARTINS, 2013).
Quanto aos exames imunológicos a primeira etapa consiste no teste de intradermorreação de Montenegro (IDRM) ou da leishmanina, fundamentando-se na visualização da resposta de hipersensibilidade celular retardada, em uma segunda etapa são realizados testes sorológicos para detectar anticorpos anti-Leishmaniacirculantes no soro dos pacientes (BRITO et al., 2009). Já os exames moleculares baseiam-se na análise do DNA do parasito por meio da técnica de amplificação pela
Reação da Cadeia da Polimerase (PCR) (MARTINS, 2013).
3.10. Tratamento
O tratamento da leishmaniose envolve terapias, fármacos e fotodinâmica. Para o tratamento medicamentoso, observa-se o uso de antimoniais pentavalentes, sendo que, de acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, o comercializado é o antimoniato N-metil glucamina (Glucantime®) como droga de primeira escolha, e a anfotericina B e derivados como drogas de segunda escolha (MARTINS, 2013).
O principal efeito colateral é a indução de arritmias cardíacas e está contraindicado em mulheres grávidas nos 2 primeiros trimestres, doentes com insuficiência hepática e renal e naqueles em uso de drogas antiarrítmicas. Outras drogas usadas no tratamento da leishmaniose incluem a anfotericina B, paromomicina e pentamidina(MARTINS, 2013).
A terapia fotodinâmica (TFD) vem sendo estudada nos últimos anos associada ao tratamento da leishmaniose. A TFD envolve a administração intravenosa de um fotossensibilizador que se liga as ligopoteínas de baixa densidade da corrente sanguínea. Esta terapia apresenta vantagens quando comparada às convencionais por ser um tratamento local que não é limitado pelo tamanho ou número de lesões. No entanto, por ser uma técnica relativamente nova, várias controvérsias estão associadas a ela, gerando a necessidade de uma gama maior de estudos e comparações relacionadas aos tratamentos convencionais (MARTINS, 2013).
De acordo com o Ministério da Saúde, o tratamento de cães não é uma medida recomendada, porque a terapia pode proporcionar o desaparecimento dos sintomas, mas os animais continuam portadores da doença, não previne a ocorrência derecidivas, tem efeito limitado na infectividade de flebotomíneos e levam ao risco de selecionar parasitos resistentes às drogas utilizadas para o tratamento humano.
A portaria interministerial nº 1.426 de 11 de julho de 2008, proíbe o tratamento de leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano ou não registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A portaria foi criada levando-se em consideração as normas do Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral Americana do Ministério da Saúde (FRASER, 2008).
Figura 6 – Fármacos usados no tratamento da Leishmaniose
Figura 7 – Estrutura química fármaco primeira escolha
Figura 8 – Estrutura química fármaco primeira escolha
3.11. Prevenção
A prevenção se faz por redes ou repelentes de insectos, pela construção de moradias humanas a distância superior a 500 metros da mata silvestre e pela erradicação de Phlebotomus/Lutzomyia(BASTOS, 2012). 
Os programas de controle visam interromper o ciclo de transmissão do agente e reduzir a incidência de infecção em cães e em humanos. Dentre as medidas de controle da leishmaniose no Brasil, a eutanásia de cães infectados é uma medida oficial. Contudo, não é universalmente aceita, pois mesmo com sua aplicação ainda não obtiveram uma redução significativa de incidência da doença em humanos e cães (BASTOS, 2012).
A Leishmune ® é a primeira vacina licenciada contra a Leishmaniose Visceral canina, preparada a partir da glicoproteína FML (Fricone Mannose Ligand). O produto é indicado como preventivo em cães soronegativos, portanto, refere-se ao uso da vacina em cães não infectados previamente. A vacina é resultado de 24 anos de pesquisa, ensaios da vacina canina revelam 92 a 95 % de proteção em cães vacinados (eficácia da vacina é de 76 a 80 %). Resultados indicam que a vacina Leishmune ® pode ser considerada eficaz e ser usada no controle epidemiológico da Leishmaniose visceral. A indicação da bula é imunizar apenas os animais totalmente sadios e soronegativos com 3 doses consecutivas, por via subcutânea com intervalo de 21 dias, com reforços anuais, portanto, o uso em animais soropositivos é contraindicado (SAITO, 2008).
4. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados livros, revistas,artigos científicos, com pesquisa em sites de buscas como Scielo, Medline, Bireme, GoogleAcadêmico e Pubmed com as seguintes palavras chaves:Leishmaniose, Lutzomyia longipalpis.
O método utilizado foi descritivo, por meio de levantamento bibliográfico, que tem como objetivo reconhecer e dar crédito à criação de outros autores através da revisão de literatura, reportando e avaliando o conhecimento produzido em pesquisas prévias, destacando conceitos, discussões e conclusões relevantes para o trabalho desenvolvido.
5. CONCLUSÃO
A leishmaniose é uma enfermidade que acomete pessoas e animais em diversas partes do planeta, incluindo populações que se encontram em áreas de difícil acesso e em extrema pobreza. OS vetores desta doença são insetos flebotomíneos, existindo em cada região do globo terrestre algumas poucas espécies com competência para a transmissão do agente (BASTOS, 2012). 	Comment by Aichele teixeira: Sugiro que refaçam, a conclusão deve conter menos referencias 
Assim como existe uma diversidade de vetores adaptados a uma região no planeta, os reservatórios se comportam de mesma forma. Além do cão doméstico, consagrado como principal reservatório, outras espécies, principalmente silvestres, já foram descritas como reservatórios da leishmania, resultando em uma distribuição estreitamente relacionada a área de ocorrência de cada espécie animal (BASTOS, 2012). 
O tratamento é motivo de muita polêmica, contudo ainda não existe protocolo que possibilite a cura clínica do animal. Sendo assim, o animal mesmo depois de tratado, permanece como reservatório da enfermidade, resultado este que é comprometedor à saúde pública (BASTOS, 2012). 
Portanto, as medidas de vigilância e controle ainda são as melhores opções no controle da leishmaniose. Medidas estas que envolvem a proteção dos animais contra picada de insetos, vacinação, remoção de matéria orgânica que possa servir como criadouro do vetor, aplicação estratégica de inseticida de poder residual e remoção de animais infectados (BASTOS, 2012).
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, T.S.A. Aspectos gerais da leishmaniose visceral. Universidade federal de Goiás, 2012.
FOGANHOLI, et al. Importância da Leishmaniose na saúde pública. Revista eletrônica de medicina veterinária. Ano IX – Número 17 – Julho de 2011 – Periódicos Semestral
FRASER, C. M. Manual Merck de Veterinária: Um manual de diagnóstico, tratamento, prevenção e controle de doenças para veterinária. 9 ed., Roca, São Paulo, p. 543-544, 2008.
HAGE, et al. Ultrastructural cytochemistry analysis of leishmania brazillensis isolated from different clinical cases. SMC, simpósio de microscopia do cerrado, 2008.
MARKELL, Edward K.; JOHN, David T.; KROTOSKI, Wojciech A. - Markell & Vogue Parasitologia Médica. 8ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
MARTINS, A.S.M; LIMA, M.D. Leishmaniose: do diagnóstico ao tratamento. Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p 2056 – 2059. 2013
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. In: Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2003, 120p.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Fundação Nacional de Saúde. In: Manual de Controle da Leishmaniose Tegumentar Americana. Brasília/DF, 2000, 62p. 
SAITO, et al. Leishmaniose em cães: revisão de literatura. Revista eletrônica de medicina veterinária. Ano VI – Número 10 – janeiro de 2008 – Periódicos Semestral

Outros materiais