Buscar

Procedimentos cíveis

Prévia do material em texto

936V - RECURSOS CIVIS 
1) No tocante aos fundamentos que justificam o direito de recurso, Gabriel 
Rezende Filho chega a afirmar que psicologicamente o recurso corresponde a 
uma irresistível tendência humana, tendo em vista que ninguém, via de regra, 
se conforma com o juízo ou parecer de uma primeira pessoa, todos buscam 
uma segunda opinião. Afirma ainda aquele mestre que a origem dos recursos 
se funda em duas premissas: reação natural do homem que não se sujeita a 
um único julgamento e, a possibilidade de erro ou má-fé. Dentre as assertivas 
abaixo, assinale a correta: 
(I) Em geral, a finalidade do recurso é buscar a reforma ou modificação da 
matéria decidida em um determinado grau através do reexame que será 
procedido pelo órgão hierarquicamente superior. 
(II) O maior objetivo do recurso é atingir o ideal de justiça, tendo em vista que o 
só fato de o juiz saber que sua sentença pode ser reexaminada por um tribunal 
superior, obriga-o a ser mais cuidadoso e justo em suas decisões. 
(III) Todo recurso deverá, obrigatoriamente, ser submetido a apreciação de seu 
mérito tendo em vista que se a parte recorreu, ela tem direito a um 
pronunciamento sobre o direito posto em apreciação, independente de 
qualquer juízo de admissibilidade. 
R: (D) 
I- os recursos podem ser: 
 
- De reforma: quando se busca uma modificação do julgado, visando 
a obtenção de um pronunciamento mais favorável ao recorrente; 
 
- De invalidação: quando se pretende apenas anular ou cassar a 
decisão; 
 
- De esclarecimento ou integração: quando se almeja afastar a 
falta de clareza ou imprecisão do julgado, ou suprir alguma omissão; 
correção de erro material (embargos de declaração). 
II- II- Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, 
sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo 
respeito a lei exige a iniciativa da parte. 
III- A regra do juízo de admissibilidade é o duplo, ou seja, dois órgãos do 
Judiciário verificarão a presença dos requisitos. 
 
a) Primeiro juízo: é feito pelo órgão de interposição (é o órgão contra 
quem você interpõe o seu recurso, que é o prolator da decisão. No 
caso da apelação, é o juízo da primeira instância). Este órgão 
admitirá/receberá o recurso e encaminhará os autos ao órgão 
julgador. Esse juízo visa evitar o sobrecarregamento dos órgãos 
julgadores. 
 
b) Segundo juízo: é realizado pelo órgão julgador. Ainda que o órgão 
de interposição já tenha admitido o recurso, o órgão julgador é 
soberano na sua decisão. Assim, poderá não conhecer de um 
recurso. Se conhecer do recurso, poderá dar ou negar provimento ao 
pedido. 
 
 
2) Dentre os vários princípios que norteiam o processo civil podemos destacar 
os seguintes: 
(I) duplo grau de jurisdição: consiste no direito da parte vencida ou prejudicada 
obter do órgão jurisdicional uma nova apreciação da questão decidida. É 
princípio constitucional implícito tendo em visa a previsão de órgãos de primeira 
e segunda instância na Justiça brasileira. 
(II) fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado 
diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o 
prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador 
receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a 
inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. 
(III) vedação à “reformatio in pejus”: quando apenas uma das partes recorre de 
uma decisão interlocutória ou sentença, o julgamento do recurso não pode 
prejudicar o recorrente no sentido de colocá-lo em situação de desvantagem em 
relação ao estado anterior. 
R: (E) Os três princípios apresentado no enunciado correspondem ao 
processo civil. 
I- Duplo grau de jurisdição: Consiste no direito da parte vencida ou 
prejudicada obter do órgão jurisdicional uma nova apreciação da questão 
decidida. É princípio constitucional implícito tendo em visa a previsão de 
órgãos de primeira e segunda instância na Justiça brasileira. 
 Quer dizer, este princípio não se encontra de forma expressa na Constituição 
Federal, porém ele decorre da própria lógica do sistema que prevê a existência de 
tribunais com a finalidade de julgar recursos contra decisões judiciais de órgãos de 
instâncias inferiores (ver CF, art. 5°, LV, parte final; art. 102, II e III; art. 105, II e III; e, 
art. 108, II). 
 A justificativa para a existência desse princípio é de natureza política e social, 
tendo em vista que nenhum ato estatal pode ficar fora de controle. Há também um 
caráter nitidamente moral, pois o juiz sabendo que seu ato pode ser submetido a nova 
apreciação, tende a ser mais responsável nas suas decisões. 
II- Fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser 
perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e 
desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível 
que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, 
tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esse 
princípio foi recepcionado pelo Novo Código de Processo Civil, a partir da 
regra interpretativa da primazia (ou preponderância) da análise de mérito, 
prevista em seu art. 4º, que busca o máximo aproveitamento da atividade 
processual. Um exemplo disso é o que está expressamente previsto no art. 
1.024, § 3º: o “órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração 
como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que 
determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 
(cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às 
exigências do art. 1.021, § 1º”. 
III- Vedação à “reformatio in pejus”: quando apenas uma das partes recorre 
de uma decisão interlocutória ou sentença, o julgamento do recurso não 
pode prejudicar o recorrente no sentido de colocá-lo em situação de 
desvantagem em relação ao estado anterior. 
3) Na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das 
circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do 
recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o 
recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência 
de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esta descrição corresponde ao princípio: 
R: (D) 
Fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado 
diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o 
prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador 
receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a 
inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esse princípio foi recepcionado 
pelo Novo Código de Processo Civil, a partir da regra interpretativa da primazia 
(ou preponderância) da análise de mérito, prevista em seu art. 4º, que busca o 
máximo aproveitamento da atividade processual. Um exemplo disso é o que 
está expressamente previsto no art. 1.024, § 3º: o “órgão julgador conhecerá 
dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o 
recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente 
para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a 
ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º”. 
4) Apesar da existência do princípio da taxatividade, a doutrina e a 
jurisprudência reconhecem a existência de figuras similares aos recursos que 
também podem conseguir alterar resultados de julgamentos. Por não estarem 
previstos expressamente como recursos, são chamados de sucedâneos de 
recursos. Nesse sentido, não é sucedâneo de recurso: 
 R: (B) 
 Os sucedâneos recursais têm natureza jurídica de mero incidente processual e, dentre 
estes podemos destacar: o mandado de segurança; a ação rescisória; os embargos de 
terceiros; oreexame necessário, etc. 
5) Todos os recursos se sujeitam a um juízo prévio de admissibilidade pelo qual o órgão 
julgador irá verificar de sua regularidade formal. Nesse sentido, são pressupostos 
objetivos analisados nessa fase: 
R: (E ) 
 Pressupostos objetivos são aqueles que dizem respeito ao ato judicial contra o 
qual se recorre. 
 a) recorribilidade: como outrora já dito, em primeira instância apenas as 
decisões interlocutórias e as sentenças serão passíveis de recurso, sendo 
irrecorríveis os despachos ordinatórios (art. 1.001, CPC/15). 
 b). tempestividade: todos os recursos possuem prazos estabelecidos na 
lei, sendo sua observância obrigatória (ver art. 1.003, § 5º, CPC/15). 
 c) adequação (o recurso “certo”): é fundamental que a parte recorrente 
se utilize do recurso correto para cada situação, exigindo-se perícia do advogado 
para aplicar o ordenamento jurídico da forma correta. Assim, por exemplo, em 
havendo uma decisão interlocutória que negue um pedido de justiça gratuita, 
sabe-se que o recurso adequado será o de agravo de instrumento (art. 1.015, V, 
CPC/15), desse modo, o advogado não pode utilizar o recurso de apelação, posto 
que inadequado à situação. 
 d) preparo: alguns recursos exigem que a parte recorrente recolha aos 
cofres públicos custas específicas para essa situação às quais a lei chama de 
“preparo” do recurso. O Ministério Público, a União, os Estados, os Municípios e 
suas autarquias são isentos legalmente de preparo (art. 1.007, § 1°, CPC/15). 
6) A deserção é: 
R: (D) 
 A DESERÇÃO do recurso é penalidade que deve desde logo ser aplicada pelo 
órgão jurisdicional a exercitar em primeiro plano o juízo de 
admissibilidade. Assim sendo na hipótese de apelação, em que há juízo de 
admissibilidade feito em primeira instância, o próprio juiz declarará o recurso 
deserto e com isso impedirá que os autos sejam remetidos ao Tribunal, salvo se 
a parte agravar dessa decisão, a fim de que o recurso suba ao Tribunal. 
MODULO 2 
1) Com o intuito de valorizar o sistema de precedentes jurisprudenciais o Novo 
CPC disciplina vários institutos e dentre estes: 
(I) incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) 
(II) incidente de assunção de competência (IAC) 
(III) incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPS). 
R: ( D) 
O novo estatuto processual traz outras novidades, tais como a criação do 
Incidente de Assunção de Competência (IAC) e do Incidente de Resolução de 
Demandas Repetitivas (IRDR), como forma de valorizar a jurisprudência dos 
tribunais estaduais e os tribunais regionais federais. O IAC será utilizado quando 
estiver em julgamento relevante questão de direito, com grande repercussão 
social e sem múltipla repetição (art. 947). Se houver múltiplas repetições, será o 
caso de utilização do IRDR (art. 976). 
2) O conflito de competência pode ser suscitado: 
(I) por qualquer das partes. 
(II) pelo membro do Ministério Público. 
(III) pelo próprio juiz. 
R: (E) 
Diz o Código que o conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das 
partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz. Diferentemente do CPC/73, o 
Ministério Público somente atuará nos processos previstos no art. 178, mas terá 
qualidade de parte nos conflitos que suscitar (ver art. 941 e parágrafo único). 
3) O Novo CPC acabou com os embargos infringentes e criou em seu lugar outra figura 
muito assemelhada que está sendo denominado pela doutrina de “embargos 
infringentes de ofício” ou mesmo “incidente de colegialidade”. Nesse sentido, leia as 
proposituras abaixo e assinale a resposta correta: 
(I) quando o julgamento da apelação não for unânime, o julgamento deverá ter 
prosseguimento, na mesma sessão ou em outra a ser designada, com a 
presença de outros julgadores, que serão em número suficiente para garantir a 
possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais 
terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos 
julgadores. 
 (II) Assim também quando houver votação não unânime no incidente de 
resolução de demandas repetitivas e nos casos de assunção de competência. 
(III) Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o 
resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento 
ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno. 
R: ( D) 
I- Cumpre esclarecer que os embargos infringentes regulados no 
CPC/73, só chegava ao tribunal por iniciativa da parte que 
pretendesse submeter a decisão não unânime ao colegiado. Pela 
sistemática do Novo CPC a iniciativa é da lei e é impositiva e 
independente de qualquer vontade, implicando dizer que qualquer 
julgamento de apelação não unânime terá que ser submetido ao 
colegiado para reexame. Significa dizer que o julgamento não unânime 
obrigará o presidente da turma a convocar novos membros (que não 
participaram o primeiro julgamento), para, em número suficiente para 
que o resultado possa ser reformado, promova um outro julgamento 
na mesma ou em futura sessão. 
II- O Legilador faz a ressalva de que não se aplica esta técnica de 
julgamento para nos casos envolvendo o incidente de assunção de 
competência e ao de resolução de demandas repetitivas, bem como 
quanto tratar-se de remessa necessária e nos resultados não unânime 
proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial (art. 942, 
§ 4°). 
III- Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória 
quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, 
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto 
no regimento interno; bem como no julgamento de agravo de 
instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar 
parcialmente o mérito (art. 942, § 3°). 
 
 
 
 
4) Dentre outras hipóteses, deixa de existir a obrigatoriedade da remessa necessária 
quando a sentença, independente de valor envolvido, estiver em conformidade com: 
(I) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
(II) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
(III) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou 
súmula administrativa. 
R: ( E) 
As três hipóteses apresentada no enunciado estão em conformidade pois são 
elas: 
a. súmula de tribunal superior; 
b. acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas 
ou de assunção de competência; 
d. entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, 
parecer ou súmula administrativa. 
5) Acerca do instituto da reclamação, leia as proposições abaixo e assinale a 
opção correta: 
R: (B) 
O novo CPC ampliou sua aplicação estendendo sua aplicação para todos os 
tribunais brasileiro, com a finalidade de preservar a competência do tribunal; 
garantir a autoridade das decisões do tribunal; garantir a observância de decisão 
do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do 
Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente 
proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de 
competência; e finalmente, garantir a observância de acórdão proferido em 
julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente 
deassunção de competência (art. 988, I a IV). 
6) Com relação ao incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), leias as 
proposituras abaixo e assinale a resposta correta. 
(I) o objetivo do incidente é uniformizar entendimento sobre questões da vida 
prática que se repetem nos tribunais. 
 (II) É escolhido um caso representativo daqueles que existem em repetição, 
utiliza-se ele como paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão 
proferida será aplicada apenas aos processos que estejam em andamento no 
tribunal. 
(III) O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao 
presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício 
ou pelas partes, Ministério Público ou Defensoria Pública, através de petição. 
R: ( D) 
I- Objetivo do IRDR é uniformizar entendimento sobre questões da vida 
prática que se repetem nos tribunais. 
II- Escolhe-se um caso, utiliza-se ele como paradigma, processa-se o 
seu julgamento e a decisão proferida será aplicada a todos os 
processos em andamento e a todos os processos futuros que venham 
a ser proposto naquela base territorial 
III- O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido 
ao presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, 
através de ofício ou pelas partes, Ministério Público ou Defensoria 
Pública, através de petição (art. 977). 
 
MODULO 3 
 
1) É certo dizer que o prazo para interposição dos embargos de declaração 
é: 
R: (E) 
os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina 
o art. 1.023 do CPC/15. 
2) Com relação aos embargos de declaração, é correto afirmar: 
R: ( ) 
A competência para receber, processar e julgar os embargos de declaração é 
do próprio magistrado cuja decisão estará sendo atacada. Por se tratar de 
decisão unipessoal, mesmo nos tribunais o relator estará dispensado de levá-
lo a julgamento no colegiado do qual faz parte. 
 
a. Os embargos de declaração é o recurso cabível contra as decisões de primeira 
ou segunda instância quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade 
ou contradição; ou ainda, quando for omitido ponto sobre o qual deveria 
pronunciar-se o juiz ou tribunal. Considerando essa premissa, assinale a 
alternativa correta: 
(I) Serão opostos dentro do prazo de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando 
sentença, ou ao relator, quando acórdão, com a indicação do ponto obscuro, 
contraditório ou omisso. 
 (II) A interposição dos embargos de declaração interrompem o prazo para interposição 
de qualquer outro recurso, perdurando a interrupção até que o órgão judiciário venha 
a se manifestar decidindo a matéria constante do declaratório. 
(III) Em respeito ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, deverá 
sempre ser oportunizada à parte contrária o mesmo prazo de cinco dias para falar em 
contrarrazões e, somente após, o juízo verificará da admissibilidade do recurso. 
R: (D) 
b. os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina o 
art. 1.023 do CPC/15, sendo indiferente qual seja o ato atacado, ou seja, tanto 
em primeira instância como em segunda, o prazo será o mesmo. 
c. Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua 
interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos 
e atinge todas as partes e eventuais terceiros. 
d. por força do princípio do contraditório e da ampla defesa, o embargado terá a 
oportunidade, de impugnar os embargos no prazo que a lei estabelece. O Novo 
CPC nada mais fez do que adequar essa regra já conhecida da doutrina e da 
jurisprudência, que determinava a intimação do embargado sob pena de 
violação ao princípio do contraditório. A verdade é que não pode a parte ser 
surpreendida com a alteração da decisão anterior, sem, contudo, ter a 
oportunidade de se manifestar. 
e. Ainda no tocante aos embargos de declaração se pode afirmar: 
(I) Os embargos de declaração embora não tenham efeito suspensivo, a sua 
interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos. 
(II) Somente a parte que opôs os embargos de declaração é que pode ser beneficiada 
com a interrupção do prazo para posterior recurso. 
(III) Quando, na sentença ou na decisão de um órgão colegiado, se verificar 
contradição entre o que ficou decidido e a jurisprudência prevalente naquele tribunal, 
poderá a parte sucumbente requerer a reforma da referida decisão pela via dos 
embargos declaratórios 
R: (A) 
f. Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua 
interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos 
g. e atinge todas as partes e eventuais terceiros. 
h. A competência para receber, processar e julgar os embargos de declaração é 
do próprio magistrado cuja decisão estará sendo atacada. Por se tratar de 
decisão unipessoal, mesmo nos tribunais o relator estará dispensado de levá-lo 
a julgamento no colegiado do qual faz parte. 
i. No que diz respeito aos Embargos de Declaração, leia as proposituras abaixo e 
assinale a resposta correta: 
(I) É o recurso cabível das decisões tanto de primeira quanto de segunda instância 
quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição, ou ainda, 
quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal. 
(II) O prazo para interposição é de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando 
referente à sentença, ou ao relator, quanto a acórdão, com a indicação do ponto 
obscuro, contraditório ou omisso. 
(III) É um recurso típico para se tentar reverter decisão interlocutória, proferida tanto 
em primeiro quanto em segundo grau, tendo em vista seu caráter nitidamente 
infringente. 
R: (D ) 
j. O recurso de embargos de declaração é um recurso cabível contra toda e 
qualquer decisão judicial, não havendo restrição quanto ao seu cabimento. É 
cabível de decisão interlocutória, sentença, acórdão, decisão monocrática 
proferida com base no art. 932 do novel codex. 
k. os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina o 
art. 1.023 do CPC/15, sendo indiferente qual seja o ato atacado, ou seja, tanto 
em primeira instância como em segunda, o prazo será o mesmo. 
l. O recurso de embargos de declaração é um recurso cabível contra toda e 
qualquer decisão judicial, não havendo restrição quanto ao seu cabimento. É 
cabível de decisão interlocutória, sentença, acórdão, decisão monocrática 
proferida com base no art. 932 do novel codex. 
m. Ainda com relação aos Embargos de Declaração se pode afirmar: 
(I) Que a sua interposição interrompe o prazo para interposição de qualquer outro 
recurso, perdurando esta interrupção até que o órgão judiciário venha a se manifestar 
decidindo a matéria constante dos embargos de declaração. 
(II) Que, pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, a manifestação da parte 
contrária, através das contrarrazões, será sempre obrigatória, sob pena de nulidade 
da decisão proferida sobre o recurso. 
(III) Que, se o magistrado se convencer de que o recurso foi interposto com caráter 
meramente protelatório, poderá aplicar a penalidade de multa, que será revertida para 
a parte contrária. 
R: (E) 
n. Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua 
interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos 
e atinge todas as partes e eventuais terceiros. 
o. O Novo CPC nada mais fez do que adequar essa regra já conhecida da doutrina 
e da jurisprudência, que determinava a intimação do embargado sob pena de 
violação ao princípio do contraditório. A verdade é que não pode a parte ser 
surpreendida com a alteração da decisão anterior, sem, contudo, ter a 
oportunidade de se manifestar. 
p. Contradição: o outro vício refere-se à contradição na própriadecisão proferida 
pelo magistrado. Não se trata aqui de contradição entre decisões diferentes e 
diversas constantes no processo. O contrassenso e a incoerência acarretam 
decisões contraditórias, que dificultam até a execução da decisão judicial. 
MODULO 4 
 
q. O Condomínio Stella Maris ajuíza contra Jojolino, pedido de cobrança de 
despesas condominiais relativas aos imóveis X, Y e Z de propriedade 
daquele. A demanda é julgada procedente. Jojolino, inconformado, 
interpõe recurso de apelação em razão da condenação ao pagamento das 
despesas condominiais do imóvel X. A apelação é recebida no efeito 
suspensivo. Aponte a afirmativa correta. 
R: ( C) 
 
O art.521/CPC, esclarece que, no caso da Apelação "recebida só no efeito 
devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da 
sentença, extraindo a respectiva carta". Por sua vez, do art.587/CPC, se extrai que 
"A execução é definitiva, quando fundada em sentença transitada em julgado ou em 
título extrajudicial; é provisória, quando a sentença for impugnada mediante recurso, 
recebido só no efeito devolutivo". Diante disso, a meu sentir, enquanto a sentença 
censurada encontrar-se em grau de recurso, não poderá ser executada, tão-somente 
quando transitar em julgado. 
r. Relativamente ao recurso de apelação, se pode afirmar que: 
R: (C) 
 Depois da sustentação oral, se houver, a turma procederá ao julgamento do recurso, 
proferindo voto por primeiro o relator e em seguida os demais membros. Se quaisquer 
dos magistrados não se sentirem habilitados a proferir de imediato o seu respectivo 
voto, poderão pedir vista dos autos, devendo devolvê-lo no prazo de 10 (dez) dias, 
contados da data em que o recebeu, e o julgamento prosseguirá na primeira sessão 
ordinária subseqüente à devolução, dispensada nova publicação de pauta (art. 940, 
CPC/15). 
s. Teoria da causa madura prevista em nosso ordenamento jurídico 
determina que: 
R: (C) 
Em nome da celeridade processual, mesmo que tenha sido proferida uma sentença 
meramente terminativa em primeira instância, como por exemplo, uma sentença 
de carência de ação por ilegitimidade de parte (que não resolve o mérito), 
prevalece modernamente a chamada TEORIA DA CAUSA MADURA, a qual foi 
adotada por nosso legislador, ou seja o Tribunal poderá não apenas anular a 
sentença equivocada, mas sucessivamente, assumir o julgamento do mérito da 
demanda. 
t. No tocante ao recurso de apelação é correto afirmar: 
(I) Que a parte que não se conformar com a decisão ou com parte da decisão de 
primeira instância e segunda instância, poderá interpor este recurso para a instância 
superior. 
(II) Que ele é interposto mediante petição dirigida diretamente ao Tribunal que tenha 
competência para dele conhecer, anexando-se as razões da apelação que conterá: a) 
os nomes e a qualificação das partes; b) os fundamentos de fato e de direito; e, c) o 
pedido de nova decisão. 
(III) São legitimados para interposição deste recurso a parte vencida, total ou 
parcialmente, o terceiro prejudicado e o Ministério Público, nos casos em que tenha 
atuação. 
R: (C) 
I Não se conformando com a decisão do juiz a quo, pode a parte sucumbente 
interpor o chamado Recurso Inominado, sendo importante destacar, que o duplo 
grau de jurisdição não será exercido pelo Tribunal de Justiça e sim, por um colégio 
recursal composto por três juízes togados. 
O recurso inominado será interposto no prazo de 10 dias, contados da publicação 
da respectiva sentença, devendo as partes estar assistidas por advogados, bem 
como efetuarem o recolhimento de custas. 
 
II Esta petição com rãs razões da apelação deverá conter, como requisitos mínimos 
(art. 1.010): 
u. os nomes e a qualificação das partes (esta exigência pode ser relevada se as 
partes já estão qualificadas nos autos); 
v. a exposição do fato e do direito (relato dos aspectos fáticos e jurídicos que 
digam respeito à causa); 
w. as razões do pedido de reforma (quando se tratar de error in iudicando) ou de 
decretação de nulidade (quando se tratar de error in procedendo); e, 
x. o pedido de nova decisão (a parte deverá indicar com clareza o que pretende 
ver modificado pelo tribunal). 
III Possuem legitimidade para recorrer: a parte, o terceiro prejudicado e o Ministério 
Público 
y. Tendo com base as afirmativas abaixo, assinale no quadro dev resposta 
qual é a alternativa correta: 
(I) A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo, como regra 
geral. 
(II) Será recebida somente no efeito devolutivo, quanto interposta de sentença 
que homologar a divisão ou a demarcação; condenar à prestação de alimentos; 
decidir o processo cautelar, rejeitar liminarmente embargos à execução ou 
julgá-los improcedentes, julgar procedente o pedido de arbitragem ou confirmar 
a antecipação da tutela. 
(III) Se a apelação é recebida somente no efeito devolutivo, pode o apelado 
promover desde logo a execução provisória do julgado. 
R: (E) 
I- Em regra a apelação suspende os efeitos da sentença, impedindo 
que a parte vencedora exija o seu cumprimento de imediato. 
II- As hipóteses de sentenças que não tem efeito suspensivo 
expressamente previstas no instituto em foco, são aquelas que: 
homologa divisão ou demarcação de terras; condena a pagar 
alimentos; extingue sem resolução do mérito ou julga 
improcedentes os embargos do executado. julga procedente o 
pedido de instituição de arbitragem; confirma, concede ou revoga 
tutela provisória; e, decreta a interdição. 
III- Só se for no efeito Suspensivo é que pode o apelado como via de 
exceções a essa regra, as quais estão dispostas no artigo 1.012, do 
CPC, ou seja, hipóteses em que será possível a execução 
provisória da sentença. 
6) Quanto ao processamento e julgamento da apelação no Tribunal, se pode dizer que: 
(I) Verificado que a apelação está em ordem e que foi respondida, o juiz da causa dará 
um despacho mandando remeter o recurso para o Tribunal, depois de ter realizado o 
juízo de admissibilidade. 
(II) No Tribunal será feita a distribuição eletrônica e o recurso será distribuído a um dos 
desembargadores aptos a conhecer da matéria, que será designado como Relator. 
(III) Se não for o caso de julgá-lo monocraticamente, o Relator preparará seu voto para 
julgamento do recurso pelo órgão colegiado. 
R: (D) 
I O Novo CPC acabou com o “juízo de admissibilidade” de sorte que pela nova 
sistemática, após as formalidades previstas nos §§ 1° e 2°, do art. 1.010, caberá ao 
juiz tão somente mandar remeter os autos ao tribunal correspondente, cuja 
admissibilidade será feita pelo relator no tribunal. 
II Atualmente, os votos, acórdãos e demais atos processuais podem ser registrados 
em arquivo eletrônico inviolável e assinados eletronicamente, na forma da lei, devendo 
ser impressos para juntada aos autos do processo quando este não for eletrônico (art. 
943, CPC/15). 
III Em exceção ao princípio do colegiado, o RELATOR PODERÁ JULGAR sozinho, 
através de decisão monocrática, naquelas situações expressamente previstas no art. 
932, do CPC/15. 
MODULO 5 
1) Ao interpor recurso de agravo de instrumento, o agravante deverá instruir a 
petição de agravo com cópias das seguintes peças obrigatórias: 
R: (C) 
O agravante deverá juntar OBRIGATORIAMENTE para instruir a petição de agravo de 
instrumento as seguintes cópias: 
a. da petição inicial, 
b. da contestação, 
c. da petição que ensejou a decisão agravada, 
d. da própria decisão agravada, 
e. da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove 
a tempestividade, 
f. das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado e, 
finalmente, 
g. a comprovação do recolhimento das respectivas custas e do porte de retorno, 
quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. 
2) Jojolino interpõeuma ação e pede uma tutela cautelar em face de Maria 
Juka, e a liminar é concedida, prejudicando gravemente e de forma 
imediata os interesses da ré: 
R: (D) 
O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente por meio de 
petição que deverá conter, além dos nomes das partes, a exposição do fato e do direito 
no qual se baseia a irresignação do agravante, encerrando com o pedido de reforma 
ou de invalidação da decisão e o próprio pedido, além dos nomes e endereços dos 
advogados constantes do processo (ver NCPC, art. 1.016). 
3) Quando se trata de autos físicos, qual a consequência processual, quando o 
agravante não comunica a interposição do recurso perante o juiz prolator da 
decisão agravada? 
R: (C) 
O relator do agravo é o único competente para deferir ou não o pedido de suspensão 
da decisão agravada. Sendo concedido o efeito suspensivo, deverá imediatamente 
comunicá-lo ao juiz da causa para que tal decisão seja cumprida imediatamente em 
primeira instância. 
4) A ré, na fase de cumprimento de sentença, teve a sua impugnação aos 
cálculos apresentados pelo autor, liminarmente rejeitado pelo juiz da 
causa. Dessa decisão interpõe agravo de instrumento ao Tribunal 
competente, no prazo legal, instruindo sua petição com todos os documentos 
necessários, além de ter juntado a comprovação do recolhimento das custas. 
Neste caso o relator: 
R: (E) 
Na eventualidade de o recorrente não juntar as cópias necessárias ou mesmo tendo o 
recurso algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de 
instrumento, o relator determinará que a parte promova a regularização, visando com 
isso o aproveitamento do ato processual, somente indeferindo o recurso se a parte não 
cumprir com essa determinação (ver CPC, art. 932, parágrafo único). 
5) Nos termos do novo Código de Processo Civil, as questões resolvidas na fase de 
conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento: 
(I) não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, 
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
(II) para que não ocorra a preclusão é necessário que a parte peticione ao juiz da causa 
pedindo a reconsideração de despacho. 
(III) deverá manifestar sua contrariedade através de simples petição que ficará 
encartada aos autos para eventual apreciação pelo Tribunal no caso de haver 
apelação. 
R: (A) 
I não são coberta pelo manto da preclusão, podendo ser suscitadas como preliminares 
da apelação ou das contrarrazões do apelado (ver art. 1.009, § 1°). 
II A existência do agravo retido tinha como objetivo evitar a preclusão da matéria 
decidida. Nesse caso a parte manifestava diretamente ao juiz da causa sua 
contrariedade através do recurso, declarando seu desejo de que o mesmo 
permanecesse nos autos, para que em havendo sentença que lhe pudesse ser 
desfavorável, o Tribunal, em apelação e preliminarmente, pudesse conhecer e julgar 
o agravo que tinha ficado retido nos autos. 
III É também permitido ao agravante a juntadas ao recurso das peças ditas facultativas 
que, a seu critério, possa ser útil à perfeita compreensão da questão posta em 
discussão. 
6 O agravo interno é o tipo de recurso a ser interposto contra decisão 
monocrática proferida pelo Relator em recursos no âmbito dos Tribunais, com as 
seguintes características: 
(I) Tem como objetivo submeter a decisão monocrática do relator ao colegiado do qual 
o mesmo faz parte. 
(II) O prazo para interposição é 15 (quinze) dias e como esse recurso visa contraditar 
a decisão do relator, não cabe intervenção da parte contrária. 
(III) Na sua petição de agravo interno o recorrente deverá impugnar especificadamente 
os fundamentos da decisão agravada, deixando claro quais são os pontos da decisão 
que estão sendo impugnados e por quais razões. 
R: (D) 
II O prazo para interposição será de 15 (quinze) dias nos termos do estabelecido no 
art. 1.070. Igual prazo terá o agravado para responder aos termos do recurso, 
permitindo-se ao relator a possibilidade de retratação (art. 1.021, § 2°).

Continue navegando