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936V - RECURSOS CIVIS 1) No tocante aos fundamentos que justificam o direito de recurso, Gabriel Rezende Filho chega a afirmar que psicologicamente o recurso corresponde a uma irresistível tendência humana, tendo em vista que ninguém, via de regra, se conforma com o juízo ou parecer de uma primeira pessoa, todos buscam uma segunda opinião. Afirma ainda aquele mestre que a origem dos recursos se funda em duas premissas: reação natural do homem que não se sujeita a um único julgamento e, a possibilidade de erro ou má-fé. Dentre as assertivas abaixo, assinale a correta: (I) Em geral, a finalidade do recurso é buscar a reforma ou modificação da matéria decidida em um determinado grau através do reexame que será procedido pelo órgão hierarquicamente superior. (II) O maior objetivo do recurso é atingir o ideal de justiça, tendo em vista que o só fato de o juiz saber que sua sentença pode ser reexaminada por um tribunal superior, obriga-o a ser mais cuidadoso e justo em suas decisões. (III) Todo recurso deverá, obrigatoriamente, ser submetido a apreciação de seu mérito tendo em vista que se a parte recorreu, ela tem direito a um pronunciamento sobre o direito posto em apreciação, independente de qualquer juízo de admissibilidade. R: (D) I- os recursos podem ser: - De reforma: quando se busca uma modificação do julgado, visando a obtenção de um pronunciamento mais favorável ao recorrente; - De invalidação: quando se pretende apenas anular ou cassar a decisão; - De esclarecimento ou integração: quando se almeja afastar a falta de clareza ou imprecisão do julgado, ou suprir alguma omissão; correção de erro material (embargos de declaração). II- II- Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. III- A regra do juízo de admissibilidade é o duplo, ou seja, dois órgãos do Judiciário verificarão a presença dos requisitos. a) Primeiro juízo: é feito pelo órgão de interposição (é o órgão contra quem você interpõe o seu recurso, que é o prolator da decisão. No caso da apelação, é o juízo da primeira instância). Este órgão admitirá/receberá o recurso e encaminhará os autos ao órgão julgador. Esse juízo visa evitar o sobrecarregamento dos órgãos julgadores. b) Segundo juízo: é realizado pelo órgão julgador. Ainda que o órgão de interposição já tenha admitido o recurso, o órgão julgador é soberano na sua decisão. Assim, poderá não conhecer de um recurso. Se conhecer do recurso, poderá dar ou negar provimento ao pedido. 2) Dentre os vários princípios que norteiam o processo civil podemos destacar os seguintes: (I) duplo grau de jurisdição: consiste no direito da parte vencida ou prejudicada obter do órgão jurisdicional uma nova apreciação da questão decidida. É princípio constitucional implícito tendo em visa a previsão de órgãos de primeira e segunda instância na Justiça brasileira. (II) fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. (III) vedação à “reformatio in pejus”: quando apenas uma das partes recorre de uma decisão interlocutória ou sentença, o julgamento do recurso não pode prejudicar o recorrente no sentido de colocá-lo em situação de desvantagem em relação ao estado anterior. R: (E) Os três princípios apresentado no enunciado correspondem ao processo civil. I- Duplo grau de jurisdição: Consiste no direito da parte vencida ou prejudicada obter do órgão jurisdicional uma nova apreciação da questão decidida. É princípio constitucional implícito tendo em visa a previsão de órgãos de primeira e segunda instância na Justiça brasileira. Quer dizer, este princípio não se encontra de forma expressa na Constituição Federal, porém ele decorre da própria lógica do sistema que prevê a existência de tribunais com a finalidade de julgar recursos contra decisões judiciais de órgãos de instâncias inferiores (ver CF, art. 5°, LV, parte final; art. 102, II e III; art. 105, II e III; e, art. 108, II). A justificativa para a existência desse princípio é de natureza política e social, tendo em vista que nenhum ato estatal pode ficar fora de controle. Há também um caráter nitidamente moral, pois o juiz sabendo que seu ato pode ser submetido a nova apreciação, tende a ser mais responsável nas suas decisões. II- Fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esse princípio foi recepcionado pelo Novo Código de Processo Civil, a partir da regra interpretativa da primazia (ou preponderância) da análise de mérito, prevista em seu art. 4º, que busca o máximo aproveitamento da atividade processual. Um exemplo disso é o que está expressamente previsto no art. 1.024, § 3º: o “órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º”. III- Vedação à “reformatio in pejus”: quando apenas uma das partes recorre de uma decisão interlocutória ou sentença, o julgamento do recurso não pode prejudicar o recorrente no sentido de colocá-lo em situação de desvantagem em relação ao estado anterior. 3) Na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esta descrição corresponde ao princípio: R: (D) Fungibilidade: na hipótese de erro escusável (aquele que pode ser perdoado diante das circunstâncias) sobre qual seria o recurso adequado, e desde que o prazo do recurso certo ainda não tenha se expirado é possível que o julgador receba o recurso inadequado como se fora o recurso certo, tendo em vista a inexistência de má-fé ou prejuízo na hipótese. Esse princípio foi recepcionado pelo Novo Código de Processo Civil, a partir da regra interpretativa da primazia (ou preponderância) da análise de mérito, prevista em seu art. 4º, que busca o máximo aproveitamento da atividade processual. Um exemplo disso é o que está expressamente previsto no art. 1.024, § 3º: o “órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º”. 4) Apesar da existência do princípio da taxatividade, a doutrina e a jurisprudência reconhecem a existência de figuras similares aos recursos que também podem conseguir alterar resultados de julgamentos. Por não estarem previstos expressamente como recursos, são chamados de sucedâneos de recursos. Nesse sentido, não é sucedâneo de recurso: R: (B) Os sucedâneos recursais têm natureza jurídica de mero incidente processual e, dentre estes podemos destacar: o mandado de segurança; a ação rescisória; os embargos de terceiros; oreexame necessário, etc. 5) Todos os recursos se sujeitam a um juízo prévio de admissibilidade pelo qual o órgão julgador irá verificar de sua regularidade formal. Nesse sentido, são pressupostos objetivos analisados nessa fase: R: (E ) Pressupostos objetivos são aqueles que dizem respeito ao ato judicial contra o qual se recorre. a) recorribilidade: como outrora já dito, em primeira instância apenas as decisões interlocutórias e as sentenças serão passíveis de recurso, sendo irrecorríveis os despachos ordinatórios (art. 1.001, CPC/15). b). tempestividade: todos os recursos possuem prazos estabelecidos na lei, sendo sua observância obrigatória (ver art. 1.003, § 5º, CPC/15). c) adequação (o recurso “certo”): é fundamental que a parte recorrente se utilize do recurso correto para cada situação, exigindo-se perícia do advogado para aplicar o ordenamento jurídico da forma correta. Assim, por exemplo, em havendo uma decisão interlocutória que negue um pedido de justiça gratuita, sabe-se que o recurso adequado será o de agravo de instrumento (art. 1.015, V, CPC/15), desse modo, o advogado não pode utilizar o recurso de apelação, posto que inadequado à situação. d) preparo: alguns recursos exigem que a parte recorrente recolha aos cofres públicos custas específicas para essa situação às quais a lei chama de “preparo” do recurso. O Ministério Público, a União, os Estados, os Municípios e suas autarquias são isentos legalmente de preparo (art. 1.007, § 1°, CPC/15). 6) A deserção é: R: (D) A DESERÇÃO do recurso é penalidade que deve desde logo ser aplicada pelo órgão jurisdicional a exercitar em primeiro plano o juízo de admissibilidade. Assim sendo na hipótese de apelação, em que há juízo de admissibilidade feito em primeira instância, o próprio juiz declarará o recurso deserto e com isso impedirá que os autos sejam remetidos ao Tribunal, salvo se a parte agravar dessa decisão, a fim de que o recurso suba ao Tribunal. MODULO 2 1) Com o intuito de valorizar o sistema de precedentes jurisprudenciais o Novo CPC disciplina vários institutos e dentre estes: (I) incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR) (II) incidente de assunção de competência (IAC) (III) incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPS). R: ( D) O novo estatuto processual traz outras novidades, tais como a criação do Incidente de Assunção de Competência (IAC) e do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), como forma de valorizar a jurisprudência dos tribunais estaduais e os tribunais regionais federais. O IAC será utilizado quando estiver em julgamento relevante questão de direito, com grande repercussão social e sem múltipla repetição (art. 947). Se houver múltiplas repetições, será o caso de utilização do IRDR (art. 976). 2) O conflito de competência pode ser suscitado: (I) por qualquer das partes. (II) pelo membro do Ministério Público. (III) pelo próprio juiz. R: (E) Diz o Código que o conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz. Diferentemente do CPC/73, o Ministério Público somente atuará nos processos previstos no art. 178, mas terá qualidade de parte nos conflitos que suscitar (ver art. 941 e parágrafo único). 3) O Novo CPC acabou com os embargos infringentes e criou em seu lugar outra figura muito assemelhada que está sendo denominado pela doutrina de “embargos infringentes de ofício” ou mesmo “incidente de colegialidade”. Nesse sentido, leia as proposituras abaixo e assinale a resposta correta: (I) quando o julgamento da apelação não for unânime, o julgamento deverá ter prosseguimento, na mesma sessão ou em outra a ser designada, com a presença de outros julgadores, que serão em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. (II) Assim também quando houver votação não unânime no incidente de resolução de demandas repetitivas e nos casos de assunção de competência. (III) Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno. R: ( D) I- Cumpre esclarecer que os embargos infringentes regulados no CPC/73, só chegava ao tribunal por iniciativa da parte que pretendesse submeter a decisão não unânime ao colegiado. Pela sistemática do Novo CPC a iniciativa é da lei e é impositiva e independente de qualquer vontade, implicando dizer que qualquer julgamento de apelação não unânime terá que ser submetido ao colegiado para reexame. Significa dizer que o julgamento não unânime obrigará o presidente da turma a convocar novos membros (que não participaram o primeiro julgamento), para, em número suficiente para que o resultado possa ser reformado, promova um outro julgamento na mesma ou em futura sessão. II- O Legilador faz a ressalva de que não se aplica esta técnica de julgamento para nos casos envolvendo o incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas, bem como quanto tratar-se de remessa necessária e nos resultados não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial (art. 942, § 4°). III- Aplica-se a mesma sistemática de julgamento de ação rescisória quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; bem como no julgamento de agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito (art. 942, § 3°). 4) Dentre outras hipóteses, deixa de existir a obrigatoriedade da remessa necessária quando a sentença, independente de valor envolvido, estiver em conformidade com: (I) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; (II) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; (III) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. R: ( E) As três hipóteses apresentada no enunciado estão em conformidade pois são elas: a. súmula de tribunal superior; b. acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c. entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; d. entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 5) Acerca do instituto da reclamação, leia as proposições abaixo e assinale a opção correta: R: (B) O novo CPC ampliou sua aplicação estendendo sua aplicação para todos os tribunais brasileiro, com a finalidade de preservar a competência do tribunal; garantir a autoridade das decisões do tribunal; garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência; e finalmente, garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente deassunção de competência (art. 988, I a IV). 6) Com relação ao incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), leias as proposituras abaixo e assinale a resposta correta. (I) o objetivo do incidente é uniformizar entendimento sobre questões da vida prática que se repetem nos tribunais. (II) É escolhido um caso representativo daqueles que existem em repetição, utiliza-se ele como paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada apenas aos processos que estejam em andamento no tribunal. (III) O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas partes, Ministério Público ou Defensoria Pública, através de petição. R: ( D) I- Objetivo do IRDR é uniformizar entendimento sobre questões da vida prática que se repetem nos tribunais. II- Escolhe-se um caso, utiliza-se ele como paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada a todos os processos em andamento e a todos os processos futuros que venham a ser proposto naquela base territorial III- O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas partes, Ministério Público ou Defensoria Pública, através de petição (art. 977). MODULO 3 1) É certo dizer que o prazo para interposição dos embargos de declaração é: R: (E) os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina o art. 1.023 do CPC/15. 2) Com relação aos embargos de declaração, é correto afirmar: R: ( ) A competência para receber, processar e julgar os embargos de declaração é do próprio magistrado cuja decisão estará sendo atacada. Por se tratar de decisão unipessoal, mesmo nos tribunais o relator estará dispensado de levá- lo a julgamento no colegiado do qual faz parte. a. Os embargos de declaração é o recurso cabível contra as decisões de primeira ou segunda instância quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; ou ainda, quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal. Considerando essa premissa, assinale a alternativa correta: (I) Serão opostos dentro do prazo de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando sentença, ou ao relator, quando acórdão, com a indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso. (II) A interposição dos embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de qualquer outro recurso, perdurando a interrupção até que o órgão judiciário venha a se manifestar decidindo a matéria constante do declaratório. (III) Em respeito ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, deverá sempre ser oportunizada à parte contrária o mesmo prazo de cinco dias para falar em contrarrazões e, somente após, o juízo verificará da admissibilidade do recurso. R: (D) b. os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina o art. 1.023 do CPC/15, sendo indiferente qual seja o ato atacado, ou seja, tanto em primeira instância como em segunda, o prazo será o mesmo. c. Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos e atinge todas as partes e eventuais terceiros. d. por força do princípio do contraditório e da ampla defesa, o embargado terá a oportunidade, de impugnar os embargos no prazo que a lei estabelece. O Novo CPC nada mais fez do que adequar essa regra já conhecida da doutrina e da jurisprudência, que determinava a intimação do embargado sob pena de violação ao princípio do contraditório. A verdade é que não pode a parte ser surpreendida com a alteração da decisão anterior, sem, contudo, ter a oportunidade de se manifestar. e. Ainda no tocante aos embargos de declaração se pode afirmar: (I) Os embargos de declaração embora não tenham efeito suspensivo, a sua interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos. (II) Somente a parte que opôs os embargos de declaração é que pode ser beneficiada com a interrupção do prazo para posterior recurso. (III) Quando, na sentença ou na decisão de um órgão colegiado, se verificar contradição entre o que ficou decidido e a jurisprudência prevalente naquele tribunal, poderá a parte sucumbente requerer a reforma da referida decisão pela via dos embargos declaratórios R: (A) f. Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos g. e atinge todas as partes e eventuais terceiros. h. A competência para receber, processar e julgar os embargos de declaração é do próprio magistrado cuja decisão estará sendo atacada. Por se tratar de decisão unipessoal, mesmo nos tribunais o relator estará dispensado de levá-lo a julgamento no colegiado do qual faz parte. i. No que diz respeito aos Embargos de Declaração, leia as proposituras abaixo e assinale a resposta correta: (I) É o recurso cabível das decisões tanto de primeira quanto de segunda instância quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição, ou ainda, quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal. (II) O prazo para interposição é de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando referente à sentença, ou ao relator, quanto a acórdão, com a indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso. (III) É um recurso típico para se tentar reverter decisão interlocutória, proferida tanto em primeiro quanto em segundo grau, tendo em vista seu caráter nitidamente infringente. R: (D ) j. O recurso de embargos de declaração é um recurso cabível contra toda e qualquer decisão judicial, não havendo restrição quanto ao seu cabimento. É cabível de decisão interlocutória, sentença, acórdão, decisão monocrática proferida com base no art. 932 do novel codex. k. os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme determina o art. 1.023 do CPC/15, sendo indiferente qual seja o ato atacado, ou seja, tanto em primeira instância como em segunda, o prazo será o mesmo. l. O recurso de embargos de declaração é um recurso cabível contra toda e qualquer decisão judicial, não havendo restrição quanto ao seu cabimento. É cabível de decisão interlocutória, sentença, acórdão, decisão monocrática proferida com base no art. 932 do novel codex. m. Ainda com relação aos Embargos de Declaração se pode afirmar: (I) Que a sua interposição interrompe o prazo para interposição de qualquer outro recurso, perdurando esta interrupção até que o órgão judiciário venha a se manifestar decidindo a matéria constante dos embargos de declaração. (II) Que, pelo princípio do contraditório e da ampla defesa, a manifestação da parte contrária, através das contrarrazões, será sempre obrigatória, sob pena de nulidade da decisão proferida sobre o recurso. (III) Que, se o magistrado se convencer de que o recurso foi interposto com caráter meramente protelatório, poderá aplicar a penalidade de multa, que será revertida para a parte contrária. R: (E) n. Embora os embargos de declaração não tenham efeito suspensivo, a sua interposição interrompe o prazo para eventual interposição de outros recursos e atinge todas as partes e eventuais terceiros. o. O Novo CPC nada mais fez do que adequar essa regra já conhecida da doutrina e da jurisprudência, que determinava a intimação do embargado sob pena de violação ao princípio do contraditório. A verdade é que não pode a parte ser surpreendida com a alteração da decisão anterior, sem, contudo, ter a oportunidade de se manifestar. p. Contradição: o outro vício refere-se à contradição na própriadecisão proferida pelo magistrado. Não se trata aqui de contradição entre decisões diferentes e diversas constantes no processo. O contrassenso e a incoerência acarretam decisões contraditórias, que dificultam até a execução da decisão judicial. MODULO 4 q. O Condomínio Stella Maris ajuíza contra Jojolino, pedido de cobrança de despesas condominiais relativas aos imóveis X, Y e Z de propriedade daquele. A demanda é julgada procedente. Jojolino, inconformado, interpõe recurso de apelação em razão da condenação ao pagamento das despesas condominiais do imóvel X. A apelação é recebida no efeito suspensivo. Aponte a afirmativa correta. R: ( C) O art.521/CPC, esclarece que, no caso da Apelação "recebida só no efeito devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta". Por sua vez, do art.587/CPC, se extrai que "A execução é definitiva, quando fundada em sentença transitada em julgado ou em título extrajudicial; é provisória, quando a sentença for impugnada mediante recurso, recebido só no efeito devolutivo". Diante disso, a meu sentir, enquanto a sentença censurada encontrar-se em grau de recurso, não poderá ser executada, tão-somente quando transitar em julgado. r. Relativamente ao recurso de apelação, se pode afirmar que: R: (C) Depois da sustentação oral, se houver, a turma procederá ao julgamento do recurso, proferindo voto por primeiro o relator e em seguida os demais membros. Se quaisquer dos magistrados não se sentirem habilitados a proferir de imediato o seu respectivo voto, poderão pedir vista dos autos, devendo devolvê-lo no prazo de 10 (dez) dias, contados da data em que o recebeu, e o julgamento prosseguirá na primeira sessão ordinária subseqüente à devolução, dispensada nova publicação de pauta (art. 940, CPC/15). s. Teoria da causa madura prevista em nosso ordenamento jurídico determina que: R: (C) Em nome da celeridade processual, mesmo que tenha sido proferida uma sentença meramente terminativa em primeira instância, como por exemplo, uma sentença de carência de ação por ilegitimidade de parte (que não resolve o mérito), prevalece modernamente a chamada TEORIA DA CAUSA MADURA, a qual foi adotada por nosso legislador, ou seja o Tribunal poderá não apenas anular a sentença equivocada, mas sucessivamente, assumir o julgamento do mérito da demanda. t. No tocante ao recurso de apelação é correto afirmar: (I) Que a parte que não se conformar com a decisão ou com parte da decisão de primeira instância e segunda instância, poderá interpor este recurso para a instância superior. (II) Que ele é interposto mediante petição dirigida diretamente ao Tribunal que tenha competência para dele conhecer, anexando-se as razões da apelação que conterá: a) os nomes e a qualificação das partes; b) os fundamentos de fato e de direito; e, c) o pedido de nova decisão. (III) São legitimados para interposição deste recurso a parte vencida, total ou parcialmente, o terceiro prejudicado e o Ministério Público, nos casos em que tenha atuação. R: (C) I Não se conformando com a decisão do juiz a quo, pode a parte sucumbente interpor o chamado Recurso Inominado, sendo importante destacar, que o duplo grau de jurisdição não será exercido pelo Tribunal de Justiça e sim, por um colégio recursal composto por três juízes togados. O recurso inominado será interposto no prazo de 10 dias, contados da publicação da respectiva sentença, devendo as partes estar assistidas por advogados, bem como efetuarem o recolhimento de custas. II Esta petição com rãs razões da apelação deverá conter, como requisitos mínimos (art. 1.010): u. os nomes e a qualificação das partes (esta exigência pode ser relevada se as partes já estão qualificadas nos autos); v. a exposição do fato e do direito (relato dos aspectos fáticos e jurídicos que digam respeito à causa); w. as razões do pedido de reforma (quando se tratar de error in iudicando) ou de decretação de nulidade (quando se tratar de error in procedendo); e, x. o pedido de nova decisão (a parte deverá indicar com clareza o que pretende ver modificado pelo tribunal). III Possuem legitimidade para recorrer: a parte, o terceiro prejudicado e o Ministério Público y. Tendo com base as afirmativas abaixo, assinale no quadro dev resposta qual é a alternativa correta: (I) A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo, como regra geral. (II) Será recebida somente no efeito devolutivo, quanto interposta de sentença que homologar a divisão ou a demarcação; condenar à prestação de alimentos; decidir o processo cautelar, rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes, julgar procedente o pedido de arbitragem ou confirmar a antecipação da tutela. (III) Se a apelação é recebida somente no efeito devolutivo, pode o apelado promover desde logo a execução provisória do julgado. R: (E) I- Em regra a apelação suspende os efeitos da sentença, impedindo que a parte vencedora exija o seu cumprimento de imediato. II- As hipóteses de sentenças que não tem efeito suspensivo expressamente previstas no instituto em foco, são aquelas que: homologa divisão ou demarcação de terras; condena a pagar alimentos; extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado. julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; confirma, concede ou revoga tutela provisória; e, decreta a interdição. III- Só se for no efeito Suspensivo é que pode o apelado como via de exceções a essa regra, as quais estão dispostas no artigo 1.012, do CPC, ou seja, hipóteses em que será possível a execução provisória da sentença. 6) Quanto ao processamento e julgamento da apelação no Tribunal, se pode dizer que: (I) Verificado que a apelação está em ordem e que foi respondida, o juiz da causa dará um despacho mandando remeter o recurso para o Tribunal, depois de ter realizado o juízo de admissibilidade. (II) No Tribunal será feita a distribuição eletrônica e o recurso será distribuído a um dos desembargadores aptos a conhecer da matéria, que será designado como Relator. (III) Se não for o caso de julgá-lo monocraticamente, o Relator preparará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. R: (D) I O Novo CPC acabou com o “juízo de admissibilidade” de sorte que pela nova sistemática, após as formalidades previstas nos §§ 1° e 2°, do art. 1.010, caberá ao juiz tão somente mandar remeter os autos ao tribunal correspondente, cuja admissibilidade será feita pelo relator no tribunal. II Atualmente, os votos, acórdãos e demais atos processuais podem ser registrados em arquivo eletrônico inviolável e assinados eletronicamente, na forma da lei, devendo ser impressos para juntada aos autos do processo quando este não for eletrônico (art. 943, CPC/15). III Em exceção ao princípio do colegiado, o RELATOR PODERÁ JULGAR sozinho, através de decisão monocrática, naquelas situações expressamente previstas no art. 932, do CPC/15. MODULO 5 1) Ao interpor recurso de agravo de instrumento, o agravante deverá instruir a petição de agravo com cópias das seguintes peças obrigatórias: R: (C) O agravante deverá juntar OBRIGATORIAMENTE para instruir a petição de agravo de instrumento as seguintes cópias: a. da petição inicial, b. da contestação, c. da petição que ensejou a decisão agravada, d. da própria decisão agravada, e. da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade, f. das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado e, finalmente, g. a comprovação do recolhimento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais. 2) Jojolino interpõeuma ação e pede uma tutela cautelar em face de Maria Juka, e a liminar é concedida, prejudicando gravemente e de forma imediata os interesses da ré: R: (D) O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente por meio de petição que deverá conter, além dos nomes das partes, a exposição do fato e do direito no qual se baseia a irresignação do agravante, encerrando com o pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido, além dos nomes e endereços dos advogados constantes do processo (ver NCPC, art. 1.016). 3) Quando se trata de autos físicos, qual a consequência processual, quando o agravante não comunica a interposição do recurso perante o juiz prolator da decisão agravada? R: (C) O relator do agravo é o único competente para deferir ou não o pedido de suspensão da decisão agravada. Sendo concedido o efeito suspensivo, deverá imediatamente comunicá-lo ao juiz da causa para que tal decisão seja cumprida imediatamente em primeira instância. 4) A ré, na fase de cumprimento de sentença, teve a sua impugnação aos cálculos apresentados pelo autor, liminarmente rejeitado pelo juiz da causa. Dessa decisão interpõe agravo de instrumento ao Tribunal competente, no prazo legal, instruindo sua petição com todos os documentos necessários, além de ter juntado a comprovação do recolhimento das custas. Neste caso o relator: R: (E) Na eventualidade de o recorrente não juntar as cópias necessárias ou mesmo tendo o recurso algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, o relator determinará que a parte promova a regularização, visando com isso o aproveitamento do ato processual, somente indeferindo o recurso se a parte não cumprir com essa determinação (ver CPC, art. 932, parágrafo único). 5) Nos termos do novo Código de Processo Civil, as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento: (I) não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. (II) para que não ocorra a preclusão é necessário que a parte peticione ao juiz da causa pedindo a reconsideração de despacho. (III) deverá manifestar sua contrariedade através de simples petição que ficará encartada aos autos para eventual apreciação pelo Tribunal no caso de haver apelação. R: (A) I não são coberta pelo manto da preclusão, podendo ser suscitadas como preliminares da apelação ou das contrarrazões do apelado (ver art. 1.009, § 1°). II A existência do agravo retido tinha como objetivo evitar a preclusão da matéria decidida. Nesse caso a parte manifestava diretamente ao juiz da causa sua contrariedade através do recurso, declarando seu desejo de que o mesmo permanecesse nos autos, para que em havendo sentença que lhe pudesse ser desfavorável, o Tribunal, em apelação e preliminarmente, pudesse conhecer e julgar o agravo que tinha ficado retido nos autos. III É também permitido ao agravante a juntadas ao recurso das peças ditas facultativas que, a seu critério, possa ser útil à perfeita compreensão da questão posta em discussão. 6 O agravo interno é o tipo de recurso a ser interposto contra decisão monocrática proferida pelo Relator em recursos no âmbito dos Tribunais, com as seguintes características: (I) Tem como objetivo submeter a decisão monocrática do relator ao colegiado do qual o mesmo faz parte. (II) O prazo para interposição é 15 (quinze) dias e como esse recurso visa contraditar a decisão do relator, não cabe intervenção da parte contrária. (III) Na sua petição de agravo interno o recorrente deverá impugnar especificadamente os fundamentos da decisão agravada, deixando claro quais são os pontos da decisão que estão sendo impugnados e por quais razões. R: (D) II O prazo para interposição será de 15 (quinze) dias nos termos do estabelecido no art. 1.070. Igual prazo terá o agravado para responder aos termos do recurso, permitindo-se ao relator a possibilidade de retratação (art. 1.021, § 2°).
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