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Universidade Salgado e Oliveira Professora: Maria de Jesus Paixão Nunes Questionário: Processo civil III – V2 01) Quais os pressupostos de admissibilidade do recurso de apelação? Redigir um pequeno texto, sobre esse recurso. O recurso de apelação é prevista nos artigos 1.009 a 1.014 do CPC, é um recurso cabível contra sentença proferida por juiz de primeira instância a fim de reformá-la ou invalidá-la. O recurso de apelação será interposto, em 15 dias úteis, contra a sentença desfavorável ao recorrente. Divide-se tal recurso em parte de mérito e parte preliminar, em que devemos nos atentar a atacar as decisões interlocutórias que não comportaram agravo de instrumento, para na ocasião do recurso de apelação se buscar a reforma ou a nulidade da decisão interlocutória prejudicial. Ademais, o recurso de apelação deve ser preparado, isto é: recolhidas as custas necessárias e comprovado o recolhimento, sob pena de não conhecimento do recurso de apelação por deserção (desrespeito a um dos pressupostos extrínsecos). Podemos esquematizar o procedimento atinente ao recurso de apelação do seguinte modo: 1. Interposição do recurso de apelação no primeiro grau; 2. Recebido o recurso de apelação, deverá o juiz atribuir a este os efeitos conforme taxados na lei (regra da suspensividade); 3. Ato contínuo, o juiz intimará o apelado para, em 15 dias úteis, apresentar contrarrazões do recurso de apelação. 4. Caso em sede de preliminar das contrarrazões do recurso de apelação, o apelado requeira a revisão de decisões interlocutórias que não suportaram recurso de agravo de instrumento, deverá o juiz intimar o apelante para se manifestar em 15 dias úteis acerca do alegado. 5. Depois de juntados o recurso de apelação, as contrarrazões e a possível resposta às contrarrazões, deverá o juiz remeter os autos ao Tribunal competente. Cumpre mencionar que, segundo o CPC/15, ao juízo de primeiro grau não compete fazer qualquer juízo prévio de admissibilidade do recurso de apelação. 6. Recebidos os autos no Tribunal competente, tem-se o sorteio do relator. 7. Se for o caso de decisão monocrática, o relator julgará, sozinho, o recurso de apelação. Podendo, todavia, a parte prejudicada opor agravo interno para levar a decisão à análise do Colegiado. 8. Não sendo caso de decisão monocrática, o relator deverá elaborar seu voto, expondo o resumo dos fatos e os fundamentos de seu voto, para - por fim - votar pelo conhecimento ou não do recurso de apelação e se conhecido, pelo provimento ou não deste. Vale mencionar que não haverá revisão do relatório. De sorte que depois de confeccionado, já se põe na mesa para julgamento no órgão Colegiado. Por fim, vale mencionar que o CPC/15 simplifica a técnica para o pedido de concessão de efeito diferenciado do recurso de apelação, de modo que basta ao requerente fazer uma petição simples dirigida ao Tribunal competente, justificando a razão para a atribuição do efeito diferenciado. De tal modo, se o pedido de concessão de efeito diferenciado for feito entre a interposição do recurso de apelação e a remessa dos autos ao Tribunal, a petição deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal, que promoverá o sorteio de um relator: este deferirá ou não o pedido de efeito diferenciado e ficará prevento para julgar o recurso de apelação quando os autos chegarem ao Tribunal. Mas, se os autos com o recurso de apelação já estiverem no Tribunal, a petição simples de pedido de concessão de efeito diferenciado deverá ser dirigida ao relator do recurso de apelação. Os requisitos de admissibilidade se dividem em duas categorias: Intrínsecos ou subjetivos: São inerentes a existência do direito de recorrer Extrínsecos ou objetivos: São relativos ao exercício do direito de recorrer. Preenchidos tais pressupostos o recurso será reconhecido ou admitido pelo juízo de admissibilidade estando apto para a análise do mérito, podendo este ser provido, parcialmente provido ou não provido. 02) Existe preparo no recurso adesivo? Justifique sua resposta. Se o recurso exigir preparo, mas o recorrente principal, por circunstâncias pessoais (for beneficiário da justiça gratuita, p. ex.), estiver liberado de fazê-lo, o recorrente adesivo não terá, por isso, esse benefício’. Nesse caso, as exigências para o recurso independente e para o recurso adesivo são as mesmas, mas o recorrente principal, por características personalíssimas, está dispensado do preparo. Tais circunstâncias, que são personalíssimas e justamente por isso, não se transferem para o recorrente adesivo. 03) Comente sobre o processamento do recurso adesivo. O recurso adesivo é aquele que faculta ao recorrido interpor recurso fora do prazo normal, pois este, não tinha inicialmente a intenção de recorrer, entretanto, em virtude de recurso interposto pela parte contrária, apresenta em peça autônoma, porém, juntamente com as contra-razões, o recurso adesivo que irá contestar apenas a parte da decisão em que foi sucumbente. Requisitos do recurso adesivo: O recurso adesivo não é admitido se a parte já manejou o seu recurso de forma independente, ainda que esse recurso não tenha abarcado a totalidade da sucumbência na decisão recorrida, ainda que tenha sido intempestivo ou irregular. Sucumbência recíproca dos litigantes: Previsto no artigo 997 § 1° do CPC, tem como primeiro requisito a sucumbência recíproca dos litigantes: ”§ 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro”. Cabimento: restrito à apelação, ao recurso extraordinário e ao recurso especial, por força do artigo 997 § 2°, II. Cabe também quando o recurso ordinário constitucional fizer as vezes de apelação (art. 1.027, II, “b”, CPC) nos casos de ações propostas por Município ou pessoa residente no Brasil em face de Estado estrangeiro ou de organismo internacional (CF/88, art. 109, II). O recurso que foi interposto de forma adesiva fica subordinado ao recurso independente da outra parte, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras quanto aos requisitos de admissibilidade, inclusive prazo e preparo, conforme previsão do § 2° do artigo 997. 04) Dê o conceito de recurso de apelação, verificando o pedido de reapreciação das decisões interlocutórias, em que não cabe recurso. (extinto agravo retido). A apelação é o recurso processual previsto para ser interposto contra a sentença proferida por juiz de primeiro grau, com ou sem resolução de mérito (art. 1.009 do CPC). Busca a reforma ou a invalidação da sentenças. A Apelação pode ser interposta no processo de conhecimento, cautelar e de execução, seguindo os procedimentos comuns, ou seja, ordinário ou sumário, ou algum procedimento especial. É um instrumento processual destinado a corrigir erro de forma (vício no procedimento) ou reexaminar provas. É um recurso de cognição ampla. Uma observação, nos juizados especiais não é cabível recurso de apelação. Cabe sim recurso inominado no prazo de dez dias. Contudo o novo CPC de 2015 estabelece novo prazo de quinze dias. Algumas exceções à interposição da Apelação são: • Sentença proferida por juiz federal de primeiro grau que julga causa entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no país (artigo 105, inciso II, alínea “c” da CF/1988. • Sentença que julga execução fiscal com valor inferior a cinquenta Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional – ORTN (art. 34 da Lei nº 6.830/1980). • Sentença prolatada em ação civil nos juizados especiais cíveis (art. 41 da Lei nº 9.099/95). • Sentença que decreta a falência cabe agravo (art. 100 da Lei nº 11.101/2005) • Sentença que homologa conciliação judicial, não cabendo quaisquer recursos. 05) O rol constante do artigo 1015, é considerado taxativo? Justifique sua resposta. Sim. Ele é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamentoda questão no recurso de apelação. 06) Enumere os requisitos de admissibilidade do recurso de apelação. Pesquise. Intrínsecos: Tem-se por requisitos intrínsecos, aqueles ligados a essência das partes, devem ser analisados no caso concreto para que se aufira ser cabível o recurso contra a decisão que se pretende impugnar, atestar que a parte possui legitimidade recursal, interesse nas modalidades adequação, necessidade e utilidade de interpor o recurso e inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. Classificação: A) Cabimento: Trata-se de requisito bem delineado por Araken de Assis como aquele em que: “avalia-se a aptidão do ato para sofrer impugnação e o recurso adequado”. Tendo por parâmetro a taxatividade recursal, determinada decisão somente poderá ser combatida por uma única espécie de recurso, dentre as elencadas no art. 994 do CPC/15, em atenção também a unicidade recursal.Assim, o caminho normal do processo é pela existência de pelo menos um ato judicial, geralmente final, que não seja passível de recurso, por formar a coisa julgada, sendo esta irrecorrível. B) Legitimidade: Em termos de legitimidade o CPC/15 trás como legitimados as partes, o terceiro juridicamente interessado e o ministério público, seja atuando como custos legis, seja, obviamente, quando atua como parte. A ideia de sucumbência para adquirir legitimidade recursal passou por sensível mudança, não sendo a mera sucumbência do direito material que gera a legitimidade recursal, mas qualquer circunstância, inclusive de ordem processual, que possibilite uma melhoria da condição do possível recorrente. C) Interesse de Recorrer: Haverá interesse para recorrer sempre que o julgamento por Tribunal de Segunda Instância puder produzir melhoria na situação jurídica do recorrente, devendo ser: útil (possibilitar situação mais favorável ao recorrente) e necessário (o recurso deverá ser o mecanismo essencial para a reforma ou revisão da decisão a quo). D) Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer: Analisaremos aqui fatos praticados pelo recorrente antes ou depois da interposição do recurso que impedem ou extinguem o direito de recorrer, por incompatíveis com a vontade de ver reformado ou anulado o julgado anterior. Definidos pela legislação, os fatos extintivos impedem que o recurso seja interposto, sendo divididos em: a) Renúncia: é ato unilateral da parte, exercido antes da interposição do recurso, independendo da aceitação da outra parte, não podendo ser revogada, exigindo, para a sua validade, a presença dos requisitos de validade e eficácia dos negócios jurídicos em geral, devendo ser expressa e dirigida ao juízo prolator da decisão; b) Aquiescência: trata-se da aceitação, tácita ou expressamente, a qualquer momento, dos termos da decisão pela parte sucumbente no todo ou em parte, sendo negócio jurídico unilateral que independe da manifestação de vontade da outra parte, devendo ser feita antes da interposição do recurso. Extrinsecos: São requisitos intimamente ligados ao modo de exercer o recurso, podendo-se dividi-los em: a) Tempestividade: tem-se por tempestivo o recurso interposto dentro do prazo legal, sem que haja a coisa julgada formal ou material da decisão objeto de recurso. Com exceção aos embargos de declaração, interpostos no prazo de 5 dias, os demais recursos serão tempestivos quando protocolados nos 15 dias subsequentes a intimação da parte. Especificamente em relação a Fazenda Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública terão prazo em dobro em todas as suas manifestações, seja para recorrer ou contrarrazoar. b) Preparo: é o valor financeiro a ser dispensado pela parte recorrente para ter seu apelo analisado quanto ao conhecimento e possivelmente ao mérito, referindo-se ao valor necessário para que a máquina estatal do Poder Judiciário seja movimentada. Marinoni define: “Preparar o recurso significa adiantar a quantia necessária para fazer frente aos gastos financeiros oriundo da interposição do recurso.” A Fazenda Pública e o Ministério Público são dispensados do preparo. A insuficiência no valor do preparo somente importará deserção quando, intimado pessoalmente, o recorrente não saná- la em 5 dias. Na interposição, quando o recorrente não comprovar o preparo, mesmo que insuficiente, será intimado para recolher o valor em dobro, sob pena de deserto. Quando houver dúvida fundada no recolhimento do preparo, tendo em vista a primazia do julgamento de mérito, caberá ao relator conceder prazo para que o recorrente possa sanar o vício. c) Regularidade formal: por imposição legal, o recurso terá forma rígida, com quatro requisitos formais básicos: petição escrita, identificação das partes, motivação e, por fim, pedido de reforma, invalidação, esclarecimento ou integração da decisão alvo de recurso. A petição será escrita e dirigida, via de regra, ao órgão prolator da decisão, com razões em anexo ao Tribunal ad quem, com exceções ao agravo de instrumento interposto já no segundo grau e aos embargos de declaração interposto e julgado pelo prolator da decisão embargada. A fundamentação recursal consiste em demonstrar os motivos de fato e de direito pelos quais determinada decisão merece ser reformada, combatendo detidamente cada um dos pontos da decisão, em atenção ao princípio da dialeticidade. Como consequência lógica, o recurso deve ser finalizado com o pedido de reforma, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão recorrida, guardando relação com a fundamentação alinhavada ao longo da peça recursal, devendo ser determinado em seus elementos. 07) Quais os efeitos para o recurso de apelação? Existem exceções? Quando a apelação é recebida com efeito suspensivo, suspende-se o procedimento e envia-se a câmara recursal, destarte não pode a parte executar tal decisão prolatada. Mas quando o efeito é devolutivo, nada se impede que a parte possa exercer seu direito e pedir execução de sentença nos próprios autos. As exceções constam no art. 1.012, § 1º, do Código de Processo Civil. Note-as: “Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:I - homologa divisão ou demarcação de terras;II - condena a pagar alimentos;III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;VI - decreta a interdição.” 08) Há possibilidade de inovar no recurso de apelação? Justifique sua resposta. Não se pode inovar no recurso – é dito rotineiramente. Na realidade, não se pode inovar em qualquer fase processual, ressalvadas as exceções legais (por exemplo, fatos novos, aquiescência do outro litigante ou questões de ordem pública: artigos: 339, 342 e 487 do CPC). 09) Como se dá o processamento da apelação em primeira instância? E em segunda instância. Relate. Interposto o recurso de apelação, o juiz determinará a intimação do apelado para, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, apresentar suas contrarrazões. No mesmo prazo o apelado poderá recorrer adesivamente, hipótese em que o juiz mandará intimar o apelante para contrarrazões. O Código de Processo Civil não prevê expressamente o prazo de 15 (quinze) dias para interposição do recurso adesivo, o que é dispensável haja vista o exigido pelos princípios da isonomia e da igualdade processual. Atendidas todas as formalidades – constantes dos §§ 1º e 2º do artigo 1.010 – os autos serão remetidos ao tribunal independentemente de qualquer juízo preliminar de admissibilidade (§ 3º). Na vigência do Código Buzaid, ao juízo a quo era atribuída a análise preliminar relativa à admissibilidade do recurso de apelação, cujo reexame competia ao tribunal. Além disto, pela legislação revogada o juiz estava autorizado a rejeitar liminarmente o recurso se a sentença estivesseem conformidade com súmulas do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça. Assim, se o magistrado prolator da sentença decidisse que o recurso de apelação era inadmissível, ou o rejeitasse liminarmente, ao apelante cabia interpor agravo de instrumento. Nota-se que eliminando uma decisão e eventual recurso contra ela, a Lei nº 13.105/2015 prestigiou a celeridade do processo, atribuindo exclusivamente ao tribunal a competência para decidir sobre a admissibilidade do recurso (art. 932, III). Consequentemente, atendidas as regras dos §§ 1º e 2º do artigo 1.010 do Código de Processo Civil, deverá o juiz, sem mais delongas, remeter o processo ao tribunal, e surgindo qualquer obstáculo à respectiva remessa, o apelante deverá se utilizar da reclamação (artigo988, CPC). 10) Comente sobre o art. 942 do código de processo civil. Faça um pequeno texto explicativo. Caput: O CPC/73 previa o chamado ‘embargos infringentes’, cuja utilidade era fazer o voto minoritário, em um novo julgamento com aplicação do colegiado. Todavia, o novo CPC substituiu o instituto criando uma sessão especial de julgamento caso haja voto divergente. Ressalte-se que, não é necessário que as partes requeiram o novo julgamento, pois diante de voto minoritário, automaticamente os autos serão colocados em pauta. Sendo assim, caso o resultado da apelação seja não unânime, não poderá o Presidente do órgão colegiado proclamar desde logo o resultado. O julgamento, neste caso, deverá prosseguir em outra sessão, a ser designada, com a presença de outros julgadores, que serão convocados em termos previamente definidos no regimento interno do tribunal, em número para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicialmente alcançado, assegurado às partes e a eventuais terceiros intervenientes o direito de apresentar nova sustentação oral perante os novos integrantes da turma julgadora. O dispositivo aumento as hipóteses em que será necessária a instauração dessa sessão especial. Súmulas: 390 do STJ, 293 do STF, Súmula 455 do STF. § 1º: O julgamento terá prosseguimento na mesma sessão, se ali estiverem presentes outros magistrados, além dos integrantes da turma julgadora original, em número suficiente para aplicação desse novo julgamento. § 2º: Enquanto não forem colhidos os votos desses novos integrantes da turma julgadora, o resultado não poderá ser proclamado, deste modo, aqueles que já tenham votado poderão rever seus votos já proferidos. § 3º: Esse julgamento complementar será aplicado também, quando houver julgamento não unânime em ação rescisória, em que a maioria tiver votado pela rescisão da sentença, caso em que o prosseguimento deverá se dar em órgão de maior composição, nos termos do regimento interno do tribunal; e em agravo de instrumento contra decisão de julgamento parcial de mérito, quando a maioria dos votos tiver sido pela sua reforma. § 4º: Todavia, esse julgamento complementar não será aplicado em decisão não unânime de incidente de assunção de competência ou do incidente de resolução de demandas repetitivas, no julgamento de remessa necessária e nos julgamentos não unânimes proferidos pelo Plenário ou pelo Órgão Especial dos tribunais. 11) Comente sobre o processamento do recurso de apelação em caso de Improcedência de plano. 285 A. Ocorrerá na situação em que o autor ingressar com uma demanda e naquele juízo já houver julgado um litígio do mesmo tipo, porém para que isso ocorra necessário verificar alguns aspectos, quais sejam, que a sentença seja de total improcedência para o autor (porque neste caso o réu não terá nenhum prejuízo); que naquele juízo tenha havido julgamento de ação idêntica para servir de fundamento a esta, cumpre salientar que necessariamente esta ação com os mesmos fundamentos seja daquele juízo em que o juiz exerce sua jurisdição, e o último dos requisitos é que, necessariamente, a matéria discutida seja de Direito e não de fato, pois de fatos o réu deverá defender-se pelos meios de provas e se eventualmente o réu não tiver oportunidade para tal haverá afronta a princípios constitucionais como o da ampla defesa e contraditório, portanto tratando-se de matéria de direito o autor terá condições de demonstrar o pleito através de documentos. Por fim, como previsto no parágrafo 1º do artigo 285 - A, o autor terá condições de apelar da decisão e neste caso o juiz poderá se retratar em 5 (cinco) dias e a ação seguirá normalmente, e caso o juiz decida em mantê-la o réu será citado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias. 12) Quando é possível o cabimento do agravo de instrumento? É um recurso interposto contra decisões interlocutórias, isto é, que não se enquadrem na descrição de sentença. De acordo com o artigo 1015, cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do artigo 373, § 1º; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Vale destacar que embora o rol seja considerado taxativo, este traz a possibilidade de abarcar outros casos definidos em lei, ou seja, podem haver outras decisões interlocutórias recorríveis pelo agravo de instrumento, desde que previstas expressamente na legislação. 13) Analise as situações previstas no art. 1015 do CPC. O dispositivo traz o rol de hipóteses em que caberá o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias. Trata-se de rol taxativo, a fim de evitar os agravos interpostos somente para procrastinar o feito. Nesse sentido, o CPC adota o princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias, ou seja, prevalece que as decisões sejam impugnadas através da apelação. Todavia, se a interlocutória puder causar grave dano de difícil reparação ao bem da vida pretendido, que não possa esperar para ser impugnado via preliminar de apelação, o jurisdicionado poderá, dentro das situações previstas na lei, agravar a decisão. Seguindo a mesma sistemática do processo de conhecimento, as decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, processo de execução e processo de inventário, também caberão agravo de instrumento. 14) Redija um pequeno texto sobre processamento do recurso de Agravo de Instrumento. O agravo de instrumento é um recurso que pretende obter a reforma das decisões chamadas de interlocutórias. São aquelas decisões que não encerram o processo, mas têm poder em questões pontuais em cada caso. Um exemplo claro é quando, dentro de uma decisão interlocutória, uma das partes pede para usar seu benefício para que tenha acesso à justiça gratuita e o juiz a nega. Desta forma, a parte atingida pode entrar com o Agravo de Instrumento para que o Tribunal de Justiça de seu estado possa intervir no caso para que o juiz em questão conceda o benefício de gratuidade. De acordo com o caput do artigo do Código de Processo Civil (CPC), o agravo de instrumento é cabível: contra decisão interlocutória que possa causar lesão grave e de difícil reparação; ou contra decisão posterior à sentença que inadmita apelação ou negue efeito suspensivo à apelação. De acordo com o Art. 528 do CPC, é o relator do caso, no prazo máximode 15 dias, quem pede dia para o julgamento. Quando o juiz informar que a decisão foi inteiramente reformada, o relator pode considerar prejudicado o agravo (de acordo com o Art. 529 do CPC). Desta forma, é também o relator que, ao receber o recurso do agravo de instrumento, pode atribuir efeito suspensivo do acordo ou mesmo deferir a pretensão recursal. O relator deve comunicar o juiz imediatamente de acordo com os dispostos no Art. 300 do CPC, a saber: “Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.” 15) Em que situação poderá ser interposto o agravo Interno? O art. 1.021 do CPC estabelece que o agravo interno é cabível contra decisão proferida pelo relator. Sua leitura pode, então, gerar a impressão de que este recurso só pode ser empregado como meio destinado a impugnar decisões monocráticas, unipessoais, proferidas pelos relatores. Ao relator incumbe proferir uma série de decisões unipessoais, monocráticas. Algumas delas estão expressamente previstas no CPC, mas também há casos expressos em disposições normativas contidas em outras leis. Outras decisões monocráticas podem ser proferidas pelo relator, porém, não obstante não haja expressa menção a elas em textos legais. 16) É possível o juízo de retratação no agravo de instrumento? Justifique. No caso do agravo de instrumento, não há previsão legal do momento próprio para que o juiz a quo exerça o juízo de retratação. A lei dispõe, tão-somente, que "se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo" (art. 529 do CPC). 17) Comente sobre a regularidade formal do agravo de instrumento verificando todos os artigos. Artigo 1015 - O dispositivo traz o rol de hipóteses em que caberá o agravo de instrumento contra decisões interlocutórias. Trata-se de rol taxativo, a fim de evitar os agravos interpostos somente para procrastinar o feito. Nesse sentido, o CPC adota o princípio da irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias, ou seja, prevalece que as decisões sejam impugnadas através da apelação. Todavia, se a interlocutória puder causar grave dano de difícil reparação ao bem da vida pretendido, que não possa esperar para ser impugnado via preliminar de apelação, o jurisdicionado poderá, dentro das situações previstas na lei, agravar a decisão. Seguindo a mesma sistemática do processo de conhecimento, as decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, processo de execução e processo de inventário, também caberão agravo de instrumento. Artigo 1016 - O preceito trata dos requisites que o agravo de instrumento deverá preencher para que tenha regularidade formal. Neste sentido: “A norma contida no artigo 524, III, do Código de Processo Civil visa permitir que o agravado seja intimado a se defenda. Dessa forma, se o agravante deixar de indiciar o nome e endereço do advogado do litisconsorte passivo, e não do agravado, não pode o judiciário ser tão rigoroso e negar seguimento ao agravo de instrumento”. (STJ, REsp 132964/MA, j, 07.12.2004). Artigo 1017 - Além das razões do inconformismo, o agravante deverá apresentar as peças obrigatórias e facultativas no momento da interposição do agravo. Nesse sentido: “O agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e as essenciais ao exame da questão controvertida. Precedentes do STJ. (STJ, AgRg no Ag 1378855/MA, j. 19.05.2011). “Com efeito, dispõe o artigo 525, I, e II, do CPC sobre a formação do instrumento de agravo previsto no artigo 522, nomeando as peças que seriam obrigatórias e declarando a necessidade também daquelas facultativas, ou seja, as úteis à compreensão da controvérsia de cada caso concreto”. (STJ, AgRg no REsp 1181763/SC, j. 10.08.2010). “A juntada tardia de peça de translado obrigatório não supre a sua exigência, porque operada a preclusão consumativa com o ato da interposição do recurso”. (STJ, AgRg no Ag 453352/SP, J. 03.09.2002). Na falta de qualquer peça, deverá o relator determinar a intimação do agravante para sanar o vício, juntando a peça faltante, sob pena de não conhecimento do recurso. Quando se tratar de autos eletrônicos, as peças dos incisos I e II do caput não ser apresentadas, pois podem ser consultadas facilmente. Caso, o agravante entenda que outros documentos são importantes para a apreciação do agravo poderá juntá-los. Todavia, tratando-se autos físicos, tem o agravante a incumbência de instruir o seu recurso com as peças obrigatórias e facultativas. Artigo 1018 - A finalidade da comprovação da interposição do agravo de instrumento é dar conhecimento ao juiz a quo, para que este exerça o juízo de retratação, caso entenda cabível. Nesse sentido: “O descumprimento do disposto no artigo 526 do CPC não impede o conhecimento do agravo pelo relator. “Primeiro”, porque não há cominação expressa na lei para tal sanção. “Segundo”, porque a finalidade dessa determinação e apenas dar ciência ao juízo “a quo” da interposição do recurso e propiciar a reconsideração”. (STJ, REsp 167115/SC, J. 16.06.1998). Uma vez havendo a comunicação, o juiz de origem poderá manter a decisão ou se retratar, proferindo nova decisão. Quando se tratar de autos físicos, o agravante terá a obrigação de juntar aos autos os comprovantes descritos no caput, no prazo de três dias da interposição do agravo. Sendo autos eletrônicos, a exigência da comunicação é dispensada, pois esta comunicação é feita automaticamente pelo sistema. Artigo 1019 - Logo que recebido o agravo no tribunal, o mesmo será distribuído imediatamente ao relator, que fará o juízo de admissibilidade do recurso antes de tomar as medidas descritas nos incisos. Em regra, o agravo é recebido apenas no efeito devolutivo. Para que haja a aplicação do efeito suspensivo é preciso que o agravante tenha feito o requerimento e que alegue a possibilidade de dano grave, de difícil ou impossível reparação (artigo 995). O relator intimará o agravado na pessoa de seu advogado, para que responda no prazo de 15 dias. Quando for caso de intervenção do Ministério Público, o relator o intimará para que se manifeste após as partes, havendo ou não as contrarrazões. Artigo 1020 - O relator colocará o agravo em pauta de julgamento dentro do prazo de 1 mês, a contar da intimação do agravado para responder. 18) Quais os requisitos, cabimento e efeitos dos Embargos de declaração? Além do prazo, que é de 05 (cinco) dias, segundo determina o art. 535 do CPC, a lei determina que a decisão deve padecer de omissão, contradição, ou obscuridade. A omissão pode ser explicada como a ausência de pronunciamento judicial, por algum lapso, sobre algum ponto que devia ter se pronunciado. A contradição há um defeito no pronunciamento, ou seja, o magistrado manifesta idéias contrárias a respeito da decisão analisada, e dessa forma, a parte irá pedir para que o magistrado explicite qual das posições é a que será assumida. Na obscuridade, por sua vez, o magistrado não deixa claro qual seria a sua posição em relação à questão controvertida. Pela leitura da decisão, ou de algum ponto específico, a parte tem dúvidas a cerca da real posição do magistrado, em virtude de uma manifestação confusa. Assim, através dos Embargos, a parte pede ao magistrado que esclareça o seu posicionamento. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisãojudicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Efeitos devolutivo e interruptivo de prazos recursais: 1. Efeito devolutivo - O primeiro dos efeitos dos embargos de declaração é impedir o trânsito em julgado da decisão embargada. Por um lado, como se verá a seguir, eles interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, eventualmente cabíveis. Por outro, eles reabrem a possibilidade de alguma reapreciação da decisão - ainda que nos estritos limites da função dos embargos declaratórios: (i) esclarecer a decisão, eliminando-lhe obscuridades ou contradições; (ii) integrar a decisão, suprindo-lhe omissões; ou (iii) corrigir erros materiais contidos na decisão. 2. Efeito interruptivo de prazos recursais - Os embargos têm ainda efeito interruptivo do prazo para a interposição de outros recursos eventualmente cabíveis contra a decisão. Uma vez interpostos, interrompem-se os prazos para a interposição dos demais recursos, por qualquer das partes (art. 1.026, caput, segunda parte). Note-se, aqui, que se trata do fenômeno da interrupção: os prazos começam a contar de novo, desde o início, a partir da intimação da decisão dos embargos declaratórios. 19) Discorra sobre o efeito modificativo dos embargos de declaração. Há necessidade nesse caso de contraditório? A discordância que houver será apenas a respeito dos limites de modificabilidade nas decisões com a utilização dos embargos declaratórios, assunto sobre o qual Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery discorreram com profundidade. Para eles os embargos declaratórios podem provocar o efeito modificativo nos seguintes casos: suprimento de omissão, esclarecimento de contradição e correção de erro. Esses juristas entendem que a modificação do julgado normalmente é uma decorrência natural da apreciação dos embargos declaratórios quando em caso de suprimentos de omissão ou eliminação de contradição. A novidade do posicionamento é a possibilidade de os embargos declaratórios corrigirem erro judicial, o que é ainda um ponto polêmico na doutrina. 20) Os embargos de declaração é um recurso de primeiro e segundo grau? Justifique sua resposta. Sim, os embargos de declaração podem ser conceituados como o recurso que visa ao esclarecimento ou à integração de uma decisão judicial. Esta deve ser compreendida como qualquer ato decisório, incluindo-se neste conceito a sentença, o acórdão e a decisão interlocutória. 21) Quais os recursos extremos ou de superposição que temos? São os recursos: Especiais: Também conhecido como REsp, o recurso especial tem por objetivo manter a hegemonia das leis federais e proteger o direito objetivo. É o instrumento processual utilizado para contestar, em face do Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma decisão determinada por um Tribunal Estadual ou um Tribunal Regional Federal. Extraordinários: Também conhecido como REx, o recurso extraordinário tem a função de rebater decisão que contrarie a CF/88. O Supremo Tribunal Federal (STF) é o órgão do Poder Judiciário responsável pelo controle da constitucionalidade, e por resguardar as normas constitucionais e seus princípios fundamentais. 22) Em que situação podemos interpor recurso Especial e Extraordinário? Primeiramente deve-se dizer que o Recurso Especial e o Recurso Extraordinário são recursos são de fundamentação restrita, ou seja, fundamentação inerente apenas à ofensa à matéria constitucional ou à legislação federal. Além disso, a interposição de tais recursos depende de prequestionamento, ou seja, uma alegação levantada anteriormente pela parte recorrente sobre a eventual lesão para que o recurso seja admitido. Esses requisitos diferenciados de admissibilidade reflete a grande preocupação da legislação de forma a evitar o uso incorreto destes recursos, que devem ser tidos como excepcionais. Além disso, o uso indiscriminado destes recursos poderiam sobrecarregar o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal. 23) Quais os pressupostos para admissibilidade dos recursos Especial e extraordinário? Notadamente, o recurso extraordinário e o recurso especial são meios de impugnação excepcionais, com efeito devolutivo estrito, que visam obter a apresentação de uma pauta de conduta à interpretação correta do texto constitucional ou do texto infraconstitucional federal, missão essa exercida com caráter paradigmático pelo STF e STJ. São pressupostos intrínsecos de admissibilidade: o cabimento, a legitimidade recursal, o interesse recursal e a inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer. São pressupostos extrínsecos: tempestividade, preparo, regularidade formal. 24) Quais matérias são tratadas em recurso Especial e Extraordinário? São comuns ao recurso especial e ao recurso extraordinário a necessidade de esgotamento das vias ordinárias e o prequestionamento da matéria. O recurso extraordinário, porém, apresenta um terceiro requisito: a repercussão geral, tratada no art. 102, § 3º, da Constituição e no art. 1.035 do CPC/2015. Os requisitos específicos dos recursos excepcionais, considerando-se aqueles que são comuns aos dois recursos (RE e REsp), defluem do Texto Constitucional (arts. 102, III, e 105, III). 25) Qual o prazo para interposição de Recurso Especial e Extraordinário? De acordo com o artigo 1030 do CPC estabelece que, uma vez interposto o recurso especial e/ou recurso extraordinário, o recorrido deve ser intimado para responder no prazo de 15 dias. 26) Comente sobre o procedimento do recurso Especial e Extraordinário. O procedimento a observar na tramitação do recurso especial é, em regra, o mesmo previsto para o recurso extraordinário, as diferenças surgem no que se refere aos pressupostos particulares da repercussão geral, no caso do extraordinário, e às peculiaridades das causas repetitivas, no âmbito do recurso especial. As petições dos recursos deverão conter: exposição do fato e do direito: deve o recorrente descrever os fatos ocorridos e correlacionar com a norma jurídica; demonstração do cabimento do recurso interposto; neste ponto, deve o recorrente demonstrar que preencheu os requisitos gerais de interposição do recurso (por exemplo: cabimento, tempestividade, preparo, etc.) além da observância dos requisitos especiais (prequestionamento, repercussão geral, etc.). Não é facultativa a demonstração do cabimento, mas obrigatória. As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida: o recorrente deve demonstrar de forma cabal ao tribunal as razões pelas quais acredita que o recurso deva ser provido, de forma a reformar ou invalidar a decisão recorrida. 27) Qual a finalidade os Embargos de Divergência? Fale sobre o processamento do mesmo. O recurso de embargos de divergência foi criado com a finalidade de uniformizar a jurisprudência interna do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. No Superior Tribunal de Justiça, o recurso de embargos de divergência é cabível quando o acórdão de Turma ou de Seção divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, ou seja, de Turma, da Seção ou da Corte Especial. No Supremo Tribunal Federal, os embargos de divergência são cabíveis quando o acórdão divergir do julgamento de Turma ou Plenário. A previsão específica dos embargos de divergência encontra-se nos artigo 1.043 e 1.044 do atual Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015). Os embargos de divergência servem para impugnar decisão colegiada e não cabem embargos de divergência contra decisão singular de Ministro Relator. "Portanto, pode-se concluir que os embargos de divergência não são cabíveis contra decisão monocrática. Por conseguinte, o recurso de embargos de divergência apenas encontra cabimento para impugnar as manifestações colegiadas”. 28) O que vem aser afetação? Pesquise. Afetação é “a decisão proferida pelo relator que, feita a seleção dos recursos paradigmas e preenchidos os demais requisitos do art. 1.036, caput, do CPC, identificará com precisão a questão jurídica a ser submetida a julgamento, determinando a suspensão do todos os processos que versem sobre a mesma questão, coletivos ou individuais, que tramitem em território nacional” (GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios). Em caso de conflito entre mais de uma afetação, será prevento o relator que primeiro tiver proferido a decisão a que identificar com precisão a questão a ser submetida a julgamento. O procedimento de afetação dará a devida publicidade à questão jurídica a ser decidida pelo STJ e acarretará a suspensão de todos os processos que possuírem a mesma questão jurídica no país. A partir da afetação do recurso, será consignado um número sequencial de tema da questão jurídica, que poderá ser facilmente consultado na página do STJ na internet. 29) Quando é cabível recurso Especial E Extraordinário? As hipóteses de cabimento do recurso especial e do recurso extraordinário estão previstas na Constituição Federal, nos artigos 102 (recurso extraordinário) e 105 (recurso especial). O recurso extraordinário tem como objeto questões de direito constitucional, enquanto que o recurso especial se volta para análise de questões de direito infraconstitucional Federal. Caso venha a ser admitido, o recurso especial é julgado pelo Superior Tribunal de Justiça; enquanto que o julgamento do recurso extraordinário, após ser admitido, compete ao Supremo Tribunal Federal. O artigo 1.029 do CPC/15 deixa claro que os referidos recursos devem ser interpostos em petições distintas perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, demonstrando-se: (i) a exposição dos fatos e das razões de direito; (ii) a demonstração do cabimento do recurso interposto; (iii) as razões de reforma ou de anulação da decisão recorrida. 30) Comente sobre o processamento do Recurso Ordinário Constitucional. Fundamentação: Artigos 102, inciso II, alínea "a"; e 105, inciso II, alíneas "a" e "b", da CF e artigos 30 a 35, da Lei nº 8.038/90. É o recurso cabível contra decisão denegatória de habeas corpus ou mandado de segurança, proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior. Portanto, pode ser interposto perante o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. A interposição do recurso deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão denegatória. As razões recursais deverão estar anexadas à petição de interposição, devendo ser dirigidas ao STF ou STJ, conforme o caso. 31) O que vem a ser prequestionamento e repercussão geral no recurso Extraordinário? Pesquise. No do prequestionamento da matéria constitucional, o recorrente deve arguir a controvérsia constitucional em todas as instâncias, de forma que a matéria já tenha sido discutida pelos demais órgãos jurisdicionais antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal. O recorrente demonstre no recurso extraordinário a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. Esse requisito da demonstração da repercussão geral dos recursos extraordinários visa selecionar os recursos que realmente tenham uma importância para toda a sociedade e, não apenas, ao caso individual. 01) Quais os pressupostos de admissibilidade do recurso de apelação? Redigir um pequeno texto, sobre esse recurso. 02) Existe preparo no recurso adesivo? Justifique sua resposta. 03) Comente sobre o processamento do recurso adesivo. 04) Dê o conceito de recurso de apelação, verificando o pedido de reapreciação das decisões interlocutórias, em que não cabe recurso. (extinto agravo retido). 05) O rol constante do artigo 1015, é considerado taxativo? Justifique sua resposta. 06) Enumere os requisitos de admissibilidade do recurso de apelação. Pesquise. 07) Quais os efeitos para o recurso de apelação? Existem exceções? 08) Há possibilidade de inovar no recurso de apelação? Justifique sua resposta. 09) Como se dá o processamento da apelação em primeira instância? E em segunda instância. Relate. 10) Comente sobre o art. 942 do código de processo civil. Faça um pequeno texto explicativo. 11) Comente sobre o processamento do recurso de apelação em caso de Improcedência de plano. 285 A. 12) Quando é possível o cabimento do agravo de instrumento? 13) Analise as situações previstas no art. 1015 do CPC. 14) Redija um pequeno texto sobre processamento do recurso de Agravo de Instrumento. 15) Em que situação poderá ser interposto o agravo Interno? 16) É possível o juízo de retratação no agravo de instrumento? Justifique. 17) Comente sobre a regularidade formal do agravo de instrumento verificando todos os artigos. 18) Quais os requisitos, cabimento e efeitos dos Embargos de declaração? 19) Discorra sobre o efeito modificativo dos embargos de declaração. Há necessidade nesse caso de contraditório? 20) Os embargos de declaração é um recurso de primeiro e segundo grau? Justifique sua resposta. 21) Quais os recursos extremos ou de superposição que temos? 22) Em que situação podemos interpor recurso Especial e Extraordinário? 23) Quais os pressupostos para admissibilidade dos recursos Especial e extraordinário? 24) Quais matérias são tratadas em recurso Especial e Extraordinário? 25) Qual o prazo para interposição de Recurso Especial e Extraordinário? 26) Comente sobre o procedimento do recurso Especial e Extraordinário. 27) Qual a finalidade os Embargos de Divergência? Fale sobre o processamento do mesmo. 28) O que vem a ser afetação? Pesquise. 29) Quando é cabível recurso Especial E Extraordinário? 30) Comente sobre o processamento do Recurso Ordinário Constitucional. 31) O que vem a ser prequestionamento e repercussão geral no recurso Extraordinário? Pesquise.
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