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1 Do Crime Militar Bloco – V DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online DO CRIME MILITAR BLOCO – V Direto do concurso 1. (DPU/ DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/ 2007) “Compete à justiça militar da União processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por mili- tar do Exército Brasileiro contra civil, estando aquele em atividade inerente às funções institucionais das Forças Armadas.” Comentário É da Justiça Militar da União a competência para processar e julgar crime doloso contra a vida, praticado por militar do Exército Brasileiro, pois a Constituição Federal não foi alterada nesse sentido. Teorias do dolo no Código Penal Militar Art. 33. Diz–se o crime: Tipo doloso I – doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi–lo; São duas as teorias do dolo: 1 – Teoria da Vontade: quando o agente pratica o ato em busca do resultado. 2 – Teoria do Assentimento ou Consentimento: quando o agente assume o risco desse resultado. Tipo culposo II – culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou dili- gência ordinária, ou especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever ou, prevendo–o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá–lo 2 Do Crime Militar Bloco – V DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online O tipo culposo ocorre quando o indivíduo atua por negligência, imprudência ou imperícia, de maneira que essas formas de ação conduzem a culpa na pro- dução dos resultados. Princípio da Excepcionalidade do Crime Culposo Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. O crime é culposo se previsto no Código Penal Militar (CPM) e estiver ali, expressamente, estabelecido como tal porque, a rigor, os crimes possuem a modalidade dolosa. Direto do concurso 2. (DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/ 2007) “O CPM assim como o CP, não tipifica o crime de dano culposo” Comentário O Código Penal comum não aceita a modalidade culposa para o crime de dano, mas o CPM, no artigo 266, municia a modalidade culposa do crime de dano. Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena é de detenção de seis meses a dois anos; ou, se o agente é oficial, suspensão do exercício do posto de um a três anos, ou reforma; se resulta lesão corporal ou morte, aplica–se também a pena cominada ao crime culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma. 3. Levando em consideração apenas os dispositivos contidos no artigo 9º do Código Penal Militar, Dec. 1001/69–CPM, no seu aspecto meramente formal, sem qualquer interferência de posicionamentos doutrinários e jurispruden- ciais, analise as afirmativas abaixo e marque “V”, para as verdadeiras e “F”, para as falsas: 3 Do Crime Militar Bloco – V DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online ( ) O crime de homicídio culposo contra civil, praticado por militar estadual em serviço, será considerado crime militar. ( ) O crime de homicídio doloso contra civil, praticado por militar estadual em serviço, será da competência da justiça comum. ( ) O crime de homicídio doloso contra militar estadual, praticado por militar estadual em serviço, será considerado crime comum. ( ) O crime de homicídio culposo contra militar estadual, praticado por mili- tar estadual em seu período de folga, descanso ou repouso, será con- siderado crime comum. Marque a alternativa que contem a sequência de respostas CORRETAS, na ordem de cima para baixo. a. ( ) F, V, V, F. b. ( ) V, V, F, F. c. ( ) V, F, F, V. d. ( ) F, F, V, V. Comentário O homicídio culposo praticado por militar estadual, policial ou bombeiro militar, contra um civil, é considerado crime militar. O crime doloso é julgado pelo Tribunal de Júri. O julgamento de homicídio doloso praticado por militar estadual em serviço é da competência da Justiça comum, do Tribunal do Júri, de acordo a Emenda Constitucional 45/2004. O crime de homicídio doloso contra militar estadual e praticado por militar estadual em serviço, de acordo com o artigo 9º, inciso II, alínea “a” do COM, é considerado crime militar. Relação de Causalidade Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera–se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 4 Do Crime Militar Bloco – V DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TA Ç Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online O CPM adota a teoria da conditio sine qua non ou Equivalência dos Antece- dentes Causais. Causa é tudo aquilo que contribui para a produção do resultado, nos termos do artigo 29, parágrafo 1º, do COM: § 1º A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Os fatos anteriores, imputam–se, entretan- to, a quem os praticou. Iter Criminis ou o Caminho do Crime Fases: 1ª – Cogitação (cogitatio): 2ª – Preparação (conatus remotus) 3ª – Execução (conatus proximus) 4ª – Consumação (summatum opus) 5ª – Exaurimento Na fase da Cogitação para a pratica de um crime militar, o Direito Penal Mili- tar (DPM) não estabelece punição. É a fase da ideação. Teoria adotada pelo CPM: Objetivo-formal Essa teoria determina que o ato executório é aquele último ato necessário antes do inicio da execução do crime, por exemplo, o momento em que se puxa o gatilho da pistola, sendo que o momento em que se aponta essa mesma pis- tola não se constitui em ato executório. Quanto à fase executória do crime, ela é considerada no espaço entre a preparação e a execução, sendo que na fase da execução certamente incide o CPM, pois acontece o crime. Tentativa Art. 30. Diz–se o crime II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 5 Do Crime Militar Bloco – V DIREITO PENAL MILITAR www.grancursosonline.com.br AN O TAÇ Õ ES Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online Pena de tentativa Parágrafo único. Pune–se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminu- ída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. Na tentativa de crime, após iniciada a execução, o crime não ocorre por cir- cunstâncias alheias à vontade do agente, por exemplo, a vítima leva um tiro é socorrida e sobrevive. GABARITO 1. C 2. E 3. b ��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor João Paulo Ladeira.
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