Aula 03 Aplicação da Lei Penal Militar II

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Aplicação da Lei Penal Militar – II
DIREITO PENAL MILITAR
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR – II
Tempo do Crime (Teoria da Atividade)
Quando o crime ocorreu? 
Na prática do fato, na prática da ação ou da omissão, ou no momento do resul-
tado?
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o do resultado.
Há três teorias que dividem esse assunto:
• Teoria da Ubiquidade;
• Teoria da Atividade (ou da ação);
• Teoria do Resultado (ou do evento).
O Código Penal Militar, assim como o Código Penal comum, adota a Teoria 
da Atividade, que considera praticado o fato no momento da conduta, seja por 
ação ou por omissão.
Exemplo: indivíduo com 17 anos, 11 meses e 29 dias, adolescente, ainda não 
completou a maioridade penal (18 anos), efetua três disparos contra a vítima, 
que vai ao chão e é socorrida em seguida, levada para o hospital, permanece em 
recuperação por dois meses e vem à óbito.
Para o CPM, não houve crime, pois ele adota a Teoria da Atividade: con-
sidera-se praticado o crime no momento da ação e não no momento do 
resultado. No momento da conduta, havia um indivíduo com 17 anos, 11 meses 
e 29 dias, inimputável penalmente. Ele não permanecerá impune, pois o Esta-
tuto da Criança e do Adolescente trará as consequências jurídicas para esse 
fato praticado.
Ele não cometeu crime, e sim um ato infracional, análogo ao crime militar de 
homicídio, e sofrerá a reprimenda prevista no ECA. 
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Atenção!
O adolescente não cometeu crime, pois o artigo 5º do CPM considera 
praticado crime no momento da conduta e não no momento do resultado. 
Por ser um adolescente no momento da conduta, trata-se de um fato que 
não tem natureza penal.
A expressão “de menor” NÃO deve ser utilizada!
Direto do concurso
2. (STM/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ 2011): Em relação ao tempo do crime, o Có-
digo Penal Militar adotou a teoria da atividade.
3. (DPU/ DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL/ 2010) Diversamente do direito pe-
nal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao consi-
derar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente 
quanto o momento em que se produziu o resultado.
Comentário
No que tange ao tempo do crime, o Código Penal comum adota a mesma 
teoria do Direito Penal Militar.
Lugar do Crime
Em relação ao Lugar do Crime, o CPM adota teoria diferente do Código Penal 
comum.
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade 
criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como 
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato 
considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.
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O artigo 6º do CPM adota um sistema misto, duas teorias:
• Teoria da Ubiquidade (mista): adotada em relação aos crimes comissi-
vos, cometidos por ação.
Primeira parte do artigo 6º: Considera-se praticado o fato, no lugar em que se 
desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob 
forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado.
• Teoria da atividade: adotada em relação aos crimes omissivos.
Segunda parte do artigo 6º: Nos crimes omissivos, o fato considera-se 
praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida.
Sistema misto
CRIMES COMISSIVOS TEORIA DA UBIQUIDADE
CRIMES OMISSIVOS TEORIA DA ATIVIDADE
Direto do concurso
4. (MPE /ES/ 2010) No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubi-
quidade para os crimes comissivos e omissivos, do mesmo modo que o CP. 
Comentário
É importante observar o que a questão pede, para não confundir a teoria 
adotada: se é em relação ao tempo do crime, ao lugar do crime, ou às pessoas.
A Teoria da Ubiquidade é adotada para os crimes comissivos, mas não é 
adotada para os crimes omissivos (Teoria da Atividade).
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Lei Penal no Espaço
O CPM se aplica tanto território nacional quanto fora dele. 
Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e re-
gras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território 
nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado 
ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira.
GABARITO
2. C
3. E
4. E
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor João Paulo Ladeira.