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Apostila pratica 3 Bruna.pdf

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APOSTILA 
PEÇAS PENAIS 
 
 
I – NOÇÕES GERAIS 
 
1. PEÇAS COBRADAS NAS ÚLTIMAS PROVAS 
XXI EXAME DA ORDEM – RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
XX EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
* XX REAPLICAÇÃO PORTO VELHO – ALEGAÇÕES FINAIS 
XIX EXAME DE ORDEM – CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO 
XVIII EXAME DA ORDEM -APELAÇÃO 
XVII EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
XVI EXAME DA ORDEM – AGRAVO EM EXECUÇÃO 
XV EXAME DA ORDEM – QUEIXA-CRIME 
XIV EXAME DA ORDEM – ALEGAÇÕES FINAIS 
XIII EXAME DA ORDEM – APELAÇÃO 
XII EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
XI EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
X EXAME DE ORDEM – REVISÃO CRIMINAL 
IX EXAME DE ORDEM - ALEGAÇÕES 
VIII EXAME DE ORDEM – RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
VII EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
VI EXAME DE ORDEM - RELAXAMENTO 
V EXAME DE ORDEM - APELAÇÃO 
IV EXAME DE ORDEM – APELAÇÃO 
III EXAME DA ORDEM – RESE 
II EXAME DA ORDEM – REPOSTA A ACUSAÇÃO 
I – QUEIXA-CRIME 
 
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação 
privada. 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa 
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar 
do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo 
quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente 
requeridas no juízo criminal. 
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada 
no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiála e oferecer denúncia 
substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor 
recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte 
principal. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: ART. 30, 41 e 44 do CPP e Art. 100,§2º, CP Procuração com poderes 
especiais – art. 44, CPP 
* QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA - Fundamentação: Artigo 5º, Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do 
CP e Art. 29 e 41 do CPP. 
 2. PRAZO 6 meses – conhecimento da autoria do crime - decadencial *subsidiária: 6 meses do término 
do prazo do MP 
3. MOMENTO PROCESSUAL Início da ação penal, cabe: - Nos crimes de ação penal privada - Nos 
crimes de ação penal pública, diante da inércia do MP 
4. ENDEREÇAMENTO Perante o juiz competente para o crime. 
5. FINALIDADE - narração do fato criminoso e qualificação do querelado; 
-classificação do crime; - rol de testemunhas. Pedido: recebimento da ação; citação; condenação e 
notificação das testemunhas. 
 
6. ESTRUTURA 
 
 
 
 
* EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____ 
ENDEREÇAMENTO* 
•NOME DA PEÇA 
 
•CABEÇALHO** 
• NOME DO QUERELANTE, nacionalidade, 
estado civil, profissão, endereço completo, 
RG NºXXX, CPF Nº XXX, vem, a presença de 
Vossa Excelência, por intermédio de seu 
procurador judicial (pocuração com poderes 
especial anexa), OFERECER QUEIXA-CRIME, 
com fundamento legal no artigo 100, §2º do 
Código Penal e nos artigos 30, 41 e 44 do 
Código de Processo Penal, em face de 
NOME DO QUERELADO, qualificação civil 
completa, pela prática do fato criminoso a 
seguir narrado. 
 Breve RELATO DOS FATOS 
- narração do fato 
criminoso (No dia xx, o 
querelado...) 
 
Classificação do crime 
(Ocorre que a conduta do 
querelado configura crime 
de xxx) 
 PEDIDO*** 
Diante do exposto, pugna o 
querelante pelo recebimento da 
presente inicial incriminatória 
proceden-se em seguida a citação do 
querelado, para que este ao final da 
instrução probatória seja condenado 
com o incurso nas sanções do artigo 
xxx do Código Penal. Ademais, requer 
a fixação do valor mínimo de 
indenização, conforme o artigo 387, 
IV, CPP. 
• Nestes termos, pede deferimento. 
• Local e data 
• Assinatura do advogado*** 
 
• ROL DE TESTTEMUNHAS. 
EXCELENTÍSSIMO SR. JUIZ DE DIREITO DA ___ UNIDADE DO JUIZADOS ESPECIAIS 
CRIMINAIS DA COMARCA ___ 
** QUEIXA-CRIME SUBSIDIÁRIA 
Fundamentação: Artigo 5º, Inciso LIX da CRFB, Art. 100, §3º do CP e Art. 29 e 41 do CPP. 
Após o cabeçalho: “Cuida-se de crime descrito no artigo xxx do Código Penal, o qual comporta Ação 
Penal Pública Incondicionada (Condicionada), de titularidade do Ministério Público, apesar disso, 
verificada a inércia do “parquet” surge para o querelante o direito de oferecer queixa-crime subsidiária.” 
*** NO caso do Juizados especiais, acrescentar o pedido da designação da audiência preliminar. 
**** NÃO ASSINAR. Não identificar a peça. 
 
PROVA 
(XV.OAB) Enrico, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma 
das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, 
parentes e colegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos 
profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. 
No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite 
com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do 
Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, 
publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. 
 Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está 
adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu 
computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na 
rede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico. 
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: 
“não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem 
vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua 
reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele 
cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a 
empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”. 
Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, 
recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil 
pessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, 
que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o 
constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser 
realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos 
Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da 
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco 
meses da data dos fatos, Enrico procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na 
qualidade de advogado de Enrico, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio 
de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. 
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto 
acima, redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para 
tanto, as teses jurídicaspertinentes. (Valor: 5,00 pontos) 
 A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à 
pretensão. 
 
II – RESPOSTA A ACUSAÇÃO 
 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, 
se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à 
acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (...) 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse 
à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e 
arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (...) 
 
Art. 406. O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para 
responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. § 1o O prazo previsto no 
caput deste artigo será contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do 
comparecimento, em juízo, do acusado ou de defensor constituído, no caso de citação 
inválida ou por edital. § 2o A acusação deverá arrolar testemunhas, até o máximo de 8 
(oito), na denúncia ou na queixa. § 3o Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e 
alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as 
provas pretendidas e arrolar testemunhas, até o máximo de 8 (oito), qualificando-as e 
requerendo sua intimação, quando necessário. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
- ART. 396, CPP; ART. 396-A, CPP (PEÇA OBRIGATÓRIA) 
*Art. 406, §3º 
2. PRAZO 
- 10 DIAS – exclui o dia do começo e inclui o início; 
- a partir da citação e não da juntada do mandado – Súmula 710, STF1 - por edital conta-se do 
comparecimento do acusado ou defensor (art. 396, CPP). 
 
3. MOMENTO PROCESSUAL 
- CITAÇÃO  Após recebida a denúncia ou queixa; 
* “SÚMULA 523 - NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE 
ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA 
O RÉU.” 
 
1 S. 710, STF – “No processo penal, contam-se os prazos para a data da intimação e não da juntada aos autos do 
mandado ou da carta precatória ou de ordem.”. 
- procedimentos ordinários e sumários (INCLUI O JÚRI); 
* No JECRIM, a resposta chama-se defesa preliminar e trata-se de peça não obrigatória, pode ser 
oferecida na forma oral ou escrita, na audiência de instrução e julgamento, objetiva a rejeição da denúncia 
ou queixa e a introdução de matéria técnica. (LEMBRE-SE QUE CABE APELAÇÃO PELA REJEIÇÃO 
DA INCIAL). E tem fundamento legal no artigo 81 da Lei 9.099/95 e não no artigo 396,CPP.
2
 
4. FINALIDADE 
I. Arguir questões prejudiciais (art. 92 e 93, CPP); preliminares (art. 95, CPP – autos apartados – 
instrumento autônomo) – momento das nulidades (art. 564,CPP – pedido de anulação); 
* Na prática, os autos da exceção devem vir em apartado, todavia na elaboração deve-se incluir antes das 
preliminares. 
II. Introduzir a defesa técnica – todavia limitar as hipóteses do art. 397, CPP – absolvição sumária – 
aprofundar as teses defensivas nas alegações finais; 
* A absolvição sumária do artigo 397 por depender apenas dos elementos de informação (provas 
inquisitoriais) do IP e dos documentos acostados na defesa inicial é opção pouco utilizada pelo juiz, pois 
ele é feita antes da instrução da ação penal. Lembre-se que esta absolvição sumária é distinta da prevista 
no artigo 415,CPP realizada no Júri e feita após a instrução. 
* Fundamento da absolvição sumária: 
 INCISO I – excludente de ilicitude (art. 23, CP – legítima defesa; estado de necessidade; exercício 
regular do direito e estrito cumprimento do dever legal); 
INCISO II – excludente de culpabilidade (doença mental, coação moral irresistível, por ex. – salvo a 
inimputabilidade
3
); 
INCISO III – o fato não constitui crime (fato atípico); 
INCISO IV – extinta a punibilidade (art. 107, CP – prescrição, decadência, perdão judicial, por ex. – 
tecnicamente é uma declaração de extinção de punibilidade – aqui temos um erro do legislador, pois 
prescrição por ex. gera declaração de extinção de punib. e não absolvição) 
III. Juntar documentos, requerer diligências e arrolar testemunhas. 
8 testemunhas – proc. ordinário / 5 testemunhas – proc. sumário 
IV. Pedido de rejeição da denúncia – apesar de questionável – em informativo (2013 - abaixo4) recente 
do 
STJ conclui que é admissível o pedido do não recebimento da inicial acusatória na resposta acusação. 
OBS.: Desclassificação: o STJ tem aceito que o magistrado altere a classificação do crime no momento 
do recebimento da denúncia. Portanto, é possível, em resposta, pedir a desclassificação de um crime para 
outro – por exemplo, de homicídio para lesão corporal. 
 
6. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
 
2 Enunciado nº 108 – O artigo 396 do CPP não se aplica ao Juizado Especial Criminal regido por lei especial (Lei nº 
9.099/95) que estabelece regra própria”. (XXV FONAJE) 
3 O art. 397 faz ressalva em relação ao inimputável, e a razão é a seguinte: caso o réu seja, por exemplo, 
esquizofrênico, a ponto de não ter discernimento do que fez, o juiz o absolverá (absolvição imprópria). No entanto, 
ele será submetido a medida de segurança. Para que se conclua pela inimputabilidade, é necessário o prosseguimento 
da ação para o julgamento do respectivo incidente (veja o art. 149 do CPP). Por esse motivo, não é possível absolvê-
lo sumariamente, com imposição de medida de segurança, com fundamento em inimputabilidade 
6.1 DEFESA PRÉVIA DA LEI DE DROGAS 
- Art. 55 da Lei 11.343/06 – peça obrigatória apresentada após o oferecimento da denúncia, prazo de 10 
dias, antes do recebimento da denúncia. Não há ação penal ainda, pois o juiz ainda não recebeu a inicial, 
por isso que não se pede absolvição neste momento. 
OBJETIVO: rejeição da inicial acusatória – art. 395,CPP 
Art.55 . Oferecida a denúncia, o juiz ordenará a notificação do acusado para oferecer defesa 
prévia, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
 
- Tese de defesa: art. 395, CPP - PEDIDOS: carência da ação; inépcia da exordial; meios de prova (rol de 
testemunhas) e exceções. (defesa formal) 
DENÚNCIA  NOTIFICAÇÃO  DEFESA PRÉVIA (10 DIAS) – RECEB. OU REJEIÇÃO DA 
DENÚNICA. 
OBS¹: defesa preliminar dos crimes funcionais – art. 514 do CPP, e só é aplicável na hipótese de crime 
funcional – delito praticado por funcionário público contra a administração pública (CP, arts. 312/326). 
Como ela deve ser oferecida antes do recebimento da petição inicial, não há como pedir a absolvição do 
cliente, pois não há ação penal em trâmite. Nela, você estará limitado a demonstrar ao juiz que a denúncia 
oferecida pelo MP não merece ser recebida, com fundamento no art. 395 do CPP. “Art. 395. A denúncia 
ou queixa será rejeitada quando: I – for manifestamente inepta; II – faltar pressuposto processual ou 
condição para o exercício da ação penal; ou III – faltar justa causa para o exercício da ação penal.”. 
Exemplo: o MP ofereceu denúncia quando já prescrito o crime (falta de justa causa). Mas, nesse caso, o 
correto não seria pedir a declaração da extinção da punibilidade? Se estivéssemos na fase processual, sim. 
Mas, na peça em estudo, só poderá existir uma decisão favorável: o não recebimento da inicial. É o que 
deve ser pedido. Na prática: o problema descreverá a prática de um crime funcional e dirá que o MP 
OFERECEU a denúncia contra o seu cliente. Como ainda não há ação penal, o enunciado dirá que o 
acusado foi NOTIFICADO, e não CITADO. 
 
6.2 DEFESA PRELIMINAR DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO (ou resposta por escrito) 
- Art.514, CPP – peça apresentada após o oferecimento da denúncia, no prazo de 15 dias, mas antes do 
recebimento da denúncia, NOS CRIMES AFIANÇAVEIS. 
Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz 
mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do 
prazo de quinze dias. 
 - Súmula 330, STJ – “é desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de 
Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial”. DIVERGÊNCIA SOBRE SUA 
NULIDADE ABSOLUTA OU RELATIVA. 
DENÚNCIA (BASEADO EM PROC. ADMIN.)  NOTIF.  DEFESA PRELIMINAR (15 DIAS) 
OBS²: Defesa Prévia de Lei de Drogas: há quem sustente que esta peça foi revogada com a reforma do 
CPP. Prevista no art. 55 da Lei 11.343/06, ela é semelhante à defesa preliminar dos crimes funcionais: é 
oferecida antes do recebimento da inicial. Portanto, as teses também estão limitadas ao art. 395 do CPP, e 
o seu pedido será um só: o não recebimento da inicial. Não há como falar em absolvição, pois não há ação 
penal em trâmite. Tanto na defesa preliminar quanto na defesa prévia, o enunciado trará uma situação em 
que houve o OFERECIMENTO da denúncia, mas não o recebimento. A defesa prévia da Lei de Drogas 
só é cabível no caso de acusação por tráfico de drogas. Na prática: veja os comentários à defesa 
preliminar dos crimes funcionais. 
 
7. ESTRUTURA DA PEÇA 
 
 
PROVA 
 
(XXI.OAB) Gabriela, nascida em 28/04/1990, terminou relacionamento amoroso com Patrick, não mais 
suportando as agressões físicas sofridas, sendo expulsa do imóvel em que residia com o companheiro em 
comunidade carente na cidade de Fortaleza, Ceará, juntamente com o filho do casal de apenas 02 anos. 
Sem ter familiares no Estado e nem outros conhecidos, passou a pernoitar com o filho em igrejas e outros 
locais de acesso público, alimentando-se a partir de ajudas recebidas de desconhecidos. Nessa época, 
Gabriela fez amizade com Maria, outra mulher em situação de rua que frequentava os mesmos espaços 
que ela. No dia 24 de dezembro de 2010, não mais aguentando a situação e vendo o filho chorar e ficar 
doente em razão da ausência de alimentação, após não conseguir emprego ou ajuda, Gabriela decidiu 
ingressar em um grande supermercado da região, onde escondeu na roupa dois pacotes de macarrão, cujo 
valor totalizava R$18,00 (dezoito reais). Ocorre que a conduta de Gabriela foi percebida pelo fiscal de 
segurança, que a abordou no momento em que ela deixava o estabelecimento comercial sem pagar pelos 
bens, e apreendeu os dois produtos escondidos. Em sede policial, Gabriela confirmou os fatos, reiterando 
a ausência de recursos financeiros e a situação de fome e risco físico de seu filho. Juntado à Folha de 
Antecedentes Criminais sem outras anotações, o laudo de avaliação dos bens subtraídos confirmando o 
ENDEREÇAMENTO* 
•NOME DA PEÇA 
 
•CABEÇALHO** 
• NOME DO ACUSADO, já qualificado 
nos autos, vem por intermédio de seu 
procurador judicial (pocuração com 
poderes especial anexa), a presença de 
Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À 
ACUSAÇÃO, com fundamento legal nos 
artigos 396 e 396-A do Código de 
Processo Penal, pelos motivos a seguir 
expostos. 
 
• DOS FATOS 
•Breve RELATO DOS FATOS - narração 
do fato criminoso (No dia xx, o ...) 
 
DAS EXCEÇÕES 
(PRELIMINARES) 
DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA 
OU DA QUEIXA-CRIME 
DO DIREITO 
ART. 397, CPP 
 PEDIDO 
Diante do exposto, requer inicialmente 
a rejeição da exordial inicial em vista 
artigo 395 do CPP; que seja declarada a 
nulidade ab initio, com fulcro no artigo 
564 do CPP, ao final a ABSOLVIÇÃO 
SUMÁRIA do artigo 397, inciso ... do 
CPP, em face ... Não sendo este o seu 
entendimento, pleiteia-se ... Ademais, 
requer a fixação da pena no mínimo e 
a notificação das testemunhas 
arroladas. 
Nestes termos, pede deferimento. 
• Local e data 
• Assinatura do advogado 
 
• ROL DE TESTTEMUNHAS. 
valor, e ouvidos os envolvidos, inclusive o fiscal de segurança e o gerente do supermercado, o auto de 
prisão em flagrante e o inquérito policial foram encaminhados ao Ministério Público, que ofereceu 
denúncia em face de Gabriela pela prática do crime do Art. 155, caput, c/c Art. 14, inciso II, ambos do 
Código Penal, além de ter opinado pela liberdade da acusada. O magistrado em atuação perante o juízo 
competente, no dia 18 de janeiro de 2011, recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público, 
concedeu liberdade provisória à acusada, deixando de converter o flagrante em preventiva, e determinou 
que fosse realizada a citação da denunciada. Contudo, foi concedida a liberdade para Gabriela antes de 
sua citação e, como ela não tinha endereço fixo, não foi localizada para ser citada. No ano de 2015, 
Gabriela consegue um emprego e fica em melhores condições. Em razão disso, procura um advogado, 
esclarecendo que nada sabe sobre o prosseguimento da ação penal a que respondia. Disse, ainda, que 
Maria, hoje residente na rua X, na época dos fatos também era moradora de rua e tinha conhecimento de 
suas dificuldades. Diante disso, em 16 de março de 2015, segunda-feira, sendo terça-feira dia útil em todo 
o país, Gabriela e o advogado compareceram ao cartório, onde são informados que o processo estava em 
seu regular prosseguimento desde 2011, sem qualquer suspensão, esperando a localização de Gabriela 
para citação. Naquele mesmo momento, Gabriela foi citada, assim como intimada, junto ao seu 
advogado, para apresentação da medida cabível. Cabe destacar que a ré, acompanhada de seu patrono, já 
manifestou desinteresse em aceitar a proposta de suspensão condicional do processo oferecida pelo 
Ministério Público. 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade de advogado(a) de Gabriela, a peça jurídica 
cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito material e processual 
pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo. (Valor: 5,00) 
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à 
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 
III – ALEGAÇÕES FINAIS 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas 
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, 
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será 
individual. 
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 
(dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, 
conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de 
memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da 
parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. Parágrafo único. Realizada, em 
seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) 
dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a 
sentença. 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ART. 403, §3º, CPP 
 Haverá memoriais (peça escrita) – quando tratar-se de caso complexo ou em virtude do número de 
acusados. Ou no caso de terem sido requeridas novas diligências. Ou ter sido o interrogatório realizado 
por meio de carta precatória. 
 * no caso de ter sido transformado os debates orais por memoriais sem as circunstânciascabíveis – cabe 
correição parcial (error in procedendo) 
 
2. PRAZO Orais – 20 mim Memoriais: 5 dias 
 3. MOMENTO PROCESSUAL FIM DA INSTRUÇÃO PENAL - AO FINAL DA AUDIÊNCIA UMA 
DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Em regra, serão apresentadas oralmente. Serão apresentados 
memoriais (escrito) no caso: 
a) A critério do juiz - complexidade do caso; 
b) A critério do juiz - número de acusados; 
c) Ordenada nova diligência. 
* No procedimento sumário não há previsão legal da substituição das alegações orais pelos memoriais. 
Todavia, a praxe forense é de que em havendo acordo na substituição dos debates orais por memoriais, 
estes poderão ser apresentados. * No tribunal do Júri, as alegações serão orais e não gera nulidade sua 
ausência, pois poderá ser estratégia da defesa. Mas na prática, dada a complexidade 
 Súmula 523, STJ – “No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua 
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.”. 
 
4. FINALIDADE 
 # PEDIDOS para a DEFESA: 
1º ABSOLVIÇÃO (art. 386,CPP)* 
 2º PEDIDOS ALTERNATIVOS (no caso do pedido principal não ser acolhido) 
** Preliminares: No procedimento ordinário, deve-se arguir as eventuais nulidades (art. 564 e art. 571,II, 
CPP) – não gera a absolvição, mas a anulação do ato viciado. A extinção de punibilidade (art. 107, CP) 
também deve ser arguida como preliminar, pois se trata de sentença declaratória e não absolutória, por 
isso pede-se a “declaração” e não “absolvição”. 
* Absolvição (art. 386, CPP): 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que 
reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 
22, 23, 26 e §1º do art. 28, todos do Código Penal, ou mesmo se houver fundada dúvida 
sobre sua existência; 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
Hipóteses: 
a) Inexistência do fato ou não haver prova da existência do fato (I e II); 
b) Não constituir o fato infração penal (III) – fato atípico; c) Ausência de prova da participação/autoria do 
acusado ou dúvida na sua participação (IV e V); 
d) Excludentes de ilicitude, de culpabilidade e causas de isenção ou dúvida sobre a sua existência (VI) - 
dúvida; 
e) Não existir provas suficientes para a condenação – trata-se de uma cláusula genérica. * Absolvição 
Sumária no Júri 
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: 
I – provada a inexistência do fato; (materialidade) 
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; (autoria) 
III – o fato não constituir infração penal; 
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime. 
 
DENUNCIA – CITAÇÃO – RESPOSTA A ACUSAÇÃO – AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E 
JULGAMENTO (DEBATES/MEMORIAIS) – SENTENÇA DE PRONUNCIA 
 
Objetivo dos memoriais no Júri: evitar que o juiz pronuncie o acusado – evitar que chegue a segunda a 
fase – o julgamento perante o Conselho de Segurança: 
a) Demonstrar que não materialidade ou autoria – resultado: impronúncia; 
 b) Desclassificar para outro crime, que não seja de competência do Júri; 
c) Absolver sumariamente, nos termos do art. 415, CPP (≠ Art. 397, CPP) 
** Pedidos alternativos – geralmente pede-se para enquadrar em um tipo penal mais brando, também se 
requere: 
a) Afastamento de agravante; 
b) Afastamento de qualificadora ou causa de aumento; 
c) Aplicação da pena no mínimo, com base no artigo 59,CP. 
d) Pedido de concessão de benefício, como a substituição para pena privativa de liberdade por restritiva 
de direito, outro regime que não o fechado; 
 
# PEDIDOS para a ACUSAÇÃO: (ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO) 
1º Não restou provada a materialidade do crime ou autoria do réu: pede a ABSOLVIÇÃO. 
2º Provada a materialidade do crime e autoria do réu: CONDENAÇÃO (Deve demonstrar a adequação da 
conduta do réu com o tipo penal – bem como as agravantes e atenuantes; causas de aumento e 
diminuição) 
 
5. ESTRUTURA 
 
* Ou memoriais finais (A OAB tem aceitado ambas as terminologias). 
** JÚRI: Art. 403, §3º e Art. 394, §5º, CPP 
*** JÚRI: FUNDAMENTAÇÃO: falta de provas suficientes de autoria e materialidade do crime 
(impronúncia), existência de crime que não seja da competência do júri (desclassificação), ou existência 
de circunstância que exclua o crime ou isente a pena (absolvição). 
**** JÚRI: PEDIDOS – “postula-se pela sentença de”: 
A) impronúncia, com fulcro no artigo 414 do CPP; 
B) absolvição sumária, com fulcro no artigo 415 do CPP; 
C) desclassificação, com fulcro no artigo 419 do CPP (não for da competência do Júri); 
D) desclassificação (imprópria), com fulcro no artigo 413 do CPP; 
E) exclusão das qualificadoras ou causas de aumento. 
 
PROVA 
(XX.REAPLICAÇÃO) Bruno Silva, nascido em 10 de janeiro de 1997, enquanto adolescente, aos 16 
anos, respondeu perante a Vara da Infância e Juventude pela prática de ato infracional análogo ao crime 
de tráfico, sendo julgada procedente a ação socioeducativa e aplicada a medida de semiliberdade. No dia 
10 de janeiro de 2015, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Bruno se encontrava no interior de um 
ônibus, quando encontrou um relógio caído ao lado do banco em que estava sentado. Estando o ônibus 
vazio, Bruno aproveitou para pegar o relógio e colocá-lo dentro de sua mochila, não informando o 
ocorrido ao motorista. Mais adiante, porém, 15 minutos após esse fato, o proprietário do relógio, 
Bernardo, já na companhia de um policial, ingressou no coletivo procurando pelo seu pertence, que havia 
sido comprado apenas duas semanas antes por R$ 100,00 (cem reais). Verificando que Bruno estava 
sentado no banco por ele antes utilizado, revistou sua mochila e encontrou o relógio. Bernardo narrou ao 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 
__ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ___ 
•ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS* 
 
•NOME DO ACUSADO, já qualificado nos 
autos, por meio de seu advogado, vem, 
respeitosamente, à presencaç a de Vossa 
Excelência apresentar MEMORIAIS, como 
base no artigo 403, parágrafo terceiro, do 
Código de Processo Penal (CPP**), pelos 
motivos a seguir aduzidos: 
•TERMOS DA IMPUTAÇÃO - O 
representante do MP odereceu Denúncia 
contra o ora acusado, imputando-lhe o 
ilícito descrito no ..., ante o fato... 
* Breve Resumo do 
Processo 
A pretensão ministerial 
, no entando, não 
merece prosperar 
(motivo).*** 
•PRELIMINARES: NULIDADES 
(ART. 564, CPP); EXTINÇÃO 
DE PUNIBILIDADE (ART. 107, 
CP) . 
 
•MÉRITO - DEFESA DIRETA: 
ABSOLVIÇÃO (Art. 386, CPP) 
E PEDIDO ALTERNATIVO 
REQUERIMENTO FINAL - 
PEDIDO 
•PRELIMINARES/ ABSOLVIÇÃO/ 
PEDIDO ALTERNATIVO **** 
•"Diante do exposto, requer a 
nulidade (art. 564). 
Subsidiariamente, requer sua 
absolvição, com fundamento no 
art. 386, CPP (...). Por fim, caso 
Vossa Excelência entedena pela 
condenação, requer (pedido 
alternativo). Requer ainda que seja 
assegurado o direito do réu em 
recorrer em liberdade. 
•Nestes termos, pede deferimento. 
•Cidade, data e assinatura. 
motorista de ônibus o ocorrido, admitindo que Bruno não estava no coletivo quando ele o deixou. Diante 
de tais fatos, Bruno foi denunciado perante o juízo competente pela prática do crime de furto simples, na 
forma do Art. 155, caput, do Código Penal. A denúncia foi recebida e foi formulada pelo Ministério 
Público a proposta de suspensão condicional do processo, nãosendo aceita pelo acusado, que respondeu 
ao processo em liberdade. No curso da instrução, o policial que efetivou a prisão do acusado, Bernardo, o 
motorista do ônibus e Bruno foram ouvidos e todos confirmaram os fatos acima narrados. Com a juntada 
do laudo de avaliação do bem arrecadado, confirmando o valor de R$ 100,00 (cem reais), os autos foram 
encaminhados ao Ministério Público, que se manifestou pela procedência do pedido nos termos da 
denúncia, pleiteando reconhecimento de maus antecedentes, em razão da medida socioeducativa antes 
aplicada. Você, advogado(a) de Bruno, foi intimado(a), em 23 de março de 2015, segunda-feira, sendo o 
dia subsequente útil. 
 Com base nas informações acima expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a 
peça cabível, excluída a possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo, sustentando todas as 
teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00 pontos) 
 Obs.: O examinando deve indicar todos os fundamentos e dispositivos legais cabíveis. A mera citação do 
dispositivo legal não confere pontuação. 
 
 
IV – RELAXAMENTO.REVOGAÇÃO.LIBERDADE 
Art. 5º (...)LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade 
judiciária; 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
1.1 NOÇÕES GERAIS – MEDIDAS CAUTELARES 
MEDIDAS CAUTELARES: 
A. Medidas cautelares privativa de liberdade: prisão temporária; preventiva e a domiciliar; 
B. Medidas cautelares de contracautela: liberdade provisória com ou sem fiança 
C. Medidas cautelares restritivas do art. 319, CPP 
* a prisão em flagrante perdeu seu caráter cautelar para ser mero ato administrativo. 
** prisão preventiva será sempre o último recurso. Ela poderá ser propriamente dita; oriunda em 
flagrante; decorrente de pronúncia ou de sentença condenatória recorrível. 
 
1.2. PRISÃO EM FLAGRANTE E PROCEDIMENTO DO ART. 310, CPP 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 
312 (ORDEM ECONÔMICA; ORDEM PÚBLICA; CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL; 
ASSEGURAR APLICAÇÃO DA LEI PENAL; PROVA DA MATERIALIDADE E INDICIOS DE 
AUTORIA) deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da 
prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança – NOS TERMOS DO ART. 313, I – CRIME 
CULPOSO OU DOLO COM PENA IGUAL OU SUPERIOR E 4 ANOS; ART. 314, CPP – AMPARADO 
POR ILICITUDE; ART. 312, CPP – AUSENTE OS PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. 
 
DURAÇÃO: 24 HORAS – a autoridade policial deve comunicar em 24 horas a prisão a autoridade 
judiciária. 
Art. 306, CPP – COMUNICAÇÃO; JUIZ, MP, FAMÍLIA, DP. Obs.: Apesar da maioria da doutrina 
entender que o flagrante torna-se ilegal se não houver a comunicação no prazo determinado, o STF 
entende que trata- se mera responsabilidade funcional. 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE Ilegalidade: RELAXAMENTO 
 Liberdade provisória (prisão legítima, mas desnecessária) 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA ilegalidade: RELAXAMENTO 
 Desnecessidade: REVOGAÇÃO 
 
PRISÃO PREVENTIVA ilegalidade: RELAXAMENTO 
 Desnecessidade Conversão de PF: LIB. PROVISÓRIA 
 Nas demais hipóteses: REVOGAÇÃO 
* caberá liberdade provisória em PRISÃO PREVENTIVA somente quando esta vier de conversão 
anterior da prisão em flagrante. 
 
1.3 PRISÃO PREVENTIVA 
Espécie de prisão cautelar para assegurar a eficácia do feito. 
# Pressupostos (necessidade): 
a) fumus comissi delicti (indícios de autoria e materialidade do crime); 
b) periculum libertatis: 
b.1 garantia da ordem pública (quando ficar demostrada a reiteração delituosa – não 
considera clamor público ou social); 
b.2. garantia da ordem econômica (assemelha-se com a ordem pública – risco de 
reiteração delituosa, porém no tocante aos crimes contra a ordem econômica – Lei 
1.512/51; Lei 7.134/83; Lei 7.492/86; Lei 8.078/90; Lei 8.137/90; Lei 8.176/91; Lei 
9.279/96; Lei 9.613/98); 
b.3) garantia de aplicação da lei penal: dados concretos que demonstrem que o acusado 
pretende fugir, inviabilizando a futura execução da pena. Não se pode presumir a fuga. 
Para os tribunais uma ausência momentânea, seja para evitar uma prisão em flagrante, 
seja para evitar uma prisão decretada arbitrariamente, não autoriza a decretação da 
prisão preventiva. 
b.4) conveniência da instrução criminal: visa impedir que o agente cause prejuízos a 
produção da prova. 
b.5) descumprimento das cautelares diversas da prisão: em último caso. (Art. 282, §4º, 
CPP) 
 
# Hipóteses: 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação 
da prisão preventiva: 
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima 
superior a 4 (quatro) anos; 
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada 
em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para 
garantir a execução das medidas protetivas de urgência. 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver 
dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer 
elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese 
recomendar a manutenção da medida. 
a) crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos; (não cabe para furto simples); 
b) investigado reincidente em outro crime doloso, observado o lapso temporal de cinco anos. Não 
há um quantum de pena mínimo. 
c) quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, 
idoso, enfermo ou pessoa com deficiência para garantir a execução das medidas protetivas de 
urgência. Para os tribunais o descumprimento das medidas protetivas, por si só não autoriza a 
decretação da prisão preventiva. Que deve ser conjugada com a garantia da ordem pública, garantia 
de aplicação da lei penal ou conveniência da instrução criminal. 
d) Dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou não fornecimento de elementos para esclarecê-la. 
Crimes dolosos e culposos. Durar até obtida a identificação do agente. Lei 12.037/09 – identificação 
criminal. Não houve revogação tácita do art. 1º, II, da Lei 7.960 – prisão temporária. 
# Duração e o excesso de prazo na formação da culpa: AO CONTRÁRIO DA PRISÃO TEMPORÁRIA, 
A PRISÃO PREVENTIVA NÃO POSSUI PRAZO PRE-DETERMINADO, por conta desta 
indeterminação, os tribunais consolidaram o entendimento, segundo o qual estando o acusado preso os 
prazos processuais previstos no CPP devia ser observados, sob pena de caracterização do excesso de 
prazo na formação da culpa, autorizando o relaxamento da prisão sem prejuízo da continuidade do 
processo. 
 
1.4 PRISÃO TEMPORÁRIA 
ART. 1º, Lei 7.960/89 
# HIPÓTESES: ART. 1º, III, Lei 7.960/89 
 Hediondos e equiparados. 
# PRAZO: 5 DIAS + 5 dias, prorrogável por igual período. 
 Hediondos: 30 dias + 30 dias 
Obs.: É um prazo limite, significa que o juiz pode decretar a prisão por um período menor. Decorrido o 
prazo, o preso deverá ser colocado imediatamente em liberdade, salvo tiver sido decretada a sua prisão 
preventiva. 
 
2. ILEGALIDADE – Se a prisão for ilegal, deve o juiz relaxá-la 
2.1 VICIOS FORMAIS 
ART. 304 A 308, CPP 
ART. 5º, LXII A LXIV 
Art. 5º (...) LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre 
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à famíliado preso ou 
à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
por seu interrogatório policial; 
Geram a nulidade do ato: 
a) Art. 304, 1ª parte – “apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e 
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do 
preso; 
b) Art. 304, 2ª parte e §2º - Oitiva de duas testemunhas que assistiram aos fatos ou que 
presenciaram a entrega dos presos (geralmente o condutor e autoridade que auxiliou); 
c) Art. 304, parte final – Lavratura do auto pelo escrivão; 
d) Presidência da autoridade policial – não pode delegar a presidência ao escrivão; 
e) Presença do defensor público – para assisti-lo no momento da lavratura do APF; 
f) Requisitos formais constitucionais. 
 
2.2 VICIOS MATERIAIS 
ART. 302, CPP 
a) Atipicidade da conduta delituosa – a própria autoridade policial pode relaxar; 
b) Falta de autorização legal para a lavratura do APF (juizados especiais); 
c) Ausência da manifestação expressa da vítima ou de seu representante legal – nos delitos de ação 
penal privada ou pública condicionada à representação criminal – manifestação expressa da 
vítima; 
d) Apresentação espontânea do agente à Delegacia de Polícia; 
e) Não configuração do estado de flagrante delito – art. 302, CPP - 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba 
de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer 
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. 
 
3. LIBERDADE PROVISÓRIA 
- Medida de contracautela, benefício processual concedido ao acusado ou indiciado preso para que 
se lhe permita responder aos termos do processo penal, contra ele instaurado, em liberdade, 
podendo o benefício ser concedido mediante ou não na prestação de fiança. 
Cabimento: art.5, º LXVI, CRFB e art. 310, III, CPP – flagrante regular, mas desnecessária a 
manutenção da prisão que autorizam sua conversão do art. 321, CPP. 
RELAXAMENTO REVOGAÇÃO LIBERDADE PROVISÓRIA 
Ilegalidade na imposição de 
qualquer restrição cautelar 
Admissível apenas na prisão 
preventiva e prisão temporária 
Somente quando da comunicação 
da prisão em flagrante ou quando 
houver prisão preventiva 
decretada em razão de conversão 
anterior da prisão em flagrante. 
Obs.: Deve-se verificar a origem da prisão preventiva. Se a prisão adveio da conversão da prisão em 
flagrante a contracautela será a liberdade provisória, todavia se das demais hipóteses da prisão preventiva 
(art. 312, CPP) a medida adequada será a revogação da prisão. 
 
# ESPÉCIES: obrigatória (não se comina pena privativa de liberdade e menor potencial ofensivo); 
vedada (não existe – inconstitucional qualquer lei que proíba o juiz de conceder a LP – motivo da 
revogação dos crimes hediondos). 
 
3.1 Liberdade provisória sem fiança 
- é possível a concessão de LP sem exigência de fiança, respondendo em liberdade o acusado ou o 
indiciado aos termos do processo penal contra ele instaurado, quando AUSENTES OS REQUISITOS 
AUTORIZADORES DA PRISÃO PREVENTIVA, na forma do artigo 321 do CPP. 
a) infrações penais as quais não se cominem pena privativa de liberdade (art. 283, §1º, CPP) e infrações 
de menor potencial ofensivo quando se comprometer ao comparecimento. 
b) 
 
3.2 Liberdade provisória mediante prestação de fiança 
Medida cautelar diversa a prisão: 
Nos delitos praticados, independente da pena cominada, desde que ausentes os requisitos do artigo 312 do 
CPP, CONFORME ILAÇÃO DO ARTIGO 321 DO CPP, e afigurar-se necessária a imposição da 
contracautela. 
NÃO CABERÁ NAS HIPÓTESES ELENCADAS NO ARTIGO 323 E 324 DO CPP. Faz-se uma 
leitura a contrário senso, então caberá nas infrações que não estiverem indicadas nos artigos 
citados são consideradas afiançáveis. 
CONDIÇÕES – ART. 327 E 328, CPP. 
- Dispensa da fiança – art. 350, CPP 
Obs.; Antes da Lei 12.403/11 – fiança era apenas uma medida de contracautela substitutiva de anterior 
prisão em flagrante. Depois da lei 12.403/11 – fiança poderá ser: autônoma (aquele que estava me 
liberdade); substitutiva de anterior prisão 
 
 
4. FINALIDADE 
ANULAR O AUTO DE PRISÃO  RELAXAR A PRISÃO  EXPEDIR ALVARÁ DE SOLTURA 
PRISÃO 
/REMÉDIO 
RELAXAMENTO DE 
PRISÃO (ILEGAL) 
PEDIDO DE REVOGAÇÃO 
(DESNECESSÁRIA) 
LIBERDADE 
PROVISÓRIA 
PRISÃO EM 
FLAGRANTE 
Fundamentação legal: 
Art. 5º, LXV, CF e Art. 
310, I, CPP 
* Vícios Materiais 
(Art.302, CPP) e Formais 
(art. 304 a 306, CPP) 
Pedido: Relaxamento e a 
expedição do alvará de 
soltura 
 Fundamentação 
legal: Art. 5º, LXVI, 
CF e Art. 310, III, CPP 
* Prisão em flagrante 
regular, mas 
desnecessária (Art. 
321,CPP) 
Pedido: Concessão da 
liberdade provisória 
com imposição, se for 
o caso, de medida 
cautelar diversa da 
prisão. 
PRISÃO 
PREVENTIVA 
Fundamentação legal: 
Art. 5º, LXV, CF. 
* Art. 313, CPP 
(Cabimento da Prisão 
Preventiva) 
Pedido: Relaxamento e 
expedição do alvará de 
soltura. 
Fundamentação legal: Art. 316, 
CPP 
* Art. 312, CPP (Ordem Pública, 
Ordem Econômica, por 
conveniência da instrução 
criminal, assegurar a aplicação da 
lei penal) e Art. 282, §4º 
(descumprimento das obrigações 
de outras medidas cautelares) 
Pedido: Revogação da prisão, e 
caso não entenda, a concessão da 
liberdade provisória e impondo-
 
se outras medidas cautelares 
previstas no art. 319, CPP. 
PRISÃO 
TEMPORÁRIA 
Fundamentação legal: 
Art.5º, LXV, CF 
* Crimes do art. 1º, III da 
Lei 7.960/89 – Excesso 
de Prazo – outros vícios 
formais 
Pedido: Relaxamento e 
expedição do alvará de 
soltura. 
Fundamentação legal: Art. 1º, Lei 
7960/89. 
* Desnecessidade quando 
ausentes a necessidade do art. 1º, 
I e II da Lei 7960/89 – Quando 
comprovada necessidade para as 
investigações. Periculum 
libertatis. 
Pedido: Revogação da prisão com 
a expedição do alvará de soltura. 
 
5. ENDEREÇAMENTO 
RELAXAMENTO DE PRISÃO: JUIZ DE PRIMEIRA INSTÂNCIA. 
INDEFERE O RELAXAMENTO: HC 
CONCEDE O RELAXAMENTO: RESE 
 
6. ESTRUTURA DA PEÇA.RELAXAMENTO 
 
 
 
5. ESTRUTURA DA PEÇA.REVOGAÇÃO 
ENDEREÇAMENTO 
• PEDIDO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE 
 
•CABEÇALHO (Nome do preso, qualificação civil, vem, 
por meu de seu procurador judicial a presença de 
VOssa Excelência, apresentar Pedido de relaxamento 
de prisão, com fundamento no art. 5º, inciso LXV da 
Constituição Federal de 1988e artigo 310, inciso I do 
CPP, alegando em síntese, o seguinte: 
•Dos fatos - sítese 
• Decreto prisional 
•"O citado decreto prisional todavia encontra-se eivado 
de ilegalidade xxxx, devendo ser relaxado." 
ESPÉCIE DE ILEGALIDADE 
Dessa forma, a prisão em flagrante é ilegal por tais 
razões: xxx. 
(VICIOS MATERIAIS OU FORMAIS) 
 
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO 
•Diante do exposto, requer seja reconhecida a 
ilegalidade da prisão, para que se conceda o 
relaxamento da prisão em flagrante, para que seja 
restaurada a liberdade de locomoção do agente, 
expedindo-se pra tanto o respectivo alvará de soltura. 
•Nestes termos, pede deferimento. 
•Local e data 
•Assinatura. 
 
 
 
PROVA 
 
4.1. (OAB/FGV – VII Exame de Ordem) No dia 10 de março de 2011, apósingerir um litro de vinho na 
sede de sua fazenda, José Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo da estrada que 
tangencia sua propriedade rural. Após percorrer cerca de dois quilômetros na estrada absolutamente 
deserta, José Alves foi surpreendido por uma equipe da Polícia Militar que lá estava a fim de procurar um 
indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos policiais, José Alves saiu de seu veículo 
trôpego e exalando forte odor de álcool, oportunidade em que, de maneira incisiva, os policiais lhe 
compeliram a realizar um teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Realizado o teste, foi constatado 
que José Alves tinha concentração de álcool de um miligrama por litro de ar expelido pelos pulmões, 
razão pela qual os policiais o conduziram à Unidade de Polícia Judiciária, onde foi lavrado Auto de Prisão 
em Flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da Lei 9.503/1997, c/c artigo 2º, inciso II, do 
Decreto 6.488/2008, sendo-lhe negado no referido Auto de Prisão em Flagrante o direito de entrevistar-se 
com seus advogados ou com seus familiares. Dois dias após a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, 
em razão de José Alves ter permanecido encarcerado na Delegacia de Polícia, você é procurado pela 
família do preso, sob protestos de que não conseguiam vê-lo e de que o delegado não comunicara o fato 
ao juízo competente, tampouco à Defensoria Pública. Com base somente nas informações de que dispõe e 
nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de José Alves, redija a 
peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente, questionando, em juízo, 
eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matéria de direito 
pertinente ao caso. 
 
 
2. LIBERDADE PROVISÓRIA 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA 
CRIMINAL (DO JÚRI) DA COMARCA DE FORTALEZA 
• PEDIDO DE REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA 
 
•Nome do preso, qualificação civil, vem, por meu de seu 
procurador judicial a presença de Vossa Excelência, requerer 
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA, com fundamento no 
artigo 316 do Código de Processo Penal - CPP, alegando em 
síntese, o seguinte: (CABEÇALHO) 
 
•DOS FATOS - sítese - Decreto Prisional 
•DO DIREITO (REQUISITOS PARA A REVOGAÇÃO DA PRISÃO - 
ARGUMENTAR O MORIVO DA DESNECESSIDADE DA PRISAÕ - 
AUSÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DO ART. 312, CPP) -
LIBERDADE PROVISÓRIA. 
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO 
Diante do exposto, requer seja REVOGADA a prisão 
preventiva, ou caso Vossa Excelência assim não 
enteda, que seja concedia a LIBERDADE 
PROVISÓRIA, aplicando-se, se for o caso, uma das 
medidas cautelares previstas no aritgo 319 do CPP, 
expedindo-se para tanto o competente alvará de 
soltura. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local e data. 
Assinatura. 
Wesley, estudante, foi preso em flagrante no dia 03 de março de 2015 porque conduzia um veículo 
automotor que sabia ser produto de crime pretérito registrado em Delegacia da área em que residia. Na 
data dos fatos, Wesley tinha 20 anos, era primário, mas existia um processo criminal em curso em seu 
desfavor, pela suposta prática de um crime de furto qualificado. Diante dessa anotação em sua Folha de 
Antecedentes Criminais, a autoridade policial representou pela conversão da prisão em flagrante em 
preventiva, afirmando que existiria risco concreto para a ordem pública, pois o indiciado possuía outros 
envolvimentos com o aparato judicial. Você, como advogado(a) indicado por Wesley, é comunicado da 
ocorrência da prisão em flagrante, além de tomar conhecimento da representação formulada pelo 
Delegado. Da mesma forma, o comunicado de prisão já foi encaminhado para o Ministério Público e para 
o magistrado, sendo todas as legalidades da prisão em flagrante observadas. 
Considerando as informações narradas, responda aos itens a seguir. 
A) Qual a medida processual, diferente de habeas corpus, a ser adotada pela defesa técnica de Wesley? 
(Valor: 0,50) 
B) A representação da autoridade policial foi elaborada de modo adequado? (Valor: 0,75) 
 
 
 
V – APELAÇÃO 
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: 
I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz 
singular; 
II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz 
singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; 
III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: 
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; 
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos 
jurados; 
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de 
segurança; 
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. 
 
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá 
apelação. (júri) 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
Art. 593, CPP – Art. 416, CPP 
Art. 76, $5º - Art. 82, Lei 9.099/99 
* DIFICULDADE: infinidade de teses – cabem teses de nulidade; de falta de justa causa; extinção 
de punibilidade etc. 
* Súmula 347, STJ – “ o conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão” 
 
2. PRAZO 
Regra: 5 dias. (para interposição) Para as razões: 8 dias. 
- ART. 798, CPP; Súmula 310, STF 
O momento de apresentação é realizado em momentos distintos. 
* A partir da intimação da decisão. Ou como regra, da audiência que profere a decisão. 
OBS.: JUIZADO – prazo de dez dias para a interposição e para as razões. 
 
3. TERMO DE INTERPOSIÇÃO – NÃO TEM JUÍZO DE RETRATAÇÃO 
Para o juiz que emitiu a decisão – direcionado para o prolator da decisão. 
Finalidade: recebimento, processamento e remessa ao TJ. 
CONSEQUÊNCIAS: DENEGAR (RESE); RECEBER OU JULGAR DESERTA (RESE) 
 
 
 
4. ENDEREÇAMENTO 
Interposição – juiz que proferiu a decisão recorrida – juiz a quo. 
Razões – destinatário o tribunal (TJ/TRF) 
(JUIZADO – Colégio Recursal) 
 
5. FINALIDADE 
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA 
Art. 593, CPP 
I – no caso de sentença condenatória e absolutória (inclusive absolvição sumária do júri –
art.415,CPP) 
ENDEREÇAMENTO - Juízo que prolatou a setença. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA XXX. 
 
APELAÇÃO 
•INTERPOSIÇÃO DO RECURSO 
•"NOME DO RECORRENTE, já qualificado no caderno processual , vem a presença de Vossa Excelência por 
intermédio de seus procurador judicial, inconformado com a decisão que xxxxx, interpor APELAÇÃO, com 
fundamento no artigo 593, inciso xx do Código do Processo Penal. " 
•Requer seja recebida, processada e encaminhada a apelação, com as razões ao Egrégio Tribunal de 
Justiça. 
•Nestes termos, pede deferimento. 
•Local, data. 
•Assinatura. 
* É possível a defesa apelar de sentença absolutória (procurando decisão mais favorável, medida de 
segurança, fundamento mais favorável, reconhecido a inexistência do fato e não falta de provas – coisa 
julgada civil). 
II – sentenças definitivas, mas que não condenam ou absolvem, desde que não seja caso de RESE 
(pronúncia) 
III – contra o Tribunal do Júri – ao final do plenário: 
a) Nulidade – posterior a pronúncia – antes da pronúncia serão atacadas por RESE sob pena de 
preclusão, exceto as nulidades absolutas. Havendo nulidade após a pronúncia, o pedido será de 
NOVO JULGAMENTO – em consonância com o princípio da soberania dos vereditos; 
b) SENTENÇA que for contrária a lei ou a decisão dos jurados. Ex.: Jurados absolvem e juiz 
condena. Não se discute o veredicto, mas o erro do juiz. PEDIDO: REFORMA. 
c) ERRO OU INJUSTIÇA NA APLICAÇÃO DA PENA OU MEDIDA DE SEGURANÇA. 
Também não se discute o veredicto, mas decisãodo juiz. Ex.: Pena fixada acima do máximo 
legal, não tendo justificação. PEDIDO: REFORMA – CORREÇÃO da decisão para aplicação da 
pena correta. – ART. 593, §2º. 
d) DECISÃO CONTRÁRIA AOS AUTOS – DISCUTE-SE O VEREDICTO. A decisão deverá ser 
uma aberração, como no caso de todas as provas apontarem para a absolvição e os jurados 
declara o réu culpado, por estarem influenciados pela opinião pública. Em decorrência ao 
princípio da soberania dos veredictos – PEDIDO: NOVO JULGAMENTO, pois o tribunal não 
poderá reformar a decisão. (Art. 593,§3º) 
* JUIZADO – da decisão que rejeita denúncia e queixa e que aplica pena após a aceitação de transação 
penal: APELAÇÃO. 
 
6. CONSIDERAÇÕES 
# RESE X APELAÇÃO – ART. 593, §4º 
O RESE cabe para decisão interlocutória e terminativa. Na dúvida, caso o problema não se encaixe nas 
hipóteses do art. 581, CPP, deve-se intepor APELAÇÃO. 
A apelação é residual, como o art. 593, II, CPP deixou claro, a não ser que seja caso de sentença 
absolutória ou condenatória que deverá ser sempre apelação. Ou seja, não cabe para as decisões 
terminativas ou com força de definitivas, para as quais não seja previsto RESE. Ex.: Impronúncia, 
indeferimento de pedido de restituição de coisas apreendidas ou de levantamento de sequestro. 
 
# APELAÇÃO NO JURI 
A apelação no inciso III é para a segunda fase do procedimento. Todavia caberá na primeira fase nos 
casos de absolvição sumária e de impronúncia. 
 
# APELAÇÃO – DENEGADA OU DESERTA : RESE 
# APELAÇÃO – INDEFERIMENTO – EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE : PARA 
A DEFESA, VOTAÇÃO NÃO UNÂNIME. 
 
7. ALGUMAS TESES 
1ª Tese e pedido: nulidade: as nulidades estão previstas no art. 564 do Código de Processo Penal. Se o 
enunciado trouxer alguma, alegue-a preliminarmente, antes mesmo de tratar sobre a absolvição. O pedido 
deve ser a declaração de nulidade do processo desde o ato viciado (se a nulidade ocorreu no recebimento, 
a anulação deve ser “ab initio”). 
 
2ª Tese e pedido: extinção da punibilidade: as hipóteses estão previstas no art. 107 do Código Penal. 
Também é tese preliminar, devendo ser alegada antes da falta de justa causa. O pedido é a declaração de 
extinção de punibilidade. 
 
3ª Tese e pedido: falta de justa causa: impõe a absolvição do apelante. As hipóteses são aquelas do artigo 
386 do CPP: 
 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
A dúvida aqui é em relação à materialidade: o crime existiu ou não existiu? Não havendo prova de sua 
existência, ou havendo prova inequívoca de que ele não ocorreu, a absolvição deverá ser imposta. Ex.: 
"A" é acusado por lesão corporal. No entanto, não se constatou na vítima, "B", em exame de corpo de 
delito, qualquer lesão. 
 
III - não constituir o fato infração penal; 
Fato atípico. Ex.: crime impossível (art. 17 do CP). 
 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal; 
 
Aqui, a dúvida não é quanto à materialidade - o crime existiu, de fato -, mas quanto à autoria ou 
participação, que pode se dar por ausência de prova ou por negativa de autoria comprovada pelo réu. 
Ex.: "A" , "B" e "C" estão sendo acusados pela prática, em concurso de pessoas, do crime de roubo. "C", 
no entanto, demonstra que não estava na cidade na época em que o crime foi cometido. 
 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 
1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência; 
Presentes as hipóteses de exclusão de ilicitude ou de culpabilidade, ou existindo causa de isenção de 
pena, o acusado deverá ser absolvido. Em razão do final do dispositivo, se o juiz tiver dúvida sobre a 
existência de uma das causas, deverá absolver. 
 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
O último inciso é genérico. Nos anteriores, temos previsão expressa em relação à negativa de 
materialidade, de autoria, de coautoria ou participação, de existência de hipóteses que excluem a 
ilicitude e a culpabilidade e isentam o réu de pena. Provavelmente, em um pedido de absolvição, a sua 
tese encontrará amparo entre os incisos I e VI. Caso contrário, adote o VII, que, em suma, quer dizer: in 
dubio pro reo. 
 
4ª Tese e pedido: autoridade arbitrária: algum direito foi negado ao réu na sentença. É o caso, por 
exemplo, de negativa de sursis. Não há qualquer incompatibilidade com as outras teses – é possível pedir 
a absolvição e, subsidiariamente, caso o tribunal não entenda nesse sentido, a concessão do direito. 
 
5ª Tese e pedido: punição excessiva: é o caso em que o juiz impõe ao réu pena desproporcional. Deve-se 
pedir a redução da pena ou a desclassificação para outro crime. Assim como no caso da autoridade 
arbitrária, não há qualquer incompatibilidade com as demais teses, devendo ser pedida subsidiariamente, 
se for o caso. Exemplos: redução da pena no patamar mínimo, exclusão de agravante, majorante ou 
qualificadora; reconhecimento de atenuante, minorante ou privilegiadora; fixação de regime mais 
favorável; concessão de benefício negado; substituição de privativa de liberdade em restritiva de direitos 
ou negação. 
 
* pode-se pedir também que o réu aguarde em liberdade. (FONTE VANZOLINI, 2014) 
 
 
PROVA 
5.1 Durante o carnaval do ano de 2015, no mês de fevereiro, a família de Joana resolveu viajar para 
comemorar o feriado, enquanto Joana, de 19 anos, decidiu ficar em sua residência, na cidade de Natal, 
sozinha, para colocar os estudos da faculdade em dia. Tendo conhecimento dessa situação, Caio, vizinho 
de Joana, nascido em 25 de março de 1994, foi até o local, entrou sorrateiramente no quarto de Joana e, 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXX. 
RAZÕES RECURSAIS 
 
 Egrégio Tribunal de Justiça, 
TERMOS DA DECISÃO RECORRIDA 
 
REFORMA - Em que pese a mencionada decisão do Meretíssimo 
Juiz de Direito da xxx Vara Criminal, no entanto não merece 
prosperar, elas razões a seguir expostas. 
 
RAZÕES DE FATO 
" Portanto, inegável que a condenação/absolvição foi injusta, 
pois contrariou as provas produzidas durante a instrução" 
(exemplo) 
RAZÕES DE FATO E DE DIREITO 
O interessante é dividir os tópicos no caso de preliminares para 
que fique melhor organizada, como I - preliminares; II - falta de 
justa causa. 
 
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO 
REFORMA - Diante do exposto, pugna o recorrente pelo 
provimento do presente recurso de APELAÇÃO, para que xxx. 
(reforma/anulação/declaração de extinção de punibilidade/ se 
o re+u estiver preso, pedir a expedição de alvará.) 
 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local, data, assinatura. 
mediante grave ameaça, obrigou-a a praticar com ele conjunção carnal e outros atos libidinosos diversos, 
deixando o local após os fatos e exigindo que a vítima não contasse sobre o ocorrido para qualquer 
pessoa. Apesar de temerosa e envergonhada, Joana contou o ocorrido para sua mãe. A seguir, as duas 
compareceram à Delegacia e a vítima ofertou representação. Caio, então, foi denunciado pela prática 
como incurso nas sanções penais do Art. 213 do Código Penal, por duas vezes, na forma do Art. 71 do 
Estatuto Repressivo. Durante a instrução, foi ouvida a vítima, testemunhas de acusação e o réu confessou 
os fatos. Foi, ainda, juntado laudo de exame de conjunção carnal confirmando a prática de ato sexual 
violento recente com Joana e a Folha de Antecedentes Criminais (FAC) do acusado, que indicava a 
existência de duas condenações,embora nenhuma delas com trânsito em julgado. Em alegações finais, o 
Ministério Público requereu a condenação de Caio nos termos da denúncia, enquanto a defesa buscou 
apenas a aplicação da pena no mínimo legal. No dia 25 de junho de 2015 foi proferida sentença pelo juízo 
competente, qual seja a 1ª Vara Criminal da Comarca de Natal, condenando Caio à pena privativa de 
liberdade de 10 anos e 06 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado. Na sentença 
consta que a pena base de cada um dos crimes deve ser aumentada em seis meses pelo fato de Caio 
possuir maus antecedentes, já que ostenta em sua FAC duas condenações pela prática de crimes, e mais 
06 meses pelo fato de o acusado ter desrespeitado a liberdade sexual da mulher, um dos valores mais 
significativos da sociedade, restando a sanção penal da primeira fase em 07 anos de reclusão, para cada 
um dos delitos. Na segunda fase, não foram reconhecidas atenuantes ou agravantes. Afirmou o 
magistrado que atualmente é o réu maior de 21 anos, logo não estaria presente a atenuante do Art. 65, 
inciso I, do CP. Ao analisar o concurso de crimes, o magistrado considerou a pena de um dos delitos, já 
que eram iguais, e aumentou de 1/2 (metade), na forma do Art. 71 do CP, justificando o acréscimo no fato 
de ambos os crimes praticados serem extremamente graves. Por fim, o regime inicial para o cumprimento 
da pena foi o fechado, justificando que, independente da pena aplicada, este seria o regime obrigatório, 
nos termos do Art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90. Apesar da condenação, como Caio respondeu ao processo 
em liberdade, o juiz concedeu a ele o direito de aguardar o trânsito em julgado da mesma forma. Caio e 
sua família o (a) procuram para, na condição de advogado (a), adotar as medidas cabíveis, destacando que 
estão insatisfeitos com o patrono anterior. Constituído nos autos, a intimação da sentença ocorreu em 07 
de julho de 2015, terçafeira, sendo quarta-feira dia útil em todo o país. Com base nas informações acima 
expostas e naquelas que podem ser inferidas do caso concreto, redija a peça cabível, excluída a 
possibilidade de Habeas Corpus, no último dia do prazo para interposição, sustentando todas as teses 
jurídicas pertinentes. (Valor: 5.00 pontos) 
 
5.2. Diogo está sendo regularmente processado pela prática dos crimes de violação de domicílio (artigo 
150, do CP) em concurso material com o crime de furto qualificado pela escalada (artigo 155, § 4º, II, do 
CP). Isso porque, segundo narrou a inicial acusatória, no dia 10/11/2012 (sábado), Diogo pulou o muro de 
cerca de três metros que guarnecia a casa da vítima e, então, após ingressar clandestinamente na 
residência, subtraiu diversos pertences e valores, a saber: três anéis de ouro, dois relógios de ouro, dois 
aparelhos de telefone celular, um notebook e quinhentos reais em espécie, totalizando R$9.000,00 (nove 
mil reais). Na audiência de instrução e julgamento, realizada em 29/08/2013 (quinta-feira), foram ouvidas 
duas testemunhas de acusação que, cada uma a seu turno, disseram ter visto Diogo pular o muro da 
residência da vítima e dali sair, cerca de vinte minutos após, levando uma mochila cheia. A defesa, por 
sua vez, não apresentou testemunhas. Também na audiência de instrução e julgamento foi exibido um 
DVD contendo as imagens gravadas pelas câmeras de segurança presentes na casa da vítima, sendo certo 
que à defesa foi assegurado o acesso ao conteúdo do DVD, mas essa se manifestou no sentido de que 
nada havia a impugnar. Nas imagens exibidas em audiência ficou constatado (dada a nitidez das mesmas) 
que fora Diogo quem realmente pulou o muro da residência e realizou a subtração dos bens. Em seu 
interrogatório o réu exerceu o direito ao silêncio. Em alegações finais orais, o Ministério Público exibiu 
cópia de sentença prolatada cerca de uma semana antes (ainda sem trânsito em julgado definitivo, 
portanto), onde se condenou o réu pela prática, em 25/12/2012 (terça-feira), do crime de estelionato. A 
defesa, em alegações finais, limitou-se a falar do princípio do estado de inocência, bem como que 
eventual silêncio do réu não poderia importar-lhe em prejuízo. O Juiz, então, proferiu sentença em 
audiência condenando Diogo pela prática do crime de violação de domicílio em concurso material com o 
crime de furto qualificado pela escalada. Para a dosimetria da pena o magistrado ponderou o fato de que 
nenhum dos bens subtraídos fora recuperado. Além disso, fez incidir a circunstância agravante da 
reincidência, pois considerou que a condenação de Diogo pelo crime de estelionato o faria reincidente. O 
total da condenação foi de 4 anos e 40 dias de reclusão em regime inicial semi-aberto e multa à proporção 
de um trigésimo do salário mínimo. Por fim, o magistrado, na sentença, deixou claro que Diogo não fazia 
jus a nenhum outro benefício legal, haja vista o fato de não preencher os requisitos para tanto. A sentença 
foi lida em audiência. O advogado(a) de Diogo, atento(a) tão somente às informações descritas no texto, 
deve apresentar o recurso cabível à impugnação da decisão, respeitando as formalidades legais e 
desenvolvendo, de maneira fundamentada, as teses defensivas pertinentes. O recurso deve ser datado com 
o último dia cabível para a interposição. (Valor: 5,0). 
 
 
VI – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 
ART. 581, CPP 
Encontramos também no art. 294, § único, CTB; Art. 6º, § único, Lei 1508/51 e no art. 561, CPPM. 
Obs.: As decisões interlocutórias são irrecorríveis, exceto as que constam no rol do artigo 581, CPP. 
Obs.: Os itens em vermelho são hipóteses híbridas. Dependendo do momento poderão ser 
impetrados contra eles Agravo em Execução. 
Termos de imposição e razões: RESE; Apelação e Agravo em Execução. 
Demais recursos: Embargos; Embargos Infrigentes e de Nulidade; Protesto por novo júri; Carta 
Testemunhável; Correição Testemunhável; Correição Parcial; Rext e Resp; R. Ordinário e 
Constitucional. 
2. PRAZO – art. 586, CPP 
Regra: 5 dias. (para interposição) Para as razões: 2 dias. 
Inc. XIV: 20 dias. 
 
3. TERMO DE INTERPOSIÇÃO - JUÍZO DE RETRATAÇÃO 
Para o juiz que emitiu a decisão – oportunidade para rever seu posicionamento. Será pedida na 
interposição. 
Termo de interposição – direcionado para o prolator da decisão. 
 
 
 
4. ENDEREÇAMENTO 
Interposição – juiz que proferiu a decisão recorrida – juiz a quo. 
Razões – destinatário o tribunal (TJ/TRF) 
 
5. FINALIDADE 
REFORMA = ACÓRDÃO SUBTITUI A DECISÃO RECORRIDA 
NULIDADE = VOLTA PARA FAZER NOVAMENTE – tem que dizer onde está a nulidade e que parte 
do processo será anulado. 
Ex.: RESE para decisão que rejeita Denúncia. Motivo: não motivou – nulidade. 
O PEDIDO É A RAZÃO QUE ENSEJOU O RECURSO. O PEDIDO PODERÁ TER MAIS DE UMA 
TESE. 
 
6. CONSIDERAÇÕES 
# RESE X APELAÇÃO – ART. 593, §4º 
O RESE cabe para decisão interlocutória e terminativa. Na dúvida, caso o problema não se encaixe nas 
hipóteses do art. 581, CPP, deve-se intepor APELAÇÃO. 
# RESE X AGRAVO DE EXECUÇÃO 
Agravo – art. 197, LEP. Cabe contra as decisões do juiz da execução. 
Inciso: XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII. 
# EFEITO SUSPENSIVO: PERDA DE FIANÇA E QUANDO DENEGAR OU JULGAR DESERTA A 
APELAÇÃO. 
ENDEREÇAMENTO - Juízo que prolatou a setença. 
 
Recurso em sentido em estrito 
 
"NOME DO RECORRENTE, já qualificado no caderno processual a presença de Vossa Excelência por intermédio de seus 
procurador judicial, inconformado com a decisão que xxxxx, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento 
no artigo 581, inciso xx do Código do Processo Penal. " 
"Em face do efeito retratativo previsto no artigo 589 do Código de Processo Penal, pugan o recorrente pela retrataçãoda decisão recorrida, com o fim de xxxx. Caso seja mantida a decisão, requer a defesa o recebimento e a juntada das 
razões de inconformidade, e posterior remessa à a apreciação da Instâcia Superior." 
•Nestes termos, pede deferimento. 
•Local, data. 
•Assinatura. 
7. HIPÓTESES – ART. 581, CPP 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
Trata-se de decisão terminativa do processo, e não de decisão interlocutória, provando que a máxima “o 
RESE é o agravo do processo penal”, dita, com frequência, em faculdades por aí, não é verdadeira. As 
hipóteses de rejeição da renúncia ou da queixa estão previstas no art. 395 do CPP. Da decisão que recebe 
a inicial, não há recurso previsto. No entanto, nada impede que a decisão seja atacada por habeas corpus. 
 
II - que concluir pela incompetência do juízo; 
É hipótese de decisão interlocutória, que não põe fim ao processo, mas apenas modifica a competência. 
Quando declarada por exceção, a fundamentação será a do inciso III. No júri, se, após terminada a 
instrução do processo, o juiz desclassificar a conduta para outra que não seja de competência do Tribunal 
do Júri (ex.: de homicídio para lesão corporal), o embasamento legal será o inciso II. 
 
III - que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
As exceções estão previstas no art. 95 do CPP. São elas: a) suspeição; b) incompetência de juízo; c) 
litispendência; d) ilegitimidade de parte; e) coisa julgada. Exceto na primeira hipótese, da decisão que 
conceder a exceção cabe RESE. Quanto à incompetência, atenção: se a competência ocorrer por força de 
desclassificação, a fundamentação será a do inciso II. 
 
IV – que pronunciar o réu; 
Encerrada a primeira fase do rito do júri, caso o juiz fique convencido da materialidade do fato e da 
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, deverá pronunciar, em decisão 
fundamentada, o réu. A pronúncia faz com que o julgamento seja submetido ao Tribunal do Júri. Contra a 
decisão de pronúncia, cabe RESE. No último Exame de Ordem, a OAB trouxe uma situação em que o 
acusado foi absolvido sumariamente. Neste caso, e na hipótese de impronúncia, a peça cabível é a 
apelação. 
 
V - que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão 
preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; 
VII - que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor; 
 
 
Incisos V e VII: decisões interlocutórias, recorríveis por RESE. Como as hipóteses estão bem claras, não 
há motivo para um estudo aprofundado. 
 
VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade; 
IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade; 
As hipóteses de extinção da punibilidade estão previstas no art. 107 do Código Penal. Da decisão que as 
reconhece ou as indefere, cabe RESE. 
 
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; 
É cabível, somente, quando a decisão for proferida por juiz de primeira instância. Se o HC for 
impetrado diretamente no tribunal, em caso de ordem negada, a peça cabível será o recurso ordinário 
constitucional, e não o RESE. 
 
XI - que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena; 
Segundo o art. 157 da LEP, a concessão ou não de sursis (art. 77 do CP) deve ser apreciada na sentença 
condenatória, recorrível por apelação, e não por RESE. Entretanto, caso a decisão a respeito do assunto 
seja do juiz da vara de execução, a peça cabível é o agravo em execução. Portanto, tanto em uma hipótese 
quanto em outra, a peça não será o RESE. 
 
XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional; 
Trata-se de matéria pertinente à execução. Como já comentado, qualquer decisão do juiz da execução é 
atacável por agravo, e não RESE. 
 
XIII - que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 
Pode ocorrer de uma das partes não ter interesse na anulação do processo, total ou parcial. Sendo o caso, a 
peça cabível é o RESE. As causas de nulidade estão previstas no art. 564 do CPP. 
 
XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; 
Considerada a clareza da redação, não há motivo para análise. A única peculiaridade é o prazo, que é de 
vinte dias. 
 
XV - que denegar a apelação ou a julgar deserta; 
A denegação da apelação pode ocorrer quando ausente requisito do recurso (ex.: tempestividade). Já a 
deserção diz respeito à falta de recolhimento de preparo. 
 
XVI - que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão prejudicial; 
As questões prejudiciais devem ser analisadas antes do julgamento do mérito da ação penal, pois 
influenciam diretamente na tipicidade (ex.: não há como julgar um caso de bigamia quando existir dúvida 
acerca da existência de casamento anterior). Cabe RESE da decisão que determina a suspensão do 
processo criminal em razão de questão prejudicial. 
 
XVII - que decidir sobre a unificação de penas; 
Questão referente à execução da pena. Portanto, hipótese de agravo em execução. 
 
XVIII - que decidir o incidente de falsidade; 
 
Trata-se de decisão interlocutória, pois não põe fim ao processo. Os incidentes de falsidade estão 
previstos nos arts. 145/148 do CPP, e, sobrevindo decisão, o recurso cabível será o RESE. 
 
XIX - que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado; 
XX - que impuser medida de segurança por transgressão de outra; 
XXI - que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774; 
XXII - que revogar a medida de segurança; 
XXIII - que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admita a revogação; 
Todas as questões são pertinentes à execução penal. Portanto, agravo em execução como recurso, e não 
RESE. 
 
XXIV - que converter a multa em detenção ou em prisão simples. 
Não é mais possível a conversão de multa em detenção ou prisão simples. Por isso, o inciso XXIV não é 
mais aplicável. 
 
 
 
PROVA 
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas 
respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide ultrapassar o carro à sua 
frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa 
não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a 
atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto da via. Não 
obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, 
Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela colisão. 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXX. 
RAZÕES RECURSAIS 
 
Colenda Câmara Criminal, 
TERMOS DA DECISÃO RECORRIDA 
REFORMA/NULIDADE 
REFORMA - A mencionada decisão no entanto merece ser 
reformada, com o fim de xxx, conforme exposição a seguir. 
NULIDADE - A citada decisão todavia encontra-se eivada de 
atipicidade processual impondo-se a deretação de nulidade 
da mesma. A partir de xxx, pelas razões a seguir: 
RAZÕES DE FATO/DIREITO DO INCONFORMISMO 
 
REQUERIMENTO FINAL - PEDIDO 
REFORMA - Diante do exposto, pugna o recorrente pelo 
provimento do presente recurso em sentido estrito para 
que seja reformedo o ato jurisdicional recorrido com o fim 
de xxx. 
NULIDADE - "Diante... para que seja reconhecido o cício 
processual aduzido decretando-se a nulidade da 
decisão/processo a partir xxx. 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local, data, assinatura. 
Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide 
oferecer denúncia contra Jerusa,

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