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Aula nº. 16 - Compensação. Transação. Compromisso. Confusão.

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07- COMPENSAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
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CÓDIGO CIVIL
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TÍTULO III
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Do Adimplemento e Extinção das Obrigações
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Capítulo VII
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Da Compensação
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Artigos 366 a 380 
VERBETE:
 Com-pen-sa-ção (S.f.)
 1-Ação ou resultado de compen-sar, de equilibrar atos;
 
 2- Econ. Acerto de contas caracterizado pelo cancela-mento de débitos recíprocos, minimizando pagamentos em dinheiro:
 3- Cont. Pagamento do valor de um cheque depositado em conta bancária 
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Compensação
de
cheques
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COMPENSAÇÃO
Conceito
É o acerto de débitos e créditos entre pessoas que têm, ao mesmo tempo, a condição recíproca de credor e devedor.
Origem
O instituto da compensação tem origem na época mais moderna do Direito Romano.
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NATUREZA JURÍDICA
A compensação tem a natureza jurídica de um pagamento fictício.
MODALIDADES
I - Compensação legal (prevista em lei); 
II - Compensação convencional;
III – Compensação judicial.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade, quando especificada no contrato.
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados pelo uso geral, não obstam a compensação.
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Art. 374. A matéria da compensação, no que concerne às dívidas fiscais e parafiscais, é regida pelo disposto neste capítulo.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.
 
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever.
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá opor ao cessionário compensação do crédito que antes tinha contra o cedente.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.
 
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08- TRANSAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
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CÓDIGO CIVIL
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TÍTULO VI
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Das várias espécies de contrato
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Capítulo XIX
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Da transação
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Artigos 840 a 850 
VERBETE: Tran-sa-ção (S.f.)
1-Ato ou efeito de transigir;
2- Jur. Ato jurídico que dirime obrigações litigiosas ou duvidosas mediante concessões recíprocas das partes interessadas; compo-sição. 
3- Ação ou resultado de transigir; CONCILIAÇÃO. 
4- Jur. Acordo em que, mediante concessões mútuas, as partes põem fim a um litígio ou o evitam 
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Transação
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Transação
Conceito - É o ato jurídico pelo qual as partes envolvidas em uma relação de caráter obrigacional abrem mão, cada uma, de parcela de seus direitos com o objetivo de impedir que uma demanda seja iniciada ou por fim a uma demanda existente.
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Transação
Natureza Jurídica - A transação tem natureza jurídica contratual.
Modalidades – Judicial ou extrajudicial.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o litígio mediante concessões mútuas.
Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação.
Art. 842. A transação far-se-á por escritura pública, nas obrigações em que a lei o exige, ou por instrumento particular, nas em que ela o admite; se recair sobre direitos contestados em juízo, será feita por escritura pública, ou por termo nos autos, assinado pelos transigentes e homologado pelo juiz.
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmitem, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem, ainda que diga respeito a coisa indivisível.
§ 1º. - Se for concluída entre o credor e o devedor, desobrigará o fiador.
§ 2º. - Se entre um dos credores solidários e o devedor, extingue a obrigação deste para com os outros credores.
§ 3º. - Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em relação aos co-devedores.
Art. 845. Dada a evicção da coisa renunciada por um dos transigentes, ou por ele transferida à outra parte, não revive a obrigação extinta pela transação; mas ao evicto cabe o direito de reclamar perdas e danos.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 845. ...
§ único - Se um dos transigentes adquirir, depois da transação, novo direito sobre a coisa renunciada ou transferida, a transação feita não o inibirá de exercê-lo.
Art. 846. A transação concernente a obrigações resultantes de delito não extingue a ação penal pública. 
Art. 847. É admissível, na transação, a pena convencional.
Art. 848. Sendo nula qualquer das cláusulas da transação, nula será esta.
§ único. Quando a transação versar sobre diversos direitos contestados, independentes entre si, o fato de não prevalecer em relação a um não prejudicará os demais.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 849. A transação só se anula por dolo, coação, ou erro essencial quanto à pessoa ou coisa controversa.
§ único - A transação não se anula por erro de direito a respeito das questões que foram objeto de controvérsia entre as partes.
Art. 850. É nula a transação a respeito do litígio decidido por sentença passada em julgado, se dela não tinha ciência algum dos transatores, ou quando, por título ulteriormente descoberto, se verificar que nenhum deles tinha direito sobre o objeto da transação.
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09-Compromisso
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
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CÓDIGO CIVIL
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TÍTULO VI
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Das várias espécies de contrato
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Capítulo XX
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Da transação
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Artigos 851 a 853 
VERBETE:	
Compromisso [Do lat. compromissu.] S. m.
1- Ajuste pelo qual pessoas assumem certas obrigações recíprocas; COMPROMETIMENTO;
2- Jur. Ato pelo qual duas ou mais partes aceitam sujeitar a decisão de um pleito a uma arbitragem.
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Compromisso
CONCEITO
É a forma pela qual pessoas plenamente capazes atribuem a solução de suas pendências e controvérsias à decisão de árbitros por elas escolhidos.
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Compromisso
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 851. É admitido compromisso, judicial ou extrajudicial, para resolver litígios entre pessoas que podem contratar.
Art. 852. É vedado compromisso para solução de questões de estado, de direito pessoal de família e de outras que não tenham caráter estritamente patrimonial.
Art. 853. Admite-se nos contratos a cláusula compromissória, para resolver divergências mediante juízo arbitral, na forma estabelecida em lei especial.
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10- Da Confusão
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10- Confusão
FUNDAMENTAÇÃO
LEGAL
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CÓDIGO CIVIL
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TÍTULO III
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Do Adimplemento e Extinção das Obrigações
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Capítulo VIII
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Da Confusão
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Artigos 381 a 384 
VERBETE:
Confusão [Do lat. confusione.] S. f.
 
1- ...
2- Jur. Extinção parcial ou total de certos direitos e obrigações em virtude de se reunirem na mesma pessoa as qualidades de credor e devedor. 
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Confusão
 CONCEITO 
É uma forma especial de extinção de obrigação em que a o vínculo tipicamente desaparece sem a ocorrência de uma prestação.
REQUISITOS
São essenciais para que se dê a confusão:
 A unidade da relação obrigacional;
 A reunião, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor, que gera a extinção do vínculo;
 Ausência na separação dos patrimônios.
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DA CONFUSÃO
Fundamentação Legal.
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. 
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior.
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11- Remissão
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
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CÓDIGO CIVIL
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TÍTULO VI
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Das várias espécies de contrato
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Capítulo XX
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Da remissão
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Artigos 381 a 384 
VERBETE:	
Remissão [Do lat. confusione.] S. f. 
1- Alusão ou referência a algo: O juiz fez remissão aos argumentos das partes....
2- Perdão de algo ou de alguém (remissão de pena; remissão de dívida). 
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DA REMISSÃO
Conceito
 
Caio Mário - Sob a epígrafe da remissão das dívidas, disciplina o Código Civil nos artigos 385 a 388, a liberação graciosa do devedor, emanada da vontade do credor. É uma particular espécie de renúncia.
Venosa - Segundo o ministério de Venosa, a remissão é o ato ou efeito de remitir, perdoar, no todo ou em parte, uma dívida; não se confunde com remição, ato ou efeito de remir, resgatar, que é instituto do direito processual, regulado pelos artigos 787 a 790 do CPC.
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DA REMISSÃO
Forma - A remissão não exige forma especial, contudo, se estiver contida em outro negócio jurídico, deve acompanhar os requisitos formais deste. Assim, se se tratar de garantia hipotecária, deve constar de instrumento hábil para o cancelamento da inscrição.
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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
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