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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS- DCET CURSO: QUÍMICA LICENCIATURA CINÉTICA QUÍMICA Ilhéus Novembro/2017 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS- DCET CURSO: QUÍMICA LICENCIATURA CINÉTICA QUÍMICA Relatório solicitado pelo professor Reinaldo as Silva Gramacho como cumprimento das atividades da disciplina Química Geral II- Prática. Por: Slayane Oliveira dos Santos Ilhéus Novembro/2017 1. INTRODUÇÃO Cinética química é a área que investiga a velocidade das reações, efeito de variáveis sobre a taxa de formação de produtos, rearranjo dos átomos e formação de intermediários. (Atkins, et al, 2006) Segundo o autor Atkins, o estudo das velocidades das reações químicas é chamado de cinética química. Ao estudar a termodinâmica, consideramos apenas os estados inicial e final de um processo químico e ignoramos o que acontece entre eles. Na cinética química, estamos interessados nos estágios intermediários do processo - os detalhes das mudanças que átomos e moléculas sofrem durante as reações. Estes detalhes ajudam a esclarecer o grande intervalo de velocidades de reações observado e são usados para idealizar maneiras de influenciar estas velocidades. [1] Ainda, segundo Atkins (2001) que queremos dizer por "velocidade" de uma reação química? Informalmente, sabemos que uma reação é rápida se os produtos são formados rapidamente, como acontece em uma reação de precipitação ou uma explosão. Uma reação é lenta se os produtos são formados em um longo intervalo de tempo, como acontece na corrosão ou no apodrecimento de material orgânico. Entretanto, para progredirmos, precisamos de uma definição precisa e quantitativa. [1] Os fatores que influenciam na velocidade de uma reação são: Estado físico dos reagentes: Quanto mais rapidamente as moléculas se chocam, mais rapidamente elas reagem. A maioria das reações que consideramos é homogênea, envolvendo gases ou soluções líquidas. Quando os reagentes estão em fases diferentes à reação esta limitada a área de contato. Concentração: A maioria das reações químicas prossegue mais rapidamente se a concentração de um ou mais reagentes é aumentada. À medida que a concentração aumenta, a frequência com a qual as moléculas se chocam também aumenta, fazendo com que a velocidade da reação aumente. Temperatura: A velocidade das reações químicas aumenta conforme a temperatura aumenta. O aumento das temperaturas faz aumentar as energias cinéticas. À proporção que as moléculas movem-se mais velozmente, elas se chocam com mais frequência e também com energia mais alta, ocasionando aumento de suas velocidades. Superfície de contato: A área de contato entre os reagentes também interfere na velocidade das reações químicas. Quanto maior a superfície de contato, maior o número de moléculas reagindo, maior o número de colisões eficazes e, portanto, aumenta a velocidade da reação. Catalisador: Os catalisadores são agentes que aumentam a velocidade de reação sem serem usados. Eles afetam os tipos de colisões (mecanismos) que levam à reação. No nível molecular, as velocidades de reações dependem da frequência das colisões entre as moléculas. Quanto maior a frequência das colisões, maior a velocidade das reações. Entretanto, para que uma colisão leve a uma reação ela deve ocorrer com energia suficiente para esticar as ligações até um comprimento crítico e com uma orientação apropriada para que novas ligações sejam formadas em locais apropriados. [2] Esta pratica teve como objetivo o estudo dos fatores que afetam a velocidade de uma reação química, como a concentração dos reagentes, a temperatura de reação e a superfície de contato entre os reagentes. 2. MATERIAIS E MÉTODOS No primeiro experimento, abordagem do caráter anfótero do alumínio, em um tubo de ensaio foi adicionado 5mL da solução aquosa de ácido clorídrico 5mol/L e em outro tubo foi adicionado 5mL da solução de hidróxido de sódio 1mol/L, tudo medido por provetas de 5mL. Em cada um dos tubos adicionou-se simultaneamente, um anel de alumínio. Cronometrando o tempo da reação e observando o que ocorreu no experimento, como aquecimento do tubo, a velocidade de consumo do metal e liberação de gás e escrevendo a reação química. No segundo experimento, Influência da concentração, em um tubo de ensaio foi adicionado 10mL da solução aquosa de ácido clorídrico 5 mol/L, e em outro tubo adicionou-se 5mL da solução aquosa de ácido clorídrico 5 mol/L e 5mL de água destilada, que foram medidas em proveta de 5mL e 10mL. Logo após, introduziu-se simultaneamente, um anel de alumínio em cada tubo de ensaio. Usando o cronometro foi comparado à velocidade de reação. Anotando e observando qual dos dois sistemas a reação foi mais lenta. No terceiro experimento, Influência da temperatura, foi adicionado 10 mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5 mol/L em três tubos de ensaio, medidos por uma proveta de 10mL. Em um béquer colocou-se água e gelo. Um dos tubos de ensaio com o ácido foi introduzido no banho de gelo por 5 minutos. Em outro béquer foi colocado água aquecida e introduzido o segundo tubo de ensaio com ácido por 5 minutos. O terceiro tubo foi deixado à temperatura ambiente. Em seguida foram retirados os tubos do banho e colocado no suporte, para comparar os três tubos. Simultaneamente foi adicionado em cada um dos tubos um anel de alumínio. Com o cronometro foi comparado à velocidade de reação nos três tubos, observando e anotando o que ocorreu na reação. No quarto experimento, Influência da superfície de contato, primeiramente foi cortado dois pedaços de papel alumínio de mesmo tamanho. Amassando um dos pedaços (uma bola) e deixando o outro em forma de lâmina. Medindo em uma proveta 10mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5 mol/L previamente resfriado em um banho de gelo, em dois tubos de ensaio. Adicionamos simultaneamente, a bola e a lâmina de alumínio nos dois tubos de ensaio. Com o cronometro foi compara a velocidade de reação. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO No primeiro experimento “Abordagem do caráter anfótero do alumínio” O primeiro tudo que continha ácido clorídrico, ao adicionar anel de alumínio só observamos o inicio da reação após um minuto que foi acionado o cronometro, consumindo todo o alumínio depois de 40 segundos. Observou-se a liberação de gás hidrogênio. Também se notou a alteração da cor da solução. A reação é exotérmica, pois houve liberação de calor e ocorre segundo a equação 1. Eq. 1 6HCl(aq) + 2Al(s) → 3H2(g) + 2AlCl3(aq) O segundo tubo que continha hidróxido de sódio, ao adicionar o anel de alumínio só foi observada que a reação começou instantaneamente, observados que depois de 6 minutos e 40 segundos nem todo o alumínio foi consumido. Notou-se a liberação de gás hidrogênio, alteração da coloração e liberação de calor. Ocorre conforme a equação 2 para a reação. Eq.2 NaOH(aq) + Al(s) → H2(g) + Na3AlO3(aq) Podendo observar que o Ácido clorídrico reagindo com o Alumínio foi mais forte e rápida que o Hidróxido de sódio com Alumínio. Por seu caráter anfótero o alumínio irá reagir tanto com o ácido quanto com a base. No segundo experimento “Influência da concentração” O primeiro tubo que continha 10mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5mol/L, ao adicionar o anel de alumínio só foi observado o começo da reação 22 segundos após o cronometro ser acionadoe sendo consumindo todo o alumínio com 1 minuto e 54 segundos. Notou-se a liberação do gás hidrogênio. Sendo uma reação exotérmica, pois notamos a liberação de calor. Ocorre conforme a equação 3. Eq. 3 6HCl(aq) + 2Al(s) → 3H2(g) + 2AlCl3(aq) No segundo tubo foi adicionado 5mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5mol/L mais 5mL de água destilada. Ao adicionar o anel de alumínio a reação foi observada após 1 minuto e 45 segundo que o cronometro foi acionado, liberação de calor com 11 minutos e 30 segundo e consumindo todo o alumínio com 12 minutos. Foi observado a liberação de gás hidrogênio. Sendo uma reação exotérmica, pois libera calor. Ocorre conforme a equação 4. Eq. 4 6HCl(aq) + 2Al(s) → 3H2(g) + 2AlCl3(aq) Pode ser observado que a influencia da concentração é muito grande na velocidade. Quando maior a concentração dos reagentes mais rápida será a velocidade da reação. O experimento do primeiro tubo foi mais rápido justamente devido a sua maior concentração. No terceiro experimento “Influência da temperatura” O primeiro tubo que continha 10mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5mol/L, foi introduzido ao banho de gelo. Ao adicionar o anel de alumínio só observou-se o começo da reação após 1 minuto que o cronometro foi acionado e depois de 5 minutos e 19 segundos o alumínio foi totalmente consumido. Observou-se a alteração da coloração da solução que ficou cinza escuro, isso devido à presença do alumínio na solução e liberação de gás hidrogênio. Não foi possível notar a liberação de calor. E o segundo tubo que também obtinha 10mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5mol/L que foi introduzido na agua quente. Ao adicionar o anel de alumínio, observou-se o começo da reação após 10 segundos que o cronometro foi acionado e consumindo todo o alumínio com 1 minuto. Notou-se a liberação de gás hidrogênio e maior liberação de calor. O terceiro tubo manteve-se em temperatura ambiente. Ao adicionar o anel de alumínio começou a reagir instantaneamente e consumiu todo o alumínio com 2 minutos marcados no cronometro. Foi notável a liberação de calor e de gás hidrogênio. Formando o produto Cloreto de alumínio conforme a equação 5. Eq. 5 6HCl(aq) + 2Al(s) → 3H2(g) + 2AlCl3(aq) Com isso podemos observar claramente que a influencia da temperatura é muito grande em uma reação, pois no momento que aumentamos a temperatura, aumenta-se a agitação das partículas dos reagentes, fornecendo assim mais energia cinética para essas partículas. Consequentemente aumentando a velocidade da reação. Por isso o experimento do tubo 2 que foi introduzido no banho quente foi mais rápido que os outros, e o temperatura ambiente mais rápido que o banhado no gelo. O quarto experimento “Influência da superfície de contato” Foi cortados em tamanhos iguais dois pedaços de papel alumínio, um foi amassado em formato de bola e o outro deixado em forma de lâmina. Em dois tubos de ensaio foi adicionado 10mL de solução aquosa de ácido clorídrico 5mol/L. O primeiro tubo adicionou-se a bola de papel alumínio, observou-se o inicio da reação após 1 minuto e 54 segundos que o cronometro foi acionado, consumindo o alumínio totalmente com 5 minutos e 05 segundos. Notando a liberação de gás e calor. O segundo tudo adicionou-se a lâmina de papel alumínio. Sendo observado o começo da reação após 1 minuto e 20 segundos que o cronometro foi acionado e consumindo todo o alumínio com 4 minutos e 05 segundos. Notou-se a liberação de gás hidrogênio e calor. Formou-se o produto cloreto de alumínio segundo a equação 6 para a reação. Eq. 6 6HCl(aq) + 2Al(s) → 3H2(g) + 2AlCl3(aq) Observa-se que a área de contato entre os reagentes também é um dos fatos que interfere na velocidade das reações químicas. Pois quanto maior a superfície de contato, maior será o número de moléculas reagindo e maior o numero de colisões eficazes terá. Aumentando assim a velocidades da reação. 4. CONCLUSÃO Podemos verificar experimentalmente os diferentes tipos de velocidades entre as reações químicas e que essas velocidades dependem muito de diversos fatores, como a variação da concentração, temperatura, superfície de contato. Sendo assim quanto maior a concentração de um ou mais reagentes, maior será a velocidade da reação. Já na influencia da temperatura a velocidade da reação tem um aumento significativo, assim como quanto maior a superfície de contato mais rápida ocorrerá à reação. 5. REFERÊNCIAS 1. ATKINS, P.; LORETA JONES. PRINCIPIOS DE QUÍMICA: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. Reimpressão 2002 sob a supervisão de PAULO S. S. Trad. Ignez Caracelli; Julio Zukerrnan- Schpector e colab. PORTO ALEGRE 2001. 2. BROWN, T... Química, a ciência central. Trad. Robson Matos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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