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5. Aula Briofitas 2014

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BRIÓFITAS 
Organização do Reino Vegetal 
Criptógamas 
Sem tecido vascular 
Com tecido vascular 
hepáticas 
antóceros 
 musgos 
• Psilotófita 
• Licófita 
• Esfenófitas 
• Pterófitas 
 
 
Sem fruto verdadeiro 
Fanerógamas 
Com fruto verdadeiro 
coníferas 
cicadófitas 
ginkgofita 
gnetófitas 
(gimnospermas) 
(angiospermas) 
antófitas 
eudicotiledôneas monocotiledôneas 
CRIPTÓGAMAS - kryptos = escondido; 
 gamós = casamento. Significa "órgãos 
reprodutores escondidos ou pouco 
evidentes”. SEM FLORES. 
FANERÓGAMAS - phanerós = evidente; 
gamós = casamento. Significa " órgãos 
reprodutivos evidentes “. COM 
FLORES. 
Relações filogenéticas 
Algas verdes 
(grupo externo) Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas 
Gametângios revestidos por células estéreis 
Embrião retido no gametângio feminino 
Vasos condutores de seiva 
Sementes 
Flores e frutos 
Espermatófitas (plantas que produzem sementes) 
Traqueófitas (plantas vasculares) 
Embriófitas 
Passagem evolutiva da água para o 
ambiente terrestre 
Passagem evolutiva da água para o 
ambiente terrestre 
 O mais crucial foi evitar a dessecação 
 
 Os gametas são encerrados em estruturas protetoras 
multicelulares 
 
 Um vestígio de seus ancestrais aquáticos (algas) persiste, no 
sentido de que o anterozóide ainda precisa nadar num meio 
aquoso para alcançar a oosfera 
 
 A fecundação ocorre dentro do arquegônio, e o embrião 
resultante é alimentado e protegido pela planta materna 
 
 O embrião em crescimento (esporófito) nunca se torna 
independente da planta parental (gametófito) 
 
 O gametófito corresponde a fase duradoura 
 
 A meiose ocorre rapidamente no esporófito 
 
 Esporos com paredes contendo esporopolenina 
Briófitas são vegetais, na maioria terrestres, 
apresentando características que as separam das algas e 
das plantas vasculares 
São plantas pequenas, geralmente com alguns poucos 
centímetros de altura 
Uma das características mais marcantes das briófitas é a 
ausência de vasos para a condução de nutrientes 
(xilema e floema) 
Briófitas 
Estes são transportados de célula a célula por todo 
o vegetal 
É por isso que não existem briófitas muito grandes 
O transporte de água de célula a célula é muito lento e 
as células mais distantes morreriam desidratadas 
As briófitas não tem raízes 
Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados 
rizóides 
Também não possuem verdadeiro caule 
Tem uma haste denominada caulóide que não apresenta 
vasos para a condução da seiva 
Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes 
achatadas do caulóide 
Seus gametângios são pluricelulares, com uma camada 
estéril que protege as células sexuais da dessecação, 
sendo esta uma adaptação à vida no ambiente terrestre 
O corpo vegetativo corresponde ao gametófito haplóide 
(n), sendo que o esporófito diplóide (2n) cresce sobre 
este. 
São vegetais relativamente pequenos, habitando 
ambientes mésicos, xéricos e higrófilos, tendo alguns 
representantes aquáticos continentais (água doce) 
Crescem em uma variedade de substratos, naturais ou 
artificiais, sob diversas condições microclimáticas 
Abrigam vasta comunidade biótica, como pequenos 
animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobactérias e 
protozoários 
Propiciam condições, em muitos ambientes, para o 
desenvolvimento de plantas vasculares devido à 
capacidade de reter umidade 
A reprodução pode ser assexuada e sexuada. 
Assexuadamente ocorre por propágulos (gemas). 
A reprodução sexuada envolve uma alternância 
heterofásica e heteromorfa de gerações, sendo a meiose 
espórica e o gametófito haplóide, a fase dominante 
do ciclo 
O gametófito masculino produz gametas móveis, com 
flagelos, chamados de anterozóides. Já o feminino 
produz gametas imóveis, chamados de oosferas 
Levados pelas gotas de chuva, os anterozóides alcançam 
a planta feminina e nadam em direção à oosfera 
Da união de um anterozóide com uma oosfera, surge o 
zigoto, que, sobre a planta feminina cresce e forma um 
embrião, que se desenvolve originando a fase assexuada 
chamada de esporófito, isto é, a fase produtora de 
esporos 
O esporófito possui uma haste e uma cápsula, no 
interior da qual formam-se os esporos 
Quando maduros, os esporos são liberados e podem 
germinar no solo úmido 
Cada esporo, então, pode formar uma espécie de "broto" 
chamado de protonema 
Cada protonema, por sua vez, desenvolve-se e origina 
um novo musgo verde (gametófito) 
O esporófito diplóide é nutricionalmente 
dependente do gametófito para sua nutrição 
As briófitas, tal como os fungos liquenizados, por suas 
características anatômicas, apresentam sensibilidade 
específica aos poluentes, sendo bons indicadores de 
poluição, prestando-se eficientemente para estudos de 
biomonitoramento ambiental 
Ainda as briófitas podem ser utilizadas como: 
antibactericidas, ornamentais em floriculturas, controle de 
erosão do solo e o gênero Sphagnum usado na 2ª Guerra 
Mundial como algodão (anti-séptico) 
Com cerca de 20.000 espécies, as briófitas são o segundo 
grupo mais importante de plantas verdes do ambiente 
terrestre 
O Brasil conta com cerca de 3.200 táxons de briófitas, 
sendo 23 táxons de Anthocerotophyta (antóceros), 
distribuídos em seis gêneros e três famílias; 1023 de 
Marchantiophyta (hepáticas), em 147 gêneros e 39 
famílias e 1154 táxons de Bryophyta (musgos), em 311 
gêneros e 76 famílias. 
Este grupo vegetal é representado por três filos: 
Anthocerotophyta (antóceros); Hepatophyta 
(hepáticas) e Bryophyta (musgos) 
Características gerais 
• Em geral vivem em locais úmidos e como característica 
marcante, não apresentam tecidos de condução 
para o transporte de água (xilema) e matéria orgânica 
(floema); 
 
• Apresentam gerações esporofíticas e gametofíticas 
heteromórficas alternantes; 
 
• Gametófitos são dominantes, enquanto o esporófito é 
permanentemente ligado ao gametófito e 
nutricionalmente dependente dele; 
 
• O esporófito nunca é ramificado e possui apenas um 
esporângio; 
 
• Presença de gametângios masculinos (anterídios) e 
gametângios femininos (arquegônios); 
 
• Retenção do zigoto em desenvolvimento (esporófito 
jovem), dentro do arquegônio; 
• Presença de um esporófito multicelular diplóide; 
 
• Esporângios multicelulares, que consistem na camada de 
células estéreis e no tecido interno produtor de esporos 
(esporógeno); 
 
• Esporos com paredes contendo esporopolenina que resiste à 
decomposição e a dessecação; 
 
• Algumas briófitas apresentam células especializadas na 
condução de água (hidroma) e seiva (leptoma). 
 
Criptógamas sem tecido vascular e sementes 
hepáticas 
antóceros 
musgos 
Filo Bryophyta 
Filo Hepatophyta 
Filo Anthocerotophyta 
Os Musgos: 
-Cerca de 9.500 espécies; 
-Abundantes em áreas úmidas; 
-Os musgos são sensíveis a poluição; 
-Algumas espécies são encontradas no deserto, formam 
tapetes secos sobre rochas expostas, onde a temperatura 
pode ser muito alta; 
 
Apresenta três classes: 
Bryidae (referidos como musgos verdadeiros) 
 Sphagnidae (os musgos das turfeiras) 
 Andreaeidae (os musgos do granito) 
Filo Bryophyta 
Classe Bryidae: Musgo verdadeiro 
 
 
Aspecto Geral do Musgo 
Os gametófitos de todos os musgos são representados 
por duas fases distintas: 
 
 Protonema (da palavra grega protos, primeiro, e 
nema, fio), que origina diretamente de um esporo 
germinativo; 
Gametófito folhoso. 
 
Nos musgos verdadeiros, as células do protonema ocorrem em uma 
camada simples, e a ramificação do filamento lembra alga verde 
filamentosa. 
 
Os gametófitos folhosos desenvolvem-sede uma estrutura globosa 
muito pequena sobre os protonemas. 
 
Os protonemas são característicos de todos os musgos e são 
também encontrados em algumas hepáticas, mas não em 
antóceros. 
 
Nos musgos verdadeiros, o gametófito é folhoso e geralmente ereto, 
crescem de uma célula apical inicial que lembra uma pirâmide 
invertida de três lados, similar às hepáticas folhosas. 
Os gametófitos de musgo, que exibem vários graus de 
complexidade, variam de 0,5 mm a 50 cm ou mais 
de comprimento. 
 
Todos têm rizoide multicelular e os filídios têm 
normalmente uma célula de espessura. 
 
Em vários musgos, o caulídio dos gametófitos e 
esporófitos têm um filamento central de células 
condutoras de água conhecidas como hidróides. Os 
hidróides são células alongadas como paredes 
inclinadas delgadas e altamente permeáveis à água, 
fazendo-o preferencialmente o caminho de água e 
solutos. 
Hidroides Leptoides Parênquima 
Estruturas especializadas: Hidroides 
Hidroides são células alongadas, com 
paredes delgadas e altamente permeáveis 
à água. Ausência de protoplasto vivo. 
condução de 
água 
(hadroma) e 
substãncias 
orgânicas 
(leptoma). 
Em musgos, os anterídios são frequentemente 
protegidos dentro das estruturas folhosas chamadas 
“rosetas”. 
 
Os anterozoides de vários anterídios são 
descarregados numa gota de água dentro de tais 
rosetas e largamente dispersados como resultado da 
ação de gotas de chuva caindo na roseta. 
 
Insetos podem também carregar as gotas de água 
rica em anterozoides de planta a planta. Visto que o 
anterozoide pode ser dispersado a grandes distâncias 
nesses caminhos, gametófitos femininos isolados 
frequentemente formam esporófitos em abundância. 
Dois padrões de crescimento são comuns entre os 
gametófitos de musgos: 
 
 No primeiro, a almofada (coxim), os gametófitos 
são eretos e pouco ramificados, geralmente os 
esporófitos terminais. 
 No segundo, os gametófitos são muito ramificados e 
pinados, e as plantas são rastejantes; os esporófitos 
saem lateralmente. 
 
Com a maturação, os gametângios são protegidos 
pelos gametófitos folhosos, cada um no ápice do 
caulídio principal ou nos caulídios laterais. Em alguns 
gêneros os gametófitos são dióicos, mas em outros 
gêneros os arquegônios e anterídios são produzidos 
na mesma planta (monóicos) . 
Formas de crescimento 
Forma almofada: os gametófitos 
são eretos e têm pouca ramificação. 
As cápsulas com esporos em longa e 
delgadas setas. (Polytrichum 
juniperinum) 
Forma Pinada: com gametófitos rasteiros, 
foscos mostrados aqui em Thuidium 
delicatulum 
Caulídio (seta) 
Filídios 
Fontinalis antipyretica 
(musgo de aquário) 
Fontinalis antipyretica 
(musgo de aquário) 
Taxiphyllum barbieri 
(musgo de java) 
Ciclo de vida do musgo 
Gametófito 
• Geralmente são fixos a um 
substrato tal como o solo, por 
rizóides. 
• Os rizóides são multicelulares e 
servem apenas para ancorar as 
plantas, uma vez que a absorção de 
água e íons inorgânicos ocorre 
diretamente através dos filídios e 
caulídios. 
• Os musgos em particular têm 
tricomas especiais e outras 
adaptações estruturais que 
contribuem para o transporte da 
água externa e sua absorção. 
• Algumas briófitas abrigam fungos e cianobactérias simbiontes que 
podem ajudar na aquisição de nutrientes. 
• Os anterozóides são as únicas células flageladas 
produzidas por briófitas e requerem água para nadar 
até a oosfera. 
oosfera 
No ápice dos gametófitos surgem estruturas de 
reprodução características, denominados 
arquegônios, onde se diferencia o gameta feminino 
(oosfera) e anterídios, onde se diferenciam os 
gametas masculinos (anterozóides). 
 
Em condições adequadas de umidade os anterozóides 
pequenos e biflagelados são liberados pelo rompimento da 
parede do anterídeo, enquanto as células do canal do 
arquegônio rompem-se, liberando um fluido que direciona os 
anterozoides até a oosfera, havendo então a fecundação. 
Durante esse período, substâncias são liberadas para atração 
do anterozóide, fenômeno denominado quimiotactismo. 
 
Após a fecundação o zigoto permanece dentro do arquegônio, 
onde ele é nutrido com açúcares, aminoácidos e 
provavelmente outras substâncias fornecidas pelo gametófito 
materno. Essa forma de nutrição é denominada matrotrofia 
Arquegônio Anterídio 
ventre 
colo 
O protonema é um conjunto de 
filamentos resultante da germinação 
do esporo, nos quais formam 
rebentos que se desenvolvem as 
novas plantas. 
• Os arquegônios de briófitas têm forma de garrafa, 
com um longo colo e uma porção basal dilatada, o 
ventre, que abriga uma única oosfera. 
protonema 
Estrutura do esporófito ( 2n) 
 Nutricionalmente dependente do 
gametófito 
 
 Consiste em pé, seta longa e esporângio 
como sendo a porção dilatada denominada 
cápsula 
 A medida que amadurece, gradualmente 
perde a capacidade de fotossíntese e 
torna-se marrom 
 
Esporófitos de musgos 
 
 
 
As cápsulas ou esporogônios são geralmente elevadas 
por uma seta, ou haste, que pode alcançar 15 a 20cm 
de comprimento em poucas espécies; em alguns 
musgos a seta é completamente ausente. 
 
As setas de alguns musgos têm feixe central de 
hidróides que em alguns gêneros é rodeado por 
elementos crivados. Um curto pé na base da seta é 
embebido em tecido do gametófito, e a seta 
geralmente se alonga no início do desenvolvimento do 
esporófito. 
Estômatos estão normalmente presentes nos 
esporófitos de musgos 
 
Estômatos de alguns musgos, entretanto, consistem 
somente em uma célula simples em forma de grão de 
feijão, célula guia, que é uma estrutura muito diferente 
daquela encontrada em plantas vasculares. 
Partes do esporófito 
O pé fica imerso no tecido do 
gametófito e é responsável pela 
absorção de substâncias nutritivas e 
água. Sustentado pela seta 
encontra-se o esporângio, terminal, 
denominado cápsula, apresentando 
um envoltório de tecido externo com 
função de proteção, sendo os 
esporos diferenciados por meiose a 
partir de camadas internas (tecido 
esporogêno). 
Nos musgos, cada cápsula possui 
até 50 milhões de esporos 
haplóides, cada um capaz de dar 
origem a um novo gametófito. 
 Antes da dispersão dos esporos, a caliptra protetora cai 
e o opérculo da cápsula rompe-se, revelando um anel 
com dentes – o peristômio – que circunda a abertura. 
 
 O peristômio é uma característica da classe Bryidae e 
é ausente nas outras duas classes de musgos. 
urna 
opérculo 
Os dentes do peristômio 
(grego: peri = ao redor, 
stomios = boca), através de 
movimentos higroscópicos, 
devidos a variação da umidade 
do ar, ajudam na liberação dos 
esporos. 
 Os dentes do peristômio são 
formados pela ruptura ao longo 
de uma zona de fragilidade . 
 Na maioria dos musgos, os 
dentes desenrolam-se lenta-
mente, quando o ar está 
relativamente seco, e enrolam-
se novamente quando o ar está 
mais úmido. 
 Os movimentos dos dentes expõem os esporos, que são 
gradualmente liberados. 
 Uma cápsula libera até 50 milhões de esporos haplóides, cada um 
dos quais é capaz de dar origem a um novo gametófito. 
Geralmente, as células dos esporófitos jovens e em 
maturação contêm cloroplastos e fazem fotossíntese. 
 
Quando o esporófito de musgo é maduro, 
gradualmente perde essa habilidade 
fotossintetizante e muda a cor para amarelo, depois 
laranja e finalmente castanho. 
 
A caliptra, derivada do arquegônio, é comumente 
elevada com a cápsula, com o alongamento da seta. 
 
Antes da dispersão dos esporos, a caliptra cai, e a 
tampo ou opérculo explode, mostrando um anel de 
dentes – o peristômio – cercando a abertura. Na 
maioria dos musgos, os dentesdesenrolam 
lentamente quando o ar é relativamente seco e 
enrolam outra vez quando é úmido. Os movimentos 
dos dentes expõem os esporos, que são gradualmente 
liberados. 
 Classe Sphagnidae: Musgo de turfeira 
 
 350 espécies de musgos de turfeira; 
 Gênero Sphagnum; 
 Os caulídios do gametófito de Sphagnum produzem 
tufos de ramos (cinco em cada nó, 
aproximadamente), formando grandes moitas; 
 Os gametófitos de Sphagnum originam-se de um 
protonema que é taloso em vez de filamentoso e 
formam botões nas margens dos quais se originam 
os gametófitos folhosos; 
 As plantas adultas não tem rizóides; 
 Os filídios distintos desse gênero consistem em 
células grandes, mortas e rodeadas por uma fileira 
de células viva; 
 As células mortas contêm poros e espessamentos e 
crescem encharcadas com água; assim a capacidade 
de absorção de água dos musgos de turfeira é acima 
de 20 vezes o seu peso seco (algodão 4 a 6 vezes); 
 Células com paredes impregnadas por substâncias 
fenólicas, resistentes à decomposição e apresentam 
propriedades anti-sépticas. O musgo Sphagnum foi 
usado na Europa a partir de 1880 nas guerras como 
curativo para feridas e furúnculos; 
 Na jardinagem é utilizado, misturando-o com o solo 
para aumentar a capacidade de absorção de água no 
solo e torná-lo mais ácido; 
 São de grande importância no ciclo mundial do 
carbono, porque armazenam quantidades muito 
elevadas de carbono orgânico que não é rapidamente 
decomposto a CO2 por microrganismos. 
Musgo de turfeira 
(a) Um gametófito, com vários 
esporófitos. Algumas das 
cápsula, tais como as duas da 
frente e à esquerda, já liberaram 
seus esporos. (b) a estrutura do 
filídio. A interna, consistindo em 
células pequenas e vivas, ricas 
em cloroplastos. (c) a deiscência 
da cápsula. À medida que a 
cápsula seca, esta fica cheia de 
ar. Os estômatos, através dos 
quais o ar entra, fecham o 
processo de secagem; com o 
encolhimento, a pressão do ar 
dentro da cápsula pressiona o 
opérculo, liberando uma nuvem 
de esporos. 
O musgo de turfeira, Sphagnum. 
Musgo de turfeira 
Sphagnidae 
Possui grande valor comercial e ecológico. 
A descarga dos esporos é 
espetacular, no ápice da cápsula há 
um opérculo, estrutura semelhante a 
uma tampa. A medida que a cápsula 
seca, os tecidos internos encolhem-
se e a pressão interna de ar 
aumenta. O opérculo acaba sendo 
eliminado explosivamente. urna 
opérculo 
Musgo de turfeira 
O processo todo leva milésimos de segundo. A pressão na 
cápsula antes da explosão é de 400 kPa, quase o dobro da 
pressão de um pneu de carro. Quando a tampa se rompe, os 
esporos sofrem uma força 36 mil vezes maior que a da 
gravidade, quase 2 mil vezes maior que a maior força exercida 
sobre um astronauta quando um foguete decola ou uma nave 
espacial reentra na atmosfera. 
 
Essa força enorme faz com que os esporos atinjam 120 km/h 
em menos de 0,1 milissegundo (um carro esporte leva quase 
3 segundos, 30 mil vezes mais tempo, para atingir a mesma 
velocidade) o que resulta em uma aceleração máxima de 360 
mil m/s². O resultado final é que os esporos são lançados a 20 
centímetros de altura, o que permite que eles atinjam as 
correntes de vento que passam sobre os campos de musgo e 
sejam carregados para longe. 
Classe Andreaeidae: Musgo de Granito 
Aproximadamente 100 espécies de musgo pequenos, verde-
escuros ou castanho-avermelhados escuros em tufos sobre rochas; 
 
 Ocorrem em montanhas ou regiões árticas, frequentemente sobre 
rochas graníticas, daí o seu nome; 
 
 O gametófito lembra um musgo verdadeiro, mas este possui uma 
estrutura espessa com vários lobos, e não de filamentos; 
 As pequenas cápsulas de Andreacea são marcadas 
pelas quatro linhas verticais de células delicadas 
ao longo da cápsula fendida; 
As quatro valvas resultantes são muito sensíveis 
à umidade do ar, abrindo muito quando ele está seco 
(os esporos são lançados longe pelo vento e fechado 
quando está úmido; 
 Este mecanismo de descarga dos esporos, pelas 
fendas na cápsula, é diferente daquele visto nos 
outros musgos; 
Andreae rothii 
Cápsula úmida 
Cápsula seca 
Musgos de granito do gênero Andreaea. 
Ciclo de vida do musgo verdadeiro 
Ciclo de vida do musgo verdadeiro 
Filo Hepatophyta 
 
 
 hepatos (grego) = fígado 
 
 
 As hepáticas são um grupo de cerca de 6.000 espécies; 
 Geralmente pequenas e inconspícuas, podendo formar 
massas relativamente grandes em habitats favoráveis, 
tais como rochas úmidas e sombreadas; 
As hepáticas podem ser talóides ou folhosas; 
Inconspícuas = Indistinto, difícil de perceber, que não chama atenção, que não se percebe de imediato. 
 Os gametófitos apresentam talo fixo ao substrato 
por rizóides unicelulares, células com vários 
cloroplastos, anterídios e arquegônios superficiais; 
 O protonema é reduzido, constituído por poucas 
células, sendo considerado por alguns autores como 
ausente; 
O esporófito é delicado, de tamanho reduzido e 
geralmente aclorofilado, muitas vezes não sendo 
visível a olho nu; 
A cápsula é simples, sendo envolvida por uma 
camada de tecido uniestratificada. A maturação dos 
esporos é simultânea. 
A liberação dos esporos de seu interior é feita 
através de uma abertura longitudinal dessa parede 
(deiscência longitudinal); 
 A dispersão dos esporos é auxiliada por 
elatérios, células mortas que ocorrem entre esporos, 
apresentando paredes com reforço em espiral que, 
através de movimentos higroscópicos, arremessam 
esses esporos a distância; 
 Os elatérios tem origem também a partir de células 
mãe de esporos, não havendo tecido vegetativo no 
interior da cápsula; 
A parede dos elatérios é sensível às mudanças 
de umidade e pode funcionar como uma mola 
auxiliando a dispersão dos esporos. 
Eláterios 
A porção superior (dorsal) é fina, rica em 
clorofila e freqüentemente dividida em regiões 
elevadas, cada uma com um grande poro que 
conduz a uma câmara de ar subjacente; 
 A fragmentação é a principal característica da 
reprodução assexuada em hepáticas; 
A porção inferior (ventral) é mais espessa e 
incolor, com rizóides e escamas. 
• O talo apresenta espessura de 
cerca de 30 células em sua região 
central e espessura de 
aproximadamente 10 células nas 
porções mais delgadas. 
Porção dorsal clorofilada com poros aeríferos 
Secção transversal evidenciando poros 
aeríferos 
Hepáticas Talosas 
 
Em alguns gêneros de hepáticas talosas, o talo tem 
várias células espessas, incolor, na porção mais 
inferior (ventral) e a parte dorsal é rica em clorofila; 
 
A superfície superior é dividida em regiões, cada 
uma marca o limite de uma câmara aerífera e tem 
um poro largo que guia essa câmara; 
 
Os gametófitos de Marchantia são monóicos, e os 
gametófitos masculinos e femininos podem ser 
facilmente identificados pelas estruturas que 
carregam. 
 
Os anterídios nascem nas hastes com cabeça em 
forma de disco chamadas anteridióforos, 
enquanto os arquegônios nascem nas hastes com 
cabeça em forma de guarda-chuva chamadas de 
arquegonióforos. 
O esporófito se desenvolve dentro do arquegônio 
feminino, constando de um pé, uma seta curta e uma 
cápsula, que só emerge do envoltório ao final de seu 
desenvolvimento, pela distensão da seta. 
O gametófito apresenta 
estruturas especiais para abrigar 
o arquegônio e o anterídio, 
denominados arquegonióforo e 
anteridióforo respectivamente. 
Os anterídios originam-se em 
gametóforos capitados e 
discóides, enquanto os 
arquegônios, originam se em 
gametófitos capitados e em 
forma de guarda chuva. 
arquegonióforo 
anteridióforo 
Arquegônio 
anterídios 
Gametófito 
Taloexibindo conceptáculo 
conceptáculo 
A fragmentação é o principal meio de 
reprodução assexuada em hepáticas, mas 
outro mecanismo largamente difundido é a 
produção de gemas. Em Marchantia, as 
gemas são produzidas em estruturas 
especiais semelhantes a taças chamadas 
conceptáculos 
(a) 
Esporófito 
Em Marchantia a geração 
esporofítica consiste em um pé, 
uma curta seta e uma cápsula. 
Além dos esporos, o esporângio 
maduro contém células alongadas 
chamadas elatérios, que 
apresentam espessamentos de 
paredes higroscópicos (absorvem 
água), arranjados em hélice. As 
paredes dos elatérios são sensíveis 
a ligeiras mudanças de umidade. 
Esporos com elatérios 
Um esporófito quase maduro de Marchantia. Observe os 
elatérios- estrutura helicoidal, filamentosa, que ajuda na 
dispersão dos esporos – dentro da cápsula na qual os 
esporos estão enfileirados. 
Esporos maduros (esferas avermelhadas e elatérios 
(filamentos verdes) da cápsula de Marchantia 
Ciclo de vida de Marchantia sp 
Marchantia polymorpha gemmae 
Riccardia latifrons 
Riccia sorocarpa 
Hepáticas Talosas 
Hepáticas folhosas 
 
 
 
São mais comuns que as hepáticas talosas, das 
6.000 espécies, 4.000 são hepáticas folhosas. 
 
São encontradas nos trópicos e subtrópicos, em 
regiões de muita chuva ou umidade alta, onde 
crescem sobre as folhas, troncos de árvores, bem 
como outras superfícies vegetais e regiões de 
cachoeiras. 
 
Hepática folhosa do gênero Frullania. 
 
 
Os gametófitos dos antóceros (do grego Anthos 
= flor) assemelham-se a rosetas. 
 
Constituem uma pequena divisão de plantas que 
podem estar mais relacionadas com algas verdes 
Flagelo 
Escama 
Alga verde Coleachaete 
( classe Charophyceae) 
Filo Anthocerotophyta 
 cerca de 100 espécies 
 
Os gametófitos de antóceros superficialmente 
lembram aquelas hepáticas talosas 
Os gametófitos de 
antóceros apresentam 
um forte achatamento 
dorsiventral; apresentam 
forma de roseta 
Antócero. Gametófito 
com o esporófito 
 Cavidades internas com mucilagem, ao invés de 
ar, como nos gametófitos de hepáticas talosas. 
Essas cavidades mucilaginosas são frequentemente 
habitadas pelas cianobactérias do gênero Nostoc, 
que fixam nitrogênio e o fornecem para sua planta 
hospedeira. 
Os anterídeos e arquegônios são encontrados na 
superfície dorsal do gametófito, 
 Numerosos esporófitos podem desenvolver-se 
sobre o mesmo gametófito; 
O esporófito de Anthoceros, que é 
uma estrutura ereta alongada, 
consiste em um pé e uma cápsula 
cilíndrica longa. 
Um aspecto único dos esporófitos de 
antóceros é que em seu 
desenvolvimento inicial, o 
meristema basal permanece ativo 
e como resultado, o esporófito 
continua a alongar-se por um período 
prolongado de tempo. 
 No início do seu desenvolvimento, o meristema, ou 
zona de atividade de divisão celular, desenvolve-se 
entre o pé e a cápsula 
como resultado, o esporófito continua a elongação 
por um período prolongado; 
 É verde e tem várias camadas de células 
fotossintetizantes; 
 Coberto por uma cutícula e apresenta estômatos; 
 A maturação dos esporos e finalmente a deiscência 
da cápsula começa no ápice e vão em direção à base 
na medida que os esporos amadurecem; 
 Entre os esporos encontram-se estruturas estéreis 
alongadas (pseudo-elatérios), frequentemente 
multicelulares, que lembram os elatérios de 
hepáticas. A deiscência da cápsula se faz 
longitudinalmente em duas valvas. 
esporófito 
gametófito 
Antócero 
Secção transversal do esporófito 
Esporos 
 Hepatophyta Anthocerotophyta Bryophyta 
Estrutura Taloso ou 
folhoso 
Talosos folhosos 
Rizóide unicelular unicelular pluricelular 
Cloroplasto/célula Vários Um vários 
Protonema reduzido ausente presente 
Anterídeos/Arquegônios superficiais imersos superficiais 
Resumo das características dos 
gametófitos nos 3 filos de briófitas 
 
 Hepatophyta Anthocerotophyta Bryophyta 
Estrutura Pequeno, aclorofilado Grande, clorofialdo Grande,clorofilado 
seta presente ausente presente 
Maturação dos 
esporos 
simultânea gradual simultânea 
Dispersão dos 
esporos 
Elatérios pseudoelatérios Dentes dos 
peristômio 
Estômatos Ausente presente presente 
Resumo das características dos 
esporófitos nos 3 filos de 
briófitas 
 
http://www.dicyt.com/noticia/foi-encontrada-uma-planta-briofita-especifica-das-ilhas-canarias-madeira-e-do-sul-peninsular-no-jazigo-arqueologico-de-
tiermes 
http://noticias.bol.uol.com.br/eco
nomia/2013/01/18/espanhois-
desenvolvem-concreto-para-
abrigar-musgos-e-fungos.jhtm 
Concreto biológico 
- Absorve CO2 
- Regula a temperatura no 
interior da construção 
- Futuro sustentável 
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/01/ancestral-unico-de-
musgo-colonizou-noroeste-da-america-do-norte-dizem-cientistas.html 
Publicação na revista 
Molecular Ecology 
Ecografite 
A receita para fazer seu próprio musgo e sair 
embelezando a cidade é bem simples: 
 
 
- Um tanto de musgo, que pode ser encontrado em 
lugares úmidos, calçadas, pedras etc. 
 
-1 pote de iogurte natural 1/2 colher de chá de açúcar. 
 
- Pincel 
 
- Borrifador para molhar sempre, caso contrário 
morrerá. 
 
- Coloque o musgo mais iogurte e açúcar no 
liquidificador e bata até virar uma coisa só. Pronto! 
http://babeldasartes.com.br/blog/2011/03/01/biojoias-vivas-plantas-e-musgos-enfeitam-o-corpo/ 
Alguns designers criaram joias que são pedaços da 
natureza. O melhor é que são fáceis de cuidar. Basta 
adicionar uma gota de água a cada 2-3 semanas e dar 
um pouco de luz. Assim, podem durar anos. 
Tem o colar de Collen Jordan que vem sem a planta, 
mas com instruções de como cultivar e 
recomendações sobre qual plantinha funciona melhor. 
O anel grama do design Hafsteinn Juliusson tem 
vários modelos. Já o pingente é um terrário com ninho 
de musgo, um ovo de argila e uma pena. Tudo dentro 
de um pequeno vidro com rolha. Outro pingente de 
colar estilo terrário tem musgo fresco sobre uma 
cama de solo orgânico dentro de um frasco pequeno, 
também de vidro. Tem até brincos de prata que 
ganham charme com musgo.

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