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BRIÓFITAS Organização do Reino Vegetal Criptógamas Sem tecido vascular Com tecido vascular hepáticas antóceros musgos • Psilotófita • Licófita • Esfenófitas • Pterófitas Sem fruto verdadeiro Fanerógamas Com fruto verdadeiro coníferas cicadófitas ginkgofita gnetófitas (gimnospermas) (angiospermas) antófitas eudicotiledôneas monocotiledôneas CRIPTÓGAMAS - kryptos = escondido; gamós = casamento. Significa "órgãos reprodutores escondidos ou pouco evidentes”. SEM FLORES. FANERÓGAMAS - phanerós = evidente; gamós = casamento. Significa " órgãos reprodutivos evidentes “. COM FLORES. Relações filogenéticas Algas verdes (grupo externo) Briófitas Pteridófitas Gimnospermas Angiospermas Gametângios revestidos por células estéreis Embrião retido no gametângio feminino Vasos condutores de seiva Sementes Flores e frutos Espermatófitas (plantas que produzem sementes) Traqueófitas (plantas vasculares) Embriófitas Passagem evolutiva da água para o ambiente terrestre Passagem evolutiva da água para o ambiente terrestre O mais crucial foi evitar a dessecação Os gametas são encerrados em estruturas protetoras multicelulares Um vestígio de seus ancestrais aquáticos (algas) persiste, no sentido de que o anterozóide ainda precisa nadar num meio aquoso para alcançar a oosfera A fecundação ocorre dentro do arquegônio, e o embrião resultante é alimentado e protegido pela planta materna O embrião em crescimento (esporófito) nunca se torna independente da planta parental (gametófito) O gametófito corresponde a fase duradoura A meiose ocorre rapidamente no esporófito Esporos com paredes contendo esporopolenina Briófitas são vegetais, na maioria terrestres, apresentando características que as separam das algas e das plantas vasculares São plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura Uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos para a condução de nutrientes (xilema e floema) Briófitas Estes são transportados de célula a célula por todo o vegetal É por isso que não existem briófitas muito grandes O transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes morreriam desidratadas As briófitas não tem raízes Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados rizóides Também não possuem verdadeiro caule Tem uma haste denominada caulóide que não apresenta vasos para a condução da seiva Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes achatadas do caulóide Seus gametângios são pluricelulares, com uma camada estéril que protege as células sexuais da dessecação, sendo esta uma adaptação à vida no ambiente terrestre O corpo vegetativo corresponde ao gametófito haplóide (n), sendo que o esporófito diplóide (2n) cresce sobre este. São vegetais relativamente pequenos, habitando ambientes mésicos, xéricos e higrófilos, tendo alguns representantes aquáticos continentais (água doce) Crescem em uma variedade de substratos, naturais ou artificiais, sob diversas condições microclimáticas Abrigam vasta comunidade biótica, como pequenos animais, algas, fungos, mixomicetos, cianobactérias e protozoários Propiciam condições, em muitos ambientes, para o desenvolvimento de plantas vasculares devido à capacidade de reter umidade A reprodução pode ser assexuada e sexuada. Assexuadamente ocorre por propágulos (gemas). A reprodução sexuada envolve uma alternância heterofásica e heteromorfa de gerações, sendo a meiose espórica e o gametófito haplóide, a fase dominante do ciclo O gametófito masculino produz gametas móveis, com flagelos, chamados de anterozóides. Já o feminino produz gametas imóveis, chamados de oosferas Levados pelas gotas de chuva, os anterozóides alcançam a planta feminina e nadam em direção à oosfera Da união de um anterozóide com uma oosfera, surge o zigoto, que, sobre a planta feminina cresce e forma um embrião, que se desenvolve originando a fase assexuada chamada de esporófito, isto é, a fase produtora de esporos O esporófito possui uma haste e uma cápsula, no interior da qual formam-se os esporos Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido Cada esporo, então, pode formar uma espécie de "broto" chamado de protonema Cada protonema, por sua vez, desenvolve-se e origina um novo musgo verde (gametófito) O esporófito diplóide é nutricionalmente dependente do gametófito para sua nutrição As briófitas, tal como os fungos liquenizados, por suas características anatômicas, apresentam sensibilidade específica aos poluentes, sendo bons indicadores de poluição, prestando-se eficientemente para estudos de biomonitoramento ambiental Ainda as briófitas podem ser utilizadas como: antibactericidas, ornamentais em floriculturas, controle de erosão do solo e o gênero Sphagnum usado na 2ª Guerra Mundial como algodão (anti-séptico) Com cerca de 20.000 espécies, as briófitas são o segundo grupo mais importante de plantas verdes do ambiente terrestre O Brasil conta com cerca de 3.200 táxons de briófitas, sendo 23 táxons de Anthocerotophyta (antóceros), distribuídos em seis gêneros e três famílias; 1023 de Marchantiophyta (hepáticas), em 147 gêneros e 39 famílias e 1154 táxons de Bryophyta (musgos), em 311 gêneros e 76 famílias. Este grupo vegetal é representado por três filos: Anthocerotophyta (antóceros); Hepatophyta (hepáticas) e Bryophyta (musgos) Características gerais • Em geral vivem em locais úmidos e como característica marcante, não apresentam tecidos de condução para o transporte de água (xilema) e matéria orgânica (floema); • Apresentam gerações esporofíticas e gametofíticas heteromórficas alternantes; • Gametófitos são dominantes, enquanto o esporófito é permanentemente ligado ao gametófito e nutricionalmente dependente dele; • O esporófito nunca é ramificado e possui apenas um esporângio; • Presença de gametângios masculinos (anterídios) e gametângios femininos (arquegônios); • Retenção do zigoto em desenvolvimento (esporófito jovem), dentro do arquegônio; • Presença de um esporófito multicelular diplóide; • Esporângios multicelulares, que consistem na camada de células estéreis e no tecido interno produtor de esporos (esporógeno); • Esporos com paredes contendo esporopolenina que resiste à decomposição e a dessecação; • Algumas briófitas apresentam células especializadas na condução de água (hidroma) e seiva (leptoma). Criptógamas sem tecido vascular e sementes hepáticas antóceros musgos Filo Bryophyta Filo Hepatophyta Filo Anthocerotophyta Os Musgos: -Cerca de 9.500 espécies; -Abundantes em áreas úmidas; -Os musgos são sensíveis a poluição; -Algumas espécies são encontradas no deserto, formam tapetes secos sobre rochas expostas, onde a temperatura pode ser muito alta; Apresenta três classes: Bryidae (referidos como musgos verdadeiros) Sphagnidae (os musgos das turfeiras) Andreaeidae (os musgos do granito) Filo Bryophyta Classe Bryidae: Musgo verdadeiro Aspecto Geral do Musgo Os gametófitos de todos os musgos são representados por duas fases distintas: Protonema (da palavra grega protos, primeiro, e nema, fio), que origina diretamente de um esporo germinativo; Gametófito folhoso. Nos musgos verdadeiros, as células do protonema ocorrem em uma camada simples, e a ramificação do filamento lembra alga verde filamentosa. Os gametófitos folhosos desenvolvem-sede uma estrutura globosa muito pequena sobre os protonemas. Os protonemas são característicos de todos os musgos e são também encontrados em algumas hepáticas, mas não em antóceros. Nos musgos verdadeiros, o gametófito é folhoso e geralmente ereto, crescem de uma célula apical inicial que lembra uma pirâmide invertida de três lados, similar às hepáticas folhosas. Os gametófitos de musgo, que exibem vários graus de complexidade, variam de 0,5 mm a 50 cm ou mais de comprimento. Todos têm rizoide multicelular e os filídios têm normalmente uma célula de espessura. Em vários musgos, o caulídio dos gametófitos e esporófitos têm um filamento central de células condutoras de água conhecidas como hidróides. Os hidróides são células alongadas como paredes inclinadas delgadas e altamente permeáveis à água, fazendo-o preferencialmente o caminho de água e solutos. Hidroides Leptoides Parênquima Estruturas especializadas: Hidroides Hidroides são células alongadas, com paredes delgadas e altamente permeáveis à água. Ausência de protoplasto vivo. condução de água (hadroma) e substãncias orgânicas (leptoma). Em musgos, os anterídios são frequentemente protegidos dentro das estruturas folhosas chamadas “rosetas”. Os anterozoides de vários anterídios são descarregados numa gota de água dentro de tais rosetas e largamente dispersados como resultado da ação de gotas de chuva caindo na roseta. Insetos podem também carregar as gotas de água rica em anterozoides de planta a planta. Visto que o anterozoide pode ser dispersado a grandes distâncias nesses caminhos, gametófitos femininos isolados frequentemente formam esporófitos em abundância. Dois padrões de crescimento são comuns entre os gametófitos de musgos: No primeiro, a almofada (coxim), os gametófitos são eretos e pouco ramificados, geralmente os esporófitos terminais. No segundo, os gametófitos são muito ramificados e pinados, e as plantas são rastejantes; os esporófitos saem lateralmente. Com a maturação, os gametângios são protegidos pelos gametófitos folhosos, cada um no ápice do caulídio principal ou nos caulídios laterais. Em alguns gêneros os gametófitos são dióicos, mas em outros gêneros os arquegônios e anterídios são produzidos na mesma planta (monóicos) . Formas de crescimento Forma almofada: os gametófitos são eretos e têm pouca ramificação. As cápsulas com esporos em longa e delgadas setas. (Polytrichum juniperinum) Forma Pinada: com gametófitos rasteiros, foscos mostrados aqui em Thuidium delicatulum Caulídio (seta) Filídios Fontinalis antipyretica (musgo de aquário) Fontinalis antipyretica (musgo de aquário) Taxiphyllum barbieri (musgo de java) Ciclo de vida do musgo Gametófito • Geralmente são fixos a um substrato tal como o solo, por rizóides. • Os rizóides são multicelulares e servem apenas para ancorar as plantas, uma vez que a absorção de água e íons inorgânicos ocorre diretamente através dos filídios e caulídios. • Os musgos em particular têm tricomas especiais e outras adaptações estruturais que contribuem para o transporte da água externa e sua absorção. • Algumas briófitas abrigam fungos e cianobactérias simbiontes que podem ajudar na aquisição de nutrientes. • Os anterozóides são as únicas células flageladas produzidas por briófitas e requerem água para nadar até a oosfera. oosfera No ápice dos gametófitos surgem estruturas de reprodução características, denominados arquegônios, onde se diferencia o gameta feminino (oosfera) e anterídios, onde se diferenciam os gametas masculinos (anterozóides). Em condições adequadas de umidade os anterozóides pequenos e biflagelados são liberados pelo rompimento da parede do anterídeo, enquanto as células do canal do arquegônio rompem-se, liberando um fluido que direciona os anterozoides até a oosfera, havendo então a fecundação. Durante esse período, substâncias são liberadas para atração do anterozóide, fenômeno denominado quimiotactismo. Após a fecundação o zigoto permanece dentro do arquegônio, onde ele é nutrido com açúcares, aminoácidos e provavelmente outras substâncias fornecidas pelo gametófito materno. Essa forma de nutrição é denominada matrotrofia Arquegônio Anterídio ventre colo O protonema é um conjunto de filamentos resultante da germinação do esporo, nos quais formam rebentos que se desenvolvem as novas plantas. • Os arquegônios de briófitas têm forma de garrafa, com um longo colo e uma porção basal dilatada, o ventre, que abriga uma única oosfera. protonema Estrutura do esporófito ( 2n) Nutricionalmente dependente do gametófito Consiste em pé, seta longa e esporângio como sendo a porção dilatada denominada cápsula A medida que amadurece, gradualmente perde a capacidade de fotossíntese e torna-se marrom Esporófitos de musgos As cápsulas ou esporogônios são geralmente elevadas por uma seta, ou haste, que pode alcançar 15 a 20cm de comprimento em poucas espécies; em alguns musgos a seta é completamente ausente. As setas de alguns musgos têm feixe central de hidróides que em alguns gêneros é rodeado por elementos crivados. Um curto pé na base da seta é embebido em tecido do gametófito, e a seta geralmente se alonga no início do desenvolvimento do esporófito. Estômatos estão normalmente presentes nos esporófitos de musgos Estômatos de alguns musgos, entretanto, consistem somente em uma célula simples em forma de grão de feijão, célula guia, que é uma estrutura muito diferente daquela encontrada em plantas vasculares. Partes do esporófito O pé fica imerso no tecido do gametófito e é responsável pela absorção de substâncias nutritivas e água. Sustentado pela seta encontra-se o esporângio, terminal, denominado cápsula, apresentando um envoltório de tecido externo com função de proteção, sendo os esporos diferenciados por meiose a partir de camadas internas (tecido esporogêno). Nos musgos, cada cápsula possui até 50 milhões de esporos haplóides, cada um capaz de dar origem a um novo gametófito. Antes da dispersão dos esporos, a caliptra protetora cai e o opérculo da cápsula rompe-se, revelando um anel com dentes – o peristômio – que circunda a abertura. O peristômio é uma característica da classe Bryidae e é ausente nas outras duas classes de musgos. urna opérculo Os dentes do peristômio (grego: peri = ao redor, stomios = boca), através de movimentos higroscópicos, devidos a variação da umidade do ar, ajudam na liberação dos esporos. Os dentes do peristômio são formados pela ruptura ao longo de uma zona de fragilidade . Na maioria dos musgos, os dentes desenrolam-se lenta- mente, quando o ar está relativamente seco, e enrolam- se novamente quando o ar está mais úmido. Os movimentos dos dentes expõem os esporos, que são gradualmente liberados. Uma cápsula libera até 50 milhões de esporos haplóides, cada um dos quais é capaz de dar origem a um novo gametófito. Geralmente, as células dos esporófitos jovens e em maturação contêm cloroplastos e fazem fotossíntese. Quando o esporófito de musgo é maduro, gradualmente perde essa habilidade fotossintetizante e muda a cor para amarelo, depois laranja e finalmente castanho. A caliptra, derivada do arquegônio, é comumente elevada com a cápsula, com o alongamento da seta. Antes da dispersão dos esporos, a caliptra cai, e a tampo ou opérculo explode, mostrando um anel de dentes – o peristômio – cercando a abertura. Na maioria dos musgos, os dentesdesenrolam lentamente quando o ar é relativamente seco e enrolam outra vez quando é úmido. Os movimentos dos dentes expõem os esporos, que são gradualmente liberados. Classe Sphagnidae: Musgo de turfeira 350 espécies de musgos de turfeira; Gênero Sphagnum; Os caulídios do gametófito de Sphagnum produzem tufos de ramos (cinco em cada nó, aproximadamente), formando grandes moitas; Os gametófitos de Sphagnum originam-se de um protonema que é taloso em vez de filamentoso e formam botões nas margens dos quais se originam os gametófitos folhosos; As plantas adultas não tem rizóides; Os filídios distintos desse gênero consistem em células grandes, mortas e rodeadas por uma fileira de células viva; As células mortas contêm poros e espessamentos e crescem encharcadas com água; assim a capacidade de absorção de água dos musgos de turfeira é acima de 20 vezes o seu peso seco (algodão 4 a 6 vezes); Células com paredes impregnadas por substâncias fenólicas, resistentes à decomposição e apresentam propriedades anti-sépticas. O musgo Sphagnum foi usado na Europa a partir de 1880 nas guerras como curativo para feridas e furúnculos; Na jardinagem é utilizado, misturando-o com o solo para aumentar a capacidade de absorção de água no solo e torná-lo mais ácido; São de grande importância no ciclo mundial do carbono, porque armazenam quantidades muito elevadas de carbono orgânico que não é rapidamente decomposto a CO2 por microrganismos. Musgo de turfeira (a) Um gametófito, com vários esporófitos. Algumas das cápsula, tais como as duas da frente e à esquerda, já liberaram seus esporos. (b) a estrutura do filídio. A interna, consistindo em células pequenas e vivas, ricas em cloroplastos. (c) a deiscência da cápsula. À medida que a cápsula seca, esta fica cheia de ar. Os estômatos, através dos quais o ar entra, fecham o processo de secagem; com o encolhimento, a pressão do ar dentro da cápsula pressiona o opérculo, liberando uma nuvem de esporos. O musgo de turfeira, Sphagnum. Musgo de turfeira Sphagnidae Possui grande valor comercial e ecológico. A descarga dos esporos é espetacular, no ápice da cápsula há um opérculo, estrutura semelhante a uma tampa. A medida que a cápsula seca, os tecidos internos encolhem- se e a pressão interna de ar aumenta. O opérculo acaba sendo eliminado explosivamente. urna opérculo Musgo de turfeira O processo todo leva milésimos de segundo. A pressão na cápsula antes da explosão é de 400 kPa, quase o dobro da pressão de um pneu de carro. Quando a tampa se rompe, os esporos sofrem uma força 36 mil vezes maior que a da gravidade, quase 2 mil vezes maior que a maior força exercida sobre um astronauta quando um foguete decola ou uma nave espacial reentra na atmosfera. Essa força enorme faz com que os esporos atinjam 120 km/h em menos de 0,1 milissegundo (um carro esporte leva quase 3 segundos, 30 mil vezes mais tempo, para atingir a mesma velocidade) o que resulta em uma aceleração máxima de 360 mil m/s². O resultado final é que os esporos são lançados a 20 centímetros de altura, o que permite que eles atinjam as correntes de vento que passam sobre os campos de musgo e sejam carregados para longe. Classe Andreaeidae: Musgo de Granito Aproximadamente 100 espécies de musgo pequenos, verde- escuros ou castanho-avermelhados escuros em tufos sobre rochas; Ocorrem em montanhas ou regiões árticas, frequentemente sobre rochas graníticas, daí o seu nome; O gametófito lembra um musgo verdadeiro, mas este possui uma estrutura espessa com vários lobos, e não de filamentos; As pequenas cápsulas de Andreacea são marcadas pelas quatro linhas verticais de células delicadas ao longo da cápsula fendida; As quatro valvas resultantes são muito sensíveis à umidade do ar, abrindo muito quando ele está seco (os esporos são lançados longe pelo vento e fechado quando está úmido; Este mecanismo de descarga dos esporos, pelas fendas na cápsula, é diferente daquele visto nos outros musgos; Andreae rothii Cápsula úmida Cápsula seca Musgos de granito do gênero Andreaea. Ciclo de vida do musgo verdadeiro Ciclo de vida do musgo verdadeiro Filo Hepatophyta hepatos (grego) = fígado As hepáticas são um grupo de cerca de 6.000 espécies; Geralmente pequenas e inconspícuas, podendo formar massas relativamente grandes em habitats favoráveis, tais como rochas úmidas e sombreadas; As hepáticas podem ser talóides ou folhosas; Inconspícuas = Indistinto, difícil de perceber, que não chama atenção, que não se percebe de imediato. Os gametófitos apresentam talo fixo ao substrato por rizóides unicelulares, células com vários cloroplastos, anterídios e arquegônios superficiais; O protonema é reduzido, constituído por poucas células, sendo considerado por alguns autores como ausente; O esporófito é delicado, de tamanho reduzido e geralmente aclorofilado, muitas vezes não sendo visível a olho nu; A cápsula é simples, sendo envolvida por uma camada de tecido uniestratificada. A maturação dos esporos é simultânea. A liberação dos esporos de seu interior é feita através de uma abertura longitudinal dessa parede (deiscência longitudinal); A dispersão dos esporos é auxiliada por elatérios, células mortas que ocorrem entre esporos, apresentando paredes com reforço em espiral que, através de movimentos higroscópicos, arremessam esses esporos a distância; Os elatérios tem origem também a partir de células mãe de esporos, não havendo tecido vegetativo no interior da cápsula; A parede dos elatérios é sensível às mudanças de umidade e pode funcionar como uma mola auxiliando a dispersão dos esporos. Eláterios A porção superior (dorsal) é fina, rica em clorofila e freqüentemente dividida em regiões elevadas, cada uma com um grande poro que conduz a uma câmara de ar subjacente; A fragmentação é a principal característica da reprodução assexuada em hepáticas; A porção inferior (ventral) é mais espessa e incolor, com rizóides e escamas. • O talo apresenta espessura de cerca de 30 células em sua região central e espessura de aproximadamente 10 células nas porções mais delgadas. Porção dorsal clorofilada com poros aeríferos Secção transversal evidenciando poros aeríferos Hepáticas Talosas Em alguns gêneros de hepáticas talosas, o talo tem várias células espessas, incolor, na porção mais inferior (ventral) e a parte dorsal é rica em clorofila; A superfície superior é dividida em regiões, cada uma marca o limite de uma câmara aerífera e tem um poro largo que guia essa câmara; Os gametófitos de Marchantia são monóicos, e os gametófitos masculinos e femininos podem ser facilmente identificados pelas estruturas que carregam. Os anterídios nascem nas hastes com cabeça em forma de disco chamadas anteridióforos, enquanto os arquegônios nascem nas hastes com cabeça em forma de guarda-chuva chamadas de arquegonióforos. O esporófito se desenvolve dentro do arquegônio feminino, constando de um pé, uma seta curta e uma cápsula, que só emerge do envoltório ao final de seu desenvolvimento, pela distensão da seta. O gametófito apresenta estruturas especiais para abrigar o arquegônio e o anterídio, denominados arquegonióforo e anteridióforo respectivamente. Os anterídios originam-se em gametóforos capitados e discóides, enquanto os arquegônios, originam se em gametófitos capitados e em forma de guarda chuva. arquegonióforo anteridióforo Arquegônio anterídios Gametófito Taloexibindo conceptáculo conceptáculo A fragmentação é o principal meio de reprodução assexuada em hepáticas, mas outro mecanismo largamente difundido é a produção de gemas. Em Marchantia, as gemas são produzidas em estruturas especiais semelhantes a taças chamadas conceptáculos (a) Esporófito Em Marchantia a geração esporofítica consiste em um pé, uma curta seta e uma cápsula. Além dos esporos, o esporângio maduro contém células alongadas chamadas elatérios, que apresentam espessamentos de paredes higroscópicos (absorvem água), arranjados em hélice. As paredes dos elatérios são sensíveis a ligeiras mudanças de umidade. Esporos com elatérios Um esporófito quase maduro de Marchantia. Observe os elatérios- estrutura helicoidal, filamentosa, que ajuda na dispersão dos esporos – dentro da cápsula na qual os esporos estão enfileirados. Esporos maduros (esferas avermelhadas e elatérios (filamentos verdes) da cápsula de Marchantia Ciclo de vida de Marchantia sp Marchantia polymorpha gemmae Riccardia latifrons Riccia sorocarpa Hepáticas Talosas Hepáticas folhosas São mais comuns que as hepáticas talosas, das 6.000 espécies, 4.000 são hepáticas folhosas. São encontradas nos trópicos e subtrópicos, em regiões de muita chuva ou umidade alta, onde crescem sobre as folhas, troncos de árvores, bem como outras superfícies vegetais e regiões de cachoeiras. Hepática folhosa do gênero Frullania. Os gametófitos dos antóceros (do grego Anthos = flor) assemelham-se a rosetas. Constituem uma pequena divisão de plantas que podem estar mais relacionadas com algas verdes Flagelo Escama Alga verde Coleachaete ( classe Charophyceae) Filo Anthocerotophyta cerca de 100 espécies Os gametófitos de antóceros superficialmente lembram aquelas hepáticas talosas Os gametófitos de antóceros apresentam um forte achatamento dorsiventral; apresentam forma de roseta Antócero. Gametófito com o esporófito Cavidades internas com mucilagem, ao invés de ar, como nos gametófitos de hepáticas talosas. Essas cavidades mucilaginosas são frequentemente habitadas pelas cianobactérias do gênero Nostoc, que fixam nitrogênio e o fornecem para sua planta hospedeira. Os anterídeos e arquegônios são encontrados na superfície dorsal do gametófito, Numerosos esporófitos podem desenvolver-se sobre o mesmo gametófito; O esporófito de Anthoceros, que é uma estrutura ereta alongada, consiste em um pé e uma cápsula cilíndrica longa. Um aspecto único dos esporófitos de antóceros é que em seu desenvolvimento inicial, o meristema basal permanece ativo e como resultado, o esporófito continua a alongar-se por um período prolongado de tempo. No início do seu desenvolvimento, o meristema, ou zona de atividade de divisão celular, desenvolve-se entre o pé e a cápsula como resultado, o esporófito continua a elongação por um período prolongado; É verde e tem várias camadas de células fotossintetizantes; Coberto por uma cutícula e apresenta estômatos; A maturação dos esporos e finalmente a deiscência da cápsula começa no ápice e vão em direção à base na medida que os esporos amadurecem; Entre os esporos encontram-se estruturas estéreis alongadas (pseudo-elatérios), frequentemente multicelulares, que lembram os elatérios de hepáticas. A deiscência da cápsula se faz longitudinalmente em duas valvas. esporófito gametófito Antócero Secção transversal do esporófito Esporos Hepatophyta Anthocerotophyta Bryophyta Estrutura Taloso ou folhoso Talosos folhosos Rizóide unicelular unicelular pluricelular Cloroplasto/célula Vários Um vários Protonema reduzido ausente presente Anterídeos/Arquegônios superficiais imersos superficiais Resumo das características dos gametófitos nos 3 filos de briófitas Hepatophyta Anthocerotophyta Bryophyta Estrutura Pequeno, aclorofilado Grande, clorofialdo Grande,clorofilado seta presente ausente presente Maturação dos esporos simultânea gradual simultânea Dispersão dos esporos Elatérios pseudoelatérios Dentes dos peristômio Estômatos Ausente presente presente Resumo das características dos esporófitos nos 3 filos de briófitas http://www.dicyt.com/noticia/foi-encontrada-uma-planta-briofita-especifica-das-ilhas-canarias-madeira-e-do-sul-peninsular-no-jazigo-arqueologico-de- tiermes http://noticias.bol.uol.com.br/eco nomia/2013/01/18/espanhois- desenvolvem-concreto-para- abrigar-musgos-e-fungos.jhtm Concreto biológico - Absorve CO2 - Regula a temperatura no interior da construção - Futuro sustentável http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/01/ancestral-unico-de- musgo-colonizou-noroeste-da-america-do-norte-dizem-cientistas.html Publicação na revista Molecular Ecology Ecografite A receita para fazer seu próprio musgo e sair embelezando a cidade é bem simples: - Um tanto de musgo, que pode ser encontrado em lugares úmidos, calçadas, pedras etc. -1 pote de iogurte natural 1/2 colher de chá de açúcar. - Pincel - Borrifador para molhar sempre, caso contrário morrerá. - Coloque o musgo mais iogurte e açúcar no liquidificador e bata até virar uma coisa só. Pronto! http://babeldasartes.com.br/blog/2011/03/01/biojoias-vivas-plantas-e-musgos-enfeitam-o-corpo/ Alguns designers criaram joias que são pedaços da natureza. O melhor é que são fáceis de cuidar. Basta adicionar uma gota de água a cada 2-3 semanas e dar um pouco de luz. Assim, podem durar anos. Tem o colar de Collen Jordan que vem sem a planta, mas com instruções de como cultivar e recomendações sobre qual plantinha funciona melhor. O anel grama do design Hafsteinn Juliusson tem vários modelos. Já o pingente é um terrário com ninho de musgo, um ovo de argila e uma pena. Tudo dentro de um pequeno vidro com rolha. Outro pingente de colar estilo terrário tem musgo fresco sobre uma cama de solo orgânico dentro de um frasco pequeno, também de vidro. Tem até brincos de prata que ganham charme com musgo.
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