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Questões para Revisão Pagina 122 1) O que é ética? Como ela se aplica ao serviço público? A ética constituem um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A atuação deve ser pautada nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, para, com isso, representar um serviço público de qualidade. 2) Descreva como se aplica o sigilo profissional ao assessor jurídico, analista judiciário e técnico judiciário. O assessor jurídico, analista judiciário e técnico judiciário que atuam, por exemplo, no assessoramento de gabinete, por seu dever de sigilo profissional, não deve comentar aleatoriamente, com servidores de outros setores e pessoas fora do ambiente de trabalho, sobre o teor dos processos a que tem acesso. Ora, perfeitamente compreensível a exigência de tal maneira de agir, pois as ações, mesmo que não sejam protegidas por segredo de justiça, dizem respeito somente às partes e ao Poder Judiciário, não devendo, a não ser que haja algum interesse público para tanto, serem noticiadas. 3) O art. 156 da Lei n. 16024/2008 elenca os deveres dos servidores da Justiça Estadual do Paraná. Assinale a alternativa que não corresponde às obrigações descritas em referida legislação: a) Pontualidade b) Lealdade e respeito às instituições a que servir. c) Observação das normas legais e regulamentares. d) Cumprimento de ordem superiores, mesmo que manifestamente ilegais. 4) Assinale a questão correta sobre a conceituação do segredo de justiça: a) O segredo de justiça corresponde à restrição de informação que todos os processos devem respeitar, para a garantia da efetividade das decisões judiciais. b) A base de segredo de justiça é manter sob sigilo processos judiciais ou investigações policiais, que normalmente são públicos, por força de lei ou decisão judiciais. c) Deve ocorrer como regra o segredo de justiça, devendo somente em casos excepcionais haver a divulgação de dados referentes a processos de interesse da sociedade. d) O segredo de justiça ocorre em situações em que o interesse público prevalesse sobre o interesse privado de restrição de informações. 5) Segundo dispõe o art. 2º da Lei n. 80027/1990, o chamado Código de Ética dos Servidores Públicos constituem como sigilo profissional: a) Dever do servidor público de guarda de sigilo sobre assuntos da repartição, desde que envolvam questões relativas a segurança pública e à sociedade. b) Proibição de divulgação de quaisquer informações relacionadas a processos em andamentos. c) Restrição de acesso aos autos somente à parte e a seus advogados. d) Proteção das informações de todos os processos, somente permitido sua consulta mediante decisão judicial. Questões para reflexão. 1) O Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lei n. 8906/1994 (Brasil 1994), em seu art. 28 Inciso IV, estabelece que advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, aos ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário. Assim o exercício dos cargos de assessor jurídico, analista judiciário e técnico judiciário é incompatível com a advocacia. Desse modo, é proibido ao advogado o ingresso na carreira de servidor público do judiciário? Explique Os assessores jurídicos, analistas judiciários e técnicos judiciários têm acesso privilegiado às informações dos processos, portanto, suas funções são incompatíveis com a advocacia. Se o servidor ou funcionário público, valendo-se de sua condição, defende interesse alheio, legítimo ou ilegítimo perante Administração Pública, comete o crime de advocacia administrativa, previsto no art. 321 do Código Penal. 2) A Lei n. 16024/2008, em seu art. 156, determina como dever dos servidores da Justiça Estadual do Estado do Paraná, guardar sigilo sobre assuntos da repartição. Quais as sanções para esse tipo de violação de dever disciplinar? O sigilo profissional não contraria o princípio da publicidade dos atos da administração? Explique. O Exercício regular da advocacia não representa impeditivo nos cargos de assessor jurídico, analista judiciário e técnico judiciário. Basta a pessoa solicitar a suspensão da sua inscrição perante a Ordem dos Advogados (OAB) antes de assumir qualquer um dos cargos do Poder Judiciário. A não representação das informações sigilosas constituem infração administrativa disciplinar prevista na Lei n. 8.112/90 (Brasil 1990) e está sujeita a sanção (i) de advertência, em caso de violação do dever de discrição ou de reserva (prescrito no art. 116 VIII - “guardar sigilo sobre assunto da repartição”) ou, de demissão, em caso de violação do dever de segredo (prescrito no art. 132 Ix- “revelação de segredo que se apropriou em razão do cargo”). O dever de sigilo por parte do servidor não se contrapõe a publicidade dos atos administrativos. São situações distintas que não se confundem, pois, obedecidos os procedimentos oficiais para o conhecimento público, todos têm direito ao acesso de dados ou registro documentais administrativos. Ocorre que existe também informações da Administração Pública que não podem ser divulgadas, seja para proteger a sociedade, seja para resguardar a própria Administração Pública.
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