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Manual ufcd 8600 Competências empreendedoras e TPE

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UFCD 
8600 
COMPETÊNCIAS 
EMPREENDEDORAS E 
TÉCNICAS DE PROCURA 
DE EMPREGO 
 
 INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P. 
DELEGAÇÃO REGIONAL DO CENTRO 
CENTRO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE LEIRIA 
Paulo Vieira 2018 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
1 
Índice 
 
 
Introdução ........................................................................................................... 2 
Âmbito do manual ..................................................................................................... 2 
Objetivos ................................................................................................................. 2 
Conteúdos Programáticos .......................................................................................... 2 
Carga horária ........................................................................................................... 3 
1.Conceito de empreendedorismo – múltiplos contextos e perfis de intervenção ......... 4 
2.Perfil do empreendedor....................................................................................... 8 
3.Fatores que inibem o empreendedorismo ............................................................ 12 
4.Ideia de negócio e projeto ................................................................................. 16 
5.Coerência do projeto pessoal/projeto empresarial ................................................ 20 
6.Fases da definição do projeto ............................................................................. 23 
7. Modalidades de trabalho ................................................................................... 29 
Atividade liberal ................................................................................................... 30 
Empresário em nome individual ............................................................................ 31 
Sociedade por quotas........................................................................................... 32 
8. Mercado de trabalho visível e encoberto ............................................................. 35 
9. Pesquisa de informação para procura de emprego .............................................. 38 
10. Medidas ativas de emprego e formação ............................................................ 43 
11. Mobilidade geográfica ..................................................................................... 52 
12. Rede de contactos .......................................................................................... 57 
13. Curriculum vitae ............................................................................................. 61 
14. Anúncios de emprego ..................................................................................... 68 
15. Candidatura espontânea.................................................................................. 73 
 .......................................................................................................................... 73 
16. Entrevista de emprego .................................................................................... 77 
Bibliografia .......................................................................................................... 84 
Sites Consultados ................................................................................................. 84 
Termos e condições de utilização ............................... Erro! Marcador não definido. 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
2 
Introdução 
 
 
Âmbito do manual 
 
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta 
duração nº 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de 
emprego, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações. 
 
 
Objetivos 
 
 Definir o conceito de empreendedorismo. 
 Identificar as vantagens e os riscos de ser empreendedor. 
 Identificar o perfil do empreendedor. 
 Reconhecer a ideia de negócio. 
 Definir as fases de um projeto. 
 Identificar e descrever as diversas oportunidades de inserção no mercado e respetivos 
apoios, em particular as Medidas Ativas de Emprego. 
 Aplicar as principais estratégias de procura de emprego. 
 Aplicar as regras de elaboração de um curriculum vitae. 
 Identificar e selecionar anúncios de emprego. 
 Reconhecer a importância das candidaturas espontâneas. 
 Identificar e adequar os comportamentos e atitudes numa entrevista de emprego. 
 
 
Conteúdos Programáticos 
 
 Conceito de empreendedorismo – múltiplos contextos e perfis de intervenção. 
 Perfil do empreendedor. 
 Fatores que inibem o empreendedorismo. 
 Ideia de negócio e projeto. 
 Coerência do projeto pessoal/projeto empresarial. 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
3 
 Fases da definição do projeto. 
 Modalidades de trabalho. 
 Mercado de trabalho visível e encoberto. 
 Pesquisa de informação para procura de emprego. 
 Medidas ativas de emprego e formação. 
 Mobilidade geográfica (mercado de trabalho nacional, comunitário e 
extracomunitário). 
 Rede de contactos. 
 Curriculum vitae. 
 Anúncios de emprego. 
 Candidatura espontânea. 
 Entrevista de emprego. 
 
 
Carga horária 
 
 25 horas 
 
 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
4 
 
 
 
1.Conceito de empreendedorismo – múltiplos contextos 
e perfis de intervenção 
 
 
 
 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
5 
A noção de Empreendedorismo desenvolve-se atualmente como uma competência 
transversal, fundamental para o desenvolvimento humano, social e económico. 
 
O espírito empreendedor caracteriza-se fundamentalmente pelo desejo e energia para agir, 
de forma persistente, sobre a realidade envolvente. Essa dinâmica é útil, seja no âmbito da 
vida pessoal, na vida comunitária, na vida das organizações, seja na criação de iniciativas de 
carácter empresarial. 
 
Pessoas empreendedoras produzem novas soluções, criam inovação, resolvem problemas, 
correm riscos, falham e aprendem a ser mais eficazes; mobilizam recursos e pessoas em 
torno de ideias e, em toda essa dinâmica, existe sempre a procura da criação de valor para 
si e para os outros. 
 
Na perspetiva do empreendedor, a realidade que o envolve não é estática e inalterável, mas 
algo que pode ser «perturbado», que pode ser alterado; nesse sentido, um empreendedor é 
um «visionário» porque tem a capacidade de imaginar novas realidades futuras. 
 
Ser empreendedor resulta fundamentalmente de um conjunto de atitudes e comportamentos 
que são acessíveis a qualquer pessoa, em qualquer contexto, independentemente da sua 
origem, qualificações ou recursos. É, pois, necessário criar ambientes que promovam e 
valorizem essas atitudes, de forma sustentada, para que um maior número de pessoas 
desenvolva as suas competências empreendedoras. 
 
Os contextos de formação/educação são um terreno excelente para a promoção do 
desenvolvimento de competências empreendedoras. Por um lado, porque são orientados por 
profissionais; por outro, porque a introdução de métodos pedagógicos experienciais 
(aprender-fazendo) pode ser complementar aos processos mais tradicionais de ensino, 
constituindo uma fonte de enriquecimento curricular. 
 
Tendo presente a definição abrangente da competência de Empreendedorismo e as suas 
componentes em termos de conhecimentos, capacidades e atitudes,podemos pensar no 
Empreendedorismo como sendo, fundamentalmente, a capacidade e o desejo de agir de 
forma continuada. 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
6 
Trata-se de um agir consciente, determinado e voluntário, tendente à obtenção de 
mudanças. Nesse sentido, ser empreendedor pode ser caracterizado como uma atitude 
dinâmica perante a realidade em que, face a determinados contextos, internos ou externos, 
se imagina respostas de modificação dessa realidade. 
 
É por isso que se associa, regra geral, o Empreendedorismo à inovação, porque o 
empreendedor tende a procurar realizar as suas ações de forma diferente para obter 
resultados diferentes e, nesse processo de inovar, está a (des)construir a realidade para a 
recriar. 
 
O empreendedor olha para o mundo como algo em mudança, logo que pode ser mudado, 
aperfeiçoado, imaginando assim novas realidades possíveis. 
 
A capacidade de imaginar novas realidades é determinante para a sociedade, seja na procura 
de um novo emprego, na procura de uma oportunidade de negócio ou dentro das próprias 
organizações. 
 
Os empreendedores bem-sucedidos, qualquer que seja a sua motivação pessoal (seja 
dinheiro, poder, curiosidade ou desejo de fama ou reconhecimento), tentam criar valor e 
fazer uma contribuição. 
 
O termo Empreendedorismo está tradicionalmente associado à criação de empresas e aos 
conhecimentos de gestão comercial; no entanto, nos últimos dez anos o seu âmbito foi 
alargado, passando-se a encarar as competências de criação de negócios como sendo úteis 
também no setor da economia social e dentro das empresas. 
 
Nesta ótica, o Empreendedorismo é atualmente uma questão eminentemente cultural, já que 
promove valores e práticas. 
 
A questão que se coloca atualmente é utilizar o perfil do empreendedor com êxito no âmbito 
empresarial, não só na criação de negócios mas também dentro das organizações e no 
projeto de vida das pessoas. 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
7 
Os perfis mais orientados para a competição empresarial, mais pragmáticos, são da maior 
utilidade quer dentro das empresas, quer em projetos de carácter social. Assim, é importante 
transferir para outros contextos a experiência dos empreendedores que criaram empresas e 
não desejar apenas que todos criem empresas/negócios. 
 
Importa distinguir a formação em saberes de gestão – marketing, finanças, estratégia, 
logística, etc. –, muitas vezes identificada com o termo de Empreendedorismo/criação de 
empresas, da formação que visa o desenvolvimento do espírito empreendedor (inovação, 
risco, etc.), na medida em que um procura estabelecer organização e rentabilizar atividades 
e o outro permite inventar e reinventar ações. 
 
Se se encarar o Empreendedorismo fundamentalmente como uma questão cultural (ainda 
que com grande impacto na economia), a educação/formação surge como uma das 
ferramentas nucleares de transmissão de novos valores, atitudes e práticas. 
 
Nesta ótica, o espírito empreendedor deve ser fomentado de forma transversal, não só ao 
nível da formação profissional como da educação. 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
8 
 
 
 
2.Perfil do empreendedor 
 
 
 
 
 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
9 
Um empreendedor é um indivíduo que cria um novo negócio face ao risco e à incerteza, com 
o propósito de conseguir lucro e crescimento, através da identificação de oportunidades de 
mercado e do agrupamento dos recursos necessários para capitalizar sobre estas 
oportunidades. 
 
O perfil do empreendedor envolve alguns pontos críticos, no sentido de viabilizar a 
continuidade do negócio que, porventura, tenha iniciado. Entre estes pontos críticos salienta-
se o desejo de responsabilidade pessoal pelo resultado do negócio, preferindo ter controlo 
sobre os recursos e procurando utilizá-los para alcançar os objetivos por ele determinados. 
 
Tem preferência por riscos moderados, trabalha com riscos calculados, possui confiança na 
sua habilidade para o sucesso (tende a ser otimista em relação à sua possibilidade de sucesso 
e geralmente o seu otimismo é baseado na realidade). 
 
Apresenta um elevado nível de energia, o que revela um fator crítico de sucesso uma vez 
que muitas horas de trabalho árduo são mais a regra que a exceção no início da empresa, 
mantendo uma orientação futura com base no bom senso definido na busca de 
oportunidades, com forte capacidade de organização no sentido de escolher as pessoas e 
recursos certos. 
 
As características de um empreendedor bem-sucedido estão ligadas aos aspetos do seu 
perfil. 
 
Ser o seu próprio patrão 
 
Para ser um empreendedor de sucesso é essencial que tenha algumas características 
específicas. A garra, a força de vontade e a determinação são, talvez, as mais importantes, 
mas há outras a considerar. 
 
Lidar com os riscos 
 
Como atua perante os riscos? Nem todas as pessoas agem da mesma forma e se há aqueles 
que preferem evitá-los, há também quem os encare sem qualquer preocupação. 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
10 
Como empreendedor, é essencial que tenha disposição para correr riscos, mas todo o cuidado 
é pouco. Arriscar é enfrentar desafios conscientemente porque disso depende o seu sucesso. 
Seja capaz de conviver e sobreviver a essa instabilidade. Os riscos fazem parte de qualquer 
atividade e só precisa de aprender a administrá-los. 
 
Se alguma coisa não correr da melhor forma e estiver em situação de crise, não tome o 
fracasso como uma derrota. É apenas um resultado como qualquer outro. Reaja e aprenda 
com os erros. 
 
Ter Iniciativa e ser otimista 
 
Um empresário de sucesso deve ser criativo e fazer muita pesquisa. A iniciativa envolve 
decisões ousadas na procura de uma realização e independência. Determine os próximos 
passos do rumo da sua vida e seja otimista na sua concretização. Enfrente os obstáculos com 
confiança e tenha como meta o sucesso. A ambição é necessária porque a estabilidade de 
um empreendedor pode ser um caminho longo e difícil. Seja dinâmico e não se acomode. 
 
Conhecer o ramo 
 
É essencial que conheça o mercado e o ramo em que pretende atuar. Deste modo, é-lhe 
mais fácil perceber as hipóteses de sucesso e prevenir-se em relação a percalços que possam 
surgir. 
 
Se não possui um bom conhecimento do ramo procure aprender tudo sobre o seu negócio 
com a ajuda de clientes, colaboradores, parceiros, etc. Faça algumas leituras e cursos. 
Lembre-se de que precisa manter-se atualizado e em constante aprendizagem. 
 
Ser curioso 
 
Se quer ser um empreendedor de sucesso prepare-se para pesquisar novos caminhos, seja 
nas férias ou no trabalho, nas revistas ou a ver televisão. Um empreendedor necessita de 
estar sempre atento às oportunidades de negócio e na altura certa em que surgem no 
mercado. Não se canse de procurar porque pode sempre surgir um empreendimento melhor. 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
11 
Saber organizar 
 
A organização é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. Entenda por organização 
possuir os melhores recursos, como a aplicação de recursos humanos, materiais e 
financeiros, e integrá-los de uma forma lógica, racional e harmoniosa. 
 
Ser líder 
 
Para um empreendedor é necessário que tenha boas capacidades de liderança. Temde 
organizar, redirecionar esforços e manter a motivação dos seus colaboradores. Eles estão 
sob a sua coordenação e por isso tem de criar uma filosofia de trabalho, definindo objetivos 
e métodos, ao mesmo tempo que implementa um bom relacionamento entre a equipa de 
trabalho. 
 
Dê um pouco de liberdade para conseguir extrair o que há de melhor neles e estabeleça uma 
relação interpessoal expondo e ouvindo as suas ideias. 
 
Uma das características que permitem o empreendedor ser bem-sucedido no seu negócio é 
a sua capacidade de atribuir tarefas a outras pessoas. Um empreendedor torna-se não-
efetivo quando tenta fazer tudo sozinho. A capacidade de delegação é muito importante para 
o sucesso do empreendimento e colide com a tendência natural do empreendedor centralizar. 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
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3.Fatores que inibem o empreendedorismo 
 
 
 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
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 Erros frequentes do empreendedor: 
 
1. Acreditar que basta uma ideia e dinheiro para ter um negócio 
 
O primeiro grande erro é assumir que uma boa ideia somada a algum capital significa 
necessariamente um bom negócio. 
 
Antes de mais porque é necessário perceber que uma ideia não é um projeto: uma ideia não 
é mais do que um novo uso para um produto, uma alternativa tecnológica para um processo, 
um novo artigo para comercializar. 
 
Já um projeto exige adicionar à ideia inicial uma reflexão apurada sobre a adequação ao 
mercado; um trabalho de escuta a potenciais clientes, fornecedores e/ou sócios; previsões 
económicas; reflexão sobre as nossas competências e limitações. 
 
Para passar da ideia ao projeto existe um grande esforço de diagnóstico e de desenho do 
novo negócio. 
 
Se após este trabalho prévio se concluir que o projeto é coerente, vendável e viável do ponto 
de vista económico e financeiro, então, juntamente com o dinheiro necessário, será possível 
criar uma empresa com boas possibilidades de vir a ter sucesso. 
 
2. Assumir que o mercado é perfeitamente racional e que pensa e age como nós 
 
O empreendedor não deve assumir que todos os agentes agem racionalmente e que seguem 
os seus critérios de racionalidade. 
 
Um erro frequente é partir do princípio que os consumidores estarão dispostos a mudar 
mesmo que isso implique uma alteração no seu estilo de vida e hábitos de consumo. 
É preciso estar consciente que as tendências socioculturais não evoluem em função do nosso 
projeto. É nossa obrigação antecipar essa evolução e ocupar o nosso espaço no mercado, 
mas sempre de forma realista, informada e sem excesso de otimismo. 
 
3. Sobrestimar as suas capacidades 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
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Um erro frequente é sobrestimar algumas das suas capacidades ou competências 
subestimando as dos concorrentes. Nada melhor do que ser realista nesta avaliação para 
enfrentar da melhor forma os desafios que vão surgindo. 
 
4. Ter dificuldade em assumir as próprias limitações 
 
Procurar o êxito competindo com os grandes, ou no terreno dos grandes, quando se é 
pequeno, é causa de fracasso de muitas empresas. O segredo está em definir o negócio com 
consciência das suas limitações. 
 
5. Indefinição na hierarquia da empresa 
 
É tentador, no arranque de um negócio, criar uma “empresa de amigos”, sem hierarquia nem 
chefes. 
 
Contudo, é aconselhável pensar, desde o início, a médio e longo prazo. É vital saber quem 
manda, quem assume responsabilidades, quem dá a cara, em resumo, definir claramente a 
hierarquia da organização, para que, quando surgirem os primeiros problemas (que são 
inevitáveis), estes sejam ultrapassados com maior facilidade sem criar “traumas 
organizativos” ou afetar a estrutura acionista da empresa. 
 
6. Ter demasiados tripulantes no barco 
 
Os jovens empreendedores têm uma tendência natural para “engordar” a estrutura da 
empresa. “Nesta empresa cabem todos” (o irmão, a namorada, o primo, os amigos...). 
 
Neste momento da empresa o planeamento deve ser o contrário: a estrutura deve ser a 
estritamente necessária. De outra forma, desperdiça-se a grande vantagem que é partir do 
zero (relativamente a empresas já instaladas que têm, regra geral, estruturas mais pesadas). 
 
Para ter a certeza que a estrutura é montada atendendo exclusivamente ao negócio, poderá 
ser útil responder a algumas questões relativamente a cada um dos participantes no projeto: 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
15 
 O que traz ao projeto (a nível de perfil empreendedor, competências técnicas e de 
gestão, conhecimento do mercado, experiência profissional, carteira de clientes, 
recursos financeiros, rede de contactos, etc.)? 
 Sem este elemento o que é que o projeto perdia? 
 É possível substituir este elemento por outro que já esteja no projeto e que tenha 
competências mais abrangentes, ou recorrendo ao outsourcing (fazer uma análise 
custo-benefício da “substituição”)? 
 
7. Assumir que inovação é tudo 
 
A inovação só por si é habitualmente encarada como algo positivo na avaliação de uma 
empresa. 
 
Normalmente a inovação subentende uma majoração em projetos de apoio a PME’s. 
Contudo, a inovação não deve ser um fim em si, mas sim um meio que: 
 Origine efetiva criação de valor; 
 Permita satisfação de necessidades reais do mercado; 
 Contribua efetivamente para o sucesso do projeto. 
 
Há que evitar a “tecnoluxúria”, a incorporação do novo sem uma contextualização 
empresarial, sem que haja efetiva satisfação de necessidades. Inovação não é só tecnologia: 
é também gestão, marketing, estratégia, serviço, etc. O melhor projeto não tem de ser o 
mais “tecnológico” ou o mais “atraente”. O melhor projeto de empresa é o que funciona e 
sobrevive. 
 
8. Confundir Negócio com Produto 
 
Um negócio não é um produto, nem um mercado, nem um processo inovador. Um negócio 
é tudo isto e muito mais. Um negócio é a conjugação de um “O quê”, um “Onde”, um “A 
quem”, um “Como”, que nos permita satisfazer necessidades concretas. 
 
Só com uma resposta integral que considere em simultâneo todos estes aspetos o 
empreendedor pode acertar no desenho da nova empresa. 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
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4.Ideia de negócio e projeto 
 
 
 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
17 
 
Consolidação da ideia de negócio 
 
Após ter chegado à ideia de negócio, o empresário poderá tomar duas atitudes perante a 
mesma: tenta desvalorizá-la, achando que, uma vez que nunca foi explorada, não tem valor 
ou, pelo contrário, adotar uma postura demasiado otimista, levando-o a pensar que possui 
uma ideia extraordinária a que irá corresponder, sem sombra de dúvidas, um projeto de 
sucesso. 
 
Em qualquer dos casos, há que tomar algumas precauções face a todas as condicionantes 
que podem determinar o sucesso ou fracasso de um empreendimento. 
 
Deste modo, uma postura realista é a melhor forma de encarar este processo que não se 
esgota aqui. Bem pelo contrário, esta constitui uma fase muito importante mas meramente 
embrionária. Em seguida, a ideia irá ser testada, por forma a determinar se pode levar à 
constituição de uma empresa com sérias probabilidades de êxito. 
 
Chegando à construção de uma ideia que se constitui como o alicercedo projeto, através 
das reflexões anteriores, haverá que trabalhá-la e desenvolvê-la, de tal modo que se 
aproxime de um anteprojeto de criação de empresa. 
 
É pois nesta fase, que poderia constituir uma etapa autónoma e intermédia entre a ideia de 
negócio e o projeto a si adstrito, que se irá fazer um diagnóstico prévio da ideia encontrada, 
bem como um aprofundamento e desenvolvimento da mesma. 
 
Para o efeito são utilizados vários métodos, normalmente enquadrados em duas categorias: 
 Os relacionados com a envolvente socioeconómica, abarcando algumas técnicas de 
aprofundamento da ideia. Dentro destas são de destacar a análise documental, o 
estudo de casos práticos com recurso a consultores e, mais uma vez, a observação; 
 Os relacionados com a criatividade, que levam ao enriquecimento da ideia de negócio. 
Vários processos podem ser utilizados, no entanto, os mais comuns são o 
“brainstorming”, as listas de atributos e as associações forçadas. Os métodos 
referidos têm apenas carácter indicativo, implicando, nalguns casos, o domínio de 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
18 
determinadas técnicas não acessíveis a todos. Resultados semelhantes poderão ser 
conseguidos recorrendo à imaginação de cada um. 
 
Antes de mais, o/a promotor/a da futura empresa deve tentar alicerçar a ideia do projeto 
identificando quais as suas vantagens competitivas no(s) mercado(s) em que pretende atuar. 
 
Deve, desta forma, realizar aquilo que designamos por análise SWOT, identificando os pontos 
fortes e pontos fracos da sua capacidade empreendedora e identificando as ameaças e 
oportunidades que se apresentam em função das capacidades reconhecidas, assentando na 
exploração das oportunidades recorrendo aos seus pontos fortes. 
 
O termo SWOT é um acrónimo que resume os conceitos de Pontos fortes (Strengths), Pontos 
Fracos (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A análise SWOT 
é um modelo de cenário ou de posição competitiva de uma empresa no mercado. 
 
A metodologia de análise consiste na construção de uma matriz de dois eixos: variáveis 
internas (pontos fortes e pontos fracos) e variáveis externas (oportunidades e ameaças) do 
cenário empresarial que permitem a tomada de decisões. É uma ferramenta essencial para 
a criação de uma empresa (elaboração do plano de negócios) ou na tomada de decisões de 
gestão correntes na empresa. 
 
A matriz SWOT permite verificar a situação da empresa na sua envolvente empresarial. Os 
pontos fortes e fracos representam a situação interna da empresa num momento. As 
oportunidades e ameaças estão relacionadas com o futuro. 
 
Um ponto fraco da empresa perante uma envolvente empresarial (ameaça ou oportunidade) 
exigirá uma tomada de decisão da organização que atuará com as medidas mais adequadas 
para limitar ou eliminar os seus efeitos. 
 
A clientela potencial depende obviamente do mercado a atingir e das características do 
produto ou serviço a prestar. 
 
Na análise de mercado deverão ficar bem patentes e respondidas 3 questões: 
1 – Quem compra o nosso produto? 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
19 
2 – Quanto compra? 
3 – A que preço compra? 
 
O aperfeiçoamento da ideia faz-se em dois momentos: 
1. A definição do negócio; 
2. A determinação dos objetivos. 
 
Definição do negócio 
 
O empreendedor deverá responder por escrito, de forma clara e resumida, às seguintes 
questões: 
• Qual é o negócio? 
• Qual é o tipo de negócio (produção, distribuição, retalho, serviço, …)? 
• Que produtos vai oferecer? 
• Quem são os seus clientes? 
• Quem são os seus fornecedores? 
• Qual é a sua vantagem sobre os seus concorrentes (na ótica dos seus clientes)? 
• Como vai colocar no mercado os seus produtos? 
• Qual a imagem a transmitir? 
• Está satisfeito? (Neste momento o empreendedor deverá reler o que escreveu, de 
modo a responder à questão com base na consolidação de ideias) 
 
Determinar objetivos 
 
Um negócio é viável se existe uma probabilidade razoável de satisfazer os objetivos do seu 
criador: 
• Objetivos financeiros; 
• Objetivos de satisfação pessoal; 
• Objetivos fundamentais; 
• Objetivos secundários; 
• Objetivos a curto prazo; 
• Objetivos a médio e longo prazo. 
 
 
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5.Coerência do projeto pessoal/projeto empresarial 
 
 
 
 
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21 
A denominação «Projeto Pessoal» é inspirada na Metodologia de Projeto, técnica pedagógica 
iniciada por John Dewey (1859-1952) e que se aplica adequadamente ao desenvolvimento 
do espírito empreendedor. 
 
Utilizamos o termo «pessoal» apesar de os projetos pessoais deverem ser realizados em 
grupo, por um lado para o diferenciar e, por outro, para reforçar a ideia de que os projetos 
devem estar relacionados com a vida dos formandos/as, as suas necessidades, interesses 
preocupações e ambições porque, por esta via, haverá uma maior probabilidade de se 
mobilizarem e atingirem, respetivamente, níveis superiores de motivação e de realização. 
 
Assim, o Projeto Pessoal é uma estratégia pedagógica de ação, que induz a criação de 
iniciativas empreendedoras junto dos formandos e formandas, com as decorrentes 
oportunidades de experimentação e aprendizagem. 
 
Um projeto pessoal consiste, em primeiro lugar, na criação de um objetivo, que pode ser: o 
desenvolvimento pessoal, ou seja, como adquirir formação ou especialização numa área, 
para melhorar a sua situação pessoal ou profissional; participar/organizar uma atividade 
coletiva de lazer, do seu agrado, na empresa ou no bairro; dar um contributo de solidariedade 
para uma entidade com cujos objetivos se identifique e seja sensível; criar uma atividade 
com fins lucrativos; desenvolver um projeto inovador dentro da organização em que se 
insere. 
 
Não nos podemos esquecer que o empreendedor ou empreendedora é aquele/a que age 
sobre a sua realidade. Mas, para agir sobre a realidade, necessita de descobrir uma 
oportunidade de intervenção e de ter a perceção de que o pode fazer. 
 
Vários autores apresentam razões para se ter o seu próprio empreendimento. Muitas vezes, 
o motivo básico é a necessidade de ser seu próprio patrão, evitar a relação de subordinação 
típica de médias e grandes empresas, quando se assume o papel de empregado. Além disso, 
a vontade de ganhar mais dinheiro do que aquele que se auferia como subordinado numa 
organização de terceiros constitui uma outra motivação. 
 
Existe uma grande variedade de motivos que levam as pessoas a ter o seu próprio negócio: 
vontade de ganhar dinheiro, desejo de sair da rotina e de levar ideias próprias avante, mais 
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22 
do que seria possível na condição de empregado, necessidade de provar a si mesmo e aos 
outros de que é capaz de realizar um empreendimento e desejo de desenvolver algo que 
traga benefícios, não só para si, mas para a sociedade. 
 
Desenvolver uma ideia é, no essencial, passar da definição inicialmente vaga para uma ideia 
concreta, trabalhada e clara que permita ajuizar os prós e os contras no âmbito de uma 
fundamentação que confira confiança operativa, consistência e que seja defensável pela sua 
ligação com a prática substantiva. 
 
Quando a ideia não está definida nestes termos é fundamental que o promotor tenha bem 
presenteaquilo que não deve e não quer fazer, centrando o seu esforço na observação da 
realidade no sentido de poder acrescentar algo a um produto/serviço que permita torná-lo 
distinto ao nível da melhoria da qualidade e do melhor ajustamento às necessidades dos 
consumidores. 
 
 
 
 
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23 
 
 
 
 
6.Fases da definição do projeto 
 
 
 
 
 
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24 
 
Fase 1: A Conceção da Ideia 
 
O primeiro grande desafio na altura de criar um negócio próprio é a conceção da ideia. Nesta 
fase o investimento do empreendedor não se contabiliza em euros, mas sim em tempo 
despendido na conceção da ideia. 
 
Um projeto empresarial pode ter várias fontes de inspiração. A ideia pode surgir da 
experiência profissional do empreendedor, dos seus hobbies, da constatação de uma 
necessidade do mercado. As fontes de inspiração são inúmeras, mas o fundamental é que 
neste processo - quase sempre solitário - o potencial empresário não perca a noção de que 
o seu projeto tem de ser acima de tudo realista. 
 
Aqui são definidas as bases da empresa. É das etapas mais importantes do processo de 
criação de um negócio e nenhum pormenor deve ser negligenciado. No momento de 
estruturar a ideia de negócio, o empreendedor deve considerar vários aspetos que vão desde 
a sua experiência profissional ao perfil do consumidor, passando pela oportunidade do 
negócio e a existência, ou não, de projetos empresariais semelhantes. 
 
Fase 2: Testar a Ideia/Análise de Mercado 
 
É verdade que o segredo é a alma do negócio. Mas não é menos verdade que só faz sentido 
criar uma empresa se o mercado necessitar do produto ou serviço que lhe quer oferecer. 
 
Esta é a fase em que vai começar a testar se a sua ideia tem potencial. Rodeie-se de pessoas 
da sua confiança, conte-lhes o seu projeto e procure avaliar as potencialidades do mesmo. 
É também nesta fase que vai começar a procurar informação sobre aquilo que vai necessitar 
para concretizar o seu projeto. 
 
Poderá começar a fazer um levantamento das etapas legais que vai ter de cumprir, 
consultando um advogado se necessário. O fundamental nesta fase é analisar de forma 
rigorosa - com base em levantamentos e estudos concretos - as reais condicionantes do 
mercado. 
 
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25 
Entre os aspetos a considerar nesta fase estão: a singularidade do produto/serviço; o perfil 
do cliente-tipo; a dimensão do mercado; a concorrência e quotas de mercado e as 
potencialidades de crescimento do negócio. 
 
É também o momento em que deverá elaborar o Plano de Marketing descrevendo 
produtos/serviços, escolhendo políticas de distribuição, preços e formas de promoção, tudo 
com orçamentos previsíveis. 
 
Fase 3: Elaboração do Plano de Negócios 
 
Esta fase é uma das fundamentais para o sucesso da sua empresa. Vai passar para o papel 
de forma estruturada todas as ideias que desenvolveu até ao momento. É momento de 
discutir estratégias, definir prioridades, descartar ideias menos boas. 
 
É nesta fase que elabora aquele que será o cartão-de-visita da sua empresa junto de 
potenciais investidores e financiadores externos. 
 
O objetivo desta fase é que a equipa conceba um plano de negócios que exponha de forma 
realista como é que a equipa planeia transformar as suas ideias num negócio exequível, 
sustentável e lucrativo. Esta é uma das etapas mais complicadas e minuciosas do processo 
de criação de uma empresa. 
 
Na elaboração do Plano de Negócios devem constar dados referentes à Análise de Mercado, 
Plano de Investimentos, Fontes de Financiamento, Plano de Tesouraria e Rentabilidade do 
Projeto. 
 
O elevado grau de aspetos técnicos inerentes à elaboração do Plano de Negócios leva muitos 
empreendedores a recorrer a apoio especializado. Assim, além da equipa, não será demais 
ter a ajuda de um consultor, advogados e até empresas de contabilidade. 
 
Fase 4: Conseguir o capital inicial 
 
O empreendedor e a sua equipa devem decidir como vão financiar o seu projeto. Há várias 
opções possíveis. O ideal seria que conseguisse financiar o seu negócio com capitais próprios, 
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26 
mas a percentagem de empreendedores que consegue criar uma empresa sem recorrer a 
financiadores externos é residual. 
 
Assim, deve estar preparado para defender o seu projeto junto da Banca, de investidores 
privados ou empresas de capital de risco. 
 
A vida do seu negócio depende do financiamento e por isso é importante ter uma estimativa 
bastante realista das necessidades de capital inicial fundamentais para o arranque do 
negócio. A partir daqui será mais fácil definir onde se deverá dirigir para conseguir esse 
capital. 
 
Qualquer que seja a sua escolha, deverá ter uma estratégia para atrair os investidores e 
convencê-los de que o seu projeto é viável. O ideal será encontrar uma forma de fazer com 
que o seu projeto se distinga da 'pilha' de projetos que as entidades financiadoras sempre 
têm para analisar. 
 
Nesta fase o objetivo é conseguir um compromisso de financiamento que assegure a criação 
da empresa. Depois de assumido esse compromisso, é necessário recorrer a um advogado 
para fechar o negócio com as fontes de financiamento. 
 
Fase 5: Constituição Formal da Empresa 
 
Uma vez ultrapassada a questão do capital inicial o empreendedor poderá avançar para a 
constituição formal da empresa. Esta é uma das fases mais penosas, pela carga burocrática 
que lhe está associada. 
 
Deverá começar por escolher a forma jurídica ideal para o caso da sua empresa. A partir 
daqui poderá dirigir-se a um dos vários Centros de Formalidades de Empresas (CFE) para 
cumprir as seguintes tarefas: 
 Pedido do Certificado de Admissibilidade de Firma ou Denominação de Pessoa 
Coletiva; 
 Pedido do Cartão Provisório de Pessoa Coletiva; 
 Marcação de Escritura Pública; 
 Celebração de Escritura Pública; 
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 Declaração de início de atividade; 
 Requisição do Registo Comercial, publicação no DR e inscrição no Registo Nacional 
de Pessoas Coletivas; 
 Inscrição na Segurança Social; 
 Pedido de Inscrição no Cadastro Comercial ou Industrial. 
 
Fase 6: Encontrar o local ideal 
 
O local que escolhe para instalar a sua empresa faz toda a diferença. Além de ser uma das 
primeiras imagens que os seus clientes têm de si, deverá adequar-se à atividade que quer 
desenvolver, aos 'targets' que quer alcançar e a vários outros fatores. 
A primeira decisão que terá de tomar é se procura um espaço próprio ou arrendado. A partir 
daqui, poderá recorrer a um agente imobiliário que lhe poderá ser útil pela experiência que 
tem na área. 
 
Não se precipite. Um erro pode causar-lhe um gasto desnecessário de dinheiro. Seja 
prudente nas suas escolhas e lembre-se que fatores como: uma má localização; uma área 
desadequada; uma renda exagerada ou um compromisso de arrendamento excessivamente 
longo podem fazer de uma escolha aparentemente acertada um mau investimento. 
 
Fase 7: Definição dos corpos diretivos e recrutamento de colaboradores 
 
Agora que está prestes a iniciar a atividade da sua empresa e já tem uma estimativa do 
número e perfil de colaboradores de que vai necessitar para colocar a empresa a funcionar, 
é altura de iniciar o processode recrutamento. 
 
Deverá prestar particular atenção aos cargos de direção e lembrar-se que poderá iniciar a 
atividade da empresa com um número reduzido de colaboradores e apostar num 
recrutamento posterior, à medida da expansão da empresa. 
 
Se apostou numa área na qual não tem particular experiência e conhecimento, pode suprir 
eventuais lacunas de formação recrutando especialistas nesses sectores. 
 
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28 
Lembre-se que o talento é vital. Rodeie-se de profissionais empreendedores e com 
capacidade de iniciativa. Lembre-se também que o seu compromisso com os recursos 
humanos da sua empresa vai além das condições salariais. Defina estratégias de retenção 
dos seus recursos. 
 
Fase 8: Iniciar a atividade da empresa 
 
Se sobreviveu a todas estas fases é chegado o momento de iniciar a atividade da sua 
empresa. 
 
Assegure-se de que todos os pormenores estão operacionais para receber o cliente desde 
as instalações, aos recursos humanos, às estruturas de comunicação (telefones, faxes, e-
mails). 
 
Nesta fase deve estabelecer os principais sistemas de gestão e definir áreas de contabilidade, 
logística, controlo de qualidade e outras. 
 
É também importante que defina e inicie o processo de promoção da empresa. Pode apostar 
em campanhas de publicidade, maillings para o seu público-alvo, 'press releases' e outros 
meios. 
 
Deverá ainda motivar os seus colaboradores para o início de atividade, dar-lhes indicações 
precisas daquilo que se espera e dos objetivos a atingir. É também o momento de contactar 
os fornecedores e definir prazos. 
 
 
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29 
 
 
 
 
7. Modalidades de trabalho 
 
 
 
 
 
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Atividade liberal 
 
Os trabalhadores liberais têm deveres para com as entidades a quem prestam serviços e têm 
obrigações relativamente aos empregados que tiverem a seu cargo. 
 
Pode considerar-se que o trabalho é executado sem subordinação aos clientes sempre que 
os trabalhadores: 
 Tiverem, no exercício das atividades, a faculdade de escolher os processos e meios a 
utilizar, sendo estes, total ou parcialmente, das suas propriedades; 
 Não se encontrarem sujeitos a horário e ou a períodos mínimos de trabalho, salvo 
quando tal resulte da direta aplicação de normas de direito laboral; 
 Possam subcontratar outros para a execução do trabalho em sua substituição; 
 Não se integrem na estrutura do processo produtivo, na organização do trabalho ou 
na cadeia hierárquica das empresas que servem. 
 
Logo que decida avançar com uma profissão liberal tem de comunicar às Finanças que o 
pretende fazer. Através da declaração de início de atividade, o profissional liberal vai fazer o 
seu enquadramento fiscal em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 
(IRS) e Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). 
 
Para isso, o empreendedor tem de fazer uma estimativa do seu volume de negócios e 
identificar uma classificação da sua atividade. Com base no volume de negócios estimado, a 
Lei ou o obriga a organizar a sua contabilidade para efeitos fiscais ou, se a tal não for 
obrigado, a fazer essa opção, se assim o desejar. 
 
Quando organiza a sua contabilidade, o profissional liberal tem de pensar também que ela 
não serve apenas para efeitos fiscais. Um bom sistema de contabilidade é uma excelente 
ferramenta de apoio à gestão e à tomada de decisão (foi, aliás, com essa intenção que a 
contabilidade foi "inventada"). 
 
Para além disso, o seu Técnico Oficial de Contas (TOC) vai apoiá-lo em muitos aspetos 
práticos da sua vida de empresário que excedem largamente a mera entrega de declarações 
fiscais: ele(a) poderá muito bem ser o seu braço-direito. 
 
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31 
Se se enquadra no regime da contabilidade organizada, então o lucro tributável, sobre o qual 
incide o IRS, vai seguir as suas regras, subtraindo aos proveitos todos os custos necessários 
para a realização da sua atividade. 
 
A opção que for feita no momento da declaração de início de atividade é válida por um 
período de três anos, renovável automaticamente por período igual, caso nada se altere 
entretanto. Por isso, o momento de arranque é muito importante e deve ser ponderado. 
 
Empresário em nome individual 
 
A empresa que tem o estatuto jurídico de Empresário em Nome Individual é titulada por uma 
única pessoa que pode desenvolver a sua atividade em setores como o comercial, industrial, 
de serviços ou agrícola. 
 
Os bens do Empresário em Nome Individual passam a estar diretamente afetos à exploração 
da sua atividade económica e os eventuais credores de dívidas serão satisfeitos com os bens 
que integram a totalidade do seu património, isto é, não existe separação entre o seu 
património pessoal e o património afeto a sociedade que tutela. A responsabilidade do 
empresário confunde-se com a responsabilidade da sua empresa. 
 
O proprietário responde de forma ilimitada pelas dívidas contraídas no exercício da sua 
atividade perante os seus credores, com todos os bens pessoais que integram o seu 
património (casas, automóveis, terrenos, etc.) e os do seu cônjuge (se for casado num 
regime de comunhão de bens). 
 
O inverso também acontece, ou seja, o património afeto à exploração também responde 
pelas dívidas pessoais do empresário e do cônjuge. A responsabilidade é, portanto, ilimitada 
nos dois sentidos. 
 
Para iniciar a sua atividade, o empresário necessita de se inscrever na Repartição de Finanças 
da sua área de residência. A firma que matricular será constituída pelo nome civil completo 
ou abreviado do empresário individual e poderá, ou não, incluir uma expressão alusiva ao 
seu negócio ou a forma como pretende divulgar a sua empresa no meio empresarial. 
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32 
 
Cada indivíduo apenas pode deter uma firma. Se tiver adquirido a empresa por sucessão, 
poderá acrescentar a expressão “Sucessor de¨ ou “Herdeiro de¨. 
 
O Empresário em Nome Individual não é obrigado a ter um capital mínimo para iniciar a sua 
atividade. As empresas juridicamente definidas como “Empresário em Nome Individual¨ 
também não necessitam de contrato social. 
 
Vantagens: 
 O controlo absoluto do proprietário único sobre todos os aspetos do seu negócio; 
 A possibilidade de redução dos custos fiscais. Nas empresas individuais, a declaração 
fiscal do empresário é única e inclui os resultados da empresa. Assim, caso registe 
prejuízos, o empresário pode englobá-los na matéria coletável de IRS no próprio 
exercício económico a que dizem respeito; 
 A simplicidade, quer na constituição, quer no encerramento, não estando obrigado a 
passar pelos trâmites legais de uma sociedade comercial; 
 O empresário individual não está obrigado a realizar o capital social. 
 
Desvantagens: 
 O risco associado à afetação de todo o património do empresário, cônjuge incluído, 
às dívidas da empresa; 
 Dificuldade em obter fundos, seja capital ou dívida, dado que o risco de crédito está 
concentrado num só indivíduo; 
 O empresário está inteiramente por sua conta, não tendo com quem partilhar riscos 
e experiências. 
 
Sociedade por quotas 
 
A principal característica das sociedades por quotas advém do facto de o seu capital estar 
dividido em quotas e os sóciosserem solidariamente responsáveis apenas pelas entradas 
convencionadas no contrato social: 
 O número mínimo de sócios de uma sociedade por quotas é de dois; 
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33 
 O montante de capital social é livremente fixado no contrato da sociedade, 
correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios. Cada quota tem um valor 
nominal mínimo de €1; 
 A gestão das sociedades por quotas é exercida por uma ou mais pessoas singulares, 
designadas de Gerentes, não sendo obrigatório que os mesmos sejam sócios da 
sociedade; 
 Caso tal se encontre previsto nos estatutos da sociedade, a Assembleia-geral pode 
proceder à eleição do Órgão de Fiscalização; 
 O Código Comercial dispõe que, no mínimo, 5% do resultado líquido do exercício, 
caso o mesmo seja positivo, deve ser afeto a constituição ou reforço da Reserva 
Legal. Esta obrigação cessa quando o fundo em questão represente, pelo menos, 
20% do capital social. A Reserva Legal apenas pode ser utilizada para aumentar o 
capital ou absorver prejuízos. 
 
A lei não admite sócios de indústria (que entrem com o seu trabalho). Todos têm de entrar 
com dinheiro, ou com bens avaliáveis em dinheiro. O montante do capital social é livremente 
fixado no contrato da sociedade, correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios. 
 
Os sócios devem declarar no ato constitutivo, sob sua responsabilidade, que já procederam 
à entrega do valor das suas entradas ou que se comprometem a entregar até ao final do 1º 
exercício económico. 
 
A responsabilidade dos sócios tem uma dupla característica: é limitada e solidária; é limitada 
porque está circunscrita ao valor do capital social. 
 
 Quer isto dizer que por eventuais dívidas da sociedade apenas responde o património da 
empresa e não o dos sócios; e solidária na medida em que, no caso do capital social não ser 
integralmente realizado aquando da celebração do pacto social, os sócios são responsáveis 
entre si pela realização integral de todas as entradas convencionadas no contrato social 
(mesmo que um dos sócios não cumpra com a sua parte). 
 
A firma pode ser composta pelo nome ou firma de algum ou de todos os sócios, por uma 
denominação particular ou uma reunião dos dois. Em qualquer dos casos, tem que ser 
seguida do aditamento obrigatório “Limitada¨ por extenso ou abreviado “Lda.¨ 
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Vantagens: 
 A responsabilidade dos sócios é limitada aos bens afetos à empresa, havendo uma 
separação clara do património da empresa. Logo, o risco pessoal é menor; 
 A existência de mais do que um sócio pode garantir uma maior diversidade de 
experiências e conhecimentos nos órgãos de decisão da empresa; 
 Há maior probabilidade de se garantir os fundos necessários, pois podem ser mais 
pessoas a entrarem no capital da empresa e o crédito bancário tende a ser mais fácil. 
 
Desvantagens: 
 Um sócio pode ser chamado a responder perante os credores pela totalidade do 
capital; 
 O empresário não tem o controlo absoluto pelo governo da sociedade, já que existe 
mais do que um proprietário; 
 As sociedades por quotas são mais difíceis de constituir e dissolver por imperativos 
formais de carácter legal e, sobretudo, pela necessidade de acordo entre os sócios; 
 Os sócios não podem imputar eventuais prejuízos do seu negócio na declaração de 
IRS (os resultados das sociedades são, obviamente, tributados em sede de IRC); 
 É obrigatória a entrada dos sócios com dinheiro ou, pelo menos, com bens avaliáveis 
em dinheiro. 
 
 
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8. Mercado de trabalho visível e encoberto 
 
 
 
 
 
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Se compararmos o atual cenário do mercado de trabalho com o de há uns anos, verificamos 
que existem inúmeras alterações, tanto do ponto de vista do empregador como do 
empregado, como até os próprios meios de mão-de-obra sofreram alterações. 
 
Hoje em dia já não existem aqueles empregos que antigamente se diziam que eram para 
toda a vida. Já não existem empregos definitivos. 
 
Para todo o profissional ativo, chega um determinado momento em que são colocadas 
algumas questões que se prendem essencialmente com a maneira como a sua carreira está 
a ser gerida e vocacionada. 
 
Passa muitas vezes pelas nossas mentes a ideia de que a nossa carreira possa ter estagnado, 
que já não podemos fazer nada por ela, que já não podemos aprender com as novas técnicas. 
Por vezes, podemos ter a ideia de que a nossa carreira estagnou, que já nada mais podemos 
aprender ou evoluir no nosso atual local de trabalho. 
 
É nestas alturas que deve assumir que quer mudar. 
 
Esta mudança pode ser fora da empresa e passar por uma mudança de emprego, mudança 
de funções, etc. 
 
Para progredir na carreira é necessário modificar a evolução da mesma. 
 
Quando esta decisão é tomada, torna-se fundamental a aquisição do conhecimento do 
mercado de trabalho, das perspetivas que este oferece e da viabilidade da mudança. Tudo 
isto, para que a sua reorientação profissional seja produtiva. 
 
Não invista ansiosamente em todas as hipóteses que lhe aparecem à frente, você precisa de 
saber o que realmente quer e ajustar todo o seu empenho nesse sentido. 
 
É importante você responder, primeiro que tudo, a três questões fundamentais: 
 
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Se é feliz no seu trabalho? Se quer continuar a aprender e a evoluir? E se quer ser 
ultrapassado pelas novas técnicas? A satisfação no trabalho é extremamente importante para 
que tenha um desempenho exemplar. 
 
A aprendizagem e o desenvolvimento são fatores igualmente importantes a ter em conta na 
altura de fazer a mudança. 
 
A maioria das empresas já funciona com novas técnicas, novos meios de trabalho, meios 
informáticos, meios que antigamente eram desconhecidos. É importante saber dominar estas 
novas técnicas, só assim poderá se adaptar ao novo mercado de trabalho e com ele aprender 
e evoluir. 
 
A decisão de mudar não deve ser tomada de ânimo leve. Antes de dar esse passo importante 
em direção ao mercado de trabalho, avalie a sua capacidade de autodeterminação, a sua 
capacidade para uma aprendizagem contínua e para se aventurar na era das novas técnicas. 
 
Enfrentar um mercado de trabalho diferente daquele que estava habituado a viver no seu 
dia-a-dia requer muito empenho e sacrifício. Mas com vontade e dedicação tudo se há de 
resolver e você facilmente se habituará ao novo mundo do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 9. Pesquisa de informação para procura de emprego 
 
 
 
 
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A procura de emprego 
 
A situação do mercado de trabalho exige uma procura ativa de emprego. Faça-o de forma 
persistente e organizada e acredite que há oportunidades para si! Vá ao encontro delas. 
 
A decisão de procurar emprego surge de diferentes situações em que cada pessoa se 
encontra. 
 A procura do primeiro emprego no final dos estudos; 
 Quando o emprego atual não é o mais adequado; 
 Quando a insatisfação do emprego está relacionada com o próprio sector onde o 
indivíduo está inserido; 
Situação de despedimento. 
 
Seja qual for o método de procura de emprego escolhido, para garantir o seu sucesso, 
algumas questões devem ser bem orientadas. 
 
Como encontrar o melhor projeto profissional? 
 
O início da procura de um projeto profissional deve ser devidamente estruturado e 
organizado. Assim, podem identificar-se cinco fases essenciais no desenvolvimento de um 
processo de procura de emprego: 
 Balanço pessoal e profissional; 
 Recolha de anúncios de emprego; 
 Resposta aos anúncios selecionados; 
 Mercado oculto de emprego (oportunidades de trabalho que não são publicitadas nos 
meios habituais); 
 Entrevista de seleção. 
 
Neste processo é essencial trabalhar três regras básicas: 
 
Conhecer-se a si próprio 
 
 Faça um balanço de competências, isto é, reflita sobre as áreas em que sente possuir 
competências técnicas e também competências pessoais (é uma pessoa que gosta 
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mais de desenvolver trabalho sozinho, em gabinete, de investigação, etc., ou prefere 
um trabalho que envolva sair, desenvolver contactos pessoais, gerir pessoas, 
atividades comerciais, etc.). 
 Reflita nas áreas profissionais onde poderá ter prazer em estar envolvido. Para 
desempenhar bem uma função deve ter gosto em executá-la. 
 Depois de ter refletido sobre as suas competências, os seus interesses e o tipo de 
trabalho que gostaria de desenvolver, procure emprego de uma forma organizada. 
 
Conhecer o mercado de trabalho 
 
 Analise quais os postos de trabalho mais oferecidos e quais os requisitos mais 
exigidos pelos empregadores. 
 Pode fazê-lo através da consulta de estatísticas de emprego; ofertas de emprego; 
ofertas de emprego comunitárias; rede de relações, etc. 
 
Conhecer as técnicas de procura de emprego 
 
 Defina objetivos, planeie uma estratégia e ponha-a em prática de forma organizada. 
Crie um dossier onde poderá colocar documentos importantes na procura de 
emprego: cartas de apresentação, cartas de candidatura espontânea, cartas de 
resposta, curriculum vitae, diplomas ou certificados, cartas de recomendação. 
 Registe na sua agenda os locais para os quais se vai candidatando, as entrevistas às 
quais vai comparecendo e as respostas que vai obtendo. 
 
Que perfil procuram os empregadores? 
 
A postura mais valorizada para ser um profissional de excelência inclui: 
 Vontade de aprender; 
 Compromisso com a empresa e com o projeto; 
 Automotivação; 
 Trabalho de equipa; 
 Competências de comunicação oral e escrita; 
 Cooperação com os outros, liderança e trabalho de equipa; 
 Energia e proatividade; 
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41 
 Motivação; 
 Ponderação e bom senso; 
 Capacidade de resolução de problemas e criatividade na implementação de soluções; 
 Cordialidade e educação; 
 Atitude de permanente escuta e disponibilidade para ajudar na resolução de 
problemas; 
 Curiosidade e iniciativa para melhorar desempenhos (não só como se faz mas porque 
se faz); 
 Capacidade de lidar com o insucesso e ultrapassar adversidades; 
 Honestidade, motivação e segurança. 
 
Faça uma lista das atividades em que esteve envolvido, (associação desportiva, cultural, 
recreativa, part-time ou estágio, voluntariado, negócio de família, etc.). As empresas vão 
tentar encontrar aqui as suas atitudes proativas, o sentido de responsabilidade, o 
cumprimento de horários, o assumir compromissos e o desenvolvimento de atitudes 
profissionais. 
 
Como é você que conta neste projeto de procura de emprego fique atento a si próprio como 
pessoa: é que a sua personalidade, os seus princípios, os seus valores, as suas atitudes e as 
suas competências vão ser transportados para o seu mundo profissional e podem ser trunfos 
para vencer na sua carreira. 
 
Inicie agora uma procura ativa: 
 O próximo passo é dar-se a conhecer aos potenciais empregadores. 
 Comece por definir que sectores de atividade lhe interessam (com que produtos ou 
serviços gostaria de trabalhar). Depois, identifique as empresas que desenvolvem a 
sua atividade e consulte os sites de apoio à procura de emprego, onde algumas 
empresas colocam anúncios online. 
 Esteja atento às propostas profissionais que são divulgadas nos jornais, selecione as 
que lhe interessarem e responda atempadamente. O tempo de resposta a um anúncio 
tem a duração média de uma semana. A resposta deve chegar ao jornal durante esse 
período. 
 Consulte e selecione os anúncios afixados em painéis nos Centros de Emprego, nas 
Juntas de Freguesia, nos Hipermercados, Supermercados, ou noutros locais públicos. 
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42 
 Visite os websites das Associações Empresariais do sector, onde, no item 
“associados”, pode encontrar as empresas pertencentes ao setor de atividade que 
mais o atrai. 
 Para descobrir determinada empresa ou setor de atividade, consulte as Páginas 
Amarelas ou diretórios de empresas. 
 As empresas de recrutamento e seleção são também uma boa fonte de informação. 
Visite o website de algumas delas, onde pode responder a anúncios ou preencher um 
formulário de candidatura. 
 Utilize as suas relações interpessoais. Se conhece alguém a trabalhar numa 
determinada empresa, peça para lhe darem o contacto pessoal a quem deve dirigir 
a sua candidatura, ou informá-lo de alguma vaga existente. 
 É importante dar atenção aos anúncios divulgados nos jornais e nos sites de apoio à 
procura de emprego, mas é também muito importante o envio de candidaturas 
espontâneas para as empresas onde gostaria de trabalhar. 
 
O que NÃO deve fazer quando procura emprego? 
 Desistir face aos “nãos”. A persistência e a autoconfiança são características que 
precisa de ter para vencer antes de conseguir o emprego e depois de o obter! 
 Deixar de apostar na sua formação contínua. Frequente cursos que permitam 
aperfeiçoar as suas competências profissionais – bons conhecimentos de informática 
e de línguas são exigidos por 99% dos empregadores para o admitirem num 
emprego. 
 Mentir ou exagerar nas informações do seu currículo. A sua credibilidade fica a perder 
e é uma forma péssima de começar uma carreira. 
 Ser arrogante. A arrogância é uma arma francamente má para quem quer vencer na 
carreira. A atitude deve ser a de aprender continuamente – só assim se cresce 
profissionalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
43 
 
 
 
 
10. Medidas ativas de emprego e formação 
 
 
 
 
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44 
Se tem uma ideia de negócio e pretende desenvolver uma atividade empresarial de pequena 
dimensão candidate-se ao Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio 
Emprego, que engloba as medidas de: 
 Apoios à Criação de Empresas; 
 Programa Nacional de Microcrédito; 
 Apoio à Criação do Próprio Emprego por Beneficiários de Prestações de Desemprego. 
 
Informe-se também sobre a medida de apoio ao empreendedorismo Social Investe, 
desenvolvida em parceria com a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social. 
 
Criação do Próprio Emprego 
 
Apoios à Criação do Próprio Emprego por Beneficiários de Prestações de Desemprego – 
 
Medida no âmbito do Programa de Apoio ao Empreendedorismo e à Criação do Próprio 
Emprego, que consiste na atribuição de apoios a projetos de emprego promovidospor 
beneficiários das prestações de desemprego, através da antecipação das prestações de 
desemprego, desde que os mesmos assegurem o emprego, a tempo inteiro, dos promotores 
subsidiados. 
 
Promotores / Destinatários 
 
Beneficiários das prestações de desemprego que apresentem um projeto que origine, pelo 
menos, a criação do seu emprego. 
 
Nota: as prestações de desemprego referidas respeitam apenas ao subsídio de desemprego 
ou ao subsídio social de desemprego inicial. 
 
Apoios 
 
Apoio financeiro 
 Pagamento, total ou parcial, do montante global das prestações de desemprego, 
deduzido das importâncias eventualmente já recebidas; 
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45 
 Possibilidade de cumulação com a modalidade de crédito com garantia e bonificação 
da taxa de juro (linhas MICROINVEST E INVEST+); 
 Nota: o subsídio de desemprego ou o subsídio social de desemprego inicial a que os 
beneficiários tenham direito pode ser pago parcialmente de uma só vez, nos casos 
em que os interessados apresentem projeto de criação do próprio emprego sob a 
forma jurídica de trabalhador independente e as despesas elegíveis não ultrapassem 
o valor do montante único. 
 
Apoio técnico à criação e consolidação dos projetos 
Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta medida podem beneficiar de apoio 
técnico à sua criação e consolidação, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este 
assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais 
credenciadas pelo IEFP. 
 
Atividades de apoio técnico: 
 Acompanhamento do projeto aprovado; 
 Consultoria na gestão ou na operacionalidade da iniciativa; 
 Nota: Em caso de recurso ao financiamento de crédito MICROINVEST ao abrigo da 
medida Programa Nacional de Microcrédito, podem também beneficiar do apoio 
técnico específico durante a fase anterior à submissão do pedido de crédito. 
 
Condições de acesso 
 
 O promotor deve ter pelo menos 18 anos de idade à data da candidatura; 
 Os beneficiários não podem acumular o exercício da atividade para a qual foram 
apoiados com outra atividade normalmente remunerada, durante o período em que 
são obrigados a manter aquela atividade; 
 O montante das prestações de desemprego pode ser aplicado na aquisição de 
estabelecimento por cessão ou na aquisição de capital social de empresa preexistente 
que origine, pelo menos, a criação de emprego, a tempo inteiro, do promotor 
destinatário; 
 No projeto que inclua, no investimento a realizar, a aquisição de capital social, esta 
tem de decorrer de aumento de capital social, isto é, o montante das prestações de 
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46 
desemprego só pode financiar o aumento de capital social, não podendo financiar a 
aquisição de partes sociais existentes; 
 O projeto deve apresentar viabilidade económico-financeira. 
 
Criação de empresas 
 
Apoios à Criação de Empresas - medida no âmbito do Programa de Apoio ao 
Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego, que consiste na atribuição de apoios a 
projetos de criação de empresas de pequena dimensão com fins lucrativos, incluindo 
cooperativas, através do acesso a linhas de crédito com garantia e bonificação da taxa de 
juro concedido por instituições bancárias. 
 
Promotores/Destinatários 
 Inscritos nos serviços de emprego, numa das seguintes situações: 
o Desempregados inscritos há 9 meses ou menos, em situação de desemprego 
involuntário ou inscritos há mais de 9 meses, independentemente do motivo 
da inscrição; 
o Jovens à procura do 1.º emprego com idade entre os 18 e os 35 anos, 
inclusive, com o mínimo do ensino secundário completo ou nível 3 de 
qualificação ou a frequentar um processo de qualificação conducente à 
obtenção desse nível de ensino ou qualificação, e que não tenha tido contrato 
de trabalho sem termo; 
o Nunca tenham exercido atividade profissional por conta de outrem ou por 
conta própria; 
o Trabalhadores independentes cujo rendimento médio mensal, no último ano 
de atividade, seja inferior à retribuição mínima mensal garantida. 
 
Crédito ao investimento 
O crédito ao investimento é concedido por instituições bancárias, através de 2 linhas de 
crédito, e beneficia de garantia, no quadro do sistema de garantia mútua, e de bonificação 
de taxa de juro. 
 
 
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47 
Linha de Crédito - INVEST+ 
 
MONTANTES PRAZOS TAXA DE JURO 
Investimento Financiamento 
 
 
 
Superior a €20.000 e 
até €200.000 
 
Até €100.000 
 
2 anos de carência 
de capital 
 
Reembolso no prazo 
de 5 anos com 
prestações mensais 
(amortizações 
constantes de 
capital) 
 
Euribor a 30 dias, 
acrescida de 0,25% 
com taxa mínima de 
1,5% e máxima de 
3,5% 
 
(o 1.º ano de juros é 
integralmente 
bonificado e o 2.º e 
o 3.º ano são 
bonificados 
parcialmente pelo 
IEFP) 
 
 
 
Nota: Os créditos a conceder, no âmbito do Invest+, têm como limites 95% do investimento 
total e 50.000€ por posto de trabalho criado a tempo completo. 
 
 
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Linha de Crédito - MICROINVEST 
 
MONTANTES PRAZOS TAXA DE JURO 
Investimento Financiamento 
 
 
 
Até €20.000 
 
Até €20.000 
 
2 anos de carência 
de capital 
 
Reembolso no prazo 
de 5 anos com 
prestações mensais 
(amortizações 
constantes de 
capital) 
 
Euribor a 30 dias, 
acrescida de 0,25% 
com taxa mínima de 
1,5% e máxima de 
3,5% 
 
(o 1.º ano de juros é 
integralmente 
bonificado e o 2.º e 
o 3.º ano são 
bonificados 
parcialmente pelo 
IEFP) 
 
 
Apoio técnico à criação e consolidação dos projetos 
Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta Medida podem beneficiar de apoio 
técnico à sua criação e consolidação, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este 
assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais 
credenciadas pelo IEFP. 
 
Atividades de apoio técnico: 
Acompanhamento do projeto aprovado; 
Formação; 
Consultoria na gestão ou na operacionalidade da iniciativa. 
 
Condições de Acesso 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
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 O promotor do projeto de criação de empresa deve ter pelo menos 18 anos de idade 
à data do pedido de financiamento, e não ter registo de incidentes não justificados 
no sistema bancário; 
 Pelo menos metade dos promotores têm de, cumulativamente, ser destinatários do 
programa, criar o respetivo posto de trabalho a tempo inteiro e possuir 
conjuntamente mais de 50% do capital social e dos direitos de voto; 
 O projeto de criação de empresa na sua fase de investimento e criação de postos de 
trabalho não pode envolver: 
o A criação de mais de 10 postos de trabalho; 
o Um investimento total superior a €200.000, considerando-se para o efeito as 
despesas em capital fixo corpóreo e incorpóreo, juros durante a fase do 
investimento e fundo de maneio; 
 O projeto deve apresentar viabilidade económico-financeira; 
 A realização do investimento e a criação dos postos de trabalho devem estar 
concluídas no prazo de um ano a contar da data da disponibilização do crédito. 
 
Microcrédito 
 
Programa Nacional de Microcrédito - medida no âmbito do Programa de Apoio ao 
Empreendedorismoe à Criação do Próprio Emprego, que consiste no apoio a projetos de 
criação de empresas promovidos por pessoas que tenham especiais dificuldades de acesso 
ao mercado de trabalho, através do acesso a crédito para projetos com investimento e 
financiamento de pequeno montante. 
 
Esta medida é desenvolvida em parceria com a Cooperativa António Sérgio para a Economia 
Social (CASES). 
 
Destinatários 
 Pessoas com perfil empreendedor que tenham especiais dificuldades de acesso ao 
mercado de trabalho e estejam em risco de exclusão social, e que apresentem 
projetos viáveis para criar postos de trabalho; 
 Microentidades e cooperativas até 10 trabalhadores que apresentem projetos viáveis 
com criação líquida de postos de trabalho, em especial na área da economia social. 
 
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Apoios 
 
Linha de Crédito ao investimento com garantia e bonificação de taxa de juro - MICROINVEST 
- O crédito ao investimento é concedido pelas instituições de crédito ou pelas sociedades 
financeiras de microcrédito, através da linha de crédito MICROINVEST, beneficiando de 
bonificação de taxa de juro e de garantia, no quadro do sistema de garantia mútua. 
 
MONTANTES PRAZOS TAXA DE JURO 
Investimento Financiamento 
 
 
 
Até €20.000 
 
Até €20.000 
 
2 anos de carência 
de capital 
 
Reembolso no prazo 
de 5 anos com 
prestações mensais 
(amortizações 
constantes de 
capital) 
 
Euribor a 30 dias, 
acrescida de 0,25% 
com taxa mínima de 
1,5% e máxima de 
3,5% 
 
(o 1.º ano de juros é 
integralmente 
bonificado e o 2.º e 
o 3.º ano são 
bonificados 
parcialmente pelo 
IEFP) 
 
 
Apoio técnico à criação e consolidação dos projetos 
Os projetos que obtenham financiamento ao abrigo desta Medida podem beneficiar de apoio 
técnico à sua criação e consolidação, durante os dois primeiros anos de atividade, sendo este 
assegurado por uma rede de entidades privadas sem fins lucrativos ou autarquias locais 
credenciadas pelo IEFP. 
 
Atividades de apoio técnico: 
 Acompanhamento do projeto aprovado; 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
51 
 Formação; 
 Consultoria na gestão ou na operacionalidade da iniciativa. 
 
Condições de acesso 
 
 O promotor do projeto de criação de empresa deve ter, pelo menos, 16 anos de idade 
à data do pedido de financiamento; 
 Pelo menos metade dos promotores têm de, cumulativamente, ser destinatários do 
programa, criar o respetivo posto de trabalho a tempo inteiro e possuir 
conjuntamente mais de 50% do capital social e dos direitos de voto; 
 O projeto de criação de empresa na sua fase de investimento e criação de postos de 
trabalho não pode envolver a criação de mais de 10 postos de trabalho; 
 O projeto deve apresentar viabilidade económico-financeira; 
 A realização do investimento e a criação dos postos de trabalho devem estar 
concluídas no prazo de um ano a contar da data da disponibilização do crédito; 
 Obter validação prévia da Cooperativa António Sérgio para a Economia Social 
(CASES). 
 
Consulte ainda: 
 
 Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI); 
 Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE); 
 Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC); 
 Portugal Empreendedor – O portal do Empreendedorismo e da Incubação; 
 Empreender – Plataforma do Empreendedor; 
 Beta-i - Associação para a Promoção da Inovação e Empreendedorismo; 
 IFDEP – Instituto para o Fomento e Desenvolvimento do Empreendedorismo em 
Portugal. 
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11. Mobilidade geográfica 
 
 
 
 
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Há muitas e boas razões para se contemplar a possibilidade de trabalhar no estrangeiro. Eis 
apenas algumas delas: 
 Adquirir experiência profissional e melhorar o CV. 
 Melhorar competências pessoais como a capacidade de iniciativa, a determinação e 
a flexibilidade. 
 Aumentar a autoconfiança. 
 Aproveitar as oportunidades de formação profissional ou de estágio. 
 Experimentar algo de novo e viver uma aventura. 
 Ter a possibilidade de ganhar um salário mais elevado. 
 Conhecer uma nova cultura e melhorar as competências linguísticas. 
 Encontrar mais vagas no domínio de atividade escolhido. 
 Beneficiar de um estilo de vida diferente, talvez melhor. 
 Deixar a sua atividade habitual durante algum tempo e fazer algo diferente. 
 
A mobilidade profissional é importante e ajuda a equilibrar o mercado de trabalho. Por 
exemplo, as áreas em grande crescimento podem ter dificuldade em preencher todas as 
vagas, enquanto noutras regiões persiste uma elevada taxa de desemprego. 
 
Os europeus que estejam interessados e dispostos a viver e trabalhar no estrangeiro — ou 
mesmo a atravessar diariamente a fronteira de um país vizinho para irem trabalhar — podem 
ajudar a compensar esse desequilíbrio, ao mesmo tempo que usufruem de todos os 
benefícios de participarem numa cultura diferente da sua. 
 
Graças ao princípio de livre circulação de trabalhadores adotado pela União Europeia, têm 
agora a possibilidade de arranjar emprego, viver ou estudar em qualquer país da União, bem 
como na Islândia, no Listenstaine, na Noruega ou na Suíça. 
 
Os trabalhadores e candidatos a emprego enfrentam desafios cada vez maiores. O mercado 
de trabalho evolui mais velozmente do que nunca, adaptando-se às exigências da 
concorrência global. Os empregadores esperam maior flexibilidade dos trabalhadores, mas 
oferecem-lhes menos segurança. 
 
ufcd 8600 – Competências empreendedoras e técnicas de procura de emprego 
 
 
 
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São poucas as pessoas que ainda têm um emprego para toda a vida. A aprendizagem ao 
longo da vida tornou-se essencial para acompanhar as novas tecnologias e a procura de 
novas competências. 
 
Este novo panorama laboral também pode constituir uma oportunidade emocionante. As 
pessoas têm mais liberdade do que antes para explorar várias funções, setores e locais. 
 
Com flexibilidade e abertura de espírito, tanto os empregadores como os trabalhadores 
podem beneficiar da maior facilidade para encontrar trabalho e exercer uma atividade em 
toda a Europa. 
 
A experiência de trabalhar no estrangeiro, tanto a curto como a longo prazo, pode ajudar a 
adquirir e melhorar as competências, expandir os horizontes e interagir com pessoas de 
diferentes culturas. 
 
Muitas pessoas constatam que, para além de ser uma experiência pessoal enriquecedora, 
trabalhar no estrangeiro também lhes permite encontrar um emprego melhor quando 
decidem regressar ao país de origem. 
 
No entanto, ir trabalhar para o estrangeiro não é uma decisão que se deva tomar de um dia 
para o outro, necessitando de muita ponderação e reflexão. É essencial estar bem preparado. 
 
Onde procurar emprego 
 
Procure os anúncios de emprego publicados na Internet, em jornais, nos centros de emprego 
e em empresas de recrutamento privadas. Não se esqueça de consultar também o portal 
EURES sobre mobilidade profissional. 
 
O próprio sítio web de uma empresa pode conter informações sobre as vagas existentes, 
sendo também possível que ela recorra a uma agência de recrutamento externa para 
proceder a uma pré-seleção dos candidatos. 
 
Consulte os sítios web e os meios de comunicação social direcionados para profissões e 
setores específicos, ou para

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