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Cristina da Silva Mota Risco do Ativo, Rentabilidade e Liquidez SÃO PAULO 2017 Cristina da Silva Mota Risco do Ativo, Rentabilidade e Liquidez Produção Individual Textual apresentada ao Senac, Polo Tito, como exigência parcial para obtenção de nota da disciplina de Gestão de Portfólio de Investimentos do curso de Tecnologia de Gestão Financeira, sob orientação da professora Nídia Saraiva. SÃO PAULO 2017 Sumário 1. Introdução .................................................................................1 2. Análise de investimento.............................................................1 3. Respostas da Análise de Investimentos....................................2 4. Referências................................................................................4 1 1 Introdução O papel do gestor de portfólios de investimentos é – através da coleta de dados, informações do mercado e análise – decidir qual é a destinação mais adequada para os recursos financeiros de uma empresa, principalmente, aqueles que não estão empregados nas atividades operacionais. Existem profissões dentro do mercado financeiro que possuem as aptidões descritas acima, tais como: gestor de carteiras, analistas de ações e de obrigações, consultores de investimentos, entre outros. 2 Análise de Investimentos Diante do exposto e do que foi aprendido nas aulas até aqui, selecione 2 ativos para cada situação abaixo, de modo a remunerar o capital de forma adequada, justificando a escolha de cada ativo (quanto ao risco do ativo, rentabilidade, liquidez): Sobras excedentes de caixa que serão usadas em 6 meses, podendo ser utilizadas anteriormente. O cenário é de período eleitoral, onde não há qualquer certeza quanto ao futuro da política econômica. Lucros não distribuídos que não serão utilizados no curto prazo e que a empresa não fará uso desses recursos pelo prazo de pelo menos 2 anos. O cenário é de melhora nos indicadores econômicos em que, provavelmente, teremos queda dos juros. As opções de investimentos são: Taxa SELIC: 11% a.a. LTN pagando 11,5% a.a. LFT pagando Selic NTNB pagando 5% a.a + IPCA CDB do banco X pagando 105% do CDI, vencimento em 6 meses, sem liquidez antes do resgate 2 CDB do banco X pagando 102% do CDI, vencimento em 6 meses, com liquidez antes do resgate LCI do banco Y pagando 93% do CDI, vencimento em 6 meses, com liquidez anterior ao resgate LCI do banco Y pagando 95% do CDI, vencimento em 6 meses, sem liquidez anterior ao resgate LCA do banco Z pagando 10,4% a.a, vencimento em 6 meses, com liquidez anterior ao resgate LCA do banco Z pagando 10,95% a.a, vencimento em 6 meses, sem liquidez anterior ao resgate LC da H financeira pagando 120% do CDI, vencimento em 2 anos, sem liquidez anterior ao resgate Debênture da empresa AB pagando 6% a.a. + IPCA Debênture incentivada da empresa D pagando 5,5% a.a + IPCA CRI pagando 7% a.a + IGPM Poupança pagando 6% a.a + TR 3 Respostas da Análise de Investimentos 3.1 Sobras excedentes de caixa que serão usadas em 6 meses, podendo ser utilizadas anteriormente. O cenário é de período eleitoral, onde não há qualquer certeza quanto ao futuro da política econômica. Dentre as opções e condições apresentadas para análise e considerando um período de incertezas com relação ao período eleitoral, um aspecto interessante seria a diversificação de produtos, sejam pré-fixados ou pós- fixados. As opções escolhidas seguem abaixo, junto com as justificativas para as escolhas: LCA do banco Z pagando 10,4% a.a., vencimento em 6 meses, com liquidez anterior ao resgate. A escolha deste produto foi considerada levando-se em conta uma possível movimentação do mercado, principalmente a probabilidade de ocorrência de 3 recuo ou avanço do valor da taxa de juros praticada. Para o caso de recuo, já teremos a taxa pré-fixada em 10,4% a.a., mas se levarmos em conta uma possível elevação da taxa de juros, o rendimento pode melhorar, tendo um “efeito” de pós-fixado. CDB do banco X pagando 102% do CDI, vencimento em 6 meses, com liquidez antes do resgate. A escolha deste CBD se deu pela opção do investimento considerando a tributação do IRPJ, pois como os produtos LCI/LCA, o CDB também possui essa tributação para o caso de pessoas jurídicas. O CDB pagando 102% do CDI possui uma rentabilidade melhor e uma segurança similar, abrindo a possibilidade de resgate antes dos 6 meses do prazo citado no enunciado. O abordado aqui é que esses produtos são isentos de IR para pessoas físicas, no entanto, o mesmo não ocorre para pessoas jurídicas. 3.2 Lucros não distribuídos que não serão utilizados no curto prazo e que a empresa não fará uso desses recursos pelo prazo de pelo menos 2 anos. O cenário é de melhora nos indicadores econômicos em que, provavelmente, teremos queda dos juros. Neste caso temos um prazo diferente para os investimentos, 2 anos e sem a necessidade de resgate antecipado. Seguem abaixo os 2 produtos escolhidos e a justificativa para as escolhas: LTN pagando 11,5% a.a. É um produto com emissão feita pelo governo federal (Tesouro Nacional, 2017), possuindo o risco mais baixo entre os produtos disponíveis no mercado. Além disso, o preço unitário, levando-se em conta a queda de juros citada no enunciado, o título ficará pré-fixado em um nível mais interessante. Ocorrendo a queda dos juros, haveria a valorização dos preços e causando a valorização dos títulos, podendo alcançar rendimentos superiores aos 11,5% citados no enunciado. NTNB pagando 5,5% a.a. 4 É um produto pós-fixado emitido também pelo governo federal (Tesouro Nacional, 2017). Mesmo com outros produtos mais interessadas na “cesta” oferecida para análise, pelo desconhecimento da origem de emissão dos mesmos, foi feita a opção por um item com rentabilidade menos atraente, mas com maior segurança. Independente do cenário do mercado, a rentabilidade real ficaria próxima dos 5% a.a., ficando a descontar os impostos a serem recolhidos devido ao período considerado. Lembrando também a escolha do índice de inflação pelo IPCA, por ser o índice usual no Brasil para a medição da inflação (Assaf Neto, 2010). 4 Referências ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2010. SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. Tesouro Nacional. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda..gov.br>. Acesso em: 23 de Abril de 2017.