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Aula 2 Perícias e Avaliações Psicológicas Determinantes socioeconômicos delinquência e criminalidade.

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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA
CURSO DE DIREITO
Avaliações Psicológicas e Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade.
Prof.ª Alumara Dins Teixeira
Alta Floresta- MT
2018
1
2
Avaliações Psicológicas
Avaliações Psicológicas
	Segundo o Conselho Federal de Psicologia, a avaliação psicológica é “um processo de construção de conhecimentos acerca de aspectos psicológicos, com a finalidade de produzir, orientar, monitorar e encaminhar ações e intervenções sobre a pessoa avaliada”.
3
Avaliação psicológica no âmbito jurídico
Primeira atividade da Psicologia junto ao Direito: 
4
Avaliações Psicológicas
Século XIX com a “psicologia do testemunho”. 
5
Avaliações Psicológicas
Avaliação psicológica no âmbito jurídico
Final do século XIX : 
	Psicologia foi chamada pela psiquiátrica forense para ajudar na investigação da responsabilidade penal de adultos e aferição de dados que viessem a auxiliar os trâmites jurídicos. 
6
Avaliações Psicológicas
	Hoje, com a realidade de que as instituições de justiça estão repletas de conflitos, e pela abertura do Direito a um trabalho multidisciplinar, podemos visualizar o crescimento cada vez maior da contribuição da psicologia no contexto jurídico. 
	A avaliação psicológica, processo pelo qual através de instrumentos apropriados (entrevistas, técnicas e testes psicológicos, observações, etc.) chega-se a conclusões a respeito de aspectos do funcionamento psicológico de um indivíduo.
7
Avaliações Psicológicas
	
	A perícia psicológica é considerada um meio de prova no âmbito forense e sua materialização se dá através da elaboração do chamado laudo pericial.
	A finalidade da perícia assenta-se na conveniência ou necessidade de fornecer ao juiz informações que escapam ao seu conhecimento jurídico, ou ao senso comum, por mais culto ou instruído que ele seja.
8
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	O laudo pericial, deve ser redigido em linguagem clara e objetiva para que possa efetivamente fornecer elementos que auxiliem a decisão judicial, devendo responder aos quesitos (perguntas) solicitados, quando presentes.
9
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
10
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
Nomeia Perito
Juiz
Partes 
Direito de nomear Assistentes Técnicos
	Considerada uma prova judicial, a perícia tem a peculiaridade de ser produzida mediante intervenção de uma pessoa encarregada de expressamente certificar-se dos fatos para dar conhecimento deles ao julgador.
11
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	Essa prova, que abrange todo tipo de exame, constitui-se em espécie probatória distinta das demais porque é realizada mediante intervenção do especialista ou "expert".
12
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
Quando recorrer a prova pericial?
13
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
Recorre-se à prova pericial das avaliações psicológicas quando os argumentos ou demais provas de que se dispõe não são suficientes para o convencimento do juiz em seu poder decisório, portanto, esta tem como finalidade última auxiliar o juiz em sua decisão acerca dos fatos que estão sendo julgados. (SILVA, 2003 APUD JUNG, 2014, p. 2). 
	O psicólogo forense (perito, nomeado pelo juiz) deve ter uma postura neutra, imparcial, porém não perdendo o foco da solicitação feita pelos agentes judiciais, a escolha dos instrumentos que serão utilizados para o processo de avaliação psicológica deve se adequar as demandas do caso avaliado. 
14
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	Os psicólogos, na perícia, assumem o compromisso de imparcialidade na avaliação dos casos, comprometendo-se a fornecer um parecer técnico-psicológico sobre as questões formuladas pelo magistrado, pelos advogados das partes e pelo Ministério Público. 
15
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	
	Existe também a possibilidade das partes envolvidas no processo optarem pela contratação de Assistentes Técnicos, caso achem necessário. 
	Estes, serão profissionais de confiança de cada uma das partes e estarão acompanhando os resultados da perícia realizada pelo profissional de confiança do juiz, avalizando ou não suas conclusões. 
16
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	Ao final, os assistentes técnicos apresentam seus pareceres críticos, concordando ou discordando do laudo apresentado pelo perito e, principalmente, fundamentando suas conclusões. 
	Será então juntado aos autos, configurando mais uma ferramenta de apreciação do juízo. 
17
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	Ricardo Veiner aponta que, a perícia psicológica possui três momentos básicos: 
1. Estudo: fase da coleta de dados, testes, visitas domiciliares, exames e outros procedimentos; 
2. Diagnóstico: momento de análise dos dados levantados e da reflexão diagnóstica; 
3. Laudo: consiste na exposição formal do estudo diagnóstico da situação e do parecer técnico do perito. 
18
Avaliações Psicológicas
Perícia Psicológica
	
	O código de processo penal traz em seu Título VII, dos artigos 155 à 250, os meios provas existentes de uma forma não taxativa, são eles os meios úteis para a formação direta ou indireta da verdade real.
19
Perícia Psicológica
Direito Penal 
MEIOS DE PROVAS
20
Perícia Psicológica
Direito Penal 
Perícia (arts. 158 a 184 do CPP).
Interrogatório do acusado (arts. 185 a 196 do CPP).
Confissão (arts. 197 a 200 do CPP).
Declarações do ofendido (art. 201 do CPP).
Testemunhas (arts. 202 a 225 do CPP).
Reconhecimento de pessoas e coisas (arts. 226 a 228).
Acareação (arts. 229 e 230 do CPP).
Documentos (arts. 231 a 238 do CPP).
Indícios (art. 239 do CPP).
Art. 155 CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
21
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	A perícia pode ser realizada na fase de inquérito policial ou do processo, a qualquer dia e horário (art. 161 do CPP), observando os peritos o prazo de dez dias para a elaboração do laudo, prorrogável em casos excepcionais (art. 160, parágrafo único, do CPP). A autoridade que determinar a perícia e as partes poderão oferecer quesitos até o ato.
22
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Deve ser realizada a perícia por perito oficial, portador de diploma de curso superior. Poderão ser designados dois peritos, contudo, se a perícia for complexa, abrangendo mais de uma área de conhecimento especializado, nos termos do art. 159, § 7º, do CPP. Nota-se que tal designação é excepcional; a regra é a realização do exame por apenas um perito.
23
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	
	Se não houver perito oficial, será elaborada a perícia por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior e, de preferência, com habilitação na área em que for realizado o exame (art. 159, § 1º, do CPP), as quais deverão prestar compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo (art. 159, § 2º, do CPP). 
24
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	É facultado ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado de indicar assistente técnico, bem como oferecer quesitos (art. 159, § 4º, do CPP). Este deve ser admitido pelo juiz e atuará após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelo perito oficial, sendo as partes intimadas desta decisão (art. 159, § 4º, do CPP).
25
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Prevê ainda o Código, quanto às perícias, que as partes podem, durante o curso do processo judicial, conforme art. 159, § 5º, I. do CPP, requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandadode intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar. 
26
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Em caso de divergência entre dois peritos, o juiz nomeará um terceiro. Se este divergir também de ambos, determinará a realização de nova perícia (art. 180 do CPP). Se houver omissão ou falha, o juiz poderá determinar a realização de exame complementar (art. 181 do CPP). 
27
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	O juiz não está vinculado ao laudo elaborado pelos peritos, podendo julgar contrariamente às suas conclusões, desde que o faça fundamentadamente (art. 182 do CPP). 
	Nosso Direito adotou, portanto, o sistema liberatório quanto à apreciação do laudo, em oposição ao sistema vinculatório, existente em outras legislações.
28
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	A pericia psicologia é de grande valia probatória em casos de abuso sexual perpetrados em vulneráveis (217-A CP). 
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Perícia Psicológica
Direito Penal 
	No Direito Penal, Rovinsky (2003 APUD JUNG, 2014) afirma que há a utilização dos exames de determinação da responsabilidade penal, quando se necessita esclarecer quão preservadas encontravam-se as capacidades de entendimento e autodeterminação do réu no momento do crime. 
30
Perícia Psicológica
Direito Penal 
        Art. 149 CPP.  Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
31
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	O exame de insanidade mental, para determinar o grau de culpabilidade, é muito solicitado, pois muitas vezes é utilizado deste artifício para se livrar de uma penalidade. 
32
Perícia Psicológica
Direito Penal 
Art. 150 CPP.  Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar.
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Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Para dar inicio ao cumprimento de pena, o condenado deverá realizar exame criminológico:
Art. 34 CPP. O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução.
34
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Há atuação do psicólogo na confecção de laudos e avaliações psicológicas também está prevista na Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984).
	Art. 5º. Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.
35
Perícia Psicológica
Direito Penal 
Art. 7º. A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
Art. 8º. O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução.
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Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Art. 9º. A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá:
I - entrevistar pessoas;
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado;
III - realizar outras diligências e exames necessários.
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Perícia Psicológica
Direito Penal 
	O Falso testemunho ou falsa perícia são tipificados como crime em nosso Código Penal pátrio:
	Art. 342 CP. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.     
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Perícia Psicológica
Direito Penal 
	Como testemunha, o Psicólogo deverá prestar informações sobre fatos concretos que tenha presenciado e que podem auxiliar na resolução do caso em questão. 
	Essas informações, portanto, não podem ser baseadas nos depoimentos de seus pacientes ou em inferências que o profissional possa fazer a partir dos atendimentos que está realizando (sigilo profissional).
39
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	O Código de Ética do psicólogo, em seu artigo 11 estabelece que, os profissionais da área, quando requisitados em juízo devem prestar todas as informações necessárias ao regular andamento do processo.
	Art. 11. Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar as informações, considerando o previsto neste Código.
(Legislação, n.7, 1995).
40
Perícia Psicológica
Direito Penal 
	No Direito Trabalhista a perícia psicológica busca entender se há nexo de causalidade entre o sofrimento psicológico ou transtorno mental alegado pelo sujeito e o seu ambiente de trabalho, devendo atentar-se para a existência de transtornos psicológicos prévios por consequência de diferentes situações que ocorrem no trabalho, nos casos de assédio moral e o assédio sexual.
41
Perícia Psicológica
Direito Trabalhista
	O psicólogo, também, poderá realizar avaliações psicológicas periciais no contexto da delinquência juvenil; poderá emitir parecer para fornecer subsídios à decisão judicial, nessa avaliação, este profissional deve realizar um amplo e aprofundado estudo das condições psicológicas, socioculturais e familiares, a fim de atender, de fato, às necessidades do adolescente.
42
Perícia Psicológica
Delinquência Juvenil 
	Para os casos de disputa de guarda, os avaliadores devem deter-se a examinar o ajustamento da criança, a saúde mental de cada um dos pais, a atitude da criança com cada genitor, a atitude de cada genitor com a criança e a natureza do relacionamento entre os membros da família.
43
Perícia Psicológica
Varas de Famílias 
	Nos divórcios destrutivos essa separação acaba por envolver grandes disputas e expressões de violência onde a contratação do psicólogo é primordial para apresentar embargos técnicos que levem às melhores decisões.
 
	Ainda, quando nesses casos há criança envolvida sua posição é desfavorável, pois fica numa espécie de pêndulo emocional acrescido da vivência de que quando agrada um genitor desagrada o outro e vice-versa. 
44
Perícia Psicológica
Varas de Famílias 
	O contexto jurídico tem o seu tempo determinado pela urgência de decisões processuais. Isto é mais forte, ainda, quando envolve crianças e adolescentes, cujos direitos devem ser preservados sempre, conforme preconiza no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
	Nessas intervenções podem ser utilizadas entrevistas, jogos lúdicos, entre outros, para isso o tempo vai depender da complexidade do caso. 
45
Perícia Psicológica
Varas de Famílias 
	Se o processo judicial é de guarda, a avaliação psicológica buscará as potencialidades e as dificuldades de cada um dos genitores à luz do relacionamento e das necessidades específicas do filho em questão. 
46
Perícia Psicológica
Varas de Famílias 
Uso do Diagnóstico Situacional
	Quando a disputa pela guarda de menor, o julgador nomeia profissional para que, através de seu parecer técnico “tente se estabelecer a ordem processual”, exercendo assim, um posicionamento perante as alegações dos litigantes. 
47
Perícia Psicológica
Varas de Famílias 
	
	Conforme o artigo 464 do Código de Processo Civil, prova pericial compreende o exame, a vistoria ou a avaliação:
	Art. 464 CPC. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
48
Perícia Psicológica
Varas de Famílias 
	Havendo necessidade de nomeação de perito para auxiliar o juízo,abre-se às partes o direito de nomear assistentes técnicos (art. 465, § 1º, II do CPC) para que possam exercer o direito ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LV, CF/88).
49
Perícia Psicológica
Direito Civil
	Conforme o Código de Processo Civil, o laudo pericial deverá conter:
Art. 473 CPC.  O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
50
Perícia Psicológica
Direito Civil
	Se o objetivo é avaliar a competência para o exercício de funções de cidadão, buscar-se-á discriminar as condições necessárias para tal exercício e a confirmação de sua presença ou ausência no sujeito. 
51
Perícia Psicológica
Direito Civil
	O perito é apenas um auxiliar da Justiça e não um substituto do juiz na apreciação do evento probando.
 “Deve apenas apurar a existência de fatos cuja certificação dependa de conhecimento técnico.” 
	Seu parecer não é uma sentença, mas apenas fonte de informação para o juiz (é um meio de prova), que não fica adstrito ao laudo e pode formar sua convicção de modo contrário com base em outros elementos ou fatos provados no Processo.
52
Valor Probante da Perícia
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade Juvenil
53
	Os fatores sociais contribuem na trajetória da vida de um indivíduo, colaborando para a inserção ou não no mundo da criminalidade?
54
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
	Quando emergem as crises econômicas, mais se instiga a criminalidade. Pobreza; miséria; mal vivência; fome e desnutrição; civilização cultura, educação, analfabetismo; desemprego e subemprego e a política são estimuladores que influenciam o poder de decisão do indivíduo que tende para a delinquência.
55
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
	Não se pode esperar que um indivíduo faminto, abandonado e desesperado, revoltado contra tudo e contra todos tenha condições de discernir princípios morais. Guiado pelo instinto de sobrevivência, disposto a enfrentar todos os riscos cai na criminalidade.
56
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
57
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Criminologia
Estuda o crime como realidade social e humana, como conhecimento de sua estrutura íntima e do seu mecanismo de ação.
O delito não é julgado em si, mas na sua história, a história do delito em relação a todo mundo material e social, que converge em toda ação delituosa.
	
	A personalidade e o comportamento de cada indivíduo são formados durante da sua infância com a influência de alguns fatores pessoais ou ambientais.
	 
58
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Sistema Econômico
	A situação econômica é forte influência nos fenômenos da criminalidade, grandes indústrias fechando suas portas por estarem passando por crises; atividade comercial na expandindo; desempregos e dificuldade de achar colocação no mercado de trabalho; aumento velado da inflação e especulação.
59
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
60
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Sistema Econômico
	 A resultante é que a maioria dos explorados parte para o crime, multiplicando-se vorazmente.
	O fator econômico influencia na criminalidade, pois quando emergem as crises econômicas, mais se instiga a criminalidade.
61
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Sistema Econômico
	Há pouco espaço no mercado de trabalho para jovens no Brasil, principalmente para os que não apresentam qualquer acompanhamento ou rendimento escolar, curso técnico ou superior, não restando outra alternativa se não lesar o patrimônio do próximo a procura de rendimentos.
Pobreza
	A influência da pobreza sobre o crime acontece de forma indireta. Sentimentos nobres são destruídos com a pobreza.
	Os assaltantes, de um modo geral, são indivíduos semianalfabetos, pobres ou ainda miseráveis.
62
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
63
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Pobreza
	Não possuindo formação adequada, são tidos como refugo da sociedade, onde nutrem ódio e aversão pelos que possuem bens, especialmente os grandes patrimônios, como mansões e automóveis luxuosos.
Pobreza
	A ociosidade dos jovens é também questão de grande relevância. Tendo uma ação preventiva contra a extensão da criminalidade, pois o ponto de partida da futura criminalidade dependeria diretamente do ambiente.
64
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
65
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Pobreza
	A pobreza, segundo Costa e Veronese (2006) além de influenciar a exclusão social, indica que muitos infantes estão expostos a situações de risco, sendo de suma importância para o país uma política de distribuição de renda e de promoção social.
66
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Mal Vivência
	Sob a nomenclatura de vadiagem ou vagabundagem, os mal viventes não passam de um subproduto das sociedades desumanas em que vivem, o que facilita o início da prática de infrações penais contra a sociedade.
	
	
Mal Vivência
	Existe outro grupo de mal viventes que se originam nas famílias (falta de estruturação familiar), que por serem incapazes para o trabalho regular adentram frequentemente na embriagues e no uso de sustâncias ilícitas, perdendo a noção de dignidade.
67
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
68
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Mal Vivência
	Longe da vida social sadia, tais indivíduos que vivem à margem da sociedade, que em virtude de fugas do lar estão longe da família, sem emprego, sem moradia, desempenham um direcionamento à delinquência, ao cometimento de pequenos delitos, bagatelas delituosas, injúrias, furtos de ocasião, mendicância e desacato à autoridade.
69
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Cultura e Educação
	
	As classes sociais, tradicionalmente se dividem em: classe baixa, classe média e classe alta.
	A classe baixa é aquela estufada por todos os tipos de carência, principalmente carência cultural e econômica.
70
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Cultura e Educação
	Não significando que a classe alta e média não tenha seus criminosos, é a classe baixa que detém maior criminalidade, verifica-se esta afirmação pelo número de indivíduos nos presídios.
	
71
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
 Cultura e Educação
	Porém, a classe alta tem um dos piores criminosos, aqueles chamados de “colarinho branco”, que dificilmente são encarcerados, mas é tão nocivo para a sociedade, quanto para os órgãos públicos, tamanhos suas forças corruptoras.
	
72
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Cultura e Educação
	Inegavelmente a educação e a cultura tem o poder de influenciar atitudes. Ela pode vir a ser um forte elemento auxiliar no bom comportamento.	
73
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Casa
	O lar, a casa, onde o indivíduo vive com sua família nem sempre oferece o melhor e calmo aconchego; ao contrário, muitas vezes ele é o modelo (protótipo) da infância, o lugar despudorado e o exemplo de maldade humana (violência física, psicológicae o abuso sexual).
74
Casa
	Mesmo com a modernidade dos dias de hoje, a violência doméstica também se aglomera ao trabalho infantil, em virtude dos interesses econômicos da família, nos casos em que crianças e adolescentes são obrigados a exercer qualquer atividade laboral para ajudar na contribuição das despesas de casa.
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
75
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Casa
	Aumentando do analfabetismo, propiciando o aumento de prostitutas, assaltantes, viciados e traficantes de drogas, ladrões, etc.
	 Favelas, os cortiços, as taperas, etc. 	
76
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Casa
	Significa dizer que, crianças e adolescentes vítimas da violência no passado tem grande possibilidade de serem adultos deprimidos e agressivos no futuro, com grandes probabilidade de reprodução de condutas.	
77
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Casa
	O papel da família é muito importante para o desenvolvimento maduro da vida de qualquer criança e adolescente, sem qualquer distinção e discriminação de classe social, raça e cultura, pois está-se diante de seres indefesos dos quais necessitam de amparo emocional, afetivo e do acolhimento familiar.
78
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Política
	
	É sabida que a organização política dos países exerce grande influência sobre a vida dos indivíduos formadores de diversos grupos sociais.
79
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Política
	
	Nos regimes totalitários são propícios os crimes de atos de terrorismo, sequestro político, assaltos a bancos, tendo uma motivação política, religiosa, ideológica, etc.
80
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Política
	
	Em contrapartida, o tirano que está no poder totalitário também pratica crimes contra o povo oprimido, normalmente crime de tortura, execuções sumárias, contra idealistas que não concordam com a situação política implantada, promovendo através de novos grupos organizados, revoltos contra a ordem dominante, praticando delitos específicos.
81
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Política X Corrupção
	
	Os Integrantes dos altos escalões do governo acumulam verdadeiras fortunas adquiridas por meios ilícitos e não declarados.
	O cidadão humilde assiste à corrupção governamental, não vendo as leis serem aplicadas nem serem responsabilizados.
82
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Política X Corrupção
	
	Isso resulta na negligência da moral, estimulando atos criminosos, ocorrendo furtos, falências fraudulentas, estelionatos, apropriações, etc. Não menos importante, as injúrias, calúnias, difamações são provocadas pelo ofício do político.
83
Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
	
	
	As desigualdades sociais e econômicas tornam difícil para grande maioria da população o entendimento das palavras “cidadania” e “sujeitos de direitos”.
	A elevação da pobreza no país apresenta-se como forte indício para marginalização de muitos jovens que se encontram em situações de abandono, sem o acolhimento da família, principalmente quando tudo isso vem acompanhado pelo desabrigo de crianças e adolescentes.
DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS DA DELINQUÊNCIA JUVENIL NA GRANDE VITÓRIA – ES
Autoria: Renata Co e Gomes, Cristiano Machado Costa.
Resumo
	O objetivo desta pesquisa é inferir como as características individuais e da família afetam a incidência de delinquência juvenil nas escolas. Os sujeitos pesquisados são os 11.658 alunos regularmente matriculados, em 2011, no primeiro ano do ensino médio das escolas públicas estaduais localizadas na Grande Vitória-ES. Os resultados corroboram as evidências da literatura de que as características individuais, o histórico de reprovação escolar, a vulnerabilidade à pressão dos pares e históricos de delinquência no núcleo familiar elevam a propensão do comportamento delinquente juvenil no ambiente escolar.
84
	Analisando os fatores sociais da ação delituosa, quer seja exógenas (sociais) ou endógenas (internas), é demonstrado que o indivíduo é condicionado a submeter-se às determinações socioculturais em seu comportamento. 
	Isto significa que, quer queira ou não, a sociedade contribuí com os delitos, ora fechando os olhos, ora calando, ora cruzando os braços.
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Determinantes socioeconômicos e culturais da delinquência e criminalidade
Avisos
Prova
-26 /05/2018 (próxima aula). 
- Conteúdo : Psicologia Jurídica: Âmbito e abrangência na esfera Civil + Perícias, Avaliações psicologias e Determinantes socioeconômicos da delinquência e criminalidade.
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Avisos
Trabalho 
- Entregue em 26/05/2018 (próxima aula). 
Tema : Desenvolvimento da Personalidade Humana.
Estrutura: Capa, Desenvolvimento e Referencias.
Conteúdo: conceito e teorias a respeito da personalidade, fases do desenvolvimento da personalidade, fatores que interferem no desenvolvimento da personalidade humana.
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Avisos
Seminários
 
Apresentações em 23/06/18 (do grupo 1ª ao 5ª) e 07/07/2018 (ultima aula, do 6ª ao 13ª). 
Apenas apresentações orais.
Grupos compostos por 5 pessoas.
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Seminários
Temas 
	Temas divididos em: Síndromes de interesse ao operador do direito e Casos notórios de crimes passionais, livro “A Paixão no Banco dos Réus” de Luiza Nagib Eluf. 
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Síndromes:
1- Alienação Parental
2- Estocolmo
3- Falsas Memorias
4- Imperador
5- Munchausen (sobrou)
6- Transtorno de Personalidade Limítrofe (Borderline).
Seminários
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A Paixão no Banco dos Réus (casos):
7- Pontes Visgueiro e Maria da Conceição.
8- Euclides da Cunha, Anna e Dilermando de Assis.
9- O crime do Sacopã.
10- O Advogado do Diabo.
11- Doca Street e Ângela Diniz.
12- Um amor homossexual.
13- Guilherme de Pádua, Paula Thomaz e Daniella Perez.
Obrigada!
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