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Diagnóstico por imagens Prof. Julio Cesar de Oliveira Mini currículo Graduado em Fisioterapia Pós Graduado em Fisioterapia Traumato Ortopédica Pós graduado em Anatomia e biomecânica Especialista em acupuntura Professor Ministrante da Disciplina Estudos de exames por imagem – UNESA Ministrante de cursos de extensão na área da saúde Fisioterapeuta Concursado – HEGV (Neurocirurgia/ Clínica Médica/ Ortopedia) POMR – Registros Médicos Orientados para o Problema Processo de POMR: Coleta de Dados Evolução Resumo de Alta Objetivos + Plano Inicial de Tratamento Lista de Problemas AVALIAÇÃO Cinco são os sinais e sintomas característicos de Doença Cardiopulmonar. São eles: - Falta de ar (Dispnéia); - Tosse; - Secreção e hemoptise; - Chiado (sibilos); - Dor torácica. AVALIAÇÃO SUBJETIVA EXAME FÍSICO: OBJETIVOS: - Avaliação de sinais coexistentes com a patologia pulmonar; - Necessidade ou não de maiores complementos avaliativos; - Formulação do tratamento. AVALIAÇÃO OBJETIVA AUSCULTA EXAME FÍSICO NATUREZA DO SOM: Os sons consistem em vibrações audíveis criadas por regiões alternantes de compressão e rarefação do ar. Características da onda sonora: Características do som: - Frequência; - Intensidade; - Duração. OBS: Sons respiratórios estão numa faixa abaixo de 200 Hz. Ouvido humano entre 20 Hz e 20.000 Hz. AUSCULTA AUSCULTA: Auscultar é o processo de escutar os sons corporais. Ausculta do tórax é realizada para identificar tanto sons pulmonares normais quanto sons anormais. É utilizada para avaliar a condição do paciente e subsequente avaliar os efeitos da terapia. Pelo fato de a ausculta poder ser efetuada de forma rápida e sem custo, e apresentar baixo risco para o paciente, pode ser usada em muitas situações clínicas. René Theophile Laennec (Estetoscópio em 1816) STETHOS = “PEITO” SKOPEIN = “VER” AUSCULTA AUSCULTA, MATERIAL UTILIZADO: AUSCULTA TÉCNICA DE AUSCULTA RESPIRATÓRIA E CARDÍACA AUSCULTA SONS PULMONARES NORMAIS: - TRAQUEAL; - BRÔNQUICO; - BRONCOVESICULARES; - VESICULARES. OBS: onde auscultá-los? Os sons normais pulmonares são produzidos pelo fluxo turbulento de ar nos brônquios lobares e segmentares. Nenhum som se produz com o movimento de ar para dentro e para fora dos alvéolos, porque ali o fluxo de ar é mais lento e, provavelmente, não turbulento. AUSCULTA SONS PULMONARES ANORMAIS: Ruídos Adventícios (RA): RONCOS: Barulhos grosseiros ou geralmente explosões ESTERTORES: Sons não musicais, curtos, explosivos Creptantes (finos); Bolhosos (grossos). SIBILO: Som pulmonar musical, semelhante a um “chiado” Inspiratórios; Expiratórios. ATRITO PLEURAL: Som parecido com o ranger de um couro novo AUSCULTA SONS PULMONARES ANORMAIS: ESTRIDOR (Cornagem): Som claro e forte, ouvido nas vias aéreas superiores. AUSCULTA OBSERVAÇÃO PRÁTICA: A ausculta pulmonar antes e após uma sessão de tratamento proporciona um indicativo simples de efetividade do tratamento oferecido. Igualmente a radiografia de tórax pode demonstrar a efetividade do tratamento terapêutico, mostrando diminuição na área de colapso/consolidação pulmonar. Com base nos objetivos a longo prazo, mudanças na função pulmonar ou tolerância ao exercício proporcionam as mais valiosas medidas do resultado do tratamento. AUSCULTA Objetivo Proporcionar o entendimento da utilização do método complementar de diagnóstico por imagem como ferramenta de trabalho na área da saúde, exibindo as interfaces no trabalho multiprofissional, dentro dos aspectos ético e legais. Ampliar seu vocabulário e proporcionar segurança no desenvolvimento das atividades de saúde que façam uso do trabalho da imagem para o diagnóstico. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM • Segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO): • Resolução nº. 4, do conselho Nacional de Educação, Artigo 5º, inciso VI, enumera como competência do fisioterapeuta realizar condutas, avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando e interpretando exames propedêuticos e complementares (grifo nosso); • O FISIOTERAPEUTA PODE, INCLUSIVE, SOLICITAR EXAMES LABORATOTIAIS, DESDE QUE SEJAM PARA ESCLARECER DISGNÓSTICOS E CONDUTAS FISIOTERÁPICAS; Radiologia x Radiografia Conceitualmente, pode-se dizer que Radiologia é a ciência que estuda a aplicação das radiações nas atividades de saúde. A radiografia, vulgarmente chamada de Raio X, é um método de imagem muito utilizado, e permite de forma rápida avaliar as estruturas desejadas, sendo limitada para visualizar tecidos moles (pele, músculos, ligamentos, etc) Raios X Forma de energia eletromagnética (ondas eletromagnéticas transversais), de comprimento de onda muito curto. Atravessam objetos tanto melhor, quanto maior for o comprimento da onda A radiografia de tórax é um metodo imagiológico muito utilizado, e permite de forma rápida avaliar os sistemas cardiovascular, respiratório e digestivo. Deve ser corretamente posicionada, visto que a distância entre a ampola (fonte emissora atrás do paciente) e o paciente é de no mínimo 1,80m; RADIAÇÃO IONIZANTE PROPRIEDADES DOS RAIOS X - Interagem com a matéria; - Propagam-se no vácuo à velocidade da luz; - Propaga-se em linha reta; - Impressionam filmes radiográficos; - Unidade de energia é o fóton. *RADIOLÓGICO x RADIOGRÁFICO DENSIDADES RADIOGRÁFICAS GRADUAÇÃO DE CORES Densidades radiológicas básicas Ar Gordura Água Cálcio Metal IMAGEM RADIOGRÁFICA GRADUAÇÃO DE CORES. Ex: IMAGEM RADIOGRÁFICA CARACTERÍSTICAS DO FILME Penetração \ Transparência - adequadamente penetrado - hiperpenetrado - hipopenetrado Imagem - Magnificação - Distorção - Características Planos e Incidências IMAGEM RADIOGRÁFICA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA MAGNÉTICA TC – Corte axial e coronal RM – Corte axial, coronal e sagital OBS: Melhor visualização de tecidos moles ESTUDO DO TÓRAX RADIOLOGIA CONVENCIONAL DE TÓRAX - Radiografia do tórax em PA, PA + P, AP; - Oblíquas; - PA + P com esôfago contrastado; - Ápico lordótica; - Estudo radiográfico em ¨ins¨ e ¨exp¨; - Radiografia penetrada para o mediastino; - Radiografia das costelas ou estudo radiográfico do gradil costal; - Radiografia da coluna dorsal. Tórax Segmento cujas lesões matam de forma mais rápida o acidentado. Deve ser sistematicamente avaliado de fora para dentro e de cima para baixo. A correlação das lesões viscerais com as fraturas facilita o diagnóstico, como no caso de fraturas de costelas e pneumotórax Cúpula frênica sem nitidez Pode ter indício de ruptura do diafragma INCIDENCIAS PA (póstero anterior) O paciente posiciona-se com a face anterior do tórax sobra uma placa onde se encontra a película, afasta os braços e realiza inspiração profunda. PA É a incidência mais utilizada, permitindo: Penetração dos raios através dos espaços intercostais posteriores (sãoretos e os anteriores são oblíquos, permitindo maior penetração dos raios no parênquima pulmonar e menor absorção pelos arcos costais); Limitações: • Áreas cegas: equivalem a 25% do volume pulmonar e a 40% de área puulmonar • Seios costofrênicos • mediastino • área sobre o coração • área adjacente à coluna vertebral INCIDÊNCIAS AP Incidência AP Demonstração AP Incidência AP (Ântero posterior) Só se utiliza em pacientes acamados ou com dificuldade de mudança de decúbito; Limitações: Imagem menos nítida Maior ampliação da silhueta cardio- mediastínica; Perfil Demonstração Inc. Perfil E Incidência Perfil Perfil Por regra, é efetuada uma radiografia de perfil esquerdo, encostando-se o lado esquerdo do tórax à película radiográfica, uma vez que condiciona uma menor ampliação da silhueta cardio-mediastínica, em relação à radiografia de perfil direito, que é reservado em casos de alterações no Hemitórax Direito. Anatomia ANATOMIA RADIOLÓGICA: RADIOLOGIA Avaliação das condições técnicas da Radiografia Grau de inspiração – é suficiente se forem visíveis pelo menos 10 arcos costais posteriores; Posição do paciente – é correta se as extremidades internas das clavículas estiverem à mesma distancia da apófise espinhosa das vértebras superiores; Penetração dos raios – é correta se as vértebras torácicas inferiores são apenas identificáveis, senão haverá raio excessivo; Variações na imagem dependente da idade RX Normal no idoso: Alargamento no mediastino – ocupa todo 1/3 infeiror do HTX E Aorta mais saliente (pra fora do mediastino) e tortuosa, que faz compressão sobre a traquéia, desviando-a para o lado D. Placas ateroscleróticas; Variações na imagem dependente da idade RX normal na criança: Toda extensãoda aorta torácica dentro do mediastino Sombra do timo (órgão linfático); Cúpulas diafragmáticas Hemicúpula direita aproximadamente 2cm mais elevada; Se a esquerda estiver elevada ou hemicúpula direita for superior a 2cm, pode identificar: Diminuição do Vol. P. Compressão extrínseca sub diafragmática Diafrágma hipotonico por dça. muscular 10% dos pacientes Hemicúpulas simétricas; Hilos Pulmonares Hilo esquerdo mais elevado Localizado 1cm do contorno do mediastino Corpos Vertebrais Cervical Mais densos (hipotransparentes); Cavidade Pleural Espaço entre a pleura visceral e pleura parietal; Entre elas há líquido pleural para facilitar o deslizamento entre elas; APE CDD A AA V VCS VCI CRITÉRIOS DE QUALIDADE PARA ADEQUADA AVALIAÇÃO: - Identificação; (sexo, AP/PA, posição anat.) - Mostrar o tórax; - Centralização; - Penetração radiográfica; - Expansão pulmonar. RADIOLOGIA RADIOLOGIA EXEMPLOS: LESÕES FUNDAMENTAIS: - Opacidades Pulmonares – alveolares, intersticiais e mistas; - Atelectasias; - Nódulos e massas; - Derrame pleural; - Pneumotórax; - Enfisema pulmonar; - Área Cardíaca. OBS: Lesão fundamental pode representar várias doenças. RADIOLOGIA RADIOLOGIA Transparências: Hipotransparente – Branco – Radiopaco – Opacidade Hipertransparente – Escuro – Radiotransparente DPOC DEFINIÇÃO: A DPOC é uma entidade clínica que se caracteriza pela presença de obstrução ou limitação crônica do fluxo aéreo, apresentando progressão lenta e irreversível, levando a retenção de ar e perturbação ventilatória. PRINCIPAIS ACHADOS: - Aumento do diâmetro A/P do tórax; - Horizontalização das costelas; - Aumento dos espaços intercostais; - Retificação diafragmática (pseudo-apagamento); - Coração em gota; - Hipertransparência. ACHADOS: RADIOLOGIA Enfisema Pulmonar Irritação respiratória obstrutiva crônica, que leva a destruição/degeneração dos alvéolos, quase sempre causada pelo tabagismo, dificultando a troca gasosa. ATELECTASIA PRINCIPAIS ACHADOS ATELECTASIA: - Hipotransparência (opacidade); - Redução de volume do sítio comprometido; - Diminuição dos espaços intercostais; - Elevação da hemicúpula frênica do mesmo lado; - Desvio do mediastino para o mesmo lado; - Hiperinsuflação compensatória. Atelectasia Lobo sup. direito Lobo inf.direito Atelectasia Colapso Pulmão Esquerdo (opacidade) ACHADOS: RADIOLOGIA DERRAME PLEURAL DEFINIÇÃO: É a ocupação, que pode ser total ou parcial, dos espaço pleural por líquido. CLASSIFICAÇÃO: - Hemotórax; - Piotórax; - Quilotórax; OBS: Principais causas. PRINCIPAIS ACHADOS DERRAME PLEURAL: - Velamento do seio costofrênico; - Inversão da cúpula diafragmática; - Desvio do mediastino contra-lateral. Derrame Pleural O derrame pleural é caracterizado pelo acúmulo de líquido em excesso entre as pleuras e constitui uma manifestação comum de comprometimento pleural tanto primário quanto secundário ACHADOS: OBS: Kjelm-Laurell positivo (+) ou negativo (-) RADIOLOGIA BRONQUIECTASIA DEFINIÇÃO: O termo bronquiectasia refere-se a uma dilatação anormal e irreversível dos brônquios causada por alterações destrutivas e inflamatórias da parede das vias aéreas (EGAN, 2009). BRONQUIECTASIA Trata-se de uma doença pulmonar crônica, sendo que os brônquios acometidos apresentam deformidades progressivas de suas estruturas, comprometendo o epitélio de revestimento, a função ciliar, as camadas musculares e as cartilagens. O conjunto dessas anormalidades provoca prejuízos para o adequado funcionamento da depuração das secreções brônquicas (NAKAIE, 1999). BRONQUIECTASIA CLASSIFICAÇÃO: BRONQUIECTASIA PRINCIPAIS ACHADOS: RADIOGRAFIA - Aglomerado de marcas lineares; - Sombras lineares paralelas. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: - Brônquios dilatados paralelamente; - Espessamento da parede brônquica; - Brônquios dilatados deixam de afilar-se na periferia pulmonar. RADIOLOGIA ACHADOS: ACHADOS: RADIOLOGIA ACHADOS: RADIOLOGIA TC ACHADOS: RADIOLOGIA PNEUMOTÓRAX DEFINIÇÃO: Existência de ar ou gás no espaço pleural. O ar do pneumotórax pode ser proveniente do pulmão ou do exterior através da parede torácica. PRINCIPAIS ACHADOS: - Hipertransparência; - Retificação da cúpula diafragmática do mesmo lado; - Seio costofrênico raso do mesmo lado; - Desvio contra-lateral do mediastino. Pneumotórax Ar na cavidade pleural empurrando a pleura visceral e pulmão para dentro, fazendo uma pressão; A medida que o ar entra na cavidade, a pressão que era ali negativa em relação a atmosfera, se torna positiva, e o pulmão colaba; ACHADOS: RADIOLOGIA INSUFICIÊCIA CARDÍACA DEFINIÇÃO: É caracterizada por uma incapacidade do coração para manter um débito circulatório suficiente para as necessidades do corpo. A insuficiência ventricular esquerda pode levar ao edema pulmonar, com sinais como dispnéia e cianose periférica. PRINCIPAIS ACHADOS: - Cardiomegalia; - Cefalização da vasculatura; - Zonas de hipotransparência; - Turgência hilar; - Edema em “borboleta”. ACHADOS: RADIOLOGIAACHADOS: RADIOLOGIA PNEUMONIA DEFINIÇÃO: Processo infeccioso pulmonar causado por bactérias, microplasmas, vírus e outros microorganismos. É caracterizada por apresentar exsudato inflamatório tanto nos alvéolos quanto no interstício. CLASSIFICAÇÃO: - Alveolar; - Broncopneumonia; - Intersticial. OBS: Broncograma aéreo. ACHADOS: OBS: Sinal da Silhueta RADIOLOGIA Sinal da silhueta Corresponde a sobreposição das estruturas com densidades semelhantes, tendo validade somente para partes moles; Apagamento o contorno Localização possível da lesão Bordo direito d coração AD, Lobo Médio, pleura, mediastino anterior Bordo esquerdo do coração VE, Língula; Arco da aorta Aneurisma, Lobo superior E; Veia Cava Superior Segmento anterior do lobo superior direito Diafragma Lobos inferiores, pleura Pós operatório de tórax ACHADOS: RADIOLOGIA PÓS-OPERATÓRIOS TÓRAX ACHADOS: PÓS-OPERATÓRIOS TÓRAX ACHADOS: Alargamento do mediastino OBRIGADO! Julio Cesar de Oliveira Cinesioliveira@hotmail.com
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