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Aula 03
Direito do Trabalho - Pós Reforma p/ TST 2017 - Com videoaulas
Professor: Antonio Daud Jr
 
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DIREITO DO TRABALHO P/ TST 
Teoria e Questões 
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Terceirização e Flexibilização. 
Sumário 
1 - Introdução ......................................................................................... 2 
2. ± Flexibilização .................................................................................... 3 
3 - Terceirização no Direito do Trabalho...................................................... 5 
3.1 ± Empresa prestadora de serviços (EPS) ............................................. 7 
3.2 ± Contratante dos serviços ................................................................ 8 
3.3 ± Atividades que podem ser terceirizadas .......................................... 10 
3.4 ± Contrato de prestação de serviços ................................................. 10 
3.5 ± Quarentena para terceirização ....................................................... 11 
3.6 ± Não obrigatoriedade de salário equivalente aos terceirizados ............ 11 
4 - Trabalho temporário.......................................................................... 12 
4.1 ± Hipóteses do trabalho temporário .................................................. 14 
4.2 ± Prazo do trabalho temporário ........................................................ 15 
4.3 ± Empresa de trabalho temporário (ETT) ........................................... 16 
4.4 ± Tomador dos serviços................................................................... 17 
4.5 ± Contrato entre ETT e tomador ....................................................... 18 
4.6 ± Contrato entre ETT e trabalhador temporário .................................. 18 
4.7 ± Direitos do trabalhador temporário ................................................ 19 
5 ± Questões Comentadas ...................................................................... 21 
6 ± Lista das Questões Comentadas ......................................................... 28 
7 ± Gabaritos ........................................................................................ 32 
8 ± Resumo da aula ............................................................................... 32 
9 ± Conclusão ....................................................................................... 33 
10 ± Lista de Legislação, Súmulas e OJ do TST relacionados à aula .............. 34 
Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 
9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
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1 - Introdução 
Oi amigos (as), 
Sejam bem-vindos (as) a mais uma aula do nosso curso. Nesta aula veremos os 
temas Flexibilização e Terceirização , bem como o tema Trabalho 
Temporário. 
Os assuntos terceirização e trabalho temporário sofreram mudanças significativas 
com a aprovação da Lei 13.429, de 31 de março de 2017. $�³7HUFHLUL]DomR´�VRIUHX�
nova alteração por meio da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017). 
O que a Lei 13.429/2017 fez foi inserir as regras sobre a terceirização dentro da 
Lei 6.019/1974, que, até então, tratava somente do trabalho temporário. Além 
disso, a nova lei alterou alguns aspectos do trabalho temporário. Portanto, tanto 
³WUDEDOKR�WHPSRUiULR´�TXDQWR�D�³WHUFHLUL]DomR´��HP�VHQWLGR�HVWULWR��encontram-
se regulados pela Lei 6.019. 
As alterações promovidas pela nova lei exigirão o cancelamento ou a revisão da 
Súmula no 331 do TST. Até então, esta súmula era a principal diretriz que 
tínhamos a respeito do assunto, já que, em todos estes anos de terceirização no 
Brasil, o assunto ainda não havia sido regulamentado por lei. 
 
 
 
Vamos ao trabalho! 
 
 
 
 
 
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2. ± Flexibilização 
Ao longo do nosso curso, você perceberá que o Direito do Trabalho tem uma forte 
característica: proteger o trabalhador. 
E é daí que extraímos o fundamento deste ramo do Direito: ao pressupor que o 
trabalhador é hipossuficiente, ante a desigualdade existente entre o detentor 
do capital (empregador) e o detentor da força de trabalho (empregado), conclui-
se que o empregado não poderia negociar livremente sua força de trabalho. 
e� FRPR� GL]LD� R� IUDQFrV� $EDGH� /DFRUGDLUH�� ³HQWre o patrão e o operário, é a 
liberdade que oprime e a lei que liberta´� 
Tomando emprestadas as palavras de Ricardo Resende1, pode-se conceituar 
Direito do Trabalho como sendo o ramo da ciência jurídica que estuda as 
relações jurídicas entre os trabalhadores e os tomadores de seus 
serviços, em especial as relações entre empregados e empregadores. 
Atualmente, não mais restam dúvidas acerca da autonomia do Direito do 
trabalho, na medida em que este constitui um ramo autônomo da ciência 
jurídica. 
De forma geral, o Direito material do Trabalho é subdividido em: 
a) Direito Coletivo do Trabalho, que trata das relações de determinado 
grupo, classe ou categoria, em geral reunidos em um sindicato;e 
b) Direito Individual do Trabalho, que trata das relações entre empregado 
e empregador. 
 
Em relação à natureza do Direito do Trabalho, a despeito da infindável discussão 
a respeito de ser parte do Direito Público ou do Direito Privado, a doutrina2 tem 
entendido que a substância central do Direito do Trabalho (relação de emprego), 
levaria à conclusão de que o Direito do Trabalho tem natureza de Direito 
Privado, haja vista que a relação se daria entre particulares. Além disso, mesmo 
que o Estado esteja em um dos polos desta relação, trata-se de uma relação de 
direito privado. 
Entre suas principais funções, estaria a de impedir a exploração do trabalho 
humano como fonte de riqueza dos detentores do capital, de modo que, 
originalmente, teria sido concebido como verdadeiro instrumento de proteção 
do polo mais fraco da relação de trabalho (trabalhador). 
Nesse sentido, lembramos que o desenvolvimento do Direito do Trabalho se 
deu a partir do século XIX, ensejado pela primeira Revolução Industrial, a partir 
dos movimentos dos operários que buscavam melhoria das condições de 
trabalho, em especial a limitação da jornada. 
 
1 RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. 7 ed. Método, 2012, p. 1. 
2 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12 ed. São Paulo: LTr, 2013, p. 66-67. 
 
 
 
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Em decorrência da pressão desse movimento operário, iniciou-se uma 
intervenção do Estado no sentido de regulamentar alguns desses direitos, o que 
teria coincidido com o reconhecimento dos direitos fundamentais de segunda 
dimensão (direitos sociais) e com o Estado de Bem-Estar Social. 
Atualmente, entende-se que a proteção do trabalhador relaciona-se ao princípio 
da dignidade humana, de sede constitucional. 
Nesse sentido, a CF, apesar de ter reforçada a proteção e garantido direitos 
mínimos ao trabalhador, autorizou a flexibilização dos direitos trabalhistas que 
sejam de indisponibilidade relativa, como sendo aquelesde caráter privado, 
não previstos em lei ou na própria CF como tal (por exemplo, direitos estipulados 
em acordo ou convenção coletiva de trabalho ou no regulamento da empresa). 
Por outro lado, proíbe-se a flexibilização dos direitos de indisponibilidade 
absoluta, pois estariam ligados ao princípio da dignidade humana. 
Além disso, entende-se incompatível com o Direito do Trabalho a 
desregulamentação das relações trabalhistas. Notem que a desregulamentação 
�GLIHUHQWHPHQWH� GD� ³IOH[LELOL]DomR´�� SUHVVXS}H� D� ausência de intervenção 
estatal, de modo que as partes poderiam estipular livremente os contratos de 
trabalho. Tal situação não é admitida no âmbito do Direito do Trabalho. 
Portanto, distinguindo flexibilização e desregulamentação, podemos dizer que, na 
flexibilização, o Estado mantém sua intervenção nas relações de trabalho. O 
que acontece quando se autorizam regras menos rígidas, mas mantém-se o 
FKDPDGR�³PtQLPR�H[LVWHQFLDO´� 
Já quando se fala em desregulamentação, observa-se um fenômeno mais 
radical, em que o Estado deixa de intervir nas relações de trabalho, deixando que 
as partes negociem livremente. 
Em termos de características do Direito do Trabalho, a doutrina3 aponta: 
a) a tendência (...) à ampliação crescente; 
b) o fato de ser um direito (...) de reivindicação de classe; 
c) de cunho intervencionista; 
d) o caráter cosmopolita, isto é, influenciado pelas normas internacionais; 
e) o fato de os seus institutos jurídicos mais típicos serem de ordem coletiva 
ou socializante; 
f) o fato de ser um direito em transição. 
 
 
 
3 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2005. p. 87. 
 
 
 
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3 - Terceirização no Direito do Trabalho 
Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação 
bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que 
existe a relação de trabalho lato sensu (relação entre prestador de serviços e 
tomador de serviços). 
Na terceirização, por sua vez, estaremos diante de relação trilateral, onde terão 
lugar: 
9 Empregado 
9 Empregador (empresa prestadora de serviços - EPS) 
9 Empresa contratante de serviços 
Neste contexto, haverá contrato de trabalho entre a empresa prestadora de 
serviços e o empregado, e, entre as empresas prestadora e contratante, um 
contrato de natureza civil. 
Exemplo: o Supermercado Alfa contrata a empresa de limpeza Limpatudo para 
realizar a manutenção de suas instalações. 
Entre o Supermercado Alfa e a Limpatudo haverá um contrato de direito civil; 
entre a Limpatudo e seus empregados haverá, naturalmente, um contrato de 
trabalho e teremos, assim, a terceirização das atividades de limpeza e 
conservação tendo a Limpatudo como prestadora de serviços e o Supermercado 
Alfa como contratante dos serviços. 
Até a publicação da Lei 13.429/2017 (que alterou a Lei 6.019/1974), o tema 
exigia o conhecimento da Súmula 331 do TST: 
SUM-331 CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, 
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no 
caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, 
não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública 
direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e 
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio 
do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos 
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação 
processual e conste também do título executivo judicial. 
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta 
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso 
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei 
n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento 
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como 
 
 
 
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empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa 
regularmente contratada. 
VI ± A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas 
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação 
laboral. 
Com a alteração promovida pela Lei 13.429/2017, a redação da súmula perdeu 
grande parte de sua relevância. 
Vamos agora passar a tratar das novas regras da terceirização. 
A lei define ³HPSUHVD�SUHVWDGRUD�GH�VHUYLoRV´�FRPR�VHQGR4: 
Lei 6.019, art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a 
transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de 
direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compatível com a sua execução. 
Pela parte final do caput acima, percebemos que a contratante dos serviços não 
poderia contratar uma empresa prestadora de serviços (EPS) qualquer, ele deve 
WHU�³FDSDFLGDGH�HFRQ{PLFD´�FRPSDWtYHO��FRP��SRU�H[HPSOR��SDWULP{QLR�H�FDSLWDO�
de giro suficiente para o contrato celebrado. 
Após a reforma trabalhista, foi excluída a necessidade de que os serviços 
terceirizados fossem ³GHWHUPLQDGRV� H� HVSHFtILFRV´. Veja como era a redação 
anterior: 
Lei 6.019, art. 4º-A. Empresa prestadora de serviços a terceiros é a pessoa 
jurídica de direito privado destinada a prestar à contratante serviços 
determinados e específicos. 
 
Segundo o mesmo artigo, o trabalhador terceirizado (diferentemente do 
trabalhador temporário) não se subordina diretamente à contratante: 
Lei 6.019/1974, art. 4º-A, § 1º A empresa prestadora de serviços 
contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, 
ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. 
Portanto, na terceirização, é a EPS quem dirige a prestação laboral (como já dizia 
a SUM-331 do TST, item III, parte final). 
Outra observação a respeito do §1º acima, é a possibilidade de a empresa 
prestadora (EPS) de serviços subcontratar outras empresas (a chamada 
³TXDUWHLUL]DomR´�. 
 
4 $TXL�XPD�GLFD��3DUD�GLIHUHQFLDU��QD�QRYD�UHGDomR�GD�/HL��������D�³WHUFHLUL]DomR´��HP�VHQWLGR�
HVWULWR��GR�³WUDEDOKR�WHPSRUiULR´��ILTXH�DWHnto à terminologia dada à empresa contratada para 
SUHVWDU� RV� VHUYLoRV�� VH� IDODU� HP� ³HPSUHVD� SUHVWDGRUD� GH� VHUYLoRV´� �(36��� VHUi� FDVR� GH�
WHUFHLUL]DomR��VH�IDODU�HP�³HPSUHVD�GH�WUDEDOKR�WHPSRUiULR´��(77���FDVR�GH�WUDEDOKR�WHPSRUiULR� 
 
 
 
 
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Exemplo: o Supermercado Alfa contrata a empresa de limpeza Limpatudo para 
realizar a manutenção de suas instalações. A Limpatudo, por sua vez, subcontrata 
estes serviços da empresa FazdeTudo, cujos trabalhadores irão efetivamente 
realizar a tarefa. 
Na sequência, a Lei deixa claro que, sendo caso de terceirização lícita5, não 
haverá formação de vínculo de emprego dos trabalhadores terceiros (ou sócios 
das EPS) com a empresa contratantedos serviços: 
Lei 6.019/1974, art. 4º-A, § 2º Não se configura vínculo empregatício entre 
os trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de serviços, qualquer 
que seja o seu ramo, e a empresa contratante. 
Existe uma disposição muito semelhante em relação ao trabalho temporário6. 
3.1 ± Empresa prestadora de serviços (EPS) 
Como já vimos, a empresa prestadora de serviços deve ser uma pessoa jurídica 
de direito privado com capacidade econômica para o contrato. 
Nesse sentido, a lei da terceirização prevê alguns requisitos para funcionamento 
desta empresa, em especial exigências do capital social da empresa: 
Lei 6.019/1974, art. 4º-B. São requisitos para o funcionamento da empresa 
de prestação de serviços a terceiros: 
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); 
II - registro na Junta Comercial; 
III - capital social compatível com o número de empregados, 
observando-se os seguintes parâmetros: 
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 
(dez mil reais); 
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de 
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); 
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo 
de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); 
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo 
de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e 
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). 
 
Compilando o inciso III acima, temos: 
 
5 Aproveitando-se o teor da SUM-331, I. 
 
6 Lei 6.019/1974, art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo 
de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
 
 
 
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Quantidade de empregados da 
EPS 
Capital social mínimo 
(R$) 
Até 10 10.000,00 
de 11 até 20 25.000,00 
de 21 até 50 45.000,00 
de 51 até 100 100.000,00 
mais de 100 250.000,00 
 
3.2 ± Contratante dos serviços 
A lei define como: 
Lei 6.019, art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra 
contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a 
quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal. 
Portanto, a lei facultou que até mesmo pessoas físicas (isto é, naturais) 
terceirizem serviços7. 
E para preservar o contrato de prestação de serviços: 
Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 1o É vedada à contratante a utilização dos 
trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto do 
contrato com a empresa prestadora de serviços. 
Os serviços terceirizados poderão ser prestados em qualquer local, desde que 
seja de comum acordo entre EPS e contratante: 
Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 2o Os serviços contratados poderão ser 
executados nas instalações físicas da empresa contratante ou em outro local, 
de comum acordo entre as partes. 
Agora, importante conhecer as obrigações da contratante em uma terceirização. 
No art. 5º-A, §3º, o legislador deixa claro que é a contratante é obrigada a 
garantir um ambiente de trabalho seguro: 
Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 3o É responsabilidade da contratante garantir 
as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, quando 
o trabalho for realizado em suas dependências ou local previamente 
convencionado em contrato. 
 
 
 
7 A nova lei não deixou claro se a Administração Pública poderia ou não se escorar em tal definição 
para terceirizar amplamente suas atividades. De toda forma, a ampliação irrestrita da 
terceirização pelo Estado esbarra no mandamento do concurso público (CF, art. 37, II). 
 
 
 
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Por um lado, o art. 5º-A, §4º faculta (não torna obrigatória) a extensão aos 
trabalhadores terceirizados das facilidades médicas e de refeição dos próprios 
empregados da contratante 
Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 4o A contratante poderá estender ao 
trabalhador da empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento 
médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus empregados, 
existente nas dependências da contratante, ou local por ela designado. 
Por outro, a Lei 13.467, com o intuito de evitar a discriminação aos trabalhadores 
terceirizados, definiu condições mínimas que devem ser mantidas aos 
terceirizados por parte da empresa tomadora, quando os serviços foram 
prestados nas suas dependências: 
Lei 6.019, art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa 
prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e 
enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da 
contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas 
condições: 
I - relativas a: 
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando 
oferecida em refeitórios; 
b) direito de utilizar os serviços de transporte; 
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da 
contratante ou local por ela designado; 
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o 
exigir. 
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no 
trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. 
Então, por exemplo, se a empresa tomadora dos serviços possui refeitório para 
seus empregados, deverá facultar também aos terceirizados a mesma condição. 
O mesmo vale para transporte, atendimento médico e ambulatorial, treinamento, 
condições sanitárias e de SST. 
E se, por exemplo, a quantidade de terceirizados for tão grande que o 
refeitório da tomadora não seja suficiente para acomodar todos? 
$QWHYHQGR�HVWD�VLWXDomR��R�OHJLVODGRU�DXWRUL]RX�TXH�RV�³VHUYLoRV�GH�DOLPHQWDomR´�
H�GH�³DWHQGLPHQWR�DPEXODWRULDO´�IRVVHP�IRUQHFLGRV�DRV�WHUFHLUL]DGRV�HP�RXWUR�
local, nas hipóteses em que os terceirizados forem em número igual ou superior 
a 20% dos empregados próprios da tomadora: 
Lei 6.019, art. 4o-C, § 2o Nos contratos que impliquem mobilização de 
empregados da contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por 
cento) dos empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos 
empregados da contratada os serviços de alimentação e atendimento 
ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de 
 
 
 
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atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços 
existentes. 
Por fim, a lei deixa clara a responsabilidade subsidiária da contratante pelas 
obrigações trabalhistas em uma terceirização lícita8: 
Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 5o A empresa contratante é 
subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas 
referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o 
recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 
31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 19919. 
3.3 ± Atividades que podem ser terceirizadas 
Antes da publicação da Lei, permitia-se (por meio da SUM-331 do TST) somente 
a terceirização de serviços especializados ligados à atividade-meio do 
contratante, atividades de limpeza e conservação e de vigilância. 
A nova lei, por sua vez, não faz qualquer restrição nesse sentido, possibilitando 
expressamente a terceirização das atividades principais da empresa 
contratante. Ou seja, segundo dispõe a Lei 6.019, com redação dada pela Lei 
13.467, de julho de 2017, quaisquer atividades podemser objeto de 
terceirização, seja atividade-meio ou atividade-fim. 
3.4 ± Contrato de prestação de serviços 
O art. 5º-B da Lei 6.019 elenca alguns requisitos do contrato de prestação de 
serviços: 
Lei 6.019/1974, art. 5º-B. O contrato de prestação de serviços conterá: 
I - qualificação das partes; 
II - especificação do serviço a ser prestado; 10 
III - prazo para realização do serviço, quando for o caso; 
IV - valor. 
 
8 Aproveitando-se o teor da SUM-331, itens I e IV. 
 
9 Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de 
mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) 
do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa 
cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da 
emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver 
expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei. 
 
10 Aproveito para destacar que a Lei 6.019 não se aplica à terceirização dos serviços de vigilância 
e transporte de valores, os quais continuam sendo regidos por lei própria (Lei nº 7.102/1983). 
 
 
 
 
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3.5 ± Quarentena para terceirização 
Objetivando minimizar as chances de que as empresas dispensem seus 
empregados próprios para terceirizarem, com os mesmos trabalhadores, as 
atividades por eles exercidas, criou-se uma quarentena de 18 meses. 
Por exemplo: Francisco é empregado da empresa QueBrada Ltda. Se Francisco é 
dispensado, ele somente poderá prestar serviços, enquanto trabalhador 
terceirizado, àquela empresa após o decurso de 18 meses (seja como empregado 
da empresa prestadora de serviços, seja como sócio da prestadora). 
A ideia é evitar que os empregados sejam demitidos e forçados a constituírem 
empresas próprias (pejotização) para prestarem serviços ao antigo empregador, 
no intuito de burlar a legislação trabalhista. 
A única exceção refere-se ao empregado que se aposenta. Neste caso, não há 
que se falar em quarentena de 18 meses: 
Lei 6.019, art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 
4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos 
últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade 
de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os 
referidos titulares ou sócios forem aposentados. 
Lei 6.019, art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá prestar 
serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de 
empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito 
meses, contados a partir da demissão do empregado. 
 
3.6 ± Não obrigatoriedade de salário equivalente aos 
terceirizados 
O TST vinha entendendo que os trabalhadores terceirizados tinham direito à 
isonomia salarial com o empregado próprio do tomador dos serviços, em especial 
nas situações de terceirização ilícita, conforme se depreende da OJ 383 da SDI-
111. 
Todavia, por meio da Lei 13.467, que alterou a Lei 6.019/1974, ficou estabelecido 
que não há obrigatoriedade de equivalência salarial entre o empregado próprio 
do tomador dos serviços e o trabalhador terceirizado: 
Lei 6.019, art. 4o-C, § 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se 
assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário 
 
11 383. TERCEIRIZAÇÃO. EMPREGADOS DA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS E DA 
720$'25$��,62120,$��$57������³$´��'$�/(,�1ž��������'(������������� 
A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de 
emprego com ente da Administração Pública, não afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, 
o direito dos empregados terceirizados às mesmas verbas trabalhistas legais e normativas 
asseguradas àqueles contratados pelo tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de 
IXQo}HV��$SOLFDomR�DQDOyJLFD�GR�DUW������³D´��GD�/HL�Qž��������GH����������� 
 
 
 
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equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros 
direitos não previstos neste artigo. 
Em outras palavras, até pode ser estabelecida a equivalência salarial, no âmbito 
do contrato de prestação de serviços, mas esta não é uma obrigação das 
empresas. 
Nesse sentido, destaco que a equivalência salarial ficou mantida apenas para o 
trabalhador temporário ± /HL��������DUW������µD¶� 
 
4 - Trabalho temporário 
Em relação ao trabalho temporário, considero importante frisar que o 
trabalhador temporário não se confunde com o empregado contratado a prazo 
determinado (art. 443 da CLT). 
No trabalho temporário regido pela Lei 6.019/74 temos uma relação jurídica 
trilateral, com a empresa de trabalho temporário (ETT), empresa tomadora de 
serviços e o trabalhador, vinculado à primeira. 
No contrato a prazo determinado, conforme delineado pelo art. 443 da CLT, 
não existe empresa de trabalho temporário; é a própria empresa interessada que 
irá contratar o empregado a prazo determinado nas hipóteses previstas, quais 
sejam: 
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação 
do prazo; 
b) de atividades empresariais de caráter transitório; 
c) de contrato de experiência. 
Acerca da similitude das hipóteses autorizativa das contratações em ambos os 
casos, Mauricio Godinho Delgado12 explica que 
³2�H[DPH�GHVVDV�GXDV�KLSyWHVHV�GH�SDFWXDomR�WHPSRUiULD�HYLGHQFLD�TXH�
não se diferenciam substantivamente das hipóteses celetistas de pactuação 
de contrato empregatício por tempo determinado (art. 443, CLT). De fato, 
sob a ótica socioeconômica, as mesmas necessidades empresariais 
atendidas pelos trabalhadores temporários (Lei n. 6.019) sempre puderam 
(e podem) ser preenchidas por empregados submetidos a contratos 
FHOHWLVWDV�SRU�WHPSR�GHWHUPLQDGR��DUW�������&/7��´ 
- - - - - 
Voltando ao trabalho temporário, regido pela Lei 6.019/74, pode-se defini-lo 
como: 
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa 
física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
 
12 DELGADO, Mauricio Godinho. Op. cit., p. 463. 
 
 
 
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necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. 
Antes da Lei 13.429/2017, a definição era a seguinte: 
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa 
física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição 
de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de 
serviços. 
É nesta mesma lei onde consta a definição de empresa de trabalho temporário: 
Lei 6.019/74, art. 4º - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, 
devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela 
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. 
A definição anterior era a seguinte: 
Lei 6.019/74, art. 4º - Compreende-se como empresa de trabalho 
temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em 
colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, 
devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos. 
Como a empresa de trabalho temporário(ETT) não é contratada para realizar 
serviços, mas sim intermediar mão de obra, percebam que este é um caso em 
que o trabalhador da empresa prestadora será alocado na dinâmica industrial da 
tomadora, ou seja, realizará suas atividades de forma subordinada à tomadora. 
Segue abaixo um esquema da terceirização envolvendo o trabalho temporário: 
 
Empresa 
tomadora de mão 
de obra 
«» 
Contrato de 
natureza civil 
(intermediação de 
mão de obra) 
«» 
Empresa de 
trabalho 
temporário (ETT) 
 
 
Trabalho 
subordinado 
(entretanto não há 
vínculo de emprego) 
 
Relação de trabalho 
 
 
Trabalhador 
temporário 
 
 
 
 
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4.1 ± Hipóteses do trabalho temporário 
O trabalho temporário se destina a permitir que a empresa de trabalho 
temporário (ETT) forneça trabalhadores a outras empresas, sendo relação 
excepcional que só é admitida nas estritas hipóteses do art. 2º da Lei 6.019/74, 
a saber: 
9 necessidade de substituição transitória de pessoal permanente 
9 demanda complementar de serviços13 
 
Acerca desta última hipótese, a própria lei dispôs da seguinte forma: 
Lei 6.019/74, art. 2º, § 2º Considera-se complementar a demanda de 
serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente 
de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou 
sazonal. 
Resumindo, será complementar a demanda decorrente de fatores: 
i) imprevisíveis ou 
ii) previsíveis, com natureza 
a. periódica 
b. intermitente 
c. sazonal 
Além das hipóteses, é importante se atentar para duas novidades trazidas com a 
Lei 13.429/2017: 
9 atualmente apenas pessoa jurídica pode ser empresa de trabalho 
temporário14 
9 poderá existir trabalho temporário também no meio rural15 
A lei autoriza, ainda, a utilização do trabalho temporário para substituir 
grevistas no caso de greve considerada abusiva: 
Lei 6.019/74, art. 2º, § 1o É proibida a contratação de trabalho temporário 
para a substituição de trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos 
em lei16. 
Por fim, a lei esclarece que o trabalho temporário pode se dar em atividades-
meio ou atividades-fim da tomadora dos serviços: 
Lei 6.019/74, art. 9º, § 3o O contrato de trabalho temporário pode versar 
sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem 
executadas na empresa tomadora de serviços. 
 
13 Que substituiu a hipótese anterior de acréscimo extraordinário de serviços. 
14 A definição anterior dava margem a que pessoas físicas também o fossem. 
15 A definição anterior restringia o trabalho temporário ao meio urbano. 
16 Estes casos encontram-se previstos nos arts. 9º e 14 da Lei de Greve. 
 
 
 
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Esta regra não traz novidades quanto ao trabalho temporário, eis que este já era 
o entendimento vigente com a SUM-331 �DSHQDV�D�³WHUFHLUL]DomR´�p�TXH�QmR�HUD�
admitida em atividades-fim). 
 
4.2 ± Prazo do trabalho temporário 
Via de regra, o atual17 prazo do trabalho temporário, considerando o mesmo 
trabalhador e o mesmo tomador, é de 180 dias (ainda que não consecutivos): 
Lei 6.019, art. 10, § 1º O contrato de trabalho temporário, com relação ao 
mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta 
dias, consecutivos ou não. 
Todavia, a lei prevê uma possibilidade de prorrogação por mais 90 dias, caso 
mantidas as condições que ensejaram a contratação: 
Lei 6.019, art. 10, § 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa 
dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo, 
quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. 
 
Portanto: prazo de 180 dias, prorrogável por mais 90 dias, consecutivos ou 
não. 
 
Ora, mas como assim, ³prazo não consecutivo´? Quer dizer que um 
trabalhador, em toda sua vida, pode ser temporário de um mesmo 
tomador somente durante esse prazo? 
Não é bem assim! 
$�OHL�FULRX�XPD�³TXDUHQWHQD´�GH����GLDV: 
Lei 6.019, art. 10, § 5º O trabalhador temporário que cumprir o período 
estipulado nos §§ 1º e 2º deste artigo somente poderá ser colocado à 
disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato 
temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. 
Então, por exemplo, se Pedro tiver sido trabalhador temporário na empresa 
XisMais por 270 dias (180+90), passados 90 dias do final do contrato anterior, 
ele poderia ser novamente ³colocado j�GLVSRVLomR´�GD�HPSUHVD�;LV0DLV�� 
 
Entendi! Mas, e se o prazo for descumprido? 
A resposta está na própria lei: vínculo de emprego com o tomador dos serviços: 
 
17 Antes da Lei 13.429, o prazo do contrato de trabalho temporário era de até três meses, salvo autorização 
do Ministério do Trabalho. 
 
 
 
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Lei 6.019, art. 10, § 6º A contratação anterior ao prazo previsto no § 5º 
deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. 
 
4.3 ± Empresa de trabalho temporário (ETT) 
A Lei 6.019 exige o registro da empresa de trabalho temporário junto ao 
Ministério do Trabalho (MTb): 
Lei 6.019/74, art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, 
devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela 
colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. 
Neste aspecto, não houve novidades com a Lei 13.429/2017. A alteração ficou 
por conta dos requisitos para funcionamento e registro da ETT. A nova lei resumiu 
os requisitos aos seguintes: 
Lei 6.019/1974, art. 6º, I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica (CNPJ), do Ministério da Fazenda; 
II - prova do competente registro na Junta Comercial da localidade em que 
tenha sede; 
III - prova de possuir capital social de, no mínimo, R$ 100.000,00 (cem 
mil reais).18 
Comparando as exigências de capital social entre a ETT (trab. Temporário) e a 
EPS (terceirização), temos o seguinte: 
Trabalho temporário (ETT) Terceirização (EPS) 
Capital Social de, no 
mínimo, R$ 100.000,00 
(independentemente da 
quantidade de trabalhadores 
temporários) 
Capital Social compatível com o número de 
empregados, observando-se os seguintes 
parâmetros: 
a) empresas com até dez empregados - capital 
mínimo de R$ 10.000,00; 
b) mais de dez e até vinte - R$ 25.000,00; 
c) mais de vinte e até cinquenta - R$ 45.000,00; 
d) mais de cinquenta e até cem - R$ 
100.000,00; e 
e) mais de cem empregados - R$ 250.000,00. 
 
 
18 Anteriormente, a exigência de capital social era de 500 salários-mínimos. 
 
 
 
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4.4 ± Tomador dos serviços 
A lei não traz grandes novidades ao definir a empresa tomadora de serviços, em 
seu art. 5º: 
Lei 6.019, art. 5º Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou 
entidade a ela equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho 
temporário com a empresa definida no art. 4o desta Lei. 
Buscando conferir segurança jurídica ao tomador dos serviços, a nova lei 
assegura que, em uma relação de trabalho temporário, não haverá formação de 
vínculo de emprego entre o trabalhador e o tomador dos serviços: 
Lei 6.019, art. 10. Qualquer que seja o ramo da empresa tomadorade 
serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores 
contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
Apesar de não ter deixado expresso, subentende-se que tal dispositivo aplica-se 
somente ao trabalho temporário lícito. 
Seguindo adiante, assim como fez em relação à terceirização de serviços, a Lei 
deixa claro que é o tomador quem deve garantir um ambiente de trabalho 
seguro: 
Lei 6.019, art. 9º, § 1º É responsabilidade da empresa contratante 
garantir as condições de segurança, higiene e salubridade dos trabalhadores, 
quando o trabalho for realizado em suas dependências ou em local por ela 
designado. 
Portanto, cabe ao tomador dos serviços assegurar condições adequadas de 
segurança e saúde no trabalho aos trabalhadores terceirizados. 
Nessa esteira, no §2º abaixo a lei também obriga o tomador do trabalho 
temporário a estender aos trabalhadores temporários as facilidades médicas e de 
refeição dos próprios empregados da empresa tomadora: 
Lei 6.019, art. 9º, § 2º A contratante estenderá ao trabalhador da empresa 
de trabalho temporário o mesmo atendimento médico, ambulatorial e de 
refeição destinado aos seus empregados, existente nas dependências da 
contratante, ou local por ela designado. 
Por fim, a lei deixa clara a responsabilidade do tomador dos serviços pelas 
obrigações trabalhistas em um trabalho temporário. 
Em regra, haverá responsabilidade subsidiária do tomador: 
Lei 6.019, art. 10, § 7º A contratante é subsidiariamente responsável pelas 
obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho 
temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o 
disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 199119. 
 
19 Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de 
mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) 
do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa 
cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da 
 
 
 
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Entretanto, mantendo uma regra que já existia antes da Lei 13.429/2017, no 
caso de falência da ETT, o tomador responderá de forma solidária: 
Lei 6.019/1974, art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho 
temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente 
responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no 
tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como 
em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas 
nesta Lei. 
Esquematizando, portanto, a responsabilidade do tomador de trabalho 
temporário, temos: 
9 regra geral: responsabilidade subsidiária 
9 falência da ETT: responsabilidade solidária 
 
4.5 ± Contrato entre ETT e tomador 
A lei deixa claro que o contrato de intermediação de mão de obra, celebrado entre 
a ETT e a tomadora dos serviços, deverá ser por escrito e conter os seguintes 
elementos: 
Lei 6.019, art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho temporário 
e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição da autoridade 
fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e conterá: 
I - qualificação das partes; 
II - motivo justificador da demanda de trabalho temporário; 
III - prazo da prestação de serviços; 
IV - valor da prestação de serviços; 
V - disposições sobre a segurança e a saúde do trabalhador, 
independentemente do local de realização do trabalho. 
 
4.6 ± Contrato entre ETT e trabalhador temporário 
Assim como ocorria antes da Lei 13.429, o contrato entre o trabalhador 
temporário e a ETT também deve ser necessariamente por escrito: 
Lei 6019, art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de 
trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de 
uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele 
deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores 
por esta Lei. 
 
emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver 
expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei. 
 
 
 
 
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$SHVDU�GH�VH�UHIHULU�D�XP�³FRQWUDWR�GH�WUDEDOKR´��há divergências20 quanto ao 
enquadramento ou não do trabalhador temporário como um empregado, havendo 
precedentes recentes do TST pelo não enquadramento21. A despeito disso, a lei 
determina que a condição de trabalhador temporário seja anotada na CTPS do 
obreiro: 
Lei 6019, art. 12, § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social do trabalhador sua condição de temporário. 
 
Caso a tomadora se interesse por contratar o temporário (que originalmente era 
trabalhador da empresa de trabalho temporário) isto deve ser permitido, não 
sendo admitida cláusula de reserva: 
Lei 6.019/74, art. 11, parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer 
cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa 
tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua 
disposição pela empresa de trabalho temporário. 
Em relação a essa contratação, é importante se atentar para a regra abaixo: 
Lei 6.019, art. 10, § 4º Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado 
pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo 
único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo 
Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio de 1943. 
Ou seja, caso o tomador dos serviços decida contratar diretamente a pessoa que 
lhe prestava serviços como trabalhador temporário, não poderá celebrar contrato 
de experiência com este trabalhador. As partes já se conhecem, de modo que 
não faria sentido algum um contrato de experiência nessa situação. 
 
4.7 ± Direitos do trabalhador temporário 
A Lei 13.429 não alterou os direitos do trabalhador temporário, que já eram 
previstos no art. 12 da Lei 6.019: 
 
Lei 6.019, art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os 
seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
[leia-se salário-mínimo nacionalmente unificado ± após CF88] 
b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não 
excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento) [leia-se 50% 
± após CF88]; 
 
20 DELGADO, Mauricio Godinho. 9ª ed., p. 432. 
21 RR-100-466.2014.5.09.0009, DEJT 30.9.2016. 
 
 
 
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c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5.107, de 13 de 
setembro de 1966; 
d) repouso semanal remunerado; 
e) adicional por trabalho noturno; 
f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do 
contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; 
g) seguro contra acidente do trabalho; 
h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da 
Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 
de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de 
setembro de 1973). 
 
Acrescente-se a esta lista o direitoao FGTS, por força da Lei 8.036/1990! 
 
 
 
 
 
 
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5 ± Questões Comentadas 
1. FCC/TRT24 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± 2017 
(adaptada) 
A empresa Ajax Produções contratou os serviços de dois operadores de som 
para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal 
permanente, optando pelo regime de trabalho temporário. Conforme 
legislação que regula o trabalho temporário, 
(A) o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa 
tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá 
exceder de um ano, sujeito a apenas uma prorrogação por igual período. 
(B) fica assegurada ao trabalhador temporário remuneração equivalente à 
percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou 
cliente, calculada à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a 
percepção do salário mínimo regional. 
(C) entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente 
deverá haver obrigatoriamente contrato escrito, mas entre a empresa de 
trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de 
uma empresa tomadora o contrato poderá ser verbal. 
(D) no caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa 
tomadora ou cliente é subsidiariamente responsável pela remuneração, 
indenização trabalhista e recolhimento das contribuições previdenciárias, no 
tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens. 
(E) a empresa de trabalho temporário poderá cobrar do trabalhador a 
importância máxima de 2% sobre o valor do primeiro salário a título de 
mediação, bem como efetuar os descontos previstos em Lei. 
Comentários 
Gabarito (B). Trata-VH�GH�XP�GLUHLWR�SUHYLVWR�QR�DUW������µD¶, da Lei 6.019/1974 
�FKDPDGR�SRU�DOJXQV�GH�µUHPXQHUDomR�HTXLWDWLYD¶�� 
Lei 6.019/1974, art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os 
seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
A letra (A), incorreta, já que o prazo máximo, após a mudança ocorrida com a 
Lei 13.429/2017, é de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 (consecutivos ou não): 
Lei 6.019/1974, art. 10, § 1º O contrato de trabalho temporário, com 
relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e 
oitenta dias, consecutivos ou não. 
 
 
 
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§ 2º O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos 
ou não, além do prazo estabelecido no § 1º deste artigo, quando 
comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. 
A letra (C), incorreta, pois devem ser por escrito ambos os contratos 
celebrados pela ETT. Ou seja, tanto o contrato da ETT com a tomadora, quanto 
o contrato da ETT com o trabalhador temporário, devem ser por escrito: 
Lei 6.019/1974, art. 9º O contrato celebrado pela empresa de trabalho 
temporário e a tomadora de serviços será por escrito, ficará à disposição 
da autoridade fiscalizadora no estabelecimento da tomadora de serviços e 
conterá: (..) 
Art. 11 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho 
temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma 
empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele 
deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores 
por esta Lei. 
A letra (D), incorreta, já que, no caso de falência da ETT, o tomador dos serviços 
é responsável solidário: 
Lei 6.019/1974, art. 16 - No caso de falência da empresa de trabalho 
temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável 
pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo 
em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao 
mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. 
Por fim, a letra (E), incorreta, já que a ETT é proibida de cobrar qualquer 
importância do trabalhador a título de mediação: 
Lei 6.019/1974, art. 18 - É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar 
do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, 
podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. 
 
2. FCC/TRT20 ± Oficial de Justiça Avaliador ± 2016 
(adaptada) 
A empresa Beta & Gama Construções S/A celebrou contrato escrito com a 
empresa Potencial Humano Mão de Obra, onde constou expressamente o 
motivo justificador da demanda, ou seja, atender a uma demanda 
complementar de serviços, para cobrir reparos emergenciais em 
hidroelétrica com ruptura parcial de barreira, com duração de 180 dias. Essa 
situação caracteriza 
(A) contrato de trabalho avulso. 
(B) terceirização ilícita de atividade fim. 
(C) prestação de serviços de trabalho autônomo de natureza civil. 
(D) contrato de trabalho temporário. 
 
 
 
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(E) contrato de trabalho na modalidade experiência. 
Comentários 
Gabarito (D). 
A descrição da contratação se amolda à hipótese que autoriza a contratação de 
trabalhador temporário, com base na Lei 6.019/74, art. 2º: 
Lei 6.019/74, art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa 
física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. 
 
3. FCC/TRT20 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± 2016 
(adaptada) 
A empresa Olimpos Metalúrgica decidiu terceirizar o setor de limpeza 
contratando os serviços de Atlas Limpadora que forneceu três faxineiras por 
um período de 10 meses. Após o término do contrato entre as empresas, as 
três faxineiras foram dispensadas pela empresa Atlas Limpadora, sem 
receber qualquer indenização rescisória, com 2 meses de salários em atraso 
e ausência do recolhimento do FGTS do período. Nessa situação, conforme 
prevê a lei de terceirização, sobre a responsabilidade da empresa Olimpos 
em relação aos direitos das faxineiras, pode-se afirmar que 
(A) não haverá qualquer responsabilidade porque não eram empregadas da 
empresa Olimpos e a terceirização foi regular porque não era objeto de 
atividade-fim da tomadora. 
(B) a responsabilidade será direta e exclusiva, com a formação do vínculo 
de emprego com a empresa Olimpos, porque a terceirização foi irregular. 
(C) a responsabilidade será subsidiária em razão de terceirização regular, 
alcançando todos os direitos não cumpridos pela empresa empregadora no 
período. 
(D) a responsabilidade será solidária em razão de terceirização irregular, 
alcançando todos os direitos não cumpridos pela empresa empregadora no 
período. 
(E) a empresa Olimpos responderá de forma subsidiária porque a 
terceirização foi regular, mas fica restrita apenas a indenização rescisória em 
razão do rompimento contratual, porque os salários e o FGTS são de 
responsabilidade exclusiva da empregadora. 
Comentários 
Gabarito (C). 
A lei deixa clara a responsabilidade subsidiária da contratante pelas 
obrigações trabalhistas em uma terceirização: 
 
 
 
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Lei 6.019/1974, art. 5o-A, § 5o A empresa contratante é 
subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas 
referentesao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o 
recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 
31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 199122. 
 
4. CESPE/CAIXA ± Advogado ± 2010 (Adaptada) 
O terceirizado é o trabalhador que presta serviço a uma empresa 
denominada contratante, possuindo subordinação direta na prestação do 
serviço, estando ausente, no entanto, a pessoalidade. 
Comentários: 
Alternativa incorreta. 
O terceirizado não pode estar subordinado à empresa contratante. Quem dirige 
a prestação dos serviços é a empresa prestadora dos serviços (EPS): 
Lei 6.019/1974, art. 4º-A, § 1º A empresa prestadora de serviços 
contrata, remunera e dirige o trabalho realizado por seus trabalhadores, 
ou subcontrata outras empresas para realização desses serviços. 
Portanto, o trabalhador terceirizado (diferentemente do trabalhador temporário) 
não se subordina diretamente à contratante. 
 
5. Inédita 
A nova regulamentação da terceirização permite, até mesmo, que a empresa 
prestadora dos serviços subcontrate a prestação de serviços. Em outras 
palavras, a lei permite a chamada 'quarteirização'. 
Comentários: 
Gabarito (C), conforme Lei 6.019, Art. 4º-A, §1º. 
 
6. Inédita 
A Lei 13.429, de 31 de março de 2017, atribui à empresa prestadora dos 
serviços a responsabilidade por garantir condições de trabalho seguras aos 
 
22 Lei 8.212/1991, art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de 
mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) 
do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa 
cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da 
emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver 
expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei. 
 
 
 
 
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seus trabalhadores, inclusive quando o trabalho for realizado em outras 
dependências. 
Comentários: 
Gabarito (E), de acordo com o disposto na Lei 6.019/1974, art. 5º-A, § 3º. 
 
7. Inédita 
A nova lei da terceirização definiu elementos mínimos para o contrato de 
prestação de serviços, celebrado entre contratante e a empresa prestadora 
dos serviços. A despeito disso, tal avença prescinde da especificação do 
serviço a ser prestado. 
Comentários: 
Gabarito (E), tendo em vista a Lei 6.019/1974, art. 5º-B, II. 
 
 
8. Inédita 
A nova regulamentação do trabalho temporário veda sua utilização no meio 
rural. 
Comentários: 
Gabarito (E), já que não mais consta tal restrição à sua utilização no meio 
urbano. 
 
9. Inédita 
A greve representa direito assegurado constitucionalmente. Apesar disso, é 
permitida a contratação de trabalhadores temporários para substituir 
empregados em greve, ainda que o movimento paredista descumpra 
exigências previstas na Lei de Greve e seja considerado abusivo. 
Comentários: 
Gabarito (E), de acordo com a Lei 6.019/74, art. 2º, § 1º. 
 
10. Inédita 
O trabalho temporário é por natureza efêmero. A despeito disso, após 60 
dias do fim do contrato temporário, o trabalhador pode ser colocado à 
disposição novamente da mesma tomadora. 
Comentários: 
Gabarito (E), com base na Lei 6.019, art. 10, § 5º. 
 
 
 
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11. Inédita 
A Empresa de Trabalho Temporário deve se registrar perante o Ministério do 
Trabalho. Para tanto, deverá fazer prova de possuir capital social de, no 
mínimo, R$ 250.000,00. 
Comentários: 
Gabarito (E). Lei 6.019/1974, art. 6º, III. 
 
12. Inédita 
A tomadora dos serviços deve assegurar aos temporários que trabalharem 
em suas dependências condições seguras de trabalho, sendo que a Lei 
garante a este trabalhador seguro contra acidente do trabalho. 
Comentários: 
Gabarito (C), com fulcro na Lei 6.019, art. 9º, § 1º c/c Lei 6.019, art. 12, ³g´ 
 
13. Inédita 
Segundo dispõe a Lei 6.019, com redação dada pela Lei 13.467, a empresa 
prestadora de serviços não possui obrigação de garantir aos terceirizados 
direito à isonomia salarial em relação aos empregados próprios da 
contratante dos serviços, diferentemente do que ocorre em relação aos 
trabalhadores temporários em relação aos empregados da empresa 
tomadora dos serviços. 
Comentários: 
Gabarito (C). Em relação aos terceirizados, segue o art. 4º-C, §1º, que 
estabelece a isonomia salarial como uma faculdade das empresas: 
Lei 6.019, art. 4o-C, § 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se 
assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário 
equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros 
direitos não previstos neste artigo. 
 
Em sentido contrário, o art. art. 12, ³D´��TXH�SUHYr�WDO�GLUHLWR�DRV�temporários: 
Lei 6.019, art. 12 - Ficam assegurados ao trabalhador temporário os 
seguintes direitos: 
a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma 
categoria da empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, 
garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 
[leia-se salário-mínimo nacionalmente unificado ± após CF88] 
 
 
 
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14. Inédita 
Caio e Tício tiveram seus contratos de trabalho extintos pela empresa 
QuêBrada Ltda. No mesmo período, Mévio se aposentou e também teve seu 
vínculo de emprego extinto com a QuêBrada. 
Na sequência, Mévio e Tício constituíram a empresa Recursus para Terceiros 
Ltda e contrataram Caio como emprego, para auxiliar na prestação de 
serviços. A empresa QuêBrada decide terceirizar para a Recursus parte de 
suas atividades finalísticas. Passados seis meses, 
(A) apenas Mévio e Tício podem atuar como terceirizados da QuêBrada. 
(B) Tício só poderia atuar como terceirizado da QuêBrada após decorridos 
doze meses do rompimento do seu vínculo empregatício. 
(C) apenas Mévio poderia ser sócio da empresa contratada pela QuêBrada. 
(D) apenas Caio pode atuar como terceirizado da QuêBrada. 
(E) a atividade finalística não poderia ser terceirizada. 
Comentários: 
Gabarito (C). Primeiramente, não há óbices à terceirização da atividade-fim: 
Lei 6.019, art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a 
transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de 
direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compatível com a sua execução. 
 
Em relação à quarentena, com apenas 6 meses do rompimento do vínculo de 
Tício e Caio não poderiam ser nem sócios nem empregados da empresa 
prestadora de serviços. Por outro lado, como Mévio aposentou-se, este sim 
poderia ser sócio da empresa contratada pela QuêBrada: 
Lei 6.019, art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 
4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos 
últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade 
de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os 
referidos titulares ou sócios forem aposentados. 
Lei 6.019, art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá prestar 
serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de 
empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito 
meses, contados a partir da demissão do empregado.Prof. Antonio Daud Jr www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 42 
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6 ± Lista das Questões Comentadas 
1. FCC/TRT24 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± 2017 
(adaptada) 
A empresa Ajax Produções contratou os serviços de dois operadores de som 
para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal 
permanente, optando pelo regime de trabalho temporário. Conforme 
legislação que regula o trabalho temporário, 
(A) o contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa 
tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá 
exceder de um ano, sujeito a apenas uma prorrogação por igual período. 
(B) fica assegurada ao trabalhador temporário remuneração equivalente à 
percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou 
cliente, calculada à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a 
percepção do salário mínimo regional. 
(C) entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente 
deverá haver obrigatoriamente contrato escrito, mas entre a empresa de 
trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de 
uma empresa tomadora o contrato poderá ser verbal. 
(D) no caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa 
tomadora ou cliente é subsidiariamente responsável pela remuneração, 
indenização trabalhista e recolhimento das contribuições previdenciárias, no 
tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens. 
(E) a empresa de trabalho temporário poderá cobrar do trabalhador a 
importância máxima de 2% sobre o valor do primeiro salário a título de 
mediação, bem como efetuar os descontos previstos em Lei. 
 
2. FCC/TRT20 ± Oficial de Justiça Avaliador ± 2016 
(adaptada) 
A empresa Beta & Gama Construções S/A celebrou contrato escrito com a 
empresa Potencial Humano Mão de Obra, onde constou expressamente o 
motivo justificador da demanda, ou seja, atender a uma demanda 
complementar de serviços, para cobrir reparos emergenciais em 
hidroelétrica com ruptura parcial de barreira, com duração de 180 dias. Essa 
situação caracteriza 
(A) contrato de trabalho avulso. 
(B) terceirização ilícita de atividade fim. 
(C) prestação de serviços de trabalho autônomo de natureza civil. 
(D) contrato de trabalho temporário. 
(E) contrato de trabalho na modalidade experiência. 
 
 
 
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3. FCC/TRT20 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± 2016 
(adaptada) 
A empresa Olimpos Metalúrgica decidiu terceirizar o setor de limpeza 
contratando os serviços de Atlas Limpadora que forneceu três faxineiras por 
um período de 10 meses. Após o término do contrato entre as empresas, as 
três faxineiras foram dispensadas pela empresa Atlas Limpadora, sem 
receber qualquer indenização rescisória, com 2 meses de salários em atraso 
e ausência do recolhimento do FGTS do período. Nessa situação, conforme 
prevê a lei de terceirização, sobre a responsabilidade da empresa Olimpos 
em relação aos direitos das faxineiras, pode-se afirmar que 
(A) não haverá qualquer responsabilidade porque não eram empregadas da 
empresa Olimpos e a terceirização foi regular porque não era objeto de 
atividade-fim da tomadora. 
(B) a responsabilidade será direta e exclusiva, com a formação do vínculo 
de emprego com a empresa Olimpos, porque a terceirização foi irregular. 
(C) a responsabilidade será subsidiária em razão de terceirização regular, 
alcançando todos os direitos não cumpridos pela empresa empregadora no 
período. 
(D) a responsabilidade será solidária em razão de terceirização irregular, 
alcançando todos os direitos não cumpridos pela empresa empregadora no 
período. 
(E) a empresa Olimpos responderá de forma subsidiária porque a 
terceirização foi regular, mas fica restrita apenas a indenização rescisória em 
razão do rompimento contratual, porque os salários e o FGTS são de 
responsabilidade exclusiva da empregadora. 
 
 
4. CESPE/CAIXA ± Advogado ± 2010 (Adaptada) 
O terceirizado é o trabalhador que presta serviço a uma empresa 
denominada contratante, possuindo subordinação direta na prestação do 
serviço, estando ausente, no entanto, a pessoalidade. 
 
5. Inédita 
A nova regulamentação da terceirização permite, até mesmo, que a empresa 
prestadora dos serviços subcontrate a prestação de serviços. Em outras 
palavras, a lei permite a chamada 'quarteirização'. 
 
 
 
 
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6. Inédita 
A Lei 13.429, de 31 de março de 2017, atribui à empresa prestadora dos 
serviços a responsabilidade por garantir condições de trabalho seguras aos 
seus trabalhadores, inclusive quando o trabalho for realizado em outras 
dependências. 
 
7. Inédita 
A nova lei da terceirização definiu elementos mínimos para o contrato de 
prestação de serviços, celebrado entre contratante e a empresa prestadora 
dos serviços. A despeito disso, tal avença prescinde da especificação do 
serviço a ser prestado. 
 
8. Inédita 
A nova regulamentação do trabalho temporário veda sua utilização no meio 
rural. 
 
9. Inédita 
A greve representa direito assegurado constitucionalmente. Apesar disso, é 
permitida a contratação de trabalhadores temporários para substituir 
empregados em greve, ainda que o movimento paredista descumpra 
exigências previstas na Lei de Greve e seja considerado abusivo. 
 
10. Inédita 
O trabalho temporário é por natureza efêmero. A despeito disso, após 60 
dias do fim do contrato temporário, o trabalhador pode ser colocado à 
disposição novamente da mesma tomadora. 
 
11. Inédita 
A Empresa de Trabalho Temporário deve se registrar perante o Ministério do 
Trabalho. Para tanto, deverá fazer prova de possuir capital social de, no 
mínimo, R$ 250.000,00. 
 
12. Inédita 
A tomadora dos serviços deve assegurar aos temporários que trabalharem 
em suas dependências condições seguras de trabalho, sendo que a Lei 
garante a este trabalhador seguro contra acidente do trabalho. 
 
 
 
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13. Inédita 
Segundo dispõe a Lei 6.019, com redação dada pela Lei 13.467, a empresa 
prestadora de serviços não possui obrigação de garantir aos terceirizados 
direito à isonomia salarial em relação aos empregados próprios da 
contratante dos serviços, diferentemente do que ocorre em relação aos 
trabalhadores temporários em relação aos empregados da empresa 
tomadora dos serviços. 
 
14. Inédita 
Caio e Tício tiveram seus contratos de trabalho extintos pela empresa 
QuêBrada Ltda. No mesmo período, Mévio se aposentou e também teve seu 
vínculo de emprego extinto com a QuêBrada. 
Na sequência, Mévio e Tício constituíram a empresa Recursus para Terceiros 
Ltda e contrataram Caio como emprego, para auxiliar na prestação de 
serviços. A empresa QuêBrada decide terceirizar para a Recursus parte de 
suas atividades finalísticas. Passados seis meses, 
(A) apenas Mévio e Tício podem atuar como terceirizados da QuêBrada. 
(B) Tício só poderia atuar como terceirizado da QuêBrada após decorridos 
doze meses do rompimento do seu vínculo empregatício. 
(C) apenas Mévio poderia ser sócio da empresa contratada pela QuêBrada. 
(D) apenas Caio pode atuar como terceirizado da QuêBrada. 
(E) a atividade finalística não poderia ser terceirizada. 
 
 
 
 
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7 ± Gabaritos 
 
1. B 
2. D 
3. C 
4. E 
5. C 
6. E 
7. E 
8. E 
9. E 
10. E 
11. E 
12. C 
13. C 
14. C 
 
8 ± Resumo da aula 
 
 
 
 
 
 
 
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9 ± Conclusão 
 
Bom pessoal, 
Chegamos ao final da nossa aula. O tema é atual e relevante, mas ainda não 
conta com muitas questões de prova. 
Sugerimos ler e reler a Lei 6019, transcrita logo abaixo. 
Esperamos que tenham gostado da aula, e se surgir alguma dúvida quanto ao 
assunto apresentado, estamos à disposição para auxiliá-los (as). 
Grande abraço e bons estudos, 
 
Prof. Antonio Daud Jr 
https://www.facebook.com/adaudjr 
 
 
 
 
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10 ± Lista de Legislação, Súmulas e OJ do TST 
relacionados à aula 
 ± CF/88 
CF/88, art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(...) 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação 
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com 
a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em 
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração; 
 
 ± CLT 
CLT, art. 442, parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da 
sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus 
associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. 
 
± Legislação específica 
Lei 6019, art. 1o As relações de trabalho na empresa de trabalho 
temporário, na empresa de prestação de serviços e nas respectivas 
tomadoras de serviço e contratante regem-se por esta Lei. (Redação dada 
pela Lei nº 13.429, de 2017) 
Art. 2o Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada 
por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma 
empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição 
transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de 
serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017) 
§ 1o É proibida a contratação de trabalho temporário para a substituição de 
trabalhadores em greve, salvo nos casos previstos em lei. (Incluído pela 
Lei nº 13.429, de 2017) 
§ 2o Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda 
de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha 
natureza intermitente, periódica ou sazonal. (Incluído pela Lei nº 13.429, 
de 2017) 
 
 
 
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Art. 3º - É reconhecida a atividade da empresa de trabalho temporário que 
passa a integrar o plano básico do enquadramento sindical a que se refere 
o art. 577, da Consolidação da Leis do Trabalho. 
Art. 4o Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente 
registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de 
trabalhadores à disposição de outras empresas 
temporariamente. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017) 
Lei 6.019, art. 4o-A. Considera-se prestação de serviços a terceiros a 
transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas 
atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito 
privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica 
compatível com a sua execução. 
§ 1o A empresa prestadora de serviços contrata, remunera e dirige o 
trabalho realizado por seus trabalhadores, ou subcontrata outras empresas 
para realização desses serviços. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
§ 2o Não se configura vínculo empregatício entre os trabalhadores, ou sócios 
das empresas prestadoras de serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a 
empresa contratante. (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
Art. 4o-B. São requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de 
serviços a terceiros: (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
I - prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
(CNPJ); (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
II - registro na Junta Comercial; (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
III - capital social compatível com o número de empregados, observando-se 
os seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
a) empresas com até dez empregados - capital mínimo de R$ 10.000,00 
(dez mil reais); (Incluído pela Lei nº 13.429, de 2017) 
b) empresas com mais de dez e até vinte empregados - capital mínimo de 
R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); (Incluído pela Lei nº 13.429, de 
2017) 
c) empresas com mais de vinte e até cinquenta empregados - capital mínimo 
de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais); (Incluído pela Lei nº 
13.429, de 2017) 
d) empresas com mais de cinquenta e até cem empregados - capital mínimo 
de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e (Incluído pela Lei nº 13.429, de 
2017) 
e) empresas com mais de cem empregados - capital mínimo de R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). (Incluído pela Lei nº 13.429, 
de 2017) 
Art. 4º-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de 
serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, 
 
 
 
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que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem 
executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições: 
I - relativas a: 
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida 
em refeitórios; 
b) direito de utilizar os serviços de transporte; 
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da 
contratante ou local por ela designado; 
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o 
exigir. 
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho 
e de instalações adequadas à prestação do serviço. 
§ 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, 
que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago 
aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste 
artigo. 
§ 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da 
contratada em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos 
empregados da contratante, esta poderá disponibilizar aos empregados da 
contratada os serviços de alimentação e atendimento ambulatorial em outros 
locais apropriados e com igual padrão de atendimento, com vistas a manter 
o pleno funcionamento dos serviços existentes. 
Art. 5o Empresa tomadora de serviços é a pessoa jurídica ou entidade a ela 
equiparada que celebra contrato de prestação de trabalho temporário com a 
empresa definida no art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 
2017) 
Lei 6.019, art. 5º-A. Contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra 
contrato com empresa de prestação de serviços relacionados a quaisquer de 
suas atividades, inclusive sua atividade principal. 
§ 1o É vedada à contratante a utilização dos trabalhadores em atividades 
distintas daquelas que foram objeto do contrato com a empresa prestadora 
de

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