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resumo de Pedro Demo

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Universidade Federal do Espirito Santo
Departamento de Ciências Sociais
Metodologia do Trabalho Cientifico.
Professor Dr. André Augusto Michelato Ghizelini
Aluno: Paulo Sergio Brandão 
DEMO, Pedro. Capítulo 4 – Ciência e ideologia. In. __________.Introdução a metodologia da Ciência. São Paulo. Atlas, 1982. 
Na tentativa de estudar com profundidade a sociedade do conhecimento em contraposição aos elementos da teoria do conhecimento em contraposição aos elementos da teoria do conhecimento é necessário estabelecer uma distinção entre as ciências sociais e as de saber matemático. Sendo estas não ideológicas, como as sociais. 
Apesar de a ciência progredir com o avanço da sociedade, por exemplo, nos períodos de guerra, nas sociais a ideologia esta impregnada ao conhecimento e a relação entre sujeito e o objeto e de identidade. É impensável fazer ciências sociais descontextualizada do grupo social, poder, classe e ideias que dominam o tecido social.
 
Todas as teorias acabam sendo um recorte do real, logo, são interpretações, por que são do tamanho da mão que os construiu. 
Neste sentido o sujeito, ao intervir na sociedade é sempre um ator. Por isso, é coerente propor a dialética como método para as ciências sociais. 
Levando em consideração que o poder perpassa toda a estrutura de organização de uma dada sociedade, definindo assim o que é característico como história, pois não há história sem poder.
A ideologia seria, olhando desta forma, uma maneira de determinado grupo se manter no controle as estruturas de poder e em contrapartida manter os subalternos sob controle evitando a constantes questionamento em torno da ordem estabelecida. 
Destacando as suas muitas faces podemos dizer que cada segmento usa a ideologia para atender seus privilégios e/ou para construir novas formas de ideias que possam produzir ações, no sentido de questionar o domínio vigente.
Enfim, as ciências sociais são ideológicas, por serem fenômenos sociais. Elas são construídas dentro de um fluxo histórico, gerado por constantes conflitos.
Nas ciências sociais há um esforço conjunto dos diversos atores, evitando retratá-las de forma fidedigna, sendo o objetivo das mesmas a convivência critica com a ideologia, dando a mesma uma importância menor.
Quando se fala em neutralidade o que se busca é um comportamento mais isento possível do juízo de valor, pois isenção total é impossível. Uma vez que a isenção de juízo de valor é um mito. 
Precisamos caracterizar algumas distinções importantes como sendo fato e valor dois fenômenos distintos. Assim, de um fato, por exemplo, considerar que a mulher historicamente foi considerada submissa, não quer dizer que devemos aceitar isso hoje.
Assim também meio e fim precisam ser distinguidos. Por exemplo, a tecnologia como meio não pode ser usada para fins de destruição, como nas guerras. 
As ciências sociais, em seu vasto leque de produção cientifica, vêm ao longo da historia justificando as estruturas dominantes de poder por meio da produção de técnicas de controle social, cooptação, manipulação etc. 
A universidade, olhando assim, nunca foi neutra. Com suas técnicas e métodos impostos como necessários a formação acadêmica, coíbe a incursão valorativa nas ciências sociais. Assim é importante analisar a realidade como ela é, não como gostaríamos que fosse.
Propomos uma postura do meio, intermediaria ligada a hermenêutica, pois com bom nível de indagação teórica e pratica, distinguindo forma de conteúdo, fato de valor, meio de fim e não se afastando da pratica real, levando em conta a tradição e dando vazão as entrelinhas é possível um agir científico mais próximo do que queremos para as ciências sociais. 
Sendo a ciência um eterno “vir-a-ser”, no sentido de ser sempre passível de ser questionada em suas teorias, uma vez que está sempre pautada na possibilidade de revisão de suas próprias teorias. Convivemos sempre com o erro. E aí a utopia nos impele a seguir combatendo e corrigindo os sucessivos erros da ciência. 
As ciências sociais deve ser um processo critico transparente, desprovido das ideologias de autodefesa, para evitar cairmos no dogmatismo.

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