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Contabilidade Internacional Aula 4

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CONTABILIDADE INTERNACIONAL
Aula 4 – Imposto de Renda (IAS 12) e a Norma 
Internacional IFRS SME 
Prof. Nylvandir LIBERATO
Imposto de Renda (IAS 12) e a Norma Internacional IFRS SME – AULA 4
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
Prof. Nylvandir LIBERATO
Temas abordados: 
✓Reconhecer o objetivo da IAS 12.
✓Identificar o registro contábil dos 
efeitos fiscais de transações e de 
outros eventos que contabiliza as 
próprias transações e eventos.
✓Distinguir o conceito de prejuízo 
fiscal definido nas normas brasileiras e 
internacionais. 
✓Analisar o conceito da norma 
internacional IFRS SME direcionado as 
pequenas e médias empresas.
Imposto de Renda (IAS 12) e a Norma Internacional IFRS SME – AULA 4
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Introdução
• Tratamento correto contábil pela tributação
sobre a renda, relacionada com impostos
nacionais e estrangeiros com base nos lucros
tributáveis, são objetos do pronunciamento
internacional IAS 12 (income taxes).
• Abordagem com relação aos princípios e a
orientação contábil para as consequências
fiscais correntes e futuras das operações
empresariais com tributos.
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Introdução
• Serão abordados ainda, os princípios
apresentados na norma internacional IFRS SME,
direcionado especialmente para as pequenas e
médias empresas, permitindo que estas
também possam utilizar na totalidade as
normas internacionais de contabilidade.
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IAS 12 – Tributos sobre o lucro
• O pronunciamento internacional IAS 12
(income taxes) objetiva o correto
tratamento contábil a ser dado à
tributação incidente sobre a renda, a qual
está relacionada a todos os impostos
nacionais e estrangeiros que possuem por
bases os lucros tributáveis.
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IAS 12 – Tributos sobre o lucro
• Estabelece os princípios e orientação
contábil para as consequências fiscais
correntes e futuras das operações
empresariais com relações a tributos.
• Regulamentado em âmbito nacional pelo
pronunciamento CPC 32 (Tributos sobre o
lucro), esta norma.
•O IAS 12 versa sobre o reconhecimento
dos impostos sobre a renda que possuem
relação com o exercício financeiro atual e
os ativos ou passivos fiscais diferidos,
provenientes de diferenças temporárias
ou de prejuízos fiscais.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• A empresa deve realizar o registro
contábil dos efeitos fiscais de transações e
de outros eventos, da mesma maneira que
contabiliza as próprias transações e
eventos;
✓ Como consequência, todos os itens
reconhecidos na demonstração do
resultado do exercício possuem seus
impactos tributários reconhecidos, de
maneira semelhante, no resultado do
exercício;
✓Operações com itens reconhecidos no
PL, os efeitos fiscais, também, devem
ser apropriados no patrimônio líquido.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• Operações contábeis que são geradoras de
resultados econômicos, representadas pelas
receitas e despesas, são em regra,
reconhecidas de maneira diferenciada
quando se tratam de normas contábeis e
fiscais, sejam municipais, estaduais ou
federais;
✓ Mesmo em outros países, isto ocorre
com certa frequência;
✓Na situação brasileira, esta diferença
tem apenas um lastro temporal
separando-as, e a estrutura fiscal é
denominada como Lucro Real, a qual se
refere ao segundo momento.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• A norma internacional estabelece que
estas diferenças entre os momentos de
divulgação do lucro contábil e da
correspondente despesa tributária gerada
devem ser zeradas, inexistindo estas
diferenças entre os momentos de
reconhecimento das duas situações.
• O ativo fiscal diferido corresponde a
diferenças temporais identificadas entre os
valores não dedutíveis de um montante,
compondo a base de tributação em
determinado período e que,
eventualmente, podem ser dedutíveis em
exercícios financeiros vindouros.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• De forma oposta, existem as obrigações
fiscais diferidas, correspondem a
diferenças provenientes de valores que não
foram tributados em um determinado
exercício financeiro e que serão tributados
em exercícios financeiros subsequentes;
•A norma internacional, de maneira direta,
evidencia o conceito de obrigação fiscal
diferida como o valor total de tributos que
incidem sobre a renda e que devem ser
pagos em exercícios financeiros vindouros,
relativos a estas diferenças temporárias
tributáveis.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• Prejuízo fiscal, também definido pela
normatização internacional, está ligado aos
valores totais de prejuízos acumulados,
apurados de acordo com as regras
estabelecidas pelas autoridades tributárias,
servindo como base para serem definidos os
impostos a compensar no futuro;
•Obrigações tributárias tidas como
correntes, geradas em período atual ou em
períodos anteriores, desde que ainda não
tenham sido liquidadas, devem ser
reconhecidas como passivo corrente.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• Os ativos fiscais diferidos provenientes de
prejuízos fiscais ou de créditos fiscais que
não tenham sido utilizados apenas devem
ser reconhecidos quando existir
probabilidade de a empresa gerar lucros
tributáveis que sejam suficientes para a
realização do ativo antes da finalização do
prazo para extinção do direito de exercer
esta compensação e este prazo deve ser
estabelecido pela legislação fiscal
específica.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• O pronunciamento internacional ainda
veda o desconto a valor presente tanto do
crédito tributário diferido quanto da
obrigação fiscal diferida. Na avaliação do
IASB, esta prática é considerada como
inapropriada.
•Considerando o Balanço Patrimonial, os
ativos e os passivos fiscais devem ser
classificados de maneira separada dos
outros ativos e passivos da entidade.
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Aspectos conceituais do IAS 12
• Na estrutura da DRE, a despesa fiscal
gerada pelo lucro operacional, além dos
principais componentes da despesa
tributária, devem ser evidenciados de
maneira separada.
•O mesmo raciocínio se aplica aos tributos
diferidos e correntes relacionados do
Patrimônio Liquido;
•As bases de cálculo e as conciliações dos
impostos devem ser evidenciadas (em nota
explicativa, preferencialmente).
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IFRS SME – Normas Fiscais voltadas as pequenas empresas
• Direcionado especificamente a
empresas com estrutura pequena ou
média, permitindo que também
estas empresas possam ter mais
alternativas para utilizar na
totalidade as normas internacionais
de contabilidade.
•O pronunciamento do CPC recebeu
a homologação da Resolução CFC nº
1.255, também de 2009, e ganhou
aplicabilidade nos exercícios
financeiros iniciados a partir do
início do ano de 2010.
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IFRS SME – Normas Fiscais voltadas as pequenas empresas
• A tradução para o português do
IFRS por SMEs foi feita pelo Instituto
dos Auditores Independentes do
Brasil (Ibracon) por solicitação do
IASB;
•Quando se diz empresas pequenas
ou médias, no Brasil, estas se
definem como as sociedades por
ações fechadas, ou seja, aquelas
que não possuem negociação de suas
ações ou outros instrumentos
patrimoniais.
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IFRS SME – Normas Fiscais voltadas as pequenas empresas
• Pela Lei nº 11.638/07 são
consideradas como PME, as
empresas ou o conjunto de
empresas que tenham:
I. Controle comum e que;
II. No exercício financeiro
prévio, apresentassem um
total de ativo superior a R$
240 milhões ou receita bruta
anual superior a R$ 300
milhões.
•
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IFRS SME – Normas Fiscais voltadas as pequenas empresas
• De acordo com o Pronunciamento
Técnico para as Pequenas e Médias
empresas, elas são classificadas por
não terem obrigação pública de
prestação de contas e somente
elaboram demonstrações contábeis
para fins gerais para usuários
externos, incluindo neste grupo
proprietários que não estão
envolvidos na administração do
negócio, credores existentes e
potenciais e agências de avaliação de
crédito.
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2003/4 200920072001 2002
Início:
Estudo IASB
voltado as 
PME 
Conselheiros
do IFRS
questionam
IASB a falta de
atenção com
as PMEs
IASB 
apresenta 
opiniões sobre 
o tema e 
proposta de 
pronunciamen
to. 
Website
divulga as 
primeiras 
normas.
Versão final 
do 
documentos 
para as PMEs.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO IFRS SME
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IFRS SME – Normas Fiscais voltadas as pequenas empresas
Brasil destaca-se no cenário
internacional quanto à
implementação das normas expedidas
pelo IASB, que estão avançando por
mais de 130 países, com destaque
para a União Europeia
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Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
• Não necessita ser aplicado com
nenhuma outra norma análoga, ou
seja, não precisa de nenhum outro
pronunciamento técnico emitido pelo
CPC aplicado em conjunto;
•Comparados com o conjunto de todos
os pronunciamentos existentes, existe
uma enorme simplificação;
•É evidente o objetivo do IASB, de
permitir à maioria das empresas a
aplicação das normas internacionais
de Contabilidade, daí as
simplificações às PMEs.
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Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
• Ativos intangíveis, no caso dos
pronunciamentos aplicáveis a todas as
empresas, os custos de
desenvolvimento devem ser
capitalizados quando alguns critérios
específicos estabelecidos pelo
pronunciamento técnico são seguidos.
•Para as pequenas e médias empresas,
a totalidade dos custos de pesquisa e
desenvolvimento deve ser
reconhecida como despesa do mesmo
período.
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Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
• Ainda sobre os Ativos Intangíveis, os
que possuem vidas úteis indefinidas,
inclusive os valores relacionados a
ágio, não devem ser amortizados. No
entanto, devem passar pelo teste de
impairment uma vez ao ano, mesmo
que não existam evidências de perda
de valor nos ativos.
•No caso do pronunciamento para
PMEs, define-se que todos os ativos
intangíveis, devem ser considerados
como tendo vidas úteis definidas,
além de serem amortizados.
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Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
• Custos de empréstimos, no caso dos
CPCs, aqueles que são atribuídos
diretamente à aquisição, à produção
ou à produção de um ativo qualificado
devem ser capitalizados. Demais
valores adicionais relacionados a
custos de empréstimos deverão ser
considerados como despesas.
•No caso das PMEs, todos estes custos
serão tratados como despesas.
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Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
• Ativos e Passivos financeiros, nas
firmas que utilizam os
pronunciamentos, devem ser
classificados em 4 categorias distintas:
- ativos e passivos financeiros
avaliados ao valor justo com
contrapartida no resultado do
exercício;
- investimentos que sejam mantidos
até o correspondente vencimento;
- empréstimos e valores recebíveis; e
- ativos financeiros disponíveis para a
venda.
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Simplificações aplicadas por pequenas e médias empresas
• Para as PMEs, o CPC/PME divide os
instrumentos financeiros entre básicos
e complexos;
•Os instrumentos financeiros que
forem enquadrados em critérios
específicos devem ser avaliados pelo
custo de aquisição ou pelo custo de
aquisição amortizado. Já os demais
instrumentos financeiros devem ser
avaliados pelo valor justo, tendo
como contrapartida o resultado do
exercício.
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Problemas para a adoção das normas internacionais 
nas PMEs:
De acordo com David Tweedie, que é chairman do IASB,
“a publicação do IFRS para pequenas e médias empresas
é um grande avanço para companhias em todo o mundo.
Esta norma pode ser aplicável para algo em torno de 95%
das companhias ao redor do mundo”.
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Problemas para a adoção das normas internacionais 
nas PMEs:
Porém, o processo de adoção das IFRS para as pequenas e
médias empresas não necessariamente, devido à estrutura
mais simplificada, é um processo mais simples, pois esse
modelo traz além de novas regras uma nova forma de se
pensar a contabilidade (Girotto, 2010).
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Problemas para a adoção das normas internacionais 
nas PMEs:
Outro problema advindo da implantação dasIFRS para os
escritórios de Contabilidade é a questão dos custos
adicionais: treinamento, tempo a ser dispendido com as
novas regras,
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SÍNTESE DA AULA
✓Conheceu o objetivo da IAS 12, relativo aos
aspectos fiscais;
✓Estudou o registro contábil dos efeitos fiscais de
transações e de outros eventos que contabiliza as
próprias transações.
✓Analisou o conceito de prejuízo fiscal definido
nas normas brasileiras e também nas normas
internacionais.
✓Entendeu o conceito da norma internacional
IFRS SME direcionado as pequenas e médias
empresas.
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FIM
Até a próxima aula!

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