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PROCESSO DO TRABALHO - MATÉRIA P1 I - RECURSOS EM ESPÉCIE 1. RECURSO ORDINÁRIO (RO) É o meio de impugnar decisão proferida pelos Juízes das Varas do Trabalho (decisões de primeira instância). Está disciplinado no Art. 895, CLT: Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970) I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). Observações: Não cabe RO contra decisões não terminativas. Cabe RO das decisões dos Tribunais Regionais em matéria de suas competências originárias, como, por exemplo: (I) os dissídios coletivos; (II) ação rescisória; (III) mandado de segurança; (IV) Habeas Corpus; e (V) decisões que aplicam penalidade às servidores da justiça do trabalho. Antigamente, havia um exame de admissibilidade recursal feito pelo Juízo a quo, contudo, pelo novo CPC, esse exame é feito pelo Tribunal ad quem. Isto é, cabe ao Tribunal fazer a análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário. Do ponto de vista procedimental, aplicam-se ao Recurso Ordinário as disposições relativas ao recurso de Apelação contidas no art. 1.010 do NCPC: Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão. § 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. § 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. § 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. O juiz deve intimar a parte recorrida para contrarrazões, as quais são facultativas, não causando prejuízo a sua não apresentação. Se o recorrido apresentar Recurso Ordinário Adesivo, o juiz deverá intimar o recorrente primário para apresentar as suas contrarrazões. Questões de fato podem ser suscitadas no Recurso Ordinário, conforme previsto no art. 1.014, do NCPC. Ocorre quando a parte não tinha, por ocasião da instrução em primeiro grau, impossibilidade de demonstração de prova. Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. Lei 7.701/88 - fala da competência das seções especializadas do TST. Art. 2º - Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção normativa: (…) II - em última instância julgar: a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza econômica ou jurídica; b) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho em ações rescisórias e mandados de segurança pertinentes a dissídios coletivos; Art. 3º - Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar: (…) III - em última instância: a) os recursos ordinários interpostos contra decisões dos Tribunais Regionais em processos de dissídio individual de sua competência originária; Ver ainda o que diz as Súmulas 158 e 201 do TST: Súmula nº 158 do TST AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista (ex-Prejulgado nº 35). Súmula nº 201 do TST RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. Tratando-se de Recurso Ordinário no procedimento sumaríssimo, vale o § 1º do art. 895. § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) I - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) § 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) Recebido o Recurso ordinário, aplicam-se as regras previstas no NCPC para o recurso de Apelação: Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. Hipóteses de cabimento de decisão monocrática (art. 932, NCPC): Art. 932. Incumbe ao relator: (…) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; (…) Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Cuidado: são diferentes as hipóteses de não conhecimento do recurso daquelas nas quais se nega provimento. Não conhecer: (I) recurso inadmissível, (II) prejudicado e (III) que não impugne especificamente os fundamentos da sentença. Negar provimento: recurso contrário à (I) súmula do Tribunal superior ou do próprio tribunal, (II) acórdão proferido em julgamentode recursos repetitivos e (III) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência. No recurso ordinário deve-se impugnar a parte da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória. Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. (…) § 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação. Desistência do recurso: É possível desistir do Recurso Ordinário por meio de simples petição. Dies a quo para interposição do Recuros Ordinário: A Súmula 30, TST diz que se a ata de julgamento não for juntada em até 48h após a sessão (ver § 2º, do art. 851, da CLT), o prazo será contado da data em que a parte for intimada da sentença. Súmula nº 30 do TST INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença. Art. 851 - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) (…) § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da audiência de julgamento, e assinada pelos juízes classistas presentes à mesma audiência. (Parágrafo único renumerado e alterado pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) 2. RECURSO DE REVISTA (RR) Cabe em duas hipóteses: (I) interpretação divergente de lei ou (II) violação de norma. Pode ser conhecido em duas modalidades: (I) Divergente ou (II) Nulidade. Da decisão proferida pelos TRTs no Recurso ordinário, cabe recurso de revista ao TST, nos moldes do que dispõe o art. 896, da CLT: Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) Objeto do Recurso de Revista: O Recurso de Revista restringe-se apenas à apreciação de questões de direito. A razão de ser do recurso de revista é uniformizar divergências de entendimento entre tribunais. Busca-se a uniformização da jurisprudência. O órgão constitucionalmente responsável por essa uniformização em matéria comum é o STJ e em matéria de direito de trabalho é o TST. A divergência apta para ensejar o recurso deve ser habitual, não se admitindo aquela que tenha sido superada por súmula ou pela superveniência de novo entendimento dominante. Nesse sentido, ver ainda o teor das Súmulas 296 e 337, do TST, que falam da necessidade de especificidade da divergência ensejadora do recurso de revista. Súmula 296, TST. RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ESPECIFICIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram. (ex-Súmula nº 296 - Res. 6/1989, DJ 19.04.1989) II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso. (ex- OJ nº 37 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) Súmula nº 337 do TST COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (redação do item IV alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o dispositivo e a ementa dos acórdãos; IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, desde que o recorrente: a) transcreva o trecho divergente; b) aponte o sítio de onde foi extraído; e c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho. Cuidado (possível questão de prova): o professor mencionou na aula a necessidade de indicação do endereço eletrônico de onde foi extraído o acórdão paradigma (SPDI-1 embargos no recurso de revista 500308/3002- 026-12-00.0) Durante um tempo, houve dúvidas acerca da constitucionalidade da alínea b do art. 896. A Súmula 312 do TST resolveu a questão ao estabelecer pela constitucionalidade do dispositivo: Súmula nº 312 do TST CONSTITUCIONALIDADE. ALÍNEA "B" DO ART. 896 DA CLT (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É constitucional a alínea "b" do art. 896 da CLT, com a redação dada pela Lei nº 7.701, de 21.12.1988. Ver também a OIJ 147 da SDI-1, do TST, diz que 147. LEI ESTADUAL, NORMA COLETIVA OU NORMA REGULAMENTAR. CONHECIMENTO INDEVIDO DO RECURSO DE REVISTA POR DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 309 da SBDI-1) - DJ 20.04.2005 I - É inadmissível o recurso de revista fundado tão-somente em divergência jurisprudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva ou o regulamento da empresa extrapolam o âmbito do TRT prolator da decisão recorrida. (ex-OJ nº 309 da SDI-1 - inserida em 11.08.03) II - É imprescindível a argüição de afronta ao art. 896 da CLT para o conhecimento de embargos interpostos em face de acórdão de Turma que conhece indevidamente de recurso de revista,por divergência jurisprudencial, quanto a tema regulado por lei estadual, norma coletiva ou norma regulamentar de âmbito restrito ao Regional prolator da decisão. Sobre a alínea “c” do art. 896, ver Súmulas 221 e 459, do TST: Súmula nº 221 do TST RECURSO DE REVISTA. VIOLAÇÃO DE LEI. INDICAÇÃO DE PRECEITO. (cancelado o item II e conferida nova redação na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado. Súmula nº 459 do TST RECURSO DE REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da SBDI-1) – Res. 197/2015, DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade por negativa de prestação jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 da CLT, do art. 458 do CPC ou do art. 93, IX, da CF/1988. A violação de que fala a alínea c tem de ser clara, nos termos das referidas súmulas. Os dispositivos de lei ou constituição devem ser expressos. 2.1 Prequestionamento Outro requisito para o Recurso de Revista é o prequestionamento. Ver Súmula 297, do TST. Súmula nº 297 do TST PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. Em consonância com o item III da Súmula está o art. 1.025 do CPC. Em suma, o que se diz é que mesmo que o Tribunal não examine a questão, tendo sido ela suscitada em embargos de declaração, será considerada prequestionada para fins de sanar o requisito recursal. As OIJs 151, 118 e 119 da SDI-1 e as súmulas 184 e 218, do TST, também tratam do prequestionamento: 151. PREQUESTIONAMENTO. DECISÃO REGIONAL QUE ADOTA A SENTENÇA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (inserida em 27.11.1998) Decisão regional que simplesmente adota os fundamentos da decisão de primeiro grau não preenche a exigência do prequestionamento, tal como previsto na Súmula nº 297. 118. PREQUESTIONAMENTO. TESE EXPLÍCITA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 297 (inserida em 20.11.1997) Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como prequestionado este. 119. PREQUESTIONAMENTO INEXIGÍVEL. VIOLAÇÃO NASCIDA NA PRÓPRIA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA Nº 297 DO TST. INAPLICÁVEL (inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 18.11.2010 É inexigível o prequestionamento quando a violação indicada houver nascido na própria decisão recorrida. Inaplicável a Súmula n.º 297 do TST. Súmula nº 184 do TST EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EM RECURSO DE REVISTA . PRECLUSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. Súmula 218, TST RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PROFERIDO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É incabível recurso de revista interposto de acórdão regional prolatado em agravo de instrumento. Ainda sobre o Recurso de Revista, ver §1º e seguintes do art. 896, da CLT: Art. 896, CLT (…) § 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 5o A providência a que se refere o § 4o deverá ser determinada pelo Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, ao emitir juízo de admissibilidade sobre o recurso de revista, ou pelo Ministro Relator, mediante decisões irrecorríveis. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 6o Após o julgamento do incidente a que se refere o § 3o, unicamente a súmula regional ou a tese jurídica prevalecente no Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho servirá como paradigma para viabilizar o conhecimento do recurso de revista, por divergência. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitidorecurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 2011. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito. § 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3opoderá ser afeto ao Tribunal Pleno. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 2.2 Uniformização da jurisprudência Os Tribunais devem proceder obrigatoriamente a uniformização de sua jurisprudência e aplicar nas causas de competência da justiça do trabalho no que couber o Incidente de Uniformização de Jurisprudência nos termos do CPC. O CPC diz que o incidente aplica-se conforme o disposto nos art. 926 a 928. A jurisprudência será uniformizada por meio de Súmulas. Os Tribunais Regionais do Trabalho costumam sumular matérias que não tenham sido ainda pelo TST. Trata-se de uma competência residual, portanto. Ver o art. 896, § 3º (…) § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) Art. 896, § 4º demonstra a necessidade das Cortes estaduais uniformizarem a suas jurisprudências (…) § 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização da jurisprudência. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) Uma vez julgado o incidente, o presidente do TRT deve comunicar imediatamente ao presidente do TST para fins de abastecer o Banco Nacional de Jusriprudência. O art. 896, § 13 diz que § 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a que se refere o § 3opoderá ser afeto ao Tribunal Pleno. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) Por se tratar de competência dos Tribunais Regionais, a ideia seria de que o pleno mencionado fosse o dos TRTs. Contudo, dada a relevância da matéria, admite-se a submissão ao pleno do TST. 2.3 Recursos de Revista Repetitivos Aplica-se ao recurso de revista os arts. 1.036 e 1.041 do CPC/2015. Em síntese, o que ocorre é que um recurso é selecionado para servir de paradigma, ficando todos os demais sobrestados até que seja proferida uma decisão. Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 1o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos relatores, afetará um ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Individuais ou pelo Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 2o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da questão. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 3o O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho para que suspendam os recursos interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos repetitivos, até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 4o Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de revista até o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 5o O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a suspensão dos recursos de revista ou de embargos que tenham como objeto controvérsia idêntica à do recurso afetado como repetitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 6o O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um Ministro revisor. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 7o O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, informações a respeito da controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 8o O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão ou entidade com interesse na controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 9o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no § 7o deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de revista sobrestados na origem: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação a respeito da matéria no Tribunal Superior do Trabalho; ou (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) II - serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorridodivergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a respeito da matéria. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11 deste artigo, mantida a decisão divergente pelo Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso de revista. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos também contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal Pleno não obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários sobre a questão constitucional. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior do Trabalho será aplicado o procedimento previsto no art. 543-B da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte, na forma do § 1o do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá oficiar os Tribunais Regionais do Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção Especializada do Tribunal para que suspendam os processos idênticos aos selecionados como recursos representativos da controvérsia e encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento definitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular os efeitos da decisão que a tenha alterado. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 2.4 Assunção da competência em recurso de revista repetitivos Quando houver multiplicidade de Recrusos de Revista fundados em idêntica questão de direito, um recurso pode ser afetado à Seção especializada ou ao Pleno do TST por meio de um requerimento formulado por um dos ministros. Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) Art. 947 do CPC disciplina o Incidente de Assunção de Competência: Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos. § 1o Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar. § 2o O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência. § 3o O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese. § 4o Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal. 3. EMBARGOS No âmbito do TST, são cabíveis embargos no prazo de 08 dias, conforme art. 894, da CLT. Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 11.496, de 2007) I - de decisão não unânime de julgamento que: (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) Na atualidade, os embargos no TST podem ser (I) Infringentes, cuja competência é da Seção de Dissídios Coletivos, ou (II) de Divergência, de competência da Seção de Dissídios Individuais - I Segundo a OIJ 95 da SDI-I, a divergência não pode ser oriunda da mesma turma do TST. 95. EMBARGOS PARA SDI. DIVERGÊNCIA ORIUNDA DA MESMA TURMA DO TST. INSERVÍVEL (inserida em 30.05.1997) ERR 125320/94, SDI-Plena Em 19.05.97, a SDI-Plena, por maioria, decidiu que acórdãos oriundos da mesma Turma, embora divergentes, não fundamentam divergência jurisprudencial de que trata a alínea "b", do artigo 894 da Consolidação das Leis do Trabalho para embargos à Seção Especializada em Dissídios Individuais, Subseção I. Cuidado: Não são mais cabíveis, no TST, os Embargos de Nulidade. A finalidade dos Embargos é a uniformização da jurisprudência do TST. À matéria aplicam-se as Súmulas, 23, 126, 184, 296, 297 e 337 e 353 do TST. Súmula nº 23 do TST RECURSO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Não se conhece de recurso de revista ou de embargos, se a decisão recorrida resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a jurisprudência transcrita não abranger a todos. Súmula nº 126 do TST RECURSO. CABIMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas. Súmula nº 184 do TST EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EM RECURSO DE REVISTA . PRECLUSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. Súmula nº 296 do TST RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ESPECIFICIDADE (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram. (ex-Súmula nº 296 - Res. 6/1989, DJ 19.04.1989) II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso. (ex- OJ nº 37 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) Súmula nº 297 do TST PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração. Súmula nº 337 do TST COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (redação do item IV alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário que o recorrente: a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o dispositivo e a ementa dos acórdãos; IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, desde que o recorrente: a) transcreva o trecho divergente; b) aponte o sítio de onde foi extraído; e c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho. Súmula nº 353 do TST EMBARGOS. AGRAVO. CABIMENTO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de Turma proferida em agravo, salvo: a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela ausência de pressupostos extrínsecos; b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática do Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de agravo de instrumento; c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela Turma no julgamento do agravo; d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento; e) para impugnar a imposição de multas previstas nos arts. 1.021, § 4º, do CPC de 2015 ou 1.026, § 2º, do CPC de 2015 (art. 538, parágrafo único, do CPC de 1973, ou art. 557, § 2º, do CPC de 1973). f) contra decisão de Turma proferida em agravo em recurso de revista, nos termos do art. 894, II, da CLT. No TST, contra a decisão que nega seguimento a recurso, devem ser opostos Embargos. Isso está previsto no Regimento Interno do Tribunal. Em se tratando de decisão monocrática de Relator no TST, a OIJ 378 afasta o cabimento de embargos. Portanto, da decisão monocrática, cabe Agravo Regimental. 378. EMBARGOS. INTERPOSIÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. NÃO CABIMENTO. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 Não encontra amparo no art. 894 da CLT, quer na redação anterior quer na redação posterior à Lei n.º 11.496, de 22.06.2007, recurso de embargos interposto à decisão monocrática exarada nos moldes do art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), pois o comando legal restringe seu cabimento à pretensão de reforma de decisão colegiada proferida por Turma do Tribunal Superior do Trabalho. Ver ainda o conteúdo da Súmula 458, TST, que diz: Súmula nº 458 do TST EMBARGOS. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. CONHECIMENTO. RECURSO INTERPOSTO APÓS VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE 22.06.2007, QUE CONFERIU NOVA REDAÇÃO AO ART. 894, DA CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 405 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 Em causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, em que pese a limitação imposta no art. 896, § 6º, da CLT à interposição de recurso de revista, admitem-se os embargos interpostos na vigência da Lei nº 11.496, de 22.06.2007, que conferiu nova redação ao art. 894 da CLT, quando demonstrada a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em interpretações diversas acerca da aplicação de mesmo dispositivo constitucional ou de matéria sumulada. 4. AGRAVO REGIMENTAL A primeira vista, seria o recurso previsto nos regimentos internos dos Tribunais, entrtanto, os regimentos internos não podem criar recursos, já que a competência para legislar sobre matéria processual é da União. Então, esse Agravo tem de ter previsão em lei. O recurso de Agravo de Instrumento normalmente é cabível para impugnar decisão monocrática proferida pelo Relator (seja na esfera do TRT, seja no TST). Ver OIJ 412: 412. AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC de 1973) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar decisão monocrática nas hipóteses previstas. Inaplicável, no caso, o princípio da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro. O julgamento do Agravo Interno é de competência do respectivo órgão colegiado no Tribunal. Ver ainda a OIJ 69 69. FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000) Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT,para que aprecie o apelo como agravo regimental. Ainda, ver a Súmula 411, do TST: Súmula nº 411 do TST AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DE MÉRITO. DECISÃO DE TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO EM AGRAVO REGIMENTAL CONFIRMANDO DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE, APLICANDO A SÚMULA Nº 83 DO TST, INDEFERIU A PETIÇÃO INICIAL DA AÇÃO RESCISÓRIA. CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 43 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 Se a decisão recorrida, em agravo regimental, aprecia a matéria na fundamentação, sob o enfoque das Súmulas nºs 83 do TST e 343 do STF, constitui sentença de mérito, ainda que haja resultado no indeferimento da petição inicial e na extinção do processo sem julgamento do mérito. Sujeita- se, assim, à reforma pelo TST, a decisão do Tribunal que, invocando controvérsia na interpretação da lei, indefere a petição inicial de ação rescisória. (ex-OJ nº 43 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000) Na CLT, o Recurso de Agravo Regimental é previsto no art. 709, §1º. Art. 709 - Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do Tribunal Superior do Trabalho: (…) § 1º - Das decisões proferidas pelo Corregedor, nos casos do artigo, caberá o agravo regimental, para o Tribunal Pleno. Ver ainda a OIJ 05, do Pleno do TST: 5. RECURSO ORDINÁRIO. CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 70 da SBDI-1) - DJ 20.04.2005 Não cabe recurso ordinário contra decisão em agravo regimental interposto em reclamação correicional ou em pedido de providência. (ex-OJ nº 70 - inserida em 13.09.94) O efeito do Agravo Regimental é apenas devolutivo. O art. 1.070 do NCPC dispõe que o prazo para interposição de recurso é de 15 dias. Contudo, no proceso do Trabalho, entende-se que esse prazo é de 08 dias, ante previsão em lei específica. No Agravo Regimental, normalmente é previsto a possibilidade de juízo de retratação. Não havendo reconsideração, o Agravo será julgado pelo Colegiado. 5. AGRAVO INTERNO No art. 1.021 do CPC, há previsão de interposição do Agravo Interno. É vedado ao Relator se reportar aos fundamentos utilizados na decisão agravada para não admitir o Agravo Interno. Quando o Agravo Interno for declarado manifestamente inadmissível, o Órgão Colegiado deve condenar o Agravante a pagar multa de 1% a 5% sobre o valor atualizado da causa. 6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Os embargos de declaração estão previstos no Art. 897-A, da CLT. Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) § 1o Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) § 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) § 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. 7. AGRAVO DE PETIÇÃO É o recurso cabível na execução e serve para impugnar decisões no curso/fase de execução. Está previsto no art. 897-A da CLT. Prazo: 08 dias. Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) § 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) § 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) § 3o Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 10.035, de 2000) § 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. (Incluído pela Lei nº 8.432, 11.6.1992) Exemplos de cabimento: Arrematação, adjudicação, decisão proferida em Embargos de Terceiros etc. Como pressuposto recursal específico exige-se a delimitação das matérias e dos valores impugnados. Sobre o tema, ver a Súmula 416, do TST: Súmula nº 416 do TST MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO. LEI Nº 8.432/1992. ART. 897, § 1º, DA CLT. CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 55 da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo. (ex-OJ nº 55 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000) O Agravo de Petição possui efeito somente devolutivo. Como o legislador não definiu quais seriam as decisões impugnáveis, formou-se 3 correntes: a. interpretação restritiva da norma: diz que apenas decisões proferidas no processo de execução são impugnáveis; b. interpretação ampliativa do vocábulos das decisões: admite o Agravo de Petição contra decisões interlocutórias também, como aquela que admite o levantamento de penhora; c. ~não anotei o nome dessa corrente~ Admite apenas contra as sentenças no processo de execução. Mas admite que se ataque também decisões interlocutórias que acarretem na extinção do feito, como as que reconhecem a incompetência do juízo. 8. RECURSO EXTRAORDINÁRIO Compete ao STF a guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar as causas decididas em única ou última instância. Exige-se o prequestionamento. O RE é interposto no TST para que examine os pressupostos recursais. Cabe Agravo de Instrumento contra a decisão que o inadmitir. 9. CORREIÇÃO PARCIAL É cabível contra ato judicial atentatório contra a ordem processual e que cause prejuízo, desde que não exista recurso específico cabível. Trata-se de providência de teor administrativo. A Correição deve ser encaminhada ao prolator do ato para que avalie a possibilidade de retratação. Ver o Art. 678 Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete: (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) I - ao Tribunal Pleno, especialmente: (Incluído pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; b) processar e julgar originàriamente: 1) as revisões de sentenças normativas;2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 3) os mandados de segurança; 4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento; c) processar e julgar em última instância: 1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; 3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aquêles e estas; d) julgar em única ou última instâncias: 1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores; 2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários. Das decisões do Corregedor, cabe Agravo Regimental para o pleno do TST. 10. PEDIDO DE REVISÃO No rito sumário, via de regra, não cabe recurso contra as decisões proferidas. Contudo, o pedido de revisão serve quando o juiz fixar o valor da causa (nas hipóteses em que a parte não o fizer, por exemplo). Imagine-se que, antes da instrução, o juiz fixe o valor da causa. Esse valor poderá ser impugnado na própria audiência no momento da exposição das razões finais. Caso mantida a decisão, cabe pedido de revisão ao presidente do TRT no prazo de 48h. O Pedido deve ser instruído com cópia da petição inicial e da Ata da audiência. Por que impugnar a decisão? Para que o valor seja aumentado e passe para o rito sumaríssimo e a parte tenha mais possibilidades recursais. II - EXECUÇÃO TRABALHISTA 1. CONCEITO Constitui um conjunto de atos de atuação das partes e do juiz que tem em mira a concretização daquilo que foi decidido no processo de conhecimento. Diz-se que o objeto da execução é a obtenção de um provimento satisfativo a credor. Como a execução trabalhista visa a satisfação de um crédito de natureza alimentar, ela deve ser célere. Para isso, há quem sustente que a defesa do executado deveria ser limitada. Professor diz que assim como na execução cível, a trabalhista também é demorada, sobretudo por falta de solvência dos devedores. 2. PRINCÍPIO 2.1 Igualdade de tratamento das partes O tratamento igualitário resume-se à observância da lei, pois o credor está em situação de superioridade na relação fática. Isso não afasta o princípio protetivo que deve ser conferido ao devedor. 2.2. Natureza real Os atos executórios devem atuar sobre os bens do devedor e não sobre a pessoa física deste. Art. 5º, LXVII da CRFB prevê essa condição. 2.3. Limitação expropriatória Impede a alienação total do patrimônio do devedor quando parte dos bens for bastante para satisfazer o direito do credor. Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se- á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954) 2.4. Utilidade para o credor O credor não pode se utilizar da execução apenas para causar danos ao devedor. Lei 6.830, art. 40, prevê hipóteses de suspensão da execução. Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de prescrição. § 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pública. § 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos. § 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução. § 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. (Incluído pela Lei nº 11.051, de 2004) § 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda. (Incluído pela Lei nº 11.960, de 2009) O arquivamento de que fala a lei tem natureza administrativa. A suspensão não impede a incidência da prescrição intercorrente. 2.5. Não-prejudicialidade do devedor A execução se dará da forma menos gravosa ao devedor. 2.6. Conflito entre os princípios da utilidade do credor e da não-prejudicialidade do devedor Na execução cível se dá preferência ao princípio da não-prejudicialidade do devedor. Porém, no processo do trabalho, prevalece o princípio da utilidade do credor, porquanto esse é a parte vulnerável na relação. 2.7. Especificidade Diz respeito à execução de entrega de coisa, de fazer e não fazer. O Credor terá direito a receber o valor da coisa quando essa não puder ser entregue. Como não há prisão por dívida, em última hipótese, toda prestação se transforma em pecúnia. 2.8. Responsabilidade pelas despesas processuais O devedor é responsável pelo pagamento, além dos valores devidos ao credor, de todas as despesas processuais. Arts. 789-A e 789-B da CLT tratam dessa questão. Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela: (...) Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores fixados na seguinte tabela: (...) 2.9. Não aviltamento do devedor Significa que a execução não deve afrontar a dignidade humana do executado. Não se expropria bens do executado que sejam indispensáveis a sua subsistência ou a de sua família. 2.10. Livre disponibilidade do processo pelo credor O credor pode desistir da ação ou de algumas medidas executivas independentemente da concordância do devedor. Doutrina entende que efeitos da desistência só serão produzidos após a homologação. 3. LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM 3.1 Legitimidade Ativa Consta do art. 878 da CLT que diz que qualquer interessado poderá promover a execução, a qual poderá ser inciada, inclusive, ex offício pelo juiz. Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. Art. 877-A - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 25.10.2000) Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. Aplicam-se ainda as regras do Processo Civil: i. O espólio, os herdeiros e os sucessores do credor, o cessionário do credor (pode acontecer, mas é raro no processo do trabalho) e o sub-rogado legal ou convencional. Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. § 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário: I - o MinistérioPúblico, nos casos previstos em lei; II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. § 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado. ii. O MPT também é legitimado nas hipóteses em que atua, como nas ações civil pública e rescisórias. O MPT pode atuar, ainda, como custus legis, oportunidade na qual ele terá legitimidade conforme o interesse público. Pode executar, ainda, Termo de Ajustamento de Conduta com ele firmado. iii. O próprio devedor (art. 878-A, da CLT) Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais diferenças encontradas na execução ex officio. Se a execução depender de liquidação por artigos, essa última hipótese não será possível. 3.2 Legitimação Passiva O empregador é naturalmente o legitimado, mas pode ser também o empregado, nos casos de custas, despesas processuais ou quando condenado a pagar certa quantia. Nesse sentido, ver o Art. 462, § 1º, que fala de danos causados pelo empregado. Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos de lei ou de contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) A lei 6.830 legitima o devedor, o fiador, o espólio, a massa, o responsável tributário e os sucessores a qualquer título a figurarem no polo passivo. O devedor responde com os bens adquiridos no curso do processo e da execução. No caso de devedores solidários, o credor tem o direito de exigir de um ou de todos os devedores. A Súmula 205 do TST, que tratava da matéria, foi cancelada. Porém, parte da doutrina entende que o tratamento da questão deve continuar sendo o mesmo dado pela súmula, apesar de cancelada. Súmula nº 205 do TST GRUPO ECONÔMICO. EXECUÇÃO. SOLIDARIEDADE (cancelada) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O responsável solidário, integrante do grupo econômico, que não participou da relação processual como reclamado e que, portanto, não consta no título executivo judicial como devedor, não pode ser sujeito passivo na execução. Com relação à sucessão dos empregadores, foi firmado o entendimento pela jurisprudência e pela doutrina (arts. 10 e 448, da CLT) que a empresa sucessora responde pelas dívidas trabalhistas assumidas e não adimplidas pela empresa sucedida. A empresa sucessora poderá cobrar, em ação regressiva, os valores despendidos para o pagamento de débitos da empresa sucedida. O STJ vinha se posicionando no sentido de que o grupo econômico responde mesmo que não tenha participado do processo de conhecimento e não conste do título executivo. Contudo, recentemente, houve uma alteração de entendimento. Hoje, o STJ trata a desconsideração da pessoa jurídica como uma excepcionalidade. O TST, por outro, tende a ser mais flexível, aplicando-a sempre que verificada a insuficiência de bens por parte da empresa executada, independentemente da comprovação de atuação fraudulenta. Hoje, muito embora o nome dos sócios não constem do título executivo, constatada a ausência de bens da empresa na fase de execução, a justiça do trabalho promove um redirecionamento da execução aos sócios, que serão parte da execução, cuja defesa cabível contra essa decisão são os embargos do devedor ou embargos do executado. Iniciada a execução por quantia certa, demonstrado que o devedor não possui bens suficientes para satisfazer a execução, caberá ao magistrado, por força do art. 40 da Lei 6.830, suspendê-la. Ultrapassado o prazo máximo de suspensão - 1 ano -, o juiz determinará o arquivamento dos autos, que poderão ser desarquivados a qualquer momento, desde que verificada a existência de bens. Trata-se de arquivamento administrativo e não extinção do feito. O problema é que o STJ vem aplicando a prescrição intercorrente quando o exequente não movimenta o processo durante um longo período. 3.3 Ato atentatório à dignidade da justiça O magistrado dispõe de ferramentas para evitar que o executado promova manobras para retardar a execução. A lealdade, a boa-fé e a probidade devem ser observadas também na execução. Como o objetivo é a satisfação do direito do credor, veda-se a prática de atos protelatórios. O CPC determina que o juiz deve dirigir o processo confrome as disposições legais e impedir atos protelatórios. Neste contexto, pode tomar providências, a qualquer momento, como, por exemplo, determinar o comparecimento das partes etc. Considera-se atentatório a conduta comissiva ou ou omissiva do executado que frauda a execução, que se opõe à execução etc. Conforme se verifica no disposto no art. 774, do NCPC. Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: I - frauda a execução; II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos; III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus. Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material. Detalhe: cabe ao executado comprovar a propriedade do bem indicado à penhora. Em caso de ato atentatório, o juiz deverá fixar multa ao executado, nos termos do parágrado único do art. 774, do CPC, que será exigida na própria execução. Se além disso, o executado praticar outra conduta desabonadora (ex. litigância de má- fé), ambas sanções poderão ser aplicadas cumulativamente, porque se tratam de fatos distintos. A fraude à execução não se confude com a fraude contra credores. Aquela está prevista no CPC, enquanto essa consta dos arts. 158 a 165 do Código Civil, tendo como tipificadores o dano e o concilium fraudis. Na fraude à execução, não é preciso a comprovação da fraude pelo credor, porque se trata de um presução legal. Os atos praticados em fraude contra credores são anuláveis, já os praticados em fraude à execução são ineficazes. Enquanto aqueles são descontituídos, esse são declarados desprovidos de qualquer efeito. Como fica o terceiro de boa-fé? O STJ entende que a caracterização da boa-fé do terceiro é a ausência de registro de restrição do bem. Por isso que é importante que o credor/exequente requeira ao juiz a averbação no registro de imóveis referente à penhora. 3.4 Títulos executivos trabalhistas judiciais e extrajudiciais Trata-se de documento ou ato jurídico no qual a obrigação se materializa. É essencial para o processamento da execução. a. são títulos executivos judiciais: - sentenças transitadas em julgado; - sentenças com recursos desprovidas de efeito suspensivo; - acordos judiciais não cumpridos; b. títulos executivos extrajudicias (art. 876, CLT): - termos de compromisso de ajustamento de conduta firmados perante o MPT - termos de conciliação firmados perante a comissão de conciliaçãoprévia. - multas inscritas na dívida ativa da união proveninetes de autos de infração lavrados por auditores fiscais do trabalho (art. 114, VII, CRFB/88) Esse títulos ensejam diretamente a ação executiva, dispensando o processo de conhecimento. Cheques não podem ser executados na justiça do trabalho, porque não têm força executiva no âmbito laboral. Podem servir, quando muito, para instruir uma ação monitória quando tiverem afinidade com uma relação de emprego. 4. EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA Conceito: é cabível toda vez que a decisão exarada ainda penda de recurso desprovido de efeito suspensivo. Art. 876, CLT. Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. Cabe, por exemplo, contra a sentença condenatória sem trânsito em julgado. Cuidado: títulos executivos extrajudiciais jamais darão ensejo à execução provisória. Outrossim, não é possível execução provisória de ofício. Ela se dará sempre a requerimento do interessado. Ver o que dispõe o art. 899, da CLT Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) (Vide Lei nº 7.701, de 1988) A execução provisória é permitida até a penhora. Como conseguir efeito suspensivo? Ver Súmula 414, do TST: Súmula nº 414 do TST MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. No cível, se o Relator receber o recurso apenas no seu efeito devolutivo, é possível a interposição de Agravo. Já no processo do Trabalho, o correto é o ajuizamento de uma medida cautelar incidental. 4.1 Requisitos para a instrução da execução provisória A execução provisória é feita por meio de carta de sentença. Os requisitos constam do art. 520, do CPC Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando- se eventuais prejuízos nos mesmos autos; III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. Não se aplica o disposto no iniciso IV aos atos que importam a transferência de posse, face à limitação da execução provisória que vai até a realização da penhora. São possíveis/cabíveis os recursos de Embargos à Penhora e Agravo de Petição na execução provisória? Art. 899, da CLT fala que a execução é realizada até a penhora, por essa razão há uma corrente majoritária que fala que tanto os embargos quanto o agravo de petição são cabíveis, ainda que em sede de execução provisória. Por outro lado, há quem entenda que tais recurso não seriam cabíveis. Essa corrente é, porém, minoritária. 4.2 Caução O problema é que normalmente o exequente (empregado) não tem patrimônio para prestar caução. Tem se entendido na justiça do trabalho, então, que ele estaria dispensado de prestar caução. 4.3 Sentença pendente de Recurso Extraordinário e Execução Provisória O STF sinaliza que a sentença pendente de Recurso Extraordinário somente pode ser executada provisoriamente. Ou seja, jamais haverá execução definitiva enquanto pender de julgamento algum recurso, ainda que se trata de Recurso Extraordinário. 4.4 Penhora em dinheiro na execução provisória Os juízes não tem observado a ordem do CPC que estabelece o dinheiro como bem preferencial para servir de objeto da penhora. O TST entende que a execução, nesse ponto, deve se dar de modo menos gravoso ao executado. Nesse sentido, ver o conteúdo da Súmula 417, TST: Súmula nº 417 do TST MANDADO DE SEGURANÇA. PENHORA EM DINHEIRO (alterado o item I, atualizado o item II e cancelado o item III, modulando-se os efeitos da presente redação de forma a atingir unicamente as penhoras em dinheiro em execução provisória efetivadas a partir de 18.03.2016, data de vigência do CPC de 2015) - Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016 I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973). II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973). (ex-OJ nº 61 da SBDI- 2 - inserida em 20.09.2000). 4.5 Execução provisória na execução de fazer e de não-fazer Discute-se se é possível a execução provisória nesses casos. No processo do trabalho, são frequentes decisões de fazer ou não-fazer (ex.: obrigação de reintegração de empregado demitido). O TST, atualmente, admite a possibilidade de execução provisória nessas hipóteses. Nesse sentido, ver a OI 142, SDI-II: 141. MANDADO DE SEGURANÇA PARA CONCEDER LIMINAR DENEGADA EM AÇÃO CAUTELAR (cancelada em decorrência da sua conversão na Súmula nº 418) - DJ 22.08.2005 A concessão de liminar constitui faculdade do juiz, no uso de seu poder discricionário e de cautela, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. 5. EXECUÇÃO DEFINITIVA Cabível contras as decisões previstas Art. 876, da CLT: Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. 5.1 Liquidação de sentença A doutrina mais moderna conceitua liquidação de sentença como uma ação declaratória destinada a apurar o valor da condenação. Situa-se entre
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