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Processo do Trabalho II Mate ria P1

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PROCESSO DO TRABALHO - MATÉRIA P1 
 
 
I - RECURSOS EM ESPÉCIE 
 
1. RECURSO ORDINÁRIO (RO) 
É o meio de impugnar decisão proferida pelos Juízes das Varas do Trabalho (decisões 
de primeira instância). 
Está disciplinado no Art. 895, CLT: 
 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: (Vide Lei 
5.584, de 1970) 
 I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo 
de 8 (oito) dias; e (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009). 
 II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, 
em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer 
nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 
11.925, de 2009). 
 
Observações: 
Não cabe RO contra decisões não terminativas. 
Cabe RO das decisões dos Tribunais Regionais em matéria de suas competências 
originárias, como, por exemplo: 
(I) os dissídios coletivos; 
(II) ação rescisória; 
(III) mandado de segurança; 
(IV) Habeas Corpus; e 
(V) decisões que aplicam penalidade às servidores da justiça do trabalho. 
 
Antigamente, havia um exame de admissibilidade recursal feito pelo Juízo a quo, 
contudo, pelo novo CPC, esse exame é feito pelo Tribunal ad quem. Isto é, cabe ao 
Tribunal fazer a análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário. 
Do ponto de vista procedimental, aplicam-se ao Recurso Ordinário as disposições 
relativas ao recurso de Apelação contidas no art. 1.010 do NCPC: 
 
 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro 
grau, conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
IV - o pedido de nova decisão. 
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 
(quinze) dias. 
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para 
apresentar contrarrazões. 
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos 
ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. 
 
O juiz deve intimar a parte recorrida para contrarrazões, as quais são facultativas, não 
causando prejuízo a sua não apresentação. 
Se o recorrido apresentar Recurso Ordinário Adesivo, o juiz deverá intimar o recorrente 
primário para apresentar as suas contrarrazões. 
Questões de fato podem ser suscitadas no Recurso Ordinário, conforme previsto no art. 
1.014, do NCPC. Ocorre quando a parte não tinha, por ocasião da instrução em primeiro 
grau, impossibilidade de demonstração de prova. 
 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser 
suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo 
de força maior. 
 
Lei 7.701/88 - fala da competência das seções especializadas do TST. 
 
Art. 2º - Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção 
normativa: 
(…) 
II - em última instância julgar: 
a) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas 
pelos Tribunais Regionais do Trabalho em dissídios coletivos de natureza 
econômica ou jurídica; 
b) os recursos ordinários interpostos contra as decisões proferidas 
pelos Tribunais Regionais do Trabalho em ações rescisórias e mandados de 
segurança pertinentes a dissídios coletivos; 
 
Art. 3º - Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar: 
(…) 
III - em última instância: 
a) os recursos ordinários interpostos contra decisões dos Tribunais 
Regionais em processos de dissídio individual de sua competência 
originária; 
 
Ver ainda o que diz as Súmulas 158 e 201 do TST: 
 
Súmula nº 158 do TST 
AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível 
recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da 
organização judiciária trabalhista (ex-Prejulgado nº 35). 
Súmula nº 201 do TST 
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança 
cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do 
Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões 
de contrariedade. 
 
Tratando-se de Recurso Ordinário no procedimento sumaríssimo, vale o § 1º do art. 
895. 
 
 § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso 
ordinário: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
 I - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
 II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, 
devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do 
Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem 
revisor; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
 III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente 
à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro 
na certidão; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
 IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, 
com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de 
decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios 
fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá 
de acórdão. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
 § 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar 
Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças 
prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. (Incluído 
pela Lei nº 9.957, de 2000) 
 
Recebido o Recurso ordinário, aplicam-se as regras previstas no NCPC para o recurso 
de Apelação: 
 
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído 
imediatamente, o relator: 
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III 
a V; 
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para 
julgamento do recurso pelo órgão colegiado. 
 
Hipóteses de cabimento de decisão monocrática (art. 932, NCPC): 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
(…) 
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha 
impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
IV - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou 
do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas 
ou de assunção de competência; 
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao 
recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou 
do próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal 
de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas 
ou de assunção de competência; 
(…) 
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator 
concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício 
ou complementada a documentação exigível. 

 
Cuidado: são diferentes as hipóteses de não conhecimento do recurso daquelas nas 
quais se nega provimento. 
Não conhecer: (I) recurso inadmissível, (II) prejudicado e (III) que não impugne 
especificamente os fundamentos da sentença. 
Negar provimento: recurso contrário à (I) súmula do Tribunal superior ou do próprio 
tribunal, (II) acórdão proferido em julgamentode recursos repetitivos e (III) entendimento 
firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência. 
 
No recurso ordinário deve-se impugnar a parte da sentença que confirma, concede ou 
revoga a tutela provisória. 
 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria 
impugnada. 
(…) 
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela 
provisória é impugnável na apelação. 
 
Desistência do recurso: É possível desistir do Recurso Ordinário por meio de simples 
petição. 
 
Dies a quo para interposição do Recuros Ordinário: A Súmula 30, TST diz que se a 
ata de julgamento não for juntada em até 48h após a sessão (ver § 2º, do art. 851, da 
CLT), o prazo será contado da data em que a parte for intimada da sentença. 
 
Súmula nº 30 do TST 
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência 
de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da 
data em que a parte receber a intimação da sentença. 
 
Art. 851 - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão 
resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. (Redação 
dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) 
 (…) 
 § 2º - A ata será, pelo presidente ou juiz, junta ao processo, devidamente 
assinada, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, contado da 
audiência de julgamento, e assinada pelos juízes classistas presentes à 
mesma audiência. (Parágrafo único renumerado e alterado pelo 
Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946) 
 
2. RECURSO DE REVISTA (RR) 
Cabe em duas hipóteses: (I) interpretação divergente de lei ou (II) violação de norma. 
Pode ser conhecido em duas modalidades: (I) Divergente ou (II) Nulidade. 
Da decisão proferida pelos TRTs no Recurso ordinário, cabe recurso de revista ao TST, 
nos moldes do que dispõe o art. 896, da CLT: 
 
 Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do 
Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio 
individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: (Redação 
dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 
 a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da 
que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou 
Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, 
ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula 
vinculante do Supremo Tribunal Federal; (Redação dada pela Lei nº 
13.015, de 2014) 
 b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de 
Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial 
de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do 
Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na 
forma da alínea a; (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 
 c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta 
direta e literal à Constituição Federal. (Redação dada pela Lei nº 9.756, de 
17.12.1998) 
 
Objeto do Recurso de Revista: O Recurso de Revista restringe-se apenas à apreciação 
de questões de direito. 
 
 
A razão de ser do recurso de revista é uniformizar divergências de entendimento entre 
tribunais. Busca-se a uniformização da jurisprudência. O órgão constitucionalmente 
responsável por essa uniformização em matéria comum é o STJ e em matéria de direito 
de trabalho é o TST. 
A divergência apta para ensejar o recurso deve ser habitual, não se admitindo aquela 
que tenha sido superada por súmula ou pela superveniência de novo entendimento 
dominante. 
Nesse sentido, ver ainda o teor das Súmulas 296 e 337, do TST, que falam da 
necessidade de especificidade da divergência ensejadora do recurso de revista. 
 
Súmula 296, TST. 
RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ESPECIFICIDADE 
(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-1) - Res. 
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do 
prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, 
revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo 
dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram. (ex-Súmula nº 
296 - Res. 6/1989, DJ 19.04.1989) 
II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando 
premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo 
revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso. (ex-
OJ nº 37 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) 
 
Súmula nº 337 do TST 
COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS 
DE REVISTA E DE EMBARGOS (redação do item IV alterada na sessão 
do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT 
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário 
que o recorrente: 
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte 
oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e 
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos 
trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que 
justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem 
nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. 
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de 
jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. 
III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto 
paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos 
termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o 
conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a 
fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o 
dispositivo e a ementa dos acórdãos; 
IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora 
do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, 
desde que o recorrente: 
a) transcreva o trecho divergente; 
b) aponte o sítio de onde foi extraído; e 
c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da 
respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho. 
Cuidado (possível questão de prova): o professor mencionou na aula a 
necessidade de indicação do endereço eletrônico de onde foi extraído o 
acórdão paradigma (SPDI-1 embargos no recurso de revista 500308/3002-
026-12-00.0) 
 
 
 
Durante um tempo, houve dúvidas acerca da constitucionalidade da alínea b do art. 
896. A Súmula 312 do TST resolveu a questão ao estabelecer pela constitucionalidade 
do dispositivo: 
 
Súmula nº 312 do TST 
CONSTITUCIONALIDADE. ALÍNEA "B" DO ART. 896 DA CLT (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
É constitucional a alínea "b" do art. 896 da CLT, com a redação dada pela Lei 
nº 7.701, de 21.12.1988. 
 
Ver também a OIJ 147 da SDI-1, do TST, diz que 
 
147. LEI ESTADUAL, NORMA COLETIVA OU NORMA REGULAMENTAR. 
CONHECIMENTO INDEVIDO DO RECURSO DE REVISTA POR 
DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL (nova redação em decorrência da 
incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 309 da SBDI-1) - DJ 
20.04.2005 
I - É inadmissível o recurso de revista fundado tão-somente em divergência 
jurisprudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva 
ou o regulamento da empresa extrapolam o âmbito do TRT prolator da 
decisão recorrida. (ex-OJ nº 309 da SDI-1 - inserida em 11.08.03) 
II - É imprescindível a argüição de afronta ao art. 896 da CLT para o 
conhecimento de embargos interpostos em face de acórdão de Turma que 
conhece indevidamente de recurso de revista,por divergência 
jurisprudencial, quanto a tema regulado por lei estadual, norma coletiva ou 
norma regulamentar de âmbito restrito ao Regional prolator da decisão. 
 
Sobre a alínea “c” do art. 896, ver Súmulas 221 e 459, do TST: 
 
Súmula nº 221 do TST 
RECURSO DE REVISTA. VIOLAÇÃO DE LEI. INDICAÇÃO DE 
PRECEITO. (cancelado o item II e conferida nova redação na sessão do 
Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado 
em 25, 26 e 27.09.2012 
A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto 
a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como 
violado. 
 
Súmula nº 459 do TST 
RECURSO DE REVISTA. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da 
SBDI-1) – Res. 197/2015, DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015 
O conhecimento do recurso de revista, quanto à preliminar de nulidade por 
negativa de prestação jurisdicional, supõe indicação de violação do art. 832 
da CLT, do art. 458 do CPC ou do art. 93, IX, da CF/1988. 
 
A violação de que fala a alínea c tem de ser clara, nos termos das referidas súmulas. 
Os dispositivos de lei ou constituição devem ser expressos. 
 
2.1 Prequestionamento 
 
Outro requisito para o Recurso de Revista é o prequestionamento. Ver Súmula 297, do 
TST. 
 
Súmula nº 297 do TST 
PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova 
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada 
haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no 
recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o 
pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. 
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso 
principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante 
opostos embargos de declaração. 
Em consonância com o item III da Súmula está o art. 1.025 do CPC. Em suma, 
o que se diz é que mesmo que o Tribunal não examine a questão, tendo sido 
ela suscitada em embargos de declaração, será considerada prequestionada 
para fins de sanar o requisito recursal. 
 
As OIJs 151, 118 e 119 da SDI-1 e as súmulas 184 e 218, do TST, também tratam do 
prequestionamento: 
 
151. PREQUESTIONAMENTO. DECISÃO REGIONAL QUE ADOTA A 
SENTENÇA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO (inserida em 
27.11.1998) 
Decisão regional que simplesmente adota os fundamentos da decisão de 
primeiro grau não preenche a exigência do prequestionamento, tal como 
previsto na Súmula nº 297. 
 
118. PREQUESTIONAMENTO. TESE EXPLÍCITA. INTELIGÊNCIA 
DA SÚMULA Nº 297 (inserida em 20.11.1997) 
Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário 
contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como 
prequestionado este. 
 
119. PREQUESTIONAMENTO INEXIGÍVEL. VIOLAÇÃO NASCIDA NA 
PRÓPRIA DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA Nº 297 DO 
TST. INAPLICÁVEL (inserido dispositivo) - DEJT divulgado em 16, 17 e 
18.11.2010 
É inexigível o prequestionamento quando a violação indicada houver nascido 
na própria decisão recorrida. Inaplicável a Súmula n.º 297 do TST. 
 
 
Súmula nº 184 do TST 
EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EM RECURSO DE 
REVISTA . PRECLUSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir 
omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. 
 
Súmula 218, TST 
 
RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PROFERIDO EM AGRAVO DE 
INSTRUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
É incabível recurso de revista interposto de acórdão regional prolatado em 
agravo de instrumento. 

 
Ainda sobre o Recurso de Revista, ver §1º e seguintes do art. 896, da CLT: 
 
Art. 896, CLT (…) 
 § 1o O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto 
perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão 
fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo. (Redação dada pela Lei 
nº 13.015, de 2014) 
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: (Incluído pela 
Lei nº 13.015, de 2014) 
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o 
prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de 
revista; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de 
lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que 
conflite com a decisão regional; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os 
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante 
demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, 
de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade 
aponte. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 § 2o Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou 
por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente 
de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese 
de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. (Redação 
dada pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 
 § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, 
à uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da 
competência da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de 
uniformização de jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título 
IX do Livro I da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo 
Civil). (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 § 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das 
partes ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais 
e conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o 
tema objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho 
determinará o retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à 
uniformização da jurisprudência. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 
2014) 
 § 5o A providência a que se refere o § 4o deverá ser determinada pelo 
Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, ao emitir juízo de 
admissibilidade sobre o recurso de revista, ou pelo Ministro Relator, mediante 
decisões irrecorríveis. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 § 6o Após o julgamento do incidente a que se refere o § 3o, unicamente 
a súmula regional ou a tese jurídica prevalecente no Tribunal Regional do 
Trabalho e não conflitante com súmula ou orientação jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho servirá como paradigma para viabilizar o 
conhecimento do recurso de revista, por divergência. (Redação dada 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 7o A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se 
considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do 
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória 
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 
13.015, de 2014) 
§ 8o Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao 
recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante 
certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou 
credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a 
decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na 
internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, 
as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos 
confrontados. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será 
admitidorecurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência 
uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do 
Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição 
Federal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência 
jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e 
nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de 
Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei no 12.440, de 7 de julho de 
2011. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute 
grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou 
mandar saná-lo, julgando o mérito. 
§ 12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) 
dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da 
Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do 
Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a 
que se refere o § 3opoderá ser afeto ao Tribunal Pleno. (Incluído pela 
Lei nº 13.015, de 2014) 
 
2.2 Uniformização da jurisprudência 
 
Os Tribunais devem proceder obrigatoriamente a uniformização de sua jurisprudência e 
aplicar nas causas de competência da justiça do trabalho no que couber o Incidente de 
Uniformização de Jurisprudência nos termos do CPC. 
O CPC diz que o incidente aplica-se conforme o disposto nos art. 926 a 928. 
A jurisprudência será uniformizada por meio de Súmulas. Os Tribunais Regionais do 
Trabalho costumam sumular matérias que não tenham sido ainda pelo TST. Trata-se de 
uma competência residual, portanto. 
 
Ver o art. 896, § 3º 
 
(…) 
 
 § 3o Os Tribunais Regionais do Trabalho procederão, obrigatoriamente, à 
uniformização de sua jurisprudência e aplicarão, nas causas da competência 
da Justiça do Trabalho, no que couber, o incidente de uniformização de 
jurisprudência previsto nos termos do Capítulo I do Título IX do Livro I da Lei 
nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Redação 
dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 
Art. 896, § 4º demonstra a necessidade das Cortes estaduais uniformizarem a suas 
jurisprudências 
 
(…) 
 
§ 4o Ao constatar, de ofício ou mediante provocação de qualquer das partes 
ou do Ministério Público do Trabalho, a existência de decisões atuais e 
conflitantes no âmbito do mesmo Tribunal Regional do Trabalho sobre o tema 
objeto de recurso de revista, o Tribunal Superior do Trabalho determinará o 
retorno dos autos à Corte de origem, a fim de que proceda à uniformização 
da jurisprudência. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 
Uma vez julgado o incidente, o presidente do TRT deve comunicar imediatamente ao 
presidente do TST para fins de abastecer o Banco Nacional de Jusriprudência. 
 
O art. 896, § 13 diz que 
 
§ 13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da 
Seção Especializada em Dissídios Individuais do Tribunal Superior do 
Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o julgamento a 
que se refere o § 3opoderá ser afeto ao Tribunal Pleno. (Incluído pela 
Lei nº 13.015, de 2014) 
 
Por se tratar de competência dos Tribunais Regionais, a ideia seria de que o pleno 
mencionado fosse o dos TRTs. Contudo, dada a relevância da matéria, admite-se a 
submissão ao pleno do TST. 
 
2.3 Recursos de Revista Repetitivos 
 
Aplica-se ao recurso de revista os arts. 1.036 e 1.041 do CPC/2015. 
Em síntese, o que ocorre é que um recurso é selecionado para servir de paradigma, 
ficando todos os demais sobrestados até que seja proferida uma decisão. 
 
 Art. 896-B. Aplicam-se ao recurso de revista, no que couber, as normas 
da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), relativas 
ao julgamento dos recursos extraordinário e especial repetitivos. (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista 
fundados em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à 
Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por 
decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um 
dos Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a 
relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os 
Ministros dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 
13.015, de 2014) 
§ 1o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada, por indicação dos 
relatores, afetará um ou mais recursos representativos da controvérsia para 
julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Individuais ou pelo 
Tribunal Pleno, sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído pela Lei nº 
13.015, de 2014) 
§ 2o O Presidente da Turma ou da Seção Especializada que afetar processo 
para julgamento sob o rito dos recursos repetitivos deverá expedir 
comunicação aos demais Presidentes de Turma ou de Seção Especializada, 
que poderão afetar outros processos sobre a questão para julgamento 
conjunto, a fim de conferir ao órgão julgador visão global da 
questão. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 3o O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho oficiará os Presidentes 
dos Tribunais Regionais do Trabalho para que suspendam os recursos 
interpostos em casos idênticos aos afetados como recursos repetitivos, até 
o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 4o Caberá ao Presidente do Tribunal de origem admitir um ou mais recursos 
representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Tribunal 
Superior do Trabalho, ficando suspensos os demais recursos de revista até 
o pronunciamento definitivo do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 5o O relator no Tribunal Superior do Trabalho poderá determinar a 
suspensão dos recursos de revista ou de embargos que tenham como objeto 
controvérsia idêntica à do recurso afetado como repetitivo. (Incluído pela 
Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 6o O recurso repetitivo será distribuído a um dos Ministros membros da 
Seção Especializada ou do Tribunal Pleno e a um Ministro 
revisor. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 7o O relator poderá solicitar, aos Tribunais Regionais do Trabalho, 
informações a respeito da controvérsia, a serem prestadas no prazo de 15 
(quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 8o O relator poderá admitir manifestação de pessoa, órgão ou entidade com 
interesse na controvérsia, inclusive como assistente simples, na forma da Lei 
nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil). (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 9o Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no 
§ 7o deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de 15 (quinze) 
dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 10. Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do 
relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na Seção 
Especializada ou no Tribunal Pleno, devendo ser julgado com preferência 
sobre os demais feitos. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 11. Publicado o acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, os recursos de 
revista sobrestados na origem: (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir 
com a orientação a respeito da matéria no Tribunal Superior do Trabalho; 
ou (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
II - serão novamente examinados pelo Tribunal de origem na hipótese de o 
acórdão recorridodivergir da orientação do Tribunal Superior do Trabalho a 
respeito da matéria. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 12. Na hipótese prevista no inciso II do § 11 deste artigo, mantida a decisão 
divergente pelo Tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do 
recurso de revista. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 13. Caso a questão afetada e julgada sob o rito dos recursos repetitivos 
também contenha questão constitucional, a decisão proferida pelo Tribunal 
Pleno não obstará o conhecimento de eventuais recursos extraordinários 
sobre a questão constitucional. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 14. Aos recursos extraordinários interpostos perante o Tribunal Superior 
do Trabalho será aplicado o procedimento previsto no art. 543-B da Lei nº 
5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), cabendo ao 
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho selecionar um ou mais recursos 
representativos da controvérsia e encaminhá-los ao Supremo Tribunal 
Federal, sobrestando os demais até o pronunciamento definitivo da Corte, na 
forma do § 1o do art. 543-B da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código 
de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 15. O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho poderá oficiar os 
Tribunais Regionais do Trabalho e os Presidentes das Turmas e da Seção 
Especializada do Tribunal para que suspendam os processos idênticos aos 
selecionados como recursos representativos da controvérsia e 
encaminhados ao Supremo Tribunal Federal, até o seu pronunciamento 
definitivo. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 16. A decisão firmada em recurso repetitivo não será aplicada aos casos 
em que se demonstrar que a situação de fato ou de direito é distinta das 
presentes no processo julgado sob o rito dos recursos repetitivos. (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 17. Caberá revisão da decisão firmada em julgamento de recursos 
repetitivos quando se alterar a situação econômica, social ou jurídica, caso 
em que será respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a 
égide da decisão anterior, podendo o Tribunal Superior do Trabalho modular 
os efeitos da decisão que a tenha alterado. (Incluído pela Lei nº 13.015, 
de 2014) 
 
2.4 Assunção da competência em recurso de revista repetitivos 
 
Quando houver multiplicidade de Recrusos de Revista fundados em idêntica questão 
de direito, um recurso pode ser afetado à Seção especializada ou ao Pleno do TST por 
meio de um requerimento formulado por um dos ministros. 
 
Art. 896-C. Quando houver multiplicidade de recursos de revista fundados 
em idêntica questão de direito, a questão poderá ser afetada à Seção 
Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da 
maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos 
Ministros que compõem a Seção Especializada, considerando a relevância 
da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os Ministros 
dessa Seção ou das Turmas do Tribunal. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 
2014) 
 
Art. 947 do CPC disciplina o Incidente de Assunção de Competência: 
 
Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de 
recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária 
envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem 
repetição em múltiplos processos. 
§ 1o Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, 
de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria 
Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de 
competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar. 
§ 2o O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo 
de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de 
competência. 
§ 3o O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os 
juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese. 
§ 4o Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de 
direito a respeito da qual seja conveniente a prevenção ou a composição de 
divergência entre câmaras ou turmas do tribunal. 
 
3. EMBARGOS 
 
No âmbito do TST, são cabíveis embargos no prazo de 08 dias, conforme art. 894, da 
CLT. 
 
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 
(oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 11.496, de 2007) 
 I - de decisão não unânime de julgamento que: (Incluído pela pela Lei nº 
11.496, de 2007) 
 a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que 
excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e 
estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, 
nos casos previstos em lei; e (Incluído pela pela Lei nº 11.496, de 2007) 
 
 II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões 
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou 
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula 
vinculante do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei nº 
13.015, de 2014) 
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se 
considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho 
ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória 
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 
13.015, de 2014) 
§ 3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da 
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal 
Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior 
do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; (Incluído pela Lei nº 13.015, de 
2014) 
II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de 
representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de 
admissibilidade. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 
(oito) dias. (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014) 
 
Na atualidade, os embargos no TST podem ser (I) Infringentes, cuja competência é da 
Seção de Dissídios Coletivos, ou (II) de Divergência, de competência da Seção de 
Dissídios Individuais - I 
Segundo a OIJ 95 da SDI-I, a divergência não pode ser oriunda da mesma turma do 
TST. 
 
95. EMBARGOS PARA SDI. DIVERGÊNCIA ORIUNDA DA MESMA TURMA 
DO TST. INSERVÍVEL (inserida em 30.05.1997) 
ERR 125320/94, SDI-Plena 
Em 19.05.97, a SDI-Plena, por maioria, decidiu que acórdãos oriundos da 
mesma Turma, embora divergentes, não fundamentam divergência 
jurisprudencial de que trata a alínea "b", do artigo 894 da Consolidação das 
Leis do Trabalho para embargos à Seção Especializada em Dissídios 
Individuais, Subseção I. 
 
 
Cuidado: Não são mais cabíveis, no TST, os Embargos de Nulidade. 
 
A finalidade dos Embargos é a uniformização da jurisprudência do TST. 
À matéria aplicam-se as Súmulas, 23, 126, 184, 296, 297 e 337 e 353 do TST. 
 
Súmula nº 23 do TST 
RECURSO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Não se conhece de recurso de revista ou de embargos, se a decisão recorrida 
resolver determinado item do pedido por diversos fundamentos e a 
jurisprudência transcrita não abranger a todos. 
 
Súmula nº 126 do TST 
RECURSO. CABIMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
 Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) 
para reexame de fatos e provas. 
 
 Súmula nº 184 do TST 
 EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EM RECURSO DE 
REVISTA . PRECLUSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir 
omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. 
 
 
Súmula nº 296 do TST 
 RECURSO. DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. ESPECIFICIDADE 
(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 37 da SBDI-1) - Res. 
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
 I - A divergência jurisprudencial ensejadora da admissibilidade, do 
prosseguimento e do conhecimento do recurso há de ser específica, 
revelando a existência de teses diversas na interpretação de um mesmo 
dispositivo legal, embora idênticos os fatos que as ensejaram. (ex-Súmula nº 
296 - Res. 6/1989, DJ 19.04.1989) 
 
II - Não ofende o art. 896 da CLT decisão de Turma que, examinando 
premissas concretas de especificidade da divergência colacionada no apelo 
revisional, conclui pelo conhecimento ou desconhecimento do recurso. (ex-
OJ nº 37 da SBDI-1 - inserida em 01.02.1995) 
 
 
Súmula nº 297 do TST 
 PREQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova 
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
 
I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada 
haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. 
 
II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no 
recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o 
pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão. 
 
III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso 
principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante 
opostos embargos de declaração. 
 
 
Súmula nº 337 do TST 
COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. RECURSOS 
DE REVISTA E DE EMBARGOS (redação do item IV alterada na sessão 
do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT 
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
 
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário 
que o recorrente: 
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte 
oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e 
 
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos 
trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que 
justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem 
nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. 
 
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de 
jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. 
 
III – A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto 
paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos 
termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o 
conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a 
fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o 
dispositivo e a ementa dos acórdãos; 
 
IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial justificadora 
do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial na internet, 
desde que o recorrente: 
a) transcreva o trecho divergente; 
b) aponte o sítio de onde foi extraído; e 
c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da 
respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho. 
 
 
Súmula nº 353 do TST 
EMBARGOS. AGRAVO. CABIMENTO (atualizada em decorrência do CPC 
de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
 
Não cabem embargos para a Seção de Dissídios Individuais de decisão de 
Turma proferida em agravo, salvo: 
a) da decisão que não conhece de agravo de instrumento ou de agravo pela 
ausência de pressupostos extrínsecos; 
b) da decisão que nega provimento a agravo contra decisão monocrática do 
Relator, em que se proclamou a ausência de pressupostos extrínsecos de 
agravo de instrumento; 
c) para revisão dos pressupostos extrínsecos de admissibilidade do recurso 
de revista, cuja ausência haja sido declarada originariamente pela Turma no 
julgamento do agravo; 
d) para impugnar o conhecimento de agravo de instrumento; 
e) para impugnar a imposição de multas previstas nos arts. 1.021, § 4º, do 
CPC de 2015 ou 1.026, § 2º, do CPC de 2015 (art. 538, parágrafo único, do 
CPC de 1973, ou art. 557, § 2º, do CPC de 1973). 
f) contra decisão de Turma proferida em agravo em recurso de revista, nos 
termos do art. 894, II, da CLT. 
 

 
No TST, contra a decisão que nega seguimento a recurso, devem ser opostos 
Embargos. Isso está previsto no Regimento Interno do Tribunal. 
Em se tratando de decisão monocrática de Relator no TST, a OIJ 378 afasta o cabimento 
de embargos. 
Portanto, da decisão monocrática, cabe Agravo Regimental. 
 
378. EMBARGOS. INTERPOSIÇÃO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. 
NÃO CABIMENTO. (atualizada em decorrência do CPC de 
2015) - Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
Não encontra amparo no art. 894 da CLT, quer na redação anterior quer na 
redação posterior à Lei n.º 11.496, de 22.06.2007, recurso de embargos 
interposto à decisão monocrática exarada nos moldes do art. 932 do CPC de 
2015 (art. 557 do CPC de 1973), pois o comando legal restringe seu 
cabimento à pretensão de reforma de decisão colegiada proferida por Turma 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
Ver ainda o conteúdo da Súmula 458, TST, que diz: 
 
Súmula nº 458 do TST 
EMBARGOS. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. CONHECIMENTO. 
RECURSO INTERPOSTO APÓS VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496, DE 
22.06.2007, QUE CONFERIU NOVA REDAÇÃO AO ART. 894, DA 
CLT. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 405 da SBDI-1 com 
nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
Em causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, em que pese a limitação 
imposta no art. 896, § 6º, da CLT à interposição de recurso de revista, 
admitem-se os embargos interpostos na vigência da Lei nº 11.496, de 
22.06.2007, que conferiu nova redação ao art. 894 da CLT, quando 
demonstrada a divergência jurisprudencial entre Turmas do TST, fundada em 
interpretações diversas acerca da aplicação de mesmo dispositivo 
constitucional ou de matéria sumulada. 
 
4. AGRAVO REGIMENTAL 
 
A primeira vista, seria o recurso previsto nos regimentos internos dos Tribunais, 
entrtanto, os regimentos internos não podem criar recursos, já que a competência para 
legislar sobre matéria processual é da União. Então, esse Agravo tem de ter previsão 
em lei. 
O recurso de Agravo de Instrumento normalmente é cabível para impugnar decisão 
monocrática proferida pelo Relator (seja na esfera do TRT, seja no TST). 
 
Ver OIJ 412: 
 
412. AGRAVO INTERNO OU AGRAVO REGIMENTAL. INTERPOSIÇÃO EM 
FACE DE DECISÃO COLEGIADA. NÃO CABIMENTO. ERRO GROSSEIRO. 
INAPLICABILIDADE DO PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE 
RECURSAL (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 
209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016 
É incabível agravo interno (art. 1.021 do CPC de 2015, art. 557, §1º, do CPC 
de 1973) ou agravo regimental (art. 235 do RITST) contra decisão proferida 
por Órgão colegiado. Tais recursos destinam-se, exclusivamente, a impugnar 
decisão monocrática nas hipóteses previstas. Inaplicável, no caso, o princípio 
da fungibilidade ante a configuração de erro grosseiro. 
 
O julgamento do Agravo Interno é de competência do respectivo órgão colegiado no 
Tribunal. 
 
Ver ainda a OIJ 69 
 
69. FUNGIBILIDADE RECURSAL. INDEFERIMENTO LIMINAR DE AÇÃO 
RESCISÓRIA OU MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO PARA O TST. 
RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL E DEVOLUÇÃO DOS 
AUTOS AO TRT (inserida em 20.09.2000) 
Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório da 
petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo 
princípio de fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. 
Hipótese de não conhecimento do recurso pelo TST e devolução dos autos 
ao TRT,para que aprecie o apelo como agravo regimental. 
 
Ainda, ver a Súmula 411, do TST: 
 
Súmula nº 411 do TST 
AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DE MÉRITO. DECISÃO DE TRIBUNAL 
REGIONAL DO TRABALHO EM AGRAVO REGIMENTAL CONFIRMANDO 
DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE, APLICANDO A SÚMULA 
Nº 83 DO TST, INDEFERIU A PETIÇÃO INICIAL DA AÇÃO RESCISÓRIA. 
CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 43 da SBDI-2) 
- Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 
Se a decisão recorrida, em agravo regimental, aprecia a matéria na 
fundamentação, sob o enfoque das Súmulas nºs 83 do TST e 343 do STF, 
constitui sentença de mérito, ainda que haja resultado no indeferimento da 
petição inicial e na extinção do processo sem julgamento do mérito. Sujeita-
se, assim, à reforma pelo TST, a decisão do Tribunal que, invocando 
controvérsia na interpretação da lei, indefere a petição inicial de ação 
rescisória. (ex-OJ nº 43 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000) 
 
Na CLT, o Recurso de Agravo Regimental é previsto no art. 709, §1º. 
 
Art. 709 - Compete ao Corregedor, eleito dentre os Ministros togados do 
Tribunal Superior do Trabalho: 
(…) 
§ 1º - Das decisões proferidas pelo Corregedor, nos casos do artigo, caberá 
o agravo regimental, para o Tribunal Pleno. 
 
Ver ainda a OIJ 05, do Pleno do TST: 
 
5. RECURSO ORDINÁRIO. CABIMENTO (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 70 da SBDI-1) - DJ 20.04.2005 
Não cabe recurso ordinário contra decisão em agravo regimental interposto 
em reclamação correicional ou em pedido de providência. (ex-OJ nº 70 - 
inserida em 13.09.94) 
 
O efeito do Agravo Regimental é apenas devolutivo. 
 
O art. 1.070 do NCPC dispõe que o prazo para interposição de recurso é de 15 dias. 
Contudo, no proceso do Trabalho, entende-se que esse prazo é de 08 dias, ante 
previsão em lei específica. 
No Agravo Regimental, normalmente é previsto a possibilidade de juízo de retratação. 
Não havendo reconsideração, o Agravo será julgado pelo Colegiado. 
 
5. AGRAVO INTERNO 
 
No art. 1.021 do CPC, há previsão de interposição do Agravo Interno. 
É vedado ao Relator se reportar aos fundamentos utilizados na decisão agravada para 
não admitir o Agravo Interno. 
Quando o Agravo Interno for declarado manifestamente inadmissível, o Órgão Colegiado 
deve condenar o Agravante a pagar multa de 1% a 5% sobre o valor atualizado da 
causa. 
 
6. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
Os embargos de declaração estão previstos no Art. 897-A, da CLT. 
 
 Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no 
prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência 
ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido 
efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no 
julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do 
recurso. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000) 
§ 1o Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de 
qualquer das partes. (Redação dada pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente 
poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e 
desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído 
pela Lei nº 13.015, de 2014) 
§ 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de 
outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, 
irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. 
 
7. AGRAVO DE PETIÇÃO 
 
É o recurso cabível na execução e serve para impugnar decisões no curso/fase de 
execução. 
Está previsto no art. 897-A da CLT. 
Prazo: 08 dias. 

 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela 
Lei nº 8.432, de 1992) 
 a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas 
execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992)
 
 b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de 
recursos. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) 
 § 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, 
justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução 
imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta 
de sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) 
 § 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não 
receber agravo de petição não suspende a execução da 
sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992) 
 § 3o Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo 
próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de 
decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, quando o 
julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver 
subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a 
quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria 
controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido 
determinada a extração de carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 
10.035, de 2000) 
 § 4º - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo 
Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi 
denegada. (Incluído pela Lei nº 8.432, 11.6.1992) 
 
Exemplos de cabimento: Arrematação, adjudicação, decisão proferida em Embargos de 
Terceiros etc. 
Como pressuposto recursal específico exige-se a delimitação das matérias e 
dos valores impugnados. 
Sobre o tema, ver a Súmula 416, do TST: 
 
Súmula nº 416 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO. LEI Nº 8.432/1992. ART. 897, § 
1º, DA CLT. CABIMENTO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 55 
da SBDI-2) - Res. 137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 
Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores 
objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da 
execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo. (ex-OJ 
nº 55 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000) 
 
O Agravo de Petição possui efeito somente devolutivo. 
 
Como o legislador não definiu quais seriam as decisões impugnáveis, formou-se 3 
correntes: 
a. interpretação restritiva da norma: diz que apenas decisões proferidas no processo 
de execução são impugnáveis; 
b. interpretação ampliativa do vocábulos das decisões: admite o Agravo de Petição 
contra decisões interlocutórias também, como aquela que admite o levantamento de 
penhora; 
c. ~não anotei o nome dessa corrente~ Admite apenas contra as sentenças no 
processo de execução. Mas admite que se ataque também decisões interlocutórias que 
acarretem na extinção do feito, como as que reconhecem a incompetência do juízo. 
 
8. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
 
Compete ao STF a guarda da Constituição, cabendo-lhe julgar as causas decididas em 
única ou última instância. 
Exige-se o prequestionamento. 
O RE é interposto no TST para que examine os pressupostos recursais. 
Cabe Agravo de Instrumento contra a decisão que o inadmitir. 
 
9. CORREIÇÃO PARCIAL 
 
É cabível contra ato judicial atentatório contra a ordem processual e que cause prejuízo, 
desde que não exista recurso específico cabível. 
Trata-se de providência de teor administrativo. 
A Correição deve ser encaminhada ao prolator do ato para que avalie a possibilidade de 
retratação. 
Ver o Art. 678 
 
 Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, 
compete: (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968) 
 I - ao Tribunal Pleno, especialmente: (Incluído pela Lei nº 5.442, de 
24.5.1968) 
 a) processar, conciliar e julgar originàriamente os dissídios coletivos; 
 b) processar e julgar originàriamente: 
 1) as revisões de sentenças normativas;2) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos; 
 3) os mandados de segurança; 
 4) as impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas 
de Conciliação e Julgamento; 
 c) processar e julgar em última instância: 
 1) os recursos das multas impostas pelas Turmas; 
 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e 
Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das 
Turmas e de seus próprios acórdãos; 
 3) os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito 
investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, 
ou entre aquêles e estas; 
 d) julgar em única ou última instâncias: 
 1) os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos 
seus serviços auxiliares e respectivos servidores; 
 2) as reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de 
qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de 
seus funcionários. 
 
Das decisões do Corregedor, cabe Agravo Regimental para o pleno do TST. 
 
10. PEDIDO DE REVISÃO 
 
No rito sumário, via de regra, não cabe recurso contra as decisões proferidas. 
Contudo, o pedido de revisão serve quando o juiz fixar o valor da causa (nas hipóteses 
em que a parte não o fizer, por exemplo). 
Imagine-se que, antes da instrução, o juiz fixe o valor da causa. Esse valor poderá ser 
impugnado na própria audiência no momento da exposição das razões finais. 
Caso mantida a decisão, cabe pedido de revisão ao presidente do TRT no prazo de 
48h. 
O Pedido deve ser instruído com cópia da petição inicial e da Ata da audiência. 
Por que impugnar a decisão? Para que o valor seja aumentado e passe para o rito 
sumaríssimo e a parte tenha mais possibilidades recursais. 
 
II - EXECUÇÃO TRABALHISTA 
 
1. CONCEITO 
 
Constitui um conjunto de atos de atuação das partes e do juiz que tem em mira a 
concretização daquilo que foi decidido no processo de conhecimento. 
Diz-se que o objeto da execução é a obtenção de um provimento satisfativo a credor. 
 
Como a execução trabalhista visa a satisfação de um crédito de natureza alimentar, ela 
deve ser célere. Para isso, há quem sustente que a defesa do executado deveria ser 
limitada. 
Professor diz que assim como na execução cível, a trabalhista também é demorada, 
sobretudo por falta de solvência dos devedores. 
 
2. PRINCÍPIO 
 
2.1 Igualdade de tratamento das partes 
 
O tratamento igualitário resume-se à observância da lei, pois o credor está em situação 
de superioridade na relação fática. Isso não afasta o princípio protetivo que deve ser 
conferido ao devedor. 
 
2.2. Natureza real 
 
Os atos executórios devem atuar sobre os bens do devedor e não sobre a pessoa física 
deste. 
Art. 5º, LXVII da CRFB prevê essa condição. 
 
2.3. Limitação expropriatória 
 
Impede a alienação total do patrimônio do devedor quando parte dos bens for bastante 
para satisfazer o direito do credor. 
 
Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-
á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância 
da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em 
qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação 
inicial. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954) 
 
2.4. Utilidade para o credor 
 
O credor não pode se utilizar da execução apenas para causar danos ao devedor. 
 
Lei 6.830, art. 40, prevê hipóteses de suspensão da execução. 
 
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado 
o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, 
nesses casos, não correrá o prazo de prescrição. 
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao 
representante judicial da Fazenda Pública. 
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o 
devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento 
dos autos. 
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão 
desarquivados os autos para prosseguimento da execução. 
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo 
prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, 
reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato. (Incluído pela 
Lei nº 11.051, de 2004) 
§ 5o A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista no § 4o deste artigo 
será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao 
mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda. (Incluído pela Lei 
nº 11.960, de 2009) 
 
O arquivamento de que fala a lei tem natureza administrativa. 
A suspensão não impede a incidência da prescrição intercorrente. 
 
2.5. Não-prejudicialidade do devedor 
 
A execução se dará da forma menos gravosa ao devedor. 
 
2.6. Conflito entre os princípios da utilidade do credor e da não-prejudicialidade do 
devedor 
 
Na execução cível se dá preferência ao princípio da não-prejudicialidade do devedor. 
Porém, no processo do trabalho, prevalece o princípio da utilidade do credor, porquanto 
esse é a parte vulnerável na relação. 
 
2.7. Especificidade 
 
Diz respeito à execução de entrega de coisa, de fazer e não fazer. 
O Credor terá direito a receber o valor da coisa quando essa não puder ser entregue. 
Como não há prisão por dívida, em última hipótese, toda prestação se transforma em 
pecúnia. 
 
2.8. Responsabilidade pelas despesas processuais 
 
O devedor é responsável pelo pagamento, além dos valores devidos ao credor, de todas 
as despesas processuais. 
 
Arts. 789-A e 789-B da CLT tratam dessa questão. 
 
Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de 
responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a 
seguinte tabela: (...) 
 
Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores 
fixados na seguinte tabela: (...) 
 
2.9. Não aviltamento do devedor 
 
Significa que a execução não deve afrontar a dignidade humana do executado. 
Não se expropria bens do executado que sejam indispensáveis a sua subsistência ou a 
de sua família. 
 
2.10. Livre disponibilidade do processo pelo credor 
 
O credor pode desistir da ação ou de algumas medidas executivas independentemente 
da concordância do devedor. 
Doutrina entende que efeitos da desistência só serão produzidos após a homologação. 
 
3. LEGITIMAÇÃO AD CAUSAM 
 
3.1 Legitimidade Ativa 
 
Consta do art. 878 da CLT que diz que qualquer interessado poderá promover a 
execução, a qual poderá ser inciada, inclusive, ex offício pelo juiz. 
 
 Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente 
do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. 
Art. 877-A - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o 
juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à 
matéria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 25.10.2000) 
Art. 878 - A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex 
officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos 
do artigo anterior. 
Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a 
execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. 
 
Aplicam-se ainda as regras do Processo Civil: 
 
i. O espólio, os herdeiros e os sucessores do credor, o cessionário do credor (pode 
acontecer, mas é raro no processo do trabalho) e o sub-rogado legal ou 
convencional. 
 
Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere 
título executivo. 
§ 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão 
ao exequente originário: 
I - o MinistérioPúblico, nos casos previstos em lei; 
II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte 
deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; 
III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for 
transferido por ato entre vivos; 
IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. 
§ 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado. 
 
 
ii. O MPT também é legitimado nas hipóteses em que atua, como nas ações 
civil pública e rescisórias. O MPT pode atuar, ainda, como custus legis, 
oportunidade na qual ele terá legitimidade conforme o interesse público. Pode 
executar, ainda, Termo de Ajustamento de Conduta com ele firmado. 
 
iii. O próprio devedor (art. 878-A, da CLT) 
 
Art. 878-A. Faculta-se ao devedor o pagamento imediato da parte que 
entender devida à Previdência Social, sem prejuízo da cobrança de eventuais 
diferenças encontradas na execução ex officio. 
 
Se a execução depender de liquidação por artigos, essa última hipótese não será 
possível. 
 
 
3.2 Legitimação Passiva 
 
O empregador é naturalmente o legitimado, mas pode ser também o empregado, nos 
casos de custas, despesas processuais ou quando condenado a pagar certa quantia. 
 
Nesse sentido, ver o Art. 462, § 1º, que fala de danos causados pelo empregado. 
 
Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários 
do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositvos 
de lei ou de contrato coletivo. 
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, 
desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de 
dolo do empregado. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 
28.2.1967) 
 
A lei 6.830 legitima o devedor, o fiador, o espólio, a massa, o responsável tributário e os 
sucessores a qualquer título a figurarem no polo passivo. 
 
O devedor responde com os bens adquiridos no curso do processo e da execução. 
No caso de devedores solidários, o credor tem o direito de exigir de um ou de todos os 
devedores. 
A Súmula 205 do TST, que tratava da matéria, foi cancelada. Porém, parte da doutrina 
entende que o tratamento da questão deve continuar sendo o mesmo dado pela súmula, 
apesar de cancelada. 
 
Súmula nº 205 do TST 
GRUPO ECONÔMICO. EXECUÇÃO. SOLIDARIEDADE (cancelada) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O responsável solidário, integrante do grupo econômico, que não participou 
da relação processual como reclamado e que, portanto, não consta no título 
executivo judicial como devedor, não pode ser sujeito passivo na execução. 
Com relação à sucessão dos empregadores, foi firmado o entendimento pela 
jurisprudência e pela doutrina (arts. 10 e 448, da CLT) que a empresa 
sucessora responde pelas dívidas trabalhistas assumidas e não adimplidas 
pela empresa sucedida. A empresa sucessora poderá cobrar, em ação 
regressiva, os valores despendidos para o pagamento de débitos da empresa 
sucedida. 
 
O STJ vinha se posicionando no sentido de que o grupo econômico responde mesmo 
que não tenha participado do processo de conhecimento e não conste do título 
executivo. Contudo, recentemente, houve uma alteração de entendimento. Hoje, o STJ 
trata a desconsideração da pessoa jurídica como uma excepcionalidade. 
 
O TST, por outro, tende a ser mais flexível, aplicando-a sempre que verificada a 
insuficiência de bens por parte da empresa executada, independentemente da 
comprovação de atuação fraudulenta. 
Hoje, muito embora o nome dos sócios não constem do título executivo, constatada a 
ausência de bens da empresa na fase de execução, a justiça do trabalho promove um 
redirecionamento da execução aos sócios, que serão parte da execução, cuja defesa 
cabível contra essa decisão são os embargos do devedor ou embargos do 
executado. 
 
Iniciada a execução por quantia certa, demonstrado que o devedor não possui bens 
suficientes para satisfazer a execução, caberá ao magistrado, por força do art. 40 da Lei 
6.830, suspendê-la. Ultrapassado o prazo máximo de suspensão - 1 ano -, o juiz 
determinará o arquivamento dos autos, que poderão ser desarquivados a qualquer 
momento, desde que verificada a existência de bens. 
 
Trata-se de arquivamento administrativo e não extinção do feito. 
 
O problema é que o STJ vem aplicando a prescrição intercorrente quando o exequente 
não movimenta o processo durante um longo período. 
 
3.3 Ato atentatório à dignidade da justiça 
 
O magistrado dispõe de ferramentas para evitar que o executado promova manobras 
para retardar a execução. 
A lealdade, a boa-fé e a probidade devem ser observadas também na execução. 
Como o objetivo é a satisfação do direito do credor, veda-se a prática de atos 
protelatórios. 
O CPC determina que o juiz deve dirigir o processo confrome as disposições legais e 
impedir atos protelatórios. Neste contexto, pode tomar providências, a qualquer 
momento, como, por exemplo, determinar o comparecimento das partes etc. 
 
Considera-se atentatório a conduta comissiva ou ou omissiva do executado que frauda 
a execução, que se opõe à execução etc. Conforme se verifica no disposto no art. 774, 
do NCPC. 
 
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva 
ou omissiva do executado que: 
I - frauda a execução; 
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios 
artificiosos; 
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora; 
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais; 
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à 
penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se 
for o caso, certidão negativa de ônus. 
Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em 
montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em 
execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos 
próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza 
processual ou material. 
 
Detalhe: cabe ao executado comprovar a propriedade do bem indicado à penhora. 
 
Em caso de ato atentatório, o juiz deverá fixar multa ao executado, nos termos do 
parágrado único do art. 774, do CPC, que será exigida na própria execução. 
Se além disso, o executado praticar outra conduta desabonadora (ex. litigância de má-
fé), ambas sanções poderão ser aplicadas cumulativamente, porque se tratam de fatos 
distintos. 
 
A fraude à execução não se confude com a fraude contra credores. Aquela está prevista 
no CPC, enquanto essa consta dos arts. 158 a 165 do Código Civil, tendo como 
tipificadores o dano e o concilium fraudis. 
Na fraude à execução, não é preciso a comprovação da fraude pelo credor, porque se 
trata de um presução legal. 
Os atos praticados em fraude contra credores são anuláveis, já os praticados em fraude 
à execução são ineficazes. Enquanto aqueles são descontituídos, esse são declarados 
desprovidos de qualquer efeito. 
 
Como fica o terceiro de boa-fé? 
O STJ entende que a caracterização da boa-fé do terceiro é a ausência de registro de 
restrição do bem. Por isso que é importante que o credor/exequente requeira ao juiz a 
averbação no registro de imóveis referente à penhora. 
 
3.4 Títulos executivos trabalhistas judiciais e extrajudiciais 
 
Trata-se de documento ou ato jurídico no qual a obrigação se materializa. 
É essencial para o processamento da execução. 
 
a. são títulos executivos judiciais: 
- sentenças transitadas em julgado; 
- sentenças com recursos desprovidas de efeito suspensivo; 
- acordos judiciais não cumpridos; 
 
b. títulos executivos extrajudicias (art. 876, CLT): 
- termos de compromisso de ajustamento de conduta firmados perante o MPT 
- termos de conciliação firmados perante a comissão de conciliaçãoprévia. 
- multas inscritas na dívida ativa da união proveninetes de autos de infração lavrados 
por auditores fiscais do trabalho (art. 114, VII, CRFB/88) 
 
Esse títulos ensejam diretamente a ação executiva, dispensando o processo de 
conhecimento. 
 
Cheques não podem ser executados na justiça do trabalho, porque não têm força 
executiva no âmbito laboral. Podem servir, quando muito, para instruir uma ação 
monitória quando tiverem afinidade com uma relação de emprego. 
 
 
4. EXECUÇÃO PROVISÓRIA E DEFINITIVA 
 
Conceito: é cabível toda vez que a decisão exarada ainda penda de recurso desprovido 
de efeito suspensivo. 
 
Art. 876, CLT. 
 
 Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido 
recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os 
termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do 
Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de 
Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. 
 
Cabe, por exemplo, contra a sentença condenatória sem trânsito em julgado. 
 
Cuidado: títulos executivos extrajudiciais jamais darão ensejo à execução provisória. 
Outrossim, não é possível execução provisória de ofício. Ela se dará sempre a 
requerimento do interessado. 
Ver o que dispõe o art. 899, da CLT 
 
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito 
meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a 
execução provisória até a penhora. (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 
24.5.1968) (Vide Lei nº 7.701, de 1988) 
 
A execução provisória é permitida até a penhora. 
 
Como conseguir efeito suspensivo? Ver Súmula 414, do TST: 
 
Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES 
OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) 
- Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela 
via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso 
ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário 
mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao 
vice-presidente do 
tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 
1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes 
da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de 
recurso próprio. 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto 
do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento 
da tutela provisória. 
 
No cível, se o Relator receber o recurso apenas no seu efeito devolutivo, é 
possível a interposição de Agravo. 
Já no processo do Trabalho, o correto é o ajuizamento de uma medida 
cautelar incidental. 
 
4.1 Requisitos para a instrução da execução provisória 
 
A execução provisória é feita por meio de carta de sentença. 
Os requisitos constam do art. 520, do CPC 
 
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso 
desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o 
cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime: 
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido; 
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença 
objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-
se eventuais prejuízos nos mesmos autos; 
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou 
anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução; 
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, 
ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução 
suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
Não se aplica o disposto no iniciso IV aos atos que importam a transferência de posse, 
face à limitação da execução provisória que vai até a realização da penhora. 
 
São possíveis/cabíveis os recursos de Embargos à Penhora e Agravo de Petição 
na execução provisória? 
 
Art. 899, da CLT fala que a execução é realizada até a penhora, por essa razão há uma 
corrente majoritária que fala que tanto os embargos quanto o agravo de petição são 
cabíveis, ainda que em sede de execução provisória. 
Por outro lado, há quem entenda que tais recurso não seriam cabíveis. Essa corrente é, 
porém, minoritária. 
 
4.2 Caução 
O problema é que normalmente o exequente (empregado) não tem patrimônio para 
prestar caução. 
Tem se entendido na justiça do trabalho, então, que ele estaria dispensado de prestar 
caução. 
 
4.3 Sentença pendente de Recurso Extraordinário e Execução Provisória 
O STF sinaliza que a sentença pendente de Recurso Extraordinário somente pode ser 
executada provisoriamente. 
Ou seja, jamais haverá execução definitiva enquanto pender de julgamento algum 
recurso, ainda que se trata de Recurso Extraordinário. 
 
4.4 Penhora em dinheiro na execução provisória 
Os juízes não tem observado a ordem do CPC que estabelece o dinheiro como bem 
preferencial para servir de objeto da penhora. 
O TST entende que a execução, nesse ponto, deve se dar de modo menos gravoso ao 
executado. 
Nesse sentido, ver o conteúdo da Súmula 417, TST: 
 
Súmula nº 417 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. PENHORA EM DINHEIRO (alterado o item 
I, atualizado o item II e cancelado o item III, modulando-se os efeitos da 
presente redação de forma a atingir unicamente as penhoras em 
dinheiro em execução provisória efetivadas a partir de 18.03.2016, data 
de vigência do CPC de 2015) - Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 
e 22.09.2016 
I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina 
penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é 
prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 
655 do CPC de 1973). 
II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o 
executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro 
fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 
840, I, do CPC de 2015 (art. 666, I, do CPC de 1973). (ex-OJ nº 61 da SBDI-
2 - inserida em 20.09.2000). 
 
4.5 Execução provisória na execução de fazer e de não-fazer 
Discute-se se é possível a execução provisória nesses casos. 
No processo do trabalho, são frequentes decisões de fazer ou não-fazer (ex.: obrigação 
de reintegração de empregado demitido). 
O TST, atualmente, admite a possibilidade de execução provisória nessas hipóteses. 
Nesse sentido, ver a OI 142, SDI-II: 
 
141. MANDADO DE SEGURANÇA PARA CONCEDER LIMINAR 
DENEGADA EM AÇÃO CAUTELAR (cancelada em decorrência da sua 
conversão na Súmula nº 418) - DJ 22.08.2005 
A concessão de liminar constitui faculdade do juiz, no uso de seu poder 
discricionário e de cautela, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via 
do mandado de segurança. 
 
5. EXECUÇÃO DEFINITIVA 
 
Cabível contras as decisões previstas Art. 876, da CLT: 
 
 Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido 
recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os 
termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do 
Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de 
Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. 
 
5.1 Liquidação de sentença 
 
A doutrina mais moderna conceitua liquidação de sentença como uma ação declaratória 
destinada a apurar o valor da condenação. 
Situa-se entre

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