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DIREITO HUGO LEONARDO TARDELI SEABRA TUTELA PROVISÓRIA, TRANSFERÊNCIA DE FUNCIONÁRIO. Cabo Frio-RJ 2023 HUGO LEONARDO TARDELI SEABRA - 1190100767 TUTELA PROVISÓRIA, TRANSFERÊNCIA DE FUNCIONÁRIO. Trabalho apresentado ao curso de Direito da Universidade Veiga de Almeida, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina Processo do Trabalho II, sob orientação da professora Renata Vieira Meda Professor: Renata Vieira Meda Cabo Frio-RJ 2023 Considerando a questão apresentada, é preciso analisar o cenário à luz da legislação trabalhista vigente no Brasil. No que concerne à transferência de empregados, o artigo 469 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) veda a mudança do local de trabalho do empregado de maneira prejudicial, a menos que haja a sua anuência. A possibilidade de pleitear tutela provisória em uma reclamação trabalhista no que tange o tema decorre do artigo 659, inciso IX, da CLT, o qual permite a concessão de medidas cautelares e liminares em reclamações trabalhistas com o propósito de anular a eficácia de transferência de empregados disciplinada nos parágrafos do artigo 469 da Consolidação das Leis do Trabalho, é admissível até a prolação da decisão final do litígio. No caso de Raifran da Silva, funcionário da filial da empresa Compre Mais e Mais LTDA., que recebeu a notificação de sua transferência para uma localidade distante de seu domicílio, deve-se levar em consideração o impacto negativo que essa mudança acarretaria em sua vida pessoal, familiar e social, de acordo com o mencionado artigo 469 da CLT, por Raifran não se enquadrar no parágrafo primeiro do artigo 469 do mesmo diploma legal, onde trata da transferência poder ser imotivada quando este funcionário exercer cargo de confiança ou quando o contrato tem condição implícita ou explícita a transferência. Pelo exposto, o pedido de tutela provisória é cabível sob o argumento de que a transferência repentina ocasionaria prejuízos consideráveis à sua estabilidade pessoal e familiar, considerando sua longa permanência na cidade atual e o arraigado convívio social ali estabelecido. Cumpre destacar, por fim, que é legítimo e pertinente solicitar a tutela provisória na reclamação trabalhista de Raifran, fundamentando-se nos princípios previstos nos artigos 469 e 659, inciso IX, da CLT, onde restam devidamente comprovados os impactos negativos resultantes da transferência para a nova localidade, afastada a possibilidade de transferência por cargo de confiança ou por meio de cláusula contratual.
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