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1 Cálculo Aplicado à Administração Prof. Nelson Pereira Castanheira Aula 5 Regimes de Capitalização e Taxas Introdução O Que é Capitalização? Capitalizar é somar juros ao capital que o produziu A capitalização pode ser: • simples • composta Tipos de Capitalização A capitalização é simples quando for utilizada a taxa de juros simples A capitalização é composta quando for utilizada a taxa de juros compostos Taxas de Juros Mas, afinal, o que são as taxas de juros? Como se calculam juros? Capitalização Simples Tema 1 2 Juro simples: é aquele calculado aplicando uma taxa sempre sobre o capital inicial Capitalização Simples J = C . i . n Em que: J = juro C = capital i = taxa de juro n = período, tempo ou prazo Taxa de Juro Simples (i) Taxas Equivalentes • Exemplos: i = 3% a. m. = 36% a. a. i = 12% a. t. = 4% a. m. i = 5% a. b. = 15% a. s. i = 6% a. m. = 0,2% a. d. Montante (M) M = C + J Então: M = C + C . i . n M = C (1 + i . n) Capitalização Composta Tema 2 Juro composto: o juro produzido num período será acrescido ao valor do capital que o produziu, passando os dois, capital e juro, a render juro no período seguinte Capitalização Composta 3 M = C + J M = C . (1 + i)n Para o cálculo dos juros, vamos igualar: C + J = C . (1 + i)n Então: J = C . (1 + i)n C J = C . [(1 + i)n 1] Crescimento de Uma Dívida Juro composto Juro simples t $ Taxas Equivalentes Para determinar a taxa equivalente, em capitalização composta, utiliza-se a fórmula: ( ) 1i1i q/ttq -+= Exemplo Calcule a taxa anual equivalente, pelo critério de juro composto, a 1,2% ao mês. • Dados do problema: it = 1,2% = 0,012 a. m. t = 1 mês q = 1 ano = 12 meses iq = (1 + it)q/t – 1 iq = (1 + 0,012)12/1 – 1 iq = 1,01212 – 1 iq = 0,153895 a. a. Ou seja: iq = 15,3895% ao ano Período Fracionário Tema 3 4 Período Fracionário O Período Fracionário corresponde a uma capitalização descontínua. Há um período inteiro e um período fracionário, sobre os quais devemos calcular juros • Como exemplo, suponha que temos uma conta vencida há 3 meses e 22 dias, e que o juro de mora é de 2% ao mês. Temos como período 3 meses inteiros e mais 22 dias, o que representa uma fração do mês Convenção linear: aplicamos juro simples na parte fracionária do tempo Convenção exponencial: aplicamos juro composto na parte fracionária do tempo também Convenção Linear O cálculo deve ser feito em duas etapas: 1) para a parte inteira do tempo (n), calcula-se o montante a juro composto; 2) para a fração não inteira de tempo (n) admite-se a formação linear de juros, ou seja, calcula- -se o montante a juro simples M = C . (1 + i)n . (1 + i . n1) juro composto juro simples Convenção Exponencial O cálculo do juro num período fracionário, adotando a convenção exponencial, tem em conta o juro composto o tempo todo, ou seja, tanto na parte inteira do tempo (n) quanto na parte não inteira (n1) 5 M = C . (1 + i)n+n1 juro composto o tempo inteiro Taxas (nominal, efetiva, real, aparente) Tema 4 taxa conhecida período da taxa i2 = i1 . n2 que se quer n1 período da taxa conhecida taxa que se quer Taxa Nominal O prazo de formação do juro e sua incorporação ao capital que o produziu costumam ser de periodicidade menor. Por exemplo, é informada uma taxa anual, porém, a periodicidade de cálculo do juro é mensal Temos uma taxa efetiva quando o prazo a que se refere uma taxa que nos foi informada coincide com aquele de formação e incorporação do juro ao capital que o produziu. Por exemplo, foi informada uma taxa mensal e o prazo de formação do juro é mensal Taxa Efetiva Taxa Aparente x Taxa Real A relação existente entre as taxas aparente e real é dada através de: 6 A Taxa Aparente é aquela que não leva em conta a inflação do período a que a taxa corresponde A Taxa Real considera a inflação do período Logo, a Taxa Real é sempre menor do que a Taxa Aparente Exemplo 1 • Um trabalhador teve um aumento salarial de 10% relativo a um período em que a inflação foi de 6%. Qual o aumento real de salário desse trabalhador? I = 6% no período ia = 10% i = ? i = 1 + 0,10 - 1 1 + 0,06 i = 3,7736% Exemplo 2 • Uma pessoa emprestou R$ 3.000,00 e pagou, ao final do período, R$ 3.300,00. Essa pessoa pagou, no ato do empréstimo, despesas no valor de R$ 30,00. Determine as taxas nominal, efetiva e real dessa operação, sabendo que a inflação no período foi de 2%. Cálculo da Taxa Nominal M = C . ( 1 + i )n 3300 = 3000 . (1 + i )1 i = 300 = 0,10 no período 3000 Ou seja: i = 10% no período Cálculo da Taxa Efetiva M = C . ( 1 + i )n 3300 = (3000 – 30) . (1 + i )n 3300 – 2970 = 2970 . i i = 330 = 0,1111 no período 2970 Ou seja: i = 11,11% no período 7 Cálculo da Taxa Real O capital menos as despesas, corrigido pela inflação, é: (3000 – 30) . 1,02 = 3029,40 M = C . ( 1 + i )n 3300 = 3029,40 . (1 + i )n i = 270,60 = 0,0893 3029,40 i = 8,98% no período Síntese Capitalização Capitalizar é somar juros ao capital que o produziu A capitalização pode ser: • simples • composta Período Fracionário Convenção linear: aplicamos juro simples na parte fracionária do tempo Convenção exponencial: aplicamos juro composto na parte fracionária do tempo também Juro simples: é aquele calculado aplicando uma taxa sempre sobre o capital inicial Juro composto: o juro produzido num período será acrescido ao valor do capital que o produziu, passando os dois, capital e juro, a render juro no período seguinte O prazo de formação do juro e sua incorporação ao capital que o produziu costumam ser de periodicidade menor. Por exemplo, é informada uma taxa anual, porém, a periodicidade de cálculo do juro é mensal Taxa Nominal 8 Temos uma taxa efetiva quando o prazo a que se refere uma taxa que nos foi informada coincide com aquele de formação e incorporação do juro ao capital que o produziu. Por exemplo, foi informada uma taxa mensal e o prazo de formação do juro é mensal Taxa Efetiva A Taxa Aparente é aquela que não leva em conta a inflação do período a que a taxa corresponde A Taxa Real considera a inflação do período Logo, a Taxa Real é sempre menor do que a Taxa Aparente Referências de Apoio CASTANHEIRA, Nelson Pereira; MACEDO, Luiz Roberto Dias de. Matemática Financeira Aplicada. 5. ed. Curitiba: Intersaberes, 2010. CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Matemática Aplicada e Análise Financeira para Todos os Níveis. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2014.
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