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Unopar Trabalho em Grupo 7 Semestre

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
ciências contábeis
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
ESTUDO DE CASO JCRW
	
Florianópolis-SC
2017
XXXXXXXXXXXXXXXXXX
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
ESTUDO DE CASO JCRW
Trabalho apresentado ao Curso de Ciências Contábeis da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Produção Textual em Grupo.
Orientador: Equipe de Professores do 7º Semestre.
Florianópolis-SC
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 DESENVOLVIMENTO	4
2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO	4
2.1.1 Tipos de atuação de forma individual	4
2.1.1.1 Autônomo	5
2.1.1.2 Empresário individual	5
2.1.1.3 Empresa individual de responsabilidade limitada	5
2.1.2 Tipos de atuação de forma societária	5
2.1.2.1 Sociedade simples	6
2.1.2.2 Sociedade empresária	6
2.1.3 Tipos de sociedade empresarial	7
2.1.3.1 Sociedade limitada	7
2.1.3.2 Sociedade anônima	7
2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO	8
2.2.1 Simples nacional	8
2.2.2 Lucro presumido	10
2.2.3 PIS e COFINS	11
2.2.4 Lucro real	12
2.3 CONTROLADORIA	14
2.4 AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL	15
3 CONCLUSÃO	18
REFERENCIAS	19
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
A natureza jurídica de uma empresa é o regime jurídico em que ela se enquadra e esse processo de enquadramento deve ser conduzido por profissional competente, uma vez que é de extrema importância. A legislação brasileira contempla várias naturezas jurídicas, e é importante que se avalie cada uma delas para poder decidir qual a melhor se encaixa para cada tipo de empresa. Conforme extraído do site do SEBRAE, as principais são:
Fonte: SEBRAE, 2017.
Para fins de enquadramento, se uma pessoa deseja atuar de forma individual, ou seja, sem sócios, em algum segmento profissional, deverá ser enquadrada como autônomo ou empresário. Porém se ela desejar atuar com um ou mais sócios, deverá enquadrar-se como sociedade simples ou sociedade empresária.
2.1.1 Tipos de atuação de forma individual
2.1.1.1 Autônomo
O autônomo é qualquer pessoa física que, mesmo sem ter um estabelecimento e sem ter vínculo de emprego com a pessoa que lhe contrata, preste serviço ou execute qualquer atividade de natureza urbana ou rural. Considera-se autônomo aquele que atue, por conta própria (sem sócios) como profissional liberal.
2.1.1.2 Empresário individual
O empresário individual é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física titular da empresa. O patrimônio da pessoa física e o do empresário individual são os mesmos, logo o titular responderá de forma ilimitada pelas dívidas.
2.1.1.3 Empresa individual de responsabilidade limitada
A empresa individual de responsabilidade limitada é aquela constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não poderá ser inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. O titular não responderá com seus bens pessoais pelas dívidas da empresa. A pessoa física que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. Ao nome empresarial deverá ser incluído a expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa.
2.1.2 Tipos de atuação de forma societária
Quando duas ou mais pessoas decidem explorar algum tipo de atividade, deverão constituir uma sociedade, que poderá ser simples ou empresária. A distinção entre as duas se dá pela forma como é exercida a atividade e não pela natureza da atividade em si. Outra diferença é que as sociedades simples têm registro no cartório de registro civil, enquanto que as sociedades empresárias são registradas nas juntas comerciais.
2.1.2.1 Sociedade simples 
As sociedades simples são aquelas em que a atividade econômica é exercida ordinariamente pelos sócios, não caracterizando atividade de empresa. Dessa forma os sócios se encontram diretamente vinculados à atividade. Porém, uma vez que se perceba o elemento de empresa na sociedade simples, e essa atividade não seja mais exercida de forma pessoal, então teremos uma sociedade empresária.
2.1.2.2 Sociedade empresária
As sociedades empresárias são aquelas que exercem atividade econômica de forma organizada, dessa forma a atividade será exercida por essa organização, e não, diretamente pelos sócios. Nesse tipo de sociedade observa-se um distanciamento entre os sócios e a atividade da empresa, uma vez que exercem a atividade de forma impessoal.
No Brasil, existe uma legislação específica que rege os tipos de sociedades empresariais. O novo Código Civil, Lei nº 10.406 – 10/01/2002, traz a regulamentação das sociedades existentes no nosso Direito. A exceção são as Sociedades por Ações (Sociedades Anônimas) que continuam a ser reguladas pela Lei 6.404 – 15/12/1976.
2.1.3 Tipos de sociedade empresarial
2.1.3.1 Sociedade limitada 
Antes do CC/2002 era chamada de Sociedade por responsabilidade de cotas limitadas, sociedade limitada é aquela que realiza atividade empresarial, formada por dois ou mais sócios que contribuem com moeda ou bens avaliáveis em dinheiro para formação do capital social. A responsabilidade dos sócios é restrita ao valor do capital social, porém respondem solidariamente pela integralização da totalidade do capital, ou seja, cada sócio tem obrigação com a sua parte no capital social, no entanto poderá ser chamado a integralizar as quotas dos sócios que deixaram de integralizá-las. O documento básico que rege as relações entre os sócios nesse caso é o estatuto.
2.1.3.2 Sociedade anônima 
Este tipo de sociedade é utilizado principalmente nos casos de grandes empresas, onde o capital encontra-se dividido em ações e cada acionista é responsável apenas pelo preço de emissão de suas próprias ações (responsabilidade limitada e não solidária). Os acionistas controladores respondem por abusos. Possui várias espécies de títulos (ações, partes beneficiárias, debêntures e bônus de subscrição), é regulamentada por diversos órgãos (Assembleias Gerais e Especiais, Diretoria, Conselho de Administração e Conselho Fiscal), devendo publicar seus atos no Diário Oficial. O documento básico que rege as relações entre os acionistas nesse caso é o estatuto.
Ainda existe a Sociedade em Comandita Simples e Sociedade em Comandita por Ações, qual não indicado em razão da responsabilidade ilimitada. 
Com base no ramo de atividade da nossa empresa em questão, sendo que ela terá dois sócios, deverá ser enquadrada como sociedade. É uma empresa de prestadora de serviço de transporte, portanto, entendemos que os sócios não terão vínculo direto com o serviço prestado, não estando vinculados diretamente com a atividade. Dessa forma, a opção mais adequada seria uma sociedade empresarial. Quanto ao tipo de sociedade empresarial, considerando que os dois sócios não pretendem ter mais sócios vinculados ao negócio, concluímos que seria mais apropriado enquadrar-se como sociedade limitada. Assim o patrimônio empresarial estaria separado do patrimônio dos sócios.
2.2 DIREITO TRIBUTÁRIO
Definida a natureza jurídica da empresa, qual seja, sociedade limitada, importa avaliar - considerando a necessidade do planejamento - qual o regime tributário que trará mais benefícios para a empresa de transporte, dentre eles, tem-se: Simples Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido para o trabalho em estudo, devendo considerar ainda, a existência do regime de tributação chamado Lucro Arbitrado.
Os regimes tributários se referem às formas como são feitas as apurações dos tributos federais no país. Existem alguns aspectos que devem ser analisados para verificar se uma empresa pode aderir ao regime de tributação do Simples Nacional. Os dados da empresa são:
Ramo de atividade: Transporte de passageiros municipal e interestadual
Faturamento mensal: R$ 420.000,00
Faturamento anual: R$5.040,00,00
2.2.1 Simples nacional
Simples Nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios).
Ele reúne todos os tributos de uma empresa em uma única guia denominada Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), nela estão o IRPJ, o CSLL, o PIS, o COFINS, o IPI, o CPP, o ISS e o ICMS.
Consideram-se microempresa ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), devidamente registrados no registro de empresas mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que dentro dos limites de receita bruta previstos na legislação.
Através da Lei Complementar 139/2011 foram elevados os limites de receita bruta, para fins de opção pelo Simples Nacional. Os novos limites, válidos a partir de 2012 e que serão vigentes até 2017, são:
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais). (Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016).
No que tange as vedações para ingresso no Simples Nacional, dispõe o artigo 17: 
Art. 17.  Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte: (...)
VI - que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, exceto quando na modalidade fluvial ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano (...) grifei
Considerando-se apenas a atividade da empresa, transporte de passageiros, intermunicipal e interestadual, poderia ser enquadrada da exceção prevista no artigo 17 vez que tem características de transporte urbano e metropolitano, assim como recentemente manifestou-se a Receita Federal na Solução de Consulta nº 26 – Cosit em 16/01/2017 cujo ementa está a seguir:
ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL DE PASSAGEIROS. MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. A partir de 1º de janeiro de 2015, pode optar pelo Simples Nacional, desde que não incorra em nenhuma outra vedação constante da legislação de regência do regime, a microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros: (1) na modalidade fluvial; ou (2) nas demais modalidades, quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou quando realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes ou trabalhadores. A atividade de transporte rodoviário coletivo de passageiros, sob regime de fretamento, intermunicipal, interestadual e internacional (CNAE 4929- 9/02) e a atividade de organização de excursões em veículos rodoviários próprios, intermunicipal, interestadual e internacional (CNAE 4929-9/04) integram o rol de atividades ambíguas, que abrangem concomitantemente atividade impeditiva e permitida ao Simples Nacional.
No mesmo sentido, a informação que consta no site da Receita Federal (2017) sobre o Simples:
O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) aprovou a Resolução CGSN nº 115, de 4/09/2014, que veicula os primeiros itens da regulamentação das alterações trazidas pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014.
NOVAS ATIVIDADES
Poderá optar pelo Simples Nacional a partir de 01/01/2015  a ME ou EPP que exerça as seguintes atividades: (...)
. Tributadas com base no Anexo III da LC 123/2006:
- Serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, na modalidade fluvial, ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de estudantes e trabalhadores (retirando-se o ISS e acrescentando-se o ICMS)
Por outro lado, considerando o faturamento anual, a adesão ao simples nacional está vedada. 
2.2.2 Lucro presumido
Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas não obrigadas à apuração do lucro real previsto no artigo 246 do RIR/99, conforme disposição do artigo 516 do RIR/99 e cuja receita bruta total no ano imediatamente anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões, art. 7° da Lei 10.814/2013.
As bases de cálculo e alíquotas adotadas nesse regime para a atividade de transporte de passageiros serão:
Para o total dos serviços, a base de cálculo presumida será de 16% de IRPJ,12% de CSLL sobre o faturamento, com alíquota de 9% e 15% respectivamente. Ainda incidirá, 0.65% de PIS e 3% de COFINS;
Para o serviço de transporte municipal incidirá 2% de ISS, conforme LC 485/2014, art. 256;
Para o serviço de transporte interestadual incidirá 12% de ICMS, conforme o art. 26 do regulamento de ICMS de Santa Catarina.
No que tange aos impostos federais, esses incidirão sobre o valor total do faturamento mensal, ou seja, R$ 420.000,00. O percentual de presunção para se achar a base de cálculo do IRPJ e CSLL é de 16% e 12% respectivamente. Achando a base de cálculo aplica-se as alíquotas de 15% para IRPJ e 9% para CSLL. Quando o faturamento ultrapassar R$ 20.000,00 mensal, haverá incidência do Imposto de renda adicional, com alíquota de 10%.
IRPJ - 420.000,00X16%= 67.200,00X15%=10.080,00
IRPJ – ADICIONAL = 67.200,00 – 20.000 = 47.200,00X10% = 4.720,00
CSLL – 420.000,00X12%=50.400,00X9%=4.536,00
2.2.3 PIS e COFINS
As pessoas jurídicas tributadas pelo regime do lucro presumido estão sujeitas à apuração do PIS e da COFINS pelo regime cumulativo (Lei 9.718/98), dessa forma ocorre às alíquotas de 0,65 de PIS e 3,00% de COFINS apenas sobre a receita bruta de faturamento, não constituindo fato gerador as demais receitas auferidas, bem como não permite o abatimento dos créditos de custos, despesas e encargos. 
PIS – 420.000,00X0,65%= 2.730,00
COFINS – 420.000,00X3,00%= 12.600,00
Quanto ao tributo municipal e estadual, vamos trabalhar com a hipótese de que durante o mês, a empresa faturou R$ 210.000,00 em transporte municipal e R$ 210.000,00 em transporte interestadual.
ISS – 210.00,00X2%=4.200,00
ICMS – 210.000,00X12%=25.200,00
TOTAL TRIBUTOS É RECOLHER MENSAL PELO LUCRO PRESUMIDO: 
R$ 64.066,00
2.2.4 Lucro real
A finalidade deste regime é apurar qual a base de cálculo dos resultados de uma empresa apurados dentro do exercício, para posteriormente estabelecer valores a serem pagos à titulo de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.
Estão obrigadas a este regime, empresas com receita superior à 78.000.000,00 dentre outros requisitos previstos no artigo 246 do RIR/99.
Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro líquido, apurado pela pessoa jurídica, acrescido de adições, exclusões ou compensações requeridos pela legislação fiscal, conforme esquema a seguir:
Lucro (Prejuízo) Contábil
(+) Ajustes fiscais positivos (adições) - previstas no artigo 249 RIR/99
(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões) - previstas no artigo 250 RIR/99
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período
Importa destacar que o lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro operacional, dos resultados não operacionais e das participações.
Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de Prejuízo Fiscal, hipótese em que não haverá imposto de imposto de renda a pagar. 
As empresas que adotam o Lucro Real, com algumas exceções, deverão calcular o PIS (1,65) e a COFINS(7,6) pelo regime não-cumulativo. Nesse caso, a alíquota total é de 9,25% sobre o faturamento e, do valor apurado,a empresa poderá descontar créditos calculados com base em diversos fatores (ex: valor dos insumos adquiridos, montante da depreciação de ativos, consumo de energia elétrica etc.).
Considerando que no exemplo proposto, qual seja, a empresa de transporte, não está disposto situações que sejam qualificadas como adições (ex. Depreciação) ou exclusões (ex. Dividendos), as alíquotas serão aplicadas sobre o faturamento mensal total. 
CÁLCULO:
IRPJ - 420.000,00X15%=63.000,00
IRPJ – ADICIONAL = 420.000,00 – 20.000=400.000,00X10%=40.000,00
CSLL – 420.000,00 x9%=37.800,00
PIS – 420.000,00X1,65%= 6.930,00
COFINS – 420.000,00x7,6%= 31.920,00
ISS – 210.00,00X2%=4.200,00
ICMS – 210.000,00X12%=25.200,00
TOTAL TRIBUTOS È RECOLHER MENSAL PELO LUCRO REAL: R$ 209.050,00
QUADRO COMPARATIVO
	TRIBUTO
	LUCRO REAL 
(NÃO CUMULATIVO)
	LUCRO PRESUMIDO
(CUMULATIVO)
	IRPJ
	63.000,00
	10.080,00
	IRPJ – ADICIONAL
	40.000,00
	4.720,00
	CSLL
	37.800,00
	4.536,00
	PIS
	6.930,00
	2.730,00
	COFINS
	31.920,00
	12.600,00
	ISS (R$ 210.000,00) 
	4.200,00
	4.200,00
	ICMS (R$ 210.000,00)
	25.200,00
	25.200,00
	TOTAL
	R$ 209.050,00
	R$ 64.066,00
Pela exposição acima, denota-se que o regime de tributação mais adequado para a empresa é o lucro presumido. 
2.3 CONTROLADORIA
Hoje em dia a controladoria está sendo considerada o atual estágio evolutivo da contabilidade, pois ela apresenta um papel de suma importância na sobrevivência de organizações com um alto nível de estruturação organizacional, diferente da antiga prática contábil, cujo foco estava apenas no registro de atos e fatos contábeis. 
Atualmente o contador está envolvido com processos estratégicos, e as habilidades do controlador envolvem também, além dos conhecimentos contábeis, capacidade de gestão empresarial, talento para administrar os recursos humanos, e até mesmo conhecimentos da área de engenharia de produção. 
No caso estudado da empresa JCRW, se faz necessário um profissional contábil que sirva também de conselheiro aos sócios, dotado de amplo conhecimento da teoria contábil e da área de atuação da empresa, para realizar a melhor análise crítica das situações que se apresentarem, a fim de manter o rumo da empresa de acordo com o planejado. 
Pode-se dizer então que a função desse profissional será o acompanhamento do desempenho da JCRW, a fim de manter ela alinhada, ou seja, proporcional que as atividades desempenhadas pela mesma estejam de acordo com o planejamento inicial, focando na meta de faturamento, nos índices de desempenho necessários, no valor previsto de lucro trimestral. 
É importante considerar que muitas vezes o planejamento inicial não se realiza, e se faz necessária uma análise de cada situação não concretizada, ou até mesmo das mudanças causadas pelo mercado, quando a força externa, da economia, exercer sob a empresa um impacto não previsto, necessitando assim análise das mudanças ocorridas, para determinar, ou aconselhar as melhores medidas a serem tomadas. 
2.4 AUDITORIA E PERÍCIA CONTÁBIL
A Perícia Contábil é o modo de analisar dados e mostrar juridicamente esses fatos através de laudo pericial buscando resolver questões que envolvam contabilidade. Conforme REIS et al (2010, p. 3) “a finalidade da perícia é demonstrar, por meio do laudo pericial, a verdade dos fatos ocorridos”. 
A auditoria Contábil tem como principal finalidade levantar e avaliar os procedimentos da contabilidade afim de demonstrar que os dados estejam realmente corretos e fieis. Para Diniz (2017):
A auditoria pode ser definida coo o levantamento, o estudo e a avaliação sistemática de transações, procedimentos, rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade, com o objetivo de fornecer aos seus usuários uma opinião imparcial e fundamentada em normas e princípios sobre sua adequação.
Portanto a perícia tem como fim mostrar juridicamente sua versão através de análise enquanto a auditoria é uma revisão das demonstrações para que seja emitido um parecer.
Existem vários tipos de auditorias como a Contábil, a Operacional, de Gestão, de Sistemas Informatizados, de Qualidade e a Fiscal e que aqui terá um maior aprofundamento.
A auditoria fiscal tem grande importância para uma empresa visto que verifica o cumprimento das obrigações fiscais por parte das empresas. Conforme Guimaraes (1998, p. 12): “A auditoria fiscal visa essencialmente a verificação do cumprimento da legislação fiscal por parte do sujeito passivo do imposto e do seu correspondente relato nas demonstrações financeiras”.
Para que aconteça a auditoria fiscal é necessário que o auditor planeje seu trabalho de revisão estabelecendo estratégias que possam demonstrar a eficácia da auditoria e para isso deve ser realizado o reconhecimento prévio da empresa, seu ramo, entre outros dados. 
O Auditor deverá ainda solicitar as seguintes documentações:
Notas Fiscais de Entradas de Fornecedores.
Notas Fiscais de Entradas Emitidas pela empresa.
Notas Fiscais de saídas.
Livros Fiscais
Guias de ICMS
Havendo necessidade de outros documentos poderão ser solicitados para análise.
Para fins de avaliação e verificação, se faz necessário que o auditor faça relatórios do seu trabalho e conforme a NBC TA 230, a documentação de auditoria fornece: 
(a) evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do auditor (NBC TA 200); e
(b) evidência de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis.
Ainda diz que a documentação de auditoria tem várias finalidades com a seguir descritas:
Assistir a equipe de trabalho no planejamento e execução da auditoria;
Assistir aos membros da equipe de trabalho responsáveis pela direção e supervisão do trabalho de auditoria e no cumprimento de suas responsabilidades de revisão em conformidade com a NBC TA 220 – Controle de Qualidade da Auditoria de Demonstrações Contábeis; 
Permitir que a equipe de trabalho possa ser responsabilizada por seu trabalho;
Manter um registro de assuntos de importância recorrente para auditorias futuras;
Permitir a condução de revisões e inspeções de controle de qualidade em conformidade com a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (Pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes que executam exames de auditoria e revisões de informação financeira histórica, e outros trabalhos de asseguração e de serviços correlatos (NBC TA 220, item 2);
Permitir a condução de inspeções externas em conformidade com as exigências legais, regulamentares e outras exigências aplicáveis.
Toda a documentação produzida no processo da documentação da auditoria deverá ser arquivada para posterior análise e revisão caso haja alguma dúvida.
Portanto o arquivo de auditoria é o armazenamento de maneira física ou eletrônica dos relatórios, dados, planilhas e etc. que constituem a documentação de trabalho realizado pelos auditores.
REFERENCIAS 
BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Comitê Gestor inicia a regulamentação das alterações promovidas pela Lei Complementar 147/2014 - 08/09/2014. Disponível em: http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/noticias/noticiacompleta.aspx?id=0aadadc0-53a9-4764-925f-7a1d3f2b7ca4. Acesso em 05 mai. 2017.
CONTABILIDADE AGORA. NBC TA 230 – Documentação de Auditoria. Disponível em: http://www.contabilidadeagora.com/news/nbc-ta-230-documentacao-de-auditoria/. Acesso em 25 abr. 2017.
GUERRA, Felipe. A importância da auditoria fiscal e tributária nas empresas privadas. Disponível em: http://www.fastjob.com.br/consultoria/artigos_visualizar_ok_todos.asp?cd_artigo=627. Acesso em 09 abr 2017.
GUIMARÃES, Joaquim Fernando da Cunha. Auditoria Fiscal. Revista da Contabilidade e Comércio nº217. 1998
LUNELLI, Reinaldo Luiz. A Importância da Controladoria. Disponível em http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/importancia-controladoria.htm, Acesso em 02 mai. 2017.
LUPINUCCI, Luciana. Simples Nacional– Alterações para 2015. Disponível em: http://www.dpc.com.br/pt-br/especialista/22856. Acesso em: 05 mai. 2017.
MARTIN, Nilton Cano. Da contabilidade à controladoria: a evolução necessária. Rev. contab. finanç. [online]. 2002, vol.13, n.28, pp.7-28.
NORMAS LEGAIS. Resolução Conselho Federal De Contabilidade - CFC Nº 1.206 DE 27.11.2009 Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1206_2009.htm, acesso em 25 abr. 2017.
ROSA, Everton Carsten da. O papel da controladoria. Disponível em: https://www.ecrconsultoria.com.br/biblioteca/artigos/controladoria-estrategica/o-papel-da-controladoria. Acesso em 02 mai. 2017.
SEBRAE. Os diferentes tipos de empresas. Disponível em: http://blog.pr.sebrae.com.br/wp-content/uploads/sites/2/2014/09/Info_Tipos_de_Empresas_2_A.jpg. Acesso em 02/05/2017
SETECO CONSULTORIA CONTÁBIL. Serviços de transporte – ISS ou ICMS. Disponível em: http://www.seteco.com.br/servicos-de-transporte-iss-ou-icms-4/. Acesso em 05 mai. 2017.
SYHUS CONTABILIDADE. Tipos de CNPJ. Disponível em: http://abrasuapj.com.br/tipos-de-cnpj/. Acesso em 05 mai. 2017.
TRIGUEIRO, Rodrigo de Menezes et al. Metodologia Científica. Londrina: Educacional, 2014.

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