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Modelo de pedido de revogação de prisão preventiva – Peça processual Jurisciência

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Modelo de pedido de revogação de prisão preventiva
– Peça processual
Enviado por Admin, em 28/09/2013, às 00:10:22 
Palavras­chave: Direito Penal, Homicídio, Modelo, Peça Processual, Pedido de revogação, Prisão Preventiva
EXCELENTÍSSIMO  SENHOR  DOUTOR  JUIZ  DE  DIREITO  DA  (…)  VARA  DO  TRIBUNAL  DO
JÚRI DA COMARCA DE (…)
Processo nº (…)
FULANO DE TAL,  já  devidamente  qualificado  nos  autos,  através  de  seus  procuradores  ao  final  subscritos,
vem respeitosamente a presença de V. Exa., requerer
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
Com fulcro no art. 316 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
FATOS
O  acusado  foi  preso  no  dia  (DATA),  quando  se  dirigia  para  a  casa  de  seu  pai,  sob  o  argumento  de  estar
envolvido no homicídio no parque municipal  da  cidade,  conforme Boletim de Ocorrência  anexado  aos  autos
(BO nº.).
Apesar da denúncia oferecida pelo Ministério Público, não existem indícios de que tenha sido o FULANO DE
TAL  o  responsável  pelas  execuções  relatadas  pela  autoridade  policial,  exceto  pelo  depoimento  de  uma
testemunha – que diga­se, ex namorado de sua esposa, portanto, sem desafeto declarado – que oportunamente
lhe imputa a autoria do crime.
Primeiramente, todas as testemunhas que presenciaram o fato – inclusive o próprio BELTRANO DE TAL (ex
namorado da esposa de FULANO DE TAL) – relataram, na data do fato, que não poderiam dar detalhes sobre a
o  executor  do  delito  em  tela.  Posteriormente  o  BELTRANO DE  TAL  se  apresentou  à  polícia  apresentando
minúcias (que antes não sabia dizer) acerca do sujeito que praticou o crime.
Desde  o  início  da  persecução  penal  até  a  presente  data,  o  acusado  nada  fez  para  que  justificasse  seu
encarceramento, não atentou contra a ordem pública, não  tentou atrapalhar a  instrução criminal, não ofereceu
qualquer  resistência  e  sequer  coloca  em  risco  a  integridade  de  outrem.  Não  há,  portanto,  preenchimento  de
requisito legal para a manutenção de sua prisão.
O acusado é mantido preso a cerca de 1 ano e 4 meses sem sequer existir motivo plausível que justifique este
excesso. O Sr. FULANO DE TAL desde o início se comprometeu a colaborar com toda a persecução penal, no
que  couber,  de  forma  que  seu  encarceramento  torna­se  obsoleto. Da mesma  forma,  o  acusado  é  trabalhador
honesto, tem residência fixa, filhos, e nunca se envolveu em nenhum processo criminal.
Diante da desnecessidade de sua manutenção na prisão, a revogação da prisão preventiva é medida que se pede.
Em síntese, são os fatos.
DIREITO
A prisão  cautelar  é  medida  excepcional,  regida  pelo  princípio  da  necessidade,  mediante  a  demonstração  do
fumus boni iurise do periculum in mora, porquanto restringe o estado de liberdade de uma pessoa, que ainda não
foi  julgada  e  tem  a  seu  favor  a  presunção  constitucional  da  inocência,  nos  termos  do  art.  5º  da Constituição
Federal.
No mesmo sentido o artigo 7º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa
Rica (1969) – que declara o direito a um julgamento em prazo razoável, sob pena de incorrer em arbitrariedade.
A manutenção  da  prisão  do  acusado  não merece  prosperar,  uma  vez  que  este  não  preenche  os  requisitos  da
prisão preventiva elencados no artigo 312 do CPP.
O acusado possui residência fixa e pretende colaborar com toda a persecução penal, no que couber. Não oferece
risco  à  instrução  criminal  e  tampouco  aos  possíveis  envolvidos  na  persecução  penal,  razão  pela  qual  não
justifica a prisão preventiva. É um trabalhador honesto e tem família que precisa de seu trabalho para o próprio
sustento.
A previsão dos artigos 316 e 319 do CPP é clara quanto a possibilidade de sua revogação, bem como do caráter
excepcional da prisão preventiva. Esses dois dispositivos legais deixam claro que a prisão preventiva é medida
subsidiária  e  não  pode  ser  decretada  ou  convertida  sem  que  antes  tenha  sido  imposta  uma medida  cautelar
alternativa e, ainda em último caso.
Nesse sentido o professor Luiz Flávio Gomes1:
A prisão preventiva não é apenas a ultima ratio. Ela é a extrema ratio da ultima ratio. A regra é a
liberdade; a exceção são as cautelares restritivas da liberdade (art. 319, CPP); dentre elas, vem por
último, a prisão, por expressa previsão legal. g. n.
Nesse mesmo sentido, a jurisprudência assim explana:
Não demonstrada, suficientemente, a necessidade da prisão preventiva, merece prosperar o pedido
de sua desconstituição. Recurso provido.(RSTJ 106430).
DO EXCESSO DE PRAZO
Ocorre que, afora o alegado, tem­se transcorrido mais de 90 (noventa) dias desde seu encarceramento e ainda
não  houve  o  encerramento  da  instrução  criminal,  restando  caracterizado  o  Constrangimento  Ilegal  que  vem
sofrendo o acusado.
É  pacífico  em  nossos  Tribunais  o  entendimento  da  incidência  do  Excesso  de  Prazo  em  casos  como  o  do
acusado, impondo a concessão da presente medida, como segue:
“Decidiu o T.ªCrim/SP. Os prazos não podem ser contados um a um, isto é, aqueles que medeiam
entre um ato processual e outro para que tenha corporificado o constrangimento ilegal, proveniente
da  demora  na  formação  da  culpa  do  detento.  O  que  deve  ser  considerado  É  O    TEMPO
 DECORRIDO  ENTRE  A PRISÃO  EM  FLAGRANTE  E  O  TÉRMINO  DA  INSTRUÇÃO
 QUE  NÃO  PODE  EXCEDER  DE  81  DIAS.” (RT 526/362).
A  jurisprudência  fixou  em  81  dias  o  PRAZO  PARA  O  TÉRMINO
A  jurisprudência  fixou  em  81  dias  o  PRAZO  PARA  O  TÉRMINO
DA INSTRUÇÃO CRIMINAL ESTANDO PRESO O ACUSADO.  Ocorrendo excesso nesse prazo
sem  motivo  justificado,  IMPÕE­SE  O  RELAXAMENTO  DE  FLAGRANTE.  (RT  526/356  e
223/375).                                                           
O EXCESSO DE PRAZO devidamente comprovado, já está fora do Princípio do Prazo Razoável adotado pelos
nossos Tribunais, restando constatada a violação da garantia da liberdade individual e ao Princípio do Devido
Processo Legal.
INSTRUÇÃO  PROCESSUAL.  RÉU  PRESO.
EXCESSO DE PRAZO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM CONCEDIDA.
Traduz  manifesto  constrangimento  ilegal,  remediável  pelo  habeas  corpus,  excesso  de  prazo  que
supera  largamente  o  prazo  processual  máximo  e  os  limites  de  tolerância  jurisprudencial  na
conclusão de processo de réu preso2.
HABEAS  CORPUS – ALEGADO  EXCESSO DE  PRAZO  NA  FORMAÇÃO  DA  CULPA –
RÉU  PRESO HÁ  MAIS  DE  05 (CINCO) MESES –  INSTRUÇÃO  CRIMINAL AINDA  NÃO
  ENCERRADA  –  ATRASO    NÃO    IMPUTADO    À    DEFESA  –  EXCESSO    DE    PRAZO
  CONFIGURADO  –  CONSTRANGIMENTO    ILEGAL    CARACTERIZADO  –  ORDEM
 CONCEDIDA  –  Réu preso há mais de 05 (cinco) meses sem que a instrução criminal tenha se
encerrado,  e não estando o atraso  imputado à defesa,  caracteriza­se o constrangimento  ilegal por
excesso de prazo na formação da culpa, autorizando a concessão do remédio heróico3.
 
HABEAS   CORPUS   –   EXCESSO   DE   PRAZO   –   DEMORA    INJUSTIFICADA.   A prisão
preventiva  nasce  e  morre  no  processo  que  a  justificou.  Assim  se  é  excedido  o  prazo  legal  do
procedimento destinado a instrução, não pode a medida cautelar subsistir. Em sendo a formação da
culpa  excessivamente  retardada  e  inexistindo  culpa  do  acusado  pela  morosidade,  impõe­se  a
concessão da ordem de “habeas­corpus”4.
Por  pior  que  seja  o  indivíduo,  e  por  mais  negra  que  seja  a  sua  vida  pregressa,  tem  direito  a
julgamento  segundo  os  prazos  estabelecidos  pela  lei.  Assim,  constatado  condenável  excesso  de
prazo  naformação  da  culpa,  admissível  é  o  reconhecimento  de  constrangimento  ilegal,  ainda
quando se encontre praticamente encerrada a fase instrutória do procedimento5.                               
                       
Pelo exposto, verifica­se que a concessão da liberdade ao acusado FULANO DE TAL, é medida que se impõe,
face o constrangimento ilegal em razão do excesso de prazo já existente, o que, aliás, tende a se prolongar.
PEDIDO
Ante o exposto, requer­se:
a. A  revogação da prisão preventiva,  por  ausência de  requisitos para  sua manutenção e pelo  injustificado
excesso de prazo, com a expedição do respectivo alvará de soltura.
b. A intimação do Ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei.
Termos em que
Pede e aguarda Deferimento
LOCAL E DATA
ADVOGADO
OAB
1Prisão e Medidas cautelares – Comentários à Lei 12.403/2011. São Paulo: RT, 2011.
2TJSC – HC 2004.011496­6.
3TJMT – HC 5.530/01 – Campo Verde – 2ª C. Crim. – Rel. Des. Donato Fortunato Ojeda – J. 22.08.2001.
4TJ­SC. Ac. unân. Da 2ª Câm. Crim. – HC 8.460 – Relator Des. Aloysio Gonçalves – Pacte. Wenceslau Rodrigues de Oliveira – Adv.
Juarez Dias Marques e Ronald Rothfuchs de Lima.
5HC 69.492 – TACrim/SP – Rel. Geraldo Pinheiro.
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Comentários
2 comentários sobre “Modelo de pedido de revogação de prisão preventiva – Peça
processual”
1.   Edson Pires da Fonseca disse:
5 de novembro de 2013 às 9:55
Prezado Gilmar, qualquer cidadão pode impetrar HC em seu próprio benefício ou de terceiros. Em razão
da importância do bem jurídico tutelado pelo HC, a liberdade de locomoção, não se exige para a sua
impetração o “jus postulandi”.
2.   gilmar oliveira disse:
5 de novembro de 2013 às 2:50
SOU JUIZ DE PAZ E ARBITRAL POSSO ENTRAR COM O PEDIDO DE RELAXAMENTO OU HC
EM FAVOR DE DETENTO?
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