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Montesquieu e a Separação de Poderes

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*
CIÊNCIA POLÍTICA
Montesquieu
Separação de Poderes – Democracia - Partidos 
Prof. Pós-Ph.D. Sergio Luiz de Souza Vieira
*
Montesquieu (1689-1755)
Charles-Louis de Secondat, Barão de La Brède e de Montesquieu.
Político, filósofo e escritor francês. 
Principais obras: como Cartas persas (1721), Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência (1734) e O Espírito das leis (1748). É um dos autores da Enciclopédia, junto como Diderot e D”Alembert.
Recebeu influências de Locke.
Também foi perseguido pela Igreja Católica por “Espírito das Leis”.
*
Os dois poderes
A teoria política criada Montesquieu tem por base a divisão dos poderes do Estado e se tornar ainda uma das fontes do direito para acadêmicos e políticos até hoje, portanto, é um dos autores clássicos.
 Inicialmente o autor defendia apenas dois poderes: o Executivo e Legislativo, pois antes não considerava o Judiciário como um poder.
*
Os três poderes
Na obra: “O Espírito das Leis“, defendeu a divisão do poder público em três poderes, conforme o modelo político constitucional inglês. 
Para o autor, esta separação seria essencial para propiciar liberdade do cidadão em se sentir seguro perante o Estado e perante outro cidadão (segurança jurídica).
Entendia que se fosse dado a mais de um desses poderes o poder de legislar e ao mesmo tempo julgar essa medida seria extremamente autoritária e arbitrária perante o cidadão que estaria praticamente indefeso, ou seja, estaria a mercê de um juiz legislador.
 Portanto, o poder de julgar, do juiz, não confere ao mesmo o direito de legislar.
*
Equilíbrio de Poderes
*
Equilíbrio dos poderes
Poder Executivo  responsável pela administração do território e concentrado nas mãos do monarca ou regente.
Poder Judiciário  responsável pelo julgamento de todos perante em conformidade com as leis.
Poder Legislativo  responsável pela elaboração das leis e representado pelas câmaras de parlamentares. Ou seja, defendia a existência de uma Monarquia Parlamentar. 
 Este poder seria dividido em duas forças: a Câmara do Lordes, por sua vez composta por aristocratas indicados pelo monarca ou regente e a Câmara dos Comuns, eleitos pelo povo.
*
Governo e a natureza humana
O governo é o maior de todos os reflexos da natureza humana? 
Se os homens fossem anjos, não seria necessário haver governos. 
Nunca se deve perder de vista o fato de que os homens serem "ambiciosos, vingativos e rapaces. 
Pensar de modo diferente seria ignorar o curso uniforme dos acontecimentos humanos e desafiar a experiência acumulada ao longo dos séculos.
*
Formas de Governo
e seus “espíritos”
República  patriotismo
Democracia  virtude
Aristocracia  Moderação
Monarquia  Honra
Despotismo  Terror
*
Formas puras e impuras
de governos Monstesquieu (Aristóteles)
*
O Espírito das Leis
“As leis escritas ou não, que governam os povos, não são fruto do capricho ou do arbítrio de quem legisla. Ao contrário, decorrem da realidade social e da História concreta própria ao povo considerado. 
Não existem leis justas ou injustas. O que existe são leis mais ou menos adequadas a um determinado povo e a uma determinada circunstância de época ou lugar. O autor procura estabelecer a relação das leis com as sociedades, ou ainda, com o espírito dessas”.
*
Motor da História
Monarquia  honra
República  virtude
*
Montesquieu e o Federalismo
Montesquieu era favorável à reunião de Estados em república confederada, compreendida por ele como uma forma de ampliação da esfera do governo popular, capaz de conciliar as vantagens do republicanismo e da monarquia.
*
Segundo Montesquieu
“Uma república desse tipo é capaz de resistir a uma força externa. Se um membro isolado tentasse usurpar a autoridade suprema, não seria plausível que lhe atribuíssem igual autoridade e crédito em todos os Estados confederados. 
Se quisesse exercer uma influência excessiva sobre um deles, isso alarmaria os demais. 
Se subjugasse uma parte, as que ainda permanecessem livres poderiam se contrapor a ele. Caso ocorra uma insurreição popular num dos Estados, os outros têm condições de reprimi-la”.
*
A origem do Federalismo
O federalismo nasce como um pacto político entre os Estados, fruto de esforços teóricos e negociação política. 
Um pacto político, digamos assim, fundante, pois, por seu intermédio, se constituíam os Estados Unidos enquanto nação. 
A opção pela preservação da União, entretanto, não se deveu ao amor pela inovação constitucional e, tampouco, deixou de levantar críticas.
*
Antifederalismo
Inspirados na reflexão de Montesquieu, calcada na história europeia, os "Antifederalistas" apontavam para os riscos à liberdade inerentes a um grande Estado, cujas características os levava a se transformar em monarquias militarizadas. 
Frente a este quadro, propunham a formação de três ou quatro confederações como forma de respeitar o tamanho ideal dos governos populares.
*
Pacto Federativo
Todavia, para evitar as rivalidades comerciais, estas sim as causadoras da militarização e do fortalecimento do executivo, concebeu-se o pacto federativo. 
Este pacto favoreceria o desenvolvimento comercial dos Estados Unidos, formando uma nação de grande extensão territorial que não dependeria de grandes efetivos militares.
*
FEDERALISMO
Conceito utilizado para explicar a UNIÃO e sistematização política de vários estados para formar uma única NAÇÃO. Exemplos: EUA, Argentina, Azerbaijão, etc. 
*
Pacto Federativo
O pacto federativo pode ser definido como a União dos entes federados dotados de autonomia e submetidos ao poder central soberano. 
Nesse sistema, os entes federados aliam-se em comum acordo para criar um governo central, que absorverá algumas prerrogativas que competiam às unidades constitutivas. 
Via de regra, as unidades subnacionais perdem atribuições para a política externa, defesa do país, à moeda, aos serviços de correios e telecomunicações, bem como as esferas do Direito Penal e Civil. 
*
Contrato Federativo
“O contrato federal significa o acordo entre as diversas comunidades territoriais para a formação de uma comunidade política mais ampla. Tal contrato só é possível se houver o interesse compartilhado de pertencer a uma comunidade mais ampla. O contrato significa:
1) que as comunidades transferem parte dos seus poderes para um centro político nacional, 
2) que há consenso das partes envolvidas em torno das políticas que estabelecerão a comunidade política – 
3)que significa delimitar o campo de ação de cada esfera de governo e,
(4) que há garantia constitucional e institucional de autonomia para cada ente federativo, o que significa autonomia para constituir seus governos.
*
Equilíbrio Federativo
O equilíbrio federal é estabelecido entre as esferas de poder - governo central e governos constituintes, o que significa que nenhuma das esferas de poder da estrutura federal deve sobrepor-se à outra.
Nesse sistema coexistem uma esfera Nacional, representando a União, enquanto ente federado, e outras esferas subnacionais descentralizadas, representando os estados-federados, cujo poder político é exercido de forma autônoma, respeitando os limites constitucionais estabelecidos em âmbito federal. 
*
Autonomia e Soberania
Na federação o Estado-Membro possui autonomia, entretanto, falta-lhe soberania e representação na ordem internacional, cabendo à União representar a nação enquanto totalidade.
Destaca-se que essas esferas autônomas têm poderes únicos e concorrentes para governarem sobre o mesmo território e as mesmas pessoas. Dessa forma, o sistema federativo tem a capacidade de acomodar e reconciliar a competição e os conflitos..
*
Pressupostos do Federalismo
São pressupostos do federalismo: existência de uma Constituição Federal; 
igualdade entre os entes federados; 
repartição, pelo texto Constitucional, de competências (federais,estaduais e municipais);
existência de um poder fiscalizador do cumprimento da Constituição; 
garantia da integridade dos entes, 
impossibilidade de usurpação de competências locais, isto é, o legislador federal não está autorizado a legislar sobre matérias cuja competência seja estadual e vice-versa; 
princípio da cooperação, que deriva do pacto firmado entre os entes.
*
República Federativa da Brasil
A República Federativa do Brasil, consoante ressalta o art. 1°, caput, da Constituição da República de 1988 (CR/88), constitui-se de:
 um Estado Democrático de Direito, formado pela união indissolúvel dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, qualifica-se, portanto, como um Estado Federal.
 Tanto é assim, que a CR/88 proíbe emendas nas seguintes matérias, a teor do art. 60, § 4º, verbis: “§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I- a forma federativa de Estado; [...]”. (BRASIL, 2008, p. 53)
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Com a Constituição de 1988
A Federação foi redesenhada em benefício dos Estados e Municípios, esta tratou de restabelecer as condições políticas e mesmo econômicas de autonomia das unidades federadas. 
As porcentagens de impostos federais que compõem o FPE (Fundo de Participação dos Estados) e o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) aumentaram consideravelmente. 
Destaca-se que os critérios de distribuição de recursos fiscais e financeiros permitiu que regiões menos dinâmicas e pouco habitadas como os micro municípios disponham de receitas relativamente elevadas, enquanto os grandes municípios são contemplados com recursos insuficientes para atender à sua população, mas incentivou o surgimento de grande número de pequenos municípios.
*
Democracia e a Independência EUA
A democracia grega teve seu apogeu nos séculos V e IV a.C., com as sucessivas derrotas nas guerras nos períodos seguintes, acabou sendo suplantada pela Macedônia e mais tarde pelo domínio romano. 
Durante muito tempo a palavra democracia ficou esquecida, até a independência dos Estados Unidos da Inglaterra, e a necessidade de se criar um poder local, culminando na disputa pela ratificação da Constituição estadunidense, que também inovou ao proclamar a democracia representativa.
*
Democracia Antiga
Na Grécia clássica, mais precisamente em Atenas, vigorou a democracia direta que durou aproximadamente dois séculos; até Atenas ser subjugada pela Macedônia e mais tarde por Roma. 
Foram os gregos que criaram a palavra democracia; a primeira parte “demos” possuía muitos significados entre o povo grego, dentre eles o de povo como um todo e às vezes significava gente comum ou pobre. A segunda parte “cracia” significava poder ou governo.
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Democracia Moderna
A democracia moderna é a representativa, que é aquela na qual o povo é a fonte primária do poder, mas por poder dirigir os negócios do Estado diretamente, outorga as funções de governo aos representantes eleitos periodicamente.
A participação dos cidadãos na democracia representativa é feita de forma indireta, periódica e formal, por meio das instituições eleitorais.
A base da democracia moderna é sem dúvida o instituto da representação e o seu adequado governo representativo, organizado em decorrência do amplo exercício das liberdades individuais.
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Conceito moderno de democracia
O moderno conceito de democracia está ligado a ideia de liberdade individual, que se traduz no uso dos direitos individuais, podemos dizer, ainda, que a democracia é o regime da liberdade política − que consiste em associarem-se os cidadãos ao exercício do poder, para impor limites ao uso arbitrário deste poder. Tendo a representação como regra para realizar a participação dos cidadãos no exercício do poder político.
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Crise na Democracia Representativa
A crise da democracia representativa reflete-se em vários problemas, dentre os quais a incapacidade das instituições políticas de captar as exigências sociais e de transformá-las em decisões políticas, bem como a falta de credibilidade em alguns políticos em decorrência das constantes denúncias de corrupção. 
Na segunda metade do século XX os partidos políticos passaram a desempenhar relevantes funções institucionais, como a formação de opinião pública, o apoio e crítica ao governo, a mediação entre governo e governados, porta-vozes das reivindicações dos cidadãos etc.
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Na atualidade
O que ocorre atualmente é a crise partidária caracterizando-se pela incapacidade dos partidos políticos de agregar e transformar as demandas da sociedade em decisões políticas; perdendo desta forma o seu papel de captador e de mediador entre governados e governo. 
Assim, as grandes distorções no processo de mediação política continuam, dificultando o fortalecimento da estabilidade democrática.
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Crise político-partidária
Em virtude dessa lacuna a sociedade contemporânea, que hoje em dia apresenta-se complexa e diversificada, passou a se organizar em grupos de interesses e movimentos sociais para juntos levarem as suas reivindicações.
 Diante deste quadro, a ideia de que os partidos políticos exercem sozinhos o papel da representação desmoronou. 
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Crise da Representatividade
Decorre deste cenário a perda do padrão de representatividade dos partidos políticos em função das atuações das associações e movimentos sociais, que atualmente são capazes de suprir as deficiências da representação política. 
Desta forma, o partido político deixa de constituir o único e talvez o mais importante coletor das aspirações populares e direcionador do estado.
Porém, é indispensável à necessidade da reaproximação entre governados e governantes na tentativa de superar a crise da representatividade.
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