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SEGURANÇA DO TRABALHO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO 
ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2018 
 
 
RESUMO 
 
A construção civil é um dos setores da economia que mais contrata 
mão–de-obra, se comparada com outros setores, sejam estes setores 
[GRMC1] Comentário: Márcio, o seu 
resumo está enorme por não dizer 
gigantesco. Além de que deve reduzir o 
mesmo para menos de 250 palavras, deve 
ser escrito num parágrafo só. Muito do nele 
apresentado é próprio da Introdução. 
públicos ou privados. E por contratar mais trabalhadores, a probabilidade de 
os trabalhadores se exporem a determinados riscos e doenças ocupacionais 
na execução de qualquer serviço na construção civil, também se eleva. A 
preocupação com a segurança e saúde dos trabalhadores é muito recente. 
Ela iniciou-se no século XVIII, era da revolução industrial, onde as máquinas 
e equipamentos eram os grandes vilões dos trabalhadores daquela época, 
devido a causas de acidentes. Nesta época os Empregadores não tinham 
preocupação alguma com a saúde e segurança de seus trabalhadores, e 
nem mesmo normas de segurança e saúde não existiam, por estes e outros 
motivos, os trabalhadores sofriam diversos tipos de acidentes e doenças na 
execução de suas tarefas. Hoje, existem muitas leis que zelam pela 
segurança e saúde dos trabalhadores, e essas leis obrigam os 
empregadores a cuidar de seus trabalhadores, tanto de sua saúde, em 
relação a exposição aos riscos de uma dada atividade, quanto a sua 
segurança, ou seja, se o trabalhador sai de sua casa com saúde, e ao 
retornar tenha tido algum tipo de comprometimento de sua saúde, a 
empresa tem o dever legal de dar todo respaldo a este trabalhador. No Brasil 
os acidentes ocorrem com maior frequência no trânsito, em seguida na 
construção civil, em relação a este último, ocorrem devido a 
comportamentos inseguros dos trabalhadores, como por exemplo, a não 
utilização de seus equipamentos de segurança, a brincadeiras e disputas 
relacionadas ao trabalho, entre vários motivos, e pela falta das condições de 
segurança que a empresa deveria legalmente proporcionar a seus 
trabalhadores, como; A instalação de proteções coletivas na obra, uma boa 
área de vivência, que proporcione aos trabalhadores um mínimo de saúde e 
conforto, treinamentos de segurança, entre outros. Quando um trabalhador 
se machuca na obra, as consequências são enormes, ou seja, sofreram com 
este acidente, o próprio trabalhador vítima do acidente, sua família, a 
empresa e também o governo. Atualmente temos 36 normas de segurança e 
saúde criadas pelo Ministério do Trabalho. A norma de segurança especifica 
para a construção civil é a Nr 18, que trata das condições e do meio 
ambiente de trabalho na construção civil, esta norma foi criada pela portaria 
3214 dentro da lei 6514 do Ministério do Trabalho. Outras normas também 
podem ser empregadas na construção civil, e estão atreladas a norma 
regulamentadora nº 18. As máquinas e equipamentos são essenciais para 
um bom andamento no processo de uma construção, porém oferecem sérios 
riscos a seus operadores e pessoas que transitam pelo entorno onde as 
mesmas operam, devendo assim, toda área ser isolada e também 
sinalizada, para que ninguém corra algum risco de acidente. Toda obra de 
construção civil, deverá ter obrigatoriamente um plano de emergência, para 
evitar prejuízos, tanto pessoal, quanto material. Este plano de emergência é 
especificado pela norma regulamentadora nº 23, e pelo corpo de bombeiros. 
Um fator integrante muito importante num plano de emergência, é o sistema 
de combate a incêndio, onde o objetivo deste sistema é combater o princípio 
de incêndio, ou seja, o chamado fogo. Quando este princípio de incêndio se 
torna incontrolável, não caberá mais a empresa tomar suas providências em 
combatê-lo, e sim o pessoal do corpo de bombeiros. Toda Empresa tem uma 
equipe treinada, para agir em caso de princípio de incêndio, a chamada 
Brigada de incêndio. Esta equipe periodicamente recebe treinamentos, tanto 
do pessoal da cipa, quanto do sesmt. Nestes treinamentos aprendem por 
exemplo a manusear os extintores de incêndio, os hidrantes, os comandos 
de ativação dos splinkers, entre outros, e todos os procedimentos de 
primeiros socorros, para atuarem, caso haja alguma vítima necessitando de 
ajuda. 
 
Palavras-Chaves: Segurança do Trabalho, Construção Civil, 
Acidente de Trabalho 
 
 
ABSTRACT 
 
Civil construction is one of the sectors of the economy that most 
contracts labor, if compared to other sectors, whether these public or private 
sectors. And by hiring more workers, the likelihood of workers exposing 
themselves to certain occupational hazards and illnesses in the execution of 
any service in construction, also rises. Concern about the health and safety 
of workers is very recent. It began in the eighteenth century, the era of the 
industrial revolution, where machines and equipment were the great villains 
of the workers of that era, due to accidents. At this time Employers had no 
concern for the health and safety of their workers, and even safety and health 
standards did not exist, for these and other reasons, workers suffered various 
types of accidents and illnesses in the execution of their tasks. Today, there 
are many laws that protect workers' health and safety, and these laws oblige 
employers to take care of their workers, both their health, in relation to 
exposure to the risks of a given activity, and their safety, that is, if the worker 
leaves home with health, and when returning has had some type of 
commitment of his health, the company has a legal duty to give all support to 
this worker. In Brazil accidents occur more frequently in traffic, then in civil 
construction, in relation to the latter, due to unsafe behavior of workers, such 
as the non-use of their safety equipment, games and disputes related to 
work, among several reasons, and by the lack of safety conditions that the 
company should legally provide to its workers, such as; The installation of 
collective protections in the work, a good living area, which provides workers 
with a minimum of health and comfort, safety training, among others. When a 
worker is injured in the work, the consequences are enormous, that is, they 
suffered with this accident, the accident worker himself, his family, the 
company and also the government. Currently we have 36 safety and health 
standards created by the Ministry of Labor. The specific safety standard for 
civil construction is Nr. 18, which deals with conditions and the working 
environment in civil construction, this standard was created by ordinance 
3214 within law 6514 of the Ministry of Labor. Other standards can also be 
used in construction, and are linked to regulatory rule # 18. The machines 
and equipment are essential for a good progress in the process of a 
construction, but they pose serious risks to its operators and people who 
move through the environment where they operate, so that every area is 
isolated and also signaled so that nobody runs any risk of accident. All civil 
construction work must have an emergency plan to avoid damages, both 
personal and material. This emergency plan is specified by Regulatory 
Standard No. 23, and by the fire department. A very important factor in an 
emergency plan is the fire-fighting system, where the purpose of this system 
is to combat the principle of fire, that is, the so-called fire. When this fire 
principle becomes uncontrollable, it will not be for the company to take action 
to combat it, but for the staff of the fire department. Every company has a 
trained team, to act in case of fire principle, the so-called Fire Brigade. This 
team periodicallyreceives trainings, both from the staff of the cipa, and from 
the sesmt. In these trainings they learn, for example, how to handle fire 
extinguishers, hydrants, splinters activation commands, among others, and 
all first aid procedures to act if there are any victims needing help. 
 
 
 
 
Keywords: Work Place Safety, Construction, Work Accident 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 CAPITULO 01- INTRODUÇÃO E OBJETIVOS............................................................13 
 
 
 Delimitação do tema................................................. 
...................................14 
Justificativa...................................................................................................14 
Problema......................................................................................................14 
Hipótese.......................................................................................................14 
Objetivo........................................................................................................14 
Metodologia..................................................................................................15 
 
 
CAPÍTULO 02 –Segurança do Trabalho na Construção Civil.................15 
2.1 História da Segurança do 
Trabalho......................................................17 
2.2 Legislação de Segurança do 
Trabalho…………..................................18 
2.3 Acidente de 
trabalho............................................................................21 
2.3.1 Causas de Acidente de 
Trabalho.........................................................25 
2.3. Consequências de Acidente de 
Trabalho…………..............................26 
2.4 Normas regulamentadoras mais aplicadas na Construção 
Civil.........26 
2.5 Máquinas e equipamentos mais usados na Construção 
 Civil e seus riscos................................................................................32 
2.6 Área de 
Vivência..................................................................................42 
2.7 Plano de Emergência……..……………..………….…..........................45 
2.7.1 Combate a Incêndio…………………….…………..…...........................46 
2.7.2 Primeiros Socorros..............................................................................50 
 
CAPÍTULO 03 –Terceirização de mão-de-obra na Construção Civil 
3.1 Porque a Tomadora de Serviços terceiriza sua mão-de-obra.............57 
CONCLUSÃO...............................................................................................65 
REFERÊNCIAS............................................................................................66 
 
 
CAPITULO 01 - INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 
 
 
A indústria da construção civil, diferente de outros segmentos da 
economia, é um setor que mais emprega trabalhadores, e por este motivo 
maiores serão as probabilidades de ocorrer algum tipo de acidente ou 
doença, relacionados a exposição aos riscos presentes, ou que possam vir a 
existir no ambiente da obra. Os acidentes na construção civil ocorrem 
principalmente devido à falta de programas em segurança e saúde no 
trabalho, que tem por objetivo evitar os acidentes e as doenças. Estes 
programas devem ser implantados e sempre que necessário atualizados 
pelas empresas, conforme determina a portaria 3214 do Ministério do 
Trabalho e Emprego. Este último é o órgão responsável em fiscalizar as 
empresas se há existência destes programas e de outras normas. 
Nascimento et. al. (2009), comenta que uma forma de prevenir acidente é 
treinando e orientando o trabalhador para bem desenvolver suas atividades 
de forma segura. O treinamento deve ser realizado em linguagem acessível, 
enfatizando as atividades que serão desenvolvidas, os métodos que serão 
utilizados, os riscos a que os trabalhadores estarão expostos e o que será 
esperado deles. Visa-se, assim, criar condições para que possam colaborar 
com a promoção das condições de trabalho e dar subsídios para aprimorar o 
planejamento, além de facilitar o controle do desenvolvimento das 
atividades. 
Todos os anos milhares de trabalhadores são vítimas de acidente de 
trabalho, acidentes que poderiam ser evitados, com informação, com cautela 
e principalmente com cuidado e valorização do ser humano. Nosso objetivo 
também é levar a todos leitores as informações básicas sobre; como se 
evitar acidentes de trabalho na construção civil e como agir em caso de sua 
existência. Iremos falar também neste trabalho, um pouco sobre a história 
dos acidentes, o que causam os acidentes, quais são suas consequências, e 
 
 
 
 
 
também quais são as medidas preventivas a serem tomadas caso haja a 
ocorrência de um acidente. 
 
 
 
 
Delimitação do tema 
 
A Segurança do Trabalho pode ser aplicada em qualquer segmento da 
economia, desde que os trabalhadores estejam regidos pela CLT, ou 
empresas mistas. Este estudo não foi focado em nenhum outro segmento a 
não ser a construção civil. 
 
Justificativa 
A indústria da construção civil é um setor da economia onde se tem mais 
riscos de acidentes, se comparados a outros segmentos. Daí a importância 
de nos atentarmos com mais rigor neste campo de atuação 
 
 Problema 
São vários os problemas nos processos de trabalho na construção civil, mas 
podemos destacar aqui os mais relevantes como por exemplo: os riscos 
Físico, químico, biológico, ergonômico e acidentes, na tentativa de reduzi-los 
ou até mesmo eliminá-los, portanto a atuação do profissional técnico de 
segurança se faz cada vez mais necessária neste campo. 
 
Hipótese 
Criar procedimentos que valorizam a vida dos funcionários, como forma de 
prevenção e valorização do ambiente de trabalho. 
 
Objetivo Geral 
Apresentar através deste trabalho a importância da prevenção de acidentes 
na indústria da construção civil. 
 
Objetivo Específico 
Conscientizar todos trabalhadores para que não sofram acidentes e doenças 
na execução de suas atividades. 
 
Metodologia 
O trabalho será produzido por intermédio de pesquisas bibliográficas 
enfocando os principais conceitos de competências, como desenvolvê-las e 
os modelos existentes em uso pelas organizações, sendo por meio de coleta 
e levantamento de dados na pesquisa. 
 
 
 
 
Capítulo 02 - Segurança do Trabalho na Construção Civil 
 
A Segurança do Trabalho na Construção Civil é uma das maiores 
preocupações de todos aqueles que trabalham diariamente em canteiros de 
obra, devido aos riscos ali presentes, ou seja, riscos de queda de altura, 
choque elétrico, inundação, enchente, desmoronamento, lesões perfuro-
cortantes, queda de material, doenças provenientes da manipulação de 
produtos químicos, entre vários riscos. São Paulo: Roca; 2000. P 29-51. 
Estes riscos são classificados pela nossa legislação como: Riscos físicos, 
químicos, biológico, ergonômico e riscos de acidentes. 
O risco físico é composto por vários agentes que são: Ruído, 
vibração, temperaturas extremas, calor, frio, radiações ionizantes e não 
ionizantes. Já o risco Químico é classificado em: Gases, vapores, poeiras, 
fumos, neblinas, entre outras. Biológico: Fungos, protozoários, bacilos, 
vírus, bactéria e parasitas. Ergonômico: Esforço físico intenso, 
levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura 
inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos 
excessivos, trabalhos em turnos; diurno e noturno, e outras situações 
causadas por estresse físico ou psíquico. E por último temos os riscos de 
Acidentes: Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem 
proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, 
eletricidade, incêndio, explosão,armazenamento inadequado, animais 
peçonhentos e outras situações de risco que possam contribuir para 
ocorrência de acidentes. Os riscos são tantos que surgiram profissões para 
garantir a segurança e a integridade física dos trabalhadores, especialmente 
em áreas com bastante probabilidade de ocorrerem algum tipo de acidente e 
doenças nos canteiros de obra. 
Os riscos citados anteriormente estão presentes ou ainda virão a 
existir na construção de uma obra. Dependendo da etapa da obra, podemos 
ter a presença de algum tipo de risco e em outras etapas estes mesmos 
riscos não se farão presentes, e é este um dos motivos que as empresas 
têm a obrigação de implantar programas de segurança e saúde de seus 
trabalhadores, para que seja oferecido a eles ambiente seguro, afim de não 
sofrerem nem um tipo de acidente ou doenças. 
De acordo com a Previdência Social, entre 2007 e 2013, ou seja, em 
seis anos, foram registrados quase cinco milhões de acidentes de trabalho 
[GRMC2] Comentário: Cadê as 
Referencias Bibliográficas (RB) 
[GRMC3] Comentário: Tanto no 
parágrafo anterior, quanto neste a indícios 
de copiar e colar, revise isso e escreva 
como deve ser, que até esse momento tudo 
vai bem. 
somente aqui no Brasil. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência 
Social, informe de Previdência Social nº 4. Brasília, 1991. Estas informações 
também mostraram que a construção civil é o quinto setor econômico com o 
maior número de acidentes e o segundo mais letal aos trabalhadores. A 
participação da construção civil no total de acidentes de trabalho fatais no 
país passou de 10% em 2007 para 16% em 2013. São resultados da falta de 
treinamento, instalação precária de proteções coletivas e do uso de 
equipamentos de proteção individual nas obras. Pode ser somado ainda ao 
fato de que a maioria das atividades realizadas pelos trabalhadores da 
construção civil, parte do dia a dia de uma obra, apresentam características 
muito arriscadas, como trabalho em altura e contato com equipamentos e 
produtos químicos que exigem muita atenção em seu uso. 
 
 
2.1 História da Segurança do Trabalho 
 
 
A preocupação com a segurança já existia bem antes de Cristo, 
grandes obras foram realizadas anteriormente ao seu nascimento, como as 
pirâmides do Egito por exemplo. Existe um livro chamado “Antiguidades 
Judaicas”, onde o historiador Flávio Josefo concluiu que a morte de José, o 
Pai de Jesus, foi decorrente de acidente de trabalho, quando ele foi 
designado como encarregado de obra a reconstruir uma cidade, vindo a cair 
de um andaime e falecer três dias depois em função da gravidade deste 
acidente. Antes da revolução industrial, Aristóteles que viveu por vários anos 
na Grécia, cuidou das enfermidades de trabalhadores que sobreviviam 
trabalhando em minas, estavam expostos a vários produtos e poderiam 
contrair doenças, mas desconheciam este risco, por isto Aristóteles passou a 
estudar estas doenças as quais acometiam os trabalhadores daquela época, 
a fim de evitar as doenças. 
Outro filósofo, chamado Hipócrates, que era considerado pai da medicina, 
viveu entre 460 a 370 anos antes de Cristo. Além disso era considerado um 
dos homens mais importantes na história da medicina. Foi pioneiro em 
muitas descobertas, entre elas, a identificação na origem das doenças 
relacionadas ao trabalho com as minas de estanho. No século XVI, 
Paracelso estudou as afecções dos mineiros, e em 1700, Além disso 
Bernardino Ramazzini é considerado o “Pai da Medicina do Trabalho” ou 
[GRMC4] Comentário: RB 
“Medicina Ocupacional”, ele publicou sua obra “As doenças dos 
trabalhadores”. O trabalho dele foi a base de estudo que iluminou o trabalho 
de grandes mentes da medicina ao longo dos séculos. 
No século XVIII surge a Revolução Industrial na Inglaterra, com o 
surgimento de várias máquinas, como a de tecelagem, por exemplo, movida 
a vapor. Os artesãos e suas famílias que moravam no campo, trabalhando 
por meio da manufatura, com o surgimento das fábricas nas grandes 
cidades, passaram a trabalhar nestas fábricas. Na execução de atividades 
dentro destas fábricas, os trabalhadores sofriam muitos acidentes, e eram 
cometidos por doenças muito graves, devido a falta de preocupação por 
parte dos empresários daquela época, em investir na proteção de seus 
trabalhadores, dando a eles condições satisfatórias para executarem suas 
atividades. Em 1833, na Inglaterra, instituiu a Lei das Fábricas, que foi a 
primeira lei realmente eficiente no campo da segurança e saúde no trabalho 
(OLIVEIRA, 2012). Em 1802 O parlamento inglês através de uma comissão 
de inquérito, aprovou a 1° lei de proteção aos trabalhadores: Lei de saúde e 
moral dos aprendizes, estabelecendo limite de 12 horas de trabalho/ dia, 
proibindo o trabalho noturno. Obrigava os empregadores a lavarem as 
paredes das fábricas duas vezes ao ano e tornava obrigatória a ventilação 
desses locais. Em 1919 foi criada a Organização Internacional do Trabalho, 
onde o Brasil é fundador, e entre 1844 e 1848, a Grã-Bretanha aprova as 
primeiras Leis específicas de Segurança do Trabalho e saúde pública. 
 
2.2 Legislação de Segurança do Trabalho 
A primeira lei referente à Segurança e saúde do Trabalho no mundo, 
surgiu em 1802, na era da revolução industrial, ocorrida na Inglaterra. 
Devido aos acidentes e doenças, que existiam dentro das fábricas. Em 1862, 
ocorre a regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho na França, 
em 1865 na Alemanha e em 1921 nos Estados Unidos. Já no Brasil a 
proteção legal ao trabalhador contra acidentes e doenças do trabalho é mais 
recente e vem se desenvolvendo ao longo dos últimos cinquenta anos: 
Somente em 1919 surge a primeira Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, 
com o Decreto Legislativo nº 3.724, de 15 de janeiro. Em 1934, surge a 
segunda Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº 
24.637, de 10 de julho. Em 1943, o governo brasileiro, Getúlio Vargas, 
apresenta à nação a Consolidação das Leis de Trabalho. Em 1944, surge a 
terceira Lei de Acidente do Trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº 7.036, 
[GRMC5] Comentário: Mais indícios 
de copia e cola. Corrigir. Além disso, hoje 
Bernardino Ramazzini é considerado o “Pai 
da Medicina do Trabalho” ou “Medicina 
Ocupacional”. 
de 10 de novembro, determina que as empresas com mais de 100 
funcionários devem constituir uma comissão interna para representá-los, a 
fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes. Em 
1953, a Portaria nº 155 regulamenta a atuação das Comissões Internas de 
Prevenção de Acidentes no Brasil. Em 1967, surge a quarta Lei de Acidentes 
do Trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº 293, de 28 de fevereiro. Teve 
curta duração, porque foi totalmente revogada pela Lei nº 5.316, de 14 de 
setembro do mesmo ano. Transferia o seguro de acidentes do trabalho do 
setor privado para a esfera específica da Previdência Social. A Lei nº 5.316, 
de 14 de setembro de 1967, foi a Quinta Lei de Acidentes do Trabalho no 
Brasil. Restringe o conceito de doença do trabalho, excluindo as doenças 
degenerativas e as inerentes a grupos etários. Em 1976, surge a Sexta Lei 
de Acidentes do Trabalho no Brasil. Ficam sem proteção especial contra 
acidentes do trabalho o empregado doméstico e os presidiários que exercem 
trabalho não remunerado. Além disso, a lei identifica a doença profissional e 
a doença do trabalho como expressões sinônimas, equiparando-as a 
acidente do trabalho somente quando constantes da relação organizada pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social. 
No Brasil a preocupação com a segurança e saúde dos 
trabalhadores, teve início com a Lei que tratava da proteção ao trabalho dos 
menores, em 23/01/1891. Em 1919 foi Criada a Lei n° 3724, de 15/01/19 – 
Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho. Em 21/04/41, 
empresários fundam noRio de Janeiro a ABPA – Associação Brasileira para 
Prevenção de Acidentes. A CLT foi aprovada pelo decreto-Lei n°5452, em 
01/05/43 (entrou em vigor em 10/11/43). Foi o instrumento jurídico que viria 
a ser prática efetiva da prevenção no Brasil. Em 1953 o Decreto-Lei n° 
34715, de 27/11/53 instituiu a SPAT (Semana de Prevenção de Acidentes do 
Trabalho) A ser realizada na 4° semana de Novembro de cada 
ano. Também em 1953 a Portaria 155 regulamenta e organiza as CIPA‘s e 
estabelece normas para seu funcionamento. Em 1960, a Portaria 319 de 
30/12/60 regulamenta o uso dos EPI´s. No ano de 1966, foi criada conforme 
a Lei n° 5161 de 21/10/66 a Fundação Centro Nacional de Segurança 
Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro 
Presidente, hoje mais conhecida como FUNDACENTRO. A criação da 
FUNDACENTRO foi sem dúvida um dos grandes feitos na história da 
segurança do trabalho e a partir de ações da entidade, a segurança do 
trabalho pode avançar de forma significativa. Em 1967, a Lei n° 5316 de 
14/09/67 integrou o seguro de acidentes de trabalho na Previdência Social. 
Também em 1976 surge a sexta lei de acidentes de trabalho, e 
identifica doença profissional e doença do trabalho como sinônimo e os 
equipara ao acidente de trabalho. A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou 
os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. 
Foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional espontâneo e o 
legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de preparação dos 
profissionais da área. A Lei n° 6514 de 22/12/77 modificou o Capitulo V do 
Título II da CLT. Convém ressaltar que essa modificação deu nova cara a 
CIPA, estabeleceu a obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços. No 
ano de 1978, foram criadas as Normas Regulamentadoras, aprovadas pela 
Portaria 3214 de 08/06/78 do MTE, aproveitando e ampliando as portarias 
existentes e Atos Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica 
e Itaipu. Na ocasião foram criadas 28 NR’s. Essa portaria representou um 
dos principais impulsos dados à área de Segurança e Medicina do Trabalho 
nos últimos anos. Em 1985, foi criada a lei n° 7410 de 27/11/85. Oficializou a 
especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a categoria 
profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, até então os únicos 
profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente. Dava prazo de 
120 dias para o MEC os currículos básicos do curso de especialização 
em Técnico de Segurança do Trabalho. Mas somente em 1987, através do 
parecer 632/87 do MEC, foi estabelecido o curso de formação de TST em 
vigor. Na década de 50 os Técnicos em Segurança do Trabalho, eram 
chamados de “Inspetores de Segurança”. Em 1990, o quadro II do SESMT 
(NR 4) é atualizado e o mesmo segue abaixo. Neste quadro constam os 
profissionais de segurança e saúde, e o grau de risco: 
– Engenheiro de Segurança do Trabalho; 
– Médico do Trabalho; 
– Enfermeiro do Trabalho; 
– Auxiliar de Enfermagem do Trabalho; 
– Técnico em Segurança do Trabalho. 
 
 Tabela II de dimensionamento do sesmt - Tabela 02 
 
[GRMC6] Comentário: Tudo foi cópia 
e cola, corrigir. A tabela ou quadro a 
continuação deve ser numerada, titulada e 
sua fonte deve ser referida no pé da mesma. 
Ainda, no t4xto precedente a mesm deve ser 
citada para consulta. 
 
Nr 4.4.2 – Portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego 
 
2.3 Acidente de trabalho 
 
Conceito Legal 
A legislação brasileira dentro do artigo 19 da lei 8213 de 1991 considera o 
termo acidente de trabalho como: Aquele que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa, causando lesão corporal, perturbação 
funcional, que cause a redução, a perda ou a morte permanente ou 
temporária da capacidade para o trabalho. A lei 8.213/ 91 estabelece 
o conceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto nos artigos 19 a 21 e 
no artigo 22, também estabelece a obrigação da empresa em comunicar 
os Acidentes do Trabalho as autoridades competentes. Segundo a lei 8213, 
as doenças profissionais e ocupacionais equiparam-se a acidentes de 
trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/ 91 as conceitua: 
. Doença profissional, assim entendida a produzida ou 
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e 
constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social 
. Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou 
desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é 
realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação 
mencionada no inciso I. Como se revela inviável listar todas as hipóteses 
dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece 
que, "em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na 
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições 
especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona 
diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho". 
O art. 21 da Lei nº 8.213/ 91 equipara ainda a acidente de trabalho: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa 
única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução 
ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, 
em consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de 
disputa relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou 
de companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou 
decorrentes de força maior; 
 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado 
no exercício de sua atividade; 
 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário 
de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a 
autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe 
evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando 
financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão 
de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para 
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de 
propriedade do segurado. 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião 
da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou 
durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. Esses 
acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos 
acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por 
período inferior a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de 
obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar 
com os custos econômicos da relação de empregado. O acidente repercutirá 
ao empregador também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP 
da empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003. 
Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. 
Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a 
prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-
acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por 
invalidez e pensão por morte. Estima-se que a Previdência Social gastou, só 
em 2010, cercade 17 bilhões de reais com esses benefícios. Abaixo uma 
tabela que nos mostra os acidentes que ocorrem com mais frequência no 
setor da construção civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estatística de acidente de trabalho na construção civil – Figura 
01 
 
 
 
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Idem ao anterior. 
 
 
Conceito Prevencionista 
 
O Conceito prevencionista de acidente de trabalho é também definido pelas 
empresas, CESARINO JÚNIOR, Antônio Ferreira. Direito Social Brasileiro. 
6ª Edição. São Paulo: Saraiva, 1970, diferente do que diz a legislação. As 
empresas dizem para que uma situação seja considerada acidente de 
trabalho, não deve haver somente a lesão no trabalhador, mas também 
perda de tempo útil e danos materiais. A perda de tempo útil, seria por 
exemplo, aquele tempo que seria útil para que a empresa lucrasse, 
produzisse, mas devido ao acidente, este tempo não foi aproveitado. Em 
relação aos danos materiais, seria alguma ferramenta, equipamento, 
máquina ou algum tipo de móvel, por exemplo, que foi danificado, em razão 
do acidente, que muitas da vezes, teve um alto custo a empresa. 
 
 
 
 
 
 
2.3.1 Causas de Acidente de Trabalho 
 
Grande parte dos acidentes que ocorrem na construção civil, são 
resultados de atos inseguros por parte dos trabalhadores. O termo Ato 
Inseguro é retirado do item 1.7 da Norma Regulamentadora 01. E isso é 
motivo de comemoração para muitos prevencionistas, que reclamam que o 
termo retirava em muitas vezes a responsabilidade do empregador, pois era 
fácil rotular os acidentes somente como ato inseguro, e isso dificultava 
encontrar a verdadeira causa. 
Quando o trabalhador chega à obra, trás consigo muitos 
pensamentos e preocupações, portanto ao realizar suas tarefas, ele 
dificilmente estará livre desses pensamentos e dessas preocupações, sejam 
elas familiares, financeiras ou outras situações podendo colocá-lo em uma 
situação de risco, vindo a sofrer algum tipo de acidente ou manipular 
[GRMC7] Comentário: RB 
[GRMC8] Comentário: Deves cuidar 
que o título não fique sozinho afastado do 
texto. 
produtos químicos, por exemplo, sem os equipamentos de segurança 
adequados. Outra causa de acidente no setor da construção civil, são as 
condições inseguras. Estas estão relacionadas ao descuido por parte da 
empresa em investir na segurança e saúde de seus trabalhadores, tais 
condições seriam, por exemplo: shaft e abertura de laje sem proteção, falta 
de proteção de máquinas e equipamentos, falta de sinalização e isolamento 
de áreas de risco, o não fornecimento de equipamentos de proteção 
individual e a não adequação das áreas de vivência conforme legislação 
vigente, entre outras situações. 
 
2.3 Consequências de Acidentes de Trabalho 
 
Quando ocorre um acidente na construção civil, muitos saem 
perdendo, pois, os prejuízos são enormes, podendo assim serem 
prejudicados por estes infortúnios; a empresa, o governo, o acidentado e sua 
família. COSTA, Hertz Jacinto. Manual de Acidente de Trabalho. 3. Ed. Ver. 
E atual. Curitiba: Juruá, 2009. 
A empresa perde no sentido de ter que custear o acidentado durante 
os primeiros 15 dias de afastamento do trabalho e se for comprovado 
através de nexo causal que a empresa teve culpa no ocorrido, agindo por 
imprudência, negligência ou imperícia, ela será obrigada a indenizar o 
acidentado. 
Já o governo terá despesas através do INSS tendo que bancar o 
acidentado caso ele não retorne ao trabalho até o 15º dia de afastamento. 
Em muitas situações decorrentes de acidente de trabalho, quem mais sai 
perdendo é o próprio acidentado, pelo fato de estar acometido com dores 
nas regiões do corpo lesionadas, sentindo-se inútil, podendo entrar no 
estado de depressão, devido a esta situação. A família sairá perdendo no 
sentido de ter que cuidar do familiar machucado, levando-o a atendimento 
médico e até mesmo deixando seu emprego para cuidar do parente 
acidentado. 
 
2.4 Normas Regulamentadoras mais aplicadas na Construção Civil 
 
Uma norma regulamentadora é composta das obrigações trabalhistas 
que devem ser cumpridas por todo contratante. Cada norma 
regulamentadora visa a prevenção de acidentes e doenças provocadas ou 
[GRMC9] Comentário: RB 
agravadas pelo serviço. E estabelecem os parâmetros mínimos e as 
instruções sobre saúde e segurança de acordo com cada atividade ou 
função desempenhada. Além disso, servem para nortear as ações dos 
empregadores e orientar os funcionários, de forma que o ambiente laboral se 
torne um local saudável e decente. 
Em 08 de Julho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego, com o 
objetivo de padronizar, fiscalizar e fornecer orientações sobre procedimentos 
obrigatórios relacionados à segurança e à medicina do trabalho, aprovou 28 
Normas Regulamentadoras, hoje já são 36 que tratam do assunto. A ação foi 
feita considerando o disposto no artigo 200 da Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 
1977. 
As normas regulamentadoras da construção civil são leis, cujo 
principal objetivo é a preservação da saúde e segurança dos trabalhadores, 
sendo a mais usada na construção civil a Nr 18, que trata do PCMAT. A 
implantação do programa possibilita o efetivo gerenciamento do ambiente de 
trabalho e do processo produtivo, incluindo a orientação aos trabalhadores a 
fim de prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
(NASCIMENTO, et al., 2009, p. 08,). Na construção civil, as normas 
regulamentadoras, ainda definem parâmetros nas práticas adotadas pelo 
setor. São muitas normas regulamentadoras (Nr’s) aplicadas no setor da 
construção civil, destacamos algumas abaixo: 
 
Norma Regulamentadora nº 04 
 
Trata do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e 
em Medicina do Trabalho), cuja finalidade é promover a saúde e proteger a 
integridade do trabalhador no local onde executa suas atividades. Uma das 
exigências da norma na hora de estabelecer o SESMT diz respeito à 
habilitação e ao registro dos profissionais que irão compor esse serviço 
(Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do 
Trabalho, Técnico em Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do 
Trabalho). 
 
Norma Regulamentadora nº 05 
Discorre sobre a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que 
objetiva prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, zelando pela 
vida e promovendo a saúde dos trabalhadores. A norma trata, entre outros 
aspectos, da eleição de representantes para a comissão tanto por parte dos 
empregados quanto dos empregadores. Abaixo o quadro de 
dimensionamento da cipa 
 
Tabela 01 
 
 
Nr 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego 
 
Norma Regulamentadora nº 06 
 
Esta norma dispõe sobre os equipamentos de proteção individual 
(EPI’s) que as empresas são obrigadas a fornecer gratuitamente a seus 
empregados. O intuito desse tipo de proteção, segundo a norma, é 
resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Muitas 
empresas não fornecem com frequência os EPI’s aos empregados e não 
orientam quanto ao seu uso, principalmente devido às falhas de 
comunicação, conforme atribui MESQUITA (1998 apud MEDEIROS; 
RODRIGUES, 2014, p.03)3. O que explica a forma inadequada ou ineficaz 
de sua utilização, gerando até mesmo incômodos aos trabalhadores. 
 
 
 
Norma Regulamentadora nº 07 
 
Estabelece a obrigatoriedade, por parte das empresas, da elaboração 
e implementação do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional). 
O objetivo do programa, segundo a norma regulamentadora nº 07, é 
promover e preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores da construção 
civil. 
 
Norma Regulamentadoranº 08 
Exige padrões em edificações e obras da construção civil e 
estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nesses 
locais. O intuito, de acordo com a NR 8, é garantir a segurança e o conforto 
aos colaboradores da construção civil envolvidos. 
 
Norma Regulamentadora nº 09 
 
O autor Oliveira (2005, p. 20), cita a NR-9, que estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção 
de Riscos Ambientais (PPRA), por parte de empregadores e instituições, 
visando a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle 
da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no 
ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente 
e dos recursos naturais. 
 
Norma Regulamentadora nº 10 
Dispõe sobre instalações e serviços em eletricidade na construção 
civil. A norma regulamentadora fixa as condições mínimas exigíveis para 
garantia da segurança dos empregados que realizam esse tipo de trabalho. 
Ela diz que toda e qualquer instalação elétrica deve sempre ser executada e 
fiscalizada por um profissional capacitado e habilitado na área. (OLIVEIRA, 
2012). 
 
Norma Regulamentadora nº 12 
 
A NR 12, de acordo com a última atualização do Ministério do 
Trabalho e Emprego, em Dezembro de 2011, apresenta medidas de ordem 
geral que garante a instalação de forma adequada dos dispositivos elétricos 
nas máquinas e equipamentos, através de medidas de prevenção, buscando 
preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores durante a jornada 
de trabalho, estabelecendo requisitos mínimos para a prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de 
máquinas e equipamentos de todos os tipos, com a funcionalidade segura 
do sistema de segurança, da partida, acionamento e parada. Pelo Art. 14 da 
Lei 6367/79, os acidentes de trabalho devem ser notificados à 
Superintendência Regional do Trabalho através da chamada CAT – 
Comunicação de Acidentes de Trabalho (FUNDACENTRO, 1981 apud 
DALCUL, 2001, p.54). De maneira geral, observa-se que muitos empresários 
e trabalhadores desconhecem as normas existentes sobre a segurança do 
trabalhador e seu ambiente de trabalho, os riscos de acidentes que variam 
de acordo com cada obra, e o preparo de cada trabalhador para o 
desenvolvimento das atividades, o que se torna favorável para a ocorrência 
de acidentes. Esta norma trata da utilização de máquinas e equipamentos de 
todos os tipos. Diz a NR 12 que o empregador deve adotar medidas de 
proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir 
a saúde e a integridade física dos trabalhadores, entre outras diretrizes. 
 
Norma Regulamentadora 17 
Discorre sobre ergonomia, o estudo das relações entre homem e 
máquina no ambiente de trabalho. A norma regulamentadora 17 é 
importante no sentido de tentar combater várias doenças do trabalho, 
desenvolvidas a partir de exposição de colaboradores a riscos ergonômicos. 
 
 
Norma Regulamentadora nº 18 
 
O PCMAT determina alguns itens que devem ser respeitados para 
garantir boas condições de trabalho aos funcionários, estabelecendo 
procedimentos de ordem administrativa, de planejamento e de organização. 
Constitui em uma série de medidas preventivas de segurança que devem 
ser adotadas durante o desenvolvimento da obra, no ambiente de trabalho 
da indústria da construção. Segundo a Norma Regulamentadora, NR-18, 
item 18.3, é obrigatório sua elaboração e cumprimento, contemplando os 
aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança para 
[GRMC10] Comentário: Mais cópia e 
cola, veja como o pdf te dividiu um texto 
que é contínuo. Corrigir. 
[A11] Comentário: 
os estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais. Sampaio (1988, 
apud Júnior, 2002), destaca alguns objetivos do PCMAT: 
 
 
 
 
. Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores; 
. Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que 
administra, desempenha e verifica atividades que influem na segurança e 
que intervêm no processo produtivo; 
. Fazer a previsão dos riscos que derivam do processo de execução da 
obra; 
. Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e 
situações de risco; 
. Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses 
riscos de acidentes e doenças. Júnior (2002) destaca que, para manter a 
ordem e organização do canteiro, o PCMAT deve estar em consonância com 
os seguintes programas: 
. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA; 
. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO; 
. Implantação das Medidas de Proteção Coletiva; 
. Implantação dos Equipamentos de Proteção Individual; 
. Implantação das Medidas Preventivas do PCMAT; 
 
 
 
Norma Regulamentadora nº 33 
 
Determina as diretrizes para o trabalho em espaços confinados. O 
intuito da norma regulamentadora é garantir a segurança e a saúde dos 
trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nesses locais de 
trabalho. 
 
Norma Regulamentadora nº 35 
 
Norma regulamentadora que estabelece requisitos mínimos 
para proteção de trabalhos em altura, ou seja, atividade executada 
acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. As 
quedas são uma das causas mais comuns de acidentes mortais nos 
locais de trabalho da construção civil 
 
2.4 Máquinas e Equipamentos mais usados na Construção 
Civil e seus riscos 
 
A Construção Civil é uma área na qual se faz necessário a utilização 
de diversos e diferentes tipos de máquinas e equipamentos, caso não seja 
possível a utilização dos mesmos, podemos dizer que será impossível a 
execução de atividades de obra. Se uma Construtora compra os 
equipamentos para executar a obra, esta compra costuma ser um 
investimento financeiro muito alto. Por isso, uma alternativa eficaz para 
ajudar empresários do setor a aumentar a produtividade de suas obras sem 
grandes investimentos financeiros é optar pela locação de equipamentos 
modernos e eficientes nos seus projetos. Além de ser uma alternativa mais 
barata que a compra, alugar equipamentos para construção permite ao 
locador ter a garantia de manutenção e reparos dos mesmos. Neste 
trabalho, iremos apresentar somente as máquinas e equipamentos mais 
usados em uma obra, vamos usar como exemplo um prédio. A construção 
de um prédio é dividida em várias etapas: 
 Serviços Preliminares: É o inicio da obra, é a preparação para 
iniciar a obra, inclui a limpeza e fechamento do terreno, montagem do 
canteiro e barracão de obras, serviços de terraplenagem (movimentação de 
terra com corte e/ou aterro). Em seguida é feita a locação da obra com a 
montagem do gabarito e a definição dos eixos de execução das fundações 
e, mais pra frente, das paredes e divisórias. 
Para realizar esta etapa da obra, precisaremos de diversos tipos de 
máquinas e equipamentos, mas antes de iniciar seus usos, devemos ter um 
plano de segurança, para que estas máquinas e equipamentos não 
coloquem em risco a segurança e saúde, tanto do operador, quanto de 
pessoas que estão no entorno dessas máquinas e equipamentos, como por 
exemplo, isolamento e sinalização da área de trabalho, treinamento e 
conscientização do operador e todos envolvidos no processo. Nesta etapa 
da obra as ferramentas, máquinas e equipamentos mais usados são: as 
retro escavadeiras, caminhões, enxadas, pás, entre outros. Devemos nos 
atentar no uso, devido os mesmos oferecerem grande risco de acidentes aos 
trabalhadores. 
Fundação: As fundações sustentam a edificação (casa, prédio, 
shopping, galpão, etc). Existem vários tipos de fundações. A definição do 
tipo de fundação leva em consideração o tipo de edificação e o tipo desolo 
do terreno. Nesta etapa da obra, podemos dizer que os riscos de acidentes 
são maiores, se comparados com a etapa preliminar, pois é exigido um 
efetivo maior de trabalhadores, como; Ajudantes, armadores de ferragem, 
carpinteiros, pedreiros, encarregado, mestre de obra, engenheiros e até 
mesmo o pessoal de RH, entre outros As máquinas e equipamentos mais 
usadas nesta etapa da obra, são o gramichel, o bate-estacas, serra de 
bancada, policorte e dobradeira de aço, para cortar e dobrar os elementos 
das estruturas, estes equipamentos são utilizados pelos armadores. Já o 
pessoal de carpintaria, são responsáveis pela execução das formas, nesta 
etapa da obra, utilizam também máquinas e equipamentos que lhes 
oferecem alto risco de acidente, como por exemplo; a serra circular e a serra 
de bancada. Estes trabalhadores assim como os armadores, devem estar 
devidamente treinados para usarem estes recursos, antes de iniciarem a 
utilização dos mesmos, para que não venham a sofrer nenhum tipo de 
acidente, na execução de suas atividades. Super Estrutura: É a 
sustentação da edificação. São as estruturas que ficam acima da terra, como 
pilares, vigas e lajes. As estruturas mais comuns no Brasil são: Concreto 
armado convencional ou protendido (sistema pilar-viga-laje). Alvenaria 
estrutural (a própria alvenaria é a estrutura da edificação). Estruturas 
metálicas (principalmente em galpões, indústrias). Nesta etapa da obra, 
podemos dizer que os riscos de acidentes, são praticamente os mesmos 
existentes nas fundações, porém temos ai um risco maior ainda, se 
comparado com os anteriormente citados, este risco é o de queda de altura, 
principalmente devido ao uso de escadas e andaimes. Na etapa de 
superestrutura, são fixadas na edificação, plataformas de segurança, que 
são equipamentos instalados nos pavimentos de um prédio. Segundo a 
Norma regulamentadora nº 18, elas tem a função de reter a queda de 
ferramentas, máquinas, equipamentos, materiais e objetos diversos, 
evitando assim riscos de acidentes, as pessoas que transitam pela área 
inferior externa da edificação. Essas plataformas são classificadas em três 
tipos; Principal, secundária e terciária. A plataforma principal deve estar 
localizada na primeira laje, na altura do primeiro pé-direito acima do nível do 
terreno, possuir dimensões mínimas de 2,50 m de balanço em relação à face 
externa da construção e ser complementada com um elemento de 0,80 m de 
comprimento fixada a 45º na extremidade da plataforma. Em edificações em 
que os pavimentos mais altos forem recuados em relação à base, a primeira 
laje a ser considerada para colocação da plataforma principal é a do corpo 
recuado. Já as plataformas secundárias são instaladas a cada três lajes, 
tendo no mínimo 1,40 m de balanço, e são complementadas por faixas de 
0,80 m fixadas a 45º nas bordas da plataforma. A plataforma principal e 
secundária, devem ser instaladas, assim que forem concluídas as 
concretagens das lajes correspondentes e serem retiradas somente quando 
a vedação da periferia até a plataforma superior for concluída. Nas 
edificações em que existam pavimentos no subsolo, devem 
existir plataformas terciárias, de duas em duas lajes, contadas a partir da 
plataforma principal em direção ao subsolo. Suas dimensões mínimas 
devem ser de 2,20 m de balanço e possuir a mesma complementação de 
0,80 m a 45º. Nos pavimentos onde existam as plataformas também é 
obrigatório o fechamento do perímetro com tela, pois sua principal função é 
a de aparar a queda de pequenos objetos e materiais. 
Imagens muito bonitas sem citação no texto, sem número, titulação 
nem fonte. 
 
 
Balancim 
 
Na etapa de acabamento, ou seja, na execução de chapisco e 
reboco, no lado externo da alvenaria, são utilizados os balancins. O uso 
deste tipo de andaime suspenso fora da norma, conduz à situações de 
riscos. Esse tipo de equipamento exige planejamento para montagem e 
fixação da estrutura, processo que precisa ser supervisionado por 
profissional legalmente habilitado. Segundo a Norma Regulamentadora no 
18 (NR-18), o piso do balancim deve ter forração completa e antiderrapante, 
ser nivelado e dispor de guarda-corpos e rodapé. Seja qual for o tipo de 
andaime, deve sempre ser posicionado próximo ao local a ser trabalhado 
para que o funcionário não corra riscos ao se inclinar para alcançar a 
superfície a ser trabalhada. 
 
Mais segurança 
 
 Em maio de 2012, a Portaria 318, da Secretaria de Inspeção do 
Trabalho, publicada no Diário Oficial da União (DOU) alterou três itens da 
NR-18. Desde então, "em edificações com, no mínimo, quatro pavimentos 
ou altura de 12 m a partir do nível do térreo, devem ser instalados 
dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de 
andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a 
serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de 
fachadas". Outro item que mudou, foi a carga mínima a ser suportada pelos 
pontos de ancoragem, que passa a ser 1.500 quilogramas-força (kgf). 
Andaimes e outros equipamentos como a cadeira suspensa precisam ser 
inspecionados ao final da montagem e diariamente pelos usuários e pelo 
responsável da obra, antes de iniciar os trabalhos. As figuras abaixo 
mostram os trabalhadores trabalhando encima de um balancim, e o sistema 
de ancoragem para que eles trabalhem com segurança, evitando assim, 
uma queda de altura. 
 
 
Idem às imagens anteriores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gruas 
 
As gruas aumentam indiretamente a segurança no local e reduzem 
prazos de execução, o que se traduz em sustentabilidade para a obra. A 
verticalização das habitações nas maiores metrópoles brasileiras, exige a 
utilização de equipamentos adequados a todos os desafios impostos por 
uma obra, portanto, espaços cada vez mais estreitos e uma necessidade 
crescente de industrialização da construção civil, fizeram 
das gruas equipamentos indispensáveis nos canteiros para a movimentação 
de grandes cargas horizontal e/ou verticalmente. As gruas são versáteis, 
capazes de transportar variados materiais. Existem em diferentes tipos, 
podendo ser ascensionais, fixas ou móveis. Um elaborado estudo, contendo 
logística, transportes internos, acessos ao canteiro e outros fatores, poderá 
comprovar se as gruas serão os equipamentos adequados e quais os 
melhores tipos para cada obra específica. No entanto, um velho empecilho 
ainda barra, ao menos um pouco, este mercado no Brasil. Existem vários 
casos de acidentes de trabalho, envolvendo as gruas. Um destes acidentes, 
ocorreu no cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Nações Unidas, 
na Zona Sul de São Paulo, onde quatro trabalhadores morreram. Os 
bombeiros foram acionados às 14h30 e relataram que dois homens ficaram 
pendurados na grua da obra e foram resgatados por volta de 15h30. Os 
braços da grua, que tem formato da letra “t”, desabaram. De um lado estava 
posicionado o contrapeso e, na outra ponta, um elevador de cargas. De 
acordo com o capitão Max Mena, chefe de Operações do Corpo de 
Bombeiros no local, a grua de 45 metros de altura dobrou em uma das 
partes de sustentação. “(A nossa maior preocupação) era a possibilidade de 
instabilidade da grua. Há quatro pontos de fixação e um deles acabou 
rompendo”, afirmou o bombeiro. Dois operários despencaram e morreram no 
local, a terceira vítima fatal ficou presa nas ferragens e outros dois 
funcionários foram socorridos pelos bombeiros por rapel. Os dois últimos 
ficaram presos à grua por cadeiras de segurança. Um dos homens foi 
decapitado. No local, é possível ver a cabine de operação da 
grua completamente destruída. Segundo a polícia, duas vítimas foram 
levadas ao Hospital das Clínicas, onde uma delas morreu. O guardador de 
carros Maurício da Silva Freitas, de 28 anos, disse quepassava pelo local 
no momento do acidente e viu a grua desabando. “Eu estava passando, ouvi 
um estrondo e vi dois corpos caindo”, afirmou. O acidente ocorreu em uma 
obra onde está localizada a estrutura do prédio de 25 andares erguido pela 
Eletropaulo. De acordo com a WTorre, no local está sendo construído um 
prédio comercial. 
 
 
 
 
 
Causas desconhecidas 
 
A construtora W Torre, responsável pela obra, divulgou um 
comunicado às 16h20 no qual diz lastimar o acidente. “A equipe da empresa 
Grumont Equipamentos LTDA., especializada nesta atividade há mais de 17 
anos, era composta de cinco pessoas (um encarregado, um operador e três 
montadores), todas com mais de 10 anos de experiência nesse tipo de 
serviço e recentemente retreinados”, diz por meio de nota. A Grumont é 
responsável pela montagem do guindaste. No momento do acidente, os 
funcionários faziam a instalação de uma grua lateral. De acordo com a 
WTorre, eles usavam todos os equipamentos de segurança exigidos para a 
operação. A construtora afirma que as causas do acidente ainda são 
desconhecidas e que os motivos serão revelados com a conclusão das 
análises técnicas. Uma equipe técnica chegou ao local por volta das 16h30 e 
o corpo preso entre as ferragens só poderá ser retirado da grua quando os 
trabalhos forem concluídos. Também por meio de nota a empresa Grumont, 
responsável pela montagem da grua, afirmou que “dará todo o suporte às 
famílias dos envolvidos neste acidente”. 
 
 Trânsito 
 
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou durante a 
tarde a pista local do cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e 
Nações Unidas, no sentido Castello Branco. O trânsito foi liberado neste 
trecho às 18h3. Foi liberado o bloqueio montado no cruzamento da Avenida 
dos Bandeirantes com a Marginal Pinheiros em decorrência do mesmo 
acidente. 
 
 Hipóteses 
 
O delegado Nelson Caneloi, da 1ª Delegacia de Acidentes de 
Trabalho, afirmou que, segundo informações de um perito, houve falha em 
um pino de sustentação e a haste da torre cedeu. O delegado descreveu a 
cena como “horrível”, já que o corpo de um funcionário durante a tarde ainda 
estava preso no meio das ferragens. Caneloi disse também que já existe um 
inquérito aberto desde maio na delegacia referente à segurança dos 
trabalhadores desta obra. Os policiais constataram, por exemplo, problemas 
na fiação elétrica. Ele ressaltou, no entanto, que os problemas não teriam 
ligação com a queda da grua. Por meio de sua assessoria de imprensa, a W 
Torre informou que não comentaria o andamento deste inquérito e que a 
"prioridade" é investigar as causas do acidente com a grua. Abaixo um 
exemplo de grua: 
 
 
 
 
 
 
 
Elevador cremalheira 
 
Este tipo de equipamento é muito utilizado em obras de construção 
civil. O elevador cremalheira é uma máquina de transporte vertical que 
funciona por meio da movimentação de engrenagens, que são acionadas 
por um moto freio de velocidade. A movimentação dessa estrutura garante 
uma grande força motriz do elevador, fazendo com que ele seja ideal para 
cargas maiores. Por isso, sua instalação tornou-se um diferencial nas obras 
de construção, garantindo que ferramentas e materiais possam ser levados 
com segurança e eficiência. Com esse tipo de elevador, é possível 
transportar cargas pesadas em alta velocidade – o sistema utilizado permite 
que sejam percorridos até 40 metros por minuto. No elevador cremalheira, 
existe um sistema de elevador pinhão, este sistema é utilizado nesse tipo de 
elevador é amplamente empregado em equipamentos mecânicos e que 
trabalham com velocidades maiores. Nele, uma estrutura dentada e circular 
– denominada de pinhão – faz movimentos rotativos sobre uma superfície 
com pinos simétricos, chamada de cremalheira. Quando isso ocorre, todo o 
sistema do elevador é acionado, permitindo que ele se movimente. As peças 
utilizadas no elevador de sistema de pinhão e cremalheira são simples e de 
fácil montagem, podendo também ser facilmente transportadas graças ao 
seu tamanho compacto e peso reduzido. No caso de uma obra, os 
elevadores podem ser instalados tanto na fachada da construção quanto no 
poço do elevador que será colocado de forma definitiva no prédio. O 
elevador cremalheira tem um custo baixo de instalação. No caso de uma 
obra, em que o elevador possui um caráter provisório, o investimento em um 
sistema de cremalheira é extremamente vantajoso, já que confere 
praticidade durante o processo de construção, ao mesmo tempo que 
demanda um valor baixo. Além disso, a capacidade do elevador com 
sistema de pinhão e cremalheira é extremamente vantajosa. Como o 
equipamento emprega uma tecnologia de contrapeso, que faz o 
balanceamento entre a carga transportada e a estrutura motora, o elevador 
pode carregar até 2.000 kgf. Dessa maneira, os materiais de construção 
podem ser carregados com segurança e garantia de que a estrutura de 
transporte é eficiente em relação ao peso. A imagem abaixo, nos mostra um 
elevador cremalheira. 
 
 
 
 
Acidente com elevador cremalheira. Um elevador despencou do 30º andar 
de um prédio em construção e matou 19 trabalhadores na China. Este acidente 
ocorreu em Wuhan, capital da província de Hubei. Todas as pessoas que 
estavam no elevador morreram, informou a agência oficial 'Xinhua'. De acordo 
com os bombeiros, o acidente ocorreu às 2h26 (horário de Brasília) em uma 
obra em Wuhan, capital da província de Hubei. Todas as pessoas que estavam 
no elevador morreram. 
 
Destroços do elevador que despencou em obra na cidade chinesa de Wuha 
 
2.5 Área de Vivência 
 
 Segundo Souza, a NBR-12284 define o canteiro de obras 
como o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da 
indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de 
vivências (SOUZA, 2000). Esse conceito, de uma forma bastante genérica, 
também é apresentado na norma regulamentadora no 18 do Ministério do 
Trabalho: Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da 
Construção na qual trata canteiro de obras como a área de trabalho fixa e 
temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma 
obra (MANUAIS, 2009). Entender que o estudo detalhado das áreas de 
produção, incluindo o seu dimensionamento e localização no canteiro de 
obras, afeta diretamente a produtividade dos trabalhadores, torna-se 
evidente e aceitável para os gestores desse negócio, uma vez que, esses 
dois elementos são determinantes para a definição dos equipamentos a 
serem especificados para a movimentação de cargas horizontal e 
verticalmente, para o dimensionamento da equipe de trabalhadores e os 
tempos de ciclos para a execução das tarefas, e determinar a capacidade de 
suprimento dos recursos necessários para a execução dos serviços. 
 Entretanto, perceber que a localização e estruturação das 
áreas de vivências além de cumprirem requisitos normativos de segurança 
serão responsáveis pela elevação da produtividade nas obras ainda não é 
uma associação óbvia para a maioria dos gestores. Definir a estrutura do 
canteiro de obras pensando na produtividade é uma prática relacionada ao 
dimensionamento e localização das áreas de produção. O posicionamento 
adequado para as áreas de vivência garantindo que os acessos são 
seguros, e que, em nenhum momento os trabalhadores correm risco não é 
estudado com o mesmo afinco. Outro ponto que deixa de ser analisado com 
maior profundidade está relacionado às condições de higiene dessas áreas, 
pois com muita freqüência podem ser observadas condições de uso 
subumanas dos aparelhos sanitários e áreas destinadas ao consumo de 
alimentos. De acordo com a NR-18, no quarto requisito (18.4), as áreas de 
vivência estão distribuídas em instalações sanitárias, vestiário, alojamento, 
local de refeições,cozinha (quando houver o preparo de refeições), 
lavanderia, área de lazer e ambulatório (quando se tratar de frentes de 
trabalho com 50 ou mais trabalhadores). 
 
 
Refeitório 
 
 
 
 
 
 
 
 Vestiário 
 
 
 
Banheiros 
 
 
 
 
Banheiros (sanitários) 
 
 
 
 
 
Banheiros (sanitários) 
 
 
Lavatório 
 
 
 
 Cada um desses elementos é tratado separado e 
detalhadamente, definindo as suas especificidades de uso e implantação. 
Como o canteiro de obras é definido como área temporária, é muito comum 
encontrar instalações inadequadas, deficitárias, justificadas pelo curto 
período de funcionamento. Argumentando que não vale à pena efetuar o 
investimento em condições adequadas, pois logo deixará de existir, em 
algumas obras podem ser evidenciadas condições inconcebíveis para uso 
de qualquer ser humano. Considerar como aceitáveis, é desprezar o direito 
às condições dignas no ambiente de trabalho, esse cenário freqüentemente 
fortalecem atitudes hostis, depredação, mau uso, e a insatisfação dos 
trabalhadores. Pode ser observado que as condições dos canteiros de obras 
não são determinadas pela região do país na qual eles estão implantados, 
mas pelo comprometimento dos gestores, a eficiência dos órgãos 
fiscalizadores e o poder de negociação das entidades representantes da 
categoria. A característica da obra pode ser considerada como elemento 
crucial para a tomada de decisão relacionada às áreas de vivência, as obras 
horizontais exigem cuidados especiais quanto à distribuição dos elementos 
garantindo que os trabalhadores não efetuem grandes deslocamentos 
durante a jornada de trabalho para atender as necessidades básicas. Já as 
obras verticais, quando não consideram as conseqüências dos 
deslocamentos (o sobe e desce para visitar o sanitário e beber água), 
acabam tendo que administrar problemas nos equipamentos de transporte 
vertical (elevadores) que acabam refletindo na baixa da produtividade a 
partir do momento que deixam de transportar materiais para transportar 
pessoas. Vale ressaltar que a norma é clara quando estabelece que o 
transporte dos trabalhadores deva ter prioridade sobre o de carga, regra 
quase nunca respeitada. 
 
2.6 Plano de Emergência 
 
Empresas do segmento da construção civil têm uma série de regras 
que precisam cumprir. Uma delas é ter um plano de emergência contra 
incêndio, documento que evita transtornos maiores e garante a proteção dos 
colaboradores. A finalidade do plano de emergência é resguardar a vida, o 
patrimônio e o meio ambiente, além de assegurar a continuidade de 
funcionamento do negócio. No entanto, existem leis que regulamentam essa 
questão. Em março de 2017, foi promulgada a Lei 13.425, que prevê 
medidas de prevenção e combate a incêndio em estabelecimentos. Segundo 
IPT Instituto de pesquisas tecnológicas 1992. 
 
 
 
 
 
 
1.7.1 Combate a Incêndio 
 
Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou 
mesmo saber como agir corretamente no momento em que eles ocorrem. 
Início de incêndio e outros sinistros de menor vulto podem deixar de 
transformar-se em tragédia, se forem evitados e controlados com segurança 
e tranqüilidade por pessoas devidamente treinadas. Na maioria das vezes, o 
pânico dos que tentam se salvar faz mais vítimas que o próprio acidente. 
Uma das principais providências que a Comissão Interna 
de Biossegurança pode tomar, para que qualquer acidente seja controlado, é 
alertar todos os trabalhadores sobre as devidas precauções quando ocorrer 
algum distúrbio ou tumulto, causados por incidentes, como por exemplo 
vazamentos de gás, fumaça, fogo e vazamento de água. O primeiro passo é 
detalhar em procedimentos operacionais padrões que deverão ser 
distribuídos para todos os trabalhadores, contendo informações sobre todas 
as precauções necessárias, como: os cuidados preventivos; a 
conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora do abandono 
do local de trabalho; a indicação de medidas práticas sobre o combate e a 
retirada. Segundo o Corpo de Bombeiros, o mais correto inclusive é que 
todos os trabalhadores ou usuários da edifícação coloquem em prática as 
normas estabelecidas sobre os cuidados preventivos e o comportamento 
diante do incidente, promovendo exercícios, através da simulação de 
incêndios. Esse tipo de prática contribui suficientemente para a prevenção e 
a segurança de todos. Mas para efetuar essa operação é necessário um 
fator indispensável, a existência - em perfeito estado de uso e conservação - 
de equipamentos destinados a combater incêndios. 
A prudência também é outro fator primordial no combate aos 
incêndios. Todos sabem que qualquer instalação predial deve funcionar 
conforme as condições de segurança estabelecidas por lei, que vão desde a 
obrigatoriedade de extintores de incêndios, hidrantes, mangueiras, registros, 
chuveiros automáticos (sprinklers) e escadas com corrimão. Entre esses 
equipamentos, o mais utilizado no combate a incêndios é o extintor, que 
deve ser submetido a manutenção pelo menos uma vez por ano, por 
pessoas credenciadas e especializadas no assunto. É importante também, 
além de adquirir e conservar os equipamentos de segurança, saber 
manuseá-los e ensinar a todos os trabalhadores como acionar o alarme, 
funcionar o extintor ou abandonar o recinto, quando necessário, sem 
provocar tumultos. 
 
 
 
Regras Básicas em caso de emergência 
 
. Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de 
Bombeiros - 193 
. Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeita condições de 
uso e somente as utilize em caso de incêndio. 
. Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso, 
devidamente carregados e revisados (periodicamente). 
. Revisar periodicamente toda a instalação elétrica do prédio, 
procurando inclusive constatar também a existência de possíveis 
vazamentos de gases. 
. Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis. 
. Evitar a falta de ventilação. 
. Não colocar trancas nas portas de halls, elevadores, porta corta-fogo 
ou outras saídas para áreas livres. Nem obstruí-las com materiais ou 
equipamentos. 
. Tomar cuidado com cera, utilizada nos pisos quando dissolvida. Não 
deixar estopas ou flanelas embebidas em óleos ou graxas em locais 
inadequados. 
 . Alertar sobre o ato de fumar em locais proibidos (como elevadores) 
e sobre o cuidado de atirar fósforos e pontas de cigarros acessos em 
qualquer lugar. 
. Aconselhar os trabalhadores para que verifiquem antes de sair de 
seus locais de trabalho, ao término da jornada de trabalho, se desligaram 
todos os aparelhos elétricos, como estufas, ar condicionado, exaustores, 
dentre outros. 
. Em caso de incêndio, informar o Corpo de Bombeiros o mais rápido 
possível: a ocorrência, o acesso mais fácil para a chegada ao local e o 
número de pessoas acidentadas, inclusive nas proximidades. 
. Nunca utilizar os elevadores no momento do incêndio. 
. Evitar aglomerações para não dificultar a ação do socorro e manter a 
área junto aos hidrantes livre para manobras e estacionamento de viaturas. 
 
 
Normas de Segurança 
 
 Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as 
instalações prediais, estão a conservação e a manutenção das instalações 
elétricas. Existem vários tipos de sistemas de proteção das instalações 
elétricas, como fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar 
funcionando perfeitamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser 
ocasionado por descargas de curto-circuíto. Qualquer edificação possui um 
projeto de circuito elétrico, que dimensiona tipos e números de pontos de 
corrente (tomadas) ou luz, conforme suas características de consumo. 
Quando na presença de uma sobrecarga este circuitonão dimensionado 
para uma corrente de curto-circuito eleva-se em muito a temperatura, 
iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de um incêndio. Por 
este motivo cuidado com a utilização de benjamins. Todos os trabalhadores 
devem estar sempre atentos às normas básicas de segurança contra 
incêndio para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de ordem e todos devem 
colaborar, pois é mais importante evitar incêndios do que apagá-los. 
 
Alarme Geral 
Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame 
imediatamente o Corpo de Bombeiros. 
 
Combate ao Fogo 
 
Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a 
propagação do fogo combatendo as chamas no estágio inicial. Utilize o 
equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns da 
edificação. 
 
Evacuação da Edificação 
 
. Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, 
pelas escadas. Ao sair, feche todas as portas atrás de si, sem trancá-las.. 
. Não utilize o elevador como meio de escape. 
. Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça 
no pavimento em que se encontra, aguardando a chegada do Corpo de 
Bombeiros. 
. Somente suba ao terraço se o edifício oferecer condições de 
evacuação pelo alto, ou se a situação o exigir. 
Instruções complementares 
 
 
. Desligue imediatamente o equipamento que estiver manuseando e 
feche as saídas de gás. 
. Procure sempre manter a calma e não fume. Não tire as roupas. Dê 
o alarme. 
. Mantenha, se possível, as roupas molhadas. 
. Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue 
consigo. 
. Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta 
umedecida pelo lado interno e vedada com toalha ou papel molhados. 
. Em condições de fumaça intensa cubra o rosto com um lenço 
molhado. 
. Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento, 
proporcionadas pelo Corpo de Bombeiros. Indique sua posição no edifício 
acenando para o Corpo de Bombeiros com um lenço. 
. Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros. 
. Em caso de incêndio, se você se encontra em lugar cheio de 
fumaça procure sair, andando o mais rente possível do piso, para evitar ficar 
asfixiado. 
. Em regra geral, uma pessoa cuja roupa pegou fogo procura correr. 
Não o faça: a vítima deve procurar não respirar o calor das chamas. Para o 
evitar, dobre os braços sobre o rosto, apertando-os: jogue-se ao chão e role, 
ou envolva-se numa coberta ou num tecido qualquer. 
. Vendo correr uma pessoa com as roupas em chamas, não a deixe 
faze-lo. Obrigue-a a jogar-se ao chão e rolar lentamente. 
. Use de força, se necessário, para isso. 
. Se for possível, use extintor ou mangueira sobre o acidentado. 
. No caso de não haver nada por perto, jogue areia ou terra na 
vítima, enquanto ela está rolando. Se puder, envolva o acidentado com um 
cobertor, lona ou com panos grossos. 
. Envolva primeiro o peito, para proteger o rosto e a cabeça. Nunca 
envolva a cabeça da vítima, pois assim você a obriga a respirar gases. 
. Ao perceber um incêndio não se altere; estando num local com 
muitas pessoas ao redor, não grite nem corra. Acate as normas de 
prevenção e evite acidentes. 
. Trate de sair pelas portas principais ou de emergência, de maneira 
rápida, sem gritos, em ordem, sem correrias. Nunca feche com chaves as 
portas principais e as de emergência. 
. Não guarde panos impregnados de gasolina, óleos, cera ou outros 
inflamáveis. 
. Após o uso do extintor, notificar o serviço de segurança para 
recarregamento. 
 
1.7.2 Primeiros Socorros 
 Socorrer um ferido poderá fazer a diferença entre a vida e a 
morte do acidentado, sua invalidez temporária ou permanente, ou mesmo 
entre a rápida recuperação e um longo período de internação hospitalar. 
Alguns cuidados, no entanto, são exigidos daquele que presta os primeiros 
socorros: é preciso ter certeza que não estará se expondo a novos riscos, 
tornando- se a próxima vítima. De maneira geral, a primeira providência é 
chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), discando 192, 
para casos de desmaios, convulsões, luxações e fraturas, intoxicações, 
cortes ou perfurações. Os Bombeiros também podem ser chamados, 
discando 193, principalmente quando se tratar de soterramentos. “A maioria 
dos acidentes de trabalho em canteiros de obra podem ser evitados quando 
normas de segurança do Ministério do Trabalho (as NRs) são respeitadas. 
Ou com o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs)”, diz a 
tenente Karoline Burunsizian, do Corpo de Bombeiros do Estado de São 
Paulo. Aprenda o que fazer - e o que não fazer - em caso de acidentes no 
canteiro de obras, confira como agir, em cada situação de acidente na obra: 
 
Queimadura por fogo 
 
. Se a vítima estiver em chamas, é preciso abafar seu corpo, para 
cortar o oxigênio do ar que alimenta a combustão com um casaco ou 
cobertor. 
. Não jogue água, nem abane a vítima! 
. Se não houver nada disponível, faça com que a pessoa role no 
chão. 
. Apagada a chama, encaminhe para atendimento médico. 
 
 
 
 
Intoxicação por produtos químicos 
 
. Se a intoxicação ocorreu por inalação, leve a vítima para local 
ventilado, e encaminhe-a ao hospital. Leve consigo um frasco do produto 
inalado, ou informe o médico sobre o ocorrido. 
. Quando há contato de produto com a pele, é preciso lavar com água 
corrente em abundância, e encaminhar ao pronto atendimento. 
. Caso o tóxico tenha sido ingerido, não provoque vômito: apenas 
identifique o material ingerido e, se for um produto químico, leia seu rótulo e 
siga as instruções de emergência, levando a embalagem para o hospital ao 
encaminhar o acidentado. 
 
 
 
 
 
 
Soterramento 
 
. Primeiro avalie se ainda há riscos de desabamentos. Só aproxime-
se do local diante da certeza de que novos deslizamentos não ocorrerão. 
. Ao localizar a vítima, a primeira ação é livrar sua cabeça dos 
escombros, limpando nariz e boca para que possa respirar. Libere também o 
tórax da pressão exercida pelo material – terra, areia, outros. 
. Não mexa no acidentado, já que podem ter ocorrido fraturas. 
Chame os Bombeiros (193). 
. Procure se informar também sobre quantas pessoas trabalhavam na 
obra no momento do desastre, para que o Corpo de Bombeiros saiba o que 
deve procurar. O melhor jeito de ajudar, neste caso, é correndo contra o 
relógio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Queda de altura 
 
. Se um colega cai de uma laje, ou de um andaime, a primeira 
suspeita será de que ele pode ter fraturado o pescoço ou a coluna cervical. 
Por esta razão não se mexe no acidentado, já que poderá complicar ainda 
mais o quadro de lesão. 
. O importante é mantê-lo acordado, e não permitir que se movimente, 
cobrindo-o com um casaco ou cobertor se estiver com frio, ou molhado, 
mantendo-o calmo, sempre conversando, em seguida acione o responsável 
e o corpo de bombeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perfurações e hemorragias 
 
. Se um corpo estranho de tamanho pequeno (um prego, por 
exemplo) perfurar o acidentado, é preciso retirá-lo e seguir procedimento de 
contenção do sangramento, lavagem e curativo, como num corte. 
 
. Se o objeto for grande – pedaço de madeira ou de ferro, ou 
ferramenta maior –, ele não deverá ser tocado. Neste caso, coloca- se um 
pano sobre o ferimento para conter o sangramento, sem mexer em nada. 
Chame o pronto atendimento. 
. Quando a perfuração for num olho, o ferimento também não poderá 
ser mexido: tape os dois olhos da vítima, para que não os movimente. 
. Ocorrendo a mutilação de membros ou partes do corpo, faça 
compressão direta sobre o corte, com pano limpo, para conter a hemorragia, 
elevando

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