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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÃO PAULO ENGENHARIA CIVIL SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL São Paulo – SP 2018 RESUMO A construção civil é um dos setores da economia que mais contrata mão–de-obra, se comparada com outros setores, sejam estes setores [GRMC1] Comentário: Márcio, o seu resumo está enorme por não dizer gigantesco. Além de que deve reduzir o mesmo para menos de 250 palavras, deve ser escrito num parágrafo só. Muito do nele apresentado é próprio da Introdução. públicos ou privados. E por contratar mais trabalhadores, a probabilidade de os trabalhadores se exporem a determinados riscos e doenças ocupacionais na execução de qualquer serviço na construção civil, também se eleva. A preocupação com a segurança e saúde dos trabalhadores é muito recente. Ela iniciou-se no século XVIII, era da revolução industrial, onde as máquinas e equipamentos eram os grandes vilões dos trabalhadores daquela época, devido a causas de acidentes. Nesta época os Empregadores não tinham preocupação alguma com a saúde e segurança de seus trabalhadores, e nem mesmo normas de segurança e saúde não existiam, por estes e outros motivos, os trabalhadores sofriam diversos tipos de acidentes e doenças na execução de suas tarefas. Hoje, existem muitas leis que zelam pela segurança e saúde dos trabalhadores, e essas leis obrigam os empregadores a cuidar de seus trabalhadores, tanto de sua saúde, em relação a exposição aos riscos de uma dada atividade, quanto a sua segurança, ou seja, se o trabalhador sai de sua casa com saúde, e ao retornar tenha tido algum tipo de comprometimento de sua saúde, a empresa tem o dever legal de dar todo respaldo a este trabalhador. No Brasil os acidentes ocorrem com maior frequência no trânsito, em seguida na construção civil, em relação a este último, ocorrem devido a comportamentos inseguros dos trabalhadores, como por exemplo, a não utilização de seus equipamentos de segurança, a brincadeiras e disputas relacionadas ao trabalho, entre vários motivos, e pela falta das condições de segurança que a empresa deveria legalmente proporcionar a seus trabalhadores, como; A instalação de proteções coletivas na obra, uma boa área de vivência, que proporcione aos trabalhadores um mínimo de saúde e conforto, treinamentos de segurança, entre outros. Quando um trabalhador se machuca na obra, as consequências são enormes, ou seja, sofreram com este acidente, o próprio trabalhador vítima do acidente, sua família, a empresa e também o governo. Atualmente temos 36 normas de segurança e saúde criadas pelo Ministério do Trabalho. A norma de segurança especifica para a construção civil é a Nr 18, que trata das condições e do meio ambiente de trabalho na construção civil, esta norma foi criada pela portaria 3214 dentro da lei 6514 do Ministério do Trabalho. Outras normas também podem ser empregadas na construção civil, e estão atreladas a norma regulamentadora nº 18. As máquinas e equipamentos são essenciais para um bom andamento no processo de uma construção, porém oferecem sérios riscos a seus operadores e pessoas que transitam pelo entorno onde as mesmas operam, devendo assim, toda área ser isolada e também sinalizada, para que ninguém corra algum risco de acidente. Toda obra de construção civil, deverá ter obrigatoriamente um plano de emergência, para evitar prejuízos, tanto pessoal, quanto material. Este plano de emergência é especificado pela norma regulamentadora nº 23, e pelo corpo de bombeiros. Um fator integrante muito importante num plano de emergência, é o sistema de combate a incêndio, onde o objetivo deste sistema é combater o princípio de incêndio, ou seja, o chamado fogo. Quando este princípio de incêndio se torna incontrolável, não caberá mais a empresa tomar suas providências em combatê-lo, e sim o pessoal do corpo de bombeiros. Toda Empresa tem uma equipe treinada, para agir em caso de princípio de incêndio, a chamada Brigada de incêndio. Esta equipe periodicamente recebe treinamentos, tanto do pessoal da cipa, quanto do sesmt. Nestes treinamentos aprendem por exemplo a manusear os extintores de incêndio, os hidrantes, os comandos de ativação dos splinkers, entre outros, e todos os procedimentos de primeiros socorros, para atuarem, caso haja alguma vítima necessitando de ajuda. Palavras-Chaves: Segurança do Trabalho, Construção Civil, Acidente de Trabalho ABSTRACT Civil construction is one of the sectors of the economy that most contracts labor, if compared to other sectors, whether these public or private sectors. And by hiring more workers, the likelihood of workers exposing themselves to certain occupational hazards and illnesses in the execution of any service in construction, also rises. Concern about the health and safety of workers is very recent. It began in the eighteenth century, the era of the industrial revolution, where machines and equipment were the great villains of the workers of that era, due to accidents. At this time Employers had no concern for the health and safety of their workers, and even safety and health standards did not exist, for these and other reasons, workers suffered various types of accidents and illnesses in the execution of their tasks. Today, there are many laws that protect workers' health and safety, and these laws oblige employers to take care of their workers, both their health, in relation to exposure to the risks of a given activity, and their safety, that is, if the worker leaves home with health, and when returning has had some type of commitment of his health, the company has a legal duty to give all support to this worker. In Brazil accidents occur more frequently in traffic, then in civil construction, in relation to the latter, due to unsafe behavior of workers, such as the non-use of their safety equipment, games and disputes related to work, among several reasons, and by the lack of safety conditions that the company should legally provide to its workers, such as; The installation of collective protections in the work, a good living area, which provides workers with a minimum of health and comfort, safety training, among others. When a worker is injured in the work, the consequences are enormous, that is, they suffered with this accident, the accident worker himself, his family, the company and also the government. Currently we have 36 safety and health standards created by the Ministry of Labor. The specific safety standard for civil construction is Nr. 18, which deals with conditions and the working environment in civil construction, this standard was created by ordinance 3214 within law 6514 of the Ministry of Labor. Other standards can also be used in construction, and are linked to regulatory rule # 18. The machines and equipment are essential for a good progress in the process of a construction, but they pose serious risks to its operators and people who move through the environment where they operate, so that every area is isolated and also signaled so that nobody runs any risk of accident. All civil construction work must have an emergency plan to avoid damages, both personal and material. This emergency plan is specified by Regulatory Standard No. 23, and by the fire department. A very important factor in an emergency plan is the fire-fighting system, where the purpose of this system is to combat the principle of fire, that is, the so-called fire. When this fire principle becomes uncontrollable, it will not be for the company to take action to combat it, but for the staff of the fire department. Every company has a trained team, to act in case of fire principle, the so-called Fire Brigade. This team periodicallyreceives trainings, both from the staff of the cipa, and from the sesmt. In these trainings they learn, for example, how to handle fire extinguishers, hydrants, splinters activation commands, among others, and all first aid procedures to act if there are any victims needing help. Keywords: Work Place Safety, Construction, Work Accident SUMÁRIO CAPITULO 01- INTRODUÇÃO E OBJETIVOS............................................................13 Delimitação do tema................................................. ...................................14 Justificativa...................................................................................................14 Problema......................................................................................................14 Hipótese.......................................................................................................14 Objetivo........................................................................................................14 Metodologia..................................................................................................15 CAPÍTULO 02 –Segurança do Trabalho na Construção Civil.................15 2.1 História da Segurança do Trabalho......................................................17 2.2 Legislação de Segurança do Trabalho…………..................................18 2.3 Acidente de trabalho............................................................................21 2.3.1 Causas de Acidente de Trabalho.........................................................25 2.3. Consequências de Acidente de Trabalho…………..............................26 2.4 Normas regulamentadoras mais aplicadas na Construção Civil.........26 2.5 Máquinas e equipamentos mais usados na Construção Civil e seus riscos................................................................................32 2.6 Área de Vivência..................................................................................42 2.7 Plano de Emergência……..……………..………….…..........................45 2.7.1 Combate a Incêndio…………………….…………..…...........................46 2.7.2 Primeiros Socorros..............................................................................50 CAPÍTULO 03 –Terceirização de mão-de-obra na Construção Civil 3.1 Porque a Tomadora de Serviços terceiriza sua mão-de-obra.............57 CONCLUSÃO...............................................................................................65 REFERÊNCIAS............................................................................................66 CAPITULO 01 - INTRODUÇÃO E OBJETIVOS A indústria da construção civil, diferente de outros segmentos da economia, é um setor que mais emprega trabalhadores, e por este motivo maiores serão as probabilidades de ocorrer algum tipo de acidente ou doença, relacionados a exposição aos riscos presentes, ou que possam vir a existir no ambiente da obra. Os acidentes na construção civil ocorrem principalmente devido à falta de programas em segurança e saúde no trabalho, que tem por objetivo evitar os acidentes e as doenças. Estes programas devem ser implantados e sempre que necessário atualizados pelas empresas, conforme determina a portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego. Este último é o órgão responsável em fiscalizar as empresas se há existência destes programas e de outras normas. Nascimento et. al. (2009), comenta que uma forma de prevenir acidente é treinando e orientando o trabalhador para bem desenvolver suas atividades de forma segura. O treinamento deve ser realizado em linguagem acessível, enfatizando as atividades que serão desenvolvidas, os métodos que serão utilizados, os riscos a que os trabalhadores estarão expostos e o que será esperado deles. Visa-se, assim, criar condições para que possam colaborar com a promoção das condições de trabalho e dar subsídios para aprimorar o planejamento, além de facilitar o controle do desenvolvimento das atividades. Todos os anos milhares de trabalhadores são vítimas de acidente de trabalho, acidentes que poderiam ser evitados, com informação, com cautela e principalmente com cuidado e valorização do ser humano. Nosso objetivo também é levar a todos leitores as informações básicas sobre; como se evitar acidentes de trabalho na construção civil e como agir em caso de sua existência. Iremos falar também neste trabalho, um pouco sobre a história dos acidentes, o que causam os acidentes, quais são suas consequências, e também quais são as medidas preventivas a serem tomadas caso haja a ocorrência de um acidente. Delimitação do tema A Segurança do Trabalho pode ser aplicada em qualquer segmento da economia, desde que os trabalhadores estejam regidos pela CLT, ou empresas mistas. Este estudo não foi focado em nenhum outro segmento a não ser a construção civil. Justificativa A indústria da construção civil é um setor da economia onde se tem mais riscos de acidentes, se comparados a outros segmentos. Daí a importância de nos atentarmos com mais rigor neste campo de atuação Problema São vários os problemas nos processos de trabalho na construção civil, mas podemos destacar aqui os mais relevantes como por exemplo: os riscos Físico, químico, biológico, ergonômico e acidentes, na tentativa de reduzi-los ou até mesmo eliminá-los, portanto a atuação do profissional técnico de segurança se faz cada vez mais necessária neste campo. Hipótese Criar procedimentos que valorizam a vida dos funcionários, como forma de prevenção e valorização do ambiente de trabalho. Objetivo Geral Apresentar através deste trabalho a importância da prevenção de acidentes na indústria da construção civil. Objetivo Específico Conscientizar todos trabalhadores para que não sofram acidentes e doenças na execução de suas atividades. Metodologia O trabalho será produzido por intermédio de pesquisas bibliográficas enfocando os principais conceitos de competências, como desenvolvê-las e os modelos existentes em uso pelas organizações, sendo por meio de coleta e levantamento de dados na pesquisa. Capítulo 02 - Segurança do Trabalho na Construção Civil A Segurança do Trabalho na Construção Civil é uma das maiores preocupações de todos aqueles que trabalham diariamente em canteiros de obra, devido aos riscos ali presentes, ou seja, riscos de queda de altura, choque elétrico, inundação, enchente, desmoronamento, lesões perfuro- cortantes, queda de material, doenças provenientes da manipulação de produtos químicos, entre vários riscos. São Paulo: Roca; 2000. P 29-51. Estes riscos são classificados pela nossa legislação como: Riscos físicos, químicos, biológico, ergonômico e riscos de acidentes. O risco físico é composto por vários agentes que são: Ruído, vibração, temperaturas extremas, calor, frio, radiações ionizantes e não ionizantes. Já o risco Químico é classificado em: Gases, vapores, poeiras, fumos, neblinas, entre outras. Biológico: Fungos, protozoários, bacilos, vírus, bactéria e parasitas. Ergonômico: Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalhos em turnos; diurno e noturno, e outras situações causadas por estresse físico ou psíquico. E por último temos os riscos de Acidentes: Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, incêndio, explosão,armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que possam contribuir para ocorrência de acidentes. Os riscos são tantos que surgiram profissões para garantir a segurança e a integridade física dos trabalhadores, especialmente em áreas com bastante probabilidade de ocorrerem algum tipo de acidente e doenças nos canteiros de obra. Os riscos citados anteriormente estão presentes ou ainda virão a existir na construção de uma obra. Dependendo da etapa da obra, podemos ter a presença de algum tipo de risco e em outras etapas estes mesmos riscos não se farão presentes, e é este um dos motivos que as empresas têm a obrigação de implantar programas de segurança e saúde de seus trabalhadores, para que seja oferecido a eles ambiente seguro, afim de não sofrerem nem um tipo de acidente ou doenças. De acordo com a Previdência Social, entre 2007 e 2013, ou seja, em seis anos, foram registrados quase cinco milhões de acidentes de trabalho [GRMC2] Comentário: Cadê as Referencias Bibliográficas (RB) [GRMC3] Comentário: Tanto no parágrafo anterior, quanto neste a indícios de copiar e colar, revise isso e escreva como deve ser, que até esse momento tudo vai bem. somente aqui no Brasil. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social, informe de Previdência Social nº 4. Brasília, 1991. Estas informações também mostraram que a construção civil é o quinto setor econômico com o maior número de acidentes e o segundo mais letal aos trabalhadores. A participação da construção civil no total de acidentes de trabalho fatais no país passou de 10% em 2007 para 16% em 2013. São resultados da falta de treinamento, instalação precária de proteções coletivas e do uso de equipamentos de proteção individual nas obras. Pode ser somado ainda ao fato de que a maioria das atividades realizadas pelos trabalhadores da construção civil, parte do dia a dia de uma obra, apresentam características muito arriscadas, como trabalho em altura e contato com equipamentos e produtos químicos que exigem muita atenção em seu uso. 2.1 História da Segurança do Trabalho A preocupação com a segurança já existia bem antes de Cristo, grandes obras foram realizadas anteriormente ao seu nascimento, como as pirâmides do Egito por exemplo. Existe um livro chamado “Antiguidades Judaicas”, onde o historiador Flávio Josefo concluiu que a morte de José, o Pai de Jesus, foi decorrente de acidente de trabalho, quando ele foi designado como encarregado de obra a reconstruir uma cidade, vindo a cair de um andaime e falecer três dias depois em função da gravidade deste acidente. Antes da revolução industrial, Aristóteles que viveu por vários anos na Grécia, cuidou das enfermidades de trabalhadores que sobreviviam trabalhando em minas, estavam expostos a vários produtos e poderiam contrair doenças, mas desconheciam este risco, por isto Aristóteles passou a estudar estas doenças as quais acometiam os trabalhadores daquela época, a fim de evitar as doenças. Outro filósofo, chamado Hipócrates, que era considerado pai da medicina, viveu entre 460 a 370 anos antes de Cristo. Além disso era considerado um dos homens mais importantes na história da medicina. Foi pioneiro em muitas descobertas, entre elas, a identificação na origem das doenças relacionadas ao trabalho com as minas de estanho. No século XVI, Paracelso estudou as afecções dos mineiros, e em 1700, Além disso Bernardino Ramazzini é considerado o “Pai da Medicina do Trabalho” ou [GRMC4] Comentário: RB “Medicina Ocupacional”, ele publicou sua obra “As doenças dos trabalhadores”. O trabalho dele foi a base de estudo que iluminou o trabalho de grandes mentes da medicina ao longo dos séculos. No século XVIII surge a Revolução Industrial na Inglaterra, com o surgimento de várias máquinas, como a de tecelagem, por exemplo, movida a vapor. Os artesãos e suas famílias que moravam no campo, trabalhando por meio da manufatura, com o surgimento das fábricas nas grandes cidades, passaram a trabalhar nestas fábricas. Na execução de atividades dentro destas fábricas, os trabalhadores sofriam muitos acidentes, e eram cometidos por doenças muito graves, devido a falta de preocupação por parte dos empresários daquela época, em investir na proteção de seus trabalhadores, dando a eles condições satisfatórias para executarem suas atividades. Em 1833, na Inglaterra, instituiu a Lei das Fábricas, que foi a primeira lei realmente eficiente no campo da segurança e saúde no trabalho (OLIVEIRA, 2012). Em 1802 O parlamento inglês através de uma comissão de inquérito, aprovou a 1° lei de proteção aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite de 12 horas de trabalho/ dia, proibindo o trabalho noturno. Obrigava os empregadores a lavarem as paredes das fábricas duas vezes ao ano e tornava obrigatória a ventilação desses locais. Em 1919 foi criada a Organização Internacional do Trabalho, onde o Brasil é fundador, e entre 1844 e 1848, a Grã-Bretanha aprova as primeiras Leis específicas de Segurança do Trabalho e saúde pública. 2.2 Legislação de Segurança do Trabalho A primeira lei referente à Segurança e saúde do Trabalho no mundo, surgiu em 1802, na era da revolução industrial, ocorrida na Inglaterra. Devido aos acidentes e doenças, que existiam dentro das fábricas. Em 1862, ocorre a regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho na França, em 1865 na Alemanha e em 1921 nos Estados Unidos. Já no Brasil a proteção legal ao trabalhador contra acidentes e doenças do trabalho é mais recente e vem se desenvolvendo ao longo dos últimos cinquenta anos: Somente em 1919 surge a primeira Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, com o Decreto Legislativo nº 3.724, de 15 de janeiro. Em 1934, surge a segunda Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº 24.637, de 10 de julho. Em 1943, o governo brasileiro, Getúlio Vargas, apresenta à nação a Consolidação das Leis de Trabalho. Em 1944, surge a terceira Lei de Acidente do Trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº 7.036, [GRMC5] Comentário: Mais indícios de copia e cola. Corrigir. Além disso, hoje Bernardino Ramazzini é considerado o “Pai da Medicina do Trabalho” ou “Medicina Ocupacional”. de 10 de novembro, determina que as empresas com mais de 100 funcionários devem constituir uma comissão interna para representá-los, a fim de estimular o interesse pelas questões de prevenção de acidentes. Em 1953, a Portaria nº 155 regulamenta a atuação das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes no Brasil. Em 1967, surge a quarta Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil, com o Decreto-Lei nº 293, de 28 de fevereiro. Teve curta duração, porque foi totalmente revogada pela Lei nº 5.316, de 14 de setembro do mesmo ano. Transferia o seguro de acidentes do trabalho do setor privado para a esfera específica da Previdência Social. A Lei nº 5.316, de 14 de setembro de 1967, foi a Quinta Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil. Restringe o conceito de doença do trabalho, excluindo as doenças degenerativas e as inerentes a grupos etários. Em 1976, surge a Sexta Lei de Acidentes do Trabalho no Brasil. Ficam sem proteção especial contra acidentes do trabalho o empregado doméstico e os presidiários que exercem trabalho não remunerado. Além disso, a lei identifica a doença profissional e a doença do trabalho como expressões sinônimas, equiparando-as a acidente do trabalho somente quando constantes da relação organizada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social. No Brasil a preocupação com a segurança e saúde dos trabalhadores, teve início com a Lei que tratava da proteção ao trabalho dos menores, em 23/01/1891. Em 1919 foi Criada a Lei n° 3724, de 15/01/19 – Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho. Em 21/04/41, empresários fundam noRio de Janeiro a ABPA – Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes. A CLT foi aprovada pelo decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigor em 10/11/43). Foi o instrumento jurídico que viria a ser prática efetiva da prevenção no Brasil. Em 1953 o Decreto-Lei n° 34715, de 27/11/53 instituiu a SPAT (Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho) A ser realizada na 4° semana de Novembro de cada ano. Também em 1953 a Portaria 155 regulamenta e organiza as CIPA‘s e estabelece normas para seu funcionamento. Em 1960, a Portaria 319 de 30/12/60 regulamenta o uso dos EPI´s. No ano de 1966, foi criada conforme a Lei n° 5161 de 21/10/66 a Fundação Centro Nacional de Segurança Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro Presidente, hoje mais conhecida como FUNDACENTRO. A criação da FUNDACENTRO foi sem dúvida um dos grandes feitos na história da segurança do trabalho e a partir de ações da entidade, a segurança do trabalho pode avançar de forma significativa. Em 1967, a Lei n° 5316 de 14/09/67 integrou o seguro de acidentes de trabalho na Previdência Social. Também em 1976 surge a sexta lei de acidentes de trabalho, e identifica doença profissional e doença do trabalho como sinônimo e os equipara ao acidente de trabalho. A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área. A Lei n° 6514 de 22/12/77 modificou o Capitulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que essa modificação deu nova cara a CIPA, estabeleceu a obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços. No ano de 1978, foram criadas as Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria 3214 de 08/06/78 do MTE, aproveitando e ampliando as portarias existentes e Atos Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião foram criadas 28 NR’s. Essa portaria representou um dos principais impulsos dados à área de Segurança e Medicina do Trabalho nos últimos anos. Em 1985, foi criada a lei n° 7410 de 27/11/85. Oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, até então os únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente. Dava prazo de 120 dias para o MEC os currículos básicos do curso de especialização em Técnico de Segurança do Trabalho. Mas somente em 1987, através do parecer 632/87 do MEC, foi estabelecido o curso de formação de TST em vigor. Na década de 50 os Técnicos em Segurança do Trabalho, eram chamados de “Inspetores de Segurança”. Em 1990, o quadro II do SESMT (NR 4) é atualizado e o mesmo segue abaixo. Neste quadro constam os profissionais de segurança e saúde, e o grau de risco: – Engenheiro de Segurança do Trabalho; – Médico do Trabalho; – Enfermeiro do Trabalho; – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho; – Técnico em Segurança do Trabalho. Tabela II de dimensionamento do sesmt - Tabela 02 [GRMC6] Comentário: Tudo foi cópia e cola, corrigir. A tabela ou quadro a continuação deve ser numerada, titulada e sua fonte deve ser referida no pé da mesma. Ainda, no t4xto precedente a mesm deve ser citada para consulta. Nr 4.4.2 – Portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego 2.3 Acidente de trabalho Conceito Legal A legislação brasileira dentro do artigo 19 da lei 8213 de 1991 considera o termo acidente de trabalho como: Aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, causando lesão corporal, perturbação funcional, que cause a redução, a perda ou a morte permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. A lei 8.213/ 91 estabelece o conceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto nos artigos 19 a 21 e no artigo 22, também estabelece a obrigação da empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho as autoridades competentes. Segundo a lei 8213, as doenças profissionais e ocupacionais equiparam-se a acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/ 91 as conceitua: . Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social . Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho". O art. 21 da Lei nº 8.213/ 91 equipara ainda a acidente de trabalho: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. § 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período inferior a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de obra temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com os custos econômicos da relação de empregado. O acidente repercutirá ao empregador também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da empresa, nos termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003. Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio- acidente, habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-se que a Previdência Social gastou, só em 2010, cercade 17 bilhões de reais com esses benefícios. Abaixo uma tabela que nos mostra os acidentes que ocorrem com mais frequência no setor da construção civil. Estatística de acidente de trabalho na construção civil – Figura 01 ??????????????????????????????????????????? Idem ao anterior. Conceito Prevencionista O Conceito prevencionista de acidente de trabalho é também definido pelas empresas, CESARINO JÚNIOR, Antônio Ferreira. Direito Social Brasileiro. 6ª Edição. São Paulo: Saraiva, 1970, diferente do que diz a legislação. As empresas dizem para que uma situação seja considerada acidente de trabalho, não deve haver somente a lesão no trabalhador, mas também perda de tempo útil e danos materiais. A perda de tempo útil, seria por exemplo, aquele tempo que seria útil para que a empresa lucrasse, produzisse, mas devido ao acidente, este tempo não foi aproveitado. Em relação aos danos materiais, seria alguma ferramenta, equipamento, máquina ou algum tipo de móvel, por exemplo, que foi danificado, em razão do acidente, que muitas da vezes, teve um alto custo a empresa. 2.3.1 Causas de Acidente de Trabalho Grande parte dos acidentes que ocorrem na construção civil, são resultados de atos inseguros por parte dos trabalhadores. O termo Ato Inseguro é retirado do item 1.7 da Norma Regulamentadora 01. E isso é motivo de comemoração para muitos prevencionistas, que reclamam que o termo retirava em muitas vezes a responsabilidade do empregador, pois era fácil rotular os acidentes somente como ato inseguro, e isso dificultava encontrar a verdadeira causa. Quando o trabalhador chega à obra, trás consigo muitos pensamentos e preocupações, portanto ao realizar suas tarefas, ele dificilmente estará livre desses pensamentos e dessas preocupações, sejam elas familiares, financeiras ou outras situações podendo colocá-lo em uma situação de risco, vindo a sofrer algum tipo de acidente ou manipular [GRMC7] Comentário: RB [GRMC8] Comentário: Deves cuidar que o título não fique sozinho afastado do texto. produtos químicos, por exemplo, sem os equipamentos de segurança adequados. Outra causa de acidente no setor da construção civil, são as condições inseguras. Estas estão relacionadas ao descuido por parte da empresa em investir na segurança e saúde de seus trabalhadores, tais condições seriam, por exemplo: shaft e abertura de laje sem proteção, falta de proteção de máquinas e equipamentos, falta de sinalização e isolamento de áreas de risco, o não fornecimento de equipamentos de proteção individual e a não adequação das áreas de vivência conforme legislação vigente, entre outras situações. 2.3 Consequências de Acidentes de Trabalho Quando ocorre um acidente na construção civil, muitos saem perdendo, pois, os prejuízos são enormes, podendo assim serem prejudicados por estes infortúnios; a empresa, o governo, o acidentado e sua família. COSTA, Hertz Jacinto. Manual de Acidente de Trabalho. 3. Ed. Ver. E atual. Curitiba: Juruá, 2009. A empresa perde no sentido de ter que custear o acidentado durante os primeiros 15 dias de afastamento do trabalho e se for comprovado através de nexo causal que a empresa teve culpa no ocorrido, agindo por imprudência, negligência ou imperícia, ela será obrigada a indenizar o acidentado. Já o governo terá despesas através do INSS tendo que bancar o acidentado caso ele não retorne ao trabalho até o 15º dia de afastamento. Em muitas situações decorrentes de acidente de trabalho, quem mais sai perdendo é o próprio acidentado, pelo fato de estar acometido com dores nas regiões do corpo lesionadas, sentindo-se inútil, podendo entrar no estado de depressão, devido a esta situação. A família sairá perdendo no sentido de ter que cuidar do familiar machucado, levando-o a atendimento médico e até mesmo deixando seu emprego para cuidar do parente acidentado. 2.4 Normas Regulamentadoras mais aplicadas na Construção Civil Uma norma regulamentadora é composta das obrigações trabalhistas que devem ser cumpridas por todo contratante. Cada norma regulamentadora visa a prevenção de acidentes e doenças provocadas ou [GRMC9] Comentário: RB agravadas pelo serviço. E estabelecem os parâmetros mínimos e as instruções sobre saúde e segurança de acordo com cada atividade ou função desempenhada. Além disso, servem para nortear as ações dos empregadores e orientar os funcionários, de forma que o ambiente laboral se torne um local saudável e decente. Em 08 de Julho de 1978, o Ministério do Trabalho e Emprego, com o objetivo de padronizar, fiscalizar e fornecer orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e à medicina do trabalho, aprovou 28 Normas Regulamentadoras, hoje já são 36 que tratam do assunto. A ação foi feita considerando o disposto no artigo 200 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977. As normas regulamentadoras da construção civil são leis, cujo principal objetivo é a preservação da saúde e segurança dos trabalhadores, sendo a mais usada na construção civil a Nr 18, que trata do PCMAT. A implantação do programa possibilita o efetivo gerenciamento do ambiente de trabalho e do processo produtivo, incluindo a orientação aos trabalhadores a fim de prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. (NASCIMENTO, et al., 2009, p. 08,). Na construção civil, as normas regulamentadoras, ainda definem parâmetros nas práticas adotadas pelo setor. São muitas normas regulamentadoras (Nr’s) aplicadas no setor da construção civil, destacamos algumas abaixo: Norma Regulamentadora nº 04 Trata do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), cuja finalidade é promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local onde executa suas atividades. Uma das exigências da norma na hora de estabelecer o SESMT diz respeito à habilitação e ao registro dos profissionais que irão compor esse serviço (Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Técnico em Segurança do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho). Norma Regulamentadora nº 05 Discorre sobre a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), que objetiva prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, zelando pela vida e promovendo a saúde dos trabalhadores. A norma trata, entre outros aspectos, da eleição de representantes para a comissão tanto por parte dos empregados quanto dos empregadores. Abaixo o quadro de dimensionamento da cipa Tabela 01 Nr 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego Norma Regulamentadora nº 06 Esta norma dispõe sobre os equipamentos de proteção individual (EPI’s) que as empresas são obrigadas a fornecer gratuitamente a seus empregados. O intuito desse tipo de proteção, segundo a norma, é resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Muitas empresas não fornecem com frequência os EPI’s aos empregados e não orientam quanto ao seu uso, principalmente devido às falhas de comunicação, conforme atribui MESQUITA (1998 apud MEDEIROS; RODRIGUES, 2014, p.03)3. O que explica a forma inadequada ou ineficaz de sua utilização, gerando até mesmo incômodos aos trabalhadores. Norma Regulamentadora nº 07 Estabelece a obrigatoriedade, por parte das empresas, da elaboração e implementação do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). O objetivo do programa, segundo a norma regulamentadora nº 07, é promover e preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores da construção civil. Norma Regulamentadoranº 08 Exige padrões em edificações e obras da construção civil e estabelece requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nesses locais. O intuito, de acordo com a NR 8, é garantir a segurança e o conforto aos colaboradores da construção civil envolvidos. Norma Regulamentadora nº 09 O autor Oliveira (2005, p. 20), cita a NR-9, que estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), por parte de empregadores e instituições, visando a preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Norma Regulamentadora nº 10 Dispõe sobre instalações e serviços em eletricidade na construção civil. A norma regulamentadora fixa as condições mínimas exigíveis para garantia da segurança dos empregados que realizam esse tipo de trabalho. Ela diz que toda e qualquer instalação elétrica deve sempre ser executada e fiscalizada por um profissional capacitado e habilitado na área. (OLIVEIRA, 2012). Norma Regulamentadora nº 12 A NR 12, de acordo com a última atualização do Ministério do Trabalho e Emprego, em Dezembro de 2011, apresenta medidas de ordem geral que garante a instalação de forma adequada dos dispositivos elétricos nas máquinas e equipamentos, através de medidas de prevenção, buscando preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores durante a jornada de trabalho, estabelecendo requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, com a funcionalidade segura do sistema de segurança, da partida, acionamento e parada. Pelo Art. 14 da Lei 6367/79, os acidentes de trabalho devem ser notificados à Superintendência Regional do Trabalho através da chamada CAT – Comunicação de Acidentes de Trabalho (FUNDACENTRO, 1981 apud DALCUL, 2001, p.54). De maneira geral, observa-se que muitos empresários e trabalhadores desconhecem as normas existentes sobre a segurança do trabalhador e seu ambiente de trabalho, os riscos de acidentes que variam de acordo com cada obra, e o preparo de cada trabalhador para o desenvolvimento das atividades, o que se torna favorável para a ocorrência de acidentes. Esta norma trata da utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos. Diz a NR 12 que o empregador deve adotar medidas de proteção para o trabalho em máquinas e equipamentos, capazes de garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores, entre outras diretrizes. Norma Regulamentadora 17 Discorre sobre ergonomia, o estudo das relações entre homem e máquina no ambiente de trabalho. A norma regulamentadora 17 é importante no sentido de tentar combater várias doenças do trabalho, desenvolvidas a partir de exposição de colaboradores a riscos ergonômicos. Norma Regulamentadora nº 18 O PCMAT determina alguns itens que devem ser respeitados para garantir boas condições de trabalho aos funcionários, estabelecendo procedimentos de ordem administrativa, de planejamento e de organização. Constitui em uma série de medidas preventivas de segurança que devem ser adotadas durante o desenvolvimento da obra, no ambiente de trabalho da indústria da construção. Segundo a Norma Regulamentadora, NR-18, item 18.3, é obrigatório sua elaboração e cumprimento, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos complementares de segurança para [GRMC10] Comentário: Mais cópia e cola, veja como o pdf te dividiu um texto que é contínuo. Corrigir. [A11] Comentário: os estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais. Sampaio (1988, apud Júnior, 2002), destaca alguns objetivos do PCMAT: . Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores; . Definir atribuições, responsabilidades e autoridade ao pessoal que administra, desempenha e verifica atividades que influem na segurança e que intervêm no processo produtivo; . Fazer a previsão dos riscos que derivam do processo de execução da obra; . Determinar as medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco; . Aplicar técnicas de execução que reduzam ao máximo possível esses riscos de acidentes e doenças. Júnior (2002) destaca que, para manter a ordem e organização do canteiro, o PCMAT deve estar em consonância com os seguintes programas: . Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA; . Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO; . Implantação das Medidas de Proteção Coletiva; . Implantação dos Equipamentos de Proteção Individual; . Implantação das Medidas Preventivas do PCMAT; Norma Regulamentadora nº 33 Determina as diretrizes para o trabalho em espaços confinados. O intuito da norma regulamentadora é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nesses locais de trabalho. Norma Regulamentadora nº 35 Norma regulamentadora que estabelece requisitos mínimos para proteção de trabalhos em altura, ou seja, atividade executada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. As quedas são uma das causas mais comuns de acidentes mortais nos locais de trabalho da construção civil 2.4 Máquinas e Equipamentos mais usados na Construção Civil e seus riscos A Construção Civil é uma área na qual se faz necessário a utilização de diversos e diferentes tipos de máquinas e equipamentos, caso não seja possível a utilização dos mesmos, podemos dizer que será impossível a execução de atividades de obra. Se uma Construtora compra os equipamentos para executar a obra, esta compra costuma ser um investimento financeiro muito alto. Por isso, uma alternativa eficaz para ajudar empresários do setor a aumentar a produtividade de suas obras sem grandes investimentos financeiros é optar pela locação de equipamentos modernos e eficientes nos seus projetos. Além de ser uma alternativa mais barata que a compra, alugar equipamentos para construção permite ao locador ter a garantia de manutenção e reparos dos mesmos. Neste trabalho, iremos apresentar somente as máquinas e equipamentos mais usados em uma obra, vamos usar como exemplo um prédio. A construção de um prédio é dividida em várias etapas: Serviços Preliminares: É o inicio da obra, é a preparação para iniciar a obra, inclui a limpeza e fechamento do terreno, montagem do canteiro e barracão de obras, serviços de terraplenagem (movimentação de terra com corte e/ou aterro). Em seguida é feita a locação da obra com a montagem do gabarito e a definição dos eixos de execução das fundações e, mais pra frente, das paredes e divisórias. Para realizar esta etapa da obra, precisaremos de diversos tipos de máquinas e equipamentos, mas antes de iniciar seus usos, devemos ter um plano de segurança, para que estas máquinas e equipamentos não coloquem em risco a segurança e saúde, tanto do operador, quanto de pessoas que estão no entorno dessas máquinas e equipamentos, como por exemplo, isolamento e sinalização da área de trabalho, treinamento e conscientização do operador e todos envolvidos no processo. Nesta etapa da obra as ferramentas, máquinas e equipamentos mais usados são: as retro escavadeiras, caminhões, enxadas, pás, entre outros. Devemos nos atentar no uso, devido os mesmos oferecerem grande risco de acidentes aos trabalhadores. Fundação: As fundações sustentam a edificação (casa, prédio, shopping, galpão, etc). Existem vários tipos de fundações. A definição do tipo de fundação leva em consideração o tipo de edificação e o tipo desolo do terreno. Nesta etapa da obra, podemos dizer que os riscos de acidentes são maiores, se comparados com a etapa preliminar, pois é exigido um efetivo maior de trabalhadores, como; Ajudantes, armadores de ferragem, carpinteiros, pedreiros, encarregado, mestre de obra, engenheiros e até mesmo o pessoal de RH, entre outros As máquinas e equipamentos mais usadas nesta etapa da obra, são o gramichel, o bate-estacas, serra de bancada, policorte e dobradeira de aço, para cortar e dobrar os elementos das estruturas, estes equipamentos são utilizados pelos armadores. Já o pessoal de carpintaria, são responsáveis pela execução das formas, nesta etapa da obra, utilizam também máquinas e equipamentos que lhes oferecem alto risco de acidente, como por exemplo; a serra circular e a serra de bancada. Estes trabalhadores assim como os armadores, devem estar devidamente treinados para usarem estes recursos, antes de iniciarem a utilização dos mesmos, para que não venham a sofrer nenhum tipo de acidente, na execução de suas atividades. Super Estrutura: É a sustentação da edificação. São as estruturas que ficam acima da terra, como pilares, vigas e lajes. As estruturas mais comuns no Brasil são: Concreto armado convencional ou protendido (sistema pilar-viga-laje). Alvenaria estrutural (a própria alvenaria é a estrutura da edificação). Estruturas metálicas (principalmente em galpões, indústrias). Nesta etapa da obra, podemos dizer que os riscos de acidentes, são praticamente os mesmos existentes nas fundações, porém temos ai um risco maior ainda, se comparado com os anteriormente citados, este risco é o de queda de altura, principalmente devido ao uso de escadas e andaimes. Na etapa de superestrutura, são fixadas na edificação, plataformas de segurança, que são equipamentos instalados nos pavimentos de um prédio. Segundo a Norma regulamentadora nº 18, elas tem a função de reter a queda de ferramentas, máquinas, equipamentos, materiais e objetos diversos, evitando assim riscos de acidentes, as pessoas que transitam pela área inferior externa da edificação. Essas plataformas são classificadas em três tipos; Principal, secundária e terciária. A plataforma principal deve estar localizada na primeira laje, na altura do primeiro pé-direito acima do nível do terreno, possuir dimensões mínimas de 2,50 m de balanço em relação à face externa da construção e ser complementada com um elemento de 0,80 m de comprimento fixada a 45º na extremidade da plataforma. Em edificações em que os pavimentos mais altos forem recuados em relação à base, a primeira laje a ser considerada para colocação da plataforma principal é a do corpo recuado. Já as plataformas secundárias são instaladas a cada três lajes, tendo no mínimo 1,40 m de balanço, e são complementadas por faixas de 0,80 m fixadas a 45º nas bordas da plataforma. A plataforma principal e secundária, devem ser instaladas, assim que forem concluídas as concretagens das lajes correspondentes e serem retiradas somente quando a vedação da periferia até a plataforma superior for concluída. Nas edificações em que existam pavimentos no subsolo, devem existir plataformas terciárias, de duas em duas lajes, contadas a partir da plataforma principal em direção ao subsolo. Suas dimensões mínimas devem ser de 2,20 m de balanço e possuir a mesma complementação de 0,80 m a 45º. Nos pavimentos onde existam as plataformas também é obrigatório o fechamento do perímetro com tela, pois sua principal função é a de aparar a queda de pequenos objetos e materiais. Imagens muito bonitas sem citação no texto, sem número, titulação nem fonte. Balancim Na etapa de acabamento, ou seja, na execução de chapisco e reboco, no lado externo da alvenaria, são utilizados os balancins. O uso deste tipo de andaime suspenso fora da norma, conduz à situações de riscos. Esse tipo de equipamento exige planejamento para montagem e fixação da estrutura, processo que precisa ser supervisionado por profissional legalmente habilitado. Segundo a Norma Regulamentadora no 18 (NR-18), o piso do balancim deve ter forração completa e antiderrapante, ser nivelado e dispor de guarda-corpos e rodapé. Seja qual for o tipo de andaime, deve sempre ser posicionado próximo ao local a ser trabalhado para que o funcionário não corra riscos ao se inclinar para alcançar a superfície a ser trabalhada. Mais segurança Em maio de 2012, a Portaria 318, da Secretaria de Inspeção do Trabalho, publicada no Diário Oficial da União (DOU) alterou três itens da NR-18. Desde então, "em edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12 m a partir do nível do térreo, devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas". Outro item que mudou, foi a carga mínima a ser suportada pelos pontos de ancoragem, que passa a ser 1.500 quilogramas-força (kgf). Andaimes e outros equipamentos como a cadeira suspensa precisam ser inspecionados ao final da montagem e diariamente pelos usuários e pelo responsável da obra, antes de iniciar os trabalhos. As figuras abaixo mostram os trabalhadores trabalhando encima de um balancim, e o sistema de ancoragem para que eles trabalhem com segurança, evitando assim, uma queda de altura. Idem às imagens anteriores Gruas As gruas aumentam indiretamente a segurança no local e reduzem prazos de execução, o que se traduz em sustentabilidade para a obra. A verticalização das habitações nas maiores metrópoles brasileiras, exige a utilização de equipamentos adequados a todos os desafios impostos por uma obra, portanto, espaços cada vez mais estreitos e uma necessidade crescente de industrialização da construção civil, fizeram das gruas equipamentos indispensáveis nos canteiros para a movimentação de grandes cargas horizontal e/ou verticalmente. As gruas são versáteis, capazes de transportar variados materiais. Existem em diferentes tipos, podendo ser ascensionais, fixas ou móveis. Um elaborado estudo, contendo logística, transportes internos, acessos ao canteiro e outros fatores, poderá comprovar se as gruas serão os equipamentos adequados e quais os melhores tipos para cada obra específica. No entanto, um velho empecilho ainda barra, ao menos um pouco, este mercado no Brasil. Existem vários casos de acidentes de trabalho, envolvendo as gruas. Um destes acidentes, ocorreu no cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Nações Unidas, na Zona Sul de São Paulo, onde quatro trabalhadores morreram. Os bombeiros foram acionados às 14h30 e relataram que dois homens ficaram pendurados na grua da obra e foram resgatados por volta de 15h30. Os braços da grua, que tem formato da letra “t”, desabaram. De um lado estava posicionado o contrapeso e, na outra ponta, um elevador de cargas. De acordo com o capitão Max Mena, chefe de Operações do Corpo de Bombeiros no local, a grua de 45 metros de altura dobrou em uma das partes de sustentação. “(A nossa maior preocupação) era a possibilidade de instabilidade da grua. Há quatro pontos de fixação e um deles acabou rompendo”, afirmou o bombeiro. Dois operários despencaram e morreram no local, a terceira vítima fatal ficou presa nas ferragens e outros dois funcionários foram socorridos pelos bombeiros por rapel. Os dois últimos ficaram presos à grua por cadeiras de segurança. Um dos homens foi decapitado. No local, é possível ver a cabine de operação da grua completamente destruída. Segundo a polícia, duas vítimas foram levadas ao Hospital das Clínicas, onde uma delas morreu. O guardador de carros Maurício da Silva Freitas, de 28 anos, disse quepassava pelo local no momento do acidente e viu a grua desabando. “Eu estava passando, ouvi um estrondo e vi dois corpos caindo”, afirmou. O acidente ocorreu em uma obra onde está localizada a estrutura do prédio de 25 andares erguido pela Eletropaulo. De acordo com a WTorre, no local está sendo construído um prédio comercial. Causas desconhecidas A construtora W Torre, responsável pela obra, divulgou um comunicado às 16h20 no qual diz lastimar o acidente. “A equipe da empresa Grumont Equipamentos LTDA., especializada nesta atividade há mais de 17 anos, era composta de cinco pessoas (um encarregado, um operador e três montadores), todas com mais de 10 anos de experiência nesse tipo de serviço e recentemente retreinados”, diz por meio de nota. A Grumont é responsável pela montagem do guindaste. No momento do acidente, os funcionários faziam a instalação de uma grua lateral. De acordo com a WTorre, eles usavam todos os equipamentos de segurança exigidos para a operação. A construtora afirma que as causas do acidente ainda são desconhecidas e que os motivos serão revelados com a conclusão das análises técnicas. Uma equipe técnica chegou ao local por volta das 16h30 e o corpo preso entre as ferragens só poderá ser retirado da grua quando os trabalhos forem concluídos. Também por meio de nota a empresa Grumont, responsável pela montagem da grua, afirmou que “dará todo o suporte às famílias dos envolvidos neste acidente”. Trânsito A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou durante a tarde a pista local do cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Nações Unidas, no sentido Castello Branco. O trânsito foi liberado neste trecho às 18h3. Foi liberado o bloqueio montado no cruzamento da Avenida dos Bandeirantes com a Marginal Pinheiros em decorrência do mesmo acidente. Hipóteses O delegado Nelson Caneloi, da 1ª Delegacia de Acidentes de Trabalho, afirmou que, segundo informações de um perito, houve falha em um pino de sustentação e a haste da torre cedeu. O delegado descreveu a cena como “horrível”, já que o corpo de um funcionário durante a tarde ainda estava preso no meio das ferragens. Caneloi disse também que já existe um inquérito aberto desde maio na delegacia referente à segurança dos trabalhadores desta obra. Os policiais constataram, por exemplo, problemas na fiação elétrica. Ele ressaltou, no entanto, que os problemas não teriam ligação com a queda da grua. Por meio de sua assessoria de imprensa, a W Torre informou que não comentaria o andamento deste inquérito e que a "prioridade" é investigar as causas do acidente com a grua. Abaixo um exemplo de grua: Elevador cremalheira Este tipo de equipamento é muito utilizado em obras de construção civil. O elevador cremalheira é uma máquina de transporte vertical que funciona por meio da movimentação de engrenagens, que são acionadas por um moto freio de velocidade. A movimentação dessa estrutura garante uma grande força motriz do elevador, fazendo com que ele seja ideal para cargas maiores. Por isso, sua instalação tornou-se um diferencial nas obras de construção, garantindo que ferramentas e materiais possam ser levados com segurança e eficiência. Com esse tipo de elevador, é possível transportar cargas pesadas em alta velocidade – o sistema utilizado permite que sejam percorridos até 40 metros por minuto. No elevador cremalheira, existe um sistema de elevador pinhão, este sistema é utilizado nesse tipo de elevador é amplamente empregado em equipamentos mecânicos e que trabalham com velocidades maiores. Nele, uma estrutura dentada e circular – denominada de pinhão – faz movimentos rotativos sobre uma superfície com pinos simétricos, chamada de cremalheira. Quando isso ocorre, todo o sistema do elevador é acionado, permitindo que ele se movimente. As peças utilizadas no elevador de sistema de pinhão e cremalheira são simples e de fácil montagem, podendo também ser facilmente transportadas graças ao seu tamanho compacto e peso reduzido. No caso de uma obra, os elevadores podem ser instalados tanto na fachada da construção quanto no poço do elevador que será colocado de forma definitiva no prédio. O elevador cremalheira tem um custo baixo de instalação. No caso de uma obra, em que o elevador possui um caráter provisório, o investimento em um sistema de cremalheira é extremamente vantajoso, já que confere praticidade durante o processo de construção, ao mesmo tempo que demanda um valor baixo. Além disso, a capacidade do elevador com sistema de pinhão e cremalheira é extremamente vantajosa. Como o equipamento emprega uma tecnologia de contrapeso, que faz o balanceamento entre a carga transportada e a estrutura motora, o elevador pode carregar até 2.000 kgf. Dessa maneira, os materiais de construção podem ser carregados com segurança e garantia de que a estrutura de transporte é eficiente em relação ao peso. A imagem abaixo, nos mostra um elevador cremalheira. Acidente com elevador cremalheira. Um elevador despencou do 30º andar de um prédio em construção e matou 19 trabalhadores na China. Este acidente ocorreu em Wuhan, capital da província de Hubei. Todas as pessoas que estavam no elevador morreram, informou a agência oficial 'Xinhua'. De acordo com os bombeiros, o acidente ocorreu às 2h26 (horário de Brasília) em uma obra em Wuhan, capital da província de Hubei. Todas as pessoas que estavam no elevador morreram. Destroços do elevador que despencou em obra na cidade chinesa de Wuha 2.5 Área de Vivência Segundo Souza, a NBR-12284 define o canteiro de obras como o conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivências (SOUZA, 2000). Esse conceito, de uma forma bastante genérica, também é apresentado na norma regulamentadora no 18 do Ministério do Trabalho: Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção na qual trata canteiro de obras como a área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra (MANUAIS, 2009). Entender que o estudo detalhado das áreas de produção, incluindo o seu dimensionamento e localização no canteiro de obras, afeta diretamente a produtividade dos trabalhadores, torna-se evidente e aceitável para os gestores desse negócio, uma vez que, esses dois elementos são determinantes para a definição dos equipamentos a serem especificados para a movimentação de cargas horizontal e verticalmente, para o dimensionamento da equipe de trabalhadores e os tempos de ciclos para a execução das tarefas, e determinar a capacidade de suprimento dos recursos necessários para a execução dos serviços. Entretanto, perceber que a localização e estruturação das áreas de vivências além de cumprirem requisitos normativos de segurança serão responsáveis pela elevação da produtividade nas obras ainda não é uma associação óbvia para a maioria dos gestores. Definir a estrutura do canteiro de obras pensando na produtividade é uma prática relacionada ao dimensionamento e localização das áreas de produção. O posicionamento adequado para as áreas de vivência garantindo que os acessos são seguros, e que, em nenhum momento os trabalhadores correm risco não é estudado com o mesmo afinco. Outro ponto que deixa de ser analisado com maior profundidade está relacionado às condições de higiene dessas áreas, pois com muita freqüência podem ser observadas condições de uso subumanas dos aparelhos sanitários e áreas destinadas ao consumo de alimentos. De acordo com a NR-18, no quarto requisito (18.4), as áreas de vivência estão distribuídas em instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições,cozinha (quando houver o preparo de refeições), lavanderia, área de lazer e ambulatório (quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais trabalhadores). Refeitório Vestiário Banheiros Banheiros (sanitários) Banheiros (sanitários) Lavatório Cada um desses elementos é tratado separado e detalhadamente, definindo as suas especificidades de uso e implantação. Como o canteiro de obras é definido como área temporária, é muito comum encontrar instalações inadequadas, deficitárias, justificadas pelo curto período de funcionamento. Argumentando que não vale à pena efetuar o investimento em condições adequadas, pois logo deixará de existir, em algumas obras podem ser evidenciadas condições inconcebíveis para uso de qualquer ser humano. Considerar como aceitáveis, é desprezar o direito às condições dignas no ambiente de trabalho, esse cenário freqüentemente fortalecem atitudes hostis, depredação, mau uso, e a insatisfação dos trabalhadores. Pode ser observado que as condições dos canteiros de obras não são determinadas pela região do país na qual eles estão implantados, mas pelo comprometimento dos gestores, a eficiência dos órgãos fiscalizadores e o poder de negociação das entidades representantes da categoria. A característica da obra pode ser considerada como elemento crucial para a tomada de decisão relacionada às áreas de vivência, as obras horizontais exigem cuidados especiais quanto à distribuição dos elementos garantindo que os trabalhadores não efetuem grandes deslocamentos durante a jornada de trabalho para atender as necessidades básicas. Já as obras verticais, quando não consideram as conseqüências dos deslocamentos (o sobe e desce para visitar o sanitário e beber água), acabam tendo que administrar problemas nos equipamentos de transporte vertical (elevadores) que acabam refletindo na baixa da produtividade a partir do momento que deixam de transportar materiais para transportar pessoas. Vale ressaltar que a norma é clara quando estabelece que o transporte dos trabalhadores deva ter prioridade sobre o de carga, regra quase nunca respeitada. 2.6 Plano de Emergência Empresas do segmento da construção civil têm uma série de regras que precisam cumprir. Uma delas é ter um plano de emergência contra incêndio, documento que evita transtornos maiores e garante a proteção dos colaboradores. A finalidade do plano de emergência é resguardar a vida, o patrimônio e o meio ambiente, além de assegurar a continuidade de funcionamento do negócio. No entanto, existem leis que regulamentam essa questão. Em março de 2017, foi promulgada a Lei 13.425, que prevê medidas de prevenção e combate a incêndio em estabelecimentos. Segundo IPT Instituto de pesquisas tecnológicas 1992. 1.7.1 Combate a Incêndio Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir corretamente no momento em que eles ocorrem. Início de incêndio e outros sinistros de menor vulto podem deixar de transformar-se em tragédia, se forem evitados e controlados com segurança e tranqüilidade por pessoas devidamente treinadas. Na maioria das vezes, o pânico dos que tentam se salvar faz mais vítimas que o próprio acidente. Uma das principais providências que a Comissão Interna de Biossegurança pode tomar, para que qualquer acidente seja controlado, é alertar todos os trabalhadores sobre as devidas precauções quando ocorrer algum distúrbio ou tumulto, causados por incidentes, como por exemplo vazamentos de gás, fumaça, fogo e vazamento de água. O primeiro passo é detalhar em procedimentos operacionais padrões que deverão ser distribuídos para todos os trabalhadores, contendo informações sobre todas as precauções necessárias, como: os cuidados preventivos; a conscientização sobre o planejamento de como atuar na hora do abandono do local de trabalho; a indicação de medidas práticas sobre o combate e a retirada. Segundo o Corpo de Bombeiros, o mais correto inclusive é que todos os trabalhadores ou usuários da edifícação coloquem em prática as normas estabelecidas sobre os cuidados preventivos e o comportamento diante do incidente, promovendo exercícios, através da simulação de incêndios. Esse tipo de prática contribui suficientemente para a prevenção e a segurança de todos. Mas para efetuar essa operação é necessário um fator indispensável, a existência - em perfeito estado de uso e conservação - de equipamentos destinados a combater incêndios. A prudência também é outro fator primordial no combate aos incêndios. Todos sabem que qualquer instalação predial deve funcionar conforme as condições de segurança estabelecidas por lei, que vão desde a obrigatoriedade de extintores de incêndios, hidrantes, mangueiras, registros, chuveiros automáticos (sprinklers) e escadas com corrimão. Entre esses equipamentos, o mais utilizado no combate a incêndios é o extintor, que deve ser submetido a manutenção pelo menos uma vez por ano, por pessoas credenciadas e especializadas no assunto. É importante também, além de adquirir e conservar os equipamentos de segurança, saber manuseá-los e ensinar a todos os trabalhadores como acionar o alarme, funcionar o extintor ou abandonar o recinto, quando necessário, sem provocar tumultos. Regras Básicas em caso de emergência . Mantenha sempre à vista o telefone de emergência do Corpo de Bombeiros - 193 . Conserve sempre as caixas de incêndios em perfeita condições de uso e somente as utilize em caso de incêndio. . Os extintores devem estar fixados sempre em locais de fácil acesso, devidamente carregados e revisados (periodicamente). . Revisar periodicamente toda a instalação elétrica do prédio, procurando inclusive constatar também a existência de possíveis vazamentos de gases. . Evitar o vazamento de líquidos inflamáveis. . Evitar a falta de ventilação. . Não colocar trancas nas portas de halls, elevadores, porta corta-fogo ou outras saídas para áreas livres. Nem obstruí-las com materiais ou equipamentos. . Tomar cuidado com cera, utilizada nos pisos quando dissolvida. Não deixar estopas ou flanelas embebidas em óleos ou graxas em locais inadequados. . Alertar sobre o ato de fumar em locais proibidos (como elevadores) e sobre o cuidado de atirar fósforos e pontas de cigarros acessos em qualquer lugar. . Aconselhar os trabalhadores para que verifiquem antes de sair de seus locais de trabalho, ao término da jornada de trabalho, se desligaram todos os aparelhos elétricos, como estufas, ar condicionado, exaustores, dentre outros. . Em caso de incêndio, informar o Corpo de Bombeiros o mais rápido possível: a ocorrência, o acesso mais fácil para a chegada ao local e o número de pessoas acidentadas, inclusive nas proximidades. . Nunca utilizar os elevadores no momento do incêndio. . Evitar aglomerações para não dificultar a ação do socorro e manter a área junto aos hidrantes livre para manobras e estacionamento de viaturas. Normas de Segurança Entre as normas de segurança estabelecidas por lei para as instalações prediais, estão a conservação e a manutenção das instalações elétricas. Existem vários tipos de sistemas de proteção das instalações elétricas, como fusível tipo rolha, disjuntor, entre outros. Todos devem estar funcionando perfeitamente, pois qualquer princípio de incêndio pode ser ocasionado por descargas de curto-circuíto. Qualquer edificação possui um projeto de circuito elétrico, que dimensiona tipos e números de pontos de corrente (tomadas) ou luz, conforme suas características de consumo. Quando na presença de uma sobrecarga este circuitonão dimensionado para uma corrente de curto-circuito eleva-se em muito a temperatura, iniciando o processo de fusão do fio, ou pior, o início de um incêndio. Por este motivo cuidado com a utilização de benjamins. Todos os trabalhadores devem estar sempre atentos às normas básicas de segurança contra incêndio para evitar acidentes. Prevenir é a palavra de ordem e todos devem colaborar, pois é mais importante evitar incêndios do que apagá-los. Alarme Geral Ao primeiro indício de incêndio, transmita o alarme geral e chame imediatamente o Corpo de Bombeiros. Combate ao Fogo Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a propagação do fogo combatendo as chamas no estágio inicial. Utilize o equipamento de combate ao fogo disponível nas áreas comuns da edificação. Evacuação da Edificação . Não sendo possível eliminar o fogo, abandone o edifício rapidamente, pelas escadas. Ao sair, feche todas as portas atrás de si, sem trancá-las.. . Não utilize o elevador como meio de escape. . Não sendo possível abandonar o edifício pelas escadas, permaneça no pavimento em que se encontra, aguardando a chegada do Corpo de Bombeiros. . Somente suba ao terraço se o edifício oferecer condições de evacuação pelo alto, ou se a situação o exigir. Instruções complementares . Desligue imediatamente o equipamento que estiver manuseando e feche as saídas de gás. . Procure sempre manter a calma e não fume. Não tire as roupas. Dê o alarme. . Mantenha, se possível, as roupas molhadas. . Jogue fora todo e qualquer material inflamável que carregue consigo. . Em situações críticas feche-se no banheiro, mantendo a porta umedecida pelo lado interno e vedada com toalha ou papel molhados. . Em condições de fumaça intensa cubra o rosto com um lenço molhado. . Não fique no peitoril antes de haver condições de salvamento, proporcionadas pelo Corpo de Bombeiros. Indique sua posição no edifício acenando para o Corpo de Bombeiros com um lenço. . Aguarde outras instruções do Corpo de Bombeiros. . Em caso de incêndio, se você se encontra em lugar cheio de fumaça procure sair, andando o mais rente possível do piso, para evitar ficar asfixiado. . Em regra geral, uma pessoa cuja roupa pegou fogo procura correr. Não o faça: a vítima deve procurar não respirar o calor das chamas. Para o evitar, dobre os braços sobre o rosto, apertando-os: jogue-se ao chão e role, ou envolva-se numa coberta ou num tecido qualquer. . Vendo correr uma pessoa com as roupas em chamas, não a deixe faze-lo. Obrigue-a a jogar-se ao chão e rolar lentamente. . Use de força, se necessário, para isso. . Se for possível, use extintor ou mangueira sobre o acidentado. . No caso de não haver nada por perto, jogue areia ou terra na vítima, enquanto ela está rolando. Se puder, envolva o acidentado com um cobertor, lona ou com panos grossos. . Envolva primeiro o peito, para proteger o rosto e a cabeça. Nunca envolva a cabeça da vítima, pois assim você a obriga a respirar gases. . Ao perceber um incêndio não se altere; estando num local com muitas pessoas ao redor, não grite nem corra. Acate as normas de prevenção e evite acidentes. . Trate de sair pelas portas principais ou de emergência, de maneira rápida, sem gritos, em ordem, sem correrias. Nunca feche com chaves as portas principais e as de emergência. . Não guarde panos impregnados de gasolina, óleos, cera ou outros inflamáveis. . Após o uso do extintor, notificar o serviço de segurança para recarregamento. 1.7.2 Primeiros Socorros Socorrer um ferido poderá fazer a diferença entre a vida e a morte do acidentado, sua invalidez temporária ou permanente, ou mesmo entre a rápida recuperação e um longo período de internação hospitalar. Alguns cuidados, no entanto, são exigidos daquele que presta os primeiros socorros: é preciso ter certeza que não estará se expondo a novos riscos, tornando- se a próxima vítima. De maneira geral, a primeira providência é chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), discando 192, para casos de desmaios, convulsões, luxações e fraturas, intoxicações, cortes ou perfurações. Os Bombeiros também podem ser chamados, discando 193, principalmente quando se tratar de soterramentos. “A maioria dos acidentes de trabalho em canteiros de obra podem ser evitados quando normas de segurança do Ministério do Trabalho (as NRs) são respeitadas. Ou com o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs)”, diz a tenente Karoline Burunsizian, do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo. Aprenda o que fazer - e o que não fazer - em caso de acidentes no canteiro de obras, confira como agir, em cada situação de acidente na obra: Queimadura por fogo . Se a vítima estiver em chamas, é preciso abafar seu corpo, para cortar o oxigênio do ar que alimenta a combustão com um casaco ou cobertor. . Não jogue água, nem abane a vítima! . Se não houver nada disponível, faça com que a pessoa role no chão. . Apagada a chama, encaminhe para atendimento médico. Intoxicação por produtos químicos . Se a intoxicação ocorreu por inalação, leve a vítima para local ventilado, e encaminhe-a ao hospital. Leve consigo um frasco do produto inalado, ou informe o médico sobre o ocorrido. . Quando há contato de produto com a pele, é preciso lavar com água corrente em abundância, e encaminhar ao pronto atendimento. . Caso o tóxico tenha sido ingerido, não provoque vômito: apenas identifique o material ingerido e, se for um produto químico, leia seu rótulo e siga as instruções de emergência, levando a embalagem para o hospital ao encaminhar o acidentado. Soterramento . Primeiro avalie se ainda há riscos de desabamentos. Só aproxime- se do local diante da certeza de que novos deslizamentos não ocorrerão. . Ao localizar a vítima, a primeira ação é livrar sua cabeça dos escombros, limpando nariz e boca para que possa respirar. Libere também o tórax da pressão exercida pelo material – terra, areia, outros. . Não mexa no acidentado, já que podem ter ocorrido fraturas. Chame os Bombeiros (193). . Procure se informar também sobre quantas pessoas trabalhavam na obra no momento do desastre, para que o Corpo de Bombeiros saiba o que deve procurar. O melhor jeito de ajudar, neste caso, é correndo contra o relógio. Queda de altura . Se um colega cai de uma laje, ou de um andaime, a primeira suspeita será de que ele pode ter fraturado o pescoço ou a coluna cervical. Por esta razão não se mexe no acidentado, já que poderá complicar ainda mais o quadro de lesão. . O importante é mantê-lo acordado, e não permitir que se movimente, cobrindo-o com um casaco ou cobertor se estiver com frio, ou molhado, mantendo-o calmo, sempre conversando, em seguida acione o responsável e o corpo de bombeiros. Perfurações e hemorragias . Se um corpo estranho de tamanho pequeno (um prego, por exemplo) perfurar o acidentado, é preciso retirá-lo e seguir procedimento de contenção do sangramento, lavagem e curativo, como num corte. . Se o objeto for grande – pedaço de madeira ou de ferro, ou ferramenta maior –, ele não deverá ser tocado. Neste caso, coloca- se um pano sobre o ferimento para conter o sangramento, sem mexer em nada. Chame o pronto atendimento. . Quando a perfuração for num olho, o ferimento também não poderá ser mexido: tape os dois olhos da vítima, para que não os movimente. . Ocorrendo a mutilação de membros ou partes do corpo, faça compressão direta sobre o corte, com pano limpo, para conter a hemorragia, elevando
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