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ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ÁREA DE SEGURANÇA DO TRABALHO NA EMPRESA CIA IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVE

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COLÉGIO ESTADUAL CASTRO ALVES – ENSINO FUNDAMENTAL, 
MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE – EFMP 
CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
WESLEM LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ÁREA DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO NA EMPRESA CIA IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORNÉLIO PROCÓPIO 
2019 
 
 
1 
 
WESLEM LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ÁREA DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO NA EMPRESA CIA IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como avaliação à 
disciplina de Estágio Supervisionado do 
curso Técnico de Segurança do Trabalho 
do 3º Semestre do Colégio Estadual 
Castro Alves – EFMP. 
 
Orientadora: Prof. Regis Landi Tambasco 
Gloria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORNÉLIO PROCÓPIO 
2019 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente à Deus que me 
abençoou e iluminou na realização deste 
Estágio supervisionado posteriormente à 
minha família que sempre me ajudou em 
todos os momentos. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este relatório de Estagio 
especialmente ao SESMT e a todos os 
empregados da Cia Iguaçu de Café 
Solúvel, pois me acolheram de uma 
maneira tão especial que me senti parte 
desta família, meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Quanto à busca da integridade da saúde 
dos trabalhadores, em todos os aspectos, 
mudanças de comportamento deverão 
sobrepor como um dos maiores desafios 
das empresas e trabalhadores, no âmbito 
em que as instituições são feitas de 
pessoas, e pessoas são feitas de 
escolhas.” (Leandro Meleiro) 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO ................................................................................ 9 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................... 9 
2.2 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................................... 9 
2.2.1 QUALIDADE E CERTIFICAÇÕES ................................................................... 12 
3 SÍNTESE DA CARGA HORARIA .......................................................................... 14 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15 
4.1 SEGURANÇA DO TRABALHO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO .......................... 15 
4.1.1 SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO - SESMT ....................................................................... 16 
4.1.2 CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ................ 17 
4.2 ACIDENTES, INCIDENTES E QUASE ACIDENTES .......................................... 18 
4.2.1 ANÁLISE DE ACIDENTES E INCIDENTES ..................................................... 20 
4.2.2 ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS – AAF .................................................... 21 
4.2.3 SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO .................... 22 
4.2 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ....................................................................... 23 
4.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................................... 24 
4.5 PPRA/PCMSO E AS LEGISLAÇÃO PROPOSTA NO RELÁTORIO ................... 25 
4.6 RISCO ERGÔNOMICOS E DE ACIDENTES ...................................................... 26 
5 ANÁLISES E SUGESTÕES ................................................................................... 28 
5.1 SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................ 28 
5.2 IVESTIGAÇÃO/ ANÁLISE DE ACIDENTE E INCIDENTE .................................. 30 
5.2.1 COMUNICADO DE QUASE ACIDENTE E INCIDENTES ................................ 30 
5.2.2 ACIDENTE DE TRABALHO ............................................................................. 32 
5.2.3 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE INCIDENTE/ACIDENTE .. 36 
5.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ....................................................................... 37 
5.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EMÊRGENCIAS ....................................... 39 
5.4.1 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO ....................................................... 40 
5.4.2 LEGISLAÇÃO QUE REGULAMENTA A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO 41 
5.4.3 EQUIPAMENTO DE COMBATE A INCÊNDIO ................................................ 43 
5.4.4 BRIGADA DE EMERGÊNCIA .......................................................................... 44 
 
 
6 
 
5.4.5 PLANO DE EMERGÊNCIA .............................................................................. 45 
5.4.6 CHECK LIST DOS EXTINTORES .................................................................... 47 
5.5 RISCO DE ACIDENTE ........................................................................................ 51 
5.6 RISCO ERGONÔMICO ....................................................................................... 51 
5.7 LEGISLAÇÃO ...................................................................................................... 53 
5.8 PPRA/PCMSO .................................................................................................... 54 
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 55 
7 REFERENCIAS ...................................................................................................... 58 
ANEXO ..................................................................................................................... 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Nos dias de hoje é comum encontrar pessoas que não sabe para que serve 
a área de segurança do trabalho, o Brasil ainda tem a cultura onde olha para área de 
segurança e a única conclusão que pode tirar é custos, burocracia e uma pedra no 
sapato dos empregados nas realizações de suas atividades. Muitos empresários 
matem o setor apenas para cumprir a legislação e coloca o colaborador para 
desempenhar outros papéis que não está ligado diretamente a sua atividade. 
Mas segurança é prevenção, é produção maior, é menos rotatividade de 
funcionários, é aumento de custos, é qualidade de vida, é ter a segurança de mandar 
de voltar o funcionário para suas casas sem nenhum dano físico, ou fazendo com que 
o mesmo possa goza da sua aposentaria no futuro feliz sem doenças adquirida pelas 
atividade laboral ao longo da sua vida. Quebrar o paradigma em relação a Segurança 
do Trabalho é ser humano é ser racional e não pensar apenas no lucro, mas também 
nas vidas de pessoas que estão ali para que a empresa venha a obter lucratividade. 
A Cia Iguaçu de Café Solúvel situada no município de Cornélio Procópio, 
estado do Paraná, demonstra está preocupação com a segurança de seus 
funcionários, existes pontos que possa ser melhorado, porém ela optou a fazer não 
porque era obrigada pelas legislação brasileiras e de outros países que exportam, 
mas porque visualizou o quanto ela poderia lucrar e quanto ela poderia melhorar a 
vida dos seus trabalhadores. 
O SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina 
do Trabalho) é responsável de administrar esta área, estabelecida pela NR 4 onde 
especifica como deve ser formado o SESMT de cada organização. Toda questão 
relacionada a segurança do trabalho fica responsável pelo SESMT decidi a maneira 
eficiente para solucionar o problema. 
Nesta nova etapa do estágio supervisionado, será abordado a 
investigação/analise de acidente de trabalho, como são realizado este procedimento 
dentro da empresa. Também será questionado a sinalização que a empresa tem, se 
responde os requisitos estabelecidopelas legislações. 
Um dos pontos importantes neste estágio é a abordagem dos Riscos 
Ergonômicos, será demonstrado como é a avaliação, identificação, controles e 
 
 
8 
 
sugestões deste problema que hoje são um dos temas cruciais dentro das 
organizações e também uma grande abertura para processos trabalhistas devido seu 
entendimento ser muito vasto. Não tem como falar de ergonomia e não falar dos riscos 
de acidentes presente dentro da empresa. 
Também será apresentado neste estágio a proteção contra incêndio, como 
é feito a prevenção e o combate de princípios de incêndio ou mesmo incêndio. 
Visualizará quais os procedimentos que a empresa a empresa realiza referente ao 
tema, seus equipamentos de combate a incêndio, Brigada de Incêndio, Planos de 
emergências e os check list dos extintores. Além de verificar o cumprimento da 
legislação municipal de incêndio. 
Será apresentado os procedimentos de Análise preliminar de risco e as 
técnicas de análise causa e falhas, além das análises dos incidentes e acidentes. 
Serão abordados os programas PPRA/PCMSO e as legislações informada neste 
estágio. 
Também será demonstrado uma fundamentação teórica em relação aos 
temas abordados com intuito de demonstrar cientificamente as atividades realizada 
durante o período do estágio supervisionado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2 ORGANIZAÇÃO EM ESTUDO 
 
 
O estágio foi desenvolvido na empresa Cia Iguaçu de Café Solúvel, situada 
na Rodovia Mello Peixoto BR-369, KM 88, S/N Parque Industrial, Cornélio Procópio, 
Paraná. A atividade principal da empresa é a fabricação de café solúvel e alguns 
derivados, tais como: Extrato de Café e o Óleo de café. 
 
 
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
A matriz da empresa está situada no município de Cornélio Procópio, onde 
foi desenvolvido o estágio supervisionado. A organização tem como nome empresarial 
“Cia. Iguaçu de Café Solúvel”, seu CNPJ é 76.255.926/0001-90 foi aberto em 14 de 
agosto de 1967. O CNAE da empresa é “10.82-1-00 Fabricação de produtos a base 
de café” tendo como CNAE secundário “46.21-4-00 Comércio Atacadista de Café em 
Grão”. Tendo mais de 700 funcionários trabalhando na empresa. 
 
 
2.2 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO 
 
O objeto social da Empresa é a industrialização, a comercialização e a 
exportação de café em geral, de seus subprodutos e derivados, bem como a 
importação de mercadorias para fins de comercialização. Este objeto foi 
posteriormente ampliado para compra, venda e beneficiamento de produtos 
industrializados e agrícolas em geral, como atividade acessória, podendo, ainda, 
participar de outras empresas. 
A obra de construção de sua unidade industrial, planejada e construída 
para produzir café solúvel pelo sistema “freeze-dried”, foi iniciada em abril de 1969 e 
terminada no primeiro trimestre de 1971; tendo sido posteriormente ampliada com 
unidade para produzir também café solúvel pelo sistema “spray-dried”. A empresa 
começou a exportar no ano de 1971. Em 1974 a linha de produção pelo sistema 
 
 
10 
 
“freeze-dried” foi destruída por um incêndio; em consequência a Empresa passou a 
operar somente o sistema “spray-dried”. 
Em 1986 voltou a produzir café solúvel pelo sistema “freeze-dried”, através 
da então controlada Macsol S.A.- Manufatura de café Solúvel. Em 17 de novembro de 
1998 está Companhia adquiriu 49% das ações de sua controlada Macsol S.A. - 
Manufatura de Café Solúvel e, em março de 1999, mais 6,92%, aumentando sua 
participação no capital social desta controlada para 99,99%. Em março de 1999, essa 
controlada foi transformada em empresa limitada, passando a denominar-se Macsol 
Manufatura de Café Solúvel Ltda. 
 A Cia. Iguaçu de Café Solúvel dedicava-se à produção e exportação do 
café solúvel pelo processo “spray-dried” e a Macsol Manufatura de Café Solúvel Ltda. 
à produção e exportação do café solúvel pelo processo “freeze-dried”, a partir do mês 
de março de 2002, a Cia. Iguaçu de Café Solúvel passou a concentrar estes dois 
processos, ficando a cargo de sua controlada Macsol Manufatura de Café Solúvel 
Ltda. as atividades de aquisição de insumos e posterior exportação dos cafés 
produzidos, sob encomenda, pela controladora. 
A partir de março de 2004, afim de possibilitar maior flexibilidade 
operacional, as exportações de café solúvel e seus derivados, até então feitas 
exclusivamente pela controlada Macsol Manufatura de Café Solúvel Ltda., passaram 
a ser feitas também pela controladora; e, em Assembléia Geral Extraordinária 
realizada em 30 de junho de 2004, os acionistas da Companhia, aprovaram a 
incorporação dessa controlada. Tendo em vista que a Companhia, na data da 
incorporação, era detentora da totalidade de cotas de capital daquela controlada, a 
incorporação não acarretou aumento de capital social, nem do valor nominal das 
ações, assim como não houve emissão de novas ações, e o seu estatuto social 
permaneceu inalterado, não acarretando, portanto, qualquer modificação nos direitos 
e vantagens políticas e patrimoniais das ações, quer da controladora quer dos demais 
acionistas. 
A Cia. Iguaçu foi fundada em 22 de junho de 1967, ocupando uma área de 
terreno de 121.000m², no município de Cornélio Procópio, Estado do Paraná, por 
grupos de cafeicultores dessa região, liderados pelas famílias Miyamoto, Höffig e 
Ferreira de Castro. A fábrica foi oficialmente inaugurada no dia 17 de julho de 1971, 
iniciando, então, as suas atividades de produção e comercialização. 
 
 
11 
 
O início dos anos 70 ficou conhecido como a época do “Milagre 
Econômico”, quando o país experimentou acentuado crescimento industrial, atraindo 
investimentos externos, oriundos de vários países, notadamente do Japão. 
Assim, no ano de 1972, a Marubeni Corporation, trading company com 
sede no Japão, que já atuava no Brasil, desde 1955, passou a ter participação, 
inicialmente, de 35% do capital da empresa, o que muito contribuiu para consolidar a 
posição da nossa empresa no mercado internacional. Tanto é que, já em 1977, a Cia. 
Iguaçu passou a figurar entre as 100 maiores empresas exportadoras do Brasil, com 
participação de 12,2% do total das exportações de café solúvel. 
No ano de 2002 a Cia. Iguaçu fez o seu primeiro investimento industrial em 
país estrangeiro, através de sua controlada Panfoods Co. Ltd., de Londres, Inglaterra, 
construindo uma unidade para torrefação de café e embalagem de café solúvel na 
Romênia, a Panfoods Romenia SRL onde ela comercializa o seu produto com a marca 
– “AMIGO”, ocupando posição de destaque naquele mercado. 
Em 2009 foi inaugurada a caldeira à biomassa, um importante passo para 
a sustentabilidade, sendo uma contribuição significativa para a preservação 
ambiental, reduzindo os efeitos do aquecimento global. Com a nova caldeira, a Cia. 
Iguaçu se tornou capaz de prover 85% da energia necessária para abastecer seu 
parque industrial. 
No ano de 2010, foi inaugurado o segundo túnel de liofilização na fábrica 
em Cornélio Procópio – PR, o que possibilitou a ampliação da capacidade de produção 
de café solúvel liofilizado. Hoje a Cia Iguaçu está entre as três maiores empresas no 
Brasil exportadoras de café solúvel. 
 
MISSÃO: Oferecer aos clientes café, derivados e outros produtos e serviços que 
aproveitem nossos recursos e sinergia, respeitando-os e atendendo os seus desejos, 
com ética e excelência, buscando crescimento continuado e equilibrado como 
empresa, observando o Manual de Conformidade (Compliance), as legislações e a 
responsabilidade social que lhe compete perante acionistas, colaboradores, clientes 
e sociedade. 
VALORES 
• Comprometimento 
• Credibilidade 
 
 
12 
 
• Ética 
• Excelência 
• Responsabilidade 
 
 
2.2.1 Qualidade e Certificações 
 
 
• Política de Qualidade 
A Cia. Iguaçu foi a primeira empresa brasileira no segmento de alimentos 
a obter a certificação do SIG – Sistema Integradode Gestão – que engloba as 
certificações ISO 9001 (Qualidade), ISO 14001 (Meio Ambiente). 
A fim de melhor atender o mercado internacional a empresa passou a ter 
também as certificações BRC – British Retail Consortium (Norma Global de 
Segurança de Alimentos, Consórcio Varejista Britânico), Halal (para o consumidor 
muçulmano) e Kosher (para o consumidor que obedece às leis judaicas). 
Há também o Programa 5S, que não é uma certificação e sim um programa 
de qualidade, de origem japonesa que tem como objetivos: eliminar desperdícios 
(material, tempo, mão-de-obra), aumentar a produtividade e melhorar a qualidade. 
Existe na empresa desde 1992 e foi a base para criar a consciência que ajudou na 
implantação dos demais programas. 
SEIRI (Arrumação) 
SEITON (Ordem) 
SEISÔ (Limpeza) 
SEIKETSU (Higiene) 
SHITSUKE (Disciplina) 
 
• Política da Cia Iguaçu 
 
O Grupo Iguaçu atua na fabricação, venda e/ou comercialização de café 
solúvel e derivados no mercado interno e externo, e assume o compromisso de 
preservar o meio ambiente, a saúde e segurança de seus colaboradores e buscar a 
satisfação de clientes e demais partes interessadas. 
 
 
13 
 
A prática dos valores de comprometimento, credibilidade, ética, excelência 
e responsabilidade; em conjunto com o compromisso com a melhoria contínua do 
sistema de gestão, tem como objetivo: 
• Atendimento à legislação, às normas aplicáveis, aos requisitos subscritos; 
• Crescimento sustentado da Empresa; 
• Aumentar o desempenho ambiental e prevenir a poluição, com foco no controle 
de emissões atmosféricas, efluentes e resíduos industriais; 
• Produzir produtos de maneira segura e lícita conforme a qualidade especificada 
e sua responsabilidade com seus clientes; 
• Rentabilidade; 
• Promover a satisfação dos clientes, fornecedores, colaboradores, comunidade 
e acionistas; 
• Prevenção de Lesão e Doenças através de uma adequada gestão de Saúde e 
Segurança de Colaboradores, terceiros e visitantes no local de trabalho. 
 
• Pesquisa de Desenvolvimento 
 
A CIA. IGUAÇU mantém laboratórios de pesquisa e de desenvolvimento, 
com um corpo técnico altamente especializado, engajado permanentemente no 
estudo e desenvolvimento de novos processos e novos produtos. 
Aliado à participação em congressos científicos, o intercâmbio técnico com 
outras empresas e institutos, tanto no âmbito nacional como no internacional, mantêm 
esse grupo continuamente atualizado, antecipando tendências e demandas dos 
mercados onde atua. 
O laboratório de desenvolvimento conta com uma planta de produção de 
café solúvel completa, em escala piloto. A realização de testes de replicação de 
qualidades com grande agilidade, permite a sintonia fina dos atributos de qualidade 
antes do início da escala industrial, complementando as expectativas no 
desenvolvimento de novos produtos. 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3 SÍNTESE DA CARGA HORARIA 
 
 
O estágio supervisionado iniciou no dia 09 (nove) de outubro de 2018 (dois 
mil e dezoito), na empresa Cia Iguaçu de Café Solúvel no município de Cornélio 
Procópio, no estado do Paraná. Sendo realizado de Segunda a Sexta feira, exceto 
feriados municipais e nacionais dás 08h00min às 15h00min, tendo 01 (uma) hora de 
descanso, 6 horas de estágio por dia. 
O mesmo será finalizado no dia 12 de julho de 2019 onde também finalizará 
o curso de tecno de segurança do trabalho realizado no colégio estadual Castro Alves. 
O estágio remunerado terá uma duração de 9 meses, ou seja, 295 dias estagiando na 
Cia Iguaçu de café solúvel. 
Durante este período, foi possível aprender inúmeras atividades e tarefas 
do dia-a-dia de um técnico de segurança do trabalho, tanto no ambiente da indústria, 
passando por diversas áreas da empresa e também nas atividades administrativas. 
Foi possível ver com uma visão mais apurada e ter o estágio como experiencia para 
assim poder aplicar dentro de uma organização e na vida profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
Neste capítulo será abordada o referencial teórico relacionado com as 
atividades realizadas durante o estágio supervisionado, será apresentado em dois 
capítulos, sendo que o primeiro será possível compreender o fenômeno pesquisado 
na visão dos autores, buscando assim uma ampla compreensão referenciais. A 
segunda parte será o relatório das atividades realizada comparado com o referencial 
teórico. 
 
 
4.1 SEGURANÇA DO TRABALHO DENTRO DA ORGANIZAÇÃO 
 
Segurança do trabalho faz parte do direito do trabalhador, de ter um 
ambiente seguro, protegido de riscos e doenças que pode ocorrer, durante o tempo 
da atividade laboral ou por problemas que pode vim causar no futuro. O art. 6º CF 
(Constituição Federal) de 88, estabelece o direito à saúde do trabalhador, portanto 
direito de todos, sem distinção. Dentro deste sentindo é possível entender que é 
obrigação do Estado zelar pela saúde, segurança e higiene do meio ambiente de 
trabalho, inclusive daqueles que trabalham sem subordinação, ou seja, fora da relação 
formal de emprego. 
O Termo de segurança e medicina do trabalho está abordado no Direito do 
Trabalho. Ela está prevista na CLT, no Título II, no Capítulo V (Da Segurança e da 
Medicina do Trabalho). Abrange os artigos 154 até 201 e além das disposições gerais, 
tratam da inspeção prévia e do embargo ou interdição; órgãos de segurança e de 
medicina do trabalho nas empresas; equipamento de proteção individual; medidas 
preventivas de medicina do trabalho; edificações; iluminação; conforto térmico; 
instalações elétricas; movimentação, armazenagem e manuseio de materiais; 
máquinas e equipamentos; caldeiras, fornos e recipientes sob pressão; atividades 
insalubres ou perigosas; prevenção da fadiga; outras medidas especiais de proteção 
e das penalidades (LOSSO; LOSSO, 2011). 
Pode-se definir Segurança do Trabalho, como um “conjunto de medidas 
que visa as condições específicas de instalação do estabelecimento e de suas 
 
 
16 
 
máquinas, visando à garantia do trabalhador contra natural exposição aos riscos 
inerentes à prática da atividade profissional” (LOSSO; LOSSO, p.34, 2011). 
Para o bom funcionamento da Segurança do Trabalho dentro de uma 
organização, existem pessoas que lideram a forma de gestão da área da segurança 
e medicina do trabalho, tais como: SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho), a CIPA (Comissão Interna de Prevenção do 
Acidente) que auxilia em algumas atividades, buscando sempre a evitar o risco de 
acidente dentro da empresa, conforme a NR 05. 
 
 
4.1.1 Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho 
- SESMT 
 
A norma regulamentador número 4 estabelece que empresas privadas e 
públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes 
Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das 
Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover 
a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho, conhecido pela 
sigla SESMT. 
Para o dimensionamento do SESMT (Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) é preciso identificar a atividade 
econômica principal da empresa que é traçado através do CNPJ, com CNAE 
(Classificação Nacional de Atividade Econômica). Após verificar o CNAE encontramos 
o grau de risco estabelecido pela Norma Regulamentadora 4 no Quadro I. O terceiro 
passo é saber a quantidade de funcionários que trabalha na empresa. E assim é 
possível dimensionar o SESMT da empresa através do quadro II da NR (Norma 
Regulamentadora) 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Figura 1: Dimensionamento dos SESMT 
 
FONTE: (EQUIPE ATRAS, p. 102, 2018) 
 
 
4.1.2 CIPA – Comissão Interna de Prevenção de AcidentesSegundo a Norma Regulamentadora número 5 (cinco) a comissão interna 
de prevenção de acidentes – CIPA, “tem como objetivo a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador” 
(EQUIPES ATLAS, p.104, 2018). 
Segundo a norma regulamentadora (NR 5) a empresa com mais de 19 
funcionários deve constituir a CIPA (Comissão interna de Prevenção de Acidentes), 
levando em consideração a quantidade de funcionários. É de extrema importância 
ressaltar que mesmo organizações com menos de 20 funcionários, embora estejam 
dispensadas de constituir a CIPA, também devem designar um responsável da CIPA 
com treinamento específico, conforme determina o item 5.6.4: “Quando o 
estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável 
pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de 
participação dos empregados, através de negociação coletiva” (EQUIPE ATLAS, p. 
104, 2018). 
 
 
18 
 
A NR 5 estabelece que a CIPA será composta de representes do 
empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no 
Quadro I da norma regulamentadora numero cinco. É preciso fazer um processo 
eleitoral no prazo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso. A 
CIPA terá reuniões ordinárias mensais. A empresa precisa promover treinamento para 
membros da CIPA, titulares e Suplentes (EQUIPE ATLAS, 2018). 
 
 
4.2 ACIDENTES, INCIDENTES E QUASE ACIDENTES 
 
 
Conforme o Art. 19 da lei nº 8.213/91: “Acidente de trabalho é o que ocorre 
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, 
trabalhador avulso, médico residente, bem como o assegurado especial no exercício 
de suas atividades, provocando lesão corporal, perturbação funcional que cause a 
morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o 
trabalho.” 
No ano de 2017 o antigo “ministério do Trabalho” hoje “Ministério da 
Economia” divulgou uma nota informando que foram registrados em torno de 710 mil 
acidentes de trabalho por ano no Brasil, sendo que 2,8 mil resultaram em mortes, 15 
mil em sequelas permanentes, e mais de 7 milhões de dias perdidos (SESIPR, 2017). 
De acordo com o INSS só no ano de 2018 foram abertos pedidos de quase 
84 mil benefícios por doenças originada do trabalho como “dor nas costas”, quase 80 
mil por fraturas de pernas e quase 60 mil por fraturas nas mãos. Os órgãos de resgaste 
divulgou dados de atendimento de acidentes de trabalhos, no ano de 2018 em Maringá 
foram cerca de 2 mil casos, segundo as equipes de resgastes no Paraná é registrado 
um caso de acidente de trabalho a cada 14 minutos (RICMAIS, 2019). 
Porém a maiorias dos acidentes de trabalho de hoje em dia poderia ser 
evitado, as empresas podem buscar treinamentos com capacitação ao trabalhador, 
com investimento em tecnologia e melhoria do ambiente do trabalho e os empregados 
deviria se conscientizar-se mais, conhecer os ricos e tentar eliminar na melhor maneira 
possível. Por isto é preciso entender melhor o que é um Acidente, Incidente e um 
quase acidente de trabalho. 
 
 
19 
 
O acidente de trabalho é um evento não programado durante o 
desempenho das atividades profissionais e que pode acarretar em lesões corporais, 
doenças, mortes ou a perda da capacidade de atuação de um colaborador de forma 
definitiva ou provisória. Fora os prejuízos em relação aos recursos humanos, o 
acidente de trabalho pode ocasionar estragos financeiros com a interrupção da linha 
produtiva e danos materiais na própria infraestrutura, como incêndios nas instalações 
ou quebra de máquinas e equipamentos (CONECT.OLINE, 2018). 
Existem vários fatores que pode interferir nesse quadro: a equipe, os 
indivíduos, as máquinas, o sistema de trabalho, os tipos de insumos, o cenário no qual 
as tarefas são exercidas, a maneira como toda a rotina é conduzida pelos gestores, 
entre outros inúmeros aspectos (CONECT.OLINE, 2018). 
Já o Incidente de trabalho é definido como uma ocorrência com potencial 
de causar um acidente. Imagine que um profissional ao transportando uma caixa, ao 
esbarrar em um obstáculo no piso, ele perca o equilíbrio. O colaborador tem 
dificuldades para ficar de pé, mas consegue se restabelecer sem deixar as 
ferramentas caírem. O acidente não aconteceu, mas fica claro que foi por mero acaso. 
Não foi registrado nenhum prejuízo, uma vez que o profissional não foi afetado, e 
também não houve danificações nos instrumentos de trabalho (CONECT.OLINE, 
2018). 
Mas isso não significa que uma ocorrência assim deva ser desconsiderada, 
muito pelo contrário. Quando as empresas estudam a fundo os seus incidentes, elas 
têm mais chances de afastar as eventualidades mais graves, isto é, os acidentes. 
Infelizmente, é comum que as companhias deixem de lado a investigação sobre os 
incidentes, o que é um grande equívoco (SESIPR, 2017). 
O quase acidente de trabalho é caracterizado por um imprevisto que por 
muito pouco não resultou em um acidente de fato. Imaginando a mesma cena do 
trabalhador carregando uma caixa de ferramentas pesadas. Esse empregado topa no 
obstáculo e sofre uma queda, porém nada acontece com ele nem com os 
equipamentos da empresa. Um evento dessa modalidade deve ser classificado como 
quase acidente e também merece a atenção dos técnicos da segurança do trabalho 
(CONECT.OLINE, 2018). 
 
 
 
 
20 
 
4.2.1 Análise de Acidentes e Incidentes 
 
 
A Investigação de Acidentes é uma ferramenta de grande valor para todas 
as organizações, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte e de quaisquer áreas 
produtivas e serviços. Aprender a partir da experiência de eventos indesejados 
(acidentes/ incidentes) que ocorreram na empresa permite o conhecimento dos pontos 
frágeis da estrutura da organização e, portanto, a possibilidade de correção. 
 
Figura 1: Etapas da investigação 
 
FONTE: RSEM, 2018. 
 
A NR (Norma Regulamentadora) 4 diz o seguinte em relação a investigação 
de acidentes “4.12. Compete aos profissionais integrantes dos Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: e) manter 
permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas 
observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; 
(h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes 
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de 
doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da 
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as 
condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s);” 
Já a NR-5, diz: “5.16 A CIPA terá por atribuição: l) participar, em conjunto 
com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das 
doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas 
identificados.” 
 
 
21 
 
O segundo motivo, e não menos importante, é o fato de a investigação de 
acidentes ser um processo imprescindível à gestão da segurança do trabalho. A 
OHSAS 18.001/2007 dedica o item 4.5.3.1 a este tema: 
 
“A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) 
para registrar, investigar e analisar incidentes, a fim de: 
a) determinar deficiências da SSO subjacentes e outros fatores que possam 
estar causando ou contribuindo para a ocorrência de incidentes; 
b) identificar a necessidade de ação corretiva; 
c) identificar oportunidades de ação preventiva; 
d) identificar oportunidades para melhoria contínua; 
e) comunicar os resultados de tais investigações. 
As investigações devem ser executadas no momento oportuno. 
Qualquer necessidade identificada de ação corretiva ou oportunidades de 
ação preventiva deve ser tratada em conformidade com as partes 
interessadas relevantes de 4.5.3.2. 
Osresultados das investigações de incidentes devem ser documentados e 
mantidos.” 
 
Investigar um evento indesejado é uma forma de se conhecer suas causas, 
criando a oportunidade de se trabalhar sobre elas na tentativa de evitar sua 
reincidência e melhorar seu sistema. 
Além disso, a análise da natureza dos acidentes pode levar a empresa a 
identificar falhas em processos e direcionar ações para saná-las. Por exemplo, um 
engenheiro de segurança, ao verificar as análises de acidentes envolvendo mãos, 
ocorridos nos últimos 3 meses, percebe que 85% deles ocorreu com o uso de um 
equipamento específico. Assim, pode-se inferir que há algo errado com o equipamento 
(suas condições, o procedimento de utilização, a perícia dos funcionários em seu 
manuseio, etc.) e cria-se a oportunidade de uma intervenção. Empresas que não 
trabalham de forma preventiva e não promovem a investigação de acidentes 
dificilmente têm a oportunidade de saná-los por completo. 
 
4.2.2 Análise de Árvore de Falhas – AAF 
 
 
A metodologia da AAF consiste na construção de um processo lógico 
dedutivo que, partindo de um evento indesejado pré-definido (hipótese acidental), 
busca as suas possíveis causas. O processo segue investigando as sucessivas 
falhas dos componentes até atingir as chamadas falhas (causas) básicas, que não 
podem ser desenvolvidas, e para as quais existem dados quantitativos disponíveis. O 
evento indesejado é comumente chamado de “Evento-Topo” (SERPA, 2001b). 
 
 
22 
 
O método AAF (Análise de Árvore de Falhas) tem como objetivo abordar o 
acidente de trabalho como um fenômeno complexo, com diversas causas e que revela 
as variações e desvios ocorridos em uma organização, considerada como um sistema 
aberto. Sua aplicação exige reconstrução detalhada e com a maior precisão possível 
da história do acidente, registrando-se apenas fatos, também denominados fatores de 
acidente, sem emissão de juízos de valor e sem interpretações, para, 
retrospectivamente, a partir da lesão sofrida pelo acidentado, identificar a rede de 
fatores que levaram ao acidente do trabalho (VALOR CRUCIAL, 2018). 
 A aplicação desta análise envolve apontar os erros de processo que 
aconteceram antes de acontecer um evento trágico, independente se o mesmo 
causou ou não a lesão a uma pessoa. O objetivo é encontrar onde ocorreu a fuga do 
padrão que devia ser seguido naquele processo de trabalho (VALOR CRUCIAL, 
2018). 
O método de Análise de Árvore de falha é constituído por quatro etapas: 
1. Coletar dados (buscar informações); 
2. Analisar os dados (entender o problema); 
3. Analisar as causas (construir a Árvore de Causas); 
4. Adotar Medidas de Controle (plano de Ação). 
 Todo processo de análise precisa ser metódico. Só assim se poderá 
coletas os dados de forma assertiva, interpretar corretamente as informações 
buscadas, e construir correntemente a arvore de causas. 
 
 
4.2.3 Sistema de Investigação de Acidente do Trabalho 
 
 
Depois de ter realizado todo procedimento de atendimento médico o 
funcionário acidentado deve procurar o Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho 
(SESMT) ou um Membro da CIPA, até no máximo o primeiro dia útil após a ocorrência, 
para que seja realizada a investigação do acidente a fim de identificar as causas e 
sejam propostas ações corretivas. Há necessidade de ser feita a comunicação do 
acidente de trabalho, sendo que essa comunicação deverá ser feita em 24hrs, por 
meio do formulário (CAT) Comunicação de Acidente de Trabalho (BETA 
EDUCAÇÃO, 2019). 
 
 
23 
 
Quando um acidente é investigado a ênfase deve se concentrar em achar 
a causa primária. Quando a causa primária é determinada, geralmente encontram-se 
diversos eventos que eram previsíveis e poderiam ter sido prevenidos se as ações 
corretas tivessem sido adotadas. O objetivo principal é encontrar fatos que levaram a 
precipitar o acidente e não culpa. Sempre pesquisar as causas mais profundas. Não 
adianta simplesmente registrar as etapas que levaram ao evento (NR FACIL, 2009). 
De forma ideal, a investigação deve ser conduzida por alguém experiente 
em causas de acidentes, em técnicas de investigação e totalmente inteirado dos 
processos de trabalho, procedimentos, pessoas e o ambiente das relações industriais 
naquela situação particular (NR FACIL, 2009). Em alguns países existem 
regulamentos que exigem uma investigação conjunta, entre os representantes da 
gerencia e dos trabalhadores da empresa. No Brasil, é o caso da NR-5 (CIPA): 
5.27 - Reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando: 
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; (ATLAS, 2018, p. 106) 
Algumas pessoas podem ser inclusas na equipe de investigação de 
acidente de trabalho, pode incluir: 
a. trabalhadores com conhecimento do trabalho 
b. Técnico de Segurança 
c. CIPA 
d. Representante sindical 
e. Empregados com experiencia em investigação 
f. Perito externo 
g. Representante do governo (Auditor Fiscal) 
 
 
 
4.2 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 
 
 
Baseado na NR 26 a sinalização de segurança tem como objetivo alertar 
trabalhadores e visitantes no local sobre os riscos existentes ali, equipamentos 
protetores e outras informações imprescindíveis para segurança no local. Foram feitas 
para chamar a atenção, com uma letra clara, ilustrações óbvias e de fácil 
entendimento, bem rápido de entender, o que ajuda em casos emergenciais 
 
 
24 
 
rapidamente. Nos desenhos são usados símbolos universais que oferecem 
entendimento padronizado e não gera duplo sentido ou qualquer outra confusão. A 
utilização das cores também tem seu significado, assim como formas e siglas 
conhecidas no local de trabalho e no mundo todo (Atlas, 2018) 
Existe algumas formas de Classificação de sinalização, tais como: 
Sinalização de Obrigação, Sinais de Perigos, Sinais de Avisos, Sinais de 
Emergências, Placas de Sinalização de Segurança, Luzes em sinalização de 
Segurança, Sinais acústicos em sinalização de segurança. 
 
 
4.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
 
 
A NR 23 Proteção contra Incêndios estabelece as medidas de proteção 
contra incêndio dos ambientes de trabalho para garantir a segurança e saúde dos 
trabalhadores. A norma estabelece disposições gerais em que todos os locais de 
trabalho deverão possuir (ATLAS, 2018). 
• Proteção contra incêndio; 
• Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de 
incêndio; 
• Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início (extintores de 
incêndio, chuveiros, etc); 
• Pessoas treinadas para o uso correto desses equipamentos. (Treinamento de 
Brigada de Incêndio). 
Além disso, também devemos tomar algumas medidas preventivas para 
evitar ou limitar a propagação do fogo. A NR 23 determina a existência de saídas, 
aberturas, vias de passagem e escadas posicionamento de extintores que devem ser 
claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos. Todos devem estar 
dispostos de maneira visível para que os trabalhadores possam abandonar o local 
com rapidez e segurança, em caso de emergência (ATLAS, 2018). 
Os exercícios de alerta também deverão ser praticados periodicamente. É 
importante destacar o dever da utilização dos equipamentos de combate a incêndio. 
Assim, promover a realização do treinamento para que seja possível apagar o fogo 
antes de se propagar. Também verificar a presença dos extintores adequados no local 
(ATLAS, 2018). 
 
 
25 
 
Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção, cada extintor 
deverá ser inspecionado visualmente a cada mês, examinando-se o seu aspecto 
externo, os lacres, os manômetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, 
verificando se o bico e válvulas de alívio não estão entupidos (ATLAS, 2018). 
Os extintores devem ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo, 
com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa 
etiqueta deverá ser protegida convenientementea fim de evitar que esses dados 
sejam danificados. Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser 
pesados semestralmente. Se a perda de peso for além de 10% (dez por cento) do 
peso original, deverá ser providenciada a sua recarga (ATLAS, 2018). 
A organização também precisa estar cumprindo a legislação Municipal de 
Incêndio estabelecido pelo órgão competente, ter os equipamentos adequado para 
combater incêndio, ter uma equipe de brigadistas de emergência e um plano de 
emergência. 
 
 
4.5 PPRA/PCMSO E AS LEGISLAÇÃO PROPOSTA NO RELÁTORIO 
 
 
 
A Norma Regulamentadora NR 7 (Sete) estabelece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde 
do conjunto dos seus trabalhadores. Ela estabelece os parâmetros mínimos e 
diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO, podendo os mesmos 
ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho (ATLAS, 2018). 
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da 
empresa no campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o 
disposto nas demais NR. Deve considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e 
a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na 
abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho (ATLAS, 2018). 
Este programa deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico 
precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza 
 
 
26 
 
subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou 
danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Precisa ser planejado e implantado 
com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas 
avaliações previstas nas demais NR (ATLAS, 2018). 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientar (PPRA) estabelece a 
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores 
e instituições que admitam trabalhadores como empregados, visando à preservação 
da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, 
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais 
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração 
a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais (ATLAS, 2018). 
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada 
estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a 
participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes 
das características dos riscos e das necessidades de controle (ATLAS, 2018). 
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da 
empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, 
devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7 (ATLAS, 2018). 
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, 
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua 
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar 
danos à saúde do trabalhador (ATLAS, 2018). 
 
 
 
4.6 RISCO ERGÔNOMICOS E DE ACIDENTES 
 
 
O risco ergonômico é um dos principais perigos encontrados no ambiente 
de trabalho, além de também ser o responsável por uma infinidade de doenças 
ocupacionais. Um local ergonomicamente falho pode ser determinante para o 
adoecimento físico e mental dos trabalhadores. a Norma Regulamentadora 17 (ou NR 
17) é a diretriz que regula a ergonomia no ambiente de trabalho (ATLAS, 2018). 
 
 
27 
 
A NR 17 tem como objetivo “estabelecer parâmetros que permitam a 
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos 
trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente”. Isso significa que ela regulamenta a ergonomia no ambiente 
de trabalho, visando essencialmente o conforto, a diminuição de lesões e o aumento 
da produtividade dentro das empresas (ATLAS, 2018). 
Essa norma é de suma importância, uma vez que as maiores doenças 
laborativas são consequência da exposição a algum tipo de risco ergonômico que os 
funcionários se submetem em suas tarefas rotineiras, como: 
• trabalhos realizados em pé durante longos períodos sem descanso; 
• monotonia; 
• levantamento de cargas pesadas; 
• esforços repetitivos (LER). 
Portanto, além de proporcionar o cuidado com a saúde do trabalhador, a 
NR 17 é importante para que os empreendedores tenham consciência de que o 
desconforto no ambiente de trabalho pode gerar, dentre os menores problemas, a 
baixa produtividade para as empresas. 
Os riscos físicos são identificados por três principais características: 
exigirem um meio de transmissão (geralmente o ar) para propagarem sua nocividade; 
agirem mesmo sobre pessoas que não têm contato direto com a fonte do risco e em 
geral ocasionam lesões crônicas mediatas. Alguns exemplos de riscos físicos são: 
ruídos (que podem gerar danos ao aparelho auditivo, como a surdez); iluminação (que 
pode provocar lesões oculares), calor, vibrações, radiações ionizantes (como os 
Raios-X) ou não-ionizantes (com a radiação ultravioleta) (ATLAS, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
5 ANÁLISES E SUGESTÕES 
 
 
Foi realizado o estágio na empresa Cia Iguaçu de Café Solúvel e durante o 
período foi possível compreender a teoria aprendida em sala de aula na pratica e os 
procedimentos padrões das atividades de um técnico de segurança do trabalho. Este 
capitulo se desenvolverá como um relatório da análise colhida no tempo da realização 
do estágio supervisionado dentro da organização e apresentado algumas sugestões 
com relação a este relatório. 
 
 
 
5.1 SETOR DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
A empresa tem um setor de Segurança do Trabalho própria, localizado na 
área principal da fábrica acessível para todos as pessoas que ali trabalha. Funciona 
das 07h00 da manhã até às 21h00 horas, de segunda a Sexta e no Sábado dás 08h00 
às 12h00. A organização estabeleceu uma cultura de Segurança tanto para os seus 
produtos, quanto as pessoas que ali trabalham, como também para as pessoas que 
vão visitar, Terceiros e Prestadores de serviço. 
 
Figura 2: organograma do SESMT da empresa 
 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
29 
 
O grau de risco da empresa é “3” (três) e tem mais de 700 colaboradores, 
com relação ao Quadro II da NR 4. O SESMT da organização é composto, por um 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, 4 Técnico de Segurança do Trabalho, 1 
Médico do Trabalho e 2 Assistente administrativo, 1 Auxiliar administrativo (PcD), 1 
jovem aprendiz. Foi transferido para compor o setor da Segurança do Trabalho 
(SESMT) o cargo de técnico mecânico, onde o mesmo é responsável por toda 
adequação da empresa na NR 12 e buscando melhorias na tecnologia para melhorar 
a segurança dos trabalhadores na fábrica. 
Todas as atividades consideradas de risco são avaliadas pelo setor da 
segurança, o intuito é proporcionar um ambiente seguro, ter pessoas orientada quanto 
ao risco de exercer as funções naquele local. Todas as atividades de Solda, em altura 
NR 35, espaço confinado NR 33, entre outras, precisa primeiramente da liberação do 
setor de segurança. É feito uma APR (Análise Preliminar de Risco) e uma PT 
(Permissão de Trabalho). Com isto é analisado todos os riscos das atividades e com 
isto busca-se meios de eliminar ou controlar o perigo, pois o colaborador não é 
liberado para fazer nenhuma atividade que possa gerar acidentes. 
Quando uma pessoa é contratada para trabalhar na empresa a mesma 
precisa passar por uma integração, ou seja, é um treinamento que mostra como a 
organização funciona, quaissão suas politicas e éticas de trabalho. Nesta integração 
existe um tempo dedicado para a Segurança do trabalho, onde a pessoa tem a noção 
do que é trabalhar seguro, e também conhecer os perigos e os EPI´S, e também existe 
uma orientação para NR 12, onde falam dos perigos que as máquinas e equipamentos 
pode oferecer a pessoas e quais os meios que a empresa busca para minimizar estes 
riscos. 
Após a integração o colaborador é encaminhado ao setor da Segurança do 
Trabalho para passar a Ordem de Serviço O.S, ou seja, é o momento em que a pessoa 
conhece os riscos do trabalho que vai realizar, quais são os meios de se proteger e 
quais os EPI´S são obrigatórios usar e como usá-los. A pessoa vai trabalhar sabendo 
dos perigos que está exposta e quais as precauções necessárias devem tomar para 
que não venham ocorrer um acidente ou doença decorrente do trabalho. 
Para auxiliar o SESMT da empresa existe a CIPA (Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes), composta por representante do empregador e dos 
empregados, sendo 6 efetivos e 5 suplentes. A indústria Café Iguaçu realmente leva 
 
 
30 
 
a sério a NR 5, visando introduzir a CIPA na realidade da empresa para assim 
conseguir prevenir os riscos de acidentes. 
Existe os treinamentos conforme estabelecido pela Norma 
Regulamentadora, a partir do momento que começa a exercer o período do mandato 
que é de um ano, os mesmos passam a ter reuniões mensalmente e as atividades 
são desempenhada com o auxilio do SESMT. Os participantes da CIPA desenvolvem 
a SIPAT, verifica as alterações no Mapa de Risco, busca fazer campanhas de 
prevenções de doenças, relacionado a segurança, entre outras, faz investigação de 
acidentes, também comunica os acidentes e os incidentes a segurança, entre outras 
atividades. 
 
 
 
5.2 IVESTIGAÇÃO/ ANÁLISE DE ACIDENTE E INCIDENTE 
 
 
 
A empresa dentro deste parâmetro tem seu próprio procedimentos para a 
investigação e a análise dos acidentes, incidentes e quase acidentes de trabalho. Por 
mais que seja simples o incidentes, mas são fatores como estes que no futuro pode 
ocorrer um acidente com uma gravidade bem maior, por insto que as inspeções 
trimestrais realizadas pelos técnicos de segurança é de muito valia, pois elas estão 
buscando um método de precaução, ou seja, agir antes que o acidente aconteça. 
Neste tópico serão apresentados as formas que a organização utiliza para, 
investigar e analisar os comunicados de incidentes e quase acidentes e os acidentes 
e seus procedimentos de solução do problema proposto. 
 
 
 
5.2.1 Comunicado de Quase Acidente e Incidentes 
 
 
 
A equipe do SESMT (Serviço Especializados em Engenharia de Segurança 
e Medicina do Trabalho), tem como ferramenta pra acompanhar os comunicados de 
quase acidente, incidente, Acidente de trabalho e Acidente de Trajeto, um sistema 
 
 
31 
 
digital de comunicação. Integrado a uma rede internet interna (Intranet) onde só tem 
acesso os computadores que estão ligado diretamente com os servidores da empresa. 
Sempre que um empregado sofre um quase acidente ou incidente, a 
mesma precisa entrar na página da intranet e registrar o fato ocorrido, assim que 
finalizar e envia o comunicado e em imediatamente a Equipe do SESMT e os 
Supervisores e Gerente recebe uma notificação do fato. 
A partir deste momento que inicia o processo de análise deste incidente ou 
quase incidente. A empresa conta com mais de 700 funcionários, dividido em 4 turnos, 
sem este sistema seria impossível controlar este fenômeno. Mas também para que o 
programa ocorra de maneira eficiente e todos realiza a comunicação é preciso 
primeiramente conscientizar os empregados da organização da importância de a 
ferramenta avisar em relação ao incidente ocorrido. Quanto mais incidente 
comunicado melhor, pois com isto é possível diminuir e prevenir os acidentes que 
poderão vir acontecer no futuro. 
Quando ocorre um acidente de trajeto o mesmo precisa ser registrado no 
sistema e aberto a CAT, em 2018 com a reforma da CLT (Consolidações das Leis 
Trabalhistas), alterou o § 2º, do art. 58 da CLT, excluindo do tempo à disposição do 
trabalhador justamente o período de percurso da residência até o local de trabalho, 
sendo assim continua caracterizado acidente de trabalho e precisa abrir a CAT 
(Comunicado de Acidente de Trabalho), porém a empresa não precisa computar este 
acidente ou arcar com as despesas, todo o processo de atendimento é realizado pelo 
SUS (Sistema Único de Saúde) ou plano de saúde particular do empregado. 
Em caso que o trabalhador precisa ficar afastado para recuperar do 
acidente de trajeto, o registro é feito pela medicina do trabalho ou seu encarregado, 
também o incidente e quase acidente pode ser registrado por outra pessoa, porém as 
condições reais do acontecimento devem ser descrevidas no comunicado. 
Mesmo não sendo computado pela empresa o Acidente de Trajeto é 
controlado e analisado suas causas do mesmo jeito. É preciso acompanhar e registrar 
os dados estáticos e assim fazer análise e tomar medidas preventivas. Na Cia Iguaçu 
de Café Solúvel, as estatística são acompanhada e comparado com anos anteriores, 
junto com a CIPA (Comissão interna de Prevenção de Acidente) é feito informativos, 
com folhetos, vídeos, DDS (Diálogo Diário de Segurança) para que possa 
 
 
32 
 
conscientizar os trabalhadores que no trânsito precisar ter cuidado, e tomar as 
medidas preventivas para que não venha sofrer um acidente. 
Quando um funcionário é afastado por acidente de trajeto, interfere 
diretamente na produção da empresa, são dias perdidos, são pessoas trabalhando a 
mais para suprir aquela falta ou tira mão de obra humana de outras áreas para auxiliar 
naquele setor onde está com quantidade de empregados menores que o habitual, 
devido ao fato ocorrido. Isto sem falar na vida do trabalhador, dos problemas que o 
mesmo pode ter após o acidente, pois muitas das vezes a pessoa fica com limitações 
físicas, adquire um problema psicológico ou até mesmo pode vir a entrar em óbito. 
 
 
5.2.2 Acidente de Trabalho 
 
 
Um dos itens mais importante da empresa Cia Iguaçu de Café Solúvel é o 
“Acidente de Trabalho”, devido sua gravidade, seus problemas antes e depois do 
ocorridos, os custos e os problemas judiciais. Sem falar na vida dos trabalhadores, 
pois muitas das vezes pessoas morrem, adquire uma doença ou fica com sequelas, 
devido as atividades laborais desempenhada dentro da organização. 
A empresa ela se preocupa com os Riscos: Físicos, Químico, Biológicos e 
Ergonômicos. Primeiramente ela trabalha com a prevenção eliminando os riscos e isto 
aconteces com alguns pontos como, adequação da empresa com a NR 12, 
treinamentos, DDS, EPC’s (Equipamento de Proteção Coletiva) e EPI’s (Equipamento 
de Proteção Individual) de qualidade, Inspeção de Segurança, Sinalizações, Normas 
e Procedimentos corretos, CIPA, Manutenção e revisões de equipamentos, 
abordagem diárias, PPRA (Programa de Prevenção de Risco Ambientais), AET 
(Análise Ergonômico do Trabalho), PPR (Programa de Prevenção Respiratória), PPA 
(Programa de Prevenção Auditiva), PCMSO (Programa de Controle médico de saúde 
Ocupacional) entre outros. 
Os técnicos buscam passar aos empregados a noção de poder analisar os 
riscos que pode obter naquele local de trabalho e evidenciar as medidas de segurança 
no preenchimento da APR (Análise de Preliminar de Risco) e em seguida é analisado 
pela equipe de segurança do trabalho e preenchida a Permissão de Trabalho. Todo 
trabalho por mais simples que seja tem seus perigos, porem as atividades como 
 
 
33 
 
Hidrojateamento, Trabalho em Altura NR 35, Espaço Confinado NR 33, Corte e Solda, 
entre outros, é preciso da ser verificado com cuidado e eliminar os riscos. 
O acidente de trabalho na empresa, além de ser aberto a CAT é preciso 
registrar o Comunicado na intranet. Quando ocorre o fato existe um ramal que é 
utilizado apenas parao caso emergenciais e funciona 24 horas. Após comunicar a 
segurar é enviado a equipe de Brigadista emergenciais juntamente com um dos 
técnicos de segurança, dependendo da gravidade é chamado o enfermeiro do 
trabalho até o local ou levando a vítima para ser atendida por um médico. 
Após atendido o empregado, começa a investigação do acidente muitas 
das vezes tira foto do cenário do acidente, colhe depoimentos das testemunhas, 
entende o processo de trabalho da pessoa e se for possível posteriormente conversa 
com a vítima para entender melhor o que aconteceu. A equipe é formada pelos 
técnicos de trabalho, Engenheiro de Trabalho e quando ocorre afastamento o médico 
do trabalho. Lembrando que a CAT é aberta independentemente se houver 
afastamento ou não. 
Com os primeiros dados colhidos inicia a investigação para entender o que 
originou aquele acidente e assim determinar a conduta Culposa (Consciente ou 
Inconsciente) indicando sua modalidade: Negligencia, Imprudência e imperícia. 
Com os dados obtidos depoimentos e registrado toda a investigação no 
sistema e preenchida a “Ficha Técnica de Investigação de Acidente de Trabalho 
(Higiene, Segurança e Medicina do trabalho)” “Modelo FTIAT Anexo I”. Ela consta os 
dados gerais do empregado, (Independentemente se for de empresa terceirizada é 
preciso seguir o protocolo normal), Caracterização do acidente com afastamento ou 
sem afastamento; Localização da lesão (Sede Della Lezione) e Natureza da lesão 
(Tipo dela Lezione); dados do médico que atendeu o horário e a data da saída; é 
colocado nesta ficha informações se houve acidentes anteriores e citar os números 
das fichas e as datas. O Parecer médico sobre o acidente “Diagnostico e 
Prognósticos”; tempo estimado do afastamento; e verificado o local do posto de 
trabalho e a máquina/ local (parte da máquina) se o acidente ocorreu no equipamento; 
é colocado a fase laborativa (atividades) a declaração da vítima sobre o ocorrido; 
informações complementares. 
Em seguida é proposto umas questões onde o técnico analisa se existe 
procedimento de trabalho, se é atualizado, se a atividade que o empregado fazia no 
 
 
34 
 
momento do acidente era rotineira, se fez correndo com pouco tempo, se a maneira 
desempenhada é o adequado, se era necessário utilizar EPI e se for necessário quais 
os EPI’s, se os equipamento de proteção interferiu no acidente, se método utilizado 
para fazer a atividade estava correto, se era adaptado para o local e se o superior 
imediato sabia do procedimento realizado, se houve treinamento básico (integração); 
instrução de segurança (Ordem de Serviço) com o colaborador e se ouve acidente 
anteriormente similar ao ocorrido. 
A classificação de gravidade do acidente, a gravidade potencial da lesão, 
após a finalização da investigação e proposto ações corretivas é preciso colocar na 
FIAT a reclassificação do risco Ocupacional. Está ficha é assinada pelo Superior 
imediato da área onde aconteceu o Acidente e responsável para realizar as ações 
proposta pela segurança do Trabalho, um representante da CIPA e um representante 
do setor de Higiene segurança e medicina do Trabalho. 
A CIPA tem acesso a investigação do acidente a analisar a Ficha Técnica 
de investigação para aprovar o resultado da investigação e assim a CIPA com o 
SESMT planeja as ações cabíveis para o determinado risco. 
 
 
5.2.2.1 Árvore de causas e falhas 
 
 
Outra técnica que engloba a investigação de acidente é a análise da árvore 
de causas e falhas, primeiramente é preenchido a lista de verificação da investigação 
de ocorrência, onde são analisa 4 itens: Análise do cenário, a contextualização (visa 
ver se eventos como demissões recentes, se está findando o contrato no caso de 
temporário, se houve acidente recente, algumas decisões do governo ou da própria 
empresa, se está aproximando férias ou é véspera de feriado). O penúltimo item 
aborda os pontos importantes (se foi feito as analise de liberação de trabalho, se 
houve isolamento da área, EPI utilizado, as condições físicas do trabalhador, etc.). E 
por último a descrição da ocorrência (O que, quem, como, quando e onde). E com a 
resposta destas questões é possível analisar o comportamento psicológico do 
trabalhador. 
 
 
35 
 
Em seguida é preenchida o formulário de encadeamento dos fatos onde 
analisados a seguinte pergunta “O que levou?” o empregado realizar certa atividade, 
é colocado a quantidade de fatos ocorrido no momento do acidente como o exemplo 
a seguir: 
 
Figura 3: Diagrama árvore de causa e efeito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: autoria própria 
 
 
Em seguida é realizado o diagrama da Árvore de causa e efeito do acidente 
de trabalho a elaboração tem início na lesão. A partir dela procura-se os fatos que 
levaram a ocorrência do acidente, voltando-se o mais atrás possível. O objetivo é 
descobrir o encadeamento das causas que o provocaram o acidente e assim definir 
as ações que deverão ser tomadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LESÃO: Curto circuito no equipamento 
 
CAUSAR A LESÃO: não desenergizou o equipamento e 
encostou em locais do equipamento condutor de 
eletricidade. 
 
NÃO SEGUIR A ORIENTAÇÃO: dado pelo encarregado 
para deligar o equipamento 
 
NÃO EXECUTAR AS ATIVIDADES CORRETAS: executou 
apressado pulando etapas. 
 
A DESRESPEITAR O PROCEDIMENTO: não seguiu o 
procedimento correto de manutenção. 
 
NÃO USAR OS EPI: não estava utilizando os EPI 
necessário para atividade. 
O QUE 
LEVOU? 
 
 
36 
 
Figura 3: Diagrama árvore de causa e efeito 
 
Fonte: Autoria própria. 
 
 
 
5.2.3 Relatório de investigação e Análise de Incidente/Acidente 
 
 
Após realizar toda a investigação é realizado o relatório de investigação e 
análise de incidente ou acidente de trabalho, neste documento é fornecido os dados 
do acidentado; qual foi o acidente, data, horário e local do fato. E a equipe que ficou 
responsável (TST, testemunha, encarregado) e o Cipeiros que participou na 
investigação para realizar a análise da ocorrência. 
Logo em seguida são descritas as características do acidente, as fotos 
tiradas no dia do acidente podem ser anexadas nesta etapa para que tudo possa ser 
concluído com este relatório de investigação. 
Então é preciso relatar a ocorrência de maneira objetiva, mas descrevendo 
passo a passo das atividades minutos antes do acidente acontecer. E então são 
apresentado o agente ou o motivo que levou a ocorrer o acidente. Assim é criado um 
novo tópico mostrando a conclusão da investigação do Acidente, mostrando as 
causas apuradas que levou diretamente para a ocorrência; as razões para a 
existências destas causas e a chance deste acidente acontecer novamente e a 
conclusão do fato. 
 
 
37 
 
Relatando toda ocorrência é proposto as Ações a serem implantada para 
evitar acidentes semelhantes, não existe uma quantidade limite de ações a serem 
tomadas, precisa evidenciar os ricos e buscar medidas de eliminar. Cada ação é 
preciso definir o prazo para ser finalizada. Assim os responsáveis para cumprir as 
ações assina o relatório para estar ciente do risco e o plano para eliminar este 
problema. 
 
Figura 5: Cronograma de investigação de acidente 
 
Fonte: Autoria Própria 
 
 
5.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
 
 
A empresa trabalha e demonstra aos funcionários a importância de 
respeitar as sinalizações existentes dentro da empresa e fora da empresa, como 
forma de prevenção de acidente. A Cia Iguaçu de Café Solúvel treinas seus 
funcionários e também os prestadores de serviços, para que eles também respeitam 
as sinalizações existentes. 
Sempre quando é desempenhado uma atividade de risco é preciso sinalizar 
o local e isolar com faixa de segurança ou cone, assim elimina a circulação de pessoas 
naquela área. Dentro da empresa existe as faixas de segurança onde os pedestres só 
 
 
38 
 
podem caminhar no pátio por ela e os veículos motorizados precisa respeitaras placas 
de sinalização de velocidades. 
Existe placas de utilizada no sistema de alarme de emergência, para 
identificar os locais de saída e os equipamentos como: extintores, alarme de incêndio 
(visual e audiovisual), entre outro. 
Existes sinalizações nos espaços confinado, mostrando o perigo eminente 
de morte ao entrar sem permissão nestes locais. Próximos as escadas marinheiras 
existem placa informado que precisa utilizar o cinto de segurança com talabarte duplo 
e trava queda para acessar escada acima dos 2 (dois) metros de altura. 
Locais com passagem de empilhadeira são sinalizando alertando o risco 
de ser atropelado, existe placas informando que em determinadas áreas é preciso 
utilizar os EPI’s específicos. Informando a utilização de corrimões de escada. Aviso 
de risco de produtos químico (Soda), Painéis Elétricos, Risco de acidente com 
prensagem das mãos ou outra parte do corpo, existe as linhas de vida indicando onde 
a pessoa pode estar andando ao se movimentar dentro da indústria. 
Placas de sinalização de superfície quente, entre outros. A empresa é 
composta por vários tipos de sinalização, informação está utilizada como forma de 
prevenir acidente, com avisos e informações para que o empregado possa lembrar e 
respeitar o aviso. 
 
Figura 6: Sinalização de Segurança 
 
Fonte: autoria própria 
 
As tubulações da empresa são diferenciadas por cores, por exemplo as 
linhas de cor vermelha são utilizadas no sistema de combate ao fogo, como linhas de 
tubulação para hidrantes, Caixa de extintos entre outros. As linhas verdes são 
 
 
39 
 
identificadas como água potável, as amarelas tubulações de Gases, laranja produtos 
químicos não gasosos, entre outros. Assim como solicitado pela NR 26. 
 
Figura 7: cor das sinalizações das linhas da empresa 
 
Fonte: NR 26 (Atlas 2018) 
 
A empresa costuma trabalhar com a sinalização de maneira eficiente, pois 
entende que por mais simples que seja a comunicação, mas ela pode evitar um 
acidente. 
 
 
5.4 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO E EMÊRGENCIAS 
 
 
Neste item será apresentado a forma que a Cia Iguaçu de Café Solúvel 
trabalha com a prevenção e combate a incêndio. Um dos requisitos apresentado neste 
tópico é a relação do cumprimento da legislação Municipal que aborda este assunto e 
de outras normatizações. Foi verificado os Equipamento de Combate a incêndio e a 
maneira que são armazenados e testados. 
Assim precisou verificar como a empresa treina seus colaboradores para 
um acontecimento emergência, analisando a forma do Plano de emergência da 
empresa. Também foi observado o funcionamento da Brigada de emergência da 
organização, como são feitos seus treinamentos teóricos e práticos, além do 
planejamento de ação. 
 
 
40 
 
5.4.1 Prevenção e Combate a Incêndio 
 
 
A Cia Iguaçu de Café Solúvel realiza um programa excelente quando o 
requisito é combate e prevenção contra incêndio e casos emergenciais. Quando entra 
na empresa é preciso fazer os treinamentos e um dos cursos ministrados é o combate 
a princípio de incêndio e exemplificado as formas de utilização dos extintores. Quando 
é contratado um novo colaborador, o mesmo passa por uma integração e cursos, um 
treinamento apresentado é o de combate e prevenção de princípio de incêndio, onde 
aprende manusear os extintores. 
É feita duas simulações totais de abandono de área anualmente, buscando 
sempre atingir a maior quantidade de empregados, prestadores de serviços ou 
visitantes que estão na empresa naquele exato momento, e assim consegue verificar 
o funcionamento dos equipamentos de alerta. O intuito da simulação é demonstrar 
aos colaboradores como agir em determinados casos emergenciais, sabendo qual 
será a rota de fuga ideal. 
A empresa tem 8 (oito) pontos de encontro, em caso de emergência a área 
atingida deve ser evacuada e encaminhada ao ponto, mas próximo e que esteja 
seguro e só pode retornar para o local novamente, após a permissão dos Brigadista 
ou Bombeiro. Os pontos são identificados por uma placa de cor verde com branco. 
 
Figura 7: Placa de sinalização ponto de encontro 
 
Fonte: Dados da empresa 
 
 
41 
 
Existe também na empresa placas sinalizando os extintores, hidrantes, 
locais de saída, portas de emergências, Alarme (audiovisual e Visual), entre outros. 
Assim o colaborador pode se direcionar pela indicação das sinalizações, em caso de 
queda energia são acionadas as iluminações de emergência para que possa utilizar a 
saída das pessoas das áreas atingida. 
 
Figura 8: Sinalização de emergência 
 
Fonte: Dados da Empresa 
 
 
5.4.2 Legislação que regulamenta a segurança contra Incêndio 
 
 
O município de Cornélio Procópio não tem uma legislação especifica, onde 
estabelece a forma que as organizações precisam estar adequadas para manter um 
ambiente seguro e preparando com medida de segurança contra incêndio. A lei 
complementar 098/08 municipal Seção XXV é composta por três artigos, onde 
estabelece que as relações de instalações de equipamento de proteção contra 
incêndios nas edificações, plano de emergência, medidas de segurança deve seguir 
as recomendações do corpo de Bombeiro. 
Sendo assim a Cia Iguaçu de Café Solúvel além da NR 23, ela busca seguir 
todos os requisitos que compete a empresa passado pelo corpo de Bombeiro do 
estado do Paraná. A Lei 19.449 Regula o exercício do poder de polícia administrativa 
pelo Corpo de Bombeiros Militar e institui normas gerais para a execução de medidas 
de prevenção e combate a incêndio e a desastres. O Decreto 11.868 regulamenta a 
Lei nº 19.449, de 05 de abril de 2018, para dispor sobre o exercício do poder de polícia 
administrativa pelo Corpo de Bombeiros Militar, conforme especifica. E a resolução 
 
 
42 
 
SESP n° 106/2019 Fixa, para o exercício de 2019, o quantitativo mínimo de pena 
pecuniária decorrente do descumprimento, total ou parcial, de Termo de Compromisso 
de Ajustamento de Conduta, que vise a implementação de medidas de prevenção e 
combate a incêndios e desastres nas edificações, nos termos da Lei Estadual nº 
19.449, de 5 de abril de 2018. 
Ou seja, a Lei 19.449, foi renovada e entra em vigor no mês de outubro de 
2019, umas das mudanças realizada e a fiscalização, onde o Bombeiro deixa de ser 
fiscal e passa ser auditor. A antiga legislação só liberava o certificado de autorizado 
do corpo de Bombeiro, após ser feito a vistoria, se acaso precisa-se regulamentar 
alguma coisa, a entidade dava um prazo para cumprir esta ação, se neste prazo não 
cumprisse a regulamentação aplicava uma multa. Com a nova mudança o 
empregador paga as taxas de liberação do certificado dos Bombeiro, após a 
comprovação do pagamento já é emitido o Certificado. Durante o período de um ano 
da validade do certificado o Bombeiro vai até a empresa e análise se todos os 
requisitos pedidos pela corporação estão sendo atendido, em de regularidade é 
aplicada uma multa que varia por alguns fatores, inclusive o tamanho da empresa. As 
vezes o Bombeiro pode cobrar inicial o valor de 10% sobre a multa e um prazo para 
regulamentar, se acaso não regulamentar é aplicado o restante do valo. E não vai 
para o CNPJ da organização e sim para o CPF do responsável direto da empresa. 
Neste sentido a empresa cumpre o código de segurança contra incêndio e 
pânico (CSCIP) do Corpo de Bombeiros do Paraná. Ela entrou em vigor em 08 de 
janeiro de 2012, conforme Portaria do Comando do Corpo de Bombeiros nº 002/2011 
de 08 de outubro de 2011, sendo alterado e atualizado em data de 04 de dezembro 
de 2018, conforme Portaria do Comando do Corpo de Bombeiros nº 056/2018 de 04 
de dezembro de 2018. 
Segue também as NPA (Normas de Procedimentos Administrativos) são 
as: NPA 001 - Processos de vistoria, licenciamento, fiscalização e recursos; NPA 002 
- Projeto Técnico e Memorial Simplificado de Prevenção a Incêndio e a Desastre; NPA 
003 - Corpo Técnico de Normatização e ComissõesTécnicas de Prevenção de 
Incêndio; NPA 004 - Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta; e a NPA 
005 - Regularização de eventos. 
Existe também as NPT (Normas de Procedimentos Técnicos) são utilizadas 
as: NPT 002 - Adaptação às normas de segurança conta incêndio - Edificações 
 
 
43 
 
existentes; NPT 003 - Terminologia de segurança contra incêndio; NPT 004 - 
Símbolos Gráficos Para Projeto de Segurança Contra Incêndio; NPT 005 - Segurança 
contra Incêndio – Urbanística; NPT 006 - Acesso de viatura na edificação e áreas de 
risco; NPT 007 - Separação entre edificações (Isolamento de riscos); NPT 008 - 
Resistência ao fogo dos elementos de construção; NPT 011 - Saídas de Emergência; 
NPT 013 - Pressurização de escada de segurança. 
NPT 016 - Plano de emergência contra incêndio; NPT 017 - Brigada de 
Incêndio, Parte 01 – Exigências e Parte 02 - Dimensionamento e orientações; NPT 
018 - Iluminação de Emergência; NPT 019 - Sistema de detecção e alarme de 
incêndio; NPT 020 - Sinalização de Emergência; NPT 021 - Sistema de proteção por 
extintores de incêndio; NPT 022 - Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para 
combate a incêndio; NPT 025 - Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis 
e inflamáveis, Parte 1 - Generalidades e requisitos básicos, Parte 2 - Armazenamento 
em tanques estacionários, Parte 3 - Armazenamento Fracionado e Parte 4 – 
Manipulação. NPT 026 - Sistema fixo de gases para combate a incêndio e a NPT 028 
- Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de 
petróleo (GLP); 
 
 
5.4.3 Equipamento de Combate a Incêndio 
 
 
A empresa busca ter equipamento de combate a incêndio suficiente, de 
qualidade, funcionando e eficiente no combate ao princípio de incêndio e ao incêndio 
em si. Quando acontece um sinistro com fogo, são vários os problemas que vem 
juntos, como prejuízos, vidas em riscos ou até mesmo pessoa machucada ou morta, 
problema na justiça e com os Bombeiro. Então ter um ambiente protegido com 
equipamento eficaz no combate ao incêndio é de extrema importância, não importa 
se nunca vai ser utilizado, o importante é que no momento da emergência a empresa 
esta munida de equipamento de combate e o que era para ser um desastre, não se 
passa de um pequeno problema. 
Hoje a empresa tem 737 extintores divido nas áreas, com uma média de 
700 funcionário, tem mais extintores do que pessoas. Existe 326 extintores de CO² de 
6Kg, 2 extintores de CO² de 10Kg divididos entre os setores e 44 extintores CO² de 6 
Kg armazenado como reserva. São 154 extintores de 10 litros de água e 2 de 75 litros, 
 
 
44 
 
divididos entre os setores. E 154 extintores de Pó Químico (A, B, C), 9 extintores de 
reserva e mais 1 extintor de carrinho de 30Kg e 2 extintores de 50Kg. Também a 
empresa tem uma carreta de espuma química. 
A empresa utiliza mangueira de combate a incêndio de 15 metros ou de 30 
metros. São 38 mangueiras de 30 metros cada uma e 151 mangueiras de 15 metros. 
São mais de três quilometro de mangueira. E cada lado das caixas de abrigo das 
mangueiras este um hidrante, totalizando 130 hidrante. 
Alarme de incêndio (audiovisual), linha e caixa d’agua separada para 
utilização apenas para o combate ao fogo. Roupa utilizada por bombeiro profissional 
ar em caso de um incêndio. 
 
Figura 9: Equipamento de proteção contra fogo 
 
Fonte: Dados da Empresa 
 
5.4.4 Brigada de Emergência 
 
 
Conforme estabelecido NPT 017 a Cia Iguaçu de café solúvel tem uma 
equipe de brigadista voluntario (brigada de emergência), são divido por área e turno. 
Para entrar no programa é preciso ser funcionário efetivo com mais de 6 meses 
trabalhando. Também precisa ser autorizado pelo supervisor de área e passa por uma 
análise com uma psicóloga da empresa. 
Existe dentro da empresa o CTB (Centro de treinamento da Brigada) onde 
são realizado treinamento pratico de simulação de principio e grande proporção de 
incêndio, aprendendo manusear as mangueiras e os extintores, treinamento em 
altura, espaço confinado, resgate em altura, entre outros. 
 
 
45 
 
São cerca de 4 a 6 hores de treinamento teórico e prático no mês, é 
obrigatório realizar 2 vezes na semana atividade física acompanhado por profissional. 
A empresa arca com todos os custos do check-up necessário realizar oferece alguns 
benefícios para incentivar novas pessoas interessada em ser brigadista. 
 
 
5.4.5 Plano de Emergência 
 
 
A empresa estabelece PAE – “Plano de Atendimento a Emergência”, 
seguindo as recomendações da NPT 16, este planejamento mostra todas as 
edificações da empresa, traçado os riscos existentes nos locais e suas rotas de fugas. 
Foi estabelecido no plano que as portas precisam ter as dimensões estabelecido pelo 
“Corpo dos Bombeiros” e também ser aberta para fora, impossibilitando numa fuga 
acabar batendo na porta e fechando ela, atrapalhando as pessoas saírem. 
As escadas são providas de corrimões e existes sinalizações com 
iluminação de segurança indicando os locais de saída. Existe também as portas de 
emergência contra incêndios. Devido existir na empresa pessoas PcD, os alarmes de 
incêndio são visuais (sinalização por luzes) e audiovisual (sinalizam por som, Sirene). 
Também no plano são definidos os pontos de rotas de fuga localizado nas 
dependências da empresa. 
Entra no planejamento a equipe de brigadista voluntários, suas divisões por 
setores e turnos (horário Administrativo, Horário de Turno A, B, C e D), também 
estabelecido as formas que os mesmos deveram agir quando um evento acontecer. 
São estabelecidos os equipamentos de combate a emergência, os locais onde estão 
e os pontos de encontro dos Brigadista para dividir as atividades. 
Existe um ramal de emergência que funciona 24 horas apenas para ser 
acionado o PAE, durante o horário de funcionamento do setor da segurança quem faz 
o atendimento é os empregado da área. Quando finaliza o expediente o telefone é 
desviado para ser atendido pela a equipe de segurança e monitoramento de câmeras. 
Qualquer acidente, pessoas passando mal, princípios de incêndios e incêndios, deve 
estar ligado no ramal para ser tomado as providencias cabíveis. 
Quando o telefone de emergência toca é atendido imediatamente e 
verificado o que aconteceu, o local da ocorrência, se tem vítima, a gravidade se 
 
 
46 
 
conseguir. Dentro do setor fica uma esquematização demonstrando qual Brigadista 
está naquele momento da empresa e o ramal que precisa ser ligado, comunica o 
Brigadista principal, este voluntario principal é responsável de avisar o outro 
brigadista, ou seja, cada brigadista fica responsável de avisa o restante da equipe se 
for o caso. Também é comunicado um dos técnicos de Segurança do Trabalho. 
Em um curto tempo e deslocado para o local da ocorrência e constado o 
que ocorreu e tomado as medidas cabíveis, se houver vitima verifica se precisa 
comunicar o enfermeiro da clínica do grupo da empresa o encaminha para o hospital, 
também se for preciso coloca a pessoa na maca para locomover até a saída. 
O plano estabelecido é preciso ser divulgado para todos os colaboradores, 
o mesmo é disponibilizado no sistema interno da empresa para que possa ser visto 
por todos os colaboradores. 
Todos os colaboradores da empresa que são contratados, sendo eles, 
terceirizado, efetivos, estagiários, jovem aprendiz e temporários. Passa por um 
treinamento de combate de princípio de incêndio na integração. O treinamento é 
realizado com teoria e na pratica, aprendendo o funcionamento dos extintores e 
treinando a sua utilização. Todos os anos é realizado no mês de junho Unificados e 
dois são reservados para que todos os colaboradores possam estar fazendo o 
treinamento da utilização dos extintores e a utilização da mangueira de combate a 
incêndio. 
São dividido os treinamento em 4 níveis, sendo o primeiro o treinamento de 
todos os funcionários, podendo atura em princípios de incêndio, pequeno

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