Psicologo Escolar

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Trabalho de Campo – Entrevista 
Psicologia Educacional e Psicologia Escolar
Goiânia
2018
Introdução
Neste trabalho será apresentado o campo de atuação, a população atendida, a formação profissional e o mercado de trabalho do Psicólogo Educacional e do Psicologo Escolar. A pesquisa tem por finalidade reafirmar o conteúdo acadêmico ministrado em sala e proporcionar a oportunidade aos alunos do curso de Psicologia, do 1º período, de experienciar o trabalho de campo. 
1. Campo de Atuação
Segundo a psicóloga entrevistada, a linha que separa a Psicologia Escolar da Psicologia Educacional é muito pequena, causando uma distorção na atuação de ambas as disciplinas, opinião comum a vários estudiosos. Entendemos que o Psicólogo Escolar é aquele que trabalhar com as instituições educacionais como um todo, com o professor e com os alunos, mas não como clínico, mesmo que a ele seja indicado uma criança, ele não irá atender, apenas fará uma escuta clínica e encaminhará para um psicólogo clínico. Por outro lado o Psicólogo Educacional atuam em escolas, creches, Secretarias de Educação ou Coordenadorias, centros Universitários, Serviços Especializados de apoio escolar, dentre outros, avaliando currículos, acompanhando no planejamento de aulas, com a preparação dos professores, formação de equipes, com cursos específicos para relações interpessoais para a formação e estabilização de uma equipe. É um psicólogo que trabalha diretamente com as questões curriculares, acompanha o processo de ensino-aprendizagem, participa da elaboração do PPP - Projeto Político Pedagógico da escola atua junto à coordenação pedagógica da instituição.
Conforme informação fornecida pela psicóloga entrevistada, ela nunca atuou dentro de escolas, elaborou e executou projetos na área de Psicologia Educacional em conjunto com outra psicóloga, não especificando a área de atuação da outra profissional. Atualmente, ministra a disciplina de Psicologia Escolar/Educacional na Universidade Paulista – UNIP, sentindo-se realizada profissionalmente nesta área. Por outro lado, afirma que a valorização do profissional da área Educacional e Escolar ainda deixa a desejar em termos de remuneração e reconhecimento e condições de trabalho, não possui autonomia para efetuar o seu trabalho. Por não atuar a algum tempo, não soube informar com precisão a remuneração dos Psicólogos que atuam dentro de instituições escolares. 
	
2. População Atendida
Segundo a entrevistada o público atendido não difere muito. São todos aqueles que fazem parte do contexto escolar, alunos, professores, familiares, estudantes, equipe técnica, gestores e funcionários, independentemente da classe social e gênero. 
Na entrevista, percebemos que há uma baixa procura pelo Psicólogo Educacional e o Psicólogo Escolar pelas instituições, muitas vezes buscam o profissional apenas em situações extremas, já os alunos e funcionários da área de educação, quando buscam, geralmente estão pensando em Psicólogo clínico.
Constatamos que há uma imagem distorcida quanto ao papel do Psicólogo Educacional e o Psicólogo Escolar, como a população tem uma visão de que todos os Psicólogos são clínicos, levando muitas vezes o profissional a não realizar corretamente o seu verdadeiro papel como Psicólogo Educacional ou Psicólogo Escolar.
 Verificamos ainda que, o psicólogo de uma maneira em geral pode contribuir muito com a saúde psíquica e a saúde mental da nossa população, que hoje é uma necessidade da comunidade como um todo. 
	
3. Formação profissional 
	A profissional entrevistada, cursou Psicologia na Universidade Católica de Goiás, hoje, Puc, concluindo em março/1993. Estagiou na área Escolar e Clínica, fez vários cursos na área escolar, mas não é especialista em Educacional e nem Escolar. Especializou em atendimento sistêmico e familiar, na área clínica. Aprendemos ainda que, dentro do atendimento sistêmico tem o Psicólogo Sistêmico que atende dentro das instituições, inclusive escolas, organizações, hospitais. 
Observamos que, para maior esclarecimento quanto aos papeis exercidos tanto pelo Psicólogo Educacional quanto pelo Psicólogo Escolar faz-se necessário a realização pelo profissional de uma especialização ou cursos extras na área em questão.
4. Mercado de trabalho 
É um mercado que poderia ser extenso, pois, é uma área de muita necessidade do profissional Psicólogo educacional e Psicólogo Escolar, mas ainda um mercado muito restrito, pela falta de políticas públicas e oferta de poucas vagas. 
Verificamos que geralmente o profissional tem um começo de carreira com restrições e dificuldades, muitos começaram atuando em diversas áreas, até conseguirem se enquadrar. Este fato pode ser explicado, pela fragilidade dos limites entre as áreas de atuação e a facilidade de movimentação entre elas, pela escassez de oferta de trabalho, a insatisfação com a área de atuação, a falta de autonomia e as baixas remunerações.
A entrevistada atuou na área Escolar no estágio da graduação, realizou posteriormente alguns projetos da área Educacional. Atualmente ministra a disciplina Psicologia Educacional/Escolar, para discentes da Unip. Identificamos que o mercado tem uma tendência ao crescimento, forçado pelas crises e conflitos sociais que são cada vez mais presentes na população do país, mas a entrevistada frisa a importância do Psicólogo Educacional e Psicólogo Escolar saber o seu verdadeiro papel, o lugar que ocupa dentro da instituição. 
Informou-nos ainda que, atualmente dentro do Conselho Regional de Psicologia (CRP), está tendo um interesse maior pela área de Psicologia Escolar, não na fiscalização, mas nas diretrizes curriculares das universidades, inclusive na formulação das diretrizes para o Psicólogo Escolar. 
5. Considerações Finais
Ao analisarmos as informações repassadas, constatamos que, a profissional apesar de não ser especialista em Psicologia Educacional e a Psicologia Escolar, possui um vasto conhecimento nesta área.
É um mercado que poderia ser extenso, pois, é uma área de muita necessidade do profissional Psicólogo educacional e Psicólogo Escolar, mas ainda um mercado bastante restrito, devido a falta de políticas públicas e oferta de poucas vagas. Alem do que, são poucas as instituições educacionais, tanto públicas quanto privadas, que contratam esses profissionais e, quando o fazem não oferecem condições e reconhecimento adequados. 
Contudo, cabe à classe em questão buscar apoio junto ao Conselho da categoria e ao poder público, para alçarmos o reconhecimento diante da sociedade, através de novas diretrizes para a profissão de Psicólogo Educacional e Psicólogo Escolar.