AULA 09 OS LÍQUIDOS CORPORAIS E OS RINS

Prévia do material em texto

OS LÍQUIDOS 
CORPORAIS E OS RINS
Profa. Rosi Paixão
DISCIPLINA DE FISIOLOGIA
1
Conceito
Conjunto de estruturas e órgãos que
filtram o sangue purificação
regulação da concentração hídrica
e salina do corpo
Principal fluido 
excretório do corpo 
URINA
CONSTITUIÇÃO
Rins - filtram o sangue e formam a urina
Ureteres - levam a urina até a bexiga
Bexiga ou vesícula urinária - reservatório
Uretra - eliminação da urina
Sistema Renal
• A principal função do sistema renal é
auxiliar na homeostase controlando a
composição e o volume do sangue.
• Este controle é realizado removendo ou
restaurando quantidades selecionadas de
água e solutos.
4
Fisiologia do Sistema Urinário 
• Componentes do Sistema Urinário
-2 rins
-2 ureteres
-1 bexiga urinária
-1 uretra
Estruturas Componentes
Rim (2); ureter (2); bexiga urinária; uretra
6
Os líquidos corporais são 
distribuídos, aproximadamente, do 
seguinte modo:
1. Água corporal total aprox., 40lt;
2. Total de líquido no interior das células,
chamado de líquido intracelular, 25 lt;
3. Total de líquido nos espaços entre as
células, chamado líquido intersticial, 12 lt;
4. Líquido no plasma sanguíneo, 3 lt, e
5. Volume do líquido extracelular é a soma
do volume do líquido extracelular e do
volume do plasma, atingindo cerca de 15 lt.
7
Sistema linfático
• Além dos vasos linfáticos, o corpo á dotado
de conjunto de vasos muito delgados e de
paredes muito finas: os linfáticos.
• Esses vasos tem origem em quase todos os
espaços teciduais, sob a forma de capilares
linfáticos.
• Os linfáticos representam sistema acessório
para o fluxo de líquidos desde os espaços
teciduais até a circulação.
8
Funções fisiológicas dos 
Linfáticos
• Devolução de proteínas
dos linfáticos;
• Fluxo e linfa pelos
linfáticos e
• Intensidade do fluxo de
linfa e retorno de
proteína à circulação.
9
10
11
O estado “seco” normal dos 
tecidos
• O sistema linfático retira, continuamente,
líquido dos espaços teciduais, tornando-os
tão pequenos quanto possível e é nesse
estado que os tecidos funcionam.
• Portanto, podemos dizer, sob um ponto de
vista relativo, que os espaços intersticiais
são, normalmente, “secos”, mesmo
contendo cerca de 12 litros de água, em seu
interior.
12
Linfonodo 
13
O estado “seco” normal dos 
tecidos
• Este estado de quantidade mínima de
líquido nos espaços intersticiais é benéfico,
em especial, para a difusão de nutrientes
dos capilares para as células, pois um dos
princípios básicos da difusão é o de que a
intensidade do transporte de substância por
esse mecanismo é progressivamente maior
quanto menor for a distância a ser percorrida
pelas substâncias que difundem.
14
15
O estado “seco” normal 
dos tecidos
• Quando o corpo fica incapaz de manter esse
estado de “secura” nos espaços intersticiais,
mas, pelo contrário, permite a coleção de
grandes quantidades adicionais de líquido
nesses espaços, é originada a condição
conhecida como edema.
16
Causas básicas do edema
• Quatro anormalidades básicas da dinâmica
da membrana capilar produzem, muitas
vezes, o edema.
• Essas anormalidades são:
– Pressão líquida aumentada nos capilares;
– Pressão coloidosmótica (é a pressão osmótica
gerada pelas proteínas no plasma sanguíneo,
especialmente pela albumina e pelas globulinas)
diminuída nos capilares;
– Pressão coloidosmótica intersticial aumentada, e
– Permeabilidade aumentada dos capilares. 17
O rim
• O rim forma a urina e, enquanto a está
formando, regula, ao mesmo tempo, a
concentração da maioria dos constituintes
do líquido extracelular.
• Isso é realizado pelo remoção do plasma
sanguíneo do excesso, conservando
aquelas substâncias presentes em
concentrações normais ou diminuídas.
18
O rim
19
A função renal 
e a excreção da urina
• As principais funções dos rins são:
–Remover produtos finais do metabolismo e
–Controlar as concentrações da maior parte
das substâncias iônicas no líquido
extracelular, inclusive de íons como os
íons de sódio, de potássio e de hidrogênio.
20
• A unidade funcional do rim é o néfron.
• Nos dois rins de um ser humano, existem
cerca de dois milhões de néfrons.
• O néfron é dividido em duas partes
funcionalmente distintas:
– Corpúsculo renal e
– Túbulo renal.
21
Néfron 
22
Ninguém ignora tudo, 
ninguém sabe tudo. 
Por isso, aprendemos 
sempre.
(Paulo Freire)
23
• A função básica do néfron é a de limpar, ou
depurar o plasma sanguíneo, dele retirado as
substâncias indesejáveis durante sua
passagem pelo rim, ao mesmo tempo que
retém no sangue todas as substâncias que
ainda são necessárias ao corpo.
24
25
• O corpúsculo renal é formado:
–Pelo glomérulo, que é uma rede de capilar, e
–Pela cápsula de Bowman, que envolve o
glomérulo.
26
• O filtrado glomerular sai pela cápsula de
Bowman por meio do túbulo renal, que é
dividido em quatro segmentos seqüenciais:
– Túbulo proximal;
– Alça de Henle;
– Túbulo distal e
– Tubo coletor.
27
• À medida que o filtrado passa por esse
sistema tubular, as partes desse filtrado que
são necessárias para ao organismo
(nutrientes) são reabsorvidos pelos interior
dos túbulos renais para as células tubulares,
voltando pelo capilares peritubulares, situados
em torno dos túbulos.
• Por outro lado, os produtos finais do
metabolismo quase não são reabsorvidos, se
é que o são na verdade, de modo que, em
sua maior parte, são eliminados pela urina.
28
Teoria da função renal
• A teoria da função renal é a de filtrar
grandes quantidades de líquido do plasma,
reabsorvendo aqueles constituintes que são
necessários, sem, no entanto, reabsorver os
que não são necessários.
• Cerca de 180 litros de filtrado glomerular são
formados a cada dia, mas menos de 1%
dessa quantidade, cerca de 1,5 litro por dia,
é eliminado como urina.
29
• Apesar disso, esse pequeno volume ainda
contém a maior parte dos produtos finais
do metabolismo, altamente concentrados.
• Alguns desses produtos finais do
metabolismo de maior importância são a
uréia, o ác. úrico, a creatinina, os fosfatos,
os sulfatos e o excesso de ácidos.
Teoria da 
função renal
30
Clearance ou 
Depuração Plasmática
• O termo clearance é
utilizado para traduzir
a capacidade dos rins
de limpar o plasma de
várias substâncias.
31
Formação da Urina
• A urina é formada em duas etapas:
– Filtração glomerular;
– Reabsorção e secreção tubulares.
• Cerca de 125 ml por minuto dos aproximadamente 650
ml de plasma que passam através dos glomérulos, são
filtrados para as cápsulas glomerulares. O filtrado é
quase idêntico ao plasma em composição, exceto pela
ausência de PTN plasmática.
• A reabsorção e a secreção tubulares, de acordo com as
necessidades do organismo, mudam acentuadamente a
composição do filtrado; a reabsorção, muito mais que a
secreção, determina a composição final da urina.
32
Formação da Urina
• A reabsorção de sódio por transporte ativo está
associado a reabsorção do Cl e é seguida da
reabsorção passiva de água. A glicose e os
aminoácidos são normal e completamente
reabsorvidos por processos ativos. A uréia é
passivamente reabsorvida, mas está 60 a 70 vezes
mais concentrada na urina do que no plasma.
• O potássio, cerca de 12 vezes mais concentrado na
urina que no plasma, é tanto reabsorvido como
secretado, a secreção (por um processo que envolve a
troca sódio-potássio) respondendo pela alta
concentração urinária. Certos metabólitos e
medicamentos são eliminadospor secreção ativa.
33
34
A função renal e a excreção da 
urina
• As principais funções dos rins são:
–Remover produtos finais do metabolismo e
–Controlar as concentrações da maior parte
das substâncias iônicas no líquido
extracelular, inclusive de íons como os
íons de sódio, de potássio e de hidrogênio.
35
FISIOLOGIA DA MICÇÃO
• Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático, cerebelo,
núcleos da base.
• Armazenamento ou enchimento e esvaziamento.
• Bexiga enche-se lentamente com líquido proveniente dos rins
através dos ureteres. Nessa fase há participação do Sistema
Nervoso Autônomo Simpático atuando na musculatura detrusora
permitindo seu relaxamento, ou seja, o enchimento da bexiga, e
nos músculos pélvicos e esfíncter uretral possibilitando a
contração ou fechamento desses, mantendo a continência até que
a bexiga esteja cheia.
• Na fase de esvaziamento participa o Sistema Nervoso Autônomo
Parassimpático onde o músculo detrusor se contrai, empurrando a
urina para fora, enquanto o esfíncter uretral e os músculos do
assoalho pélvico relaxam para permitir a passagem.
• O reflexo da micção é um reflexo completamente autonômico da
medula espinhal, mas pode ser inibido ou facilitado por centros do
cérebro.
36
FUNÇÕES DO SISTEMA 
EXCRETOR RENAL
1.FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA
2. FUNÇÃO ENDÓCRINA
Mas lembre-se que o 
rim NÃO é uma 
glândula endócrina!
37
FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA
• Manutenção de um volume hídrico adequado (tonicidade).
• Regular a concentração de íons como sódio, potássio,
cloreto, bicarbonato, magnésio e fosfato.
• Manutenção do pH, contando também com o auxílio do
pulmão.
• Manutenção da concentração adequada de metabólitos
(nutrientes), graças à capacidade de reabsorção presente
nos túbulos renais impedindo que metabólitos, como
glicose, sejam eliminados pela urina.
• Eliminação de produtos do metabolismo como uréia, ácido
úrico e timina graças à pela capacidade de excreção renal.
• Eliminação de drogas ou substâncias tóxicas presentes nos
alimentos.
38
Função endócrina
• Secreção de renina: Esta substância é responsável pela ativação do
sistema Renina-Angiotensina II através da ação enzimática sobre a
reação de transformação de angiotensinogênio em angiotensina I, que
por sua vez transforma-se em angiotensina II sob ação da enzima
conversora de angiotensina (ACE) que também atua hidrolizando a
bradicinina. A angiotensina II age modificando a ação renal da seguinte
forma:
– Maior ação de vasoconstricção das arteríolas eferentes no rim,
aumentando a filtração glomerular.
– Ação sobre o córtex da adrenal, levando à produção de aldosterona.
– Ação sobre as células mesangiais do glomérulo de forma a contraí-
las.
• Secreção de 1.25 dihidroxi-calciferol o qual é importante na absorção de
cálcio no túbulo renal e no depósito de cálcio no osso.
• Secreção de eritropoetina, um fator de crescimento com ação única e
específica de estimular a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos.
Esse hormônio tem sua produção aumentada em condições de hipóxia.39
• Esse sistema consiste, primeiramente, na liberação de renina, um
composto formado quase que exclusivamente nos rins, mais
precisamente no aparelho justaglomerular (células musculares lisas
modificadas) e cai na corrente sanguínea até chegar ao fígado. Lá,
um outro composto, o angiotensinogênio, age sobre a renina
transformando-se em angiotensina I. Esta vai se dirigir aos pulmões
e sob ação da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) sofrerá
hidrólise e se transformará na substância final, angiotensina II.
Depois desse longo caminho, esse produto final vai ser o ponto
chave para a realização da função do sistema. A angiotensina II vai
ser responsável pela vasoconstrição e pela liberação de aldosterona
que por sua vez é responsável pela retenção de sódio e água,
mantendo o equilíbrio hemodinâmico do corpo.
40
41
Regulação da secreção de Renina 
e Aldosterona 
42
ESTÍMULO EFEITO 
SOBRE A 
RENINA
PRODUÇÃO DE 
ANGIOTENSIN
A II
SECREÇÃO DE 
ALDOSTERONA
MECANISMOS
Vol
sanguíneo
Aumento Aumento Aumento
O baixo vol
sanguíneo estimula 
os barorreceptores
renais.
vol
sanguíneo Diminuição Diminuição Diminuição 
O aumento do vol
sanguíneo inibe os 
barorreceptores
do K+
Nenhum Sem alteração Aumento
Estimulação direta
do córtex supra-
renal
ativ
nervosa 
simpática
Aumento Aumento Aumento
O efeito ɑ-
adrenérgico estimula 
a constrição das 
arteríolas aferentes. 
O efeito ß-
adrenérgico estimula 
diretamente a 
secreção de renina
Sistema Renina-Angiotensina
(visão clássica)
Weber KT. N Engl J Med, Vol.345,No.23,2001
Os inibidores da ECA 
diminuem a pressão 
principalmente por diminuírem 
a resistência vascular 
periférica. 
O débito cardíaco e a 
freqüência cardíaca não são 
alterados de modo 
significativo.
44
• Duas das anormalidades mais comuns do
rim, que provocam a excreção diminuída
desses produtos finais do metabolismo, são:
– Destruição ou perda total de néfrons e
– Glomerulonefrites.
45
O entendimento da fisiologia renal é 
fundamental para a abordagem de pacientes
portadores de doenças renais.
Simplesmente lindo !!!!! 
Por hoje é só pessoal...
47