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SP4 - FUNÇOES BIOLOGICAS - SISTEMA URINARIO

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Sistema Urinário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois 
ureteres, a bexiga e a uretra. A urina é produzida nos 
rins, passa pelos ureteres até a bexiga e é lançada ao 
exterior pela uretra. Esse aparelho contribui para a 
manutenção da homeostase, produzindo a urina. Além 
da função reguladora da composição do meio interno, 
os rins também são responsáveis pela produção de 
alguns hormônios, como a renina, que participa da 
regulação da pressão sanguínea, e a eritropoietina, que 
estimula a produção de eritrócitos. Os rins junto com 
outros órgãos como a pele e o fígado, participam da 
ativação da vitamina D3. 
 
RIM 
Os rins são um par de órgãos avermelhados, 
localizados entre o peritônio e a parede posterior do 
abdome. Por causa de sua posição posterior ao 
peritônio da cavidade abdominal, são considerados 
retroperitoneais. 
Os rins estão localizados entre os níveis das últimas 
vértebras torácicas e a terceira vértebra lombar, uma 
posição em que estão parcialmente protegidos pelas 
costelas X, XI e XII. Se estas costelas inferiores forem 
fraturadas, podem perfurar os rins e causar danos 
significativos, potencialmente fatais. O rim direito está 
discretamente mais baixo do que o esquerdo, porque 
o fígado ocupa um espaço considerável no lado direito 
superior ao rim. 
 
 
As funções dos rins incluem: 
•Regulação da composição iônica do sangue: Os rins 
ajudam a regular os níveis sanguíneos de vários íons, 
sendo que os mais importantes são os íons sódio (Na+), 
potássio (K+), cálcio (Ca2+), cloreto (Cl–) e fosfato (HPO4 
2–). 
•Regulação do pH do sangue: Os rins excretam uma 
quantidade variável de íons hidrogênio (H+) para a 
urina e preservam os íons bicarbonato (HCO3–), que são 
um importante tampão do H+ no sangue. Ambas as 
atividades ajudam a regular o pH do sangue. 
•Regulação do volume de sangue: Os rins ajustam o 
volume do sangue por meio da conservação ou 
eliminação de água na urina. O aumento do volume de 
sangue eleva a pressão arterial, enquanto a diminuição 
do volume de sangue reduz a pressão arterial. 
•Regulação da pressão arterial: Os rins ajudam a 
regular a pressão arterial por meio da secreção da 
enzima renina, que ativa o sistema renina-
angiotensina-aldosterona. O aumento da renina 
provoca elevação da pressão artéria. 
 Manutenção da osmolaridade do sangue: Ao regular 
separadamente a perda de água e a perda de solutos 
na urina, os rins mantêm uma osmolaridade do sangue 
relativamente constante de aproximadamente 300 
miliosmóis por litro (mOsm/ℓ). 
•Produção de hormônios: Os rins produzem dois 
hormônios. O calcitriol, a forma ativa da vitamina D, 
ajuda a regular a homeostasia do cálcio e a 
eritropoietina, que estimula a produção de eritrócitos. 
•Regulação do nível sanguíneo de glicose: Tal como o 
fígado, os rins podem utilizar o aminoácido glutamina 
na gliconeogênese (síntese de novas moléculas de 
glicose). Eles podem então liberar glicose no sangue 
para ajudar a manter um nível normal de glicemia. 
•Excreção de escórias metabólicas e substâncias 
estranhas: Por meio da formação de urina, os rins 
ajudam a excretar escórias metabólicas (substâncias 
que não têm função útil no corpo). Estes incluem 
amônia e ureia resultantes da desaminação dos 
aminoácidos; bilirrubina proveniente do catabolismo 
da hemoglobina; creatinina resultante da clivagem do 
fosfato de creatina nas fibras musculares e ácido úrico 
originado do catabolismo de ácidos nucleicos. Outras 
escórias metabólicas excretadas na urina são as 
substâncias estranhas da dieta, como fármacos e 
toxinas ambientais. 
 
➢ ANATOMIA EXTERNA 
Anatomicamente, sua margem medial é côncava e 
conhecida como hilo. É ali que a artéria renal entra 
através de cinco diferentes segmentos, sendo também 
o local por onde a veia renal deixa o órgão, levemente 
anterior em relação à artéria. 
Cada rim é circundado por três camadas de tecido, são 
elas: a capsula fibrosa, a capsula adiposa e a fáscia 
renal. A capsula fibrosa é a lâmina lisa e transparente 
de tecido conjuntivo denso não modelado que serve 
como uma barreira contra traumatismos e ajuda a 
manter a forma do rim. A capsula adiposa circunda 
toda a capsula fibrosa e também protege o rim de 
traumas, além disso ajuda a ancorar os rins firmemente 
na sua posição na cavidade abdominal. Já a fáscia é 
outra camada fina de tecido conjuntivo denso não 
modelado que ancora o rim às estruturas vizinhas e à 
parede abdominal. 
 
 
Os rins, assim como os pulmões e o fígado, possuem 
segmentações e elas são denominadas de acordo com 
o nome das artérias que atravessa cada região. Por 
exemplo, o segmento superior é denominado assim 
porque é irrigado pela artéria do segmento superior. 
Essa organização facilita localizar cada segmento e sua 
respectiva irrigação sem causar confusões. 
 
➢ ANATOMIA INTERNA 
Os rins possuem duas porções: um córtex renal, 
externo, e uma medula renal, interna. 
A Medula renal é a região interna que consiste em 
várias pirâmides renais em forma de cone. A base 
(extremidade mais larga) de cada pirâmide está voltada 
para o córtex renal, e seu ápice (extremidade mais 
estreita), chamado papila renal, está voltado para o 
hilo renal. 
O Córtex renal é a área de textura fina que se estende 
da cápsula fibrosa às bases das pirâmides renais e nos 
espaços entre elas. Ela é dividida em uma zona cortical 
externa e uma zona justamedular interna. As partes 
do córtex renal que se estendem entre as pirâmides 
renais são chamadas colunas renais. 
Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais da medula 
renal constituem o parênquima, ou porção funcional 
do rim. No interior do parênquima estão as unidades 
funcionais dos rins – aproximadamente 1 milhão de 
estruturas microscópicas chamadas néfrons. Os 
néfrons possuem várias porções, tais como: corpúsculo 
renal (antigamente chamada de corpúsculo de 
Malpighi), glomérulo, capsula renal (antigamente 
chamada de cápsula de Bowman), túbulo contorcido 
proximal, Alça de Henle (exclusiva nos mamíferos), 
túbulo distal e ducto coletor. 
 
 
➢ VASCULARIZAÇÃO 
A vascularização do rim é realizada basicamente pelas 
artérias renais e seus ramos. As artérias renais são 
ramos da aorta abdominal e, logo antes da artéria renal 
principal entrar no tecido renal, ainda no hilo, ela 
começa a se ramificar dando: 
• Um ramo, chamado de artéria suprarrenal 
inferior, que irriga a glândula suprarrenal; e 
• quatro artérias segmentares anteriores e uma 
posterior. 
Cada artéria segmentar faz a irrigação de seu 
respectivo segmento e, é importante lembrar, que 
delas partem ramos capsulares e perirrenais que fazem 
a irrigação da capsula fibrosa e adiposa do rim. Além 
disso, emitem terminações que chegam ao córtex do 
rim para irrigá-lo (as artérias interlobares, artérias 
arqueadas e, a menorzinha, a artéria perfurante 
radiada). 
• artéria do segmento superior 
• artéria do segmento ântero-superior 
• artéria do segmento ântero-inferior 
• artéria do segmento inferior 
• artéria do segmento posterior 
 
+ As veias renais são posicionadas em frente às artérias 
renais, e a veia renal esquerda pode ser vista cruzando 
a aorta, logo posterior à artéria mesentérica superior. 
+ Das artérias interlobulares originam-se as arteríolas 
aferentes dos glomérulos que levam sangue para os 
capilares glomerulares. Destes capilares, o sangue 
passa para as arteríolas efentes, que se ramificam 
novamente para formar a rede capilar peritubular, 
responsável pela nutrição e oxigenação da cortical, e 
pela remoção dos refugos do metabolismo. 
 
As artérias arqueadas produzem várias artérias 
interlobulares que, por sua vez, formam as artérias 
perfurantes radiadas que ultrapassam a zona cortical. 
No local das artérias interlobulares formam arteríolas 
chamadas de arteríolas glomerulares aferentes.Cada 
uma dessas arteríolas atingem um néfron e forma o 
glomérulo. Do glomérulo forma a arteríola glomerular 
eferente, que leva o sangue para fora do glomérulo, e 
depois forma os capilares peritubulares. Os capilares 
peritubulares por fim se unem para formar as veias 
interlobulares, que também recebem sangue das 
arteríolas retas. Em seguida, o sangue flui pelas veias 
arqueadas para as veias interlobares, que correm entre 
as pirâmides renais. O sangue sai do rim por uma veia 
renal única que emerge pelo hilo renal e transporta o 
sangue venoso para a veia cava inferior. 
 
 
➢ NÉFRON 
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins e são os 
responsáveis pela formação da urina, filtragem do 
sangue e absorção de água, sais minerais e outras 
substâncias. 
Cada néfron consiste em duas partes: um corpúsculo 
renal, onde o plasma sanguíneo é filtrado, e um túbulo 
renal, pelo qual passa o líquido filtrado (filtrado 
glomerular). O corpúsculo renal é formado pelo 
glomérulo e a cápsula glomerular (cápsula de Bowman) 
que é uma estrutura epitelial de parede dupla que 
circunda os capilares glomerulares. 
Já o túbulo renal possui três principais componentes: o 
túbulo contorcido proximal (TCP), a alça de Henle e o 
túbulo contorcido distal (TCD). 
• Túbulo contorcido proximal: É onde a maior parte da 
água que foi retirada do sangue é reabsorvida e retorna 
ao sangue. Cerca de dois terços da água que foi retirada 
lá na capsula renal, retornam agora para o sangue. É 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/aorta-pt
nessa estrutura que a glicose é reabsorvida e volta para 
o sangue assim como a água. 
• Alça de Henle: é um tubo em forma de U, onde sua 
principal função é transferir fluidos do túbulo proximal 
para o túbulo distal. A parte descendente é 
impermeável a íons e permeável a água, e também tem 
a capacidade de reabsorver a água e retorná-la para o 
sangue. Já a parte ascendente é impermeável a água e 
permeável a íons. Controlando, então, a osmolaridade 
no sangue. 
• Túbulo distal: Normalmente, o túbulo distal é 
impermeável a água e permeável a íons. Porém 
também pode reabsorver água para o sangue. Ao final 
do túbulo distal, a urina estará quase que 
completamente formada e será encaminhada para o 
ducto coletor. 
• Ducto coletor: recebe a urina formada nas etapas 
anteriores e se sofrer ações de alguns hormônios, pode 
executar as mesmas funções do túbulo distal, porém, 
com menor intensidade. 
 
 
 
+ da imagem é possível perceber que a capsula 
glomerular, assim como os túbulos contorcidos 
proximal e distal estão localizados no córtex do rim. Já, 
a alça de Henle e o túbulo coletor estão localizados na 
medula. 
+ O corpúsculo renal possui polo urinário e polo 
vascular. No polo vascular chega uma arteríola 
aferente e sai uma eferente. A arteríola aferente sofre 
modificações e perde limitante elástica interna e 
células musculares lisas e aparecem células 
justaglomerulares, que produzem a renina. Ao mesmo 
tempo, se modifica o túbulo contorcido distal, as 
células que eram cúbicas passam a ser cilíndricas e 
aparece mais escuras, região chamada de mácula 
densa. As células justaglomerulares produzem a renina 
que é liberada na corrente sanguínea. Na circulação, a 
renina encontra o angiotensinogênio e ela converte 
angiotensinogênio em angiotensina I (inativa), que é 
novamente convertida em angiotensina II e, Quem faz 
essa conversão é a enzima endotelial conversora (ECA). 
A angiotensina II vai até a suprarrenal e promove a 
liberação do hormônio aldosterona que diminui a 
liberação de sódio do organismo, resultando no 
aumento da pressão arterial. Quando há baixa 
concentração de sódio no organismo, a renina é 
liberada para reter mais sódio. 
+ Na última parte do TCD e continuando até os túbulos 
coletores, dois tipos diferentes de células estão 
presentes. A maior parte são células principais, que 
têm receptores tanto para o hormônio antidiurético 
(HAD) quanto para a aldosterona. Em número menor 
estão as células intercaladas, que atuam na 
homeostasia do pH do sangue 
 
Um pouco de histologia: 
TÚBULO PROXIMAL: apresenta epitélio cúbico simples 
rico em microvilosidades (borda em escova) que 
permite a reabsorção de, em torno, 90% da água. 
ALÇA DE HENLE: constituído por uma porção espessa 
(não permeável) e uma delgada (permeável a água) 
formadas por tecido pavimentoso simples 
TÚBULO DISTAL: é revestido por epitélio cúbico simples 
sem microvilos. 
TÚBULO PROXIMAL: é revestido por epitélio cúbico 
simples com microvilos 
 
 
URETERES 
Os ureteres são estruturas musculares tubulares, 
responsáveis cada uma por levar a urina de um rim até 
a bexiga urinária para armazenamento e posterior 
excreção. 
Histologicamente, os ureteres possuem quatro túnicas. 
A primeira é a mucosa que é formada por epitélio de 
transição; a segunda é a submucosa que é formada de 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/rins
tecido conjuntivo com glândulas; a terceira é a 
muscular que é formada por duas camas de músculo; e 
a quarta, e última túnica, a serosa que reveste 
externamente os ureteres. 
 
Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga têm a 
mesma estrutura básica, embora a parede se 
torne gradualmente mais espessa no sentido da 
bexiga 
 
Os ureteres possuem uma extensa rede de 
anastomose em seu suprimento arterial ao longo de 
seu comprimento. A extremidade proximal recebe 
suprimento arterial do ramo ureteral da artéria renal, 
além de contribuições da artéria ovariana, nas 
mulheres, e da artéria testicular nos homens. Já a 
porção distal recebe seu suprimento de ramos 
ureterais das artérias vesicais superior e inferior. 
Anatomicamente, os ureteres são divididos em três 
parte: a primeira é a pelve renal, a segunda é a parte 
abdominal e, a terceira, a parte pélvica. 
 
 
BEXIGA 
É um órgão muscular oco e distensível situado na 
cavidade pélvica posteriormente à sínfise púbica. Nos 
homens, é diretamente anterior ao reto; nas mulheres, 
é anterior à vagina e inferior ao útero. 
A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: superior, 
inferior, inferolateral direita e inferolateral esquerda. 
Para além disso, pode ainda ser dividida em quatro 
partes: 
• Ápice 
• Corpo 
• Fundo; e 
• Colo 
O fundo da bexiga contém três aberturas que formam 
o trígono (ou triângulo) da bexiga, formado pelo 
orifício interno da uretra e pelos dois orifícios ureterais. 
 
 
A parede no sentido da bexiga vai se tornando mais 
espessa, a mucosa é formada por um epitélio de 
transição e por uma lâmina própria de tecido 
conjuntivo que varia de frouxo ao denso, e túnica 
muscular. Basicamente a mesma constituição do 
ureter, diferença é que como é maior pode haver 
pregas da mucosa e é constituída por três camadas de 
musculo liso, revestindo a porção externa podemos 
observar serosa ou adventícia. 
A bexiga é vascularizada por ramos da artéria ilíaca 
interna: as artérias vesicais superior e inferior (no sexo 
masculino). Repare que as últimas são substituídas 
pelas artérias vaginais no sexo feminino. A drenagem 
venosa é feita por veias de nomes semelhantes que 
acompanham as respetivas artérias. Em conjunto, 
estas veias formam o plexo venoso vesical e são todas 
tributárias da veia ilíaca interna. 
 
 
➢ REFLEXO DE MICÇÃO 
A eliminação de urina da bexiga urinária é chamada 
micção. A micção ocorre por meio de uma combinação 
de contrações musculares involuntárias e voluntárias. 
 Quando o volume de urina na bexiga excede 200 a 
400mℓ, a pressão intravesical aumenta 
consideravelmente, e receptores de estiramento em 
suas paredes transmitem os impulsos nervosos para a 
medula espinal. Esses impulsos se propagam até o 
centro da micção nos segmentos medulares sacrais S2 
e S3 e desencadeiam um reflexo espinal chamado 
reflexo de micção. Neste arco reflexo, impulsos 
parassimpáticos do centro da micçãose propagam 
para a parede da bexiga urinária e músculo esfíncter 
interno da uretra. Os impulsos nervosos provocam a 
contração do músculo detrusor da bexiga e o 
relaxamento do músculo esfíncter interno da uretra. 
Ao mesmo tempo, o centro de micção inibe neurônios 
motores somáticos que inervam o músculo esquelético 
esfíncter externo da uretra. Com a contração da parede 
da bexiga urinária e o relaxamento dos esfíncteres, 
ocorre a micção. 
O enchimento da bexiga urinária provoca uma 
sensação de plenitude, que inicia um desejo consciente 
de urinar antes de o reflexo miccional efetivamente 
ocorrer. Embora o esvaziamento da bexiga urinária seja 
um reflexo, na primeira infância aprendemos a iniciá-lo 
e interrompê-lo de modo voluntário. 
 
URETRA 
A uretra é o canal excretor da bexiga ela transporta a 
urina da bexiga até o exterior do corpo. Ela se estende 
desde o orifício interno da uretra na bexiga até ao 
orifício externo da uretra da genitália externa, e esse 
trajeto varia com o sexo do indivíduo. 
A uretra feminina é muito pequena (cerca de 4 
centímetros) o que é um fator predisponente para 
contrair infeções do trato urinário. Ela passa primeiro 
através do assoalho pélvico e depois através do espaço 
perineal profundo onde está rodeada pelo esfíncter 
externo da uretra. Finalmente, ela se abre através do 
orifício externo da uretra encontrado entre os 
pequenos lábios, anteriormente à abertura vaginal. 
Já a uretra masculina é muito mais longa (cerca de 20 
centímetros) e tem quatro partes: 
• Pré-prostática (intramural) - parte da uretra 
que se estende desde o orifício interno da 
uretra até à próstata 
• Prostática - parte da uretra que penetra a 
próstata e se junta ao ducto ejaculatório 
do sistema reprodutor masculino 
• Membranosa - parte da uretra que passa 
através do espaço perineal profundo e onde é 
rodeada pelo esfíncter externo da uretra 
• Esponjosa (peniana) - uretra que viaja através 
do corpo esponjoso do pénis 
A uretra abre-se através do orifício externo da uretra 
na extremidade da glande. 
 
 
No sexo masculino, a vascularização da uretra é feita 
pelas artérias vesical inferior e retal média. Já a uretra 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-reprodutor-masculino
feminina é vascularizada pelas artérias pudenda 
interna e vaginal. 
+ MASCULINO: ramos uretrais da artéria vesical 
inferior; ramos da artéria dorsal e profunda do pênis. 
+ FEMININO: ramos da artéria pudenda interna e 
ramos da artéria vesical inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o 
contra o atrito, a perda de água, a invasão de micro-
organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na 
percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na 
síntese de vitamina D, na termorregulação, na 
excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e 
de leite. 
O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus 
anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas 
e mamárias. A pele é o maior órgão do corpo. É 
composta pela epiderme, de epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado, e pela derme, de tecido 
conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a 
hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido 
conjuntivo frouxo e adiposo. 
A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. 
A palma das mãos e a planta dos pés, que sofrem um 
atrito maior, possuem uma epiderme constituída por 
várias camadas celulares e por uma camada superficial 
de queratina bastante espessa. Esse tipo de pele foi 
denominado pele grossa (ou espessa). Não possui 
pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas 
sudoríparas são abundantes. A pele do restante do 
corpo tem uma epiderme com poucas camadas 
celulares e uma camada de queratina delgada e foi 
designada pele fina (ou delgada). 
➢ EPIDERME 
Constituída por epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado, sendo suas células mais abundantes os 
queratinócitos. Apresenta quatro ou cinco camadas, 
denominadas estratos, estando na seguinte ordem 
partindo da derme para a superfície: basal, espinhosa, 
granulosa, lúcida (apenas na pele espessa) e córnea. 
O estrato basal possui células prismáticas ou cuboides, 
basófilas, repousadas sobre a membrana basal. É rica 
em células-tronco e, por isso, também chamada de 
germinativa. Apresenta intensa atividade mitótica, 
sendo responsável, junto com a camada espinhosa, 
pela renovação da epiderme. As células da camada 
basal contêm filamentos intermediários de queratina, 
que aumentam de número em direção à superfície. Os 
melanócitos são encontrados nesta camada e na 
junção da derme e epiderme. 
A camada espinhosa possui células cuboides ou 
ligeiramente achatadas, com núcleo central e 
citoplasma com tonofilamentos (queratina) e curtas 
expansões que dão à célula um aspecto espinhoso. 
A camada granulosa tem de 3 a 5 fileiras de células 
poligonais achatadas, de núcleo central e citoplasma 
com grânulos basófilos. 
O estrato lúcido, evidente apenas na pele espessa, é 
formado por uma camada delgada de células 
achatadas, eosinófilas e translúcidas, sem núcleo e 
organelas. 
A camada córnea é constituída por células achatadas, 
mortas, sem núcleo e com citoplasma cheio de 
queratina. 
+ O estrato basal contém as células-tronco da 
epiderme. Pela sua atividade mitótica, esse estrato foi 
também denominado germinativo. Por causa do 
grande número de células e, portanto, da pressão 
maior nas faces laterais, as células são colunares. Elas 
começam a sintetizar filamentos intermediários de 
citoqueratina (tonofilamentos). As células estão 
aderidas à membrana basal por hemidesmossomos e 
às células vizinhas por desmossomos. As células-filhas, 
os queratinócitos, vão para as camadas superiores. 
+ Penetrando a epiderme até o estrato granuloso, há 
terminações nervosas livres. Elas são ramificações de 
fibras amielínicas aferentes desprovidas de células de 
Schwann. Funcionam como receptores táteis de 
temperatura e de dor. 
➢ DERME 
Formada por duas camadas: derme papilar (tecido 
conjuntivo frouxo – superficial) e derme reticular 
(tecido conjuntivo denso – mais profunda). O limite 
entre essas duas camadas é pouco distinto. Ambas 
possuem muitas fibras elásticas. Além disso, a derme 
apresenta vasos sanguíneos e linfáticos, nervos, 
folículo piloso, glândulas sebáceas e sudoríparas. 
+ As camadas papilar e reticular contêm fibras 
elásticas, o que dá elasticidade à pele. 
➢ PÊLOS E UNHAS 
Pelos são estruturas formadas por queratina 
modificada e crescem continuamente. Desenvolvem-
se a partir de uma invaginação de epiderme (folículo 
piloso) e apresenta três camadas: raiz, córtex e 
cutícula. As unhas são placas de células queratinizadas 
encontradas na superfície dorsal das falanges terminais 
dos dedos. 
➢ GLÂNDULAS DA PELE 
São sebáceas e sudoríparas. As glândulas sebáceas – 
glândula exócrina acinosa simples ramificada holócrina 
– situam-se na derme e seus ductos geralmente 
desembocam em um folículo piloso, sendo que em 
algumas regiões desembocam direto na superfície da 
pele. Na palma da mão e na planta do pé não há esse 
tipo de glândula. Já as glândulas sudoríparas – glândula 
exócrina tubulosa simples enovelada – são 
encontradas em toda a pele e podem ser merócrinas 
ou apócrinas. 
 
FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
Para produzir urina, os néfrons e os ductos coletores 
realizam três processos básicos – filtração glomerular, 
reabsorção tubular e secreção tubular (Figura 26.7): 
• Filtração glomerular: Na primeira etapa da produção 
de urina, a água e a maior parte dos solutos do plasma 
sanguíneo atravessam a parede dos capilares 
glomerulares, onde são filtrados e passam para o 
interior da cápsula glomerulare, em seguida, para o 
túbulo renal. 
+ A filtração glomerular é a primeira etapa da formação 
da urina. É, literalmente, fazer a filtração do sangue 
puxando para dentro da cápsula glomerular o plasma 
contendo solutos. Esses solutos atravessam a 
membrana da cápsula de acordo com o seu tamanho, 
pois sua filtrabilidade é inversamente proporcional ao 
tamanho, ou seja, partículas maiores são manos 
filtradas. 
• Reabsorção tubular: Conforme o líquido filtrado flui 
pelos túbulos renais e ductos coletores, as células 
tubulares reabsorvem aproximadamente 99% da água 
filtrada e muitos solutos úteis. A água e os solutos 
retornam ao sangue que flui pelos capilares 
peritubulares e arteríolas retas. Observe que o termo 
reabsorção se refere ao retorno de substâncias para a 
corrente sanguínea. Por outro lado, o termo absorção 
indica a entrada de novas substâncias no corpo, como 
ocorre no sistema digestório. 
• Secreção tubular: Conforme o líquido filtrado flui 
pelos túbulos renais e ductos coletores, as células dos 
túbulos renais e dos ductos secretam outros materiais 
– como escórias metabólicas, fármacos e excesso de 
íons – para o líquido. Observe que a secreção tubular 
remove uma substância do sangue. 
+ é aqui, na secreção tubular, que ocorre a eliminação 
da amônia na forma de ureia depois que ela sai do ciclo 
da ornitina. 
 
 
➢ MEMBRANA DE FILTRAÇÃO 
Juntos, os capilares glomerulares e os podócitos, que 
circundam completamente os capilares, formam uma 
barreira permeável conhecida como membrana de 
filtração. Esta configuração em sanduíche possibilita a 
filtração de água e pequenos solutos, mas impede a 
filtração da maior parte das proteínas plasmáticas, 
células sanguíneas e plaquetas. As substâncias filtradas 
do sangue atravessam três barreiras de filtração – a 
célula endotelial glomerular, a lâmina basal e uma 
fenda de filtração formada por um podócito (Figura 
26.8): 
 
 
➢ PRESSÃO EFETIVA DE FILTRAÇÃO 
A filtração glomerular depende de três pressões 
principais. Uma pressão promove filtração e duas 
pressões se opõem à filtração (Figura 26.9): 
• A pressão hidrostática glomerular do sangue (PHGS) 
é a pressão do sangue nos capilares glomerulares. Em 
geral, a PHGS é de aproximadamente 55 mmHg. Ela 
promove a filtração, forçando a água e os solutos do 
plasma sanguíneo através da membrana de filtração. 
• A pressão hidrostática capsular (PHC) é a pressão 
hidrostática exercida contra a membrana de filtração 
pelo líquido que já está no espaço capsular e no túbulo 
renal. A PHC se opõe à filtração e representa uma 
“pressão de retorno” de aproximadamente 15 mmHg. 
• A pressão coloidosmótica do sangue (PCOS), que é 
decorrente da presença de proteínas – como a 
albumina, as globulinas, o fibrinogênio no plasma e no 
sangue – também se opõe à filtração. A PCOS média 
nos capilares glomerulares é de 30 mmHg. 
Juntas, essas pressões formam a pressão de filtração 
efetiva (PFE), que é a pressão total que promove a 
filtração. 
 
 
 
 
➢ TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR 
A quantidade de filtrado formado em todos os 
corpúsculos renais de ambos os rins a cada minuto 
determina a taxa de filtração glomerular (TFG). Como a 
homeostasia dos líquidos corporais exige que os rins 
mantenham uma taxa de filtração glomerular 
relativamente constante, nos homens fica em torno de 
125 mℓ /min e, 105 mℓ /min nas mulheres. 
Apesar dessa taxa de filtração se manter constante por 
conta da homeostasia corporal, ela pode aumentar 
quando o fluxo sanguíneo nos capilares glomerulares 
aumenta. 
Além disso, ela controlada por três mecanismos: a 
autorregulação renal, a regulação neural e a regulação 
hormonal. 
• Autorregulação renal da TFG: diz respeito à 
capacidade que os rins têm em manter o fluxo 
sanguíneo renal e a taxa de filtração constantes, apesar 
das mudanças cotidianas normais na pressão arterial, 
como as que ocorrem durante o exercício. Esse recurso 
é composto por dois mecanismos: o mecanismo 
miogênico – que normaliza o fluxo sanguíneo renal e a 
taxa de filtração segundos depois de uma alteração na 
pressão sanguínea; e o feedback tubuloglomerular 
que atua inibindo ou estimulando a liberação de oxido 
nítrico (NO) das células do aparelho justaglomerular. 
• Regulação neural da TFG: diz respeito à atuação das 
fibras simpáticas do SNA que liberam norepinefrina. 
Como a norepinefrina causa vasoconstrição, quando o 
individuo está em uma situação de intensa estimulação 
simpática (como em um exercício físico, por exemplo), 
essa norepinefrina causa a constrição das arteríolas 
glomerulares aferentes, diminuindo a taxa de filtração. 
Como consequência, reduz o débito urinário, o que 
ajuda a conservar o volume de sangue; e possibilita um 
maior fluxo sanguíneo para os outros tecidos do corpo. 
• Regulação hormonal da TFG: diz respeito à 
capacidade dos hormônios angiotensina II e peptídio 
natriurético atrial (PNA), reduzir ou aumentar a taxa de 
filtração. Como a angiotensina II é um vasoconstritor 
muito potente, ela estreita as arteríolas glomerulares 
aferentes e eferentes, o que reduz o fluxo sanguíneo 
renal e a taxa de filtração. Já peptídio natriurético atrial 
(PNA) aumenta a taxa de filtração. 
 
 
➢ REABSORÇÃO E SECREÇÃO TUBULAR 
A reabsorção é o retorno da maior parte da água 
filtrada e de muitos dos solutos filtrados para a 
corrente sanguínea, e compreende a segunda função 
básica do néfron e do ducto coletor. As células 
epiteliais ao longo dos túbulos e ductos renais realizam 
a reabsorção e, normalmente, cerca de 99% da água 
filtrada é reabsorvida. Já os solutos, são reabsorvidos 
por processos ativos e passivos. São eles: a glicose, 
aminoácidos e íons como Na+ (sódio), K+ (potássio), 
Ca2+ (cálcio), Cl– (cloreto), HCO3– (bicarbonato) e 
HPO42– (fosfato). Uma vez que o líquido passa através 
do túbulo contorcido proximal, as células localizadas 
mais distalmente aperfeiçoam os processos de 
reabsorção para manter o equilíbrio da homeostasia de 
água e íons específicos. 
A terceira função dos néfrons e ductos coletores é a 
secreção tubular, a transferência de materiais das 
células do sangue e do túbulo para o filtrado 
glomerular. As substâncias secretadas incluem íons 
hidrogênio (H+), K+, íons amônia (NH4+), creatinina e 
determinados fármacos, como a penicilina. Essa 
secreção tubular tem dois resultados importantes: 
• A secreção de H + ajuda a controlar o pH sanguíneo. 
• A secreção de outras substâncias ajuda a eliminálas 
do corpo pela urina. 
Em decorrência da secreção tubular, determinadas 
substâncias passam do sangue para a urina e podem 
ser detectadas pelo exame de urina. É especialmente 
importante para testar atletas à procura de substâncias 
que intensifiquem o desempenho, como esteroides 
anabolizantes, expansores plasmáticos, eritropoetina, 
hCG, hGH e anfetaminas. Os exames de urina também 
podem ser usados para detectar álcool etílico ou 
substâncias psicoativas, como maconha, cocaína e 
heroína. 
A concentração da urina formada é regulada através da 
secreção de ADH (hormônio antidiurético) pela neuro-
hipófise. Esse hormônio atua aumentando a 
permeabilidade dos túbulos distais e ductos coletores, 
fazendo com que ocorra uma maior reabsorção de 
água. A liberação de ADH é maior quando bebemos 
pouca água, pois é uma forma de o corpo diminuir a 
eliminação dessa substância que está escassa no 
momento. 
 
ADH 
Na falta de água, o sangue se torna hipotônico o que 
estimula a neuro-hipófise a produzir ADH e, por sua vez, 
aquaporinas que estimula a reabsorção de água. 
 Água  ADH → reabsorve para não ficar sem 
 
 
 
 
CONTROLE DE COMPARTIMENTOS 
HÍDRICOS 
O líquido corporal está dividido em líquido intracelular 
e líquido extracelular que é subdivido em plasma 
sanguíneo e interstício. 
Existe outro compartimento menor de líquidos 
chamado líquidotranstubular, esse compartimento 
inclui líquidos dos espaços sinoviais, peritoneais, 
pericárdio, intracelulares e cefalorraquidiano. 
• Líquido extracelular: corresponde a 
aproximadamente 20% do peso de um indivíduo. O 
volume sanguíneo contém tanto líquido extracelular, 
plasma, como o líquido intracelular, interior das 
hemácias. 
• Líquido intracelular: corresponde a 
aproximadamente 40% do peso de um indivíduo. 
A volemia é o volume do sangue contido no espaço 
vascular que corresponde ao valor do plasma 
sanguíneo. apresenta variações como hipervolemia 
e hipovolemia. A primeira indica o aumento do 
volume do plasma em relação ao volume ideal, 
enquanto que a segunda indica uma diminuição do 
volume plasmático quando comparado com o 
volume ideal. 
• Plasma: parte não celular do sangue. Faz parte do 
líquido extracelular e comunica-se continuamente com 
o liquido intersticial através dos poros existentes nos 
capilares. 
• Interstício: líquido presente entre as células. 
Cerca de 25 dos 40L de líquido corporal situam-se no 
interior dos 75 trilhões de células do organismo. Esse 
líquido é, coletivamente, denominado líquido 
intracelular. O líquido de cada célula contém sua 
própria mistura individual de diferentes constituintes, 
mas as concentrações desses constituintes são 
razoavelmente semelhantes entre as células. Por essa 
razão, o líquido intracelular de todas as células é 
considerado como um grande compartimento líquido. 
Todos os líquidos existentes fora das células recebem a 
denominação de líquido extracelular. 
O líquido extracelular, tanto o do plasma sanguíneo 
como o do líquido intersticial, contêm grandes 
quantidades de sódio e cloreto, quantidades 
razoavelmente grandes de íon bicarbonato, enquanto 
possui apenas quantidades pequenas de íons potássio, 
cálcio, magnésio, fosfato, sulfato e ácidos orgânicos. 
Além disso, o plasma contém grandes quantidades de 
proteína, enquanto o líquido intersticial apresenta 
quantidade muito menor. 
• EDEMA: Edema significa presença de líquido em 
excesso nos tecidos do organismo. Em muitos casos, o 
edema ocorre principalmente no compartimento do 
líquido extracelular, embora também possa afetar os 
líquidos intracelulares. Duas condições têm tendência 
a causar edema intracelular. A primeira, que é a 
depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos ou a 
falta de nutrição adequada para as células, pode causar 
edema intracelular grave. Esse processo ocorre 
especialmente em qualquer área do organismo, onde 
o fluxo sanguíneo local está deprimido e onde a 
liberação de oxigênio e de outros nutrientes é 
demasiado baixa para manter o metabolismo tecidual 
normal, deprimindo as bombas iônicas da membrana 
celular, sobretudo a bomba que remove sódio das 
células. Então, quando os íons sódio passam para o 
interior das células, a bomba não consegue removê-
los; dessa maneira, também provocam osmose de água 
para dentro das células. Esse processo pode algumas 
vezes aumentar o volume intracelular de determinada 
área tecidual, inclusive de toda uma perna isquêmica, 
por até duas ou mais vezes o normal. 
 
EXPLICANDO MELHOR 
A água é continuamente perdida do corpo por várias 
vias, incluindo os pulmões, por evaporação para o ar 
expirado, o trato gastrointestinal, pelas fezes, a pele, 
por evaporação e sudorese, e os rins, pela eliminação 
de urina. Por isso, o consumo de líquido é necessário 
para compensar essa perda. 
Para garantir a homeostasia corporal, os rins 
participam no controle de compartimentos hídrico 
corporais através de alguns mecanismos, como: 
➢ Diluir ou concentrar a urina através do ADH; e 
➢ Mecanismos de feedback que controlam a 
concentração de sódio no líquido extracelular 
e a osmolaridade 
 
➢ CONCENTRAÇÃO URINÁRIA 
O hormônio antidiurético (ADH), também conhecido 
por vasopressina aumenta a permeabilidade dos 
túbulos distais e ductos coletores à água, ou seja, na 
falta dela a neuro-hipófise secreta ADH que estimula à 
adesão de aquaporinas nos túbulos distais e ductos 
coletores para que a água seja reabsorvida, evitando 
que os compartimentos corporais altere seus níveis 
normais de volume de liquido. Por isso, a urina se torna 
mais concentrada. 
Quando ocorre excesso de água no corpo e, portanto, 
diminuição da osmolaridade do líquido extracelular, a 
secreção do ADH pela neuro-hipófise diminui, 
reduzindo, consequentemente, a permeabilidade dos 
túbulos distais e ductos coletores à água; isso, por sua 
vez, leva à excreção de grande quantidade de urina 
diluída. 
 
 
➢ MECANISMO DE FEEDBACK 
Como se sabe, a concentração de sódio e outros sais no 
meio define se ele será hipertônico ou hipotônico, 
portanto, regula a quantidade de água no meio. Por 
isso, há um mecanismo para regular a concentração de 
sódio no líquido extracelular, chamado de feedback 
osmorreceptor-ADH. 
Quando a concentração plasmática de sódio aumenta 
acima do normal em virtude de déficit de água, por 
exemplo, esse sistema de feedback opera da seguinte 
forma: 
1. O aumento da osmolaridade do líquido extracelular 
(que, em termos práticos, indica elevação na 
concentração plasmática de sódio) provoca o 
murchamento (crenação) de neurônios específicos, 
referidos como células osmorreceptoras, localizadas 
no hipotálamo anterior, próximo aos núcleos 
supraópticos. 
2. Esse murchamento estimula as células 
osmorreceptoras fazendo que elas enviem sinais a 
outros neurônios situados nos núcleos supraópticos 
que, por sua vez, retransmitem esses sinais pelo 
pedículo da glândula hipófise para a neuro-hipófise. 
3. Esses potenciais de ação conduzidos até a neuro-
hipófise estimulam a liberação de ADH, armazenado 
em grânulos secretórios (ou vesículas secretórias), nas 
terminações nervosas. 
4. O ADH entra na corrente sanguínea e é transportado 
até os rins, onde promove o aumento da 
permeabilidade da porção final dos túbulos distais e 
dos túbulos coletores. 
5. A permeabilidade elevada à água, nos segmentos 
distais do néfron, leva a aumento da reabsorção de 
água e à excreção de pequeno volume de urina 
concentrada. 
Dessa forma, a água é conservada no corpo, enquanto 
o sódio e outros solutos continuam a ser excretados na 
urina. Isso causa diluição dos solutos no líquido 
extracelular, corrigindo a concentração extracelular 
inicialmente alta. 
 
 
MECANISMOS DA PRODUÇÃO SEDE 
O consumo de líquido é regulado pelo mecanismo da 
sede que, juntamente com o mecanismo 
osmorreceptor-ADH, mantém o controle preciso da 
osmolaridade e da concentração de sódio no líquido 
extracelular. Muitos dos fatores que estimulam a 
secreção de ADH também aumentam a sede. A mesma 
área ao longo da parede ântero-ventral do terceiro 
ventrículo (cavidade do diencéfalo) que promove a 
liberação do ADH também estimula a sede. 
Situada ântero-lateralmente no núcleo pré-óptico, há 
uma outra área diminuta que, quando estimulada 
eletricamente, provoca sede imediata, que continua 
enquanto durar a estimulação. Todas essas áreas em 
conjunto recebem o nome de centro da sede. 
➢ ESTÍMULOS PARA A SEDE 
Referindo-se novamente à Figura 28-10, a mesma área, 
ao longo da parede anteroventral do terceiro 
ventrículo, que promove a liberação do ADH também 
estimula a sede. Situada anterolateralmente no núcleo 
pré-óptico, existe outra área diminuta que, quando 
estimulada eletricamente, provoca sede imediata que 
continua enquanto durar a estimulação. Todas essas 
áreas em conjunto recebem o nome de centro da sede. 
A osmolaridade elevada do líquido extracelular 
promove a desidratação intracelular nos centros da 
sede e gera o estímulo. 
Ainda, as quedas no volume do líquido extracelular e 
na pressão arterial também estimulam a sede por uma 
via independente daquela estimulada pelo aumento na 
osmolaridade plasmática. Isso provavelmente ocorre 
por meio dos impulsos neurais provenientesdos 
barorreceptores arteriais sistêmicos e 
cardiopulmonares na circulação. 
Um terceiro estímulo importante para a sede é a 
angiotensina II. Como a angiotensina II também é 
estimulada por fatores associados à hipovolemia e 
baixa pressão sanguínea, seu efeito sobre a sede auxilia 
no restabelecimento da pressão e do volume 
sanguíneos, juntamente com as outras ações desse 
peptídeo sobre os rins para diminuir a excreção de 
líquido. 
Além disso, a baixa do volume do líquido extracelular e 
da pressão arterial também estimula a sede por uma 
via independente da estimulada pelo aumento da 
osmolaridade plasmática. Assim, a perda de volume 
sanguíneo por hemorragia estimula a sensação de 
sede, embora possa não ter ocorrido alteração alguma 
da osmolaridade plasmática. Isso provavelmente 
ocorre por meio dos impulsos neurais provenientes dos 
barorreceptores arteriais sistêmicos e 
cardiopulmonares na circulação. 
 
A REGULAÇÃO E CONTROLE DA 
PRESSÃO OSMÓTICA E VOLUME DOS 
LÍQUIDOS CORPORAIS 
O volume do líquido extracelular é determinado, 
principalmente, pelo balanço entre a entrada e a saída 
de água e sal. Ao discutir a regulação do volume do 
líquido extracelular, também são levados em conta os 
fatores reguladores da quantidade de cloreto de sódio 
no líquido extracelular, já que as alterações do 
conteúdo extracelular do cloreto de sódio, 
usualmente, produzem modificações paralelas no 
volume do líquido extracelular, desde que os 
mecanismos do hormônio antidiurético (ADH) e da 
sede também estejam operantes. Quando esses 
mecanismos estão funcionando normalmente, a 
variação da quantidade do cloreto de sódio no líquido 
extracelular será compensada por variação semelhante 
do teor de água extracelular, mantendo a osmolalidade 
e a concentração de sódio relativamente constantes. 
➢ OSMORRECEPTORES 
Nas proximidades da região anteroventral do terceiro 
ventrículo (AV3V) e dos núcleos supraópticos, existem 
células neuronais que se excitam com pequenos 
aumentos na osmolaridade do líquido extracelular; por 
essa razão, o termo osmorreceptor é usado para 
descrever esses neurônios. Essas células enviam sinais 
nervosos aos núcleos supraópticos para controlar sua 
atividade e a secreção do ADH. É provável também que 
esses sinais induzam à sede, em resposta ao aumento 
da osmolaridade do líquido extracelular. 
Quando os osmorreceptores percebem a alteração da 
pressão sanguínea e da osmolaridade, enviam 
estímulos excitatórios às células neurossecretoras que 
geram impulsos nervosos que promovem a exocitose 
das vesículas cheias de hormônio antidiurético nos 
seus terminais axônicos na neurohipófise. Isso libera 
hormônio antidiurético, que se difunde para os 
capilares sanguíneos da neurohipófise. 
O sangue transporta hormônio antidiurético para três 
tecidos-alvo: rins, glândulas sudoríferas (suor) e 
musculatura lisa das paredes dos vasos sanguíneos. 
➢ ADH 
Hormônio antidiurético (também conhecido como 
ADH ou vasopressina) é liberado pela glândula 
pituitária na base do cérebro. O ADH regula a 
reabsorção de água aumentando a permeabilidade de 
água de células no túbulo contorcido distal e no duto 
coletor, através do aumento da expressão de 
aquaporinas que são canais de água. Como o hormônio 
atua aumentando a retenção de água pelo corpo e a 
concentração de íons isso, consequentemente, eleva a 
pressão arterial. 
A liberação de ADH é também controlada por reflexos 
cardiovasculares que respondem a quedas na pressão 
sanguínea e/ou no volume sanguíneo, e incluem (1) os 
reflexos barorreceptores arteriais e (2) os reflexos 
cardiopulmonares. Essas vias reflexas se originam em 
regiões de alta pressão sanguínea, como o arco aórtico 
e o seio carotídeo, e de baixa pressão especialmente 
nos átrios cardíacos. Os estímulos aferentes são 
conduzidos pelos nervos vago e glossofaríngeo, 
fazendo sinapses nos núcleos do trato solitário. As 
projeções, a partir desses núcleos, retransmitem os 
sinais para os núcleos hipotalâmicos, que controlam a 
síntese e a secreção do ADH. 
 
MANUTENÇÃO DA VOLEMIA E DA 
PRESSÃO ARTERIAL → REGULAÇÃO 
HORMONAL E FUNÇÃO RENAL 
Os rins não podem regular a volemia em si, mas podem 
regular a pressão arterial pelo aumento ou pela 
diminuição do volume sanguíneo. Essa regulação é por 
meio de um mecanismo hormonal, chamado sistema 
renina-angiotensina-aldosterona. 
Além desse mecanismo, há o Peptídio Natriurético 
Atrial (PNA) que é secretado por células musculares 
cardíacas atriais. Seu papel é normalizar a volemia 
sanguínea e a pressão arterial quando a musculatura 
cardíaca for excessivamente distendida. Isso porque 
ele inibe a síntese de aldosterona tanto indiretamente 
pela inibição da secreção de renina, como diretamente 
por ação nas células da camada glomerulosa da 
adrenal. 
Peptídio Natriurético Atrial (PNA) 
Liberado pelas células do átrio do coração, o PNA reduz 
a pressão arterial ao causar vasodilatação e promover 
a perda de sal e água na urina, o que reduz o volume 
sanguíneo. 
 
Falando então da pressão arterial, existe sempre um 
nível de PA cuja excreção urinária de sódio é igual à sua 
ingestão. Esse ponto é chamado de pressão de 
equilíbrio. Quando a PA Média é elevada ao patamar 
acima deste valor, a excreção urinária torna-se maior 
que a ingestão, resultando em balanço negativo de 
sódio, redução do volume extracelular - VEC e queda 
da PA com consequente retorno ao ponto de equilíbrio. 
Por outro lado, quando há redução dos níveis 
pressóricos, haverá diminuição da natriurese para 
níveis abaixo da quantidade de sódio consumido, que 
resultará em balanço positivo de sódio, acompanhado 
de aumento do volume extracelular até que a pressão 
se eleve, restabelecendo o equilíbrio. 
 Ao se estudar a manutenção da volemia e da pressão 
arterial, pode-se ver que o volume sanguíneo 
permanece quase exatamente constante, apesar das 
alterações extremas da ingestão diária de líquidos. A 
razão para isso é porque, uma variação pequena do 
volume sanguíneo provoca alteração acentuada do 
débito cardíaco, o que provoca uma grande alteração 
da pressão sanguínea. Essa alteração gera uma grande 
alteração no débito urinário. 
A regulação e controle da PA em longo prazo tem 
relação direta com a capacidade dos rins em eliminar 
sódio o suficiente para manter um balanço deste íon 
numa faixa normal, favorecendo o volume extracelular 
e o volume de sangue na vigência de PA normal. 
Assim, o sistema renal, além de constituir a única via de 
excreção de sódio de que dispõe o organismo, é 
também o único capaz de responder diretamente às 
alterações da PA com variação da excreção deste íon. 
Além do controle direto da pressão arterial através da 
natriurese, o rim responde a diversos fatores que 
interferem na hemodinâmica renal ou mesmo no 
mecanismo de excreção de sódio, como o Sistema 
Renina Angiotensina Aldosterona descrito a seguir. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_card%C3%ADaco
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_card%C3%ADaco
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA 
➢ SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA--
ALDOSTERONA (RAA). 
Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo 
para os rins diminui, as células justaglomerulares dos 
rins secretam renina na corrente sanguínea. Na 
sequência, a renina e a enzima conversora de 
angiotensina (ECA) atuam sobre seus substratos para 
produzir o hormônio ativo angiotensina II, que 
aumenta a pressão arterial de duas maneiras. Em 
primeiro lugar, a angiotensina II é um potente 
vasoconstritor; isso aumenta a pressão arterial ao 
aumentar a resistência vascular sistêmica. Em segundo 
lugar, estimula a secreção de aldosterona, a qual 
aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na+) e água 
pelos rins. A reabsorção de água aumenta o volume 
sanguíneo total, o que eleva a pressão arterial. 
O sistema renina-angiotensina-aldosteronacontrola a 
secreção do hormônio aldosterona pelas glândulas 
adrenais que ficam na parte superior dos rins. A 
aldosterona regula a homeostase de dois íons mineral 
(sódio (Na+) e potássio (K+)) e ajuda a ajustar a pressão 
arterial e o volume sanguíneo. 
➢ OUTRO PONTO DE VISTA 
O Sistema Renina Angiotensina Aldosterona - SRAA 
desempenha função significativa na proteção do 
organismo quanto a perdas severas de sal e queda do 
volume extracelular. Em situações normais, é ativado 
quando há queda do volume extracelular, diminuição 
da ingestão de sal, estimulação simpática renal e queda 
da pressão de perfusão renal. 
É um dos principais sistemas envolvidos na regulação 
da pressão arterial, com sua cascata bioquímica sendo 
iniciada com a liberação da renina. 
O sistema tem início nas células justaglomerulares 
(situadas na arteríola aferente dos néfrons) que são 
responsáveis pela produção da renina. Ela cai na 
corrente sanguínea e converte o angiotensinogênio 
(produzido pelo fígado) em angiotensina I. 
Em sequência, a angiotensina I é, então, convertida de 
angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina 
(ECA). Essa angiotensina II atua, principalmente em 
quatro frentes: 
1) Gerando vasoconstricção dos vasos do corpo; 
2) Promove vasoconstricção da arteríola 
eferente, aumentando a reabsorção renal; 
3) Estimula a glândula adrenal a secretar 
aldosterona que atua no túbulo contorcido 
distal, estimulando a reabsorção de sódio e 
excreção de potássio; e por último 
4) Estimula a neuro-hipófise a secretar ADH que 
estimula a reabsorção de água. 
Dessa forma, temos como resultado um aumento da 
vasoconstrição e aumento da reabsorção de sódio e 
água. Consequentemente, ocorre o aumento da 
pressão arterial sistêmica. 
Se a pressão estiver mais elevada, os estímulos para a 
secreção de renina são reduzidos e, 
consequentemente, a pressão também reduz. 
 
 
➢ EM ETAPAS 
1ª etapa: 
A diminuição da Pa causa diminuição da perfusão renal, 
que é percebida pelos mecanorreceptores nas 
arteríolas aferentes do rim. A diminuição da Pa faz com 
que a pró-renina seja convertida em renina nas células 
justaglomerulares. A secreção de renina pelas células 
justaglomerulares é aumentada por estimulação dos 
nervos simpáticos renais e pelos agonistas do ß1 e 
reduzida pelos antagonistas de ß1, como o 
propranolol. 
 2ª etapa: 
A renina é uma enzina que no plasma catalisa a 
conversão de angiotensinogênio em angiotensina I 
(possui pouca atividade biológica). 
 3ª etapa: 
Nos pulmões e rins, a angiotensina I é convertida em 
angiotensina II, reação catalisada pela Enzima 
conversora de angiotensina (ECA). 
 4ª etapa: 
A angiotensina II atua sobre as células da zona 
glomerulosa do córtex suprarrenal, estimulando a 
síntese e a secreção de aldosterona. A aldosterona, 
atua sobre as células principais do túbulo renal dista e 
ducto coletor aumentando a reabsorção de Na⁺, 
levando o aumento do LEC e volume sanguíneo. 
5ª etapa: 
A angiotensina II tem ação direta sobre o rim, 
estimulando a troca de Na⁺– H⁺ no túbulo proximal 
renal e aumentando a reabsorção de Na⁺ e de HCO3⁻. 
6ª etapa: 
A angiotensina II atua sobre o hipotálamo, 
aumentando a sede e a ingestão de água. E estimula a 
secreção do hormônio antidiurético, que aumenta a 
reabsorção de água nos ductos coletores. 
7ª etapa: 
Por fim, a angiotensina II atua diretamente sobre as 
arteríolas, levando a vasoconstrição 
 
 
 
INFLUÊNCIA DA RAÇA 
Por que a raça negra não é tão indicado o inibidor de 
angiotensina? 
Porque é comprovado cientificamente que negros 
possuem um nível baixo de angiotensina II, fazendo 
então que a medicação não faça efeito. 
 
 
O sistema renina-angiotensina-aldosterona, 
atua do mesma maneira que o glucagon, 
retirando a glicose todos tecidos para 
reestabelecer a glicemia. O sistema RAA, 
simplesmente faz com que a angiotensina II seja 
produzida para que ela influencie alguns 
mecanismos (produção de aldosterona, 
produção de ADH e reabsorção de água e sódio) 
para que o sódio que seja utilizado para 
aumentar a pressão arterial, em vez de ser 
eliminado na urina. 
 
EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO E 
ÁCIDO-BÁSICO 
Para regular o equilíbrio ácido-base (pH), os rins 
excretam quantidades variáveis de íons de hidrogênio 
(H+) na urina e conservam os íons de bicarbonato 
(HCO3 -), que isolam o H+ no sangue. O equilíbrio entre 
esses dois íons regula o pH do sangue. 
➢ EQUILÍBRIO ELETROLÍTICO 
Os eletrólitos têm um papel importante na 
manutenção da homeostase no organismo. Nos 
mamíferos, os líquidos e eletrólitos estão distribuídos 
nos compartimentos intra e extracelular, cuja 
manutenção de volume e composição, é essencial para 
processos metabólicos fundamentais à vida. Por serem 
moléculas ionizadas, os eletrólitos adquirem cargas 
negativas (ânions) ou positivas (cátions) sendo 
responsáveis por regular a pressão osmótica. O sódio, 
o potássio e o cloro são eletrólitos típicos encontrados 
no organismo. Esses são componentes essenciais de 
fluidos corporais, como sangue e urina e, ajudam a 
regular a distribuição de água ao longo do organismo 
além de desempenhar um papel importante no 
equilíbrio ácido básico. 
O rim é o órgão mais importante na regulação do 
volume e da composição dos fluidos corporais, mesmo 
que outros órgãos como o coração, o fígado, os 
pulmões e a glândula pituitária ajudem a manter o 
equilíbrio eletrolítico. Considerando os fluídos 
corporais, o sódio (Na+) é o principal cátion 
extracelular, o potássio (K+) é o principal cátion 
intracelular e o cloro (Cl- ) é o principal ânion 
extracelular. As concentrações de Na+ e K+ são 
mantidas pela bomba Na-K ATPase das membranas 
plasmáticas, a qual transporta de forma ativa o Na+ 
para o exterior das células e K+ para o interior 
Em relação ao sódio, ele é o eletrólito responsável pela 
manutenção do equilíbrio osmótico sendo absorvido 
no intestino delgado por transporte ativo ligado a 
absorção de aminoácidos, bicarbonato e glicose. Além 
de regular a pressão osmótica, o sódio também é 
importante na manutenção do potencial de 
membrana, essencial em funções celulares como 
contrações musculares, e transmissão de impulsos 
nervosos e na regulação do equilíbrio ácido básico, 
onde atua associado ao cloreto e ao bicarbonato. A 
regulação da concentração de sódio no organismo é 
controlada endocrinamente mediante mecanismos 
direcionados não somente para manter o nível de 
sódio sanguíneo como também manter a relação Na/K 
no fluido extracelular. A aldosterona, hormônio 
secretado pelo córtex adrenal estimula a reabsorção de 
Na+ nos túbulos renais ao mesmo tempo em que 
facilita e excreção de K+. 
Já em relação ao potássio, ele é o eletrólito em maior 
quantidade no liquido intracelular, é absorvido em 
todos os segmentos do trato digestivo (difusão), possui 
baixa concentração plasmática e importantes funções 
na síntese de proteínas e glicogênio, na transmissão de 
impulsos nervosos para contração muscular 
(determinante do potencial elétrico transmembranal) 
e na correção do desequilíbrio ácido-básico. Além 
disso, o potássio é essencial na manutenção do volume 
celular, além de ser requerido para 
corretofuncionamento de enzimas como a piruvato 
quinase que age transferindo o grupo fosfato para o 
ATP na fosforilação durante a glicólise. 
 
➢ EQUILÍBRIO ACIDO-BASE 
Os rins atuam no controle do equilíbrio ácido-básico ao 
excretar urina ácida ou básica. A excreção de uma urina 
ácida reduz a quantidade de ácido no líquido 
extracelular, enquanto a excreção de urina básica 
remove base do líquido extracelular. 
O mecanismo global pelo qual os rins excretam urina 
ácida ou básica funciona do seguinte modo: em uma 
situação de alcalose grandes quantidades de HCO3- são 
filtradas continuamente para os túbulos, e se forem 
excretadas na urina, removem abase do sangue. O 
mesmo é valido para as situações de acidose, onde 
grandes quantidades de íons H+ são secretadas no 
lúmen tubular pelas células epiteliais tubulares, 
removendo assim ácido do sangue. 
Todos os dias o corpo produz cerca de 80mEq de ácidos 
não voláteis, principalmente como resultado do 
metabolismo de proteínas. Esses ácidos são chamados 
não voláteis porque não são H2CO3 e, portanto, não 
podem ser eliminados pelos pulmões. O mecanismo 
primário que remove esses ácidos do corpo é a 
excreção renal. 
Se for secretado mais íons H+ do que HCO3-, ocorrerá 
perda real de ácido do líquido extracelular. Por outro 
lado, se for filtrado mais HCO3- do que íons H+ é 
secretado, haverá perda real de base. 
Com o aumento do pH arterial ocorre um aumento da 
disponibilidade intracelular de íons Hidrogênio, 
elevando assim a sua secreção para o lúmen tubular. 
Como cada íon H+ secretado resulta na adição de um 
íon bicarbonato ao plasma, o pH do sangue tende a se 
normalizar. Opostamente, numa alcalose a excreção 
renal de H+ é diminuída para corrigir o pH. 
É bom lembrar que o controle acido-basico pelos rins 
não é somente realizado pela excreção de H+, mas 
também pela regeneração do HCO3- 
➔ No sistema respiratório, a gente estudou a 
reação que mostra como a concentração de 
CO2 faz com que a concentração de H+ 
aumente. Isso desencadeia um desequilíbrio 
acido-basico, o que faz o bulbo detectar para 
eliminar o CO2 e retornar ao equilíbrio. 
➔ Mas nessa reação também tinha HCO3- que 
não era eliminado pelos pulmões. Esse HCO3- 
vai ser regenerado pelos rins quando 
adicionado a ele H+ para formar H2CO3 e 
dissociar em água e CO2. 
➔ Sendo assim, os rins têm o papel de excretar o 
excesso do íon bicarbonato ou repor o déficit 
dele. 
➔ Para o excesso, os rins eliminam na urina 
apenas a quantidade de bicarbonato suficiente 
para equilibrar a entrada de bicarbonato no 
sistema. 
➔ Mas para a falta desse íon, é preciso que ela 
seja reposta. E isso é complicado, poque a 
geração de bicarbonato também gera H+. 
➔ Para que esse H+ não acumule e reste apenas 
os íons bicarbonato, os rins, primeiramente, 
absorvem todo o bicarbonato que ele precisa e 
manda para o sangue para repor a falta dele. 
➔ Depois, resta apenas H+ que precisa ser 
excretado e, para isso, os rins secretam um 
pouco mais de H+ para que todo esse H+ que 
está no túbulo renal seja ligado à uma base 
diferente do bicarbonato. Como, agora, o H+ 
está ligado a uma base, ele pode ser eliminado 
na urina. 
Dessa forma, como a concentração de bicarbonato é 
diretamente proporcional à concentração de CO2, se a 
concentração de bicarbonato aumenta, o pH também 
aumenta, causando alcalose. 
O mesmo ocorre quando a concentração de 
bicarbonato diminui, porque a o pH também diminui, 
causando uma acidose. 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES RENAIS 
No Brasil, um em cada dez brasileiros sofre de doenças 
renais. As Doenças Renais Crônicas (DRC) são um termo 
geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a 
estrutura quanto a função renal, com múltiplas causas 
e múltiplos fatores de risco. Trata-se de uma doença de 
curso prolongado, que pode parecer benigno, mas que 
muitas vezes se torna grave e que na maior parte do 
tempo tem evolução assintomática. 
Na maior parte do tempo, a evolução da doença renal 
crônica é assintomática, fazendo com que o 
diagnóstico seja feito tardiamente. Nesses casos, o 
principal tratamento imediato é o procedimento de 
hemodiálise. 
Os tipos mais comuns de doenças renais: 
 
1. Cálculos renais (pedra nos rins) 
As pedras nos rins são formadas principalmente pela 
pouca ingestão de líquido (caracterizada pela urina 
escura), consumo elevado de sal e proteínas, entre 
outros problemas. 
Quando as pedras se movimentam e descem pelo canal 
da uretra, causam muita dor, devido à obstrução do 
fluxo urinário e dilatação do rim. Podem ser 
complicadas por infecção urinária e chegam a causar 
risco de vida. 
2. Infecção renal ou pielonefrite 
É causada, geralmente, por uma bactéria na bexiga, a 
cistite, que acaba por subir até o rim, causando febre e 
dor do lado comprometido. O tratamento deve ser com 
antibiótico e muitas vezes requer internação 
hospitalar. 
3. Cistos renais 
São “bolhas” que se formam no meio do rim. Muito 
comuns após os 40 anos de idade, os cistos são 
diagnosticados por exames de rotina e usualmente não 
causam problemas ou sintomas nem requerem 
tratamento, podendo ser apenas acompanhados. 
4.Tumor ou câncer de rim 
Raro, o tumor ocorre devido à alta frequência dos 
cistos renais. É muito comum ter que solicitar exames 
diagnósticos de imagem para a correta exclusão dessa 
possibilidade. Os tumores são lesões sólidas diferentes 
dos cistos que contêm líquido no seu interior. Muitas 
vezes são malignos, mas, se tratados no início, há muita 
chance de cura. 
5.Perda da função renal (insuficiência renal) 
A insuficiência renal ocorre quando o rim perde a 
capacidade de filtrar resíduos, sais e líquidos do 
sangue. Doenças como diabetes e hipertensão arterial 
não bem controlados podem levar à deterioração renal 
progressiva e eventualmente necessidade de 
hemodiálise e/ou transplante para seu tratamento. 
 
➢ DESTAQUES PARA A INSUFICIÊNCIA RENAL E A 
FORMAÇÃO DE CÁLCULOS RENAIS. 
Neste contexto, principais causas da insuficiência renal 
aguda podem ser divididas em três categorias 
principais: 
1.Insuficiência renal aguda decorrente da diminuição 
do aporte sanguíneo para os rins, essa condição é 
conhecida como insuficiência renal aguda pré-renal, 
por refletir o fato de que a anormalidade ocorre como 
resultado de anormalidade originada fora dos rins. Por 
exemplo, a insuficiência renal aguda pré-renal pode ser 
consequência de insuficiência cardíaca com redução do 
débito cardíaco e pressão sanguínea baixa, ou de 
condições associadas a menor volume de sangue e 
pressão sanguínea baixa, como nas hemorragias 
graves. 
2. Insuficiência renal aguda intrarrenal, decorrente de 
anormalidades nos próprios rins, incluindo as que 
afetam os vasos sanguíneos, os glomérulos ou os 
túbulos. 
3. Insuficiência renal aguda pós-renal, decorrente da 
obstrução do sistema coletor de urina, em qualquer 
ponto, desde os cálices até a saída da bexiga. As causas 
mais comuns de obstrução do trato urinário fora do rim 
são cálculos renais causados por precipitação de cálcio, 
de urato ou de cistina. 
 
➢ INSUFICIÊNCIA RENAL PRÉ-RENAL AGUDA 
Os rins normalmente recebem abundante aporte 
sanguíneo, em torno de 1.100 ml/min, ou cerca de 20% 
a 25% do débito cardíaco. A principal finalidade desse 
fluxo elevado de sangue para os rins é a de prover 
plasma suficiente para a alta intensidade da filtração 
glomerular, necessária para a regulação efetiva dos 
volumes dos líquidos corporais e das concentrações de 
solutos. Assim, fluxo sanguíneo renal reduzido é 
usualmente acompanhado por menor FG e por débito 
urinário diminuído de água e solutos. 
Consequentemente, as condições que diminuem de 
forma aguda o fluxo de sangue para os rins produzem, 
na maioria dos casos, oligúria, referida ao débito 
urinário diminuido até abaixo do nível de ingestão de 
água e de solutos, causando acúmulo de água e de 
solutos nos liquidos corporais. Se o fluxo sanguínco 
renal ficar muito reduzido, pode ocorrer interrupção 
total do débito urinário, condição conhecida como 
anuria. 
Desde que o fluxo sanguineo renal não caia abaixo de 
20% a 25% do normal, a insuficiência renal aguda pode 
ser usualmente revertida se a causa da isquemia for 
corrigida antes da ocorrência de lesão às células renais. 
De forma diferente de alguns tecidos, o rim consegue 
suportar redução relativamente grande do fluxo 
sanguineo antes ocorrer dano real às células renais. A 
razão para isso é que, enquanto o fluxo sanguíneo renal 
diminui, a FG e a quantidade decloreto de sódio 
filtrada pelos glomérulos (além da taxa de filtração da 
água e de outros eletrólitos) também diminuem. Isso 
diminui a quantidade de cloreto de sódio que precisa 
ser absorvida pelos túbulos que usam grande parte da 
energia e do oxigênio consumidos pelo rim normal. 
Desse modo, enquanto o fluxo sanguineo renal e a FG 
diminuem, os requisitos para o consumo renal de 
oxigênio também são reduzidos. Quando a FG se 
aproxima do zero, o consumo de oxigênio do rim tende 
para a intensidade necessária para manter vivas as 
células tubulares renais, mesmo quando não estiverem 
reabsorvendo sódio. Quando o fluxo sanguíneo é 
reduzido abaixo dessa necessidade basal que 
usualmente fica abaixo de 20% a 25% do fluxo 
sanguíneo renal normal, as células renais começam a 
ficar hipóxicas, e reduções ainda maiores do fluxo 
sanguineo renal, se prolongadas, causam danos ou até 
mesmo morte das células renais, de modo especial das 
células do epitélio tubular. Se a causa da insuficiência 
renal pré-renal aguda não for corrigida e a isquemia do 
rim persistir por mais que algumas horas, esse tipo de 
insuficiência renal pode evoluir para insuficiência renal 
intrarrenal aguda. A redução aguda do fluxo renal de 
sangue é causa comum de insuficiência renal aguda em 
pacientes hospitalizados, especialmente nos que 
tiveram lesões graves. 
➢ INSUFICIÊNCIA RENAL INTRARRENAL AGUDA 
Anormalidades originadas no rime que abruptamente 
diminuem o débito urinário se encaixam na categoria 
geral de insuficiência renal intrarrenal aguda. Essa 
categoria de insuficiência renal aguda pode ser dividida 
em condições que afetam os capilares glomerulares ou 
outros vasos renais menores ou condições que lesam o 
epitélio tubular renal ou ainda em condições que 
causam lesão do interstício renal. Esse tipo de 
classificação se refere ao local primário da lesão, mas 
na medida em que a vascularização renal e o sistema 
tubular em termos funcionais são interdependentes, o 
dano dos vasos sanguíneos renais pode levar a dano 
tubular, e o dano tubular primário pode levar a dano 
dos vasos sanguíneos renais. 
➢ INSUFICIÊNCIA RENAL PÓS-RENAL AGUDA 
Diversas anormalidades do trato urinário inferior 
podem bloquear total ou parcialmente o fluxo de urina, 
levando assim à insuficiência renal aguda mesmo 
quando o aporte de sangue aos rins e outras funções 
estão inicialmente normais. Se o débito urinário de 
apenas um rim estiver comprometido, não ocorrerão 
mudanças importantes da composição dos líquidos 
corporais, porque o rim contralateral consegue 
aumentar seu débito de urina o suficiente para manter 
níveis relativamente normais de eletrólitos e de solutos 
extracelulares, bem como o volume de liquido 
extracelular normal. Nesse tipo de insuficiência renal, 
a função normal dos rins pode ser restaurada se a 
causa inicial do problema for corrigida em poucas 
horas. Mas a obstrução crônica do trato urinário que 
permanece por muitos dias ou semanas pode levar a 
dano renal irreversível. Algumas das causas de 
insuficiência renal aguda pós-renal incluem a 
obstrução bilateral dos ureteres ou das pelves renais, 
causada por grandes cálculos ou coágulos de sangue, a 
obstrução da bexiga e/ou da uretra. 
➢ CÁLCULOS RENAIS 
Os cálculos renais, conhecidos popularmente como 
pedras nos rins, são formações sólidas compostas pelo 
acúmulo de sais minerais, oxalato de cálcio, ácido 
úrico, entre outras substâncias. Eles podem atingir os 
mais variados tamanhos e, quando migram pelo canal 
urinário, causam uma dor tão intensa que pode ser 
comparada com a dor sentida no parto. Obviamente, 
esse é um sintoma relativo e varia entre os indivíduos. 
Em alguns pacientes as dores podem ficar limitadas a 
uma sensação de pressão que se irradia da região 
lombar. A probabilidade de reincidência da doença é 
grande. Quem já sofreu uma vez, tem 50% de chance 
de ser acometido novamente. Na população em geral, 
o número também é relevante. Sendo, cerca de 10% 
dos indivíduos sofrerão com uma ou mais crises ao 
longo da vida. Os homens são mais atingidos que as 
mulheres e, com o aumento da idade e maus hábitos 
de vida, as chances aumentam. Como os tamanhos dos 
cálculos podem variar sua eliminação nem sempre 
ocorre pela urina, sendo necessária intervenção 
cirúrgica. Entretanto, com os avanços tecnológicos as 
indicações de cirurgia tradicional diminuíram 
consideravelmente. Atualmente, aparelhos 
endoscópicos conseguem chegar aos cálculos e retirá-
los ou fragmentá-los com o uso de laser. Sendo assim, 
a prevenção pode ser feita através de algumas 
medidas, tais como a ingestão de pelo menos dois litros 
de água por dia, pois isso aumenta o fluxo urinário e 
dificulta a formação dos cálculos. Além da moderação 
do consumo de alimentos rico em sódio e do controle 
do peso. Uma vez que, alguns estudos revelam uma 
relação entre a obesidade a formação de cálculos 
renais, devido a uma predisposição maior de 
concentração de cálcio e ácido úrico na urina. 
 
UREIA E CREATININA 
➢ UREIA 
A ureia constitui o principal metabólito nitrogenado 
derivado da degradação de proteínas pelo organismo, 
sendo que 90% deste analito é excretado pelos rins e o 
restante eliminado pelo trato gastrintestinal e pela 
pele. Apesar de ser filtrada livremente pelo glomérulo, 
não ser reabsorvida nem secretada ativamente, a ureia 
é um preditor fraco da filtração glomerular, pois 40%-
70% retornam para o plasma por um processo de 
difusão passiva tubular, que é dependente do fluxo 
urinário. 
A ureia não é produzida constantemente durante o dia 
e a sua concentração sanguínea pode variar com a 
ingestão proteica, sangramento gastrintestinal e o uso 
de alguns medicamentos, como, por exemplo, os 
corticosteroides. Ressalta-se também que a produção 
de ureia pode diminuir na vigência de condições tais 
como a insuficiência hepática e a desnutrição. Além do 
mais, é importante lembrar que a ureia é parcialmente 
reabsorvida após o processo de filtração e, 
consequentemente, o cálculo da sua depuração 
subestima a TFG. A reabsorção tubular de ureia será 
mais ou menos intensa de acordo com estado volêmico 
do paciente: aumenta quando houver depleção do 
volume extracelular (por ex., na insuficiência cardíaca 
congestiva e desidratação) e diminui na vigência de 
expansão de volume (p. ex., infusão salina ou síndrome 
de secreção inapropriada do hormônio antidiurético). 
Na maioria dos laboratórios de análise clínicas, o valor 
normal de ureia varia de 20-40mg/dL. 
➢ CREATININA 
A creatinina é um produto residual da creatina. A 
transformação de creatina em creatinina acontece no 
tecido muscular, no qual 1%-2% da creatina livre se 
converte espontânea e irreversivelmente em 
creatinina todos os dias. Logo, a quantidade de 
creatinina produzida é dependente da massa muscular 
e não apresenta grandes variações diárias. A creatinina 
é filtrada livremente no glomérulo. Ao contrário da 
ureia, a creatinina é ativamente secretada em uma 
pequena parcela, mas o suficiente para superestimar a 
TFG. A quantidade secretada não é constante e 
depende do indivíduo e da concentração plasmática 
desse analito, dificultando sobremaneira a 
determinação de uma constante de secreção. Em 
termos gerais, 7%-10% da creatinina presente na urina 
é secretada. 
 
AS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS 
O tecido epitelial pode ser dividido em dois tipos. (1) O 
epitélio de cobertura e de revestimento forma a 
cobertura externa da pele e de alguns órgãos internos. 
Ele também forma o revestimento interno dos vasos 
sanguíneos, dos ductos, das cavidades corporais e o 
interior dos sistemas respiratório, digestório, urinário e 
genital. (2) O epitélio glandular forma a porção 
secretória das glândulas, como a glândula tireoide, as 
glândulas suprarrenais e as glândulas sudoríparas. 
As glândulas sudoríparas são estruturas desenvolvidas 
apenasna superfície do corpo de mamíferos. São 
responsáveis pela produção do suor. Assim como as 
glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas atuam 
protegendo o organismo contra invasões de 
microrganismos." As glândulas sudoríparas estão 
presentes no indivíduo desde seu nascimento e não 
têm uma distribuição precisa; estão em maior 
quantidade nas plantas dos pés, nas palmas das mãos 
e na testa. 
➢ GLÂNDULA SUDORÍPARA 
As glândulas sudoríparas são divididas em dois grupos: 
apócrinas e écrinas. As glândulas sudoríparas écrinas 
são consideradas glândulas exócrinas que apresentam 
um canal excretor que se abre diretamente na 
superfície da pele, e são visualizadas como os poros da 
pele. Essas glândulas participam ativamente do pro- 
cesso de termorregulação. As glândulas sudoríparas 
écrinas são numerosas: existem em média de 2 a 5 
bilhões delas ao longo do corpo humano, com 
densidades médias de 150 a 350 unidades por cm. A 
secreção produzida por essas glândulas é aquosa, 
incolor, salina e ácida, caracterizando o que se conhece 
como suor. 
As glândulas écrinas são constituídas por células 
epiteliais, que intermediam a secreção e a reabsorção 
de eletrólitos, e por células epiteliais modificadas com 
propriedades contráteis, as células mioepiteliais, ricas 
em actina, que atuam como um motor para a excreção 
do suor pelo ducto da glândula diretamente na 
superfície da pele. O suor écrino é uma solução 
hipotônica formada no plasma sanguíneo. Quando 
começa a se formar, o suor é isotônico em relação ao 
plasma e um reflexo da composição deste. No entanto, 
o suor vai sendo progressivamente modificado por 
meio dos mecanismos de ressorção, que ocorrem no 
interior do canal excretor, antes de fluir para o exterior 
na forma do 
Já as glândulas sudoríparas apócrinas, são menos 
numerosas que as écrinas, atuam pouco no processo 
de termorregulação. Elas estão anexadas aos folículos 
pilossebáceos. O canal excretor dessas glândulas se 
abre na porção superficial do orifício folicular. Esse tipo 
de glândula está presente em algumas regiões 
específicas do corpo humano, como na região axilar, ao 
redor das aréolas mamárias, no couro cabeludo e na 
região genital. Como resultado de sua mistura com a 
secreção sebácea, que é excretada pelas glândulas 
sebáceas também no interior do orifício folicular, é 
liberada uma secreção opaca, oleosa e alcalina. 
Dessa maneira, a secreção produzida por essas 
glândulas apresenta composição ligeiramente 
diferente do suor, pois pode misturar-se à secreção 
sebácea. A degradação da secreção apócrina ocorre 
por causa da atuação das bactérias presentes na 
superfície da pele, produzindo odores desagradáveis. 
Além de ser rica em lactatos e íons, a secreção apócrina 
contém proteínas carreadoras de feromônios. 
 Termorregulação 
O suor permite ao organismo garantir a regulação 
térmica, um mecanismo vital de adaptação do ser 
humano ao ambiente que o cerca. A função primária 
do suor écrino é a termorregulação. A evaporação do 
suor da superfície do corpo contribui para a 
manutenção do equilíbrio de calor no organismo 
quando há aumento da temperatura corporal. O fluxo 
sudoral é modulado em função das necessidades da 
termorregulação. A chamada sudação térmica aparece 
a partir da temperatura ambiente de 25°C em um 
indivíduo em repouso e com vestimentas. 
No caso de elevação da temperatura interna, o 
hipotálamo estimula a produção e a liberação do suor 
por intermédio do sistema nervoso simpático, porém o 
principal neurotransmissor é a acetilcolina. O estímulo 
das glândulas écrinas e apócrinas também pode ser 
desencadeado por estímulos emocionais. 
 
 
 
PACIENTES RENAIS CRÔNICOS E SUS 
O Ministério da Saúde propôs o desenvolvimento de 
redes temáticas prioritárias, como a Rede de Cuidados 
à Pessoas com Deficiências e a Rede de Atenção à 
Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, priorizando-
se nesta, os seguintes eixos: tratamento do sobrepeso 
e obesidade, da Doença Renal Crônica (DRC) e 
prevenção e controle do câncer. No entanto, apesar de 
todos os esforços, a rede de serviços estruturada até o 
momento está pautada exclusivamente na alta 
complexidade, regulando e financiando apenas os 
serviços de diálise. Como consequência, apresenta 
vários problemas, dentre eles: falta implementação 
das políticas de promoção a saúde e prevenção da DRC 
nos grupos de risco; elevada mortalidade 
cardiovascular na DRC pré-dialítica; número crescente 
de pacientes com necessidade de Terapia Renal 
Substitutiva; baixo índice de diagnóstico precoce; falta 
de implementação de estratégias para retardar o ritmo 
da progressão doença renal; e, entrada em diálise na 
grande maioria dos casos pela via emergencial, 
sobrecarregando o sistema hospitalar.

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