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Comercial II

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Comercial II
Empresário
Legislação atinente ao Direito societário
Código civil: Artigo 981 e seguintes.
Sociedade de advogados: Lei 8.906/94
Lei de cooperativas: Lei 5.764/71
Lei de sociedade anônima: Lei 6.404/76
Teoria Geral de Direito Societário 
1. Conceito
2. Terminologia
3. Elementos
Elementos gerais (art 104, CC – negócio jurídico)
1- Consenso
2- Objeto lícito
3- Forma de constituição
Elementos específicos: 
1- Contribuição para o capital social
Papéis da contribuição
Formas de capital social: 
Título da integralização de bens
Direitos: Com a contribuição, surgem dois direitos. 
2- Participação nos lucros e nas perdas:
3- Affectio societatis
4- Pluralidade de partes
Ato Constitutivo
A) Teorias anti-contratualistas
B) Teoria do ato corporativo, ato de fundação ou união: 
C) Teoria contratualista: 
D) Teoria do ato institucional:
 
A personalidade jurídica das sociedades
Consequência da personificação
. Nome
. Nacionalidade: 
. Domicílio
. Capacidade contratual: 
. Capacidade processual
. Existência distinta
. Autonomia patrimonial
Desconsideração da personalidade jurídica
- Conceito: 
- Terminologia
- Aplicabilidade: 
- Origem Histórica
Caso Salomon vs Salomon Co
 Bank of United States vc Devaux: 
- Teoria Maior (art 50) 
Objetiva: 
Subjetiva
- Confusão patrimonial vs Fraude ou abuso da personalidade:
- Teoria Menor
- Desconsideração x Responsabilidade dos sócios: A resp. dos sócios é outra forma de atingir o patrimônio deste. Estes são responsabilizados por seus atos.
- Desconsideração: 
Direito do Trabalho: art 2º, parág. 2º, CLT – estende a responsabilidade da pessoa jurídica principal às demais subordinadas; Julgado: débito trabalhista do sócio já desligado há 20 anos da Buffalo Grill que sofreu a desconsideração.
Direito Tributário: art 116, p.u., CTN – alguns doutrinadores interpretam como uma previsão legal para a desconsideração da pj. Outros defendem que não é possível, pois o art é uma norma de eficácia limitada, ou seja, precisa de regulamentação, existe uma ADI sobre ele; 
Direito Econômico: art 34, lei 12.529/11 – desconsideração é ampliada para a violação do estatuto/contrato social;
Direito Ambiental: art 18, parág. 3º, lei 9.847/99 - empresa que constituir obstáculo para serviços do sistema de distribuição de combustível; art 4º 9.605/98 – desconsideração quando a personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente (ou seja, quando a multa for tão alta que a empresa não consiga pagar e tenha que atingir o patrimônio dos sócios).
Direito Administrativo: Existe discordância se o Dir. adm. Pode ou naõ aplicar a desconsideração. Quem é contra diz que a adm. Pub. Só pode fazer o que estiver previsto em lei (princ. Da legalidade); quem é a favor diz que segundo o art 50, CC pode-se proteger o interesse público. 
- Lei Anticorrupção: art 14, 12846/13 prevê responsabilização civil e administrativa pelos atos lesivos à adm publica; 
- Enunciado 146 CJF: Art. 50: Nas relações civis, interpretam-se restritivamente os parâmetros de desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 (desvio de finalidade social ou confusão patrimonial). (Este Enunciado não prejudica o Enunciado n. 7)
- Quem é responsabilizado na desconsideração? 
- Desconsideração inversa: 
- O incidente de desconsideração: Com o novo código civil, é permitido o incidente.
Não há mais a necessidade de ação autônoma para propor a desconsideração:
Art. 133, NCPC: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. 
§1º: O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 
§2º: Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
A redação do art. 133, NCPC, que trata do incidente, acaba com a ideia de ação autônoma na justiça. O texto permite ao juiz, em qualquer processo ou procedimento, aplicar o instituto. Embora refute essa tese, o NCPC também se aproxima dela, pois determina a citação do polo passivo do incidente, que terá prazo de 15 dias para se manifestar. A invocação não poderá ser de ofício, pois procederá com a citação do polo passivo e será resolvido por intermédio de decisão interlocutória que poderá ser desafiada por Agravo de Instrumento.
- Prescrição e Decadência 
Classificação das Sociedades
- De acordo com a responsabilidade dos sócios
- De acordo com a forma de constituição 
- De acordo com a composição
- De acordo com a nacionalidade
- De acordo com a regularidade
- De acordo com a personalidade.
- De acordo com o objeto
- De acordo com a forma de constituição 
Sociedade em comum – não personificada
Sociedade em cota de participação -não personificada
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedade simples
Sociedade Limitada
Sociedade Anônima
Sociedade Cooperativa
Sociedade em comandita por ações
______________________________________________ Prova 2_________
Sociedades em espécie 
Sociedade em comum
- Conceito (art 986, CC): Aquela que não registrou seu ato constitutivo no órgão competente. Irregular. Para a doutrina, é aquela que está em formação.
	Sociedade de fato x Sociedade regular – não tem distinção mais
- Enunciado 383 da IV Jornada de Dir. Civil
- Patrimônio Especial (art 988): composto pelos bens e dívidas em comum afetados à atividade exercida. Não há autonomia patrimonial, apenas essa separação.
- Objeto: Pode ser simples ou empresarial. 
- Responsabilidade (art 990, CC) 
Ilimitada direta – Responde o sócio que praticou o NJ, solidariamente com o patrimônio dela e o patrimônio especial.
Ilimitada com benefício de ordem – Só depois que foi no sócio com responsabilidade direta e no patrimônio especial e estes não conseguiram sanar a divida ai vem nos outros sócios; os demais que não praticaram o NJ é solidário entre os sócios com responsabilidade ilimitada com benefício de ordem - Se cobrar de um desses sócios só, este que foi cobrado pode entrar com ação regressiva para receber do outro sócio solidário.
Cláusula de solidariedade (art 989, CC) – responsabilidade direta solidária quando há conhecimento de pacto limitativo de poderes(??)
- Prova da existência (art 987, CC)- Sócios só provam por escrito, 3ros podem provar de qualquer modo. Assim, dificulta e “força” o registro.
- Regime subsidiário (art 986, CC)- Enquanto não houver registro, a sociedade será regida pelos art 986 a 990, e subsidiariamente, no que for compatível, será regido pelas normas da sociedade simples.
- Capacidade processual – Tem capacidade de figurar em relação jurídica (art 75, IX, NCPC) As sociedades e associações irregulares e outros entes sem personalidade jurídica serão representadas pela pessoa que couber a administração de seus bens. 
2- Sociedade em conta de participação (sociedade oculta ou secreta)
- Conceito (art 991, CC e ss) – Não tem personalidade jurídica, e que cujo caráter oculto consiste no fato de haver sociedade somente entre os sócios por meio da divisão entre sócio ostensivo e sócio oculto. Ou seja, o sócio ostensivo realiza a atividade empresaria perante 3ro, o sócio oculto(ou participante) apenas investe e participa dos resultados correspondentes. Esses sócios podem ser PJ ou PF. 
- Sócios: podem ser PF ou PJ
Oculto (participante) – investe e participa dos resultados;
Ostensivo – realiza a atividade em seu nome e sob sua própria e exclusiva responsabilidade; perante 3ros.
-Finalidade – utilizada para empreendimentos temporários
- Prova da existência (art 992, CC) – Qualquer meio de prova; Não requer formalidade
-Objeto - 
- Classificação quanto à composição (art 995, CC) – Sociedade pessoal: o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento dos demais. Salvo estipulação em contrário. 
- Responsabilidade 
Sócio ostensivo perante 3ros: sócio ostensivo tem responsabilidade direta ilimitada;Sócio ostensivo perante o sócio oculto: sócio oculto tem responsabilidade com benefício de ordem(ou seja, só atinge o próprio patrimônio depois de atingir o patrimônio especial);
Sócio oculto só responde perante o sócio ostensivo: limitado ao patrimônio especial;
- Falência
Sócio oculto falindo – não necessariamente dissolve a sociedade, ele tem a opção de dissolver ou não (art 117, lei 11.101/05)
Sócio ostensivo falindo – 994, parág. 2º - necessariamente dissolve a sociedade; O sócio oculto é o credor quirografário, ou seja, é o ultimo a receber no caso de falência. 
- Regime subsidiário (art 996) - Subsidiariamente, no que for compatível, será regido pelas normas da sociedade simples.
NOTAS PARTE 1:
- PROVA: VALOR 2,0 NOTA 1,3 
- TRABALHO: VALOR 1,0 NOTA 0,85
-TOTAL: VALOR 3,0 NOTA 2,15 
22/06/17
Sociedade simples (sociedade simples pura, antiga sociedade civil)
3.1 Conceito: Este simples não diz respeito à natureza jurídica (ou seja, se o objeto é empresário ou simples); É aquela que não possui o elemento empresa e não optou pelos outros tipos societários (porque os outros tipos societários também podem ser simples); Objeto simples =/= tipo societário simples. 
3.2 Previsão legal: arts 997 e ss. Até 1032, CC. É criticado pela doutrina que o regime de sociedade simples é subsidiário a outros tipos societários. É o único com disposições sobre o contrato social (todas sociedades podem ter o contrato social para registro);
3.3 Contrato Social 
 	-Rol não taxativo 
	- Escrito e registrado: Se não for assim, não é personificado, é sociedade em comum.
	- Local de registro: Cartório de registro de pessoas jurídicas;
	- Clausulas acidentais x clausulas essenciais : as cláusulas acidentais são as que se não forem colocadas pelas partes as normas de direito empresarial suprem; as essenciais são de preenchimento obrigatório sob pena de não registrar;
- Art 997: 
I-Qualificação dos sócios: PJ tbm pode ser sócia; Cláusula essencial; 
II-Denominação é o tipo de nome que decorre do registro; cláusula essencial; Objeto atividade que a pessoa irá exercer, é importante para limitar os poderes do administrador. Cláusula essencial; Sede: cláusula essencial; Prazo: cláusula acidental;
III- Capital social : soma da contribuição de todos os sócios; a alteração só se da com a alteração do contrato social. Apesar do serviço ser suscetível de avaliação pecuniária, ele não vale aqui. Cláusula essencial.
capital social =/= patrimônio: o patrimônio é conjunto de relações jurídicas suscetíveis de avaliação pecuniária (débito e crédito); Capital aguado é aquele que é super valorizado, pode prejudicar terceiros ou os próprios sócios.
IV- Quota: os sócios podem ter quotas com pesos e proporções diferentes ou iguais; Faz diferença na votação; Cláusula essencial.
V - Sócio de indústria: não tem participação no capital social, portanto não tem direito de crédito contra a sociedade no caso de liquidação; estes contribuem com serviço, por isso participam do lucro. Sócio de indústria =/= empregado. Cláusula acidental. 
Art 1007: se não tiver previsão no contrato social, a participação dos lucros será está disposta neste artigo. 
Art 1006: o sócio de indústria não pode, salvo em disposição em contrário, empregar-se em atividade estranha à sociedade, sob pena de ser privado de seus lucros e dela excluído.
VI- Administração da soc. Simples: apenas pessoas naturais podem administrar a empresa. Se não estipular o administrador todos os sócios a administraram (1013, CC). Cláusula acidental. 
VII- Participação dos sócios: todos os sócios devem participar dos lucros, a escolha da participação é livre, mas é vedada a clausula leonina que veda que fique algo excessivo para alguém art 1008. Se não estiver estipulado será pela proporção das quotas. Cláusula acidental. 
VIII- Se os sócios respondem ou não subsidiariamente: Se responde subsidiariamente é responsabilidade ilimitada; Se o sócio não responde subsidiariamente, só responde nos casos de desconsideração, a responsabilidade é limitada (a regra aqui é o patrimônio do sócio não responder). Portanto, depende do contrato social se a sociedade simples será de responsabilidade limitada ou ilimitada. Cláusula acidental – se nada dispor no contrato, o art 1023 e 1024 irão estipular.
	- Subsidiariedade =/= solidariedade: subsidiariedade tem benefício de ordem (a sociedade responde primeiro e depois respondem os sócios). A solidariedade não se presume, decorre da lei. 
DUVIDA: HÁ CASOS QUE NÃO HÁ BENEFICIO DE ORDEM?
Art 997, p.u “É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato” 
3.4 Art 998: 30 dias para levar registro, se não será sociedade em comum pois não terá registro; 
3.5 Art 999: Quórum para modificação de cláusula – maioria absoluta das quotas (capital);
p.u – qualquer modificação do contrato social será averbada.
23/06/17
3.6 Direitos, deveres e obrigações dos sócios 
3.6.1 Direito dos sócios 
- De natureza pessoal: status de sócio, direito de votar; 
- De natureza patrimonial: participação nos lucros; direto de crédito, no caso de liquidação; remuneração do sócio administrador; os direitos de natureza patrimonial podem ser transferidos (herança, compartilhamento de bens)
3.6.2 Deveres e obrigações dos sócios – principal dever: integralização do capital (menos o sócio de indústria); art. 1001: se não há prazo pra integralização do capital, é À vista, imediato. 
 	Deveres são decorrência legal; Obrigações vem dos contratos.
 	Art. 1002 para substituir um sócio, os demais devem concordar.
Sócio ingressante (art 1025, CC): o que ingressa na sociedade depois de constituída. Ele responde pelas dívidas anteriores à sua entrada. O contrato social não pode mudar essa previsão. 
Sócio retirante (art 1032, CC): o que sai (por vontade própria; por exclusão; por morte) responde pelas obrigações contraídas enquanto sócio por até 2 anos após sua saída. O prazo começa a contar a partir da averbação daquela saída. No caso da morte o prazo é contado a partir de quando a averbação é requerida. Se não for averbado não será oponível erga omnes, a teoria da aparência prevalecerá e o sócio continuará respondendo. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO DO CRÉDITO. 
Sócio cedende (art 1003, CC): o sócio que vende as quotas para outra pessoa também responderá durante 2 anos solidariamente com o cessionário pelas obrigações contraídas até a sua saída. PRINCIPIO DA PROTEÇÃO DO CRÉDITO.
Sócio remisso (art 1004, CC): é o sócio em mora com a obrigação de contribuir para o capital social na forma que o contrato prevê. p.u.: indenização é possível se houver dano decorrente da mora do sócio remisso.
. Exceção:
- “dies interpellat pro homine” – o dia interpela em favor do homem, ou seja, o vencimento já faz entrar em mora sem que o credor precise interpelar ou notificar. O sócio remisso tem uma exceção a esse principio, pois ele tem que ser notificado e após 30 dias é que ele fica em mora.
. Opções quanto ao sócio remisso:
1) Exclusão do sócio remisso
	a) Diminuição proporcional do capital social: e exclui o sócio remisso
	b) Aquisição por parte dos sócios da quota referente ao sócio remisso
	c) Venda da quota para terceiro: deve alterar o contrato social e deve haver anuência dos demais sócios em alguns casos. 
	d) Aquisição da quota pela própria sociedade- não vira sócia de si mesma; na pratica isso não vai mudar o peso dos poderes do sócio; o dinheiro vem de outro lugar que não a integralização; 
2) Manter o sócio “ remisso”: o sócio remisso pode ter suas quotas diminuídas na proporção do que ele integralizou e o que sobrou desse montante pode acontecer qualquer das 4 coisas das hipóteses de exclusão; 
3) O sócio “remisso” paga: se ele pagar ele deixa de ser remisso. 
Sócio de indústria – aquele que não integraliza, mas participa dos lucros porque participa com seus serviços; 
. Dever de omissão (1006, CC): não pode realizar outras atividades estranhas à sociedade;
Transferência de domínio ou de crédito (art.1005, CC): 
Lucro ilícito ou fictício (art. 1009, CC) : é aquele que não ocorreu, ou seja, foi distribuído um lucro que não deveria ter sido; acarreta a responsabilidade solidária dos administradores que distribuíram e dos sócios que receberam sabendo ou devendo saber da ilicitude;
Dos órgãos da sociedade 
3.7.1 Administração 
. Conceito: é um órgão da sociedade, a presenta. É órgão que manifesta a vontade da sociedade perante 3ros. O administrador pode ser sócio ou não. 
. Impedidos: os menores (art 974, parág. 3º), art 1011, parág.1º; 
. Poderes do administrador (art. 1015, caput): em regra, todos os atos pertinentes à gestão da sociedade. 
. Forma de administrar (art 1011, CC)  “O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na administração de seus próprios negócios.”
29/06/2017
. Excesso de poderes
	- Regra: teoria da aparência – quem responde pelos atos praticados pelo adm é a sociedade pq o 3ro acha q contratou com a sociedade.
	- Exceção (art 1015, p.u) – teoria do ato ultra vires- quando age além dos poderes que tem. 
Art. 1.015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. 
 	Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses:
 	I - se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade;
 	II - provando-se que era conhecida do terceiro;
 	III - tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.
Art. 1.016. Os administradores respondem solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa no desempenho de suas funções.
Art. 1.017. O administrador que, sem consentimento escrito dos sócios, aplicar créditos ou bens sociais em proveito próprio ou de terceiros, terá de restituí-los à sociedade, ou pagar o equivalente, com todos os lucros resultantes, e, se houver prejuízo, por ele também responderá. 
 	Parágrafo único. Fica sujeito às sanções o administrador que, tendo em qualquer operação interesse contrário ao da sociedade, tome parte na correspondente deliberação.
Art. 1.018. Ao administrador é vedado fazer-se substituir no exercício de suas funções, sendo-lhe facultado, nos limites de seus poderes, constituir mandatários da sociedade, especificados no instrumento os atos e operações que poderão praticar. – todos os atos não.
29/06/217
. Formas de indicação do Administrador 
	- art 1013, CC A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete separadamente a cada um dos sócios.
 	§ 1o Se a administração competir separadamente a vários administradores, cada um pode impugnar operação pretendida por outro, cabendo a decisão aos sócios, por maioria de votos.
 	§ 2o Responde por perdas e danos perante a sociedade o administrador que realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria.
	- art 1012, CC O administrador, nomeado por instrumento em separado, deve averbá-lo à margem da inscrição da sociedade, e, pelos atos que praticar, antes de requerer a averbação, responde pessoal e solidariamente com a sociedade.
	- Obs! Art 1019, caput e p.u. São irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios.
 	Parágrafo único. São revogáveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a sócio por ato separado, ou a quem não seja sócio.
	- Exceção: Os poderes do administrador podem ser revogados na justa causa reconhecida judicialmente.
b) Fiscalização: Pode haver um conselho fiscal.
c) Deliberativo: órgão para decisões internas da sociedade. Pode prever assembleia. 
3.8) Relação com terceiros 
. Responsabilidade (art 1023 e 1024, CC): 
 	Art. 1023. Se os bens da sociedade não lhe cobrirem as dívidas, respondem os sócios pelo saldo, na proporção em que participem das perdas sociais, salvo cláusula de responsabilidade solidária.
 	Art. 1.024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais.
 	Por isso dizem que na verdade no contrato social poderia dizer se responderia solidariamente e não subsidiariamente (art 997, VIII), nesses artigos colocam a sociedade como resp. ilimitada.
. Penhora do lucro (art 1026, caput): “O credor particular de sócio pode, na insuficiência de outros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.” Se não tem bem nenhum pra ser penhorado, recai sobre os lucros que este sócio receber ou na parcela que lhe couber no caso de dissolução. 
. Penhora da quota (art 1026, p.u) “Parágrafo único. Se a sociedade não estiver dissolvida, pode o credor requerer a liquidação da quota do devedor, cujo valor, apurado na forma do art. 1.031, será depositado em dinheiro, no juízo da execução, até noventa dias após aquela liquidação.” Neste caso é mais grave, extremo, é uma das últimas medidas tomadas pois atinge o patrimônio da sociedade.
3.9) Dissolução da sociedade 
a) Dissolução Parcial – Resolução em relação a um sócio 
. Morte (art 1028): A regra é liquidar as quotas e dar para os herdeiros. Tem as exceções do art 1028; pode também os sócios comprarem a quota dele (se as quotas forem vendidas tem a preferencia dos sócios)
 “No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo:
 	I - se o contrato dispuser diferentemente;
 	II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade;
 	III - se, por acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.”
. Retirada / Recesso (art 1029) – “Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade:
 	Se a sociedade for de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de sessenta dias; 
 	Se a sociedade for de prazo determinado, provando judicialmente justa causa.
 	Parágrafo único. Nos trinta dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.”
. Exclusão (art 1030, caput) – O sócio pode ser excluído por: 
Por iniciativa da sociedade (art 1030, caput)- excluído judicialmente, por iniciativa da maioria absoluta dos sócios, por incapacidade superveniente ou falta grave no cumprimento de suas obrigações;
De pleno direito (art 1030, p.u) – o sócio declarado falido ou os que tenham sua quota liquidada de acordo com o p.u do art.1026;
Extrajudicial (art 1004) – caso do sócio remisso (o que não integraliza o capital social e fica em mora); 
OBS: art 1031- apuração de averes, ou seja, apurar a situação patrimonial econômica da sociedade. “Art. 1.031. Nos casos em que a sociedade se resolver em relação a um sócio, o valor da sua quota, considerada pelo montante efetivamente realizado, liquidar-se-á, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado.”
b) Dissolução total – a sociedade acabou 
. Extrajudicial (art 1033): Dissolve-se a sociedade quando ocorrer:
 	I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo indeterminado;
 	II - o consenso unânime dos sócios;
 	III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado;
 	IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e oitenta dias;
 	V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar.
 	Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da sociedade sobsua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. 
. Judicial (art 1034): “A sociedade pode ser dissolvida judicialmente, a requerimento de qualquer dos sócios, quando:
 	I - anulada a sua constituição;
 	II - exaurido o fim social, ou verificada a sua inexeqüibilidade.
. Outras hipóteses previstas no contrato social
OBS: liquidante (1036 e 1038)
06/07/17
Sociedade em nome coletivo (art 1039 e ss, CC)
. Conceito: sociedade composta apenas por pessoas físicas (não aceita pj como sócio) que se reúnem para exercer atividade econômica (pode ser empresaria ou simples);
. Regime subsidiário (art 1040): sociedade simples.
. Nominação (art 1041): firma social – principio da veracidade.
. Administração (art 1042): Compete exclusivamente aos sócios; 
. Responsabilidade (art 1039): ilimitada e subsidiária; com solidariedade entre os sócios (quando há solidariedade entre os sócios, pode-se cobrar tudo de um só e esse um só pode entrar com ação regressiva contra os outros depois)
	- OBS: os sócios podem delimitar as responsabilidades entre si (ex: eu só respondo até 1000 reais), mas isso não é oponível a 3ros, apenas inter partes.
. Execução das quotas pelo credor particular (art 1043): 
	-Regra: Na sociedade por prazo determinado, a sociedade não vai responder a quota do devedor, só com o lucro. O credor particular de sócio não pode, antes de dissolver-se a sociedade, pretender a liquidação da quota do devedor.
	- OBS. Sociedade prazo indeterminado: mesmo regime da simples, vai ser possível a penhora das quotas nos termos do disposto às sociedades simples. 
-Exceção: Poderá acontecer a penhora das quotas: I e II- se a sociedade em prazo determinado for prorrogada tácita ou contratualmente, sendo que contratualmente o credor deve se opor em 90 dias desde o ato dilatório. 
. Dissolução (art 1044): se dissolve pelas causas do art. 1033 e pela declaração de falência.
Sociedade em comandita simples
. Conceito: sociedade na qual cabe pessoas físicas e/ou jurídicas exercem atividade simples ou empresária de forma similar à sociedade em conta de participação. Havendo o sócio comanditário e o sócio comanditado. 
. Previsão legal: 1045 a 1051, CC.
. Regime subsidiário: as regras da sociedade em nome coletivo e depois as regras da sociedade simples. 
. Sócio comanditário: é aquele que investe o capital. Responde limitadamente ao valor das suas quotas (só perde aquilo que integralizou). Pode ser pessoa física ou jurídica. Ele não pode praticar atos de gestão, mas pode facultativamente exercer poder fiscalizatório e deliberativo (atos internos). Pode, ainda, ser procurador, com poder limitado, para certos atos (art. 1047). Não tem nome na firma. Não pode contribuir com serviços.
. Sócio comanditado: é o que exerce a atividade econômica. Tem responsabilidade subsidiaria e ilimitada. Só pode ser pessoa física. É o responsável pelos atos de gestão. Pode ser sócio de indústria e Pode/Deve ter seu nome na Firma Social (dependendo de quantos sócios tem ne).
	- OBS: Se o sócio comanditário praticar atos do sócio comanditado ele responde ilimitadamente. 
. Art. 1049: 
- Perda superveniente de capital: p.u. Se houver redução do capital social por algum motivo, o comanditário não poderá receber lucro enquanto não recuperar o capital. 
-Lucro distribuído errado: caput. O comanditário não é obrigado a repor o lucro que houver recebido a mais SE ESTIVER DE BOA-FÉ.
. Morte do sócio comanditário (art 1050): Via de regra, não dissolve a sociedade, ela continua por seus sucessores. Tem 180 dias p colocar outra pessoa se eram só 2 pessoas. 
. Morte do sócio comanditado: não acaba a sociedade, desde que o comanditário denomine um administrador seja nomeado IMEDIATAMENTE, e haverá 180 dias para arranjar outro sócio. 
	- Atenção! Parte da doutrina fala que se o comanditado morrer terá 180 dias p colocar um comanditado e o comanditário respondera ilimitadamente. Outros discordam. 
. Dissolução (art 1051): mesma forma da sociedade simples, mas cabe também falência. E a falta de um dos tipos de sócios por 180 dias. 
Sociedade em comandita por ações (art. 1090 e ss e lei 6.404/78 – lei de sociedade anônima)
. Conceito: é um tipo hibrido pq está no CC e na lei de s.a. é parecida com a lei de comandita simples, mas nos detalhes é regulado pelos arts. Da lei de s.a. Não possui quotas, mas ações.
. Comanditado: Administrador
. Comanditário: Acionista
. Nominação: firma ou denominação.
07/07/17
Sociedade Limitada 
. Histórico: até o séc. 19 só tinha sociedade simples e sociedade anônima. 
. Legislação:
 	- Art.1052 a 1087, CC. 
 	- Decreto 3.708/19: surge no Brasil através desse decreto. É grande parte das sociedades brasileiras. Foi revogado com o advento do CC. 
 	 - Lei das S/A. 
. Regime subsidiário (art 1053): rege-se pelas normas da sociedade simples, se o contrato não falar nada; mas de acordo com o p.u do art, pode-se ter o regime subsidiário com as regras da Lei Da S/A se previsto no contrato social. Críticas: o regime subsidiário é de uma sociedade ....... 
. Classificação quanto à composição
	- De pessoas: alguns dizem que a sociedade é sempre de pessoa; há caráter pessoal essencial; affectio societatis; Alguns doutrinadores falam que é sociedade de pessoas.
 	- Mista ou híbrida: Alguns doutrinadores dizem que as sociedades podem ser de pessoa ou de capital, dependendo da analise do contrato social. Para isso, analisa-se se pode vender quotas, se aceita sucessor/herdeiro; e se aceita a penhora - tomazette fala que a penhora de quotas não é critério pq é de ordem publica. 
. Conceito: Uma sociedade que pode ser composta por PF ou PJ, que exerce atividade econômica, empresarial ou não, limitando contratualmente a responsabilidade ao valor integralizado, o que faz com seja um dos tipos societários mais comuns para pequenos e médios empreendedores.
Holding patrimonial – várias PJs
. Características 
Unicategorial: não tem mais de um tipo de sócio; 
Responsabilidade – regra: limitada. 
- Exceções: 
- Art 1052, CC: os sócios respondem solidariamente entre si pelo valor não integralizado. (se alguém n integralizou, todo mundo vai responder pra pagar isso). 
- Art 1080, CC: a responsabilidade torna-se ilimitada se a lei ou o contrato for infringida.
- Art 50, CC: desconsideração da personalidade jurídica.
- Art 1158, p.3º: Se na nominação (firma ou denominação) a pessoa não colocar LTDA ou limitada, os sócios respondem ilimitadamente. 
. Contrato social (1054, CC): art 997 – regra de sociedade simples, com destaque que na sociedade limitada, pode ser firma social; 
13/07/17
	- Obs! Art 1158, p.3 – “Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura. § 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.”
	- Obs! Art 1055, § 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. – Não aceita sócio de indústria.
. Quotas 
	- Art 1055 – pode colocar valores diferentes para quotas de pessoas diferentes.
	- Art 1056 – Indivisibilidade: No decreto lei era uma quota indivisível, a quota inicial única; colocava que a quota valia 5mil por ex – ai se eu adquiria mais uma quota de 5000 reais, teria 2 quotas uma de 5000 e outra de 5000 e não umna de 10.000.(...); Atualmente, sempre se fala no Contrato Social que a quota vale R$1,00, a pessoa terá o nº quotas correspondente ao número de reais. Isso facilita a sucessão, a transmissão de quotas e etc. A indivisibilidade atualmente significa que a quota não pode ser fracionada – ou seja, se tenho 1 quota para passar para duas pessoas, as duas pessoas terão essa quota em condomínio - mas pode liquidar ai vira dinheiro e pode dividir.Art. 1.056. A quota é indivisível em relação à sociedade, salvo para efeito de transferência, caso em que se observará o disposto no artigo seguinte.
. Cessão de quotas (art. 1057, CC): O sócio só pode ceder as quotas com aprovação de ¾.
“Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.”
. Penhora de quotas – é possível, de acordo com o art. 1026. 
Administração da sociedade: 1060 – 1065 pode ser PF ou PJ, pode ser nomeado no contrato social ou em ato separado, pode ser sócio ou não sócio. 
. Socio-gerente: O decreto chamava o adm de sócio gerente, mas como pode não ser sócio, agora é administrador.
. Nomeação do não-sócio (art 1061): pode ser nomeado no contrato social ou fora dele e terá as mesmas regras pros dois tipos de nomeação:
 	- Unanimidade: Se o capital ainda não estiver integralizado precisa de unanimidade (pois a responsabilidade aqui é maior, já que o capital não integralizado significa responsabilidade ilimitada e solidaria entre os sócios);
 	- 2/3 do capital social: se o capital já estiver integralizado.
. Destituição do não sócio: maioria absoluta (no contrato social e no ato separado????)
. Nomeação do sócio: 
- No contrato: 2/3 
-Em ato separado: maioria absoluta. 
. Destituição do sócio administrador: 
-Nomeado no contrato social (art 1063, p. 1º): tem prazo para ser adm; Tratando-se de sócio nomeado administrador no contrato, sua destituição somente se opera pela aprovação de titulares de quotas correspondentes, no mínimo, a dois terços do capital social, salvo disposição contratual diversa (aí só pode dispor para mais que 2/3). 
-Nomeado em ato separado: maioria absoluta. 
*Sociedade simples: o administrador nomeado no contrato social é só justa causa judicial para ser destituído; art 1019. 
28/07/17
Conselho fiscal (art. 1066 a 1070)
Pode ou não ter este órgão, com 3 ou mais membros, sócios ou não, eleitos na assembleia anual.
. Quórum: (art. 1071, V c/c 1076, I) ¾ do capital social, no mínimo, para modificar o contrato social – ou seja, para instituir o conselho fiscal precisa desse ¾. 
. Obrigatoriedade da regulamentação: deve seguir esses arts. 1066 a 1070. 
. Membros: sócios ou não. 
	- art. 1066, p.2º: “É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente.”
	- art. 1066, p.1º: “Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis enumerados no § 1o do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.” Para assegurar independência, autonomia do conselho.
	- art. 1070, p.u: “O conselho fiscal poderá escolher para assisti-lo no exame dos livros, dos balanços e das contas, contabilista legalmente habilitado, mediante remuneração aprovada pela assembléia dos sócios.”
- Eleição dos conselheiros: se dá em assembleia com assinatura de um termo de um conselho em livro próprio. Não é obrigatório ter um presidente. É admitida a recondução do conselheiro. O suplente é elegido junto. O conselheiro pode ter um pró-labore (o conselheiro não é empregado, mas pode receber pelo trabalho prestado). 
. Dissolução: para destituir o conselho fiscal ou um conselheiro precisa de 4/5 de quem elegeu. 
. Atribuições (art. 1069): rol exemplificativo. 
. Art. 1070: “As atribuições e poderes conferidos pela lei ao conselho fiscal não podem ser outorgados a outro órgão da sociedade, e a responsabilidade de seus membros obedece à regra que define a dos administradores (art. 1.016 – os adm respondem por culpa pelos atos praticados solidariamente com a sociedade).”
03/08/17
Deliberação (Assembleia): para determinadas matérias, não tudo, algumas coisas é só o administrador que resolve mesmo. Em determinados casos é obrigatória a assembleia, em outros casos é dispensável: 
. Dispensável:
	- art, 1072, p.1º - a assembleia é dispensável quando houver menos de 10 sócios;
	- art 1072, p.2º - é dispensável as formalidades de convocação quando todos os sócios se declararem cientes ou comparecem;
	- art 1072, p.3º - quando todos os sócios decidirem, por escrito, sobre a matéria de objeto da assembleia. 
. Obrigatoriedade
	- art 1072, p.1º: quando a sociedade ltda tiver mais de 10 sócios.
	- art 1078: deve haver assembleia, no mín., 1 vez ao ano, nos 4 meses seguintes ao termino do exercício social. 
. Convocação: 
a) art. 1152, p.3 c/c art 1072, p. 2º e 3º: “art. 1152. § 3o O anúncio de convocação da assembléia de sócios será publicado por três vezes, ao menos, devendo mediar, entre a data da primeira inserção e a da realização da assembléia, o prazo mínimo de oito dias, para a primeira convocação, e de cinco dias, para as posteriores.” 
b) art. 1072, caput: compete ao administrador fazer a convocação; 
c) art. 1073: outras pessoas podem convocar assembleia quando o administrador não o fizer: 
 	Sócio: se o adm n tiver feito por mais de 60 dias, nos casos previstos em lei (1 por ano) ou no contrato; 
 	Titulares de mais de um quinto do capital: eles podem pedir fundamentadamente que o adm faça a convocação da reunião, e quando não atendido, em 8 dias, eles mesmos podem convocar;
 	Conselho fiscal: se o adm n tiver feito a convocação anual em 30 dias, ou quando ocorrerem motivos graves e urgentes. (art. 1069 V)
d) art. 1074, caput: A assembléia dos sócios instala-se com a presença, 
.em primeira convocação, de titulares de no mínimo três quartos do capital social; 
.em segunda, com qualquer número.
Obs! Art. 1072, p.5º: As deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam todos os sócios, ainda que ausentes ou dissidentes.
Obs2! Art. 1074, p.1º: O sócio pode ser representado na assembléia por outro sócio, ou por advogado, mediante outorga de mandato com especificação dos atos autorizados, devendo o instrumento ser levado a registro, juntamente com a ata.
e) local 
f) art. 1075 – funcionamento geral da assembleia
g) art. 1071 c/c art. 1076: 
“Art. 1.071. Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato:
I - a aprovação das contas da administração; Quórum: maioria simples
II - a designação dos administradores, quando feita em ato separado; Quórum: maioria absoluta do capital social (OLHAR OUTROS DISPOSITIVOS)
III - a destituição dos administradores; Quórum: maioria absoluta do capital social
IV - o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato; Quórum: maioria absoluta do capital social
V - a modificação do contrato social; Quórum: ¾ do capital social 
VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; Quórum: ¾ do capital social
VII - a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas contas; Quórum: maioria simples (dos presentes)
VIII - o pedido de concordata. Quórum: maioria absoluta do capital social
. Dissolução: mesma regra da sociedade simples + aplicável a falência (empresária) art. 1087. 
04/08/2017
Sociedade Anônima
. Legislação: arts. 1088 e 1089, CC e Lei 6.404/76 - Lei S/A. 
. Conceito: Sociedade de natureza empresária. Possui o capital social dividido em ações de livre negociabilidade. Caracteriza-se pela concentração de capital necessária para realização de grandes empreendimentos. Complexa; Não é híbrida pq tem mta pouca coisa no CC. 
. Responsabilidade: limitada ao preço de emissão das ações por ele subscrito. 
. Estatuto x contrato social: sociedade de natureza institucional, ou seja, ela tem estatuto.Mais “fechada”, mais difícil de modificar, mais engessada que o contrato social. 
. Cessão de ações x quotas: cessão de ações não altera o estatuto, só tem modificação no livro de ações. Ações =/= Quotas, nas ações não tem os direitos da condição de sócio vindo das quotas (direitos patrimoniais e direitos pessoais), mas um título de crédito.
. Nome empresarial: só pode denominação, pode ter “Companhia” no início ou “S/A” no nome. Tem que ter o objeto social no nome
 	- OBS! Art. 3º, p. 1º. “O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.”
. Regime subsidiário: seria o CC, mas lá não tem não tem nada. 
. Valores mobiliários: é a forma que as s/a têm de capitar investimento. Nem todos valores mobiliários estão ligados ao capital social, ou seja, nem toda aquisição de valores mobiliários resulta na condição de sócio: 
Art. 11. Ações
Art. 46. Partes beneficiárias: direito a eventual participação nos lucros, mas não é sócio. 
Art. 52. Debêntures: valores mobiliários que representam crédito decorrente da fração de mútuo (empréstimo) realizado por investidores à companhia, podendo ser ou não convertidos em ações. O debenturista tem direito de crédito contra a sociedade. 
Art. 75. Bônus de subscrição: direito de subscrever ação quando o aumento de capital for autorizado. Compra-se o direito para ter preferência para subscrever aquela ação. 
. Cia aberta (art. 4º)
. Cia fechada (art. 4º)
 	OBS! Fechamento e abertura de capital 
. Capital social (art. 5º e ss) 
11/08/17
-Ações 
. Conceito: único valor mobiliário de emissão obrigatória. Bem móvel. É a menor fração do capital social. Da condição de sócio. Há discussão sobre a natureza das ações, mas não precisa se atentar a isso agora. 
. Valor nominal = capital social / nº de ações 
. Preço de emissão: valor cobrado pela subscrição da ação. (subscrição é “comprar”) O preço de emissão não pode ser menor que o valor nominal. Se o valor de preço de emissão for maior que o valor nominal vai pra reserva de capital. 
. Valor econômico (ou de avaliação): quanto, provavelmente, o negociador pagaria praquela ação. Empresas especializadas fazem esse tipo de serviço.
. Valor patrimonial: valor do patrimônio liquido da companhia dividido pelo numero de ações. 
. Valor de mercado: valor pelo qual a ação é negociada no mercado de capitais.
. Art. 11, LSA: tem-se a possibilidade de uma ação ter ou não um valor nominal, ou seja, se uma ação não tem valor nominal, quer dizer que na verdade, o valor nominal não está expresso no título, mas não quer dizer que ela realmente não tenha o valor nominal. Serve para poder aumentar o capital social sem ter que recolher as certidões dos acionistas. 
. Art 13, LSA: É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal.
. Art. 12, LSA: o valor nominal so poderá ser modificado se alterar o capital social
. Classificação das ações
Quanto ao representante
- cartulares: materializadas em papel; vão ser circuladas através da tradição. Atualmente não se faz mais isso.
- escriturais: não são materializadas em papel, apenas registradas em um banco de dados. 
b) Quanto aos direitos e vantagens
- Ações Ordinárias (art. 16 c/c art. 109 LSA) (ON’s)- são aquelas que dao aos sócios os direitos essenciais: participação nos lucros sociais; participação na liquidação; direito de fiscalização; preferencia na subscrição de valores mobiliários; direito de retirada e Direito ao voto . Cada ação ordinária = 1 voto; é vedado o voto plural (votos em sentidos diferentes). 
- Ações Preferenciais (art. 17 LSA) (PN’s) – dão alguma preferência/vantagem de ordem patrimonial. Pode ser emitida com direito a voto ou sem direito a voto. 
- Ações de gozo/fruição: ações preferenciais ou ordinárias que já foram amortizadas, ou seja, que foram recompradas pela companhia.

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