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24/08/2016 1 Alavancas Profª. Christiane Athayde Santos Alavancas • Máquina simples composta de uma barra rígida que pode ser rodada em torno de um eixo: • BARRA = OSSO • EIXO = ARTICULAÇÃO • FORÇA ATUANTE = MÚSCULO • RESISTÊNCIA = PESO DO SEGMENTO + SOBRECARGA Componentes de uma alavanca • 1. Fulcro (eixo): articulação = A. • 2. Força: inserção muscular = F. • 3. Resistência: peso = R. Braço de esforço e braço de resistência • São momentos ou braços de alavanca • Braço de esforço: é a distância da linha de ação da força de esforço até o fulcro; • Braço de resistência: é a distância da linha de ação da resistência até o fulcro. • As forças de esforço e de resistência agem a uma certa distância do fulcro, elas criam torques sobre o fulcro. 24/08/2016 2 Efetividade mecânica • Vantagem mecânica • É a razão entre o comprimento do braço de esforço e o comprimento do braço de resistência. Equação: V. M. = comprimento do braço de esforço comprimento do braço de resistência Existem três situações que definem a função da alavanca VM = 1 Bf =Br • Neste caso a alavanca apenas altera a direção do movimento ou o equilíbrio da alavanca • Não amplia nenhuma das forças. • São as alavancas de 1ª classe VM > 1 Bf > Br • O torque criado pela força de esforço é ampliado pelo braço de esforço maior. • A alavanca amplia a força de esforço. Com uma menor força se vence cargas mais elevadas; • São as alavancas de 2ª classe • VM < 1 Bf < Br • Nesse caso é necessária uma força de esforço muito maior para vencer a resistência, considera-se que a velocidade de movimento é ampliada. • São as alavancas de 3ª classe. 24/08/2016 3 Vantagem Mecânica Classes de alavancas Alavancas de primeira classe • O ponto de apoio está entre o ponto de aplicação da força de ação e o da força de resistência. • A força de esforço e a força de resistência estão em lados opostos do fulcro. • VM = 1 no corpo humano. • Interfixas. • Ex: Atlanto-axial; cotovelo (m. tríceps) Alavancas de 1ª classe ou interfixas 24/08/2016 4 Alavancas de 1ª classe ou interfixas Alavancas de segunda classe • O ponto de aplicação da força de resistência está entre o da força de ação e o ponto de apoio. • Interesistentes • Existem alguns poucos exemplos de alavancas de 2ª classe no corpo humano, portanto, pode-se dizer que os humanos não foram projetados para aplicar grandes forças através deste sistema. • VM > 1 Alavancas de 2ª classe ou Interesistentes Alavancas de terceira Classe • A força de ação está aplicada entre a força de resistência e o ponto de apoio. • VM < 1 • Interpotentes 24/08/2016 5 Alavancas de 3ª classe ou Interpotentes Alavancas Interpotentes Exemplos de Alavancas utilizadas no cotidiano Centro de Massa • Peso corporal = massa x aceleração (gravidade). • O vetor do peso corporal se origina no centro de gravidade ou centro de massa ponto sobre o qual a massa do corpo está uniformemente distribuída ponto de equilíbrio T = 0 • A gravidade atua na direção vertical C.G ou C.M se referem a essa direção. 24/08/2016 6 Centro de Massa • A localização do CG corresponde ao centro de massa do corpo, sobre o qual e ao redor do qual, todas as atividades posturais estáticas e dinâmicas e todos os movimentos acontecem. • Em qualquer situação, é sobre esse ponto de equilíbrio que se dá à ação da gravidade, impulsionando-o em translação, rotação ou dotando-o de um momento de torque. Por que localizar o Centro de Gravidade? • Quando o corpo faz uma trajetória no ar, é o C.G que faz essa trajetória • Quando o corpo gira no ar, é ao redor do C.G que ele gira. 24/08/2016 7 A posição do C.G varia de acordo com a idade A posição do Centro de gravidade em relação à coluna vertebral Mobilidade do C.G. O C.G desloca-se para onde a massa é maior 24/08/2016 8 Torque ou momento de força • “ Torque ou momento de força, é a grandeza física associada à possibilidade de rotação, em torno de um eixo(pólo),decorrente da aplicação de uma força em um corpo.” OKUNO & FRATIN(2003, p.32) • T = F(┴ d) O torque é a expressão da efetividade de uma força em girar um sistema de alavanca. • Ao observarmos o sistema de alavanca, percebemos que temos duas forças concorrentes, sendo cada uma delas aplicada a uma determinada distância. • Desta forma, estaremos tratando, na verdade, de uma concorrência entre o torque que é igual à força multiplicada pela distancia da sua aplicação. • Assim sendo, temos como torque da força a fórmula Tf = F x BF, e como torque de resistência, Tr =R x BR. • Tf = Tr • F.BF = R.BR Exemplo: • Considerando a posição de flexão do cotovelo a 90 graus: • R=10 kg, Br= 30 cm, Bf= 2 cm: qual é a força? Tf = Tr F.BF = R.BR F.2cm=10 kg.30cm F.0.02m=100N. 0,3m F.0,02= 30Nm F=30Nm/0,02 F=1500N 24/08/2016 9 Considerações • É necessário desenvolver a associação do sistema de alavanca com as cargas mecânicas sobre o organismo para que, na seleção de um exercício, possamos julgar o custo/ benefício do mesmo com relação ao estresse mecânico sobre a articulação do corpo humano. • Podemos aumentar a carga mecânica de um determinado exercício pelo aumento direto de resistência, pelo aumento do braço de resistência (do torque da resistência) ou pela redução do torque da força. Variação do torque de resistência no ombro Exemplo: • Movimento de flexão anterior do ombro com um peso de 5kg na mão com o cotovelo em extensão • Calcular o torque produzido no ombro nas ADMs de: • 60° numa d┴ = 50cm; • 90° numa d┴ = 60cm • 150° numa d┴ = 30cm 50cm 60 cm 30cm 5Kg 24/08/2016 10 Resultados • T = F x ┴ d • T 60° = 5 kg x 50cm = 50N x 0,5 m = 25Nm • T 90° = 5 kg x 60cm = 50N x 0,6 m = 30Nm • T 150° = 5 kg x 30cm = 50N x 0,3m = 15Nm • O torque máximo acontece a 90° de flexão, depois ele diminui enquanto a flexão do ombro continua. • Como observamos, foi necessário passarmos para as unidades de medida corretas: de cm para m; de kg para N (o correto seria multiplicarmos por 9,81 m/s², porém é comum multiplicarmos direto por 10, facilitando o cálculo). Calculem! • Torque na extensão do cotovelo • Peso: 8kg • ADMs: – 30° e ┴ d = 60cm – 90° e ┴ d = 80 cm – 120° e ┴ d = 40cm 30° 90° 120° 60cm 80cm 40cm 8 kg Resultados • T 120° = 80N x 0,4m = 32Nm • T 90° = 80N x 0,8m = 64Nm • T 30° = 80N x 0,6m = 48Nm 24/08/2016 11 • Considerando a posição de flexão do joelho a 90 graus para mover uma carga em extensão: • R=15 kg, Br= 35 cm, Bf= 5 cm: qual é a força? • Resultado: Tf = Tr F.BF = R.BR F. 5cm = 15kg.35 cm F. 0,05m= 150N.0,35m F= 52,5N/m/0.05m F= 1050N Força • De acordo com os princípios de Newton, os objetos se movem quando são levados por uma força maior que a resistência ao movimento proporcionada pelo objeto; • A força pode produzir movimento, parar o movimento, acelerar positiva ou negativamente, ou mudar a direção do objeto. Sendo que a aceleração do objeto muda ou é impedida de mudar. Leis de Newton • Lei da Inércia - “O corpo manterá seu estado de movimento permanecendo em repouso ou em movimento retilíneo uniformea menos que sobre ele atue uma força resultante não nula.” OKUNO & FRATIN (2003, p. 12). • Lei da Aceleração - “ Uma força aplicada a um corpo acarreta uma aceleração desse corpo de magnitude proporcional à força, na direção da força e inversamente à massa do corpo.”HALL (2000, p.285) • Lei da Ação e Reação - “Para cada ação, existe uma reação igual e oposta.” HALL(2000, p.285) 24/08/2016 12 Conceitos Básicos Relacionados a Cinética • Massa: é a quantidade de matéria que compõe um corpo. • Inércia: tendência de um corpo de resistir a qualquer mudança em seu estado de movimento. • Força: impulso ou tração agindo sobre um corpo. – Forças externas afetam o corpo e são provenientes do meio externo. – Forças Internas são forças geradas dentro do corpo (muscular) Conceitos Básicos Relacionados a Cinética • Fatores que afetam a produção de força Muscular: • Recrutamento de unidades motoras; • Disposição das fibras musculares; • Tipo das Fibras Musculares; • Relação comprimento- tensão. Conceitos Básicos Relacionados a Cinética • Peso: quantidade de força gravitacional exercida sobre um corpo. • Pressão: força distribuída por determinada área.N/cm2 (Pascal) • Impulso: quando uma força é aplicada a um corpo, o movimento resultante não depende apenas da magnitude da força aplicada, mas também da duração de sua aplicação. I= F x t Unidade: N.s Composição Vetorial • Processo de determinação de um único vetor, a partir de dois ou mais vetores, através da soma vetorial. • Forças de: – Mesma duração, mesmo sentido e mesmo ponto de aplicação. – Resultante = soma das intensidades das forças componentes 24/08/2016 13 Composição Vetorial • Forças de: – Mesma direção e sentidos opostos Composição Vetorial – Forças concorrentes ou angulares com ângulos de 90° • Nesse caso a resultante pode ser obtida pelo teorema de Pitágoras • “Em todo triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.” • Hipotenusa = resultante Composição Vetorial • Forças concorrentes com ângulos diferentes de 90 – Se o ângulo for menor do que 90, R será maior do que as componentes; – Se o ângulo for maior do que 90, R será menor do que as componentes; 24/08/2016 14 Representação de forças • Vetores: • Haste - determina a linha de ação da força e seu tamanho • Ponta - determina o sentido • Cauda - especifica o ponto de aplicação da força • Força Resultante - Quando duas ou mais forças agem num corpo, pode-se determinar uma força capaz de produzir o mesmo efeito que todas as forças atuando juntas Representação de forças • Polígono • Pode ser aplicado a qualquer número de vetores. • A origem do vetor seguinte deve coincidir com a extremidade do anterior • Vetor resultante, seta cuja origem coincide com a origem do primeiro vetor transportado e a extremidade coincida com a ponta do último vetor considerado. Polígono 24/08/2016 15 Paralelogramo • Transporta-se os vetores, mantendo seus módulos, direções e sentidos, com as suas origens coincidindo. • Traça-se, partindo da extremidade de cada vetor, segmentos de reta paralelos ao outro vetor, formando um paralelogramo. • Vetor resultante é a seta cuja cauda coincide com a origem dos vetores e cuja ponta coincide com o cruzamento dos segmentos paralelos traçados. Paralelogramo
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