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Prontuário Terapêutico 2010

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Março de 2010 9
Prontuário Terapêutico
9
M
arço de 2010
Medicamentos
Anti ‑infecciosos 11Medicamentos Anti ‑infecciosos
Os fármacos anti ‑infecciosos em geral e os anti‑
microbianos em particular têm demonstrado uma 
eficácia inquestionável no tratamento das infecções, 
sendo a sua utilidade terapêutica indiscutível. Con‑
tudo, após a sua introdução na prática clínica, rapi‑
damente se verificou que diferentes microrganismos 
eram susceptíveis de adquirir resistência a fármacos 
aos quais eram inicialmente sensíveis, sendo o exem‑
plo dos estafilococos produtores de lactamases beta 
o mais conhecido. A emergência de estirpes resisten‑
tes, como resultado da pressão selectiva, é hoje em 
dia uma realidade preocupante. A utilização, genera‑
lizada e precoce, de uma terapêutica antimicrobiana 
de largo espectro favorece o crescimento e selecção 
dos microrganismos resistentes, ao eliminar as estir‑
pes sensíveis.
Os princípios gerais da terapêutica antimicrobia‑
na deverão, assim, estar sempre presentes quando da 
instituição de uma antibioterapia. O tratamento deve‑
rá ser individualizado tendo em consideração o perfil 
do doente, o local da infecção e a etiologia da doen‑
ça. A selecção do antimicrobiano deverá basear ‑se na 
sua eficácia e segurança e ainda num custo aceitável. 
Ao avaliar a eficácia e segurança de um antimicrobia‑
no é importante considerar os efeitos resultantes de 
uma terapêutica de largo espectro na ecologia bacte‑
riana ‑ aumento do risco de infecção devida a micror‑
ganismos resistentes para o próprio doente e emer‑
gência de estirpes bacterianas com novos padrões de 
resistência no próprio meio, quer hospitalar quer na 
comunidade. O antimicrobiano eficaz de menor es‑
pectro de actividade deverá ser sempre o fármaco de 
primeira escolha, devendo os clínicos adoptar uma 
atitude restritiva dentre os vários grupos de antimi‑
crobianos eficazes (um ou dois fármacos de cada gru‑
po). Os novos antimicrobianos deverão ser sempre 
avaliados tendo como referência os já existentes e 
prescritos apenas quando claramente superiores. As 
associações de antimicrobianos justificam ‑se apenas 
em situações particulares, a maioria ocorrendo em 
meio hospitalar, e têm por objectivo o tratamento 
de infecções polimicrobianas em que um único fár‑
maco não é susceptível de cobrir os microrganismos 
isolados, obter um efeito sinérgico ‑ sem dúvida de 
grande relevância no tratamento de infecções devi‑
das a determinadas estirpes bacterianas, como é o 
caso da endocardite devida a Streptococcus ou das 
infecções por Pseudomonas ‑ ou ainda minimizar o 
desenvolvimento de estirpes resistentes, como é o 
caso do tratamento da tuberculose ou das infecções 
por Pseudomonas. Uma terapêutica empírica deverá 
ser instituída com um antibiótico ou associação de 
antibióticos cujo espectro de actividade inclua ape‑
nas o ou os microrganismos que se suspeita serem 
causadores da infecção e não todos os possíveis; uma 
terapêutica de largo espectro justifica ‑se quando for 
necessário assegurar um controlo precoce da situa‑
ção clínica do doente e evitar complicações. O perfil 
do doente, a gravidade da situação e a existência de 
co ‑morbilidade são factores importantes a conside‑
rar, bem como o local da infecção e o padrão de sus‑
ceptibilidade aos antimicrobianos do ou dos agentes 
etiológicos mais provavelmente responsáveis pela 
infecção em causa. A eficácia do tratamento depen‑
derá do rigor do diagnóstico e de uma terapêutica 
antimicrobiana apropriada. A utilização de regimes 
posológicos adequados é determinante da resposta 
terapêutica. Das reacções adversas induzidas pelos 
antimicrobianos em geral, as reacções alérgicas ‑ fe‑
Medicamentos Anti ‑infecciosos 
 1.1. Antibacterianos
 1.1.1. Penicilinas
 1.1.1.1. Benzilpenicilinas e 
 fenoximetilpenicilina 
 1.1.1.2. Aminopenicilinas 
 1.1.1.3. Isoxazolilpenicilinas
 1.1.1.4. Penicilinas anti ‑ 
 ‑Pseudomonas
 1.1.1.5. Amidinopenicilinas
 1.1.2. Cefalosporinas
 1.1.2.1. Cefalosporinas 
 de 1ª. Geração
 1.1.2.2. Cefalosporinas 
 de 2ª. Geração
 1.1.2.3. Cefalosporinas 
 de 3ª. Geração
 1.1.2.4. Cefalosporinas 
 de 4ª. Geração
 1.1.3. Monobactamos
 1.1.4. Carbapenemes
 1.1.5. Associações de penicilinas 
com inibidores das 
 lactamases beta
 1.1.6. Cloranfenicol e tetraciclinas
 1.1.7. Aminoglicosídeos
 1.1.8. Macrólidos
 1.1.9. Sulfonamidas e suas 
associações
 1.1.10. Quinolonas
 1.1.11. Outros antibacterianos
 1.1.12. Antituberculosos
 1.1.13. Antilepróticos
 1.2. Antifúngicos
 1.3. Antivíricos
 1.3.1. Anti ‑retrovirais
 1.3.1.1. Inibidores da protease
 1.3.1.2. Análogos dos não 
 nucleosídeos inibidores 
 da transcriptase inversa 
 (reversa) 
 1.3.1.3. Análogos dos 
 nucleosídeos inibidores 
 da transcriptase 
 inversa (reversa) 
 1.3.2. Outros antivíricos
 1.4. Antiparasitários
 1.4.1. Anti ‑helmínticos
 1.4.2. Antimaláricos
 1.4.3. Outros antiparasitários
22 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
bre e erupções cutâneas ‑ são as mais frequentes. A 
nefro e a ototoxicidade bem como a mielosupressão 
são específicas de fármaco e estão, usualmente, bem 
documentadas. Os macrólidos, a rifampicina e os 
antifúngicos do grupo dos imidazóis podem apresen‑
tar interacções medicamentosas clinicamente signifi‑
cativas. Algumas infecções são autolimitadas e muitas 
são, provavelmente, de origem viral.
A terapêutica definitiva poderá diferir da terapêutica 
inicialmente instituída e deverá ser iniciada logo que os 
resultados laboratoriais estejam disponíveis. Os textos 
protocolares publicados relativamente ao tratamento de 
patologias específicas deverão ser consultados.
Os diferentes grupos de fármacos anti ‑infecciosos 
serão abordados de acordo com a classificação farma‑
coterapêutica destes medicamentos. 
 1.1. Antibacterianos
 1.1.1. Penicilinas
As penicilinas foram os primeiros “verdadeiros 
antibióticos” a ser introduzidos na prática clínica e 
continuam a desempenhar um papel importante no 
tratamento das infecções bacterianas.
Pertencentes ao grande grupo dos beta lactâmi‑
cos, as penicilinas são antibióticos bactericidas que 
actuam por inibição da síntese da parede bacteriana e 
activação do seu sistema autolítico endógeno.
Apresentam uma boa difusão em todos os tecidos 
do organismo com excepção da próstata, olho e SNC 
(meninges não inflamadas). São excretadas por via 
renal sendo recomendada uma redução da sua poso‑
logia em doentes com IR moderada a grave (em geral 
para Cl cr < 50 ml/min).
Habitualmente as penicilinas são divididas em 5 
grandes grupos de acordo com o seu espectro de 
actividade: penicilinas naturais (benzilpenicilinas), 
aminopenicilinas, isoxazolilpenicilinas ou penici‑
linas resistentes às penicilinases, penicilinas anti‑
‑pseudomonas ou de largo espectro e amidinopeni‑
cilinas. 
 1.1.1.1. Benzilpenicilinas e fenoximetil‑
penicilina
As penicilinas naturais (benzilpenicilina ou peni‑
cilina G e penicilina V) são activas contra muitos co‑
cos gram + incluindo a maioria dos Staphylococcus 
aureus e S. epidermidis não produtores de penicili‑
nases, estreptococos, pneumococos de quase todos 
os grupos, Streptococcus viridans e algumas estirpes 
de enterococos. São também activas contra alguns 
bacilos gram + como o Bacillus anthracis, Cory‑
nebacterium diphteriae, Listeria monocythogenes e 
alguns cocos gram ‑ como a Neisseria meningitidis e 
ainda alguns bacilos gram ‑ como o Haemophilus in‑
fluenzae. Muitos anaeróbios gram +, o treponema e 
alguns anaeróbios gram ‑ são sensíveis a estas penici‑
linas. As Enterobactereaceae e a Pseudomonas aeru‑
ginosa são sempre resistentes às penicilinas naturais.
A benzilpenicilina ou penicilina G é um antimicro‑
biano de eleição para muitas situações clínicas. Comum t
1/2
 plasmático de apenas 20 a 50 minutos, deve 
ser administrada por via IV ou IM a intervalos muito 
curtos ou mesmo em perfusão contínua. A utilização 
de doses elevadas, e porque a maioria das penicilinas 
se apresenta sob a forma de sais sódicos ou potássi‑
cos, poderá estar na origem de alguns desequilíbrios 
electrolíticos; é esta a razão pela qual é racional pres‑
crever, nestas doses, a penicilina G sob a forma dos 
seus sais sódico e potássico. Cada 1.000.000 UI de 
penicilina G contém 2 mEq de sódio (sal sódico) ou 
1,7 mEq de potássio (sal potássico). Quando utiliza‑
das doses elevadas, particularmente em doentes com 
disfunção cardíaca ou renal, este aporte de sódio ou 
potássio deverá ser considerado. A penicilina G ben‑
zatínica e a penicilina G procaínica são sais pouco 
solúveis de penicilina G formulados exclusivamente 
para administração por via IM. Deste modo é possí‑
vel manter concentrações séricas de penicilina G por 
períodos prolongados (até 24 horas para a penicilina 
procaínica e até 15 dias para a penicilina benzatíni‑
ca). A administração de doses únicas de 600.000 a 
2 400.000 UI de penicilina benzatínica é usada no 
tratamento de infecções devidas a Streptococcus 
pyogenes e na sífilis e, em administrações mensais, 
na profilaxia da febre reumática. A penicilina V ou 
fenoximetilpenicilina é um derivado da penicilina 
G resistente ao pH ácido do estômago sendo, por 
isso, possível a sua administração por via oral. Não é, 
contudo, recomendada a sua utilização no tratamen‑
to de infecções graves, uma vez que a sua actividade 
bactericida é bastante inferior à da penicilina G e a 
sua biodisponibilidade bastante variável. 
n BENZILPENICILINA BENZATíNICA 
Ind.: Infecções devidas a Streptococcus pyogenes, 
sífilis e profilaxia da febre reumática.
R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 600.000 a 1.200.000 UI 
em dose única; 2.400.000 UI em dose única se‑
manal, durante 3 semanas no tratamento da sífilis 
diagnosticada tardiamente.
[Crianças] ‑ Via IM: < 12 anos: 300.000 a 600.000 
UI em dose única.
Parentéricas ‑ 1.2 M.U.I./4 ml 
 LENTOCILIN S 1200 (MSRM); Lab. Atral
 Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 5 (e 5); 69%
Parentéricas ‑ 2.4 M.U.I./6.5 ml 
 LENTOCILIN S 2400 (MSRM); Lab. Atral
 Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 6,5 ml; e 5,5 (e 5,5); 69%
n BENZILPENICILINA BENZATíNICA + 
BENZILPENICILINA POTáSSICA + 
BENZILPENICILINA PROCAíNICA 
Esta associação não apresenta vantagens sobre as 
outras formas injectáveis de penicilina.
Parentéricas ‑ Benzilpenicilina benzatínica 600000 
U.I. + Benzilpenicilina potássica 300000 U.I. + Ben‑
zilpenicilina procaínica mono ‑hidratada 300000 U.I. 
 LENTOCILIN 6.3.3 (MSRM); Lab. Atral
 Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 6 (e 6); 69%
 1.1. Antibacterianos 23 
n BENZILPENICILINA POTáSSICA 
Ind.: Infecções por agentes penicilino ‑sensíveis, 
nomeadamente faringite, amigdalite, otite média, 
pneumonia, endocardite estreptocócica e menin‑
gite meningocócica ou pneumocócica.
R. Adv.: Reacções de hipersensibilidade incluindo 
febre, urticária, dores articulares; angioedema. 
Leucopenia e trombocitopenia, usualmente tran‑
sitórias. Choque anafilático apenas em doentes 
com hipersensibilidade às penicilinas.
Contra ‑Ind. e Prec.: História de hipersensibilidade 
às penicilinas. Reduzir a posologia no doente com 
IR.
Interac.: A probenecida inibe competitivamente 
a secreção tubular das penicilinas causando um 
aumento significativo das suas concentrações sé‑
ricas.
Posol.: [Adultos] ‑ Via IV (perfusão intermitente) ou 
IM: 300.000 a 1.200.000 UI/dia, a administrar de 3 
em 3 ou de 4 em 4 horas.
Via IV (perfusão intermitente ou perfusão contí‑
nua): 10.000.000 a 24.000.000 UI/dia, a adminis‑
trar a intervalos de 2 em 2 horas ou por perfusão 
contínua, no tratamento de infecções graves.
Reduzir a posologia no doente com IR (Cl cr < 
50 ml/min).
Via intratecal ‑ Não recomendada.
[Crianças] ‑ Via IV: < 12 anos: 25.000 a 400.000 
UI/kg/dia, a administrar de 4 em 4 ou de 6 em 6 
horas.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
n BENZILPENICILINA PROCAíNICA 
Ind.: Infecções devidas a Neisseria gonorrhoeae, 
Treponema pallidum e outros microrganismos 
sensíveis à penicilina.
R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. A penicilina 
procaína se inadvertidamente administrada intra‑
‑arterialmente pode causar lesões vasculares e 
neurológicas. Eventuais reacções psicóticas agu‑
das devidas à procaína são transitórias. 
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 600.000 a 1.000.000 UI/
dia; 2.400.000 UI/dia, durante 10 a 14 dias no tra‑
tamento da neurosífilis, como alternativa à penici‑
lina G e em associação com probenecida.
[Crianças] ‑ Via IM: < 12 anos: 25.000 a 50.000 
UI/kg/dia.
Nota: V. Benzilpenicilina benzatínica + Benzilpeni‑
cilina potássica + Benzilpenicilina procaínica. 
n FENOXIMETILPENICILINA 
Ind.: Profilaxia da febre reumática e tratamento 
de infecções estreptocócicas ligeiras a modera‑
das. V. Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina 
(1.1.1.1.).
R. Adv.: Reacções de hipersensibilidade incluindo 
febre, urticária, dores articulares; angioedema. 
Leucopenia e trombocitopenia, usualmente tran‑
sitórias. Choque anafilático apenas em doentes 
com hipersensibiliade às penicilinas. Anemia he‑
molítica, agranulocitose. Esofagite, alterações da 
função hepática e descoloração da língua.
Contra ‑Ind. e Prec.: História de hipersensibilidade 
às penicilinas. Reduzir a posologia no doente com 
IH e/ou IR grave (Cl cr < 10 ml/min).
Interac.: A probenecida inibe competitivamente a 
secreção tubular das penicilinas causando um 
aumento significativo das suas concentrações sé‑
ricas.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 125 a 500 mg, 2 a 4 ve‑
zes/dia.
[Crianças] ‑ 25 a 100 mg/Kg/dia a administrar em 
2 ou 4 vezes (250 mg de penicilina V potássica 
correspondem, aproximadamente, a 400.000 uni‑
dades).
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
 1.1.1.2. Aminopenicilinas
São penicilinas semissintéticas que apresentam 
um espectro de actividade que inclui, para além de 
cocos gram +, um número significativo de bactérias 
gram ‑ como o Haemophilus influenzae e várias estir‑
pes de E. coli, Proteus mirabillis, Salmonella e Shi‑
gella. São habitualmente resistentes a quase totalida‑
de dos estafilococos produtores de lactamases beta, 
outras Enterobactereaceae, Bacteroides fragillis e 
Pseudomonas. A ampicilina é mais activa contra 
Enterococcus e H. influenzae do que a penicilina G.
Actualmente uma percentagem significativa de E. 
coli são já resistentes à ampicilina e amoxicilina 
pelo que, na sua prescrição (terapêutica empírica) a 
doentes com infecção urinária, o conhecimento do 
padrão de sensibilidade aos antimicrobianos deverá 
ser considerado. A ampicilina foi o primeiro fárma‑
co deste grupo a ser comercializado. As aminopenici‑
linas são resistentes ao pH ácido do estômago, o que 
permite a sua administração por via oral. 
A amoxicilina difere da ampicilina apenas pela 
presença de um grupo hidroxilo na sua molécula. É 
melhor absorvida do que a ampicilina quando admi‑
nistrada per os e a sua biodisponibilidade não é al‑
terada pelos alimentos, apresentando ‑se assim como 
tendo vantagens sobre a ampicilina. O seu espectro 
de actividade é idêntico ao da ampicilina. 
Ind.: Tratamento de infecções respiratórias, exacer‑
bações da bronquite crónica e otites, habitual‑mente devidas a estreptococos ou Haemophilus e 
ainda infecções urinárias e gonorreia.
R. Adv.: Das suas reacções adversas, para além das já 
referidas na introdução às penicilinas, destacam‑
‑se as náuseas e diarreia que são susceptíveis de 
induzir com alguma frequência. A ampicilina e a 
amoxicilina induzem frequentemente erupções 
cutâneas que não são, contudo, descritas como 
resultado de uma verdadeira alergia às penicili‑
nas. A bacampicilina e a pivampicilina são ésteres 
da ampicilina que apresentam uma biodisponibi‑
lidade superior e induzem diarreia com menor 
frequência. 
Contra ‑Ind. e Prec.: As das penicilinas. V. Benzilpe‑
nicilina potássica. 
24 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
Interac.: As das penicilinas. V. Benzilpenicilina po‑
tássica. 
n AMOXICILINA 
Ind.: V. Introdução (1.1.1.2.). Profilaxia da endo‑
cardite bacteriana. Tratamento da úlcera péptica 
(erradicação do Helicobacter pylori) em associa‑
ção com outros antimicrobianos e inibidores da 
secreção ácida gástrica (V. Grupo 6.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 
horas; 3 g de 12 em 12 horas nas infecções graves; 
1 g de 12 em 12 horas, durante 14 dias (terapêuti‑
ca tripla) ou 1 g de 8 em 8 horas, durante 14 dias 
(terapêutica dupla) na erradicação do H. pylori; 2 
g, a administrar 1 hora antes de intervenções ci‑
rúrgicas ou extracções dentárias, na profilaxia da 
endocardite bacteriana.
Via IM ou IV: 500 mg de 8 em 8 horas (via IM); 
500 mg a 1 g de 8 em 8 horas ou de 6 em 6 horas 
(via IV). 
[Crianças] ‑ Via oral: < 10 anos: 125 a 250 mg 
de 8 em 8 horas; dos 2 aos 5 anos: 750 mg de 12 
em 12 horas; dos 5 aos 10 anos: 1,5 g de 12 em 12 
horas nas infecções respiratórias graves.
Via IM ou IV: 50 a 100 mg/Kg/dia, a administrar de 
8 em 8 ou de 6 em 6 horas.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml 
 AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,38 
(e 0,0238); 69% ‑ PR e 2,1 
 AMOXICILINA SANDOZ 250 MG/5 ML Pó PARA SUS‑
PENSãO ORAL (MSRM); Sandoz
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,1 
(e 0,021); 69% ‑ PR e 2,1 
 CLAMOXYL (MSRM); Beecham
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 5,11 
(e 0,0511); 69% ‑ PR e 2,1 
 ORAMINAX (MSRM); Lab. B.A. Farma
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 5,7 
(e 0,0475); 69% ‑ PR e 2,52
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 500 mg/5 ml 
 AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 4,52 
(e 0,0452); 69% ‑ PR e 3,67 
 AMOXICILINA SANDOZ 500 MG/5 ML Pó PARA SUS‑
PENSãO ORAL (MSRM); Sandoz
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 3,67 
(e 0,0367); 69% ‑ PR e 3,67 
 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 8,4 
(e 0,07); 69% ‑ PR e 4,4 
 CLAMOXYL (MSRM); Beecham
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 8,19 
(e 0,0819); 69% ‑ PR e 3,67 
 ORAMINAX (MSRM); Lab. B.A. Farma
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 9,58 
(e 0,0798); 69% ‑ PR e 4,4
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 1000 mg 
 AMOXICILINA SANDOZ (MSRM); Sandoz
 Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,31 
(e 0,3319); 69% ‑ PR e 5,48 
 CLAMOXYL (MSRM); Beecham
 Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 
(e 0,59); 69% ‑ PR e 5,48
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 3000 mg 
 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Pó p. susp. oral ‑ Saqueta ‑ 1 unid; e 3,05 
(e 3,05); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 AMOXICILINA CINFA (MSRM); Cinfa
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 3,25 (e 0,2031); 69% 
 ‑ PR e 4,22 
 AMOXICILINA GENERIS 500 MG CáPSULAS (MSRM); 
Generis
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 2,04 (e 0,1275); 69% 
 ‑ PR e 4,22 
 AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 2,8 (e 0,175); 69% ‑ PR 
e 4,22 
 AMPLAMOX (MSRM); Tecnifar
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,17 (e 0,3856); 69% 
 ‑ PR e 4,22 
 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,17 (e 0,3856); 69% 
 ‑ PR e 4,22 
 CLAMOXYL (MSRM); Beecham
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,5 (e 0,4063); 69% 
 ‑ PR e 4,22 
 FLEMOXIN SOLUTAB (MSRM); Astellas
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,36 (e 0,335); 69%
Orais sólidas ‑ 1000 mg 
 AMOXICILINA GENERIS (MSRM); Generis
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 4,72 (e 0,295); 
69% ‑ PR e 5,48 
 AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,21 (e 0,3881); 69% 
 ‑ PR e 5,48 
 AMPLAMOX (MSRM); Tecnifar
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% 
 ‑ PR e 5,48 
 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% 
 ‑ PR e 5,48 
 FLEMOXIN SOLUTAB (MSRM); Astellas
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,91 (e 0,5569); 69% 
 ‑ PR e 5,48 
 MOXADENT (MSRM); Lab. Vitória
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,99 (e 0,4994); 69% 
 ‑ PR e 5,48 
 ORAMINAX (MSRM); Lab. B.A. Farma
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% 
 ‑ PR e 5,48
n AMPICILINA 
Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica. 
Otite média. Sinusite. Infecções urinárias. Infec‑
ções devidas a algumas estirpes de Salmonella. 
Gonorreia.
R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V. 
Introdução (1.1.1.2.).
 1.1. Antibacterianos 25 
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 mg a 1 g de 6 em 
6 horas, a administrar 30 minutos antes das re‑
feições; 500 mg de 8 em 8 horas nas infecções 
urinárias; 2 a 3,5 g como dose única na gonorreia.
Via IM ou IV: 500 mg a 1 g de 6 em 6 ou de 4 em 
4 horas.
[Crianças] ‑ Via oral: < 10 anos: metade da dose 
do adulto.
Via IM ou IV: < 10 anos: metade da dose do 
adulto.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
n AMPICILINA + AMPICILINA BENZATíNICA 
Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica. Oti‑
te média. Sinusite. Infecções urinárias. Infecções 
por Salmonella. Gonorreia.
R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V. 
Introdução (1.1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 250 mg a 1 g de 24 em 
24 horas.
[Crianças] ‑ Via IM: > 1 semana: 250 mg/kg de 12 
em 12 horas ou de 8 em 8 horas.
Parentéricas ‑ 100 mg/4 ml + 400 mg/4 ml 
 HIPERBIóTICO RETARD (MSRM); Lab. Atral
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 1,33 (e 1,33); 0%
 1.1.1.3. Isoxazolilpenicilinas
São penicilinas semissintéticas que não são hi‑
drolisadas pela maioria das penicilinases. Embora 
apresentem alguma actividade contra outros cocos 
gram + e gram ‑ são, em geral, menos activas que as 
penicilinas naturais.
Ind.: A sua única indicação terapêutica é o tratamen‑
to das infecções devidas a estirpes susceptíveis de 
estafilococos.
R. Adv.: As das penicilinas. V. Benzilpenicilina po‑
tássica. 
Contra ‑Ind. e Prec.: As das penicilinas. V. Benzilpe‑
nicilina potássica. 
Interac.: As das penicilinas. V. Benzilpenicilina po‑
tássica. 
n DICLOXACILINA 
Ind.: Infecções devidas a estirpes de estafilococos 
produtoras de penicilinases, incluindo otite ex‑
terna, pneumonia, impetigo, celulite, infecções da 
pele e tecidos moles, osteomielites e endocardite 
estafilocócica.
R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 125 a 250 mg de 6 em 
6 horas.
[Crianças] ‑ Via oral: 4 a 8 mg/kg de 6 em 6 ho‑
ras em RNs; 12,5 a 25 mg/Kg/dia em crianças com 
peso inferior a 40 kg.
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 DICLOCIL (MSRM);Bristol ‑Myers Squibb
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,23 (e 0,4519); 69%
n FLUCLOXACILINA 
Ind.: V. Introdução (1.1.1.3.).
R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. Hepatotoxi‑
cidade (hepatite aguda colestática) está também 
descrita; o início pode ser tardio, por vezes, após 
a suspensão da terapêutica. 
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. 
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 6 em 
6 horas, a administrar 30 minutos antes das re‑
feições.
Via IM: 250 a 500 mg de 6 em 6 horas.
Via IV: 250 mg a 1 g de 6 em 6 horas. Doses até 8 
g/dia têm sido usadas no tratamento de infecções 
graves.
[Crianças] ‑ Via oral: < 2 anos: um quarto da 
dose do adulto; dos 2 aos 10 anos: metade da 
dose do adulto.
Via IM ou IV: < 2 anos: um quarto da dose do 
adulto; dos 2 aos 10 anos: metade da dose do 
adulto.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml 
 FLOXAPEN (MSRM); Actavis (Islândia)
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 6,52 
(e 0,0652); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 FLOXAPEN (MSRM); Actavis (Islândia)
 Cáps. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 11,79 (e 0,4913); 69% 
 ‑ PR e 8,43 
 FLUCLOXACILINA FLOXIL 500 MG CáPSULAS 
(MSRM); Tecnimede
 Cáps. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 5,9 (e 0,2458); 69% 
 ‑ PR e 8,43 
 FLUCLOXACILINA GENERIS (MSRM); Generis
 Cáps. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 8,43 (e 0,3513); 69% 
 ‑ PR e 8,43
Parentéricas ‑ 500 mg/2 ml 
 FLOXAPEN (MSRM); Actavis (Islândia)
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 1,45 (e 1,45); 69%
 1.1.1.4. Penicilinas anti ‑Pseudomonas
Incluem as carboxipenicilinas (carbenicilina e 
ticarcilina) que são activas contra a P. aeruginosa e 
algumas espécies de Proteus resistentes à ampicili‑
na; são ineficazes contra Staphylococcus aureus; as 
ureidopenicilinas (azlocilina, mezlocilina e piperaci‑
lina) apresentam um espectro de acção mais largo 
que as carboximetilpenicilinas sendo activas contra 
numerosas estirpes de P. aeruginosa, Klebsiella e 
ainda de Streptococcus, Enterococcus e anaeróbios. 
Os Staphylococcus e o H. influenzae produtores de 
lactamases beta são resistentes a estas penicilinas. A 
sua utilização terapêutica está, assim, dirigida para o 
tratamento de infecções graves devidas a microrga‑
nismos susceptíveis ou infecções mistas envolvendo 
aeróbios e anaeróbios, em monoterapia ou em asso‑
26 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
ciação com um aminoglicosídeo no tratamento da 
sepsis, infecções abdominais e nos doentes neutro‑
pénicos. A azlocilina, a mezlocilina e a ticarcilina não 
se encontram registadas em Portugal e a carbenicilina 
já deixou de ser comercializada. 
n PIPERACILINA 
Ind.: Infecções graves devidas a gram ‑ multirresis‑
tentes, incluindo a Pseudomonas aeruginosa.
R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica.
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica.
Interac.: V. Benzilpenicilina potássica.
Posol.: [Adultos] ‑ Via IV: 200 a 300 mg/Kg/dia, a 
administrar de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas.
Via IM: 100 a 150 mg/kg/dia, a administrar de 4 
em 4 ou de 6 em 6 horas. Não administrar doses 
únicas superiores a 2 g.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
 1.1.1.5. Amidinopenicilinas
O seu espectro de acção antibacteriana é restri‑
to apenas a bactérias aérobias gram ‑ não incluindo, 
contudo, a P. aeruginosa. O pivmecilinam é o único 
antimicrobiano deste grupo que se encontra actual‑
mente comercializado. 
n PIVMECILINAM 
Ind.: Infecções urinárias. Gastroenterites bacteria‑
nas.
R. Adv.: As das penicilinas.
Contra ‑Ind. e Prec.: As das penicilinas. Doentes 
com deficiência em carnitina em terapêutica pro‑
longada. Doentes com porfiria.
Interac.: As das penicilinas. Os anti ‑ácidos são sus‑
ceptíveis de reduzir a absorção do pivmecilinam.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 400 mg a 800 mg/dia, a 
administrar em 2 a 4 doses.
Orais sólidas ‑ 200 mg 
 SELEXID (MSRM); Leo Pharmaceutical (Dinamarca)
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 7,34 
(e 0,5243); 69%
 1.1.2. Cefalosporinas
As cefalosporinas são antibióticos beta lactâmicos, 
estrutural e farmacologicamente relacionados com 
as penicilinas. Antibióticos bactericidas, tal como as 
penicilinas, actuam inibindo a síntese da parede bac‑
teriana. Apresentam uma boa difusão nos diferentes 
tecidos do organismo e, na sua maioria, são elimina‑
das por via renal, sendo recomendados ajustamentos 
posológicos em doentes com IR moderada a grave 
(usualmente para Cl cr ≤ 50 ml/min). O seu perfil de 
reacções adversas é também bastante aceitável.
Em geral, as cefalosporinas são activas in vitro 
contra muitas bactérias aeróbias gram + e gram 
 ‑ e alguns anaeróbios. Contudo, existem diferenças 
substanciais entre as várias cefalosporinas no que 
respeita ao seu espectro e grau de actividade bacte‑
ricida. O conhecimento dessas diferenças é essencial 
para a utilização destes antimicrobianos. Algumas 
cefalosporinas apresentam um espectro de activida‑
de ou características farmacológicas únicos; outras 
podem ser descritas como fármacos “me too” que 
são de custo mais elevado do que as alternativas tera‑
pêuticas já existentes. As cefalosporinas actualmente 
disponíveis são usualmente classificadas em 4 classes 
 ‑ 1a, 2a, 3a e 4a gerações ‑ de acordo com o seu es‑
pectro de actividade. As cefalosporinas de 1a geração 
são activas essencialmente sobre bactérias gram +, 
sendo limitada a sua actividade sobre algumas gram 
 ‑. À medida que se avança nas diferentes gerações, o 
espectro para gram ‑ amplia ‑se (as cefalosporinas de 
4a geração são as mais activas) mas perde ‑se alguma 
actividade para os gram +. As cefamicinas e carba‑
cefemes são habitualmente classificados no grupo 
das cefalosporinas dada a sua grande semelhança 
farmacológica.
Chama ‑se a atenção para o excesso de oferta tera‑
pêutica neste grupo e insiste ‑se na necessidade de o 
médico limitar a sua prescrição apenas a alguns pou‑
cos membros desta família de medicamentos.
Ind.: Tratamento ou profilaxia de infecções bacteria‑
nas devidas a microrganismos susceptíveis.
R. Adv.: As reacções adversas descritas com as 
cefalosporinas são, em geral, semelhantes e in‑
cluem: Efeitos gastrintestinais ‑ náuseas, vómitos 
e diarreia sobretudo com doses elevadas. Efeitos 
hematológicos ‑ eosinofilia, agranulocitose e 
trombocitopenia ocorrem raramente. Alteração 
das enzimas hepáticas e icterícia colestática estão 
também descritas mas ocorrendo muito raramen‑
te. Tal como as penicilinas, as cefalosporinas são 
susceptíveis de induzir reacções de hipersensibili‑
dade caracterizadas habitualmente por erupções 
cutâneas, urticária, prurido, artralgias e reacções 
anafilácticas, embora muito raramente. Cerca 
de 10% dos doentes que apresentam hipersen‑
sibilidade às penicilinas desenvolvem também 
reacções de hipersensibilidade às cefalosporinas, 
pelo que uma história de hipersensibilidade às 
penicilinas pode constituir uma contra ‑indicação 
à utilização de cefalosporinas; uma história de 
hipersensibilidade às cefalosporinas constitui 
sempre uma contra ‑indicação à utilização destes 
antimicrobianos. As cefalosporinas que contêm 
o grupo químico tetrazoltiometil ‑ cefamandol, 
cefmetazol, cefonicide, cefoperazona e cefotetano 
 ‑ estão associadas com um risco aumentado de de‑
senvolvimento de efeitos hemorrágicos (hipopro‑
trombinemia) e reacções tipo dissulfiram. 
Contra ‑Ind. e Prec.: História de hipersensibilidade 
às cefalosporinas e ou penicilinas. Reduzir a poso‑
logia em doentes com IR.
Interac.: A probenecida inibe competitivamente a 
secreção tubular da maioria das cefalosporinas 
causando um aumento significativo das suas con‑
centrações séricas.
 1.1.2.1. Cefalosporinas de 1ª. Geração
As cefalosporinas de 1a geraçãosão normalmente 
activas contra cocos gram + incluindo os estafiloco‑
cos produtores de lactamases beta. A sua actividade 
contra gram ‑ é limitada, embora muitas estirpes de 
E. coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus Spp. sejam 
 1.1. Antibacterianos 27 
susceptíveis. Nenhuma das cefalosporinas de 1a ge‑
ração é activa contra os enterococos, estafilococos 
resistente à meticilina e P. aeruginosa.
Ind.: Tratamento de infecções devidas a microrga‑
nismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeada‑
mente infecções urinárias, faringites, sinusites, 
infecções respiratórias, amigdalites e infecções da 
pele e tecidos moles.
R. Adv.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: As das cefalosporinas. V. Intro‑
dução (1.1.2.).
Interac.: As das cefalosporinas. V. Introdução 
(1.1.2.).
n CEFADROXIL 
Ind.: Infecções devidas a microrganismos gram + 
e gram ‑ susceptíveis, nomeadamente infecções 
urinárias, faringites, sinusites, infecções respira‑
tórias, infecções da pele e tecidos moles e amig‑
dalites.
O cefadroxil não é muito activo contra o H. in‑
fluenzae.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 a 2 g/dia, a administrar 
de 12 em 12 horas ou em dose única (infecções 
urinárias).
[Crianças] ‑ Via oral: < 1 ano: 25 mg/Kg/dia; de 
1 a 6 anos: 250 mg de 12 em 12 horas; > 6 anos: 
500 mg de 12 em 12 horas.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 100 mg/ml 
 CEFACILE (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 14,58 
(e 0,1458); 69% 
 CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 11,83 
(e 0,1183); 69% 
 CEFORAL (MSRM); Grünenthal
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 14,69 
(e 0,1469); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,91 (e 0,4319); 69% 
 CEFORAL (MSRM); Grünenthal
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,53 (e 0,7206); 69%
Orais sólidas ‑ 1000 mg 
 CEFACILE (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,32 (e 0,895); 69% 
 CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,61 (e 0,7256); 
69% 
 CEFORAL (MSRM); Grünenthal
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 12,35 (e 0,7719); 
69%
n CEFATRIZINA 
Ind.: V. Introdução (1.1.2.1.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 750 a 1.500 mg/dia, a 
administrar de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas.
[Crianças] ‑ Via oral: 20 a 40 mg/kg de 8 em 8 
horas.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 50 mg/ml 
 MACROPEN (MSRM); A. Menarini
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,1 
(e 0,151); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 MACROPEN (MSRM); A. Menarini
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 25,01 (e 1,5631); 69%
n CEFRADINA 
Ind.: V. Introdução (1.1.2.1.). Profilaxia cirúrgica 
(boa actividade contra estafilococos produtores 
de lactamases beta).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 6 em 6 
horas ou 500 mg a 1 g de 12 em 12 horas.
Via IM ou IV: 500 mg a 1 g de 6 em 6 horas. Até 8 
g/dia nas infecções graves.
[Crianças] ‑ Via oral: 25 a 50 mg/Kg/dia, a admi‑
nistrar em doses divididas.
Via IM ou IV: 50 a 100 mg/kg/dia, a administrar de 
6 em 6 horas.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml 
 CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 9,52 
(e 0,0793); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,66 (e 0,6663); 69%
Orais sólidas ‑ 1000 mg 
 CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,33 
(e 0,7081); 69%
 1.1.2.2. Cefalosporinas de 2ª. Geração
As cefalosporinas de 2a geração são usualmente 
activas contra os microrganismos susceptíveis às 
cefalosporinas de 1a geração, apresentando um es‑
pectro de actividade mais alargado para gram ‑. São 
geralmente mais activas do que as cefalosporinas de 
1a geração contra bactérias gram ‑ (o cefaclor é uma 
excepção) e são activas contra a maioria das estirpes 
de Haemophilus influenzae, incluindo as estirpes 
resistentes à ampicilina. A cefoxitina, cefotetano, 
cefmetazol e cefamandol são activas contra os Bac‑
teroides fragilis. Tal como as cefalosporinas de 1a 
geração, nenhuma das cefalosporinas de 2a geração é 
activa contra enterococos, estafilococos resistentes à 
meticilina e Pseudomonas aeruginosa. 
Ind.: Tratamento de infecções devidas a microrga‑
nismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeada‑
mente infecções respiratórias, faringites, sinusites, 
amigdalites, infecções urinárias e infecções da 
pele e tecidos moles.
R. Adv.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.).
28 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
Contra ‑Ind. e Prec.: As das cefalosporinas. V. Intro‑
dução (1.1.2.).
Interac.: As das cefalosporinas. V. Introdução 
(1.1.2.).
n CEFACLOR 
Ind.: Infecções devidas a microrganismos gram + 
e gram ‑ susceptíveis, nomeadamente infecções 
urinárias, faringites, sinusites, infecções respira‑
tórias, infecções da pele e tecidos moles e amig‑
dalites. O cefaclor apresenta uma boa actividade 
contra o H. influenzae.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 
horas. Até 4 g/dia nas infecções graves.
[Crianças] ‑ Via oral: De 1 mês a 1 ano: 62,5 mg 
de 8 em 8 horas; dos 1 aos 5 anos: 125 mg de 8 
em 8 horas; > 5 anos: 250 mg de 8 em 8 horas. 
Estas doses podem duplicar no tratamento de in‑
fecções graves.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml 
 CECLOR (MSRM); Lab. Medinfar
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 11,47 
(e 0,0956); 69%
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 375 mg/5 ml 
 CECLOR (MSRM); Lab. Medinfar
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 14,41 
(e 0,1201); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 CECLOR (MSRM); Lab. Medinfar
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,53 (e 0,6581); 69% 
 ‑ PR e 9,75 
 CEFACLOR GENERIS 500 MG CáPSULAS (MSRM); 
Generis
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,83 (e 0,4269); 69% 
 ‑ PR e 9,75
Orais sólidas ‑ 750 mg 
 CECLOR RETARD (MSRM); Lab. Medinfar
 Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 19,22 
(e 1,2013); 69%
n CEFEPROZIL 
Ind.: V. Introdução (1.1.2.2.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 12 em 
12 ou de 24 em 24 horas.
[Crianças] ‑ Via oral: 15 a 30 mg/Kg/dia.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml 
 PROCEF (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 13,79 
(e 0,2298); 69%
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 PROCEF (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 28,43 (e 1,7769); 
69%
n CEFONICIDA 
Ind.: V. Introdução (1.1.2.2.). A actividade da cefo‑
nicida contra estafilococos é inferior à das outras 
cefalosporinas de 2a geração.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 24 em 24 
horas; 1 g de 12 em 12 horas nas infecções graves.
Parentéricas ‑ 1000 mg/2.5 ml 
 MONOCID (MSRM); Decomed
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 2,5 ml; 
e 11,99 (e 11,99); 69%
n CEFUROXIMA 
Ind.: V. Introdução (1.1.2.2.). A cefuroxima é mais 
activa contra o Haemophilus influenzae e Neisse‑
ria gonorrhoeae.
R. Adv.: V. Introdução(1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 12 em 
12 horas (cefuroxima axetil).
Via IM ou IV: 750 mg de 6 em 6 a 8 em 8 horas; 
1,5 g de 8 em 8 horas nas infecções graves. Doses 
únicas superiores a 1,5 g apenas por via IV. 
[Crianças] ‑ Via oral: > 3 meses: 125 mg de 12 
em 12 horas. Em crianças de idade superior a 2 
anos, esta dose pode ser duplicada no tratamento 
de infecções graves (otite média).
Via IM ou IV: 30 a 100 mg/Kg/dia, a administrar de 
6 em 6 ou de 8 em 8 horas.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 125 mg/5 ml 
 ZIPOS (MSRM); Alter
 Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; 
e 13,33 (e 0,1333); 69% 
 ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome
 Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; 
e 13,33 (e 0,1333); 69%
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml 
 ZIPOS (MSRM); Alter
 Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; 
e 18,71 (e 0,1871); 69% 
 ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome
 Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; 
e 19,18 (e 0,1918); 69%
Orais sólidas ‑ 250 mg 
 CEFUROXIMA MEPHA (MSRM); Mepha 
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 8,67 (e 0,5419); 69% ‑ PR e 12,39 
 CEFUROXIMA PHARMAKERN (MSRM); Pharmakern
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,4 
(e 0,525); 69% ‑ PR e 12,39 
 ZIPOS (MSRM); Alter
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,99 
(e 0,7494); 69% ‑ PR e 12,39 
 ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,99 
(e 0,7494); 69% ‑ PR e 12,39
 1.1. Antibacterianos 29 
Orais sólidas ‑ 500 mg 
 CEFUROXIMA GENERIS 500 MG COMPRIMIDOS 
(MSRM); Generis
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,55 
(e 0,9094); 69% ‑ PR e 19,22 
 CEFUROXIMA MEPHA (MSRM); Mepha 
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 14,55 (e 0,9094); 69% ‑ PR e 19,22 
 CEFUROXIMA PHARMAKERN (MSRM); Pharmakern
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 14,54 (e 0,9088); 69% ‑ PR e 19,22 
 CEFUROXIMA SANDOZ 500 MG COMPRIMIDOS RE‑
VESTIDOS (MSRM); Sandoz
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 9,74 (e 0,974); 
69% ‑ PR e 13,34
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 18,22 
(e 0,911); 69% ‑ PR e 24,03 
 ZIPOS (MSRM); Alter
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 22,01 
(e 1,3756); 69% ‑ PR e 19,22 
 ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 22,02 
(e 1,3763); 69% ‑ PR e 19,22
Parentéricas ‑ 750 mg 
 CUROXIME (MSRM); Glaxo Wellcome
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 6 ml; e 5,49 (e 5,49); 69%
 1.1.2.3. Cefalosporinas de 3ª. Geração
As cefalosporinas de 3a geração são, em regra, 
menos activas, in vitro, do que as cefalosporinas 
de 1a geração contra estafilococos susceptíveis mas 
apresentam um espectro de actividade muito mais 
alargado para bactérias gram ‑ quando comparado 
com as cefalosporinas de 1a e 2a geração. São, em 
geral, activas contra gram ‑ susceptíveis às cefalospo‑
rinas de 1a e 2a geração e ainda contra muitas outras 
estirpes de gram ‑ considerados como multirresisten‑
tes ‑ Citrobacter, Enterobacter, E. coli, Klebsiella, 
Proteus, Morganella, Serratia e outros. Tal como as 
cefalosporinas de 1a e 2a geração, nenhuma das cefa‑
losporinas de 3a geração é activa contra enterococos 
e estafilococos resistentes à meticilina. Algumas são 
activas contra a Pseudomonas aeruginosa, sendo a 
ceftazidima a que apresenta maior actividade. O ce‑
fetamet pivoxil, a cefixima, a cefpodoxima e o cefti‑
buteno são cefalosporinas de 3a geração que podem 
ser administradas por via oral, bem como o cefdi‑
toreno mais recentemente introduzido no mercado; 
são, contudo, inactivas contra a maioria das estirpes 
de Enterobacter e de Pseudomonas aeruginosa e 
têm uma actividade limitada contra anaeróbios. A 
cefixima é inactiva contra a maioria dos estafiloco‑
cos. A cefotaxima, a ceftriaxona e a ceftizoxima têm 
espectros de actividade idênticos e boa difusão no 
SNC. A cefixima, a cefotaxima e a ceftriaxona são 
eliminadas por via renal e por metabolização hepáti‑
ca, não sendo usualmente necessários ajustamentos 
posológicos quando da sua administração a doen‑
tes com IR ou IH moderada a grave. A ceftriaxona 
apresenta um t
1/2
 plasmático mais longo podendo 
ser administrada 1 vez/dia. As cefalosporinas de 3a 
geração são usualmente utilizadas no tratamento de 
infecções graves nosocomiais. 
n CEFDITORENO 
Ind.: Pneumonia. Exacerbações agudas da bronquite 
crónica. Sinusite. Amigdalites e faringites agudas. 
Infecções não complicadas da pele e tecidos mo‑
les.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Reacções 
de hipersensibilidade à caseína (o medicamento 
contém caseinato de sódio). Doentes com defici‑
ência primária em carnitina.
Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Os anti ‑ácidos de alu‑
mínio e magnésio reduzem significativamente a 
absorção do cefditoreno (administrar com 2 horas 
de intervalo). A administração concomitante de 
antagonistas dos receptores H2 determina uma re‑
dução importante da AUC e Cmáx do cefditoreno.
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 a 400 mg, de 12 em 
12 horas, durante 10 ‑14 dias de acordo com a gra‑
vidade da infecção. 
[Crianças] ‑ Via oral: posologia igual à do adulto 
para adolescentes de idade superior a 12 anos. 
Orais sólidas ‑ 200 mg 
 SPECTRACEF 200 MG (MSRM); GSK
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 24,51 (e 1,5319); 69%
n CEFETAMET 
Ind.: Pneumonia. Exacerbações agudas da bronquite 
crónica. Sinusite. Amigdalites. Infecções urinárias. 
Uretrites gonocócicas.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 500 mg a 1 g de 12 em 
12 horas no tratamento de infecções respiratórias; 
2 g como dose única no tratamento de infecções 
urinárias; 2 g de 24 em 24 horas, durante 10 dias 
no tratamento de infecções graves do tracto uri‑
nário.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
n CEFIXIMA 
Ind.: Otite média. Infecções respiratórias. Infecções 
urinárias. Outras infecções graves refractárias à te‑
rapêutica convencional. V. Introdução (1.1.2.3.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 a 400 mg/dia, em 
dose única ou de 12 em 12 horas.
[Crianças] ‑ Via oral: 8 mg/Kg/dia, em dose única 
ou de 12 por 12 horas.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 20 mg/ml 
 CEFIXIMA FARMOZ (MSRM); Farmoz
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 6,66 
(e 0,1332); 69% ‑ PR e 6,71 
 CEFIXIMA GENERIS 100 MG/ 5 ML Pó PARA SUSPEN‑
SãO ORAL (MSRM); Generis
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 5,49 
(e 0,1098); 69% ‑ PR e 6,71 
30 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
 CEFIXIMA GERMED 100 MG/5 ML Pó PARA SUSPEN‑
SãO ORAL (MSRM); Germed
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 6,59 
(e 0,1098); 69% ‑ PR e 8,05 
 CEFIXIMA LABESFAL 100 MG/5 ML Pó PARA SUS‑
PENSãO ORAL (MSRM); Labesfal
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 6,59 
(e 0,1098); 69% ‑ PR e 8,05 
 CEFIXIMA MEPHA 100 MG/5 ML Pó PARA SUSPEN‑
SãO ORAL (MSRM); Mepha 
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 10,98 
(e 0,1098); 69% ‑ PR e 12,38 
 CEFIXIMA NEOCEF 100 MG/5 ML Pó PARA SUSPEN‑
SãO ORAL (MSRM); Lab. Atral
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 13,17 
(e 0,1098); 69% ‑ PR e 14,86 
 TRICEF (MSRM); Bialport
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 13,17 
(e 0,2195); 69% ‑ PR e 8,05
Orais sólidas ‑ 400 mg 
 CEFIXIMA BALDACCI 400MG COMPRIMIDOS 
(MSRM); Baldacci
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 
(e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 
 CEFIXIMA GENERIS 400 MG COMPRIMIDOS 
(MSRM); Generis
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 
(e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 
 CEFIXIMA GERMED 400 MG COMPRIMIDOS REVES‑
TIDOS (MSRM); Germed
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 
(e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 
 CEFIXIMA JABA 400 MG COMPRIMIDOS REVESTI‑
DOS (MSRM); Jaba Recordati
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 
(e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 
 CEFIXIMA LABESFAL 400 MG COMPRIMIDOS RE‑
VESTIDOS (MSRM); Labesfal
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 
(e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 
 CEFIXIMA MEPHA 400 MG COMPRIMIDOS REVESTI‑
DOS (MSRM); Mepha 
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,09 
(e 1,5113); 69% ‑ PR e 17,27 
 NEOCEF (MSRM); Lab. Atral
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 19,09 
(e 2,3863); 69% ‑ PR e 17,27 
 TRICEF (MSRM); Bialport
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 20,18 
(e 2,5225); 69% ‑ PR e 17,27
n CEFODIZIMA SóDICA 
Ind.: Infecções respiratórias e infecções urinárias 
graves refractárias à terapêutica convencional. V. 
Introdução (1.1.2.3.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 a 4 g/dia, em dose 
única ou de 12 em 12 horas. Doses únicas supe‑
riores a 1 g apenas por via IV. 
Parentéricas ‑ 1000 mg/4 ml 
 MODIVID (MSRM); Sanofi Aventis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 11,02 (e 11,02); 69% 
 MODIVID (MSRM); Sanofi Aventis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 11,02 (e 11,02); 69%
Parentéricas ‑ 2000 mg/10 ml 
 MODIVID (MSRM); Sanofi Aventis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 10 ml; e 19,03 (e 19,03); 69%
n CEFOTAXIMA 
Ind.: Infecções graves particularmente devidas a 
bactérias gram ‑ multirresistentes. V. Introdução 
(1.1.2.3.). Meningites bacterianas devidas a gram ‑.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2. e 1.1.2.3).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 a 2 g de 8 em 8 ho‑
ras. Até 2 g de 4 em 4 horas nas infecções graves.
[Crianças] ‑ Via IM ou IV: 100 a 150 mg/Kg/dia, 
a administrar de 6 em 6 a 12 em 12 horas. Até 
200 mg/kg/dia nas infecções graves.
Parentéricas ‑ 1000 mg/4 ml 
 CEFOTAXIMA LABESFAL 1000 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM/IV (MSRM); Labesfal
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 6,62 (e 6,62); 0% 
 RALOPAR (MSRM); Sanofi Aventis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 10,96 (e 10,96); 69% 
 RALOPAR (MSRM); Sanofi Aventis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 4 ml; e 10,96 (e 10,96); 69%
n CEFTAZIDIMA 
Ind.: Infecções graves particularmente devidas a bac‑
térias gram ‑ multirresistentes e infecções devidas 
a Pseudomonas aeruginosa.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 8 em 8 horas; 
2 g de 8 em 8 horas nas infecções graves.
[Crianças] ‑ Via IV: < 2 meses: 25 a 60 mg/Kg/dia 
de 12 em 12 horas; > 2 meses: 30 a 100 mg/kg/dia 
de 12 em 12 ou de 8 em 8 horas.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
n CEFTIBUTENO 
Ind.: Otite média. Infecções respiratórias. Infecções 
urinárias. Outras infecções graves refractárias à te‑
rapêutica convencional. V. Introdução (1.1.2.3.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 400 mg/dia, em dose 
única diária.
[Crianças] ‑ Via oral: > 6 meses: 9 mg/kg/dia, em 
dose única diária.
Orais sólidas ‑ 400 mg 
 CAEDAX (MSRM); Schering ‑Plough
 Cáps. ‑ Blister ‑ 6 unid; e 18,67 (e 3,1117); 69%
 1.1. Antibacterianos 31 
n CEFTRIAXONA 
Ind.: Infecções graves particularmente devidas a 
bactérias gram ‑ multirresistentes. Tratamento de 
meningites bacterianas devidas a gram ‑. V. Intro‑
dução (1.1.2.3.).
R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2. e 1.1.2.3).
Interac.: V. Introdução (1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g/dia, a adminis‑
trar em dose única diária; 2 a 4 g/dia, a administrar 
de 12 em 12 horas. Doses superiores a 1 g por via 
IM devem ser administradas separadamente.
[Crianças] ‑ Via IM ou IV: > 6 semanas: 20 a 
50 mg/Kg/dia em dose única; 80 mg/kg/dia em 
dose única nas infecções graves. Doses superiores 
a 50 mg/kg apenas por via IV. 
Parentéricas ‑ 250 mg/2 ml 
 CEFTRIAXONA GENERIS 250 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Generis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 2,55 (e 2,55); 69% ‑ PR e 3,36 
 CEFTRIAXONA MESPORIN 250 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Mepha 
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 3,36 (e 3,36); 69% ‑ PR e 3,36
Parentéricas ‑ 250 mg/5 ml 
 CEFTRIAXONA MESPORIN 250 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IV (MSRM); Mepha 
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 5 ml; e 3,19 (e 3,19); 69% ‑ PR e 3,19
Parentéricas ‑ 500 mg/2 ml 
 CEFTRIAXONA GENERIS 500 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Generis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 4,25 (e 4,25); 69% ‑ PR e 5,82 
 CEFTRIAXONA LABESFAL 500 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL (IM) (MSRM); Labesfal
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 4,24 (e 4,24); 69% ‑ PR e 5,82 
 CEFTRIAXONA MESPORIN 500 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Mepha 
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 4,25 (e 4,25); 69% ‑ PR e 5,82
 CEFTRIAXONA MESPORIN 500 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL IV (MSRM); Mepha 
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 5 ml; e 3,88 (e 3,88); 69% ‑ PR e 5,81
 ROCEPHIN (MSRM); Roche
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 2 ml; e 8,5 (e 8,5); 69% ‑ PR e 5,82
Parentéricas ‑ 1000 mg/3.5 ml 
 CEFTRIAXONA GENERIS 1 G Pó E SOLVENTE PARA 
SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Generis
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 3,5 ml; e 7,67 (e 7,67); 69% ‑ PR e 10,95 
 CEFTRIAXONA LABESFAL 1000 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL (IM) (MSRM); Labesfal
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 3,5 ml; e 7,66 (e 7,66); 69% ‑ PR e 10,95
 ROCEPHIN (MSRM); Roche
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 3,5 ml; e 7,97 (e 7,97); 69% ‑ PR e 10,95
Parentéricas ‑ 1000 mg/10 ml 
 CEFTRIAXONA LABESFAL 1000 MG Pó E SOLVENTE 
PARA SOLUçãO INJECTáVEL (IV) (MSRM); Labesfal
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 10 ml; e 7,65 (e 7,65); 69% ‑ PR e 10,94
 CEFTRIAXONA MESPORIN 1000 MG Pó E SOLVEN‑
TE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IV (MSRM); Mepha 
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 10 ml; e 7,66 (e 7,66); 69% ‑ PR e 10,94
 ROCEPHIN (MSRM); Roche
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 10 ml; e 8,17 (e 8,17); 69% ‑ PR e 10,94
Parentéricas ‑ 2000 mg 
 CEFTRIAXONA LABESFAL 2000 MG Pó PARA SOLU‑
çãO PARA PERFUSãO (MSRM); Labesfal
 Pó p. sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid; e 18,12 (e 18,12); 69% ‑ PR e 25,9 
 CEFTRIAXONA MESPORIN 2 G Pó PARA SOLUçãO 
PARAPERFUSãO IV (MSRM); Mepha 
 Pó p. sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid; e 18,13 (e 18,13); 69% ‑ PR e 25,9
 1.1.2.4. Cefalosporinas de 4ª. Geração
As cefalosporinas de 4a geração, tal como as de 
3a geração, têm um espectro de actividade alargado 
contra bactérias gram ‑ comparativamente às cefalos‑
porinas de 1a e 2a geração. São activas in vitro contra 
algumas bactérias gram ‑, incluindo Pseudomonas 
aeruginosa e algumas Enterobactereaceae que são 
geralmente resistentes às cefalosporinas de 3a gera‑
ção. A cefepima apresenta uma actividade semelhan‑
te à da ceftazidima contra Pseudomonas aerugino‑
sa mas é mais activa do que as cefalosporinas de 3a 
geração contra as Enterobactereaceae produtoras 
de lactamases beta indutíveis. Tal como todas as 
outras cefalosporinas, a cefepima não é activa contra 
enterococos e estafilococos resistentes à meticilina. 
É utilizada no tratamento de infecções nosocomiais 
graves, não se encontrando, por isso, disponível em 
Farmácia Comunitária. 
 1.1.3. Monobactamos
São antibióticos beta lactâmicos monocíclicos que 
também actuam por inibição da síntese da parede 
bacteriana. O aztreonam é, até à data, o único re‑
presentante disponível deste grupo. O seu espectro 
de actividade é restrito a bactérias aeróbias gram ‑, 
sendo a sensibilidade da Pseudomonas aerugino‑
sa variável. O aztreonam é inactivado pelas lacta‑
mases beta sintetizadas pela K. pneumoniae e P. 
aeruginosa.É mais activo contra a P. aeruginosa 
do que as penicilinas de largo espectro mas menos 
activo do que a ceftazidima e do que o imipenem. 
O seu perfil de reacções adversos é semelhante ao 
dos outros antibióticos beta lactâmicos, estando 
32 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
descrita hipersensibilidade cruzada parcial. Não 
apresenta nefro nem ototoxicidade pelo que é, 
essencialmente, usado como alternativa aos amino‑
glicosídeos no tratamento de infecções graves por 
gram ‑. Nos doentes com IR é necessário um ajusta‑
mento da posologia. 
n AZTREONAM 
Ind.: Infecções graves devidas a bactérias gram ‑.
R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdomi‑
nais. Icterícia e hepatite. Neutropenia e tromboci‑
topenia. Erupções cutâneas e urticária.
Contra ‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos antibió‑
ticos beta lactâmicos. IH.
Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 8 em 8 horas 
ou 2 g de 12 em 12 horas; 2 g de 6 em 6 ou de 8 
em 8 horas nas infecções graves. Doses superiores 
a 1 g apenas por via IV. 
[Crianças] ‑ Via IM ou IV: > 2 anos: 50 mg/kg de 
6 em 6 ou de 8 em 8 horas.
Parentéricas ‑ 1000 mg/3 ml 
 AZACTAM (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 3 ml; 
e 16,1 (e 16,1); 69%
 1.1.4. Carbapenemes
Os carbapenemes ‑ imipenem, meropenem e 
ertapenem ‑ são também antibióticos beta lactâ‑
micos que apresentam um espectro de activida‑
de muito amplo, sendo resistentes à maioria das 
lactamases beta e activos contra gram +, gram ‑ e 
anaeróbios. Contudo, os estafilococos resistentes à 
meticilina não são, de um modo geral, susceptíveis 
e a susceptibilidade da Pseudomonas aeruginosa 
é variável. O imipenem é um pouco mais activo do 
que o meropenem contra os gram +. O imipenem 
encontra ‑se comercializado em associação com a 
cilastatina, composto que inibe a metabolização do 
imipenem pelas dipeptidases renais e prolonga as 
suas concentrações séricas, permitindo uma admi‑
nistração a intervalos de 6 horas. O perfil de reac‑
ções adversas dos carbapenemes é idêntico ao dos 
outros antibióticos beta lactâmicos. O imipenem é, 
porém, susceptível de induzir com mais frequência 
toxicidade central, particularmente convulsões, 
quando utilizado em doses elevadas, terapêuticas 
prolongadas ou em doentes com IR.
n IMIPENEM + CILASTATINA 
Ind.: Infecções nosocomiais graves devidas a micror‑
ganismos multirresistentes gram +, gram ‑ ou 
anaeróbios.
R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Alterações he‑
matológicas. Reacções alérgicas: erupções cutâ‑
neas, prurido, urticária e reacções anafiláticas. 
Elevação das enzimas hepáticas. Convulsões e 
confusão mental, particularmente quando utili‑
zado em doses elevadas.
Contra ‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos beta 
lactâmicos. Doenças do SNC, nomeadamente 
epilepsia. Gravidez e aleitamento. Reduzir a po‑
sologia em doente com IR.
Interac.: A probenecida reduz a depuração plas‑
mática do imipenem causando um aumento 
significativo das suas concentrações séricas. O 
imipenem pode reduzir a resposta imunológi‑
ca à vacinação (vacina viva; administração oral) 
contra a Salmonella typhi (recomenda ‑se aguar‑
dar 24 horas, ou mais, entre a administração da 
última dose de imipenem e a vacinação). A admi‑
nistração concomitante de teofilina e imipenem 
pode aumentar o risco de toxicidade central. 
A co ‑administração de imipenem e ganciclovir 
pode precipitar o aparecimento de convulsões 
generalizadas. 
Posol.: [Adultos] ‑ Via IV ou IM: 500 mg de 8 em 
8 horas; 1 g de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas no 
tratamento de infecções graves.
[Crianças] ‑ Via IV: > 2 anos: 50 mg/kg de 8 em 
8 ou de 6 em 6 horas.
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
 1.1.5. Associações de penicilinas com ini‑
bidores das lactamases beta
A associação de penicilinas a inibidores das lacta‑
mases beta permite alargar o espectro de actividade 
dos antimicrobianos já que as lactamases beta produ‑
zidas por muitas estirpes de bactérias deixarão, deste 
modo, de inactivar os antimicrobianos em causa. A 
sensibilidade da Pseudomonas aeruginosa continua, 
contudo, a ser limitada, uma vez que a resistência 
desta aos antimicrobianos é, na maioria dos casos, 
mediada por alterações da permeabilidade da mem‑
brana e não pela produção de lactamases beta.
Os três principais inibidores das lactamases beta 
utilizados na clínica são o ácido clavulânico, o sul‑
bactam e o tazobactam. Estas associações podem ser 
particularmente úteis no tratamento de infecções po‑
limicrobianas causadas por aeróbios gram +, gram 
 ‑ e anaeróbios.
As associações da ampicilina com sulbactam e da 
ticarcilina com o ácido clavulânico não se encontram 
disponíveis entre nós. 
n AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO 
Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica. 
Otite média. Sinusite. Infecções urinárias. Infec‑
ções por Salmonella. Gonorreia. Pode ser útil 
no tratamento de infecções respiratórias por H. 
influenzae resistentes à ampicilina/amoxicilina, 
particularmente em doentes com DPOC. 
R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V. 
Introdução (1.1.1.2.). A incidência de diarreia é 
maior quando se utilizam doses mais elevadas de 
ácido clavulânico. Língua negra e disfunção hepá‑
tica são efeitos que têm sido atribuídos ao ácido 
clavulânico.
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.). IH.
 1.1. Antibacterianos 33 
Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 
ou de 6 em 6 horas.
Via IV: 1 g de 8 em 8 horas; até 2 g de 6 em 6 horas 
nas infecções mais graves.
[Crianças] ‑ Via oral: < 6 anos: 125 mg de 8 em 8 
horas; dos 6 aos 12 anos: 250 mg de 8 em 8 horas.
Via IV: 25 mg/kg de 8 em 8 horas; 25 mg/kg de 6 
em 6 horas nas infecções mais graves.
Nota: As doses são expressas em mg ou g de amo‑
xicilina. 
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 125 mg/5 ml + 
31.25 mg/5 ml 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO‑
‑RATIOPHARM 125 MG E 31,25MG/5 ML, SUSPEN‑
SãO ORAL (MSRM); Ratiopharm
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 75 ml; e 2,69 
(e 0,0359); 69% ‑ PR e 3,84 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 
125 MG + 31,25 MG/5 ML Pó PARA SUSP. ORAL 
(MSRM); Sandoz
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,89 
(e 0,0289); 69% ‑ PR e 5,12 
 AUGMENTIN (MSRM);GSK
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 4,94 
(e 0,0494); 69% ‑ PR e 5,12 
 CLAVAMOX 125 (MSRM); Bial
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 5,26 
(e 0,0526); 69% ‑ PR e 5,12
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml + 
62.5 mg/5 ml 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 
50 MG/ML + 12.5 MG/ML Pó SUSPENSãO ORAL 
(MSRM); Generis
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 5,92 
(e 0,0592); 69% ‑ PR e 8,73 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO‑
‑RATIOPHARM 250 MG E 62,5 MG/5 ML, SUSPENSãO 
ORAL (MSRM); Ratiopharm
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 75 ml; e 4,59 
(e 0,0612); 69% ‑ PR e 6,55 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 
250 MG + 62,5 MG/5 ML Pó PARA SUSP. ORAL 
(MSRM); Sandoz
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 4,23 
(e 0,0423); 69% ‑ PR e 8,73 
 AUGMENTIN FORTE (MSRM); GSK
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 8,45 
(e 0,0845); 69% ‑ PR e 8,73 
 BETAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 7,19 
(e 0,0599); 69% ‑ PR e 10,48 
 CLAVAMOX 250 (MSRM); Bial
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 9 
(e 0,09); 69% ‑ PR e 8,73
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 400 mg/5 ml + 
57 mg/5 ml 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 
80 MG/ML + 11.4MG/ML Pó SUSPENSãO ORAL 
(MSRM); Generis
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 7,09 
(e 0,0709); 69% ‑ PR e 10,13 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO MEPHA 
(MSRM); Mepha 
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 7,1 
(e 0,071); 69% ‑ PR e 10,13 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO RATIO‑
PHARM 400MG/5ML + 57MG/5 ML Pó P/ SUSP ORAL 
(MSRM); Ratiopharm
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 70 ml; e 5,01 
(e 0,0716); 69% ‑ PR e 7,16 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 
(MSRM); Sandoz
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 7,94 
(e 0,0794); 69% ‑ PR e 10,13 
 AUGMENTIN DUO (MSRM); GSK
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 70 ml; e 9,93 
(e 0,1419); 69% ‑ PR e 7,16 
 BETAMOX PLUS 400 (MSRM); Lab. Atral
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 13,18 
(e 0,1318); 69% ‑ PR e 10,13 
 CLAVAMOX DT 400 (MSRM); Bial
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 70 ml; e 6,92 
(e 0,0989); 69% ‑ PR e 7,16
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 600 mg/5 ml + 
42.9 mg/5 ml 
 AUGMENTIN ES (MSRM); GSK
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,44 
(e 0,1544); 69% 
 CLAVAMOX ES (MSRM); Bial
 Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,44 
(e 0,1544); 69%
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 875 mg + 125 mg 
 FORCID SOLUTAB 875/125 (MSRM); Astellas
 Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 13,1 
(e 0,8188); 69% ‑ PR e 14,78
Orais sólidas ‑ 500 mg + 125 mg 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO ALTER 
(MSRM); Alter
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,05 
(e 0,5031); 69% ‑ PR e 11,5 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 
500 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Generis
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 8,05 (e 0,5031); 69% ‑ PR e 11,5 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO‑
‑RATIOPHARM 500 MG E 125 MG COMPRIMIDO 
REVESTIDO (MSRM); Ratiopharm
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,48 
(e 0,4675); 69% ‑ PR e 11,5 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 
500 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Sandoz
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,65 
(e 0,3531); 69% ‑ PR e 11,5 
 AUGMENTIN (MSRM); GSK
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 10,68 (e 0,6675); 69% ‑ PR e 11,5 
 BETAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 12,8 (e 0,8); 
69% ‑ PR e 11,5 
34 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
 CLAVAMOX 500 (MSRM); Bial
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 11,36 (e 0,71); 69% ‑ PR e 11,5
Orais sólidas ‑ 875 mg + 125 mg 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO ALTER 
(MSRM); Alter
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 10,35 (e 0,6469); 69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO CICLUM 
875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Ciclum
 Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,94 (e 0,4963); 69% 
 ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO CINFA 875 
MG + 125 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Cinfa
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10 (e 0,625); 
69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 
875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Generis
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10 
(e 0,625); 69% ‑ PR e 14,78
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 24 unid; 
e 12,8 (e 0,5333); 0% 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GERMED 
875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Germed
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,3 (e 0,5188); 
69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GP 875 MG 
+ 125 MG COMPRIMIDOS (MSRM); gp
 Comp. ‑ Fita termossoldada ‑ 16 unid; e 10 
(e 0,625); 69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO JABA 
875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Jaba Recordati
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,3 (e 0,5188); 
69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO LABESFAL 
875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Labesfal
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,3 (e 0,5188); 
69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO MEPHA 
(MSRM); Mepha 
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 8,04 (e 0,5025); 69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO MYLAN 
(MSRM); Mylan
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 8,75 (e 0,5469); 69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO RANBAXY 
(MSRM); Ranbaxy
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,04 
(e 0,5025); 69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO RATIO‑
PHARM 875 MG E 125MG COMPRIMIDOS REVESTI‑
DOS (MSRM); Ratiopharm
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,74 
(e 0,5463); 69% ‑ PR e 14,78 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 
875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS 
(MSRM); Sandoz
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,97 
(e 0,5606); 69% ‑ PR e 14,78 
 AUGMENTIN DUO, COMPRIMIDOS 875/125 MG 
(MSRM); GSK
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 9,86 (e 0,6163); 69% ‑ PR e 14,78 
 BETAMOX PLUS (MSRM); Lab. Atral
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,08 
(e 0,5675); 69% ‑ PR e 14,78 
 CLAVAMOX DT (MSRM); Bial
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 9,86 (e 0,6163); 69% ‑ PR e 14,78 
 PENILAN DT (MSRM); Lab. Vitória
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; 
e 13,93 (e 0,8706); 69% ‑ PR e 14,78
Parentéricas ‑ 1000 mg/20 ml + 200 mg/20 ml 
 BETAMOX (MSRM); Lab. Atral
 Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid ‑ 20 ml; e 5,2 (e 5,2); 0%
Parentéricas ‑ 2000 mg + 200 mg 
 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO HIKMA 
2000+200 MG Pó PARA SOLUçãO PARA PERFUSãO 
(MSRM); Hikma
 Pó p. sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 
1 unid; e 3,86 (e 3,86); 0%
n PIPERACILINA + TAZOBACTAM 
Ind.: Infecções graves devidas a microrganismos 
gram +, gram ‑ ou anaeróbios resistentes aos 
antimicrobianos de 1a escolha. Infecções polimi‑
crobianas. Infecções no doente neutropénico em 
associação com um aminoglicosídeo.
R. Adv.: V. piperacilina (1.1.1.4.). Doentes com fibro‑
se quística apresentam maior incidência de febre e 
erupções cutâneas. 
Contra ‑Ind. e Prec.: V. piperacilina (1.1.1.4.). 
Interac.: V. piperacilina (1.1.1.4.). 
Posol.: [Adultos] ‑ Via IV: 4,5 g (4 g de piperacili‑
na + 500 mg de tazobactam) de 8/8 horas, a ad‑
ministrar em perfusão lenta (20 ‑30 minutos) ou 
injeção IV lenta (3 ‑5 minutos); 4,5 g (4 g de pipe‑
racilina/500 mg de tazobactam) de 6/6 horas no 
doente imunocomprometido. Via IM: posologia 
idêntica à da via IV, não excedendoa administra‑
ção de 2 g de piperacilina/250 mg de tazobactam 
por local de injeção.
[Crianças] ‑ Via IV: peso < 40 Kg: 100 mg de 
piperacilina/12,5 mg de tazobactam por Kg, de 
8/8 horas, a administrar em perfusão lenta de 30 
minutos. 
Nota: Este medicamento não se encontra disponível 
em Farmácia Comunitária.
 1.1.6. Cloranfenicol e tetraciclinas
O cloranfenicol é um antibiótico de largo es‑
pectro que apresenta uma toxicidade hematológica 
significativa. Deve, por isso, ser utilizado apenas 
no tratamento de infecções graves causadas por H. 
influenzae e na febre tifóide quando as alternativas 
terapêuticas estão contra ‑indicadas.
 1.1. Antibacterianos 35 
As tetraciclinas são também antibióticos de largo 
espectro cuja utilidade terapêutica tem vindo a di‑
minuir como consequência do desenvolvimento de 
resistências. Permanecem, contudo, como fármacos 
de 1a escolha nas infecções causadas por Chlamydia, 
Rickettsia (incluindo a febre Q), Brucella e Borrelia 
burgdorferi (doença de Lyme). Dado o seu perfil de 
reacções adversas e características farmacocinéticas, 
a doxiciclina é geralmente considerada como a te‑
traciclina de eleição. 
Ind.: Tratamento de infecções causadas por Chla‑
mydia, Rickettsia, Brucella e Borrelia burgdor‑
feri. São também usadas no tratamento da acne, 
doenças periodontais, exacerbações da bronquite 
crónica e leptospirose, sendo particularmente 
úteis em doentes alérgicos à penicilina.
R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Reacções de 
hipersensibilidade incluindo erupções cutâneas, 
urticária, dermatite exfoliativa, angioedema e 
anafilaxia. Cefaleias e alterações da visão. Hepa‑
totoxicidade e pancreatite. Fotosensibilidade des‑
crita raramente. As tetraciclinas depositam ‑se no 
tecido ósseo em crescimento e nos dentes onde 
se ligam aos iões cálcio causando manchas e, oca‑
sionalmente, hipoplasia dental. Com excepção da 
doxiciclina e da minociclina, podem agravar uma 
IR pré ‑existente. 
Contra ‑Ind. e Prec.: Não devem ser administradas 
a crianças de idade inferior a 10 ‑12 anos e a grávi‑
das ou lactantes. Usar com precaução em doentes 
com lúpus eritematoso sistémico, miastenia gravis 
ou IH.
Interac.: As tetraciclinas quelatam os catiões bi e tri‑
valentes presentes nos antiácidos com alumínio, 
magnésio ou cálcio, laxantes com magnésio, sais 
de ferro e sucralfato, reduzindo a sua biodisponi‑
bilidade e a dos fármacos referidos. A sua absor‑
ção é reduzida pelo leite (excepto para doxiciclina 
e minociclina). O caulino e o salicilato de bismuto 
reduzem a absorção das tetraciclinas. As tetracicli‑
nas potenciam o efeito dos anticoagulantes orais. 
n DOXICICLINA 
Ind.: Exacerbações da bronquite crónica, infecções 
devidas a Chlamydia, Rickettsia, Mycoplasma, 
Brucella e doença de Lyme. Acne vulgaris.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.6.).
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.6.).
Interac.: V. Introdução (1.1.6.). Os barbitúricos, a 
fenitoína e a carbamazepina reduzem as concen‑
trações séricas da doxiciclina. 
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 100 a 200 mg/dia, a ad‑
ministrar de 12 em 12 horas ou em dose única 
diária (100 mg); 50 mg/dia durante 6 a 12 semanas 
no tratamento da acne.
Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 100 mg 
 ACTIDOX 100 (MSRM); Saninter
 Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,98 
(e 0,3738); 69%
Orais sólidas ‑ 20 mg 
 PERIOSTAT (MSRM); Alliance Pharma. (Reino Unido)
 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; 
e 28,68 (e 0,5121); 0%
n MINOCICLINA 
Ind.: Exacerbações da bronquite crónica, infecções 
devidas a Chlamydia, Rickettsia, Mycoplasma, 
Brucella e doença de Lyme. Acne vulgaris. Porta‑
dores de meningococos.
R. Adv.: V. Introdução (1.1.6.). Pigmentação da pele, 
por vezes irreversível.
Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.6.).
Interac.: V. Introdução (1.1.6.).
Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 100 mg de 12 em 12 ho‑
ras; 50 mg de 12 em 12 horas durante pelo menos 
6 semanas no tratamento da acne.
Orais sólidas ‑ 100 mg 
 CIPANCIN (MSRM); Cipan
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,76 (e 0,485); 
69%
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 32 unid; e 14,55 
(e 0,4547); 69% 
 MINOCICLINA GENERIS (MSRM); Generis
 Cáps. libert. modif. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 4,72 
(e 0,3147); 69% ‑ PR e 4,72
 Cáps. libert. modif. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 8,76 
(e 0,292); 69% ‑ PR e 8,76 
 MINOCIN (MSRM); Teofarma (Itália)
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,18 
(e 0,6363); 69%
 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 16,14 
(e 0,538); 0% 
 MINOTREX (MSRM); Lab. Medinfar
 Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,17 (e 0,5106); 69%
 1.1.7. Aminoglicosídeos
Os aminoglicosídeos são antibióticos bactericidas 
activos contra a maioria das bactérias aeróbias gram 
 ‑ incluindo a Pseudomonas aeruginosa. Desempe‑
nham um papel relevante no tratamento das infec‑
ções nosocomiais graves. A estreptomicina é activa 
contra o Mycobacterium tuberculosis (V. 1.1.12.) e 
ainda contra alguns enterococos resistentes à genta‑
micina, pelo que é usada (via IM) em associação com 
a penicilina G (efeito sinérgico) no tratamento de en‑
docardites devidas a estas estirpes bacterianas. Não 
são absorvidos quando administrados por via oral, 
sendo as vias IM ou IV utilizadas sempre que se pre‑
tende obter um efeito sistémico. A neomicina é usa‑
da por via oral quando se pretende reduzir a flora mi‑
crobiana intestinal, por exemplo na preparação para 
intervenções cirúrgicas e na encefalopatia hepática. 
A estreptomocina associada à neomicina pode ser 
utilizada com o mesmo fim, embora não se encontre 
na literatura recomendação para esta associação. Os 
aminoglicosídeos são eliminados por via renal sendo 
necessário um ajustamento posológico (aumento 
do intervalo de administração) nos doentes com IR. 
Recomenda ‑se a monitorização das concentrações 
séricas uma vez que são fármacos com uma margem 
terapêutica estreita. A administração dos aminoglico‑
sídeos em dose única diária parece ser tão ou mais 
eficaz e tão ou menos tóxica que os regimes conven‑
cionais em doses múltiplas. Todos os aminoglicosí‑
deos apresentam o mesmo perfil de reacções adver‑
sas bem como de contra ‑indicações e interacções. 
Nefro e ototóxicos, os aminoglicosídeos podem, 
36 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos
embora raramente, induzir bloqueio neuromuscular. 
A ototoxicidade pode manifestar ‑se tardiamente e é, 
geralmente, irreversível. A nefrotoxicidade é, habitu‑
almente, reversível. A administração de aminoglico‑
sídeos a doentes com miastenia gravis está contra‑
‑indicada. Os aminoglicosídeos podem potenciar o 
efeito dos bloqueadores neuromusculares e a admi‑
nistração concomitante de outros fármacos nefro ou 
ototóxicos aumenta o risco de desenvolvimento de 
nefrotoxicidade e de ototoxicidade. A isepamicina é 
o aminoglicosídeo mais recentemente introduzido 
na clínica. Deve ser utilizado apenas nas infecções 
devidas a microrganismos resistentes à amicacina e 
foi já desenvolvida no contexto de administração em 
dose única diária. Este medicamento não se encontra 
disponível em Farmácia Comunitária. 
Ind.: Infecções graves devidas a bactérias aeróbias 
gram ‑ incluindo a Pseudomonas aeruginosa.
R. Adv.: Nefrotoxicidade (geralmente reversível). 
Ototoxicidade (geralmente irreversível). Bloqueio 
neuromuscular.
Contra ‑Ind. e Prec.: Miastenia gravis. Gravidez. 
Ajustar a posologia e monitorizar as concentra‑
ções séricas nos doentes com IR, incluindo o 
doente idoso.
Interac.: A administração concomitante de outros 
fármacos nefro e ototóxicos ‑ cisplatina, vancomi‑
cina, anfotericina B, ciclosporina e diuréticos de 
ansa ‑ aumenta o risco de desenvolvimento de ne‑
frotoxicidade e de ototoxicidade. Os aminoglicosí‑
deos podem potenciar o efeito dos bloqueadores 
neuromusculares.

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