Ativo Imobilizado: Plantas Portadoras - CPC 27(R3)

Prévia do material em texto

Plano de Aula: Ativo Imobilizado: A questão das plantas portadoras - CPC 
27(R3). 
TÓPICOS ESPECIAIS EM CONTABILIDADE - GST0226 
Título 
Ativo Imobilizado: A questão das plantas portadoras - CPC 27(R3). 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
3 
Tema 
Ativo Imobilizado: A questão das plantas portadoras - CPC 27(R3). 
Objetivos 
Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: 
 
1. Conhecer o tratamento contábil aplicado a classificação de plantas 
portadoras no ativo imobilizado; 
2. Conhecer as principais mudanças ocorridas na norma contábil; 
3. Conhecer a aplicação prática da NBC TG 27 (R3). 
 
Estrutura do Conteúdo 
 
3. Ativo Imobilizado - CPC 27. 
 
3.1-Histórico. 
A NBC TG 27 foi publicada no D.O.U em 04.08.2009 através da Resolução CFC nº 1.177/2009 que trata 
do Ativo Imobilizado. 
É bom lembrar que a antiga sigla da NBC TG 27 era a NBC T 19.1 alterada pela Resolução CFC nº 
1.329/11. 
Esta norma surge do CPC 27, cuja origem é o IAS 16. 
Após revisões feitas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis foi publicado a NBC TG 27 (R3) no 
D.O.U em 06.11.15, que traz como mudança básica a consideração das plantas portadoras, que passa a 
ser considerado como ativo imobilizado. 
 
3.2-Objetivo da norma contábil. 
 
O objetivo desta Norma é estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os 
usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da entidade 
em seus ativos imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados na 
contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento dos ativos , a determinação dos seus valores 
contábeis e os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas em relação aos 
mesmos. (grifo é nosso) 
 
3.3-Não se aplicação da norma. 
 
Esta norma não se aplica nos seguintes casos: 
1.quando exista outra norma ofertando tratamento contábil diferente. 
2.ativos imobilizados classificados como mantidos para venda de acordo com a NBC TG 31-Ativo Não 
Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada; 
3.ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola que não sejam plantas portadoras (ver NBC TG 
29-Ativo Biológico e Produto Agrícola). Esta norma aplica-se às plantas portadoras, mas não se aplica 
aos produtos dessas plantas portadoras; 
4.reconhecimento e mensuração de ativos de exploração e avaliação (ver a NBC TG sobre Exploração e 
Avaliação de Recursos Minerais); ou 
5.direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás natural, carvão mineral, dolomita e 
recursos não renováveis semelhantes. 
 
3.4-Principais Mudanças 
A principal mudança da norma é a consideração das plantas portadoras como ativo imobilizado, 
mas não se aplica aos produtos dessas plantas portadoras. 
 
Mas O QUE É UMA PLANTA PORTADORA ? 
 
É uma planta viva que é utilizada para a produção ou fornecimento de produtos agrícolas. Sendo 
cultivada para produzir frutos por mais de um período, possuindo grande possibilidade de vendida como 
produto agrícola, mas nunca como sucata. 
 
1. PLANTAS PORTADORAS 
 
Exemplos de plantas portadoras são as videiras, os arbustos de chá, a palmeira de dendê e a 
seringueira. Mas tome cuidado, pois as folhas de chá, uvas, óleo de palma e o látex pertencem a NBC TG 
29. 
 
Outro ponto importante diz respeito ao procedimento de contabilização das plantas portadoras, pois nesta 
se processa como se fosse um imobilizado sendo construído pela própria entidade até que o ativo esteja 
no local e em condições operacionais pela administração. 
 
2. Depreciação 
 
Na determinação da vida útil do bem são considerados alguns fatores tais como: 
a) uso bem; 
b) desgaste físico normal do bem;e 
c) obsolescência técnica ou industrial em função da mudança de tecnologia. 
 
Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade 
principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou 
comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à 
diminuição dos benefícios econôm icos que poderiam ter sido obtidos do ativo. 
 
Ocorre que a NBC TG 27 (R3) incluiu a seguinte situação: 
 
Reduções futuras esperadas no preço de venda de item que foi produzido usando um ativo podem 
indicar expectativa de obsolescência técnica ou comercial do bem, que, por sua vez, pode refletir 
uma redução dos benefícios econômicos futuros incorporados no ativo; 
 
Definição de classe: Trata-se de um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes 
nas operações da entidade: 
Classe de Imobilizado 
Imobilizado Imobilizado 
1.Terreno 6. Veículos a motor 
 2.Terreno e edifício 7. Móveis e Utensílios 
3.Máquinas 8. Equipamentos de Escritório 
4.Navios 9. Plantas Portadoras (NBC TG 27 (R3)) 
 5.Aviões 
 
 
 
Aplicação Prática Teórica 
Exercícios de Fixação 
 
1.(Exame CFC Questão nº ) De acordo com a NBC TG 27(R1) Imobilizado, julgue os itens abaixo como 
Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. 
 
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que 
o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. 
II. A reparação e manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá -lo. 
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo de sua vida útil 
estimada. 
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as 
expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como retificação 
de erro de período anterior. 
 
A sequência CORRETA é: 
 
a) F, F, V, V. 
b) F, V, F, V. 
c) V, F, V, F. 
d) V, V, F, F. 
 
2.(Exame CFC Questão 05) Uma sociedade Industrial, ao analisar um Ativo Imobilizado, identificou as 
seguintes evidências: 
 Informações Valor em reais 
 Valor líquido da Venda 2.040.000,00 
 Valor em uso 2.000,000,00 
 Saldos Contábeis 
 Valor Contábil Bruto - Custo de Aquisição 3.200.000,00 
 Depreciações Acumuladas 800.000,00 
 Perdas Estimadas em valor não recuperável 240.000,00 
 
De acordo com a NBC TG 27 (R2) - Ativo Imobilizado - a perda por redução ao valor recuperável 
complementar a ser reconhecida no resultado, ao final do período de 2014 é de: 
 
a) R$ 120.000,00. 
b) R$ 240.000,00. 
c) R$ 1.040.000,00. 
d) R$ 1.200.000,00. 
 
3. (Exame CFC Questão 07) Uma Sociedade Empresária adquiriu um equipamento, por R$ 25.000,00, 
para uso em suas atividades. Para deixá-lo em condições de uso, foi necessário gastar mais R$ 
15.000,00. 
 
O equipamento ficou pronto para uso no dia 2.01.2014, e a empresa estima usar o equipamento por 5 
anos. 
O valor residual é estimado em R$ 2.500,00, para qualquer método de depreciação adotado. 
A vida útil estimada do equipamento é de 12.000 horas. 
O equipamento tem capacidade para produzir 8.000 unidades de produto. 
O equipamento foi utilizado durante todo o ano de 2014; operou por 2.600 horas; e produziu 1.800 
unidades. 
 
Com base nos dados acima, é CORRETO afirmar que a despesas com depreciação, no ano de 2014, foi 
de: 
 
a) R$ 4.800,00, apurados com base no Método das Quotas Constantes. 
b) R$ 5.416,67, apurados com base no Método das Horas de Produção. 
c) R$ 5.969,50, apurados com base no Método das Unidades Produzidas. 
d) R$ 7.500,00, apurados com base no Método das Somas dos Dígitos.