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FABI E BRU (1)

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Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro Educacional a Distancia (CEAD) Polo Dirceu
Curso: Serviço Social
Disciplinas: COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS; PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL; POLÍTICAS ESPECIAIS; MOVIMENTOS SOCIAIS; PLANOS E PROJETOS DE INTERVENÇÃO SOCIAL
 
Acadêmica:
Fabianna Crystina Ribeiro Barbosa – RA: 2868943191
TERESINA-PI
Maio/2018
 
	
		
DESAFIO PROFISSIONAL
TERESINA-PI
2018
O MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL E NO MUNDO
 A canção “ Mulheres de Atenas “ do cantor Chico Buarque retrata a condição feminina das mulheres de Atenas que viviam em total submissão aos homens e a sociedade patriarcal, e como as mulheres em geral podem tirar como "exemplo" essas condições. Mas que exemplo poderíamos tirar disso tudo? O exemplo a que Chico se refere nesta canção é como nós podemos ver e perceber a submissão e a desigualdade de gênero, não sejamos submissas e não nos sustentemos com migalhas, não vamos viver como as mulheres de Atenas, temos a nossa própria vida. Elas não podiam viver para elas, mas para seus maridos, sua casa, seus filhos e seus afazeres domésticos, enquanto aguardavam pacientemente pelo retorno dos seus companheiros da guerra, sedentos em satisfazer os seus egos machistas e tomá-las como objeto sem preocupar-se com a vontade das mesmas, e de que importava a vontade, os desejos, os anseios, a felicidade, a solidão.
 No Brasil, desde o ano de 1970, o problema da violência contra a mulher vem ganhando visibilidade e reconhecimento social. Tal processo é fruto das lutas dos movimentos feministas e de mulheres, que, articulados, têm alcançado muitas conquistas relacionadas à garantia dos direitos das mulheres e, mais especificamente, ao direito de viver uma vida sem violência e reconhecimento.
 O enfrentamento requer a ação conjunta dos diversos setores envolvidos com a questão (saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social, entre outros), no sentido de propor ações que: desconstruam as desigualdades e combatam as discriminações de gênero e a violência contra as mulheres; interfiram nos padrões sexistas/machistas ainda presentes na sociedade brasileira; promovam o empoderamento das mulheres; e garantam um atendimento qualificado e humanizado àquelas em situação de violência. Portanto, a noção de enfrentamento não se restringe à questão do combate, mas compreende também as dimensões da prevenção, da assistência e da garantia de direitos das mulheres, esses movimentos reivindicavam por políticas públicas voltadas para o enfrentamento da violência contra a mulher. Em meio ao avanço já alcançado por essas lutas, vigora, at Através dos movimentos se teve inúmeras conquistas, e através deste ainda há muito a se conquistar como já foi dito nesse sentido, ressalta – se a importância da consciência de classe e o assistente social tem um papel importante nesse processo, visto que uma de suas atribuições é atuar e organizar os movimentos sociais, dando bases consistentes através do seu arcabouço teórico e metodológico. Atualmente, a mais importante forma de combate ao fenômeno, a Lei Maria da Penha.
 O profissional de Serviço Social tem o dever de atuar na defesa dos direitos humanos, de acordo com a Lei de Regulamentação da profissão do Serviço Social (1993), está entre as competências do assistente social, assessoria aos Movimentos Sociais: “Prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticas e sociais da coletividade.” (artigo 4º, parágrafo IX) e o Código de Ética da profissão que segundo o artigo 12, alínea b; diz que o assistente social deve: “Apoiar e/ou participar dos Movimentos Sociais e organizações populares vinculados a luta pela consolidação e ampliação dos direitos de cidadania”. Há também o Projeto Ético-político, que orienta as análises dos desafios que são postos na ação profissional, para que o assistente social supere a “ordem” do capital, diante disso, o assistente social vai intervir nas expressões da questão social, e atuar nos movimentos sociais contribuindo com a sua organização, articulando forças e construindo alianças e estratégias.
 Outro aspecto que contribui para a construção da formação profissional do assistente social são os estudos que a categoria passou a realizar a cerca desses movimentos e isso se deu a partir do processo de reconceituação latino americana onde a temática dos movimentos sociais teve maior relevância, pois ele rompeu com o conservadorismo de base cristã humanista e isso se deu, em grande parte, pela aproximação dessa categoria a ampla e heterogênea teoria marxista. E esse processo desencadeado no movimento de reconceituação contribuiu e contribui de forma muito expressiva para a formação do assistente social, pois este com a posse do conhecimento da origem e manutenção dos movimentos sociais pode adquirir um sólido conhecimento das diversas demandas que estão postas na sociedade e conhecer melhor suas lutas a fim de poder defender com mais rigor os seus direitos.
 Devendo o profissional de Serviço Social diante dos movimentos sociais e especificamente o de Mulheres, se utilizar da Lei de Regulamentação da Profissão do Serviço Social (1993), do Código de Ética e do projeto Ético-político, intervindo nas expressões da questão social, na organização e formulando estratégias de atuação.
 O Assistente Social vivencia diversas dificuldades, tanto no campo da construção do conhecimento, como no campo dos valores e na execução do trabalho, mas cabe a ele proporcionar mudanças no sentido de pensar e de viver dos processos de luta, o Assistente Social como trabalhador fortalece os movimentos, tendo em vista que o mesmo tem consciência de classe e consegue entender a natureza contraditória das relações de trabalho. 
Além do desafio de unir os movimentos, mais especificamente dentro do movimento de mulheres, há também o desafio de transformar o assistente social em não 12 Movimento de Mulheres em Luta (MML) é um movimento de âmbito nacional que luta contra o capitalismo e a desigualdade gerada pelo mesmo. Hoje chegamos ao século XXI, com a noção da importância do movimento de mulheres, que mesmo com o passar dos séculos, ainda se tem a existência de preconceito de gêneros.
 Muitas foram as vitórias, deste século, como a Lei Maria da Penha, a Marcha das Vadias, o Movimento Mulheres em Luta e por último o Feminicídio como lei sancionada em 2014. Porém, ainda há muito que se conquistar, por mais resistente que tenham sido a luta das mulheres ainda é latente o preconceito e o machismo em nossa sociedade, fazendo–se necessário desmistificar que a mulher deva ter um comportamento “adequado” e diferenciado somente pelo fato de ser mulher, seja pela questão da roupa, dos gestos e atitudes. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
 Boitempo Editorial, 2009. BRASIL, Código de Ética Profissional do/a Assistente Social (10ª edição).Texto aprovado em 13/3/1993, com as alterações introduzidas pelas Resoluções CFESS nº290/1994, 293/1994, 333/1996 e 594/2011. Código de Ética do Serviço Social, 1993. Disponível em : .Acesso em : 14 de outubro de 2017. DURIGUETTO, Maria Lucia; BALDI, Luiz Agostinho de Paula. Serviço Social, mobilização e organização popular: uma sistematização do debate contemporâneo. Revista katályses. 2012. GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais na Era Global. Editora Vozes. 2012 IAMAMOTO, Maria Vilela. SAFFIOTI, Heleieth I.B. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. 3 ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013. SANTOS, Rita de Cássia Barbosa dos. MACAMBÚ, Milanca. SÁ, Maria Elvira Rocha de. Movimentos Sociais e Serviço Social: Reflexões sobre a formação profissional. Movimentos Sociais: Concepções em torno do tema. 2013. Editora Social SOUZA, Regina Sueli. CASTRO, Alessandra Gomes. Movimentos Sociais, Direitos Humanos e Serviço Social no Brasil.

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