Buscar

RESUMÃO PROCESSO CIVIL - CONCEITOS INICIAIS ATÉ RECURSO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL
Conceito de Princípio: Princípios são verdadeiras premissas, pontos de partida, pilares, nos quais se apóia toda ciência, regra que deve nortear várias outras, ou mesmo um sistema. São os preceitos fundamentais que dão forma e caráter aos sistemas processuais. Alguns são princípios comuns a todos os sistemas processuais; outros vigem somente em determinados ordenamentos. Alguns princípios gerais têm aplicação diversa no âmbito do processo civil e do processo penal. Ex: a verdade formal prevalece no processo civil, enquanto no processo penal domina a verdade real. Outros princípios, contudo, têm aplicação idêntica em ambos os ramos do direito processual. Vamos a eles.
Constitucionais 
Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional. - Art.5º XXXV CF – proíbe a lei de excluir da apreciação do judiciário qualquer lesão ou ameaça a direito. Art.3º NCPC. Ex. não pode condicionar a garantia da ação ao esgotamento das vias administrativas. 
Princípio do Devido Processo Legal - Art.5º, LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. Tem que decorrer de decisão proferida em processo que tenha tramitado de acordo com a previsão legal. O princípio obriga que se respeitem as garantias processuais e o trâmite processual. 
Princípios do contraditório e da ampla defesa
- o princípio da audiência bilateral; 
- A CF previu o contraditório e ampla defesa num mesmo dispositivo, determinando expressamente sua observância nos processos de qualquer natureza, judicial ou administrativo, e aos acusados em geral: "Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes" (art. 5º, LV).
- Como conseqüência desses princípios é necessário que se dê ciência a cada litigante dos atos praticados pelo juiz e pelo adversário, efetivando-se o contraditório e possibilitando que sejam ouvidas em relação a eles. 
- Para configurá-lo, é suficiente que as partes sejam colocadas em condições de contrariarem; mesmo que não o façam, reputa-se respeitado o princípio pela oportunidade que se lhe ofereceu. 
- Dois, pois, são os elementos que constituem o contraditório:
 a) a informação;
 b) a reação (esta, meramente possibilitada nos casos e de direito disponível). 
-art.9º NCPC
-Art.10 NCPC : a norma visa evitar as chamadas “decisões surpresas” - aplicação do princípio do contraditório.
Princípio do duplo grau de jurisdição
- esse princípio prevê a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau (ou de primeira instância), garantindo, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos da jurisdição superior, ou de segundo grau.
- referido princípio funda-se na possibilidade de a decisão de primeiro grau ser injusta ou errada, por isso a necessidade de se permitir a sua reforma em grau de recurso.
- Exceções ao princípio: hipóteses de competência originária do STF
Princípio do Juiz Natural ou princípio da vedação dos tribunais de exceção, art.5º, incisos XXXVII e LII, CF;
- não poderá haver juiz ou tribunal de exceção;
- nenhuma pessoa poderá ser processada ou sentenciada não pela autoridade competente;
- é imprescindível que esta autoridade preexista ao fato que a ela está submetido a julgamento, a fim de que a imparcialidade do órgão seja assegurada.
- Aos Tribunais de Exceção, cuja vedação é um dos direitos individuais resguardados pela CF, contrapõe-se o juiz natural, que é aquele previsto expressa ou implicitamente na Constituição Federal. É aquele investido de funções jurisdicionais, atributo só conferido aos juízes ou tribunais, mencionados explícita ou implicitamente em norma jurídico-constitucional.
- A garantia do juiz natural desdobra-se em três conceitos: (a) só são órgãos jurisdicionais os instituídos pela Constituição; (b) ninguém pode ser julgado por órgãos constituído após a ocorrência do fato; (c) entre os juízes pré-constituídos vigora uma ordem taxativa de competências que exclui qualquer alternativa deferida à discricionariedade de quem quer que seja. A CF de 1988 reintroduziu a garantia do juiz competente no art. 5º, LIII.
Princípio da Motivação das Decisões Judiciais.
- art.93, IX e X da CF – toda e qualquer decisão judicial deve ser fundamentada; arts.11, 189, 489, II NCPC
- a necessidade da motivação das decisões judiciais. 
- É uma garantia das partes, com vista à possibilidade de sua impugnação para efeito de reforma, além da função política da motivação das decisões judiciais, cujos destinatários não são apenas as partes e o juiz competente para julgar eventual recurso, mas quaisquer do povo, com a finalidade de aferir-se em concreto a imparcialidade do juiz e a legalidade e justiça das decisões.
Princípio da publicidade
- art.93, IX da CF; art.11, 189 NCPC;
- em regra, os atos processuais, audiências, são públicos, salvo quando : art.189 NCPC.
- Este princípio constitui uma preciosa garantia do indivíduo no tocante ao exercício da jurisdição. 
- A presença do público nas audiências e a possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa representam o mais seguro instrumento de fiscalização popular sobre a obra dos magistrados, promotores públicos e advogados. O povo é o juiz dos juízes.
Princípio da Razoável Duração do Processo
- EC 45/2204 – art.5º, inciso LXXVIII CF; - art.93, XV CF
- art.4º NCPC
Princípio da Efetividade do Processo 
- art.5º, XXXV CF; art.4º NCPC
- os mecanismos processuais devem ser aptos a propiciar decisões justas, tempestivas e úteis aos jurisdicionados.
Princípio da Vedação das Provas Ilícitas
- Art.5º, inciso LVI da CF;
- não são admitidas no processo as provas obtidas por meios ilícitos; ex: confissão com emprego de tortura, grampo telefônico. 
- objetivo de resguardar a intimidade e a vida privada dos indivíduos.
Princípio da Assistência Jurídica Integral e Gratuita aos Necessitados
- art.5º, LXXIV CF : o Estado deve oferecer assistência jurídica integral e gratuita aos menos favorecidos, isentado-os de custas judiciais e outras despesas relativas ao processo.
Infraconstitucionais
Princípio Dispositivo – Princípio da ação ou Demanda, Iniciativa das Partes.
- o processo civil começa por iniciativa da parte. Art.2º NCPC.
- Princípio da ação, ou princípio da demanda, ou princípio da iniciativa das partes, indica que o Poder Judiciário, regido por outro princípio (inércia processual), para movimentar-se no sentido de dirimir os conflitos intersubjetivos, depende da provocação do titular da ação, instrumento processual destinado à defesa do direito substancial litigioso.
- Existem exceções à regra da inércia dos órgãos jurisdicionais: CLT - execução trabalhista, art. 878; habeas corpus de ofício. 	
- Como decorrência do princípio da ação, o juiz – que não pode instaurar o processo – não pode, por conseguinte, tomar providências que superem os limites do pedido (NCPC, art. 490 e 492).
Princípio do impulso processual ou impulso oficial 
- art. 2º e 139 NCPC.
- O princípio dispositivo consiste na regra de que o juiz depende da iniciativa das partes quanto à instauração da causa. 
- Uma vez instaurada a relação processual, compete ao juiz mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional. 
	
Princípio da Imediatidade
- o juiz deve colher as provas direta e pessoalmente, sem intermediários.
 de acordo com o NCPC: Art. 459.  As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida. 
§ 1o O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes.
 Assim, a partir do dia 18 de março, quando entra em vigor o NCPC, As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha,começando pela que a arrolou.
Princípio da Livre Convicção (persuasão racional)
- livre convencimento do juiz, ou da persuasão racional - Este princípio regula a apreciação e a avaliação da provas produzidas pelas partes, indicando que o juiz deve formar livremente sua convicção. 
- essa liberdade de convicção, contudo, sofre temperamento pelo próprio sistema que exige a motivação do ato judicial (CF., art. 93, IX; NCPC, art. 371, 489, II etc.).
Princípio da Lealdade Processual
- arts.5º e 6º NCPC.
- não só as partes, mas todos que participem do processo, devem agir com honestidade, boa-fé, não podem agir deslealmente e empregar artifícios fraudulentos. 
- O princípio que impõe os deveres de dignidade, moralidade e probidade a todos aqueles que participam do processo (partes, juízes e auxiliares da justiça; advogados e membros do Ministério Público) denomina-se princípio da lealdade processual ou da boa-fé.
- O desrespeito ao dever de lealdade processual constitui-se em ilícito processual (nele compreendendo o dolo e a fraude processual), ao qual correspondem sanções processuais. 
- Partes e advogados e serventuários, membros do Ministério Público e o próprio juiz estão sujeitos a sanções pela infração de preceitos éticos e deontológicos, que a lei define minuciosamente (arts. 77, 78, 79, 80, 81, 143 NCPC).
Princípio da economia processual
- O princípio da economia processual significa a obtenção do máximo resultado na atuação do direito com o mínimo possível de dispêndio. 
- É a conjugação do binômio: custo-benefício. 
- importante corolário da economia processual é o princípio do aproveitamento dos atos processuais (CPC, art. 283, NCPC).
Princípio da Igualdade ou Isonomia. -art.7º NCPC: paridade de tratamento às partes.
Princípio da imparcialidade do juiz. 
- isenção, em relação às partes e aos fatos da causa, 
- é condição indeclinável do órgão jurisdicional para proferir de um julgamento justo. 
- o juiz deve ser superpartes, colocar-se entre os litigantes e acima deles: é a primeira condição para que possa exercer sua função dentro do processo.
-A imparcialidade do juiz é, pois, pressuposto para que a relação processual se instaure validamente. 
- A imparcialidade do juiz resulta em garantia de ordem pública. 
- É garantia não só das partes, que terão a lide solucionada com justiça, mas também do próprio Estado, que quer que a lei seja aplicada corretamente, e do próprio juiz, que ficará coberto de qualquer suspeita sobre seus atos (arbítrio ou parcialidade). 
- Para assegurar a imparcialidade do juiz, as Constituições lhe estipulam 
(a) garantias (CF, art. 95); prescrevem-lhe 
(b) vedações (art. 95, § ún. e proíbem 
(c) juízos e tribunais de exceção (art. 5º, inc. XXXVII). 
- Nessa trilha, o CPC (arts. 144 e 145) elenca os motivos de impedimento e de suspeição do juiz. 
Princípios da disponibilidade e da indisponibilidade
- poder dispositivo: a liberdade que as pessoas têm de exercer ou não seus direitos. 
- Em direito processual tal poder é configurado pela disponibilidade de apresentar ou não sua pretensão em juízo, da maneira que melhor lhes aprouver e renunciar a ela ou a certas situações processuais. Trata-se do princípio da disponibilidade processual. 
- Esse poder de dispor das partes é quase que absoluto no processo civil, mercê da natureza do direito material que se visa fazer atuar. As limitações a esse poder ocorrem quando o próprio direito material é de natureza indisponível, por prevalecer o interesse público sobre o privado. 
- O inverso acontece no direito penal, em prevalece o princípio da indisponibilidade (ou da obrigatoriedade). O crime é sempre considerado uma lesão irreparável ao interesse público e a pena é realmente reclamada, para a restauração da ordem jurídica violada. Exceções: infrações penais de menor potencial ofensivo (art. 98, I, da CF).
- Conseqüências: nos crimes de ação penal pública a Aut. Pol. é sempre obrigada a proceder as investigações preliminares (CPP, art. 5º) e o órgão do MP deve necessariamente deduzir a pretensão punitiva. Arquivamento: risco de mitigação do princípio da obrigatoriedade, em benefício, porém, do princípio da ação. A Aut. Pol. não pode deixar de prosseguir das investigações instauradas ou arquivar o inquérito. O MP não pode desistir da ação e dos recursos interpostos. Pode, contudo, pedir a absolvição do réu. 
Outras limitações: Ação penal privada e ação penal pública condicionada. Outra decorrência da indisponibilidade do processo penal é a regra pela qual os órgãos da persecução criminal devem ser estatais. Exceções: Ação Penal Popular nos crimes de responsabilidade praticados pelo Procurador-Geral da República e por Ministros do Supremo Tribunal Federal (lei 1.079/50). Ação Penal privada.
Verdade Real e Verdade Formal
- enquanto no processo civil em princípio o juiz pode satisfazer-se com a verdade formal, no processo penal o juiz deve averiguar o descobrimento da verdade real, como fundamento da sentença.
SUSPEIÇÃO
A suspeição põe em risco a imparcialidade do juiz, mas com menos gravidade do que o impedimento. Por isso, se o processo for conduzido por um juiz suspeito, sem que ele o reconheça nem as partes reclamem, não haverá vício ou nulidade. Ao contrário do impedimento, que exige que o juiz se afaste
da causa, sob pena de nulidade absoluta e até mesmo ação rescisória, a suspeição não impõe tal exigência, nem caberá ação rescisória nela fundada.
Presentes as hipóteses de suspeição, o juiz pode tomar a iniciativa de pedir a sua substituição no processo, e, se não o fizer, qualquer das partes pode, por meio de petição, invocar a suspeição e formular o pedido, que será apreciado pela superior instância. Reconhecida a suspeição, os atos
praticados pelo juiz quando já presentes as suas causas serão reputados nulos.
As causas de suspeição estão previstas no art. 145 do CPC. Em todas essas hipóteses há o risco de que o juiz não consiga manter a imparcialidade. Mas o perigo é menor do que nos casos de impedimento. Nestes, é vedado ao juiz permanecer na condução do processo, e se ele o fizer, haverá nulidade alegável até em ação rescisória. Na suspeição, como o risco é menor, se nenhuma das partes suscitar a suspeição e se o juiz de ofício não tomar a iniciativa de
transferir a condução do processo ao seu substituto, não haverá nulidade. Se o juiz não toma a iniciativa, cumpre às partes avaliar se confiam em que ele mantenha a sua imparcialidade, apesar da suspeição, ou se não confiam, caso em que deverão suscitá-la. Não o fazendo no prazo de quinze dias, a contar da data
em que têm ciência dos fatos geradores, a matéria tornar-se-á preclusa para elas, que não mais poderão reclamar do juiz, o que não impede que ele, não se sentido à vontade na condução do processo, possa de ofício dar-se por suspeito e pedir a sua substituição. Caso as partes suscitem o impedimento ou suspeição, o juiz pode espontaneamente afastar-se. Se não o fizer, apresentará as suas razões e enviará a exceção à Superior Instância, para que a aprecie.
INCIDENTE DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
Como visto no item acima, as causas de impedimento são muito mais graves que as de suspeição. Ambas podem ser reconhecidas de ofício pelo juiz, mas somente o impedimento gerará nulidade absoluta, capaz de ensejar posterior ajuizamento de ação rescisória. O impedimento não preclui nem para as partes, nem para o juiz, podendo ser alegado a qualquer
tempo; já a suspeição, se não alegada no prazo, preclui para as partes, mas não para o juiz, que de ofício e a qualquer tempo poderá reconhecê-la.
É preciso distinguir: o impedimento pode ser alegado a qualquer tempo, mas o incidente de impedimento deve ser suscitado por petição apresentada no prazo de quinze dias, a contar da ciência de sua causa. Ultrapassado esse prazo, o impedimento ainda pode ser alegado, mas não mais como incidente em separado, que pode suspender o processo, caso o relator lhe atribua esse efeito.
A arguição de suspeição e de impedimento pode serfeita tanto pelo autor quanto pelo réu. A petição será dirigida ao juiz da causa e deverá ser fundamentada, com a indicação das razões pelas quais a parte entende que o juiz não é imparcial. Ela poderá ser instruída com documentos e conter rol
de testemunhas. Deve indicar com clareza qual o juiz impedido ou suspeito, uma vez que a parcialidade não é do juízo, mas de determinado juiz.
AUXILIARES DA JUSTIÇA - O juiz não conseguiria desempenhar a contento suas atividades se não contasse com a colaboração de
auxiliares, que lhe dão o apoio necessário, e agem sob sua ordem e comando.
Eles não exercem atividade jurisdicional, exclusiva do juiz, mas colaboram com a função judiciária. Alguns o fazem em caráter permanente, como os funcionários; outros em caráter eventual, como peritos, intérpretes e depositários.
QUEM SÃO? - O art. 149 apresenta em rol apenas exemplificativo de auxiliares da justiça
TUTELAS PROVISÓRIAS
PROCEDIMENTOS DAS TUTELAS DE URGÊNCIA EM CARÁTER ANTECEDENTE
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE - arts.303 e 304
- qdo a urgencia for contemporânea à propositura da ação
- PI pode limitar-se ao pedido de tutela antecipada e à mera indicação do pedido de tutela final
- concedida a tutela, o autor deverá aditar a inicial em 15 dias, juntar docts e confirmando o pedido de tutela final; não há novas custas;
- se nao o fizer, ocorre a extinção sem julgamento do mérito;
- feito o aditamento, o réu será citado para comparecer a audiencia de conciliação ou mediação;
- havendo acordo, será homologado por sentença;
- restando infrutífera a audiencia, inicia-se prazo de 15 dias para a contestação;
- inovação do art.304 CPC: a tutela concedida torna-se estável se não for interposto recurso da decisão e o processo é extinto. Recurso cabível da decisão que concede a tutela provisória = AGRAVO DE INSTRUMENTO
Obs. Alguns doutrinadores discordam da interpretação literal do dispositivo, defendendo que a contestação ou qualquer forma de oposição deve ter o condao de evitar a extinção do processo.
- a tutela provisória estabilizada pode ser reformada, revista ou invalidada pela parte interessada por meio de ajuizamento de nova demanda, no prazo decadencial de 2 anos, a partir da intimação/ciencia da decisão que extinguiu o processo.
TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE – arts.305 a 308]
- PI deve conter: 
lide e seu fundamento;
exposição sumária do direito;
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo;
- réu citado para responder em 5 dias, indicando provas;
- caso conteste, segue o procedimento comum; não contestando, presumem-se verdadeiros os fatos e o juiz deve decidir a tutela provisória em 05 dias.
- efetivada a tutela cautelar, o autor poderá aditar a causa de pedir, deverá formular o pedido principal, nos mesmos autos e sem custas, no prazo de 30 dias, 
- feito o aditamento, as partes serão intimadas para a audiencia de conciliação, seguindo-se os arts.334 e 335 NCPC.
- não realizado o aditamento, ocorrerá a cessação da eficácia da tutela cautelar concedida.
- cessada a eficácia da tutela, a parte não pode renovar o pedido, salvo sob novo fundamento;
- o indeferimento da tutela cautelar não obsta seja formulado o pedido principal nem influi no julgamento deste, salvo se acolhida decadência ou prescrição.
TUTELA DE EVIDENCIA
- artigo 311 do Novo Código 
- independe da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo
- na tutela da evidência, não se exige urgência. 
- hipóteses de concessão:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.”.
- advertência: “Tais situações não se confundem, todavia, com aquelas em que é dado ao juiz julgar antecipadamente o mérito (arts. 355 e 356), porquanto na tutela de evidência, diferentemente do julgamento antecipado, a decisão pauta-se em cognição sumária e, portanto, traduz uma decisão revogável e provisória.” 
- exceto a hipótese prevista no inciso I do art. 311 do NCPC, todas as outras fazem referência a aspectos jurídicos ou fáticos que traduzem a evidência do direito do autor, quais sejam: comprovação documental das alegações de fato somada à “tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante” (II); “prova documental adequada do contrato de depósito” (III); e “prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável” (IV).
- mesmo na hipótese do inciso I, o litigante deverá também comprovar a evidência e a probabilidade do seu direito.
- art. 311 do NCPC parágrafo único - o magistrado poderá decidir liminarmente nas situações descritas nos incisos II e III. 
- nos incisos I e IV, o juiz somente poderá formar sua convicção (ainda que fundada em cognição superficial) após a apresentação de defesa pelo réu.
- não há previsão para o pedido antecedente de tutela da evidência. Dessa forma, há um tratamento heterogêneo entre as diferentes espécies de tutela provisória: enquanto a tutela de urgência pode ser pedida de forma antecedente e incidental, a tutela da evidência só pode ser pedida de forma incidental. É claro que, nas duas hipóteses de tutela da evidência em que não cabe sua concessão liminarmente, não haverá possibilidade material de seu pedido ocorrer de forma antecedente; mas nas duas outras, nas quais a concessão pode ou deve ser liminar, é plenamente possível se imaginar um pedido de forma antecedente. Como o Novo CPC não trata dessa possibilidade, é possível ao intérprete propugnar pela aplicação por analogia do procedimento previsto para o pedido antecedente de tutela antecipada.” (Novo Código de Processo Civil, São Paulo: Método, 2015, p. 219)
PROCESSO. PROCEDIMENTO. PETIÇÃO INICIAL.
Processo e Procedimento
Processo Complexo de atos que se desenvolvem tendo por finalidade a provisão jurisdicional.
Procedimento Modo e forma pelos quais é movido o processo
	 Modo/ Maneira pelos quais são praticados os atos no processo
	 Rito
Processo de Conhecimento = Procedimento pode ser : Comum ou Especial
 
Processo de Procedimento Composição da lide por meio 
conhecimento comum/Especial de uma sentença
Procedimento Comum 
Procedimento comum é aplicável a todas as causas (inclusive, subsidiariamente, aos especiais e à execução), salvo disposições em contrário (art. 318 e seguintes no Novo CPC).
Padrão Aplicável a grande maioria das hipóteses, sendo, por isso, minuciosamente regulamentado.
 Aplicado subsidiariamente ao procedimento especial
Fases Lógicas
 Postulatória (Inicial + Contestação)
 Fases Cognitiva Probatória (Provas)
 Decisória (Sentença)
Fase liquidação – Quando a sentença não fixar o valor devido
Fase Executiva – Quando não houver o cumprimento espontâneo da sentença
Petição Inicial
- Ato processual do autor;
- Ato que dá início ao processo, em observância ao princípio da iniciativa da parte;
- Ato formal.
Requisitos – art.319 e 320 CPC (OBRIGATÓRIOS)
- o juízo a que é dirigida;
- os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereçoeletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
- o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
- o pedido com as suas especificações;
- o valor da causa;
- as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
- a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
- documentos essenciais – art.320. Ex: procuração, comprovante de recolhimento das custas, certidão de casamento em divórcio, certidão de nascimento em ação de Alimentos, etc.
Diligências para descoberta de dados - art. 319, §1º: o autor poderá requerer justificadamente o acesso a bancos de dados públicos para a busca do endereço do réu.
Emenda da PI - art. 321: faltando requisitos essenciais ou tendo irregularidades sanáveis, o juiz ordenará que o autor emende, adite ou complete a inicial em 15 dias, sob pena de indeferimento.
Indeferimento da PI: A petição inicial será indeferida quando (art. 330):
I – for inepta;
II – a parte for manifestamente ilegítima;
III – o autor carecer de interesse processual;
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
O § 1o do art. 330 do Novo CPC, deve ser reconhecida a inépcia da petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
Recurso: indeferida a PI, o autor poderá recorrer por meio do recurso de apelação.
efeito regressivo: O recurso de apelação contra o indeferimento da petição inicial possui excepcional efeito regressivo, ou seja, é facultada a retratação pelo juiz que proferiu a decisão, no prazo de 5 dias. Caso não haja a retratação, o juiz intimará o réu para contrarrazões normalmente e encaminhará os autos ao Tribunal para julgamento.
 Pedido - arts.322 a 329
Conceito: é a dedução da pretensão em juízo
 Imediato – provisão jurisdicional (sentença) Condenatória 
 Constitutiva
 Declaratória
 Mediato – tutela de um bem jurídico 
 (restituição de uma casa, recebimento da dívida, etc.)
Requisitos do pedido – art. 322 e 324
Certo expresso
Determinado definido ou delimitado em sua qualidade e quantidade
Obs.: é ele quem caracteriza a ação e a sentença
Espécies 
 Imóvel (bem individualizado)
 Certo e Determinado R$ 10.000,00 (quantia certa)
 10 Sacas de café (milho, etc.) 
 
 Genérico: Determinado quanto ao gênero, indeterminado quanto à quantidade art. 324,§1º
*Gênero An Debeatur ( o que é devido)
*Quantidade Quantum Debeatur (Quanto é devido)
Hipóteses em que é permitido formular pedido genérico:
Ações Universais aquelas em que a pretensão recai sobre uma universalidade
Exemplo: Rebanho (de fato), Patrimônio (de direito)
Porque essas conseqüências ainda não se definiram
Exemplo: Indenização
Exemplo: pedido de prestação de contas e condenação do saldo remanescente
Obs.: a determinação do pedido poderá ocorrer na sentença, dependendo dos elementos probatórios dos autos, ou em posterior liquidação da sentença.
Fixo: é o pedido consistente em determinada prestação, com exclusão de Qualquer outro
Alternativo (art. 325): quando o devedor puder cumprir a obrigação de mais de um modo. Ou, o autor pede o cumprimento de uma outra prestação,
Pedidos Subsidiários ou Sucessivos – Art. 326
Pedido principal cumulado, subsidiariamente, pedido subsidiário, p/ o caso de o juiz não acolher o primeiro.
Exemplos: A entrega do bem ou o pagamento do seu valor. 
A complementação da área que se adquiriu ou abatimento do preço
Anulação do negócio por simulação ou, subsidiariamente, por fraude pauliana.
 Pedido Único
 Pedidos Cumulados : formulação de vários pedidos (Art.327)
Pode ser feita por um único autor ou por vários autores (litisconsórcio ativo)
Requisitos da Cumulatividade
Pedidos compatíveis entre si; que pode coexistir e que não se repelem ou excluem mutuamente;
Competência p/ conhecê-los do mesmo Juízo;
Seja adequado o mesmo procedimento para todos os pedidos.
Exemplos: Rescisão contratual c/c perdas e danos; Danos materiais e danos morais; investigação de paternidade c/c alimentos.
Pedido de Prestações Periódicas (art. 323)
Nas ações que visam ao cumprimento de obrigações de trato sucessivo, prestações que vencem periodicamente, Exemplos: Aluguéis; Alimentos, pode-se formular pedido de pagamento das prestações vencidas e vincendas (a se vencer).
Obs.: Ainda que omitidas, as últimas consideram-se implicitamente incluídas no pedido
Pedido de Prestação Indivisível
- Obrigação indivisível (Arts. 328 CPC e 259 a 263 do C.C.)
- Vários credores
Qualquer um deles é parte legitima para pedir a prestação. Art.328 CPC, dedução das despesas em cota parte, na proporção de seu crédito.
Estabilidade da relação processual – art.329: 
O autor pode aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir:
- Até a citação, independentemente de consentimento do réu;
- Após a citação e até o saneamento do processo, com consentimento do réu, assegurado ao réu o direito de se manifestar em 15 dias sobre a alteração;
- Após o saneamento, não é possível.
Limites de atuação do juiz - Art. 141 e 492 - o Juiz deve decidir nos limites do pedido do autor
Interpretação restritiva do Pedido - Art. 322, §1º e 323 – os pedidos devem ser interpretados restritivamente (regra)
Exceções: O pedido de juros decorre do principal, mesmo que haja omissão. O mesmo quanto a correção monetária, verbas de sucumbência, honorários advocatícios, e prestações vincendas.
AUDIÊNCIA
 
1 – de Conciliação ou Mediação: Art.334 CPC
	
	
	
 
Tentativa de conciliação    Sim – homologação - extinção
                                     Não– prosseguimento: prazo para defesa
 
- busca pela solução consensual de conflitos: art.3º, §2º e 3º CPC;
- conciliação na fase inicial do processo – antes da defesa – princípio econômico;
- atuação necessária de conciliador ou mediador;
- art.165 CPC: CEJUSC´s;
- designação com antecedência mínima de 30 dias;
- citação com antecedência mínima de 20 dias;
- dispensa em duas hipóteses: a) não for possível a composição; b) ambas as partes manifestarem expressamente desinteresse;
- autor manifesta desinteresse na inicial e réu, por petição, até 10 dias antes da audiência;
- comparecimento obrigatório, sob pena de ato atentatório à dignidade da justiça – multa de até 2% da vantagem pretendida, em proveito da União ou Estado;
- parte poderá ser representada por pessoa a quem confira poderes especiais para transigir;
- acompanhadas de advogado.
DEFESA DO RÉU
CONTESTAÇÃO
Resposta do réu à ação do autor;
PRAZO: R	egra: 15 dias a partir de : conforme art.335;
Litisconsórcio passivo com diferentes procuradores – art.229: prazo em dobro, salvo se autos eletrônicos.
Réu U, E, M, autarquias e fundações públicas, MP, defensoria: prazo em dobro. Art.180 e 186 .
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA NA CONTESTAÇÃO: todas as matérias de defesa devem ser alegadas na contestação, as que não o forem não poderão ser deduzidas em outra fase do processo; ocorre a preclusão das alegações; art.336. 
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE :Todas as defesas, contra o processo e contra o mérito, inclusive as suplementares, devem ser formuladas, uma vez que que devem ser apreciadas caso as primeiras sejam repelidas;
RESTRIÇÕES/EXCEÇÕESAO PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE: defesas suscitáveis posteriormente à contestação. – art.342 CPC.
- Direito ou fato superveniente: aquele que se constituiu ou se integrou posteriormente à contestação. 
- Matéria que o juiz possa e deva conhecer de ofício. Ex: prescrição, as do art.337, com exceção da convenção de arbitragem e incompetência relativa.
- Quando por lei puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo. Ex: incompetência absoluta, impedimento do juiz, ou suspeição quando se teve ciência posteriormente à contestação.
PRINCÍPIO DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FATOS (ÔNUS DO RÉU): Necessidade de Manifestação precisa e específica sobre cada um dos fatos narrados na inicial, art.341. Falta de impugnação específica traz como consequência a presunção de veracidade dos fatos não impugnados, ficando o autor liberado de prová-los; art.341 e 374, III
Vedada a contestação por negação geral. - Exceções: em 3 hipóteses a falta de impugnação específica não resulta na presunção de veracidade: aqueles a cujo respeito não for admitida a confissão; se a PI não estiver acompanhada do instrumento público que que é da substância do ato; se estiveram em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Isentos do ônus de impugnar especificamente os fatos: defensor público, advogado dativo e ao curador especial. Podem fazer contestação por negação geral.
DEFESAS CONTRA O PROCESSO = PRELIMINARES = matérias que deverão ser deduzidas em PRELIMINAR, ou seja, antes de se discutir o direito material = art.337.
Inexistência ou nulidade da citação;
Incompetência absoluta e relativa;
Incorreção do valor da causa;
Inépcia da inicial;
Perempção;
Litispendência; 
Coisa julgada; = prova-se por certidão da sentença, transitada em julgado, proferida em outro processo idêntico;
Conexão;
Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; = falta de pressupostos processuais referentes às partes;
Convenção de arbitragem;
Ausência de Legitimidade ou de interesse processual = falta de condições da ação;
Falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar; = falta de pagamento das custas e honorários de advogado de processo declarado extinto sem resolução de mérito, qdo autor intente de novo a ação; ex.art.83, 559, 641, §2º.
Indevida concessão do benefício da gratuidade da justiça. Art.99 e 100 CPC
Todas essas matérias podem ser conhecidas de ofício pelo juiz, com exceção da convenção de arbitragem e incompetência relativa. A enumeração do art.337 não é exaustiva, outras matérias deverão ser alegadas em preliminar: 
vícios, nulidades, defeitos do processo, 
outras matérias do art.485 CPC – extinção sem julgamento do mérito,
qualquer matéria que autorizaria o juiz a indeferir a PI 
DEFESAS DE MÉRITO: 
PRELIMINAR DE MÉRITO: prescrição e decadência;
MÉRITO PROPRIAMENTE DITO:
- Negar os fatos; = contestação absoluta;
- Admitir os fatos mas negar as consequências jurídicas;
- Admitir os fatos e suas consequências jurídicas, mas aduzir outros fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito do autor; 
xs: reconhece o negócio, mas afirma que não tinha capacidade de obrigar-se; exceção do contrato não cumprido; transação com fixação de novo prazo para pagamento; = fato impeditivo; reconhece que contraiu a dívida, mas já pagou; remissão, prescrição = extintivo; reconhece a dívida, mas afirma que por acordo, ela foi parcelada; alegação de culpa concorrente na ocorrência do dano = modificativo. 
Cabe ao réu o ônus de prová-los. 
DEFESA DIRETA : negar os fatos ou consequências jurídicas
DEFESA INDIRETA: Admitir os fatos e suas consequências jurídicas, mas aduzir outros fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito do autor; 
REQUISITOS:
Rito Ordinário: 
Formais: por petição escrita, dirigida ao juiz da causa, nomes das partes e cartório instrumento de mandato
Intrínsecos: Manifestação precisa e específica sobre os fatos narrados na inicial; Exposição dos fatos e fundamentos jurídicos da resistência do réu;
Apresentação dos documentos destinados a provar as suas alegações; 
Especificação das provas que o réu pretende produzir.
Pedido: Defesa contra o processo: remessa ao juiz competente, extinção do processo, sem resolução de mérito, ou simples emenda ou correção dos atos processuais. Defesa contra o mérito: improcedência do pedido.
DA RECONVENÇÃO - 343 -Meio para o réu manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, contra o réu, nos mesmos autos.
- Verdadeira pretensão do réu contra o autor, nos mesmos autos.
- Feita na própria contestação (NOVO)
- será intimado o autor-reconvindo, na pessoa de seu advogado, que terá o prazo de quinze dias para contestá-la. 
- Julgar-se-ão na mesma sentença a ação e a reconvenção 
- A desistência da ação, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da reconvenção.
- A recíproca também é verdadeira: A desistência da reconvenção, ou a existência de qualquer causa que a extinga, não obsta ao prosseguimento da ação principal.
DA REVELIA – 344 A 346 - É a falta de contestação pelo réu;
- Efeitos: presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor, ou seja, fatos tornam-se incontroversos.
- Exceções: art.345
- O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que o encontrar.
OUTROS COMPORTAMENTOS DO RÉU
Requerer desmembramento de litisconsórcio – 113, §2º
Denunciar a lide - 126;
Chamar ao processo - 131 ;
Requerer falsidade de documento; 430
Requerer exibição de documento; 397 e 401
Reconhecer a procedência do pedido – art.487, III, a
DA PROVA
CONCEITUAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E DISCRIMINAÇÃO DAS PROVAS
Noções Introdutórias - Toda pretensão tem por fundamento um ponto de fato.
O autor faz afirmação de um fato, que poderá, ou não, corresponder à verdade. 
O magistrado precisa convencer-se da existência ou inexistência dos mesmos.
Para o juiz não bastam as afirmações de fatos, mas impõe-se a demonstração da sua existência, ou inexistência.
PROVA - Provar é convencer o espírito da verdade respeitante a alguma coisa.
A prova tem, pois, um objeto. 
Tem uma finalidade: a formação da convicção de alguém. 
Tem um destinatário.
Quem se propõe a provar terá que valer-se de meios adequados, que variam conforme o objeto da prova.
PROVA JUDICIÁRIA
A prova judiciária tem um objeto, uma finalidade, um destinatário; serve-se de meios e método próprios.
a) Objeto da prova judiciária são os fatos da causa, ou seja, os fatos deduzidos pelas partes como fundamento da ação ou da exceção.
b) Sua finalidade é a formação da convicção quanto à existência dos fatos da causa.
c) Destinatário da prova é o juiz. - O juiz é o destinatário principal e direto: na convicção, que formar, assentará a sentença. Destinatários, embora indiretos, também são as partes, que igualmente precisam ser convencidas, a fim de acolherem como justa a decisão.
d) A prova dos fatos faz-se por meios adequados a fixá-los em juízo. Na prova judiciária, os meios precisam ser juridicamente idôneos. A prova dos fatos, em juízo, faz-se por meios pelo direito considerados idôneos para fixá-los no processo.
e) Método próprio: a prova terá que produzir-se com respeito aos princípios e normas processuais = Processo probatório. 
A prova dos fatos deverá ser acolhida pelos meios admitidos em direito, no processo, e pela forma estabelecida em lei. Nesse sentido se deve entender a velha máxima – “quod non est in actis non est in mundo”: para o juiz, aquilo que se não acha no processo, e conforme a disciplina processual, não existe.
CONCEITO DE PROVA JUDICIÁRIA
- Prova no sentido objetivo – meios destinados a fornecer ao juiz o conhecimento da verdade dos fatos deduzidos em juízo.
- Prova no sentido subjetivo – é aquela que se forma no espírito do juiz, seu principal destinatário, quanto à verdade dos fatos. 
A prova no sentido subjetivo se forma do conhecimento e ponderação das provas no sentidoobjetivo, que transplantam os fatos para o processo.
PROVA é a soma dos fatos produtores da convicção, apurados no processo.
CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS
a) Objeto – diretas ou indiretas
Se se refere ao próprio probando, ou consiste no próprio fato, a prova é direta.
A testemunha ou o documento são provas diretas, pois se referem imediatamente ao fato probando, reproduzindo-o ou representando-o. Se se não refere ao próprio fato probando, mas sim a outro, do qual, por trabalho do raciocínio, se chega àquele, a prova é indireta. Assim, por exemplo, na ação de indenização por acidente de tráfego, a testemunha ou o perito descrevem a posição em que se encontram os veículos sinistrados, após o acidente; na ação demarcatória, a existência de sinais de cerca antiga na divisa dos imóveis.
São provas indiretas as presunções e indícios.
b) Sujeito da prova - é a pessoa ou coisa de quem ou de onde dimana a prova; a pessoa ou coisa que afirma ou atesta a existência do fato probando.
Prova pessoal - é toda afirmação pessoal consciente, destinada a fazer fé dos fatos afirmados. Ex: testemunha, documento de confissão de dívida, escritura de testamento.
Prova real – atestação inconsciente feita por uma coisa. Ex: trincas nas paredes, o ferimento.
c) Forma – é a modalidade ou a maneira pela qual se apresenta em juízo. Em relação à forma, a prova é testemunhal, documental ou material. 
Testemunhal – no sentido amplo, é a afirmação pessoal oral.
Documental – é a afirmação escrita ou gravada: as escrituras públicas ou particulares, cartas missivas, plantas, projetos, desenhos, fotografias.
Material – é a consistente em qualquer materialidade que sirva de prova do fato probando; é a atestação emanada da coisa: o corpo de delito, os exames periciais, os instrumentos do crime.
d) Quanto à sua preparação, em causais e preconstituídas
Causais – ditas simples – preparadas no curso da demanda
Preconstituídas – preparadas preventivamente, em vista de possível utilização de futura demanda.
DISCRIMINAÇÃO LEGAL DAS PROVAS
A convicção do juiz quanto à existência dos fatos deverá basear-se em provas juridicamente admissíveis – art. 369 NCPC. São, portanto, meios de prova todos os estabelecidos por lei, seja de direito público, seja de direito privado.
- Código de Processo Civil :
o depoimento pessoal
a confissão
os documentos
as testemunhas
a perícia
a inspeção judicial
presunções e indícios
Também são meios de prova, ainda que não especificados no referido Código, os moralmente legítimos, tais as chamadas provas emprestadas – transportadas de outros processos.
OBJETO DA PROVA
Como regra, provam-se os fatos:
- por exceção, prova-se o direito, quando estadual, municipal, costumeiro, singular ou estrangeiro – art. 376
- Independem de prova – art. 374:
 A: Fatos afirmados por uma e confessados por outra parte.
 B: atos não contestados ou “admitidos, no processo, como incontroversos”.
 C: os fatos notórios.
Fatos Controvertidos - Os fatos por provar devem ser controvertidos, ou controversos. Reclamam prova os fatos contestados ou não admitidos como verdadeiros pela parte contrária à que os alega.
Independem de prova os fatos intuitivos ou evidentes.
Independem de prova os fatos reputados verdadeiros em virtude de uma presunção legal. Assim, provado o casamento, presumem-se concebidos na sua constância os filhos nascidos nos cento e oitenta dias depois de estabelecida a convivência conjugal (Cód. Civil, art. 1.597,I). Art. 1.597, II
Fatos Relevantes - Os fatos por provar devem ser relevantes, ou influentes, isto é, em condições de poder influir na decisão da causa.
São excluídos da prova os fatos que nenhuma influência exercem sobre a decisão da causa. Não são objeto de prova os fatos cuja prova é impossível.
A impossibilidade da prova pode dar-se: a) por disposição de lei ou b) pela natureza do fato.
Fatos Determinados - Os fatos por provar devem ser determinados, isto é, apresentados com características suficientes que os distingam de outros que se lhes assemelhem.
O Direito Não Carece De Provas - O juiz – por se tratar de um órgão do Estado e um técnico em direito, não pode eximir-se de cumprir a sua função sob o pretexto de que desconhece a lei, ou que é omissa, obscura ou indecisa.
Código de Processo Civil, art. 140. Decorre a desnecessidade de provar-se a lei. O princípio, universalmente aceito, de que as regras de direito independem de prova. E independem, principalmente, porque o juiz conhece o direito – “iura novit cúria”.
Do Direito Que Carece De Prova - O Princípio de que as regras de direito não carecem de prova não é absoluto. Isenta-se de prova o direito comum, por ser conhecido do juiz. Exceção preceituada no art. 376
Inteligência Do Art. 376 do Código Do Processo Civil
O art.376 tem duas normas, uma sobre o Objeto da prova e outra sobre o ônus da prova:
- Estão sujeitos à prova o teor e a vigência do direito estadual, municipal, costumeiro, singular ou estrangeiro. A exigência de prova encontra um limite: “se assim o determinar o juiz”.
- A prova do direito estadual, municipal, costumeiro ou estrangeiro cumpre seja fornecida por quem o alegar. – ônus da prova.
Prova Do Teor E Da Vigência: Provar-se-á o teor da lei estadual ou municipal – qualquer documento público ou particular idôneo, que reproduza o texto da lei invocada
 - Prova da vigência da lei.
ÔNUS DA PROVA - A quem incumbe o ônus da prova?
Ônus – do latim ônus – quer dizer carga, fardo, peso.
“Ônus probandi” traduz-se apropriadamente por dever de provar, no sentido de necessidade de provar.
Regras Do Ônus da Prova - Aproximando-nos mais de Chiovenda – a distribuição do ônus da prova em duas regras:
1ª) Compete a cada uma das partes fornecer os elementos de prova das alegações que fizer. Ao autor cabe a prova dos fatos dos quais deduz o seu direito; ao réu a prova dos fatos que, de modo direto ou indireto, atestam a inexistência daqueles (prova contrária, contraprova).
2ª) Compete, em regra, ao autor a prova do fato constitutivo e ao réu a prova do fato extintivo, impeditivo ou modificativo.
O CPC resumiu o instituto do ônus da prova a um único dispositivo, o art. 373: “O ônus da prova incumbe: I – ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II – ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificado ou extintivo do direito do autor”.
Adotou a teoria de Carnelutti: “Quem opõe uma pretensão em juízo deve provar os fatos que a sustentam; e, quem opõe uma exceção deve, por seu lado, provar os fatos dos quais resulta.”
Aplicações Das Regras Do Ônus Da Prova
- O réu nega pura e simplesmente os fatos alegados pelo autor. Trata-se de negativa absoluta, ou indeterminada. Donde o réu não ter fatos por provar. Assim, ao autor incumbe dar a prova dos fatos em que se fundamenta a sua pretensão.
- O réu, ao invés de negar de forma absoluta, alega fatos que importem na negação dos fatos afirmados pelo autor. É uma forma de negar, afirmando, como quando para negar que seja italiano afirma que é brasileiro. Ao autor, nesse caso, caberá dar a prova dos fatos que alega e ao réu fazer a contraprova ou prova contrária.
- O réu não contesta o fato afirmado: “presumem-se verdadeiros”
- O réu reconhece o fato alegado pelo autor. Não há questão de fato, mas simplesmente questão de direito a resolver. Não se aplica naquelas ações que versam sobre relações jurídicas indisponíveis sempre que as circunstâncias da causa convencerem o juiz de que autor e réu se serviram do processo para realizar ato simulado ou conseguir fim proibido por lei. – art. 142.
- O réu reconhece o fato constitutivo, mas alega fato impeditivo, extintivo, modificativo do fato constitutivo, ou a ocorrência de outro que lhe obste aos efeitos. Cabe então ao réu provar a sua exceção.
Convenções Sobre O Ônus Da Prova
Art. 373. - permite no parágrafo único, atribuições às partes de distribuir de maneira diversa o ônus da prova mediante convenção, formada antes ou no curso do processo. São, portanto,admissíveis convenções regulando o ônus da prova de maneira diversa da estabelecida no art. 373, salvo quando: 
a) versar a lide sobre direitos indisponíveis, já que, não podendo a parte confessar os fatos, sobre sua prova não poderá igualmente dispor; 
b) tratando-se de convenção que torne excessivamente difícil o exercício do direito.
Princípio Da Iniciativa Oficial - Necessário considerar que, no sistema processual brasileiro, consagrada a concepção publicista do processo, vigora o “princípio da autoridade”, que estende os poderes ao juiz, ao qual cabe a direção do processo (CPC, art. 139). Resulta desse princípio que o juiz, que é quem dirige a instrução probatória, não está circunscrito, na averiguação dos fatos, às provas propostas pelas partes, podendo não admiti-las, não só porque inadmissíveis como também quando manifestamente protelatórias, ou, ainda, podendo determinar, de ofício, a produção de outras provas que entender necessárias à formação de sua convicção quanto à verdade dos fatos. Diga-se, pois, que no campo da indicação das provas, com o princípio da iniciativa das partes, que aí predomina, convive o princípio da iniciativa oficial. – art. 370. O poder da iniciativa judicial deverá ser entendido como supletivo da iniciativa das partes, para que seja somente utilizado nos casos em que houver necessidade de melhor esclarecimento da verdade.
SISTEMA DE APRECIAÇÃO DE PROVAS
AVALIAÇÃO DAS PROVAS - Prova é a verdade resultante das manifestações dos elementos probatórios, decorrente do exame, estimação e ponderação desses elementos; é a verdade que nasce da avaliação, pelo juiz, dos elementos probatórios.
Avaliação: processo intelectual destinado a estabelecer a verdade produzida pelas provas.
SISTEMAS DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS - SISTEMA DA PERSUASÃO RACIONAL ou LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO– Também chamado de convencimento racional. O juiz, não obstante apreciar as provas livremente, não segue as suas impressões pessoais, mas tira a sua convicção das provas produzidas, ponderando sobre a qualidade e a “vis probandi” destas; a convicção está na consciência formada pelas provas, não arbitrária e sem peias, e sim condicionada a regras jurídicas, a regras de lógica jurídica, a regras de experiência, tanto que o juiz deve mencionar na sentença os motivos que a formaram. A convicção fica, assim, condicionada: 
a) aos fatos nos quais se funda a relação jurídica controvertida; 
b) às provas desses fatos, colhidas no processo; 
c) às regras legais e a máximas de experiência; e, por isso, que é condicionada, deverá ser motivada. Se o fato é de natureza a ser provado por instrumento público, ou particular, não poderá convencer-se de sua existência pela prova fornecida por testemunhas. Exatamente porque a convicção do juiz está condicionada, é-lhe imposta a obrigação de motivá-la, isto é, é-lhe imposta a obrigação de dar as razões em que o seu espírito assentou o convencimento.
SISTEMA DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – arts. 371 e 406 CPC
O juiz formará livremente o convencimento. Mas o próprio texto condiciona essa liberdade, exigindo que a convicção se forme em face dos fatos e circunstâncias constantes dos autos, sendo-lhe vedado valer-se de fatos e circunstâncias que não tenham sido carreados para o processo. Desde que constante dos autos, mesmo que as partes a eles não se refiram ou queiram ocultá-los, o juiz os levará em conta na formação do seu convencimento. Na formação da convicção o juiz não poderá dispensar as regras legais quanto à forma e à prova dos atos jurídicos. Exigência de não se considerar provado um ato, para o qual a lei determine a forma como de sua substância, senão pelo meio probatório que se revista dessa forma. 
Sempre que o ato dependa de forma especial, não pode ser admitida a sua prova por outro meio senão o que revestir aquela forma. – art. 406.
Terá o juiz que motivar sua convicção. 
Terá, pois, de dizer quais os fatos e circunstâncias e quais as provas que influíram na formação do seu convencimento.
Assim, o Código de Processo Civil se filia ao sistema de persuasão racional.
PRODUÇÃO ANTECIPADA DA PROVA 
Direito de a produção da prova ser antecipada em alguns casos, previstos no art.381:
- Fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência do processo; Ex: obras que impliquem alteração na estrutura de um prédio, testemunha enferma.
- Ânimo de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de solução do conflito;
- mesmo não havendo perigo na colheita e conservação da prova, mas porque o prévio conhecimento dos fatos pode justificar ou evitar o ingresso no judiciário. (ex: exibição de gravação de programa de rádio). 
Pode ser usado, conforme §5º, a quem pretender justificar (conhecida como JUSTIFICAÇÃO) a existência de algum fato ou relação jurídica, para simples documentação e sem caráter contencioso, expor sua intenção em petição dirigida ao juiz competente, explicando a razão de seu intuito. 
Medida destinada a documentar, com a ouvida de testemunhas, a existência de algum fato ou relação jurídica. Não é necessário que seja destinada a servir de prova a futuro processo, basta, por ex, que sirva para instruir um processo administrativo.
Ex: pedido de aposentadoria junto ao INSS - justificação para demonstrar, por testemunhas, que o requerente trabalha há X anos;
- O juiz deve restringir-se à colheita da prova, sem emitir juízo de valor sobre seu conteúdo, ou seja, não declarará a existência do fato ou relação jurídica que se pretende demonstrar;
- A produção antecipada da prova não gera prevenção do juízo ao futuro processo em que a prova será utilizada.
Procedimento previsto no art.382:
- Requerente indicará com precisão os fatos que pretende provar;
- O contraditório deve ser observado (participação do interessado na colheita da prova);
- O magistrado não pode pronunciar-se sobre o fato probando, deve limitar-se a deferir a produção e realizá-la, sendo vedado avaliar a prova;Cumulação de pedidos: para produção de mais de uma prova sobre o mesmo fato;
- Não cabe defesa ou recurso, salvo contra o indeferimento total da produção antecipada da prova.
- Após a produção da prova, os autos permanecem em cartório pelo prazo de um mês, para extração de cópias pelos interessados. Após, serão entregues a quem formulou o pedido.
ATA NOTARIAL - Meio de prova introduzido pelo novo CPC;
Previsto no art.384 CPC;
Conceito: “meio de prova em que o tabelião atesta ou documenta a existência e/ou o modo de existir de algum fato, mesmo que sejam dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos.” Cássio Scarpinella Bueno, Manual de Direito Processual Civil, p.355.
Prática que vem sendo usada porque o tabelião tem fé pública, portanto, presume-se que o conteúdo da ata que lavra é verdadeiro, ou, às vezes, pela urgência que se tem na produção da prova.
DEPOIMENTO PESSOAL – arts.385 a 395 CPC
Conceito: “meio de prova em que o juiz, a pedido de uma das partes, colhe as declarações do adversário com a finalidade de obter informações a respeito de fatos relevantes para o processo.” – Marcus Vinícius Rios Gonçalves.
Quem pode requerê-lo e prestá-lo :
- nunca pode ser requerido pela própria parte, mas sempre pelo adversário (quem esteja no pólo contrário ou MP), que procura obter a confissão de um fato;
- artigo 385 CPC contém uma impropriedade;
- colhido na audiência de instrução, com a finalidade principal de extrair do depoente uma confissão;
- quando de pessoa jurídica, poderá ser prestado não por seus represnetantes legais, mas por preposto que tenha poderes especiais e conhecimento dos fatos;
- dos absolutamente incapazes são prestados por seus representantes legais; os dos relativamente, por eles mesmos.
Pena de Confissão
- o descumprimento implica uma consequência negativa àquele que se recusa, qual seja, a aplicação da pena de confesso = presumem-se confessados os fatos contra ela alegados. – art.385, §1º CPC.
- será aplicadaquando não comparecer, se recusar a depor, calar-se, recusar-se a responder adequadamente ao que lhe foi perguntado ou somente ter respondido evasivas – art.386 CPC.
- necessário que tenha sido pessoalmente intimada para prestar depoimento, com a advertência da pena de confesso;
- dispensa de depor sobre fatos descritos no art.388, porém essas hipóteses não se aplicam às ações de filiação, separação judicial, divórcio ou anulação de casamento.
Procedimento
- será colhido na forma prescrita para a inquirição de testemunhas – art.385, §2º. 
- havendo necessidade de depoimento pessoal de autor e réu, colhe-se primeiro o do autor; enquanto este estiver depondo, o réu deve ausentar-se da sala de audiências.
- as partes que residem em outra comarca serão ouvidas por precatória.
- a lei faculta a consulta a breves anotações, com a finalidade de completar os esclarecimentos. Art.387 CPC.
CONFISSÃO
Conceito: “é uma declaração da parte que reconhece como verdadeiros fatos que são contrários ao seu próprio interesse e favoráveis aos do adversário.”
Espécies:
Judicial : feita no processo. 
- Por escrito: em qualquer manifestação escrita das partes. Ex: contestação, réplica, ou petição apresentada nos autos.
- Oralmente: durante o depoimento pessoal.
- Espontânea: fora do depoimento pessoal. Art.390 CPC.
- Provocada: obtida por depoimento pessoal
Extrajudicial : fora do processo; deverá ser provada nos autos. 
- Por escrito: cartas, testamentos ou qualquer apontamento feito pela parte.
- Oralmente: só terá eficácia quando a lei não exige prova literal.art.394 CPC. 
Pessoalmente: pela própria parte.
Por procurador com poderes especiais: art.390, parágrafo §1º CPC.
Expressa: manifestada por escrito ou verbalmente.
Ficta: decorre da falta de contestação ou do descumprimento do ônus da impugnação específica dos fatos alegados pelo autor na inicial.
Eficácia: Torna incontroversos os fatos sobre os quais ela versa e faz desnecessário prová-los – art.374, II CPC
- gera presunção de veracidade, porém relativa e não absoluta, podendo ser contrariada por outros elementos de convencimento.
Obs: não implica, necessariamente, o acolhimento do pedido do adversário, mas a admissão da verdade de um fato, - pois podem haver outros elementos de convicção nos autos que o impeçam - cabendo ao juiz, com fundamento no princípio do livre convencimento motivado, estabelecer quais as consequências disso. 
Restrições à Eficácia da Confissão:
- a confissão extrajudicial feita verbalmente só é admitida nos casos em que a lei não exige prova literal;
- não se pode provar por confissão atos e negócios jurídicos para os quais a lei exige forma escrita como da substância do ato;
- toda confissão feita por escrito a terceiro tem sua eficácia livremente apreciada pelo juiz.
- não se admite a confissão sobre fatos relacionados a direitos indisponíveis.
Ver Artigos 391, 394, 406 CPC.
Perda da Eficácia:
- apesar da redação do artigo 393, não se vai revogar ou anular a confissão, mas declarar-lhe a ineficácia, por meio de ação anulatória.
- em casos de vício de consentimento: erro, dolo ou coação (casos em que só o confiente poderá requer) e se admite também em casos de simulação ou fraude (poderá ser requerida pelo terceiro prejudicado, MP e Fazenda Pública).
- quando o processo em que foi obtida já houver transitado em julgado, caberá ação ANULATÓRIA, com fundamento no art.966, §4º CPC.
INTERROGATÓRIO
- determinado de ofício pelo juiz, tem por finalidade tentar aclarar, por meio de seus depoimentos, fatos que ainda continuam confusos ou obscuros, podendo ser realizado em qualquer momento do processo.
- em caso de não comparecimento, não se pode determinar a condução coercitiva, não há dever mas apenas ônus de atender a determinação judicial
- não se aplica pena de confesso pois não há previsão legal, somente para depoimento pessoal.
- os advogados poderão participar e formular perguntas.
PROVA DOCUMENTAL
CONCEITO DE DOCUMENTO: Qualquer representação material que sirva para provar um determinado fato ou ato em juízo. Exs: escrita (literal), fotográfica, fonográfica, desenho, etc. art. 422 CPC
CLASSIFICAÇÃO - Quanto à autoria
 Públicos – art. 405
 Privados/ particulares
Quanto ao conteúdo
 Narrativos: contêm declarações referentes a um fato, do qual 
 o subscritor tem ciência.
 Dispositivos/constitutivos: declaração de vontade ex. contratos
Quanto à forma
 Solenes ex: escritura pública compra e venda
 Não solenes ex: locação
 Originais
 Cópias
Quanto à finalidade
 Préconstituidos – instrumentos feitos com o propósito de servir, no 
 futuro, como prova do ato ou fato nele documentado. 
 
 Casuais – documentos
Instrumento Público: formal, solene, escrito Pré-constituido por oficial publico
MOMENTO DA PRODUÇÃO DA PROVA DOCUMENTAL
Fase Postulatória = momento oportuno autor - PI 
 
Art. 434 réu – defesa
A qualquer tempo = documento novo ouvida parte contraria
 Art. 435 	 
 Inexistência propósito de surpreender a
 parte contraria nem provocar 
 retardamento do processo 
 
Obs. art.437, §1º – cópias de sentenças proferidas em outros processos não são documentos novos.
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO/COISA - Há casos em que a lei atribui àquele que não tem o documento consigo o poder de exigi-lo de quem quer que com ele esteja.
2 maneiras:
1 - Requisição: dirigida pelo juiz às repartições públicas a requerimento
Art. 438 de ofício
Sempre que os documentos forem relevantes para a apuração dos fatos e não puderem obtê-lo sem a intervenção judicial.
Ex: requisição de dados referentes a endereço, qualificação, existência de bens, em geral para a Receita Federal, Bancos, Cartório Eleitoral, etc.
OBS. Nada impede que se faça também a entidades particulares.
Ex. bancos, serviços de telefonia, cadastros de proteção ao crédito, serviços de energia elétrica.
2 – Exibição de documento/coisa: mero incidente no processo de conhecimento. Art.396
- Contra o adversário 
 que tenham o documento, para apresentá-lo em juízo.	 
- Contra terceiro
EXIBIÇÃO EM FACE DA PARTE
- de acordo com o art.396, o juiz tem o poder de ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se ache em seu poder.
- essa determinação pode ocorrer de ofício ou a requerimento da parte contrária.
-o requerimento da parte deve cumprir as exigências do artigo 397:
Indicação do documento;
Finalidade probatória;
Circunstâncias que façam presumir que o documento está em poder do requerido.
- Juiz manda ouvir o requerido em 05 dias – art.398
 Não tem o documento 
- Defesa 
 Desnecessidade de apresentá-lo nos autos/inexigibilidade da exibição.
- Hipóteses em que é obrigatória a exibição – art. 399 CPC
- Hipóteses em que será escusada sua exibição – art. 404 CPC
- Não se manifestar
ou Juiz acolherá o pedido
- Recusa ilegítima 
- Decisão – declara descumprido o ônus = Consequência: veracidade dos fatos que pretendia provar pelos documentos. Art.400
-Decisão interlocutória – aprecia mero incidente processual = cabe Agravo
EXIBIÇÃO EM FACE DE TERCEIRO 
 A Pedido da Parte – forma nova lide - Processo Incidente – PI - Art. 319 CPCDe oficio pelo juiz
- Citação do terceiro (réu) para resposta em 15 dias –art.401
- o 3º (réu na exibição) poderá apresentar as mesmas defesas previstas para a parte contrária
- o juiz poderá designar audiência, se necessário, podendo tomar depoimentos das partes e de testemunhas.
- como se trata de processo e não mero incidente no mesmo processo, o ato que o encerra tem natureza de Sentença – passível de Apelação. 
- a sentença condenará em Obrigação de fazer = apresentar o documento/coisa em 05 dias.
- Sanções pelo descumprimento = o juiz poderá valer-se dos poderes dos arts.403 = expedirá mandado de apreensão, se necessário, requisitará força policial, e incorrerá em Crime de Desobediência, pagamento de multa e outras medidas coercitivas necessárias para assegurar a efetivação da decisão.
FORÇA PROBANTE DOS DOCUMENTOS
O CPC cuida da força probante dos documentos nos arts.405 a 429.
Tais disposições, contudo, devem ser interpretadas de forma harmônica com o princípio do livre convencimento motivado do juiz.
A lei distingue a eficácia probatória dos documentos públicos e privados. 
De acordo com o art.405, os públicos fazem prova não só da sua formação mas também dos fatos que o escrivão, o tabelião, ou funcionário público declarar que ocorreram em sua presença. Isso significa dizer que fazem prova de sua regularidade formal e da regularidade na sua obtenção, mas não da veracidade de seu conteúdo.
Conforme art.407, se o documento público foi lavrado por funcionário incompetente ou sem observância das formalidades legais, terá eficácia de documento particular.
Quanto à eficácia dos documentos particulares, o art.408 determina que as declarações neles contidas presumem-se verdadeiras em relação ao signatário. Presunção relativa = o signatário pode provar que a emissão de vontade não foi feita livremente.
EFICÁCIA DAS REPRODUÇÕES
Em regra, a lei processual condiciona a eficácia das reproduções à sua autenticação. 
Fazem a mesma prova que os originais as certidões extraídas de documentos públicos ou de peças dos autos e as cópias de documentos públicos ou particulares autenticadas pelos oficiais públicos.
No entanto, a autenticação só é exigida para atribuir força probante à reprodução no caso da parte contrária impugnar sua autenticidade.
De acordo com o art.425, IV do CPC, fazem a mesma prova que os originais as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial, declaradas autênticas pelo próprio advogado sob sua responsabilidade pessoal, se não lhes for impugnada a autenticidade.
ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
Cessa a fé do documento público ou particular quando for declarada judicialmente sua falsidade. – art.427
Falsidade pode consistir em :
Formar documento não verdadeiro;
Alterar documento verdadeiro.
 
Procedimento previsto nos artigos 430 a 433
pedido a ser feito na contestação = documentos da inicial
na réplica = documentos da contestação;
no prazo de 15 dias = contados da juntada de novo documento.
 
A parte arguirá a falsidade expondo as razões de sua pretensão e indicando os meios de prova
 Intimação da parte contrária para manifestação em 15 dias:
concordar em retirá-lo dos autos;
manifestar-se pela veracidade = realização de prova pericial.
PROVA TESTEMUNHAL
Testemunha: pessoa física, capaz de depor, distinta das partes do processo, por ter conhecimento de fato controvertido entre as partes, depõe em juízo para atestar sua existência.
OBRIGAÇÃO DE TESTEMUNHAR EM JUIZO
Interesse público (decisões fundadas na verdade); dever do indivíduo de colaborar com o Estado. (ver art. 378, 380 CPC)
QUEM PODE E QUEM NÃO PODE
Regra: Art. 447 CPC
Capaz
Estranha ao feito
Capacidade de testemunhar 
Aptidão para ser ouvida como testemunha. 
Regra: Capacidade
Exceção: Incapazes – condições físicas, psíquicas (expressos na lei - art. 447, § 1° CPC)
Incompatibilidade com a função 
Pessoa não estranha ao feito 
Interesses harmônicos ou colidentes com os das partes
Impedidas de depor 
Ex: cônjuges, membros da família (art. 447, §2° CPC)
Suspeitos/ Inidôneos (art.447, §3° CPC)
Suspeito de parcialidade:
Amigo íntimo
Inimigo
Quem tem interesses no litígio (Ex: fiador)
Art.447, § 4° impedidos estritamente necessários sem compromisso de 
Art. 458 suspeitos dizer a verdade
OBRIGAÇÕES DA TESTEMUNHA
1) Comparecer em juízo quando chamadas
Natureza compulsória
Regularmente convocada – lugar, dia e hora
Regra: Intimação pelo advogado da parte (art. 455 CPC), por carta com AR, devendo juntar aos autos, com pelo menos 3 dias de antecedência, cópia de correspondência com aviso de recebimento.
Exceção: Independente de intimação, sob responsabilidade da parte (art. 455, §2°).
Artigo 454 - “pessoas egrégias”
Prerrogativa de serem ouvidas em sua residência ou onde exercem sua função
Artigo 455, § 4°, II - militares e funcionários públicos
Oficio de requisição do juiz da causa dirigido ao comando ou à chefia.
Enfermas;
Idade avançada; Art. 336, § único CPC
Defeito físico, outro motivo relevante
Não comparecimento – 2 Sanções: (art. 455, §5º final)
a) Condução até o juízo pelo oficial
b) Responsabilização (pecuniária) pelas despesas do adiamento
2) Obrigação de depor (não pode recusar-se a depor)
Exceções: Art. 457, §3° Ex: advogado, padre
 Art.448
Incapazes 
Impedidas 
quando a forma processual não for observada
3) De dizer toda a verdade, sob pena de falso testemunho
Art. 458 – presta compromisso ao início da inquirição.
DIREITOS DA TESTEMUNHA
- Coação no curso do processo – crime art.344 CP
- Ser tratada com urbanidade (art.459, §2°)
- Consulta a anotações
- Indenização pelas despesas (art.462)
- Recusar-se a depor (art.448) nos casos da lei
ADMISSIBILIDADE da prova testemunhal
Regra: Admissibilidade	Art. 442 e 443 CPC
Exceção: inadmissibilidade
RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELA LEI:
a) art. 400, I
b) ato pelo qual a lei impõe forma especial (escrito, documento)
Ex: pacto antenupcial; adoções
c) reclama conhecimento especial de técnico (exame pericial)
Obs. nos casos em que a lei exige prova escrita, prova exclusivamente testemunhal não é permitida, mas sim como prova complementar de prova escrita (arts.444 CPC).
 
IMPOSSIBILIDADE MATERIAL OU MORAL DE SUA OBTENÇÃO POR ESCRITO
A regra do artigo 445 aplica-se à prova do pagamento e da remissão da divida.
NUMERO DE TESTEMUNHAS
No máximo 10 pessoas para cada parte – art. 357, §6º CPC
O juiz pode limitar para 3 para a prova de cada fato, dispensando as demais.
PROPOSIÇÃO DA PROVA
Processo conhecimento – Rito ordinário
Regra: Autor – Inicial
 Réu - Contestação, Reconvenção
Rol de testemunhas – no prazo de até 15 dias a contar do despacho que designa data da audiência (357, §4º)
Deve conter: nome, profissão, estado civil, idade, cpf, rg, residência, local de trabalho. (450)
Intimação por mandado ou carta
Substituição só nos casos do art. 451
Testemunhas referidas – art. 461, I
ADMISSÃO DA PROVA Conhecimento – ordinário – na decisão de saneamento (art.357,I e II)
PRODUÇÃO
1) atos preparatórios: antecedem a inquirição
Ex: apresentação do rol e intimação
2) atos propriamente de produção: 
Que se processam perante o juiz, na audiência de instrução. 
- cada uma, separadamente art. 456 CPC
- primeiro as do autor, depois as do réu
- qualificação da testemunha –art. 457
- contradita – art. 457, § 1º
- presta compromisso de dizer a verdade art. 458
- Juiz faz advertência de crime art. 458, § único
- as partes fazem perguntas diretamente às testemunhas, podendo o juiz indeferir art. 459
- o juiz pode indeferir as perguntas impertinentes, aquelas que puderem induzir a resposta, não tiver relação com as questões de fato ou importarem repetição de outra já respondida.
- depoimento será reduzido a termo (escrito) porditado do juiz ao escrivão (art. 460, §1º) ou poderá ser documentado por meio de gravação. (460)
ACAREAÇÃO: objetivo: confronto para que expliquem as divergências (461, II)
 A requerimento ou de oficio, no caso de divergência nas declarações das testemunhas ou entre estas e as partes.
PROVA PERICIAL – arts.464 a 480 CPC
Quando a prova de uma coisa ou fato depende de conhecimentos científicos ou técnicos especializados, o juiz se utiliza de peritos (especialistas, funcionam como auxiliares do juízo)
PERÍCIA: Meio pelo qual os peritos transmitem ao juiz o seu parecer sobre os fatos da causa (Artigos 149 e 156 a 158)
ASSISTENTE TÈCNICOS: Atuam ao lado dos peritos indicados pelas partes, não pelo juiz. Arts.466, §1º e 477, §1º
NÃO PODEM SER PERITOS:
Impedidas ou suspeitas para a função pericial: As mesmas que não podem ser juiz da causa – art.148, II CPC
DEVERES
Arts. 157 e 149 – Aceitar o encargo, Cumprir, Respeitar os prazos
Arts. 468, 447, §3º e 4º e 158 - Comparecer a audiência
DIREITOS
Escusar-se dos encargos por motivo justificado, 
pedir prorrogação de prazo (art.476 CPC),
Legítima indenização pelas despesas da perícia, 
honorários fixados pelo juiz (art. 95 CPC).
ESPÉCIES – art.464
Exame pericial: inspeção sobre pessoa, coisas, móveis e semoventes (art. 464 CPC)
Vistoria: imóveis
Avaliação: estimação do valor de coisas, direitos e obrigações
CLASSIFICAÇÃO
 Judiciais
 Extrajudiciais
 Necessárias – exigidas pela lei
 Facultativas
 Oficiais
 Requeridas 
INADMISSIBILIDADE - ART. 464, § ÚNICO
PROCEDIMENTO
1- Requerimento pela parte ou de ofício quando for pericia necessária
2- o juiz nomeará o perito e fixará prazo para o laudo (art. 465)
3- no prazo de 15 dias, as partes podem indicar os assistentes técnicos e os quesitos a serem respondidos (art. 465, §1º, I, II e III) + arguir impedimento e suspeição 
4- em 05 dias, o perito apresenta proposta de honorários, currículo e contato ;
5- Prazo de 05 dias para as partes se manifestarem sobre proposta de honorários;
6- juiz arbitra valor dos honorários;
7- no decorrer da perícia podem ser apresentados quesitos suplementares (art. 469)
8- o perito pode pedir prorrogação do prazo, por 1 (uma) vez, por motivo relevante; o juiz pode conceder mais ½ do prazo;
9- entrega do laudo no prazo assinado pelo juiz sendo pelo menos 20 dias antes da audiência (art. 477)
10- prazo comum de 15 dias da intimação das partes sobre a juntada do laudo para manifestação das partes e para os assistentes técnicos oferecerem seus pareceres
11- peritos e assistentes podem ser intimados para prestar esclarecimentos em audiência.
AMPLO ACESSO AS FONTES DE INFORMAÇÃO – ART. 473, §3º E 478
LIVRE APRECIAÇÃO DO LAUDO PELO JUIZ ART. 479 – o laudo do perito não vincula o juiz.
SEGUNDA PERÍCIA 
A requerimento da parte ou de oficio, quando a primeira não tenha esclarecido suficientemente a matéria (arts. 480, caput, §1º, 2º, 3º).
Versa sobre os mesmos fatos. A segunda perícia não substitui a primeira.
INSPEÇÃO JUDICIAL – ART. 481 a 484
Meio de prova pelo qual o juiz, em contato direto com a prova, recolhe, por seus próprios sentidos, as suas observações sobre pessoas ou coisas que são objeto da lide.
É prova complementar – esclarecer fatos que por outros meios probatórios não ficaram suficientemente esclarecidos
Objeto: pessoas Partes
 Terceiros
 
Coisas Móveis – ex: documentos 
 
Imóveis – ex: lugares
De oficio ou a requerimento, em qualquer fase, até o curso da audiência de instrução
O juiz pode ser assistido por peritos
As partes têm direito de acompanhar e prestar esclarecimentos
Regra: Pessoas apresentadas ao juiz
 Coisas móveis 
Exceção: Imóveis 
 Pessoas/ coisas irremovíveis Juiz vai até eles
 Lugares 
Concluída a diligência, será lavrado auto
PRESUNÇÕES E INDÍCIOS
São provas indiretas – resultado de um processo lógico, não se referem ao fato probando, mas a outro fato que com ele se relaciona. Por meio do raciocínio, dedução, chega-se ao conhecimento do primeiro.
INDÍCIO: fato conhecido (provado) que, por via do raciocínio sugere o fato probando (rasto, vestígio, pegada, circunstancia) do qual é causa ou efeito.
PRESUNÇÃO: resultado da operação, processo lógico, atividade mental, interferência
Ex: Botão de um casaco junto ao cofre arrombado (indício)
 Caiu da roupa do arrombador (presunção)
CLASSIFICAÇÃO DAS PRESUNÇÕES
SIMPLES: resultam do raciocínio do juiz, em regra, são admissíveis nos mesmos casos em que o é a prova testemunhal. Pode ser prova principal e única.
Maior importância: provar estado de espírito. Ex: Boa – fé
LEGAIS: Resulta expressamente de um preceito legal, fruto do raciocínio do legislador.
Expressões geralmente utilizadas pela lei: presume-se, induzem-se, entendem-se, considera-se. Dispensa o ônus da prova a quem aproveite, estabelecem uma verdade legal (art. 374, IV)
PODEM SER:
Absolutas/ peremptórias/ “iuris et de iure”
Não admitem prova em contrário. Exs: arts. 163, 174, 574 CC
Relativas/ Condicionadas/ “iuris tantium”
A presunção de verdade não é absoluta, pode ser elidida por prova em contrário. Exs: 1201, 1231, 322 CC
Mistas
Admite-se prova em contrario, mas somente aquelas previstas na lei. Exs: 1545, 1597 CC
PROVA DOS USOS E COSTUMES
Fonte subsidiária do Direito.
REQUISITOS:
Uso longo, constante e uniforme de uma relação de fato
Não contrário a lei expressa
Convicção de que se obedece a uma norma jurídica 
PROVA:
A prova dos costumes implica a prova de seus elementos, pelos meios admitidos em direito, mais aconselhados são os casos já julgados que afirmem a existência do costume.
SENTENÇA
 CONCEITO: Art. 203, § 1º CPC: “§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.”
obs: Leva em consideração o conteúdo do ato bem como sua finalidade
Art. 485 Sem resolução do mérito
Art. 487 Com resolução do mérito
ESPÉCIES
Terminativas: Não julgam o mérito, não julgam o pedido do autor formulado na inicial. 
Hipóteses do Art. 485 CPC.
Atuação oficiosa do Juiz
Peculiaridade Recursal
Repropositura da demanda
Definitivas: Apreciam o mérito – Art. 489 - produzem coisa julgada material - Cabe ação rescisória
 REQUISITOS ESTRUTURAIS – ART.458
1 – Relatório: descrição resumida do que se passou no processo
2 – Motivação: são os fundamentos de fato e de direito sobre o quais o juiz apoiará sua decisão. A falta de fundamentação é causa de nulidade da sentença.
O juiz deve examinar: Preliminares e Mérito.
A motivação/dispositivo não é atingida pela coisa julgada
3 – Dispositivo: parte final da sentença, em que o juiz responde o pedido formulado pelo autor, acolhendo-o ou rejeitando-o, ou pondo fim ao processo sem solucionar o mérito. 
Quanto ao resultado, pode ser: 
Procedência
Improcedência
Procedência parcial
O dispositivo faz coisa julgada material quando não couber mais recurso, torna-se imutável.
Obs. De acordo com o art. 459, embora a estrutura da sentença meramente terminativa seja a mesma, o juiz pode decidir de forma mais concisa.
OPORTUNIDADE
Terminativas: a qualquer momento no curso do processo, quando o juiz constata o vício insanável.
Definitivas: 
1 - Artigo 330 CPC - se não há provas a produzir em audiência ou questão exclusivamente de direito
2 - Se há audiência de instrução:
Na própria audiência
No prazo de 10 dias

Continue navegando