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Alice Mendonça – 3M Monitoria de Anatomia 2018.1 
Generalidades de Articulações 
 
As articulações, também chamadas de junturas estão presentes nas junções entre ossos. Suas 
funções principais são permitir o movimento e reduzir atrito, já que conectam dois ou mais ossos. Contêm 
ligamentos para sua estabilização, e têm diversas classificações. Sua mobilidade é variável, algumas 
articulações não possibilitam movimentação em nenhum eixo e outras, movimento em todas as direções. 
São classificadas de acordo com o tecido que interpõe os ossos em fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. 
• Articulações fibrosas ou sinartroses: são formadas por tecido conjuntivo denso. Costumam ter 
movimentos discretos. São divididas em suturas, sindesmoses, gonfoses e esquindeleses. 
1. Suturas: estão presentes apenas no crânio e não realizam movimento. Têm uma camada 
fina de tecido fibroso entre os ossos, que podem estar superpostos ou encaixados. Podem 
ser planas (as bordas dos ossos envolvidos nas articulações são retilíneas – ex: sutura 
internasal); denteadas (as bordas dos ossos se encaixam de forma serrilhada – ex: sutura 
sagital); escamosas (as bordas dos ossos se encaixam com alteração de relevo considerável 
– ex: sutura parietotemporal). 
OBS: nos recém-nascidos, algumas suturas cranianas não estão completamente formadas, 
e estão na forma de largas áreas de tecido fibroso chamado de fontanelas. A fontanela 
anterior é conhecida popularmente como “moleira”. 
2. Sindesmoses: têm mobilidade parcial, podendo ser um ligamento ou uma membrana. Ex: 
membrana interóssea. 
3. Gonfoses: são articulações fibrosas que estão presentes apenas entre os processos 
alveolares da maxila e os dentes. A sua característica é a presença de uma estrutura em 
formato de cone em uma cavidade. Esse tipo de articulação tem um movimento 
microscópico que nos permite perceber a força de uma mordida, por exemplo. Seu 
movimento fica mais pronunciado quando o dente está “mole”. 
4. Esquindeleses: são articulações formadas por uma lâmina de osso encaixada numa fenda 
entre dois outros ossos. Exemplo único: lâmina perpendicular do etmoide com o vômer. 
• Articulações cartilagíneas: são aquelas em que o tecido entre os ossos é formado por cartilagem 
(hialina ou fibrosa). São classificadas em sincondroses e sínfises. 
1. Sincondroses – primárias: são formadas por cartilagem hialina e geralmente são 
temporárias, permitindo o crescimento ósseo em seu lugar. Exemplos: linhas epifisiais dos 
ossos longos, primeira cartilagem costal com o manúbrio do esterno. 
2. Sínfises – secundárias: formadas por fibrocartilagem. São bastante fortes e levemente 
móveis. Ex: discos intervertebrais – conferem resistência, flexibilidade e absorção de 
choques à coluna. 
• Articulações sinoviais: são as mais comuns. Permitem movimento livre e normalmente são 
estabilizadas por ligamentos. Componentes: cápsula articular (formada por cápsula fibrosa e 
membrana sinovial), cavidade articular (contém o líquido sinovial, produzido pela membrana 
sinovial, o qual tem a função de lubrificação), cartilagem articular e, possivelmente, meniscos, 
que são discos articulares com a função para permitir o encaixe de faces articulares quando estas 
são diferentes. 
Alice Mendonça – 3M Monitoria de Anatomia 2018.1 
1. Não-axiais (articulações planas): não têm eixo nos movimentos, sendo estes realizados 
por deslizamento entre as superfícies. Geralmente são pequenas. Ex: articulação 
acromioclavicular. 
2. Uniaxiais: realizam movimento em um único eixo. Podem ser do tipo trocoide – 
movimento de rotação – ex: articulação radio-ulnar proximal; ou do tipo gínglimo – 
movimento de dobradiça (flexão e extensão) – ex: joelho, cotovelo, tornozelo. 
3. Biaxiais: fazem movimentos em dois eixos perpendiculares. Realizam abdução e adução, 
flexão e extensão, com circundação “travada”. Tipo selar – têm cabeças em forma de sela 
de cavalo – ex: articulação do polegar. Tipo condilar ou elipsoidea – têm uma cabeça em 
forma de côndilo, possuem movimentos de abdução, adução e circundação mais limitados 
– ex: articulações metacarpo-falange e do pulso. 
4. Multiaxiais ou esferoides: realizam movimento em vários eixos – flexão e extensão, 
abdução e adução, rotação medial e lateral, circundação. São as mais móveis e flexíveis, 
tendo como principais exemplos a articulação do quadril e do ombro (glenoumeral). 
Generalidades de músculos 
Os músculos são formados pelas fibras (células, miócitos) musculares, que são finas e alongadas 
e têm função contráctil. Realizam esse processo através da conversão da energia química das sinapses em 
mecânica. Eles estão presentes em praticamente todos os sistemas do corpo, e têm características variáveis 
de acordo com sua função: 
1. Voluntários ou involuntários 
2. Estriados ou não estriados 
3. Localização visceral ou nas paredes do corpo. 
Tipos de músculos: 
1. Músculo estriado esquelético: se fixa no esqueleto, tem fibras paralelas multinucleadas, 
contração rápida, forte e normalmente voluntária. Porém, o músculo esquelético também 
pode realizar movimentos involuntários, como respiração, deglutição, piscar de olhos, etc. 
2. Músculo estriado cardíaco: músculo visceral involuntário, de contração rápida e forte. Está 
presente no coração e em grandes vasos como a aorta. Formam redes de fibras. 
3. Músculo liso: presente nas vísceras em geral – sistemas respiratório, gastrointestinal, reprodutor, 
urinário, etc. Tem contração lenta, relativamente fraca e involuntária. 
 
Conceitos importantes em relação aos músculos: 
• Tendão: parte que se prende nos ossos e articulações, formado por fibras colágenas. Ex: tendão de 
Aquiles. Os tendões têm um baixo suprimento sanguíneo (exceto tendão de Aquiles), por isso são 
esbranquiçados. A parte nervosa dos tendões é apenas sensitiva. 
• Ventre: parte contráctil do músculo (corpo). 
• Aponeurose: tendão largo e plano que normalmente fixa o músculo em outras aponeuroses ou ao 
esqueleto. Ex: gálea aponeurótica e aponeuroses do abdome. 
Alice Mendonça – 3M Monitoria de Anatomia 2018.1 
• Fáscia: estruturas formadas de tecido conjuntivo que revestem as estruturas do corpo. No caso dos 
músculos, têm a função de isolá-los e reduzir o atrito entre eles. 
o Fáscia profunda: fica abaixo da pele e dos tecidos subcutâneos. Formada de tecido 
conjuntivo denso e sem gordura. Em alguns lugares do corpo, é dividida em várias camadas, 
sendo uma delas a fáscia muscular, que envolve os músculos individualmente. 
o Fáscia superficial: é conhecida como hipoderme, pois fica logo abaixo da derme. É 
formada por tecido conjuntivo frouxo e contém tecido adiposo. 
• Origem/inserção: inserções são os lugares a que estão aderidos os ossos/articulações/aponeuroses 
dos músculos. O origem é a inserção que permanece fixa durante um movimento, mas muitos 
músculos podem variar sua origem e inserção dependendo do movimento que realizam. 
Compartimentalização dos músculos: 
1. Fibra muscular: célula muscular que contém várias miofibrilas. Envolvida individualmente pelo 
endomísio (mais interno) 
2. Fascículo/feixe muscular: várias fibras musculares, revestidas por perimísio (intermediário). 
3. Epimísio: envolve vários feixes musculares (mais externo). 
Tipos de fibra muscular: 
1. Fibra vermelha ou de contração lenta – tipo I: tem alta concentração de mioglobina e utilizam 
metabolismo aeróbico. São bastante resistentes à fadiga, por isso são adequadas para exercíciosde 
longa duração. 
2. Fibra branca ou de contração rápida – tipo II: realizam principalmente metabolismo anaeróbico, se 
contraem rapidamente e são pouco resistentes à fadiga. 
Tipos de contração muscular: 
1. Contração Reflexa: tipo de contração involuntária do músculo esquelético. Ex: reflexo mitotático 
patelar e contração diafragmática induzida pelos níveis de O2 e CO2 no sangue. 
2. Contração Tônica: está presente a quase todo momento no corpo, não produz movimento. É 
responsável por manter a postura e manter a estabilidade dos músculos e articulações. Apenas no 
sono ou em caso de paralisia não há tônus muscular. 
3. Contração Fásica: 
a. Contração isotônica: acontece quando há produção de movimento, o músculo muda de 
comprimento. 
▪ Contração concêntrica: ocorre com o encurtamento das fibras musculares. 
▪ Contração excêntrica: ocorre com o relaxamento gradual e reduzido utilizando 
força. 
b. Contração isométrica: não há produção de movimento, mas há aumento da tensão/força 
muscular para resistir a uma outra força. Ex: ônibus freando, resistência à ação da 
gravidade. 
 
 
Alice Mendonça – 3M Monitoria de Anatomia 2018.1 
Classificações dos músculos 
Quanto à forma: 
1. Planos – fibras paralelas, costumam ter aponeuroses. Ex: sartório. 
2. Peniformes – fascículos organizados em formato de pena. Podem ser unipenados, bipenados, 
multipenados. 
3. Fusiformes – formato de fuso, ventre redondo e espesso, extremidades afiladas. Ex: bíceps braquial. 
4. Triangulares – área larga e único tendão. Ex: peitoral maior. 
5. Quadrados – quatro lados iguais. Ex: reto abdominal. 
6. Circulares ou esfincterianos: quando contraem, fecham um orifício. Ex: orbicular dos olhos. 
Quanto ao tamanho: maior/menor; longo/curto; latíssimo (o mais largo); longuíssimo (o mais longo). 
Quanto ao número de cabeças ou ventres: 
1. Bíceps: duas cabeças/origens. Ex: bíceps braquial. 
2. Tríceps: três cabeças/origens. 
3. Quadríceps: quatro cabeças/origens. 
4. Digástrico e gastrocnêmio: 2 ventres. 
5. Poligástrico: mais de 2 ventres. Ex: reto abdominal 
6. Monocaudado: 1 inserção. 
7. Bicaudado: 2 inserções. 
8. Policaudado: mais de 2 inserções. 
Quanto à profundidade: superficial, profundo, externo e interno. 
Quanto à ação: 
1. Agonista: principal músculo na realização de um movimento, realiza mais trabalho. 
2. Antagonista: faz ação oposta ao movimento do agonista. 
3. Sinergista: auxilia na realização do movimento do agonista, realizando menos trabalho. 
4. Fixador: estabiliza as partes proximais do membro enquanto tem movimento nas partes distais. 
Observação: 
➢ Na musculação, por exemplo, a hipertrofia acontece por meio do aumento de volume das fibras 
musculares existentes por meio do alongamento e do aumento das miofibrilas, e não por meio da 
formação de novas fibras.

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